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A promotoria pública do Egito ordenou nesta domingo (14) o congelamento dos ativos de 14 islamitas importantes como parte de uma investigação sobre episódios violentos, informaram fontes judiciais.

A ordem afeta nove líderes da Irmandade Muçulmana, dentre eles o guia do grupo, Mohamed Badie, e cinco islamitas de outros grupos, que incluem a facção militante Gamaa Islamiya, disseram as fontes.

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As investigações estão relacionadas a quatro incidentes ocorridos desde a queda do presidente Mohamed Morsi em 3 de julho, dentre os quais os confrontos no Cairo, na segunda-feira passada, que resultaram na morte de 53 pessoas.

Também hoje, Morsi e membros da Irmandade Muçulmana começaram a ser interrogados sobre a fuga da cadeia durante o levante de 2011, informaram fontes judiciais à agência France Presse.  A ação foi tomada horas depois de a promotoria ter recebido queixas criminais contra o presidente deposto e outros islamitas. O inquérito trata da fuga de Morsi e dezenas de membros da Irmandade da prisão de Wadi Natrun durante o levante que terminou com o fim dos 30 anos de governo de Hosni Mubarak.

Em junho, um tribunal concluiu que o Hamas, grupo islamita que governa a Faixa de Gaza, e o grupo xiita libanês Hezbollah ajudaram os prisioneiros. O serviço de investigação da promotoria interrogou Morsi num local não divulgado. O ex-presidente não é visto em público desde que foi derrubado, após milhões de pessoas terem saído às ruas para pedir sua saída.

Os líderes interinos do país afirmam que ele é mantido num "lugar seguro, para sua própria segurança". O primeiro-ministro interino Hazem al-Beblawi reuniu-se neste domingo com candidatos a postos ministeriais. Ele afirmou que espera formar um gabinete com 30 ministros e que a principal prioridade é retomar a segurança, assegurar o fluxo de bens e serviços e preparar as eleições parlamentares e presidenciais. O novo gabinete deve ser revelado na terça ou quarta-feira.

O presidente interino, Adly Mansour, estabeleceu o início do próximo ano como prazo para as eleições. A Irmandade se recusou a participar do governo interino e dezenas de milhares de partidários saíram às ruas para exigir a volta de Morsi.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Mohammed ElBaradei, conhecido líder opositor do Egito, foi empossado interinamente no cargo de vice-presidente para Assuntos Externos do país, informou o governo em comunicado neste domingo.

A indicação de ElBaradei, ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e vencedor do prêmio Nobel da Paz, acontece após o golpe militar que derrubou o presidente islamita Mohamed Morsi, em 3 de julho.

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Ele foi inicialmente indicado como líder do gabinete, mas sua nomeação foi rejeitada pelo partido salafista ultraconservador Al-Nur.

No ano passado, ElBaradei foi nomeado líder da Frente de Salvação Nacional, uma coalizão de grupos de esquerda e liberais, formado após a chegada de Morsi ao poder, em novembro.

Segundo o porta-voz da Frente, Khaled Dawoud, ElBaradei, de 71 anos, já não lidera a coalizão. "Ele é, agora, o vice-presidente de todos os egípcios", afirmou.

Mas milhares de partidários de Morsi prometeram continuar suas manifestações no Cairo até que ele volte ao cargo. Eles se recusam a aceitar a queda do presidente, o primeiro a ser livremente eleito no país, e o período de transição proposto pelos militares, que querem mudanças na Constituição e novas eleições parlamentares e presidenciais. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Promotores egípcios afirmaram neste sábado, 13, que estão olhando para novas queixas contra o presidente deposto Mohammed Morsi e também contra alguns membros da Irmandade Muçulmana. Segundo um porta-voz do escritório Adel al-Saeed, as denúncias apresentadas incluem a colaboração com órgãos estrangeiros para prejudicar interesses nacionais, a provocação da morte de manifestantes civis, a posse de armas e explosivos e prejuízos à economia do país. Até o momento, não se sabe quem fez as queixas.

