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Cristiano Ronaldo continua entrando no livro dos recordes. Nesta semana, o astro português se tornou o jogador de futebol que mais ganhou dinheiro em um ano na história. De acordo com a revista Forbes, o atacante do Al Nassr arrecadou U$ 136 milhões de dólares, algo em torno de R$ 561 milhões segundo a cotação atual.

A arrecadação aconteceu entre os dias 30 de abril de 2022 até 1º de maio de 2023. Segundo a revista, 46 milhões de dólares deste valor são oriundos de salário e o restante com patrocínios e outros pagamentos de fora do esporte. O total supera em cerca de seis milhões de dólares o total que Lionel Messi ganhou nos últimos três anos de sua carreira.

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Se olharmos para o novo momento da carreira de Cristiano Ronaldo, a expectativa é que o craque português continue sendo o atleta do futebol mais bem pago do mundo e supere o recorde de valor arrecadado a cada ano que se passe. Isso se deve ao fato de que o contrato de CR7 com o Al Nassr, clube que defende desde o início de 2023, é de 75 milhões de dólares por ano, um dos mais altos da história do futebol.

Essa é a terceira vez que Cristiano Ronaldo lidera a lista de atletas que mais arrecadaram em um ano, de acordo com a revista. Antes de 2023, o astro do futebol mundial ficou com a primeira posição em 2016 e 2017, no período em que atuava no Real Madrid e que conquistou a Champions League com o clube espanhol.

Apesar de Cristiano Ronaldo ter entrado para a história como o jogador do futebol que mais arrecadou dinheiro, outros atletas já chegaram no total de 136 milhões de dólares ou mais em um ano. Os boxeadores Floyd Mayweather, em 2015 e 2018, Manny Pacquiao, em 2015, e o lutador de MMA Conor McGregor, em 2021, somaram o mesmo valor que CR7 ou mais em um ano.

Inelegível por oito anos e alvo de dezenas de processos, Jair Bolsonaro ainda recebe R$ 41,6 mil mensais da União através do Fundo Partidário destinado ao PL. Também sem ocupar cargo público, a esposa Michelle ganha mesmo "salário" do partido. 

O casal participa da alta cúpula da legenda. O presidente Valdemar Costa Neto criou a cadeira de "presidente de honra" para empregar Bolsonaro e colocou a ex-primeira-dama para comandar o diretório feminino nacional do partido.

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O subprocurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu a apuração de irregularidades na remuneração do ex-presidente, que também é beneficiado com o pagamento de seus assessores. 

"A utilização de recursos públicos para remunerar pessoa que foi condenada pelo Poder Judiciário, no âmbito do TSE, é a meu ver violação direta e mortal do princípio da moralidade administrativa. Não se mostra cabível que o Partido Liberal realize a destinação de seus recursos, de origem pública, ao filiado declarado inelegível", apontou na representação encaminhada na quarta (12) ao colegiado do TCU. Se a Corte aceitar a denúncia, ela será enviada à Justiça Eleitoral, onde o ex-presidente foi condenado com a perda dos direitos políticos.

A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou uma portaria, nesta quarta-feira (12), com as regras sobre o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, com outras atividades remuneradas, ou rendimentos. O documento autoriza outras fontes de renda associadas ao benefício, mas veda o acúmulo de mais de uma bolsa para o mesmo fim.

A portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) proíbe o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado com outras bolsas, nacionais, ou internacionais, de mesmo nível, que sejam financiadas com recursos públicos federais. A exceção é para quando o segundo benefício for uma complementação concedida por alguma entidade parceira da Capes e prevista em acordo para essa finalidade.

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Para o período de março de 2023, a fevereiro de 2024, a Capes disponibilizou a concessão de 93,2 mil bolsas pela Cota de Bolsas da Pró-Reitoria e também pelos Programas Institucionais de Fomento à Pós-Graduação, que envolve 51 programas de pesquisa e a formação de recursos humanos.

Participam desses programas, cerca de 6 mil instituições de ensino e pesquisa que, segundo a portaria, terão a função de estabelecer os critérios de permissão, ou vedação, do acúmulo de bolsas em seus regimentos internos, assim como de acompanhar e fiscalizar a concessão dos benefícios. Os casos de acúmulo de benefício deverão ser registrados na Plataforma Sucupira, ferramenta que coleta informações e serve como referência do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os coordenadores do projetos das bolsas são os responsáveis por realizarem os registros e manterem as informações atualizadas.

A Câmara se articula para votar nesta quarta-feira, 17, regime de urgência de um projeto de lei sobre direito autoral e conteúdo jornalístico que acena à base parlamentar evangélica, hoje resistente ao PL 2630 das Fake News. A nova proposta foi incluída num projeto para ser votado separadamente do PL das Fake News que pretende regulamentar as plataformas digitais e a desinformação.

O texto do relator, Elmar Nascimento (União-BA), dá mais espaço aos religiosos na Lei do Direito Autoral. A proposta do deputado, ao qual o Estadão teve acesso, modifica ou inclui trechos em artigos da legislação que está em vigor desde 1998.

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O texto passa a considerar "artistas intérpretes ou executantes" todos os atores, cantores, músicos, bailarinos ou outras pessoas que representem um papel em obras religiosas. A legislação, hoje, só considera atividades literárias ou artísticas.

Em outro trecho do projeto, Nascimento incluiu pregações - discursos religiosos - como "obras intelectuais protegidas". A lei, atualmente, identifica apenas "conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza".

A proposta de Nascimento inclui na Lei do Direito Autoral um tópico sobre o uso de obras na internet. O texto base prevê que as plataformas deverão pagar uma remuneração a quem tem direito sobre uma obra, mesmo que a publicação do conteúdo tenha sido feita por um usuário.

Ou seja, uma pregação religiosa disseminada pelas plataformas obrigaria as big techs a remunerarem o pastor que a proferiu. Vídeos com pregações de pastores são frequentemente compartilhados nas redes sociais.

Segundo o deputado, o objetivo da regulamentação do direito autoral na internet é "proporcionar uma repartição justa da remuneração entre os diferentes titulares de direitos de autor e direitos conexos envolvidos". Nascimento afirma ainda que pretende "assegurar a flexibilidade necessária" às leis do Brasil para plataformas com sede em outro País.

