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O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse que cortou relações diplomáticas com a Síria e ordenou o fechamento da embaixada de Damasco no Cairo. Morsi afirmou a milhares de apoiadores em um comício neste sábado, 15, que o governo dele também está retirando o charge d'affaires (oficial colocado no comando dos negócios diplomáticos durante a ausência temporária do embaixador ou ministro) de Damasco.

Morsi também exortou os militantes do Hezbollah, do Líbano, a deixar a Síria, onde o grupo xiita apoiado pelo Irã vem lutando ao lado das tropas leiais ao presidente sírio Bashar Assad contra os rebeldes, em sua maioria sunitas.

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As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, afirmou nesta segunda-feira que "todas as opções estão em aberto" em relação aos esforços da Etiópia para a construção de uma represa, por causa dos riscos potenciais à segurança hídrica egípcia. Em um discurso transmitido pela televisão egípcia, Morsi negou que o Egito esteja declarando guerra à Etiópia, mas afirmou que seu governo "está preparado para defender" a segurança hídrica do país.

No fim de maio, a Etiópia anunciou o início das obras para desviar do fluxo do rio Nilo Azul, um dos principais afluentes do Rio Nilo. O Egito é altamente dependente das águas do Nilo. "A alternativa é o nosso sangue", disse Morsi a simpatizantes no discurso televisionado.

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O desvio do Nilo Azul para a construção da represa foi recebido com surpresa. Egito e Sudão são contrários à obra e acusam a Etiópia de violar um acordo do período colonial sobre a partilha dos recursos hídricos do Rio Nilo. Na semana passada, políticos egípcios sugeriram a Morsi que promovesse atos hostis e de sabotagem para impedir a construção da barragem.

As sugestões foram feitas ao presidente egípcio durante uma reunião e diversos participantes pareciam não estar cientes de que o encontro estava sendo transmitido ao vivo pela televisão. No encontro, Younis Makhyoun, líder de um partido ultraconservador islâmico, afirmou que o Egito deveria apoiar as ações de rebeldes na Etiópia e, em última instância, destruir a barragem.

Ayman Nour, líder do partido liberal egípcio, propôs que deveriam ser espalhados rumores sobre um possível plano de guerra egípcio para assustar os etíopes. Fonte: Associated Press.

Políticos egípcios sugeriram ao presidente do país, Mohammed Morsi, que atos hostis e de sabotagem sejam utilizados para impedir que uma barragem seja construída no Nilo Azul, que serve ao Rio Nilo.

As sugestões foram feitas ao presidente egípcio durante uma reunião e diversos participantes pareciam não estar cientes de que o encontro estava sendo transmitido ao vivo pela televisão. Segundo informações da Associated Press, Morsi não esboçou reação diante das propostas.

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No encontro, Younis Makhyoun, líder de um partido ultraconservador islâmico, afirmou que o Egito deveria apoiar as ações de rebeldes na Etiópia e, em última instância, destruir a barragem.

Ayman Nour, líder do partido liberal egípcio, propôs que deveriam ser espalhados rumores sobre um possível plano de guerra egípcio para assustar os etíopes.

Na terça-feira passada, a Etiópia iniciou o desvio do fluxo do rio Nilo Azul. Egito e Sudão são contrários à obra devido ao fato de que a Etiópia viola um acordo do período colonial segundo o qual o Egito é detentor de quase 70% dos recursos hídrico do Rio Nilo. Fonte: Associated Press.

A Suprema Corte Constitucional do Egito determinou neste domingo (2) que o parlamento ou Conselho de Shura e o painel constitucional do país foram ilegalmente eleitos, o que representa um sério revés legal para a manutenção do poder dos islâmicos no país.

Segundo a decisão do órgão, o parlamento não será dissolvido até a realização das eleições da câmara baixa, que foi também foi dissolvida, no fim desde ano ou no início de 2014.

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A decisão deve prolongar o processo de transição política que se seguiu à derrubada do líder autoritário Hosni Mubarak, há dois anos. As informações são da Associated Press.