Autoridades também disseram que vão prosseguir com as investigações sobre as alegações que Morsi e 30 outros líderes da Irmandade Muçulmana escaparam da prisão em 2011, com a ajuda do grupo militante palestino Hamas. A fuga ocorreu em meio à revolta que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.

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Neste sábado, parlamentares islamitas da Câmara Alta do Parlamento do Egito pediram o retorno de Morsi e também clamaram para que outros Parlamentos não reconheçam a liderança militar nomeada recentemente. O pedido foi feito por cerca de 20 membros do Conselho Shura, que era a única Câmara Legislativa do Egito desde que um tribunal ordenou a dissolução da Câmara Baixa no ano passado até a derrubada de Morsi no dia 3 de julho.

Os parlamentares, que participaram de uma manifestação pacífica no leste do Cairo, acusaram os militares de tentarem restaurar um regime "corrupto e ditatorial". Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, sucedendo o governo autocrático de longo prazo de Hosni Mubarak, que renunciou em 2011. O Exército depôs Morsi após milhares de manifestantes tomarem as ruas para exigir sua saída. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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Uma parte de uma esfinge dedicada a um antigo rei egípcio intriga arqueólogos israelenses. O pedaço da estátua de granito incluindo as patas e partes dos braços da criatura mítica é o primeiro encontrado do tipo no sítio arqueológico na Galiléia. "Foi maravilhoso descobrir esse objeto, a peça foi encontrada no final de um dia de trabalho, todo mundo pulou de alergia", diz a arqueóloga Shlomit Blecher.

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Foi a primeira descoberta de estátua em homenagem ao rei Menkauré, que governou o Egito 2.500 anos a.C e foi um dos responsáveis pela construção das pirâmides de Gizé.

O Ministério de Relações Exteriores do Egito informou que o ex-presidente deposto, Mohammed Morsi, está num local seguro e que é tratado de "maneira muito digna". O porta-voz do Ministério, Badr Abdel-Atti, disse aos jornalistas nesta quarta-feira (10) que nenhuma acusação foi feita contra Morsi, que foi derrubado no dia 3 de julho. Ele afirmou, porém, que "para sua própria segurança e pela segurança do país, é melhor mantê-lo...caso contrário, as consequências serão terríveis".

O comunicado foi feito enquanto as autoridades do país intensificam a repressão à Irmandade Muçulmana. Nesta quarta-feira (10), a promotoria geral do país ordenou a prisão do líder espiritual do grupo, que mantém sua oposição ao novo governo e recusou ofertas para participar da administração interina. Além dos principais líderes da Irmandade, 200 pessoas foram indiciadas nesta quarta-feira por suposta participação nos confrontos nas proximidades do prédio da Guarda Republicana, que na segunda-feira deixaram 54 mortos, a maioria partidários de Morsi.

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Os acusados permanecerão presos por 15 dias, durante investigações sobre assassinato, incitamento à violência, posse de armas ilegais e perturbação da ordem e da segurança pública, informou uma fonte à agência France Presse. No total, 650 pessoas foram detidas por causa dos confrontos, mas 450 delas foram libertadas sob fiança, declarou a fonte. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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Membros da Irmandade Muçulmana protestaram pelas ruas do Cairo, capital do Egito, na terça-feira (09), contra o golpe militar que depôs o então presidente Mohamed Mursi na semana passada. Eles realizaram um funeral simbólico às 51 vítimas que morreram na segunda-feira durante um protesto de partidários do ex-presidente.

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Segundo o movimento, os responsáveis pelo massacre foram os soldados e policiais, que atiraram contra a multidão a partir do quartel-general. Em contrapartida, os militares acusam terroristas armados de tentar invadir a sede da Guarda Republicana.

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O ex-chefe da agência nuclear da ONU Mohamed ElBaradei foi nomeado neste sábado (6) primeiro-ministro do Egito, três dias depois de o Exército derrubar o presidente Mohamed Mursi, anunciou o movimento Tamarod, que esteve na origem das manifestações contra o presidente islamita. A informação foi confirmada à agência EFE por Khaled Dawoud, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, principal aliança não-islamita.