O texto desobriga as plataformas de pagarem direitos autorais por conteúdos publicados em aplicativos de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram. As empresas também ficam liberadas de remunerar donos de obras que já estejam em domínio público.

O pagamento da remuneração deverá ser feito pelas plataformas aos donos das obras ou a associações de gestão de direitos autorais. O texto estabelece que, para aferir a remuneração, as receitas, inclusive de publicidade, geradas em benefício das plataformas deverão ser consideradas.

Conteúdo jornalístico e artístico

A proposta de Elmar Nascimento estabelece ainda a remuneração para artistas e veículos jornalísticos por conteúdos publicados nas redes sociais. O pagamento inclui quaisquer formatos, que incluam texto, vídeo, áudio ou imagem. O projeto proíbe as empresas de removerem conteúdos jornalísticos para "se eximir da obrigação" de remunerar os veículos.

"A remuneração não deve onerar o usuário que acessa e compartilha, sem fins econômicos, os conteúdos jornalísticos em seu perfil ou conta", prevê o texto.

Poderão receber a remuneração as empresas jornalísticas, mesmo individuais, constituídas há pelo menos 24 meses, que produzam conteúdo "original de forma regular, organizada, profissionalmente e que mantenham endereço físico e editor responsável no Brasil".

Votação

Esta é a segunda tentativa da Câmara de votar o PL 'fatiado' das Fake News. Na semana passada, a Casa chegou a incluir a análise do regime de urgência na pauta, mas o tema foi retirado das discussões. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estava nos Estados Unidos e o vice, Marcos Pereira (Republicanos-SP), decidiu que o projeto deveria ser discutido na volta do comandante da Casa.

Em reunião nesta terça-feira, 16, líderes partidários decidiram que o plenário votaria hoje o requerimento de urgência do projeto relatada por Nascimento. O tema, contudo, não entrou na pauta da Câmara. A proposta, ainda assim, pode ser votada. Basta que um parlamentar apresente um pedido, durante a sessão, e receba apoio dos colegas.

Há pressão de deputados para que o plenário analise também o mérito do texto, mas o tema ainda está em discussão. A proposta que permite a remuneração de artistas é o PL 2370/2019, de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O ex-presidente Jair Bolsonaro determinou à bancada do seu partido, o PL, que vote em peso contra a possibilidade de veículos de comunicação conquistarem o direito de serem remunerados pelos conteúdos que produzem e são divulgados pelas plataformas digitais. A proposta de obrigar Googgle, Facebook e outras corporações a pagarem pela reprodução do conteúdo jornalístico produzido pela imprensa está no projeto de lei 2630, o PL das Fake News.

Bolsonaro, que quando exercia o comando do Poder Executivo, chegou a declarar guerra a jornais e emissoras de televisão, tenta reforçar a pressão contra a medida que pode favorecer os veículos de comunicação. Nas últimas semanas o ex-presidente vem tendo seu nome exposto na imprensa por conta das seguidas vezes que foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal.

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De seu envolvimento com ações que estimularam atos golpistas a tentativa de entrar no País com joias da Arábia sem declarar à Receita Federal, Bolsonaro teve seu celular apreendido pela PF. O resultado da perícia ainda em andamento é visto com receio por seus aliados. Com hábito de mandar áudios e mensagens por aplicativos via celular, o ex-presidente pode ter deixado provas contra si no aparelho que está com os policiais federais.

O partido tem Bolsonaro tinha a maior bancada na Câmara, onde tramita o projeto das Fake News. São 99 deputados. Já o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu 68 deputados. Com a formação de blocos partidários, legendas do centro assumiram o posto que era do PL de maior grupo político na Casa legislativa.

O bloco que reúne União Brasil, Progressistas, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota têm 173 integrantes. Em segundo lugar aparece o bloco do MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, com 142 deputados. O PL de Bolsonaro está em terceiro.

Desde que o projeto das Fake News teve sua tramitação retomada na atual gestão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os integrantes da legenda de Bolsonaro já vinha tentando embarreirar a votação de toda proposta. Foram contra o requerimento que deu caráter de urgência à proposta e passaram a usar suas redes sociais e os microfones da Casa no plenário para atacar o projeto.

Com a possibilidade de a remuneração à imprensa ser votada separadamente, como defende parte das lideranças governistas, Bolsonaro decidiu agir. Não quer que o setor que ele vê como inimigo tenha o direito de ser remunerado pelo conteúdo que produz.

Sundar Pichai, executivo-chefe da Alphabet Inc. e do Google, recebeu remuneração em 2022 avaliada em US$ 226 milhões, de acordo com um documento regulatório divulgado na sexta-feira, incluindo prêmio trienal de ações avaliado em mais de US$ 200 milhões. Em 2019, o último ano em que incluiu um bônus trienal de ações, sua remuneração foi avaliada em US$ 281 milhões.

Pichai disse em janeiro que os altos executivos receberiam bônus mais baixos como parte das medidas de corte de custos, após a maior rodada de demissões da história da companhia. No mês passado, o diretor financeiro do Google disse aos funcionários que esperassem mais cortes de gastos.

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O salário anual de Pichai para 2020-2022 foi de US$ 2 milhões, mostra o documento. Em dezembro, a empresa concedeu o bônus trienal de ações a Pichai de US$ 210 milhões, que consiste em papéis com base em desempenho e tempo de trabalho, de acordo com um documento regulatório. Fonte: Dow Jones Newswires.

Mais dois integrantes do governo Jair Bolsonaro foram beneficiados com quarentena remunerada. Os ex-ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, tiveram as consultas sobre a necessidade de manter o salário por seis meses aprovadas nesta terça-feira (14), pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Em dezembro, o Congresso reajustou a remuneração de ministro, de R$ 30.934,70 para R$ 39.293,32.

O Estadão revelou que a comissão concedeu quarentena remunerada a dez ex-ministros, embora muitos não tenham apresentado convite formal de novo emprego, como os ex-chefes da Economia Paulo Guedes e do Meio Ambiente Joaquim Leite.