A Etiópia iniciou nesta terça-feira as obras para desviar o fluxo do rio Nilo Azul para a construção de uma gigantesca represa, informou a mídia estatal do país.

Em declaração divulgada pela mídia estatal, o primeiro-ministro Demeke Mekonnin disse que a Represa do Grande Renascimento Etíope, quando estiver pronta, proporcionará energia hidrelétrica não apenas para a Etiópia, mas também para os países vizinhos.

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O Egito e o Sudão, no entanto, são contrários à obra. Os dois países são altamente dependentes do Rio Nilo. Segundo eles, a Etiópia viola um acordo do período colonial que garante ao Egito quase 70% dos recursos hídrico do Rio Nilo, que recebe as águas dos rios Nilo Azul e Nilo Branco.

Em meio a temores de que o desvio do Nilo Azul possa afetar o Nilo, o governo etíope assegura que o desvio não prejudicará o Egito. O Rio Nilo é o maior rio do mundo em extensão. As informações são da Associated Press.

Policiais egípcios bloquearam neste domingo, 19, parte da fronteira usada para comércio entre Egito e Israel. Os agentes protestam contra o sequestro de sete colegas da corporação por radicais islâmicos na Península do Sinai ocorrido na quinta-feira (16).

Os policiais tentam pressionar o governo egípcio a aceitar as demandas dos sequestradores e obter a libertação dos agentes mantidos como reféns. O governo do Egito, por sua vez, recusa-se a negociar.

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As informações são da Associated Press.

Funcionários que cuidam das bagagens no aeroporto do Cairo, no Egito, entraram em greve neste sábado em protesto contra a morte de um colega, deixando passageiros de 20 voos internacionais da Europa e de países árabes esperando horas por suas bagagens, disseram autoridades egípcias, acrescentando que as empresas estão se reunindo com os trabalhadores para ouvir as demandas deles, entre elas condições de trabalho mais seguras.

A greve se iniciou após um funcionário da EgyptAir morrer quando uma correia usada para descarregar as bagagens caiu na cabeça dele. Autoridades aeroportuárias disseram que levou mais de uma hora para a ambulância chegar no local. A greve de cerca de 60 funcionários, porém, não interrompeu os voos. As informações são da Associated Press.

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Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito, falou publicamente pela primeira vez desde sua detenção, há dois anos, e disse que está "consternado" com a situação atual do país, especialmente em relação aos mais pobres.

O ex-presidente, de 85 anos, falou ao jornal Al-Watan após uma sessão de seu novo julgamento pelo envolvimento na morte de 846 manifestantes, durante a revolta que o tirou do poder em 2011. Mubarak foi condenado à prisão perpétua, mas o mais alto tribunal de apelações do país ordenou um novo julgamento, depois de aceitar apelos da defesa e da acusação.

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Na entrevista, ele fez uma alerta contra um empréstimo do Fundo Monetário Internacional, dizendo que isso tornaria a vida mais difícil para os pobres no Egito, onde mais de 40% da população vive com menos de 2 dólares por dia. Sobre o seu sucessor, o islamita Mohamed Morsi, Mubarak disse que era muito cedo para fazer julgamentos.

Mubarak afirmou que está "desanimado" com o estado da economia e das cidades industriais construídas durante seus quase 30 anos de mandato, e criticou a falta de segurança do país. As informações são da Associated Press.

A polícia egípcia prendeu três membros de uma suposta célula terrorista ligada à Al-Qaeda e que planejava atacar uma embaixada ocidental e outros alvos no país, disse neste sábado (11), o ministro do Interior do país, Mohamed Ibrahim. Ele não identificou a embaixada, mas afirmou que o ataque era iminente e seria realizado por um homem-bomba ou por meio da detonação de uma bomba feita com nitrato de amônio - um fertilizante comum.

Segundo Ibrahim, os suspeitos foram capturados com 10 quilos do fertilizante e um computador contendo instruções para a fabricação de bombas. Ainda de acordo com o ministro, eles vinham mantendo contato com Kurdi Dawud al-Assadi, que é "o líder da Al-Qaeda em alguns países do Oriente Médio".

