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Começam nesta terça-feira (27) as inscrições para a seleção de dois professores assistentes na área de Comunicação Social no campus sede da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Estão sendo oferecidas uma vaga para a área de Educomunicação, Sociologia e Mídia e uma vaga para a área de Educomunicação, Publicidade e Linguagem Visual.

Para participar, é exigido que os candidatos tenham titulação mínima de mestrado em Comunicação Social e habilitação na área escolhida. O cargo é de professor assistente, classe A, nível 1, com jornada de trabalho é de 40 horas semanais. O salário é de R$ 3.649,06. As inscrições ocorrem até o dia 7 de março.

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Os interessados devem efetuar o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 65, preencher o requerimento de inscrição e levar a documentação especificada no edital no Protocolo Geral da UFCG, campus sede. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira. Os candidatos de baixa renda podem solicitar a isenção.

O processo seletivo será feito através de uma prova escrita no dia 14 de março e exame de títulos. A previsão é que o resultado final seja divulgado no dia 16 de março. O certame tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

- Confira o edital para a vaga na área de Educomunicação, Sociologia e Mídia

- Confira o edital para a vaga na área de Educomunicação, Publicidade e Linguagem Visual

Educomunicação foi o tema de debate entre comunicadores e educadores do Brasil, Uruguai, Argentina, Peru, Colômbia, Equador e Cuba. A reunião, realizada na semana passada em Bogotá, na Colômbia, procurou elaborar um projeto continental para trabalhar a temática. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) foi representada no encontro.

Segundo informações da assessoria de comunicação da instituição de ensino pernambucana, os organizadores do evento articularam uma rede de experiências educomunicativas. A ideia é criar um portal direcionado para especialistas, produtores de conteúdo e pesquisadores.

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As próximas atividades estão marcadas para o ano que vem. Estão previstos seminários internacionais e a criação de um mestrado sobre educomunicação em universidades dos países que participaram do encontro.

A Universidade de São Paulo (USP) realizará um processo seletivo de ingresso na especialização lato senso “Educomunicação: Comunicação, Mídias e Educação”. Destinada a profissionais de nível superior, a qualificação, oferecida pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), pretende formar trabalhadores capazes de atuar na educação básica formal e não formal, por meio de um planejamento articulado em diversas mídias.

A seleção será realizada no mês de março deste ano, por meio de prova escrita, análise de currículo e entrevista. A previsão de início das aulas é para o dia 28 do mesmo mês e a mensalidade custa R$ 750.

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Segundo a USP, as aulas serão realizadas durante três semestres, às sextas-feiras (noites), bem como aos sábados (manhãs e tardes). As inscrições poderão ser feitas do dia 18 a 28 de fevereiro, na secretaria do curso, na sala 209 (2ª andar) do Departamento de Comunicações e Artes da ECA. O local fica na Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, na Cidade Universitária, em São Paulo. Outras informações sobre a especialização podem ser obtidas pelos contatos (11) 3091-4341 e gestcom@edu.usp.br.

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Educar nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, muitos profissionais da área procuram trabalhar métodos que auxiliam da melhor forma possível quem está vivendo a fase do “aprender”. Um dos segmentos educativos que vem propagando bons resultados é a educomunicação, que procura trabalhar práticas comunicativas no dia a dia de quem recebe conhecimento.

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Esse método, já utilizado pelo educador Paulo Freyre, ainda não era chamado de educomunicação. No processo de aprendizado, o professor deixou de ser o único detentor do saber e passou a trocar conhecimentos com os estudantes. Além disso, a aprendizagem é vista de uma forma horizontal, em quem um indivíduo não sabe mais do que o outro, e sim, todos têm o mesmo nível de sabedoria.

De acordo com a professora Andrea Trigueiro, que dissemina esse tipo de educação em aulas universitárias e atividades comunitárias, só na década de 90 que o termo educomunicação começou a ser utilizado e a proposta continuou a mesma. “É um método que eleva a autoestima dos alunos e eles entendem que podem desempenhar qualquer atividade. Através de técnicas comunicativas, o educador pode trabalhar com diversas área do conhecimento”, explica Andrea, que também é jornalista.

Um dos trabalhos coordenados pela educadora é o programa de rádio universitário Megafone DH. “Por meio do rádio, os próprios alunos desempenhavam tarefas para colocar o programa no ar. O tema é direitos humanos, mas, a educomunicação pode trabalhar com qualquer temática”, conta.