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Os confrontos entre soldados e policiais egípcios com islamitas, que protestavam contra a deposição do presidente Mohammed Morsi, deixaram pelo menos 54 mortos, sendo 51 manifestantes e três integrantes das forças de segurança nesta segunda-feira. O braço político da Irmandade Muçulmana convocou um rebelião contra o Exército, intensificando ainda mais a crise.

O número de vítimas fatais do confronto, ocorrido do lado de fora da sede da Guarda Republicana, no Cairo, é o maior em um único incidente desde que grandes manifestações levaram à queda do governo de Morsi.

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Antes mesmo da contagem dos corpos, havia relatos conflitantes sobre como a violência teve início. Manifestante pró-Morsi disseram que as tropas atacaram seu acampamento sem terem sido provocadas, pouco depois de terem realizado orações de madrugada. Já os militares dizem que foram atacados, primeiro por homens armados, que mataram um oficial do Exército e dois policiais, e depois com pedras e coquetéis molotov.

Os confrontos duraram três horas. Manifestantes jogavam pedras e coquetéis molotov dos telhados. Ambulatórios médicos próximos, dirigidos por partidários da Irmandade, ficaram cheios de manifestantes feridos. Mais de 400 pessoas ficaram feridas.

A violência deve intensificar os conflitos entre a Irmandade Muçulmana, de Morsi, que acusa os militares de terem dado um golpe militar contra a democracia. Já seus opositores afirmam que Morsi desperdiçou sua vitória de 2012 e estava destruindo da democracia, ao aumentar a presença da Irmandade no Estado.

O principal clérigo muçulmano do país, xeque Ahmed el-Tayeb, que apoiou a queda de Morsi, advertiu sobre a possibilidade uma "guerra civil" e disse que irá se isolar até que a violência termine, uma demonstração rara e dramática de protesto dirigido aos dois lados. Ele exige o imediato estabelecimento de um processo de reconciliação, que inclui a libertação de prisioneiros que fazem parte da Irmandade.

Ahmed el-Tayeb, chefe da mesquita de Al-Azhar, disse que não "tinha escolha" a não ser se isolar em sua casa "até que todos assumam suas responsabilidades para encerrar o derramamento de sangue em vez de levar o país para uma guerra civil". Fonte: Associated Press.

Pelo menos 42 pessoas foram mortas de 332 feridas em confrontos armados entre soldados e partidários do presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, nesta segunda-feira.

Em comunicados divulgados logo depois do ataque de hoje, a Irmandade Muçulmana, que apoia Morsi, disse que soldados abriram fogo com munição de verdade contra partidários do ex-presidente, quando eles participavam de uma oração durante a madrugada. O grupo chamou as mortes de "massacre" de pediu a seus seguidores que lancem um "levante" contra "aqueles que roubaram a revolução", uma referência ao Exército egípcio.

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Porta-vozes militares disseram à Associated Press que homens armados abriram fogo contra as tropas que estavam no prédio, matando pelo menos cinco partidários de Morsi e um militar.

Desde o golpe militar que derrubou Morsi, cinco dias atrás, a Irmandade tem realizado protestos regulares do lado de fora do prédio da Guarda Republicana, onde, acredita-se, o ex-presidente é mantido.

Os dois lados se apresentam como vítimas do confronto desta segunda-feira. A Irmandade enviou, por e-mail, links para vídeos no YouTube que mostram vítimas civis sendo retiradas do local onde ocorreram os disparos antes do amanhecer.

Mohamed ElBaradei, líder da oposição egípcia que foi indicado como vice-presidente na noite de domingo, disse em sua página no Twitter nesta segunda-feira que "violência gera violência e deve ser fortemente condenada. Uma investigação independente deve ser realizada. A transição pacífica é o único caminho."

A Frente de Salvação Nacional, agrupamento de partidos políticos liderado por ElBaradei, expressou sua "profunda tristeza" por causa da violência e exigiu uma investigação independente.