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Ao mesmo tempo, o colegiado liberou os ex-ministros Fábio Faria (Comunicações), Bruno Bianco (AGU) e Marcelo Sampaio (Infraestrutura) para trabalhar em empresas que mantêm relação com as pastas que chefiavam. As decisões foram dadas no fim do ano passado, quando o colegiado era composto unicamente por indicados de Bolsonaro.

Agora, a comissão de sete conselheiros que autorizou por unanimidade os benefícios para Marcelo Queiroga e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira inclui três nomeados pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos dois casos, o órgão avaliou haver potencial "conflito de interesse" caso os ex-ministros passassem a atuar imediatamente na iniciativa privada. A ata do encontro foi publicada nesta quarta (15).

A reportagem apurou que Marcelo Queiroga informou ao colegiado ter recebido uma proposta para trabalhar na área de relações institucionais. Já Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira indicou que pretendia atuar em uma companhia relacionada à Defesa.

Críticas

As decisões do órgão de conceder quarentena para ex-ministro sem convite de novo emprego e liberar quem iria atuar na área foram criticadas por quem conhece o funcionamento da comissão. "Quando se trata de uma saída de autoridade da alta administração, os cuidados devem ser redobrados. Esses são casos que me parecem um tanto anômalos e que devem inspirar muitos cuidados", afirmou o advogado Mauro Menezes. Ex-presidente da comissão entre março de 2016 e março de 2018, ele disse que não basta a restrição ao uso de informações privilegiadas durante o novo emprego.

Após a reportagem, Lula destituiu três integrantes da Comissão de Ética que haviam sido nomeados no ano passado por Bolsonaro. Um dos demitidos, João Henrique Freitas, que já advogou para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e assessora o ex-presidente, entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal. A liminar foi negada pelo ministro Luís Roberto Barroso.

A Plataforma de empregabilidade Nube está ofertando 9.728 vagas de estágio em todo o Brasil. As oportunidades são para estudantes do ensino médio, técnico, tecnólogo e superior, período matutino e noturno.   

Há oportunidades para alunos dos cursos de administração, biblioteconomia, comércio exterior, comunicação, direito, educação física, elétrica, engenharia de produção, física, marketing, mecânica, química, tecnologia da informação, turismo, pedagogia, e muitos outros. Os contratados receberão uma bolsa auxílio que varia entre R$ 1.300,00 e R$ 2.950.

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Os interessados podem se cadastrar no site da Nube e concorrer a uma vaga. 

 

Elon Musk começou a testemunhar em um tribunal de Delaware, nesta quarta-feira (16), no julgamento que contesta sua remuneração de 52,4 bilhões de dólares em ações aprovada pelo conselho da Tesla, empresa que fundou e dirige.

Musk, também dono da SpaceX e do Twitter, entrou discretamente no tribunal: um Tesla preto estacionou atrás do prédio, em frente a uma tenda montada para a ocasião.

Minutos depois, de terno preto e gravata, passou pela segurança na porta do tribunal.

O depoimento ocorre no mesmo tribunal de Delaware e com a mesma juíza - Kathaleen McCormick - que iriam conduzir o caso do bilionário contra o Twitter, antes deste ser abandonado após a compra da rede social. O julgamento, que não terá júri, levará cinco dias.

Richard Tornetta, um acionista da fabricante de veículos elétricos, abriu um processo judicial em 2018 por considerar que o empresário e o conselho diretor da empresa não respeitaram suas obrigações quando autorizaram esse plano.

Segundo o autor da ação, Musk ditou seus termos aos diretores, que, por sua relação com ele, não eram suficientemente independentes para se oporem.

O acionista acusa Musk de “enriquecimento injustificado” e pede a anulação do pacote de pagamentos, previsto para se estender por dez anos.

De acordo com um documento legal, o homem mais rico do mundo ganhou o equivalente a 52,4 bilhões de dólares em opções de ações ao longo de quatro anos e meio, depois que praticamente todas as metas da empresa foram alcançadas. Quando o plano foi adotado, era avaliado em um total de 56 bilhões.

A ação legal inclui, além do magnata, vários membros atuais e antigos do conselho da Tesla.

Os advogados de Musk e dos demais argumentam que o plano de remuneração está vinculado ao desempenho da empresa, incluindo sua evolução na bolsa, e apontam que o valor de mercado da Tesla cresceu mais de dez vezes desde sua aprovação.

Tornetta argumenta que Musk não precisava desse tipo de incentivo financeiro para atingir essas metas.

O bilionário cancelou sua participação presencial em um evento à margem do G20 na Indonésia para ir ao tribunal.

Além da Tesla e do Twitter, Musk é dono da SpaceX e das startups Neuralink e The Boring Company.

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No fim da manhã desta quarta-feira (24), técnicos em enfermagem e auxiliares carregaram um caixão no Centro do Recife para reivindicar a implantação do piso salarial já no mês de agosto. A categoria teve a remuneração ajustada por meio de lei federal publicada no último dia 4. 

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Os profissionais se concentraram na Praça do Derby, na área central, e saíram em passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo. A manifestação dificultou o trânsito na região, especialmente pelo bloqueio na Avenida Conde da Boa Vista.

O líder do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), Francis Hebert, indicou que falta vontade política para articular o pagamento da categoria.   

"A lei já está vigente, o que queremos é que a rede privada já pague esse mês de agosto com o piso novo. Até o dia 5 de setembro eles têm que pagar e a rede pública, 1º de janeiro de 2023. Não pagando, passa a descumprir a lei", apontou.   

Os técnicos e auxiliares também pedem que o salário tenha o orçamento incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e que passe a ser vinculado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A desvinculação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) através de um veto na lei aprovada. 

"A gente quer que o Governo de Pernambuco coloque na LDO a previsão orçamentária para pagamento dos servidores públicos estaduais para janeiro de 2023 e queremos a derrubada do veto do Presidente da República do artigo que dava condição do nosso piso ser reajustado no INPC anualmente", explicou. 