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Um dos suspeitos tem ligações com membros da Al-Qaeda na Argélia e recebeu treinamento de uma organização no Paquistão e no Irã, disse Ibrahim, acrescentando que os suspeitos também mantinham contato com a Al-Qaeda no Paquistão e com um facilitador do grupo terrorista na fronteira turca.

O advogado dos suspeitos, Mamduh Ismail, disse que presenciou o interrogatório e que não foram apresentadas provas. "Não havia provas, nada", disse. "Isso é só um caso do aparato de segurança tentando mostrar seu valor." Ele contestou a acusação de que os suspeitos foram presos com explosivos.

Segundo a agência oficial de notícias MENA, dois dos suspeitos devem permanecer detidos por pelo menos mais 15 dias e o terceiro está em prisão domiciliar. As informações são da Dow Jones.

Dois papas rezaram juntos nesta sexta-feira no Vaticano, um católico e outro ortodoxo, um sinal da melhora dos laços após a eleição dos novos líderes para as duas igrejas.

O papa Francisco saudou o líder da igreja ortodoxa copta do Egito, papa Tawadros II, na primeira reunião desse tipo no Vaticano em 40 anos, dizendo que a visita do colega "fortalece os laços de amizade e fraternidade entre as duas igrejas".

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As igrejas copta e católica se separaram no século 5º, por causa de diferenças teocráticas.

Os cristãos são cerca de 10% da população egípcia. A igreja copta ortodoxa do Egito conta com cerca de 10 milhões de fiéis, enquanto a igreja católica copta no Egito - cujos fiéis são leais ao papa Francisco, têm cerca de 165 mil seguidores.

As duas igrejas têm reclamado a respeito da crescente discriminação e dos ataques contra eles desde 2011, ano em que o presidente Hosni Mubarak foi derrubado e teve início o aumento de poder da Irmandade Muçulmana no Egito.

Os dois papas rezaram juntos pela paz nesta sexta-feira na moderna capela Redemptoris Mater (Mãe do Redentor), localizada no interior do Palácio Apostólico.

A visita celebra os 40 anos da assinatura da declaração de melhoria de relações, de 1973, pelo papa Paulo VI e o antecessor de Tawadros, papa Shenouda III, que morreu no ano passado. O papa João Paulo II visitou Shenouda no Cairo em 2000.

Francisco citou nesta sexta-feira o "sofrimento" dos cristãos, dizendo que seu sofrimento compartilhado pode ser uma fonte de força e união. "Do sofrimento compartilhado pode florescer o perdão, a reconciliação e a paz, com a ajuda de Deus", disse ele.

Desde que assumiu o cargo no ano passado, Tawadros tem se aproximado da comunidade católica egípcia, participando da posse do novo patriarca católico e ajudando na formação de um conselho de igrejas cristãs no Egito.

Francisco, por sua vez, tem se aproximado da igreja ortodoxa. O patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartholomew, participou da cerimônia de posse de Francisco, o que representa um importante gesto de unidade.

Tawadros já havia declarado que queria ir a Roma para parabenizar Francisco por sua eleição, convidá-lo para ir ao Egito e tentar construir a unidade entre as igrejas e a paz na região. "Trabalhar juntos para promover o diálogo ecumênico e a paz na Terra será nosso objetivo mútuo", disse ele em inglês.

A presença de Tawadros no interior do Palácio Episcopal significa que havia na verdade três papas no Vaticano nesta sexta-feira. O papa emérito Bento XVI está em sua casa de repouso localizada nos jardins do Vaticano. As informações são da Associated Press.

Durante discurso feito no Palácio do Itamaraty, em homenagem ao presidente egípcio, Mohamed Morsi, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira "o papel mediador" do Egito no conflito entre Israel e Palestina e pregou a superação da "paralisia" que domina o processo de paz entre os dois países. Segundo Dilma, o Brasil pode estender a mão para que, junto com os egípcios, se possa trabalhar para a "superação negociada do conflitos e construção de um mundo de paz". Morsi, por sua vez, elogiou a posição brasileira de apoio ao povo palestino.