Segundo a jornalista, “o que menos importa é o produto, e sim, o que mais vale é o processo de aprendizado que ocorre durante a produção jornalística”. Nesse contexto, Andrea destaca que durante a realização das tarefas de um determinado programa educomunicativo, seja ele de rádio, televisão, jornal impresso ou internet, o principal objetivo é que todos os integrantes aprendam e troquem conhecimentos. “O erro faz parte do processo e os participantes não são avaliados simplesmente por notas ou provas”, explana. Para a professora, os alunos que participam de eventos educomunicativos apresentam melhores resultados do ponto de vista educacional e pessoal. “Eles passam a confiar mais neles mesmo”, finaliza Andrea.

Vivendo a educomunicação

Comunidade da Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife. O local é considerado umas das regiões humildes da capital pernambucana e como celeiro de produções e personagens culturais. Entre casas e ruas humildes, a educomunicação está presente para divulgar e disseminar conhecimento para os populares do bairro.

Em um espaço simples, mas estruturado para oferecer qualificações e atividades diversas para os populares, funciona o projeto Bombando Cidadania. No mesmo local, existe um núcleo de comunicação que originou uma rádio comunitária: a Seu Hemetério.

E, é no âmbito da educomunicação que a rádio atua com a participação de voluntários de diversas áreas, em que todos trabalham em prol da causa e não por remuneração financeira. Há cerca de dois anos atuando no núcleo como comunicador, Carlos Alexandre Nascimento (foto abaixo) procura conciliar o trabalho remunerado de mestre de cerimônia com o de apresentador de programas educativos na Seu Hemetério.

“Sempre atuei com comunicação social e sou apaixonado por essa área. Pretendo fazer jornalismo e encontrei na rádio a possibilidade de propagar educação e me qualificar como comunicador”, conta o rapaz. Atualmente, todos os sábados, das 17h ás 19h, Nascimento comando o programa Bombando Interatividade. “Nós passamos informações sobre a comunidade para os próprios moradores, damos a oportunidade de eles próprios divulgarem fatos importantes. Prestamos serviço e educamos ao mesmo tempo, sempre respeitando os direitos humanos sem discriminar ninguém”, relata.

A transmissão da rádio é feita através de pequenos caixas de som. Os aparelhos ficam instalados em 15 postes espalhados por pontos estratégicos da comunidade. Além do programa de Nacimento, outros seis fazem parte da programação semanal da Seu Hemetério, todos com o mesmo intuito, que é o de trabalhar a educomunicação.

Morando há quase 60 anos na Bomba do Hemetério, Antônio Oliveira é ouvinte assíduo da rádio e elogia o trabalho dos comunicadores. “Gosto muito e acho importante para todos da comunidade. É um serviço muito bom e que mostra o que a população tem a oferecer, além de educar”, diz o morador.

Bons frutos da educomunicação

O estudante de jornalismo Almir Rezende também participou de algumas atividades educomunicativas. Para ele, um dos benefícios desse método é fazer com que as pessoas saibam que elas são importantes no processo educacional. “A partir do momento em que as pessoas se sentem parte integrante de um processo de construção, em que suas experiências e aprendizados podem ser trabalhados no âmbito da comunicação social, a autoestima com certeza é elevada”.

Por causa de suas experiências, o estudante desenvolveu um artigo que aborda a educomunicação como instrumento de técnicas radiofônicas para mulheres de terceira idade. “O trabalho propõe produção e veiculação de um programa de rádio voltado para o público com idade superior a 65 anos, numa rádio comunitária de caixinhas. A escolha por esse público se deu em consequência dos estudos das últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)”.

De acordo com Rezende, “o estudo revelou o aumento na faixa etária da população do País, em especial as mulheres que na maioria tem um tempo de vida superior ao do homem. A proposta é elevar a autoestima das envolvidas, e, além disso, espera-se preencher a lacuna existente nos espaços das rádios, o que lhe é garantido como direito”.

O artigo foi reconhecido e selecionado para o XIII Congresso Internacional IBERCOM, que será realizado do dia 29 a 31 de maio deste ano, em Santiago de Compostela na Espanha. Para que a viagem seja feita e que o estudante apresente seu trabalho, o custo geral é R$ 5.500, e, para somar o valor, Rezende iniciou uma campanha com amigos do Facebook interessados em ajudá-lo. “Quem tiver interesse em colaborar, as doações podem ser feitas através de depósito na Caixa Econômica Federal em nome de Almir Ferreira Rezende  - Agência 0046 – OP. 013 – C/P 00129930-4”, informa o educomunicador. 

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