O Projeto de Lei 2.564/20 passou pelo rito no Congresso e alterou a lei de 1986 que tratava dos vencimentos. O novo piso estabeleceu que técnicos em enfermagem ganhem R$ 3.325 e os auxiliares recebam R$ 2.375. A aprovação também fixou o salário dos enfermeiros contratados em regime CLT em R$ 4.750. 

Apesar dos avanços em termos de governança corporativa no Brasil, ainda não existe por aqui um levantamento estruturado que mostre a diferença entre os salários do alto escalão e o ganho médio dos trabalhadores das companhias. Nos Estados Unidos, o Economic Policy Institute já fez esse mapeamento, que deixou evidente o abismo salarial dentro de uma mesma empresa.

O resultado mostrou que, em 2020, os presidentes das 350 maiores empresas americanas ganharam, na média, 351 vezes mais que seu funcionário "médio". O salário dos presidentes, conforme o levantamento, cresceu 18,9% naquele ano, enquanto o ganho do trabalhador comum avançou só 3,9%. O estudo mostra ainda que, em 1965, essa diferença de salário entre o CEO e o restante da empresa era de 21 vezes.

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"A pandemia trouxe uma dinâmica importante para o tema, chamando atenção para o distanciamento de salários entre a base e o topo da pirâmide corporativa, em meio a demissões e reduções de salários", afirma Fabio Coelho, presidente da Amec, associação que representa investidores nacionais e estrangeiros.

Já o gerente de Pesquisa e Conteúdo do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Luiz Martha, reforça que uma métrica que vem sendo analisada por investidores é exatamente se o crescimento do salário médio dos empregados de uma empresa segue o mesmo ritmo do que o do CEO, mesmo que os valores em si não sejam comparáveis. Ele frisa, contudo, que a análise de um salário de um executivo de uma grande empresa precisa computar uma série de variáveis.

DOIS CASOS. O levantamento feito para o Estadão também mostra o conjunto dos salários das diretorias. No Bradesco, por exemplo, o alto escalão do banco somou uma remuneração de R$ 818 milhões. Esse montante está ligado ao número de membros da diretoria da instituição: um total de 88 executivos. O maior valor de 2021 foi recebido pelo presidente do banco, Octavio de Lazari: R$ 23,7 milhões.

Outra empresa cuja remuneração da diretoria salta aos olhos, mas que está de fora da lista dos dez maiores, é a da agência de turismo CVC, que ainda tenta se recuperar da crise com a pandemia. A remuneração total da diretoria soma R$ 28 milhões, sendo que 64% desse valor foram pagos apenas para seu presidente, Leonel Andrade. Procurada, a CVC não comentou.

"Falta transparência sobre os critérios da distribuição da verba global aprovada pelos acionistas em assembleia. Quando analisamos a distribuição pelos dados dos formulários de referência, são constatadas algumas discrepâncias, quase sempre beneficiando administradores ligados aos acionistas controladores", afirma Renato Chaves, que organizou o estudo para o Estadão. Essa diferença, diz ele, se refere ao salário do presidente de algumas empresas em relação ao restante da equipe de diretores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A remuneração anual conjunta dos 90 CEOs das empresas que compõem o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, superou a marca de R$ 1,1 bilhão em 2021, o que significa um salário médio mensal de mais de R$ 1 milhão por executivo. Mesmo com a pandemia e o crescimento lento da economia, a remuneração de quem ocupa os cargos do topo das organizações brasileiras está em crescimento: o aumento desses executivos foi de 30%, em média, em relação ao ano anterior.

O tema da remuneração dos executivos é alvo de discussão não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Nos Estados Unidos, a questão gera polêmicas. Recentemente, a gigante do e-commerce Amazon foi questionada pela remuneração de Andy Jassy, seu CEO, que recebeu, sozinho, R$ 1,1 bilhão em um ano.

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O levantamento dos ganhos foi feito a partir da documentação pública sobre remuneração que as empresas listadas têm de entregar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tendo sido tabulados por Renato Chaves, especialista em governança corporativa. Os dados não informam o nome do executivo que recebe o maior salário, mas, no geral, o CEO tem a maior remuneração. No Brasil, a regulação exige a divulgação dos salários dos executivos das empresas de capital aberto desde 2019. A regra, na época, foi alvo de muitas reclamações das empresas, que diziam temer pela segurança dos executivos.

RANKING. Os dados mostram que, mesmo entre quem recebe salários de dar inveja a qualquer um, há um grupo de "super vips". Dos bilionários salários pagos pelas 90 empresas do Ibovespa, R$ 400 milhões, ou 30% do total, estão nas mãos de apenas dez executivos. No topo da lista está o ex-presidente do banco espanhol Santander no Brasil, Sergio Rial, que embolsou R$ 59 milhões no ano passado.

Na sequência está o líder da mineradora Vale, Eduardo Bartolomeo, com remuneração anual de R$ 55 milhões, seguido de Milton Maluhy, do Itaú Unibanco, que recebeu R$ 53 milhões. Logo depois vêm Pedro Zinner, que preside a Eneva (R$ 52,7 milhões), e Gilberto Tomazoni, da JBS, que ganhou R$ 52,6 milhões no ano passado.

Em relação ao salto de 30% na remuneração de altos executivos de um ano para o outro, a principal explicação das empresas se refere ao fato que, em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, muitos dos salários não sofreram reajuste algum - e que o ano passado foi o momento de compensar parte dessas perdas.

O Estadão procurou as dez empresas que pagam os maiores salários. A Vale disse que sua remuneração segue práticas de mercado. O Bradesco disse, em nota, que o pagamento "é aprovado em assembleia de acionistas". As demais empresas preferiram não comentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Google assumiu compromissos vinculativos para negociar acordos de licença de forma justa com uma ampla gama de editoras de notícias francesas, parte de uma abordagem em mudança da empresa de buscas em um debate global sobre como as companhias de tecnologia devem pagar pelo conteúdo jornalístico.

A autoridade de concorrência da França anunciou, nesta terça-feira, um conjunto de promessas que o Google fez, incluindo a de fornecer aos editores estimativas de receita indireta gerada pela inclusão de conteúdo de notícias em seus resultados de pesquisa, resolvendo uma disputa que se estende por mais de dois anos.