Em sua fala, Dilma destacou ainda da necessidade de crescimento das relações comerciais e econômicas entre Brasil e Egito. Ela citou a importância do seminário que reunirá empresários dos dois países nesta quinta-feira, 9, em São Paulo, onde se espera que negócios sejam ampliados. Já o presidente egípcio pregou a necessidade de o seu país encontrar novos parceiros e comentou a importância da parceria com o Brasil, lembrando que os brasileiros também têm a mesma vontade de estreitar as relações econômicas com novas nações.

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Dilma afirmou que Morsi é o líder de "um novo Egito", que está promovendo a reconstrução da democracia social no país e citou que ficou comovida com a sua disposição de levar o desenvolvimento àquele país. Ela defendeu também a importância do diálogo e da cooperação Sul-Sul e disse que Brasil e Egito poderão trabalhar juntos pela reforma da governança global.

Ao finalizar sua fala, Morsi fez questão de convidar Dilma a visitar seu país e desejou sucesso ao Brasil, na Copa do Mundo de 2014. Durante o almoço no Itamaraty não houve o tradicional champanhe para o brinde entre os presidentes e os convidados. Em respeito à tradição e à religião muçulmana, que proíbe que muçulmanos consumam bebida alcoólica, o brinde foi feito com suco de abacaxi com hortelã. Esta foi a primeira viagem de um presidente do Egito ao Brasil.

Em declaração à imprensa feita nesta quarta-feira, 08, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff pediu "cessar-fogo imediato" na Síria. O pedido foi feito ao lado do presidente do Egito, Mohamed Morsi, que faz visita oficial ao País.

"No que se refere à Síria, a gravíssima escalada do conflito continua a trazer uma grande preocupação e convergimos em nossa condenação a todo ato de violência contra os civis, e ao mesmo tempo que o diálogo é o melhor método para que se estabeleça a paz em definitivo naquela região", defendeu Dilma.

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"Defendemos um cessar-fogo imediato, efetivo e defendemos o início de um processo político liderado pelos sírios, com apoio da comunidade internacional", prosseguiu a presidente.

Dilma reiterou que "o Brasil reconhece a importância do Estado Palestino para que se construa a paz naquela região". Ao falar sobre o Egito, a presidente destacou que os "ventos da redemocratização vão ser os precursores de um projeto econômico renovado, tanto do ponto de vista social, político, quanto no que se refere à afirmação da soberania do Egito".

Apoio na OMC

A presidente disse também que é preciso lutar contra as "assimetrias" existentes nas instituições financeiras internacionais. Ela aproveitou o discurso para agradecer o apoio do Egito à candidatura do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, eleito na terça-feira, 07, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"No plano econômico, temos de lutar contra as assimetrias existentes ainda nas instituições financeiras internacionais. A implementação da reforma do sistema de cotas e votação no FMI (Fundo Monetário Internacional) está entre as iniciativas urgentes. Quero aqui reiterar o meu agradecimento pelo apoio do Egito, que muito valorizamos, ao candidato brasileiro Roberto Azevêdo ao cargo de diretor-geral da OMC", discursou a presidente. "O presidente Morsi e eu concordamos que uma cooperação Sul-Sul entre nossos países é estratégica."

Dilma reiterou que o Brasil apoia uma reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) "em particular de seu Conselho de Segurança e enfatizamos a importância da representação de árabes e africanos nesse órgão multilateral".

Acordos

Também nesta quarta-feira foram assinados no Palácio do Planalto um protocolo de cooperação para realização de atividades culturais conjuntas entre Brasil e Egito e memorandos de entendimentos para troca de informações na área ambiental e cooperação técnica na área de desenvolvimento agrário.