No final da manhã, a calma havia voltado à região dos ataques. Testemunhas e sobreviventes disseram que o ataque começou por volta das 3h30, quando os manifestantes encerravam uma oração. As primeiras indicações de problemas foram ouvidas quando o comitê civil de segurança começou a fazer um barulho metálico, usado para advertir sobre perigo.

O médico El Hassan Ahmed, que trabalha na emergência do hospital Kasr el Aini e estava no hospital de campanha da mesquita Raba quando vários feridos chegaram, disse que cuidou de "uma série de ferimentos" provocados por disparos de grande calibre, além de traumas provocados por cassetetes e botas. Segundo ele, as idades dos pacientes vão de uma criança de 10 meses até um homem de 65 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Confrontos entre apoiadores do ex-presidente do Egito, Mohammed Morsi, e forças de segurança do país deixaram, pelo menos, 40 pessoas mortas do lado de fora de um edifício militar no Cairo. Os apoiadores de Morsi estavam no local em uma manifestação.

O porta-voz do ministério de Saúde, Khaled el-Khatib, disse que os relatos iniciais também indicam que, pelo menos, 322 pessoas ficaram feridas, embora ele não tenha dado detalhes sobre as circunstâncias do incidente.

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Representantes militares disseram que homens armados abriram fogo contra as tropas militares no edifício, matando, pelo menos, cinco apoiadores de Morsi e um oficial. O coronel Ahmed Mohammed Ali disse que informações preliminares indicam que homens armados ligados a Irmandade Muçulmana tentaram invadir o edifício pouco depois do amanhecer, disparando tiros e lançando bombas de uma mesquita e de telhados nas proximidades. Um oficial de polícia no local foi morto, disse ele.

Outro porta-voz militar, que pediu para não ser identificado, disse que cinco pessoas do lado da Irmandade foram mortas.

Já o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Mourad Ali, e uma testemunha no local afirmaram que as forças militares abriram fogo contra os manifestantes do lado de fora do edifício. Al-Shaimaa Younes, que estava no protesto, disse que as tropas militares e a policia abriram fogo contra os manifestantes durante as orações da manhã.

"Eles abriram fogo com munição letal e jogaram bombas de gás lacrimogêneo", disse ela por telefone. "Houve pânico e as pessoas começaram a correr". Mulheres e crianças estavam entre os manifestantes, contou.

Fonte: Associated Press.

Autoridades egípcias disseram que um economista liberal surgiu como forte candidato à primeiro-ministro, após horas de negociações entre as facções liberal e secular e islamitas ultraconservadores.

O porta-voz do presidente interino afirmou à TV egípcia que Ziad Bahaa-Eldin é o principal candidato ao posto e que o líder reformista Mohammed ElBaradei assumiria o posto de vice-presidente.

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Bahaa-Eldin afirmou à Associated Press que "ainda está pensando sobre o assunto".

O nome do economista de 48 anos surgiu após o partido salafita ter bloqueado a tentativa de apontar El Baradei como primeiro-ministro. Uma autoridade da Frente de Salvação Nacional disse que El Baradei e Bahaa-Eldin podem trabalhar como "um time". A autoridade falou em condição de anonimato porque as discussões ainda não terminaram. Fonte: Associated Press.

O presidente norte-americano, Barack Obama, reiterou hoje (6) que os Estados Unidos não estão alinhados e nem apoiam qualquer partido político ou grupo do Egito e voltou a condenar a onda de violência que toma conta do país. Obama fez tais declarações durante uma conferência por telefone com o Conselho Nacional de Segurança sobre os desdobramentos do golpe político no Egito, de acordo com o gabinete.

"Os EUA rejeitam categoricamente as falsas alegações propagadas por alguns no Egito de que estamos trabalhando com partidos políticos ou movimentos específicos para determinar como deve ocorrer a transição (de governo) no país", informou a Casa Branca por meio de comunicado. "Nós continuamos comprometidos com o povo egípcio e suas aspirações por democracia, oportunidade econômica e dignidade. Mas o futuro caminho do Egito só pode ser determinado pelo povo egípcio", acrescentou.