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O acordo ocorre depois que o regulador multou o Google em 500 milhões de euros, o equivalente a cerca de US$ 525 milhões, no ano passado, alegando que a controladora Alphabet não estava negociando acordos com as editoras de boa fé.

Uma diretiva da União Europeia (UE) de 2019 deu aos editores novos direitos para exigir pagamento, chamados de "direitos de vizinhança", de empresas de tecnologia como o Google por apresentar seu conteúdo. Os editores reclamaram que o Google estava excluindo alguns deles das negociações.

Como parte do acordo de terça-feira, o Google desistiu do recurso da multa do ano passado e permitirá que as editoras com as quais já fechou acordos renegociem suas licenças com o benefício dos novos compromissos, disse o regulador.

 Com uma média superior a das capitais do Brasil, os salários dos prefeitos do Nordeste mostram o esforço fiscal para bancar as remunerações pagas com o recolhimento dos impostos municipais. Salvador e Recife são as que mais gastam com seus prefeitos.

Confira os valores  

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A média nacional do salário bruto dos prefeitos das capitais gira em torno de R$ 22.685,00. Porém, o índice sobe para R$ 23.874,00 no Nordeste, sem contar com outros privilégios decorrente da chefia do Executivo de cidades estratégicas para a economia regional.   

A remuneração mais alta é conferida a Bruno Reis (DEM), de Salvador, que recebe R$ 26.865,00 mensais. Os prefeitos do Recife, João Campos (PSB), e de São Luís do Maranhão, Eduardo Braide (Podemos) ganham R$ 25 mil.   

O salário dos pedetistas Edvaldo Nogueira, de Aracaju, é de R$ 24 mil e José Sarto, de Fortaleza, embolsa R$ 23.326,00, sendo o primeiro da lista de prefeitos com salários abaixo da média nordestina. 

  Em João Pessoa, Cícero Lucena (PP) é abonado com R$ 22 mil. Em Natal, Álvaro Dias (PSDB) é pago com R$ 20 mil junto com João Henrique Caldas (PSB), conhecido como JHC, de Maceió.   

O gestor que menos recebe em folha é José Pessoa Leal (MDB), o Dr. Pessoa, de Teresina, com R$ 17.690,57 por mês.

Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais receberam, ao longo de 2021, subsídios que ultrapassam em mais de dez vezes o teto remuneratório do funcionalismo público, de R$ 39,3 mil. Os vencimentos brutos dos 260 magistrados, incluindo desembargadores da ativa (140), aposentados e convocados para atuar temporariamente na Corte, custaram R$ 252,5 milhões entre janeiro e novembro - os valores de dezembro ainda não estão disponíveis no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O TJ de Minas Gerais é o segundo maior do País, com 27.334 servidores. Fica atrás apenas de São Paulo, conforme dados do CNJ.

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O desembargador Dárcio Lopardi Mendes se aposentou em agosto e recebeu, de uma vez, R$ 563,6 mil brutos - o maior contracheque do ano. Em seguida aparecem os desembargadores Alberto Henrique Costa de Oliveira, com R$ 442,9 mil brutos em setembro, e Paulo Cezar Dias, com R$ 394,5 mil brutos em maio, também por causa de aposentadorias.

Em agosto, quando parcelas significativas foram depositadas a título de "direitos eventuais", 95 magistrados receberam mais de R$ 300 mil brutos cada. O segundo mês com maiores holerites foi abril, quando 176 desembargadores ganharam acima de R$ 200 mil brutos. Em todos os 11 meses com dados disponíveis, houve holerites superiores a R$ 79 mil brutos - o dobro do teto.

'Proporcionalidade'

Em nota ao Estadão, o TJ de Minas afirmou ser "comum" que magistrados "deixem de gozar as férias-prêmio durante toda sua carreira, optando por receber em espécie o valor correspondente, por ocasião de sua aposentadoria". "Os subsídios dos magistrados mineiros são pagos de acordo com a legislação vigente e guardam proporcionalidade com os pagos aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Alguns juízes e desembargadores podem receber, eventualmente, valores adicionais referentes a férias, férias-prêmio não gozadas e acumuladas ou reposições salariais", disse o TJ mineiro.

Ainda de acordo com o tribunal, "trata-se de passivo devidamente reconhecido na Casa, que vem sendo pago, parceladamente, observada a disponibilidade orçamentária/financeira" da Corte. "A suspensão de férias regulamentares ocorre por necessidade do serviço e, não havendo possibilidade de fruição, são indenizadas, observada resolução do CNJ."

Auxílios

A Constituição limita o holerite do funcionalismo público ao que recebe um ministro do Supremo, mas magistrados recebem auxílios que não entram no cálculo. São verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13.º salário, reembolso por férias atrasadas e serviços extraordinários prestados) contadas fora do teto, abrindo caminho para os chamados "supersalários".

Levantamento do Centro de Liderança Pública mostrou que o Brasil poderia economizar R$ 2,6 bilhões por ano cortando valores recebidos acima do teto constitucional.

Para o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, os "privilégios" do Judiciário são "praticamente intocáveis". Especialista no monitoramento de gastos públicos, ele considera as férias de 60 dias e o direito de venda do período de descanso como os direitos mais "problemáticos", porque funcionam, na prática, como uma "complementação salarial". "Uma reforma administrativa justa deveria reduzir privilégios não só no Executivo, mas no Legislativo e no Judiciário, a começar pelos supersalários", afirmou Castello Branco.

No TJ-AM, remuneração de mais de R$ 200 mil

No Tribunal de Justiça do Amazonas, 20 dos 26 desembargadores receberam em novembro passado um contracheque de mais de R$ 100 mil líquidos. Somando todos os magistrados, foram pagos R$ 3,5 milhões líquidos, média de R$ 135,5 mil para cada um naquele mês.

O magistrado que mais recebeu no mês de novembro ganhou R$ 237 mil brutos. Ao vencimento de R$ 35,4 mil somaram-se "direitos eventuais, indenizações e direitos pessoais".

O TJ do Amazonas disse, em nota, que a remuneração dos magistrados "observa estritamente o teto constitucional" e que verbas "porventura agregadas" são pagas nos "exatos termos da lei e de resoluções" do CNJ.

No Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), 20 dos 26 desembargadores receberam em novembro um contracheque de mais de R$ 100 mil líquidos. Somando todos os magistrados, foram pagos R$ 3,5 milhões líquidos, média de R$ 135,5 mil para cada um no último mês. O subsídio-base dos magistrados é de R$ 35,4 mil.

O levantamento foi feito pelo Estadão, a partir de dados disponíveis no Portal da Transparência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Tribunal do Amazonas informou, em nota, que a remuneração dos magistrados amazonenses 'observa estritamente o teto constitucional' e que outras verbas 'porventura agregadas a este valor' são pagas nos 'exatos termos da lei e de Resoluções editadas pelo Conselho Nacional de Justiça'.

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A Constituição limita o pagamento de contracheques no funcionalismo público ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) - R$ 39,3 mil -, mas os magistrados dos tribunais recebem auxílios que não entram no cálculo.

O magistrado que mais recebeu no mês de novembro foi Jomar Ricardo Saunders Fernandes: R$ 237.067,45 bruto - líquido, a quantia ficou em R$199.935,65. Ao vencimento de R$ 35,462,22 somaram-se R$ 186.680,26 de direitos eventuais, R$ 9.960,26 de indenizações e 4.964,71 de direitos pessoais.

Quem recebeu a segunda maior quantia foi o magistrado Flávio Humberto Pascarelli Lopes, que teve vencimento de R$ 223.767,92 bruto - um valor de R$ 189.516,43 líquido. Somaram-se R$ 173.380,73 de direitos eventuais, R$ 9.960,26 de indenizações e 4.964,71 de direitos pessoais ao subsídio de R$ 35,462,22.

Em seguida, a magistrada Maria das Graças Pessôa Figueiredo teve vencimento de R$ 223.767,92 bruto, convertidos em R$ 186.969,75 subtraindo os descontos. Ao subsídio de R$ 35,462,22 somaram-se R$ 173.380,73 de direitos eventuais, R$ 9.960,26 de indenizações e 4.964,71 de direitos pessoais.

Os holerites na Corte amazonense ficaram em R$ 52.536,86 ao presidente, o desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira; R$ 184.317,45 à vice-presidente, a desembargadora Carla Maria Santos dos Reis; e R$ 163.171,86 à corregedora-geral da Justiça, a desembargadora Nélia Caminha Jorge. Todos os valores são líquidos.

Apesar de, por lei, haver um subsídio máximo, os 'supersalários' surgem da concessão de auxílios, verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13.º salário, indenizações por férias não tiradas e eventuais serviços extraordinários prestados pelos magistrados) - são elas que elevam a remuneração dos desembargadores.

Os dados estão disponíveis no portal do Conselho Nacional de Justiça.

Os 20 desembargadores que receberam valor acima de R$ 100 mil foram: Abraham Peixoto Campos Filho (R$ 157.437,71), Airton Luis Correa Gentil (R$ 153.739,98), Carla Maria Santos dos Reis (R$ 184.317,45), Cezar Luiz Bandiera (R$ 159.468,46), Claudio Cesar Ramalheira Roessing (R$ 153.675,97), Elci Simões de Oliveira (R$ 177.526,00), Ernesto Anselmo Queiroz Chíxaro (R$ 153.675,97), Flávio Humberto Pascarelli Lopes (R$ 189.516,43), Joana dos Santos Meirelles (R$ 177.421,73), João Mauro Bessa (R$ 153.675,97), Jomar Ricardo Saunders Fernandes (R$ 199.935,65), Jorge Manoel Lopes Lins (R$ 186.096,04), Lafayette Carneiro Vieira Júnior (R$ 177.682,41), Maria das Graças Pessôa Figueiredo (R$ 186.969,75), Mirza Telma de Oliveira Cunha (R$ 150.950,56), Nelia Caminha Jorge (R$ 163.171,86), Onilza Abreu Gerth (R$ 172.352,74), Paulo Cesar Caminha e Lima (R$ 153.780,25), Wellington José de Araújo (R$ 159.520,60) e Yedo Simões de Oliveira (R$ 162.506,69). Todos os valores são líquidos.

COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS

"A propósito das informações solicitadas, insta esclarecer que a Administração desta Corte de Justiça busca realizar a melhor gestão ao erário em conjunto com o cumprimento das deliberações do Conselho Nacional de Justiça e os princípios expressos no caput do art. 37 da CRFB e art. 2º da Lei Estadual nº 2.794, de 6 de maio de 2003.

Preliminarmente, vale rememorar que a Parcela Autônoma de Equivalência - PAE surgiu em virtude da diferença de remuneração entre membros do Congresso Nacional e os ministros do Supremo Tribunal Federal, sendo que aquela corte, em sessão administrativa de 1992, promoveu a equiparação dos vencimentos do Judiciário com os do Legislativo Federal, instituindo a Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), para incluir a verba do auxílio moradia percebida pelos congressistas não contemplados com residência funcional.

O Conselho da Justiça Federal (Processo Administrativo nº2016160031), bem como o Superior Tribunal de Justiça (Processo Administrativo nº 3579/2008), decidiram que todos os magistrados federais tinham direito à percepção dos valores atrasados do auxílio-moradia.

No âmbito do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, em consulta formulada pelo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, apontou que a questão já foi decidida pelo STF, reconhecendo o direito à percepção da PAE pelos integrantes da magistratura, uma vez que a magistratura é nacional.

Os cálculos da PAE foram regularmente homologados pelo Tribunal Pleno do Poder Judiciário amazonense por meio do Processo Administrativo nº 2010.005747-1 (CPA nº 2010/020840). O cálculo dessa vantagem abrangeu o período que vai desde 01/09/1994 até 31/12/2004.

Através dos autos do Sistema Eletrônico de Informações - SEI nº 2021/000019328-00, foi solicitado dos setores técnicos desta Corte informações acerca da possibilidade orçamentária-financeira e jurídica para o "adiantamento na monta de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), por magistrado instituidor, do saldo principal da Parcela Autônoma de Equivalência - PAE, a serem pagos em parcelas de R$ 100.000,00 (cem mil reais) nos meses de outubro, novembro e dezembro do corrente ano."