De acordo com o Itamaraty, o comércio entre Brasil e Egito aumentou sete vezes no período de 2002 a 2012, saltando de US$ 410 milhões para US$ 2,96 bilhões. As possibilidades oferecidas nas áreas de infraestrutura, energia e transportes no Egito têm atraído a atenção de empresas brasileiras.

Os governos do Brasil e do Egito assinaram sete acordos de cooperação técnica nas áreas agrícola, econômica, social e cultural. Em Brasília nesta quarta-feira (8), o presidente egípcio, Mouhamed Mursi, foi recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

Por quase duas horas, eles conversaram sobre a troca de experiências de desenvolvimento social e agrário, além de parcerias a ações de maio ambiente e saúde. Foi assinado ainda um memorando para intercâmbio entre as bibliotecas nacionais dos dois países. O principal motivo da visita é a análise da experiência brasileira na implementação de programas de transferência de renda, agricultura familiar e estímulo da produção através da compra de alimentos pelo governo.

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Durante pronunciamento à imprensa, Dilma elogiou as ações da gestão de Morsi. “Esse é um governo que busca dar expressão aos legítimos anseios do povo egípcio pela liberdade, desenvolvimento e justiça social”, disse.

Os dois governantes também conversaram sobre a cooperação na indústria militar, inclusive na aviação. “Temos vários horizontes, com relações promissoras. Além disso, queremos aproveitar a experiência do Brasil para aplicar na nossa região”, frisou o presidente do Egito. “Precisamos, para isso, de vários investidores brasileiros para investirem mais no Egito”, salientou ele. Dilma, inclusive, expressou o desejo de o governo organizar missões empresariais brasileiras ao Egito ainda neste ano.

Os governantes também conversaram sobre os conflitos na Palestina e na Síria. “O Brasil reconhece a necessidade do Estado Palestino para alcançar a paz naquela região. Também condenamos quaisquer atos de violência na Síria e defendemos um cessar fogo imediato, porque acreditamos que apenas o diálogo pode trazer a paz para aquela região”, disse a presidente.

Na ocasião, Dilma defendeu mais uma vez a reformulação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do sistema de cotas e representação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O presidente do Egito permanece no Brasil até esta quinta-feira (9).

De 2002 a 2012, o volume de comércio entre Brasil e Egito cresceu sete vezes, evoluindo de US$ 410 milhões para US$ 2,96 bilhões. Nos últimos dois anos, o fluxo comercial bilateral cresceu 38% (2011-2012). Empresas brasileiras têm interesse em investimentos em obras de infraestrutura de energia e transportes no Egito.

O Tribunal Criminal do Cairo recusou o pedido do presidente deposto Hosni Mubarak para ser libertado, enquanto não é concluída uma investigação sobre acusações de corrupção, informou neste domingo a MENA, agência estatal de notícias do Egito.

A Justiça ordenou que Mubarak permaneça na prisão por mais quinze dias, enquanto as acusações são verificadas. Ele ainda pode apelar da decisão.

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Mubarak, que ficou quase 30 anos no poder, foi deposto durante uma revolta popular em 2011 e está preso há mais de dois anos sem um veredicto final sobre outro caso, no qual é acusado pela morte de cerca de 900 manifestantes durante o levante. As informações são da Associated Press.

O presidente egípcio, Mouhamed Mursi, irá a Brasília e São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio. As reuniões com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros das áreas econômica e social estão confirmadas. Mursi quer que o Egito tenha condições de integrar o grupo dos países emergentes. O governo egípcio se interessa em incrementar o comércio e adotar propostas referentes aos programas de transferência de renda.

O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, destacou à Agência Brasil que a visita de Mursi é o reconhecimento pelo papel do país no cenário internacional. “O presidente só virá ao Brasil nesta viagem. Os egípcios veem o Brasil como um parceiro importante e isso é bastante relevante”, disse.

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A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, o porta-voz da Presidência do Egito, Ihab Fahmy, disse que Mursi quer ampliar a cooperação comercial, econômica e industrial, além de atrair mais investimentos brasileiros para o Egito.