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, enfatizou hoje novamente a necessidade de uma transição pacífica no Egito, observando a "importância da segurança do povo egípcio, seus vizinhos e a região". Hagel também conversou com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, o Sheik Mohammed bin Zayed Al Nahyan, sobre o Egito e mais "questões de mútua preocupação no Oriente Médio", relatou o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.

O secretário de Estado, John Kerry, também esteve em contato com a embaixadora dos EUA no Egito, Anne W. Patterson, e outras autoridades na região, de acordo com o Departamento de Estado. "O secretário Perry também reafirmou o suporte dos EUA à democracia e à proteção universal dos Direitos Humanos para todos os egípcios", informou o órgão em comunicado.

O novo presidente do Egito, Adly Mansour, voltou atrás em um anúncio feito mais cedo de que Mohamed ElBaradei, líder da oposição ao recentemente deposto Mohammed Morsi, teria sido nomeado neste sábado primeiro-ministro interino do país. Ahmed el-Musilamani, porta-voz de Mansour, afirmou a repórteres que as consultas estão em andamento e negou que a indicação de El Baradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, ao cargo estivesse certa.

Contudo, jornalistas reunidos no palácio presidencial foram levados para uma sala em que foram informados por uma autoridade a esperar pelo presidente que chegaria em breve para anunciar a nomeação de ElBaradei.

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Autoridade sênior da oposição, Munir Fakhry Abdelnur disse à Associated Press que a reviravolta deve-se ao fato de que o partido ultraconservador Salafi el-Nour se opôs à indicação de ElBaradei e as discussões estavam em andamento.

Homens armados mataram um padre cristão neste sábado (6) na península do Sinai, no norte do Egito, enquanto ele fazia compras em um mercado ao ar livre. Ainda não se sabe se o ataque está ligado à recente crise política. Desde antes da deposição de Mohammed Morsi, na última quarta-feira, o Egito enfrenta uma reação contra os cristãos, minoria da população do país. Aliados de Morsi afirmam que os cristãos desempenharam um grande papel no retirada do ex-presidente do poder.

A presença de forças de segurança nacionais foi reforçada nas regiões próximas a um acampamento de partidários de Morsi, após ao menos 36 pessoas terem morrido em todo o país em confrontos na última semana. Em mais um sinal de preocupação com a instabilidade, o presidente interino do Egito se reuniu hoje com o chefe do Exército e com o ministro do Interior.

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Os partidários de Morsi prometem tomar as ruas até o que o líder islâmico retorne ao poder. Já os oposicionistas de Morsi convocam mais manifestações para defender o que chamam de "ganhos do 30 de junho", data de início dos protestos contra o ex-presidente.

Passados dois dias da destituição do presidente egípcio, Mohamed Morsi, o governo dos Estados Unidos não respondeu uma pergunta de US$ 1,5 bilhões: considerou a deposição um golpe de Estado ou não? A resposta definirá a remessa da ajuda militar americana e US$ 1,3 bilhão e de mais US$ 200 milhões, em caráter econômico, para o ano-fiscal de 2014.

Montante similar já foi enviado ao Cairo em maio. Na sexta-feira, o presidente Barack Obama preferiu deixar essa questão em suspenso. Por lei, a ajuda deveria ser suspensa em caso de golpe - Obama evitou esta palavra. No dia seguinte do feriado de 4 de Julho, Obama jogou golfe entre 9 horas e 14h43. Com o fim de semana prolongado pelo feriado, o Congresso não funcionou nesta sexta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Dezenas de milhares de simpatizantes de Mohammed Morsi saíram às ruas do Cairo e de outras cidades egípcias nesta sexta-feira para protestar contra o golpe de Estado que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito. Eles exigem que Morsi seja reempossado presidente.

Soldados posicionaram veículos blindados nas pontes sobre o Rio Nilo e abriram fogo contra os manifestantes. Ao mesmo tempo, uma multidão de islamitas atacou oponentes de Morsi. Em Alexandria, pelo menos 12 pessoas morreram em confrontos entre simpatizantes e oponentes de Morsi, elevando a 30 o número de mortos em episódios de violência ocorridos no Egito nesta sexta-feira. Centenas de pessoas ficaram feridas.