A demanda foi objeto de deliberação pelo Egrégio Tribunal Pleno, conforme a Ata de Julgamento de ID nº 0380365 e, no dia 9 de novembro do corrente ano, à unanimidade, a Corte do TJAM decidiu que o pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência incidiria sobre os juros vencidos e, nos casos em que o valor autorizado na presente decisão superar o saldo de juros vencidos devidos ao magistrado, o residual seja abatido do valor principal da PAE.

A remuneração paradigma de todos os magistrados amazonenses observa estritamente o teto constitucional. Outras verbas porventura agregadas a este valor, são pagas nos exatos termos da lei e de Resoluções editadas pelo Conselho Nacional de Justiça.

Nesse contexto, a Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) não entra no cálculo previsto para o teto, conforme Resolução nº 13/2006, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bem como a Lei da Magistratura Nacional. Portanto, trata-se, tão somente, de cumprimento de decisões judiciais.

Por fim, todos os pagamentos realizados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas estão com amplo acesso e divulgação, nos termos do art. 6º, I, da Lei de Acesso à Informação, podendo ser acompanhada diretamente através do link https://www.tjam.jus.br/index.php/transparencia.

Gabinete da Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, em Manaus, 22 de dezembro de 2021.

Desembargador Domingos Jorge Chalub Pereira

Presidente TJ/AM"

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) realizou, na semana passada, nos dias 16 e 17 de junho, as eleições para eleger novos representantes. No entanto, os mesários contratados para o evento acusam de não terem recebido o pagamento dos serviços.

Uma das mesárias que trabalhou nas eleições, Bárbara Suzanne Batista contou, ao LeiaJá, que até agora não recebeu o dinheiro. A promessa é que o valor seria pago no mesmo dia das eleições, após o expediente. “Está rolando uma desorganização e uma falta de um posicionamento oficial do financeiro do sindicato sobre o pagamento dos mesários”. Ela revela que foi designada para trabalhar em Palmares, Zona da Mata do Estado, pegou estrada em meio às fortes chuvas, e, ao entregar as urnas ao final da eleição, “não teve nenhuma informação precisa sobre o pagamento”.

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Em um post no Instagram do sindicato, os mesários cobram o pagamento da diária. "Cadê o dinheiro dos mesários, galera? O povo trabalha porque está precisando, e precisando para agora", escreveu uma internauta. "Minha gente, não custa dar uma explicação sobre o pagamento", falou outra.

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O LeiaJá procurou a assessoria do Sintepe que informou sobre a realização dos pagamentos. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, a remuneração é feita por meio de depósito bancário e alguns mesários mandam os dados errados, o que dificulta o processo de liberação do dinheiro e ocasiona em atrasos. Ainda de acordo com a comunicação do Sintepe, todos os mesários sempre receberam o pagamento e que a Secretaria de Finanças está resolvendo caso a caso.

O Sintepe reforçou, ainda, que faz de tudo para pagar os mesários e que existe um número exclusivo para que os profisisonais tratem dos pagamentos. De acordo com a assessoria, todos os mesários conhecem o telefone passado pelo Sintepe, mas poucos estão entrando em contato. "telefone da Secretaria de Finanças é de conhecimento de todos os mesários, mas para quaisquer dúvidas é possível ligar para o telefone do Sintepe e pedir para falar com a Secretaria de Finanças: (81) 2127.8866", informou a comunicação do sindicato.

Em contrapartida, Bárbara alega que ao entrar em contato para resolver seu caso, por meio do número informado pelo Sintepe, não conseguiu ter nenhuma solução. "Esse [contato] só dá desligado, se tiver outro eles têm que repassar pra gente", disse. Em conversas de texto, obtidas pelo LeiaJá, Bárbara entra em contato com um número que supostamente é ligado ao Sintepe, mas não obtém um retorno efetivo. Confira:

O Facebook anunciou, nessa terça-feira (8), novas formas de remuneração para seus criadores de conteúdo, com o Instagram também sendo agraciado com as mudanças. Entre as novidades, estão um novo programa de filiação, lojas integradas aos perfis e recursos de remuneração durante as transmissões ao vivo.

O recuso “Afiliado” vai funcionar como um programa para o Instagram para recompensar os criadores de conteúdo pelas vendas que incentivarem. Os compradores poderão encontrar novos produtos (recomendados pelo perfil do criador) assim que terminarem alguma compra, podendo também recomendar aos seus seguidores, aumentando assim o fluxo e consequentemente o engajamento em um sistema de lojas integradas.

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Lojas em contas pessoais também vão possuir esse recurso e poderão utilizá-lo como os perfis grandes. Os conteúdos entrarão em fase de testes e devem chegar aos internautas nos próximos meses.

Para quem vive de lives, a novidade são os “marcos”, que serão tarefas que trarão recompensas em dinheiro, se forem cumpridas, podendo ir de receber uma alta quantidade de estrelas em certo tempo ou transmitir o que estiver fazendo a partir de outra conta, como do Facebook para o Instagram, dando movimento a perfis diferentes. Segundo o portal Techmundo, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, alegou que com as mudanças, o objetivo é ser a melhor plataforma para os criadores de conteúdo.

“Se você tem uma ideia que deseja compartilhar com o mundo, você deve ser capaz de criá-la e divulgá-la com facilidade e simplicidade e então ganhar dinheiro com seu trabalho”, declarou Zuckerberg.

O Google assinou um acordo quadro que abre caminho para a remuneração da imprensa diária francesa sob "direitos conexos", direito semelhante ao copyright criado em 2019 e que deu origem a negociações acaloradas.

Este acordo foi assinado entre o Google e a Alliance de la Presse d'Information Générale (Apig), principal organização profissional da imprensa francesa, que representa em particular jornais diários nacionais e regionais.

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"A Apig e o Google anunciam hoje um acordo sobre a remuneração dos direitos conexos sob a lei francesa", anunciaram as duas partes em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (21), ressaltando que representa "o culminar de muitos meses de negociações no quadro estabelecido pela Autoridade da Concorrência".