Em Brasília, Mursi tem encontro com Dilma e os ministros das áreas econômica e social. Os programas de transferência de renda atraem a atenção dos egípcios que se interessam, principalmente, pelas ações de combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar. Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.

Desde o fim do governo de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito enfrenta momentos de instabilidade política, econômica e social. O governo tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e dos investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, o atual governo passou por uma série de manifestações violentas.

Com quase 90 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do mundo árabe. Cerca de 60% da população é formada por jovens, que sofrem com o desemprego e a falta de perspectivas positivas para o futuro. Mursi se elegeu, em 2012, prometendo melhorar a situação econômica e social do país.

Na visita ao Brasil, Mursi deve defender o interesse de o Egito fazer parte do grupo de países emergentes. A próxima Cúpula do Brics será no Brasil, em 2014. Na semana passada, o egípcio foi à Rússia e aproveitou para reforçar acordos nas áreas energética, do petróleo, do gás e da indústria nuclear.

Melantonio Neto ressaltou que – mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito – o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, a Turquia e o Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil envolvendo os países muçulmanos. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, chegou nesta quarta-feira ao Egito, uma das escalas de sua viagem ao Oriente Médio que tem como objetivo estimular as alianças com os Estados Unidos, em meio aos crescentes temores sobre os efeitos da guerra civil na Síria.

Em sua primeira viagem à região como chefe do Pentágono, Hagel promove as antigas relações do Exército norte-americano com aliados tradicionais - dentre eles Israel e Arábia Saudita - como uma forma de conter o Irã e deter militantes islamitas.

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Hagel, que esteve em Riad na noite de terça-feira para concluir uma venda de armas para a Arábia Saudita, viajou para o Cairo para se reunir com seu homólogo, o general Abdel Fattah al-Siss. Mais tarde, ele vai se encontrar com o presidente Mohamed Morsi.

O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um tratado de paz com Israel. Mas os Estados Unidos temem que a contínua instabilidade no país possa ter amplas consequências na região, já atingida por sérios problemas políticos.

Na terça-feira, o conselheiro legal de Morsi renunciou, alegando que a Irmandade Muçulmana monopolizou a tomada de decisão e invadiu o governo do país. A carta de demissão de Mohammed Fouad Gadallah representa as mais duras críticas vindas de dentro da previdência do Egito.

Opositores de Morsi já acusavam a Irmandade de ser o poder real por trás do presidente e afirmam que as tentativas do grupo de dominar o poder têm alimentado os tumultos no país. Em entrevista transmitida pela televisão, Morsi negou, no início da semana, que a Irmandade intervenha na tomada de decisões. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Cairo, 20 (AE) - O presidente do Egito, Mohamed Morsi, vai anunciar alterações em seu gabinete, informou um funcionário do palácio presidencial neste sábado (20), mas não deve atender às demandas da oposição, que quer uma completa reformulação do governo.

"Uma mudança ministerial e uma mudança nos governos. A responsabilidade irá para aqueles que estão mais qualificados", escreveu o próprio Morsi no Twitter. Um funcionário do governo confirmou que o presidente está na "iminência de anunciar as mudanças".

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Direitos humanos

Ativistas de direitos humanos, dentre eles membros de uma comissão de alto nível que divulgou um relatório detalhando abusos e atrocidades cometidos pelas forças de segurança desde o levante de 2011, acusam o presidente egípcio de ignorar suas descobertas.

A comissão de averiguação, que foi criada por Morsi, analisou 21 incidentes de assassinato de manifestantes, tortura, desaparecimentos e outras violações desde o início da revolta que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak.

A comissão apresentou seu relatório para Morsi em janeiro. Algumas conclusões que vazaram para a mídia indicavam o uso excessivo da forças pela política e Exército egípcios. O grupo disse neste sábado que Morsi não responsabilizou os culpados e que, em vez disso, consolidou o poder dos criminosos.