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Enquanto isso, um porta-voz do Ministério de Interior do Egito anunciou a detenção de Khairat el-Shater, vice-líder da Irmandade Muçulmana e considerado por muitos a figura mais influente do grupo. Hani Abdel-Latif, o porta-voz, disse que Shater e um irmão dele foram presos na noite de hoje na zona leste do Cairo com base em alegações de "incitação à violência".

Mais cedo, em uma aparição dramática, o líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, prometeu devolver o cargo ao presidente deposto, Mohammed Morsi, e disse que os egípcios não vão aceitar um "governo militar" por mais um dia.

Badie, figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, fez as declarações nesta sexta-feira perante uma multidão de dezenas de milhares de partidários de Morsi no Cairo, enquanto um helicóptero militar sobrevoava a região.

Em reação aos protestos pró-Morsi e ao discurso de Badie, um grupo de opositores do presidente deposto conclamou a população a sair às ruas para deter a "venenosa conspiração" da Irmandade Muçulmana para voltar ao poder.

Por meio de nota, a chamada Frente de Salvação Nacional e grupos jovens alegaram que a Irmandade Muçulmana foi às ruas para "passar ao mundo uma falsa imagem" e conclamou o público a "defender a legitimidade popular". Ainda segundo esses grupos, o exército pode "acabar com essa conspiração" com a ajuda do povo.

Pouco depois do discurso de Badie, uma multidão de seguidores da Irmandade Muçulmana atravessou a Ponte 6 de Outubro em direção à Praça Tahrir, onde opositores de Morsi passaram o dia concentrados. Os dois grupos acabaram entrando em choque, atirando pedras e disparando armas de fogo. A seguir, pelo menos sete veículos militares blindados cruzaram a ponte atrás dos simpatizantes do presidente deposto.

Em Alexandria, Amr Salama, funcionário dos serviços de emergência da cidade mediterrânea, disse que as mortes na cidade mediterrânea ocorreram quando um grupo pró-Morsi avançou contra uma manifestação da qual participantes oponentes do presidente deposto.

No Cairo e em outros cidades egípcias, dez pessoas morreram e 210 ficaram feridas.

Também nesta sexta-feira, o presidente interino do Egito, Adly Mansour, dissolveu o Conselho da Shura (a câmara alta do Parlamento), que assumira o papel de Legislativo do país desde que tribunais dissolveram a câmara baixa do Parlamento. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Dezenas de milhares de simpatizantes de Mohammed Morsi saíram às ruas do Cairo nesta sexta-feira para protestar contra o golpe de Estado que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito. Eles exigem que Morsi seja reempossado presidente.

Soldados posicionaram veículos blindados nas pontes sobre o Rio Nilo e abriram fogo contra os manifestantes. Ao mesmo tempo, uma multidão de islamitas atacou oponentes de Morsi. A repressão e os confrontos deixaram pelo menos dez mortos e 210 feridos no Cairo e em outras cidades egípcias, segundo o Ministério da Saúde do país.

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Mais cedo, em uma aparição dramática, o líder supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, prometeu devolver o cargo ao presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, e disse que os egípcios não vão aceitar um "governo militar" por mais um dia.

Badie, figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, fez as declarações nesta sexta-feira perante uma multidão de dezenas de milhares de partidários de Morsi no Cairo, enquanto um helicóptero militar sobrevoava a região. Fonte: Associated Press.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta sexta-feira o rating do Egito de B para B-, com perspectiva negativa. Segundo a agência, existe o risco de uma deterioração substancial na estabilidade política doméstica, o que pode prejudicar a economia e a credibilidade de crédito do país.

"Existe uma grande incerteza sobre como os riscos resultantes do golpe militar vão se desenrolar no curto prazo e o eventual caminho para uma transição política pacífica. O ambiente político pode tornar mais difícil implementar as reformas fiscais e estruturais necessárias para garantir um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)", diz a Fitch.