Este acordo "define a estrutura dentro da qual o Google negociará acordos individuais de licenciamento com os membros" da Apig, para publicações reconhecidas "por informações políticas e gerais", explicaram os signatários.

Esses contratos "cobrirão direitos conexos e também darão aos jornais acesso ao News Showcase", programa lançado recentemente pelo Google no qual remunera a mídia por uma seleção de conteúdo enriquecido.

Resta saber o quanto essa remuneração pode representar para a imprensa francesa, sendo os dados financeiros do acordo confidenciais. Contactados pela AFP, Google e Apig não forneceram quaisquer detalhes sobre este assunto.

- "Novas perspectivas" -

De acordo com o comunicado, a remuneração será calculada individualmente e "com base em critérios como, por exemplo, o contributo para a informação política e geral, o volume diário de publicações ou mesmo a audiência mensal na Internet".

Para Pierre Louette, CEO da Les Echos - Le Parisien e presidente da Apig, este acordo "marca o reconhecimento efetivo dos direitos conexos dos editores de imprensa e o início da sua remuneração por plataformas digitais pela utilização das suas publicações".

Por sua vez, o chefe do Google França, Sébastien Missoffe, vê a confirmação de um "compromisso" do grupo que abre aos editores de imprensa "novas perspectivas".

Apig e Google percorreram um longo caminho: a imprensa francesa acusou o Google no final de 2019 de desrespeitar os direitos conexos, direito semelhante ao copyright, criado por uma diretiva europeia e que supostamente levaria a uma melhor distribuição das receitas digitais entre jornais e agências de notícias.

Logo após este novo direito entrar em vigor na França, o Google decidiu unilateralmente indexar menos bem os jornais que se recusassem a deixá-lo continuar a explorar os seus conteúdos (títulos, excertos de artigos e miniaturas) gratuitamente nos seus resultados de pesquisa.

A imprensa francesa recorreu à Autoridade da Concorrência, que em abril de 2020 ordenou que o Google negociasse "de boa fé" com os editores, uma decisão confirmada pelo Tribunal de Apelações de Paris.

Foi neste quadro de negociações que o Google afirmou, em outubro de 2020, estar perto de um acordo quadro com a Apig, e, em novembro, que tinha selado os primeiros acordos individuais (Le Monde, Le Figaro, Libération e Express).

Este acordo quadro, válido por três anos, não cobre toda a imprensa escrita francesa, em particular as agências de notícias, incluindo a Agence France-Presse, ainda em negociações com o Google, enquanto as discussões com o Sindicato de editores da imprensa de revistas (SEPM) e o grupo americano tem girado em círculos.

"Estou muito satisfeito que o reconhecimento dos direitos conexos esteja se materializando pela primeira vez na Europa e agora aguardamos o primeiro passo, que é sempre o mais difícil, para que o Google continue seu impulso e estenda esse reconhecimento a outros atores elegíveis, incluindo agências de notícias", comentou o CEO da AFP, Fabrice Fries.

O estudo 'Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio', realizado e divulgado pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), mostrou que a média nacional de remuneração dos estagiários no País aumentou 4,02% em relação a 2018, ficando em  R$ 1.007,06. Esse valor, no entanto, muda muito a depender de diversas variáveis como região, área de estudos, gênero, nível de escolaridade e idade.

Um dado que ilustra esse fato é a melhor remuneração de estagiários na Região Sul, a mais bem paga, com bolsa média de R$ 1.136,80, seguida pelo Sudeste com R$ 1.007,89, depois Nordeste, com R$ 981,18, Centro-Oeste, somando 980,73, e Norte, com apenas R$ 776,62.  

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Ainda de acordo com a pesquisa, os estagiários homens ganharam em média R$ 1.057,40 no último ano, frente a R$ 964,23 das estagiárias. “Essa disparidade não é relacionada a sujeitos ocupando a mesma posição, exercendo funções iguais. Na realidade, as moças optam mais por áreas como pedagogia e licenciaturas, nas quais o valor é um pouco menor. Em contrapartida, há uma forte participação de rapazes nas áreas de engenharia e de exatas, por exemplo”, disse Seme Arone Junior, presidente do Nube. 

Essa realidade se torna mais evidente quando observamos as áreas de estágio e suas respectivas remunerações. Entre os cursos de nível superior, os estagiários mais bem remunerados foram os de agronomia (R$ 1.841,97), seguidos por ciências atuariais (R$ 1.767,28), ciências econômicas (R$ 1.649,97), ciência e tecnologia (R$ 1595,16) e por toda a gama de engenharia, que ficou em quinto lugar com R$ 1414,12. Já o curso de sistemas da informação, que ficou em 10 lugar, tem uma média de 1.268,44. 

Confira a tabela de remuneração média para estágios por curso e nível em 2019:

Superior Tecnólogo: R$ 1.040,52

 1º Tecnol. Banco de Dados

R$ 1.360,20

2º Tecnol. Automação Industrial

R$ 1.179,58

3º Tecnol. Análise e Desenv. Sistemas

R$ 1.167,77

4º Tecnol.Gestão da Qualidade

R$ 1.164,03

5º Tecnol. Construção Civil

R$ 1.147,00

6º Tecnol. Comércio Exterior

R$ 1.126,94

7º Tecnol. da Informação

R$ 1.099,76

8º Tecnol. Gestão Comercial

R$ 1.088,39

9º Tecnol.Redes de Computadores

R$ 1.083,53

10º Tecnol. Secretariado

R$ 1.052,79

Médio Técnico: R$ 796,61

1º Técnico em Edificações

R$ 916,32

2º Técnico em Mecânica

R$ 886,55

3º Técnico em Segurança do Trabalho

R$ 873,94

4º Técnico em Automação Industrial

R$ 868,57

5º Técnico em Mecatrônica

R$ 866,99

6º Técnico em Química

R$ 825,10

7º Técnico em Marketing

R$ 837,11

8º Técnico em Logística

R$ 823,77

9º Técnico em Redes de Computadores

R$ 818,90

10º Técnico em Contabilidade

R$ 818,62

Médio: R$ 641,48

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