Centenas de oponentes e partidários de Mohammed Morsi, o presidente islamita do Egito, entraram em confronto nesta sexta-feira durante uma manifestação convocada pelos aliados de Morsi no qual pediam que o presidente "limpe o judiciário" de supostos partidários do antigo regime.

Atos de violência se tornaram uma marca da política egípcia. Nas últimas semanas, várias passeatas e comícios realizados por várias correntes políticas se transformaram em batalhas de rua.

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Milhares de partidários de Morsi, a maioria favorável à Irmandade Muçulmana e outros grupos islamitas, realizaram uma manifestação do lado de fora do Tribunal Superior no Cairo e na cidade costeira de Alexandria, exigindo a "limpeza do judiciário". As marchas acontecem no momento em que o legislativo, dominado pelos islamitas, anunciavam planos para iniciar o debate de um projeto de lei que regulamenta os tribunais.

Os partidários do projeto o consideram uma forma de assegurar a independência do Judiciário, mas opositores temem que o objetivo dos islamitas seja remover os juízes e substitui-los por outros que apoiem a agenda da Irmandade de consolidar sua permanência no poder.

Um integrante da Irmandade deu a entender que a nova lei poderia forçar até um quarto dos mais de 13 mil juízes e funcionários do Ministério Público a se aposentar.

Quando alguns islamitas tomaram a direção da praça Tahrir, no Cairo, encontraram membros da juventude anti-Morsi, alguns usando máscaras, a alguns quarteirões da praça. Não ficou claro quem deu início ao confronto, mas no final eles estavam jogando pedras uns contra os outros.

Um ônibus foi incendiado e o som de balas de chumbinho podia ser ouvido no ar. Gás lacrimogêneo também foi lançado, embora não houvesse policiais por perto.

Alguns jovens mascarados e alguns islamitas portavam pistolas caseiras. Outros seguravam barras de ferro e galhos de árvores e chegaram a quebrar parte do pavimento e usar pedaços e concreto e asfalto para jogar contra os adversários. Pelo menos 39 pessoas ficaram feridas, segundo a agência de notícias estatal Mena.

Mais tarde, a polícia se dirigiu ao local, na tentativa de interromper os confrontos, mas eles se espalharam pelas ruas laterais. O Ministério do Interior pediu que "todas as forças políticas" se retirassem das ruas.

O Egito está profundamente dividido a respeito do governo de Morsi e da dominação política de seus aliados islamitas, o que tem levado a repetidos atos de violência, embora a economia do país continue a se deteriorar. As informações são da Associated Press.

O juiz Mostafa Hassen Abdallah recusou-se, neste sábado, a presidir o novo julgamento do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, em uma sessão tumultuada que durou poucos minutos. Abdallah enviou o caso à Corte de Apelação, que marcará uma nova data.

Durante o julgamento de hoje, advogados questionaram a independência de Abdallah. Em outubro, o mesmo magistrado absolveu os réus pelo episódio conhecido como "batalha dos camelos", em que os acusados teriam enviados homens montados em cavalos e camelos para dispersar um protesto durante o levante popular que derrubou Mubarak do poder, em 2011. As informações são da Dow Jones.

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Policiais lançaram neste sábado (6) bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes em frente da Suprema Corte do Egito, no Cairo, no dia em que milhares de militantes fizeram atos nas cidades do país para marcar a criação de um grupo opositor ao presidente Mohamed Morsi.

O prédio da Suprema Corte também abriga os escritórios da Procuradoria do Estado, que abriu diversas investigações contra integrantes da oposição. Apoiadores do grupo 6 de Abril também realizaram ações em Mahalla, cidade industrial, onde uma greve trabalhista, há cinco anos, descambou para confrontos mortais com a polícia.

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Os distúrbios na cidade, em 6 de abril de 2008, assinalaram uma escalada no movimento de protesto contra o ex-presidente militar Hosni Mubarak, derrubado do poder no início de 2011 por um levante popular. Ativistas também disseram que o 6 de Abril fez manifestações neste sábado, em Alexandria, o segundo maior município do país.

As informações são da Dow Jones.

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