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A Fitch estima que o déficit orçamentário do país no ano fiscal de 2013 deve atingir 13,5% do PIB, o maior entre todos os países analisados pela agência. A dívida pública deve saltar para 85% do PIB. "Quedas na receita do governo e o rápido crescimento de subsídios, benefícios e salários deterioraram significativamente a flexibilidade fiscal". Fonte: Dow Jones Newswires.

O principal líder da Irmandade Muçulmana, general Mohammed Badie, prometeu devolver o cargo ao presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, e disse que os egípcios não vão aceitar um "governo militar" por mais um dia.

Badie, figura reverenciada entre os seguidores da Irmandade, fez as declarações nesta sexta-feira perante uma multidão de dezenas de milhares de partidários de Morsi no Cairo, enquanto um helicóptero militar circulava pela região.

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Ele de dirigiu aos militares dizendo que "seu líder é Morsi" e exigiu que eles obedeçam à promessa de lealdade ao presidente, dizendo que se trata da "honra das Forças Armadas". Badie convocou os egípcios a protestar, dizendo que "não seremos dissuadidos por ameaças de prisão...ou o patíbulo".

"Deus fez Morsi vitorioso e o levará de volta ao palácio", disse ele. "Nós somos seus soldados e o defenderemos com nossas vidas."

Badie foi libertado nesta sexta-feira, depois de ter sido detido pelas forças de segurança logo depois da queda de Morsi. Fonte: Associated Press.

A Irmandade Muçulmana do Egito convocou uma onda de protestos para esta sexta-feira. O grupo está irritado com a deposição, pelos militares, do presidente Mohammed Morsi, o que eleva os temores sobre violência e medidas de retaliação por parte de militantes islâmicos. Morsi e outras importantes figuras da Irmandade foram detidos. O primeiro ataque coordenado realizado por militantes islâmicas desde a queda do presidente aconteceu na Península do Sinai. Homens usando máscaras realizaram ataques com foguetes, morteiros, granadas propelidas por foguete e armas antiaéreas contra o aeroporto el-Arish, onde aeronaves militares estão estacionadas. O campo de Segurança Central em Rafah e cinco postos militares e policiais também foram atacados.

As forças de segurança revidaram o ataque e helicópteros militares sobrevoaram a área. O Egito fechou, por tempo indeterminado, seu posto de fronteira com a Faixa de Gaza após o ataque, o que obrigou 200 palestinos a voltarem ao território, informou o general Sami Metwali, diretor da passagem fronteiriça de Rafah. Na noite de quinta-feira, o coronel Ahmed Mohammed Ali escreveu, em sua página no Facebook, que o Exército e as forças de segurança não adotarão "quaisquer medidas excepcionais ou arbitrárias" contra qualquer grupo político.

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As Forças Armadas têm um "forte desejo de assegurar a reconciliação nacional, a justiça e a tolerância construtivas", escreveu ele, que afirmou ser contra o "regozijo" e a vingança e que apenas protestos pacíficos serão tolerados. O coronel também pediu que os egípcios não ataquem escritórios da Irmandade para evitar um "círculo infindável de represálias". Integrantes da Irmandade pediram a seus seguidores que mantenham os protestos num nível pacífico. Milhares de partidários de Morsi permanecem reunidos em frente a uma mesquita do Cairo, onde acampam há semanas. Uma fileira de veículos militares blindados está instalada nas proximidades.

"Nós declaramos nossa completa rejeição ao golpe militar realizado contra um presidente eleito e contra o desejo da nação", disse a Irmandade em comunicado, lido pelo clérigo sênior Abdel-Rahman el-Barr para a multidão que se aglomerava do lado de fora da mesquita Rabia al-Adawiya, na capital egípcia."Nós nos recusamos a participar de qualquer atividade com as autoridades usurpadoras", diz o documento, que também pede aos partidários de Morsi que mantenham suas atividades de forma pacífica. Os manifestantes de Rabia al-Adawiya pretendem marchar até o Ministério da Defesa nesta sexta-feira.

Fonte: Associated Press.

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