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O porta-voz das Forças Armadas do Egito negou na noite desta quinta-feira que medidas arbitrárias ou excepcionais serão adotadas contra qualquer agremiação política, apesar da campanha de detenções de líderes da Irmandade Muçulmana, à qual é filiado Mohammed Morsi, o presidente deposto ontem em um golpe militar.

O coronel Ahmed Mohammed Ali escreveu em sua conta no Facebook que as Forças Armadas e as agências de segurança do Egito querem "assegurar a reconciliação nacional, a justiça construtiva e a tolerância". Ele não esclarece como essa reconciliação seria obtida.

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Nas horas que se seguiram ao golpe, forças de segurança detiveram pelo menos quatro integrantes do alto escalão da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo do grupo, Mohammed Badie, preso numa cidade costeira do país e levado ao Cairo num helicóptero militar. Morsi, o presidente deposto, também está detido.

Ali disse que "apenas protestos pacíficos serão tolerados" e pediu à população que não ataque diretórios da Irmandade Muçulmana para evitar "um ciclo infindável de represálias".

Mais cedo, o presidente do Tribunal Constitucional do Egito, Adly Mansour, foi empossado presidente interino do país.

"Eu juro preservar o sistema da república e respeitar a Constituição e a lei, e proteger os interesses do povo", disse Mansour durante a cerimônia no Supremo Tribunal Constitucional.

De acordo com o decreto militar que ontem consolidou o golpe, Mansour deverá servir como líder interno até que um novo presidente civil seja eleito. Não se sabe, entretanto, quando ocorrerá a eleição prometida pelos líderes golpistas. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O presidente do Tribunal Constitucional do Egito, Adly Mansour, foi empossado como presidente interino do país nesta quinta-feira, substituindo Mohammed Morsi, que foi deposto pelos militares nessa quarta-feira (3).

"Eu juro preservar o sistema da república e respeitar a Constituição e a lei, e proteger os interesses do povo", disse Mansour durante a cerimônia no Supremo Tribunal Constitucional. O evento foi transmitido ao vivo pela rede estatal de televisão.

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De acordo com o decreto militar, Mansour deverá servir como líder interno até que um novo presidente seja eleito. A data da votação ainda deverá ser definida.

Na quarta-feira, os militares depuseram Morsi, que assumiu o cargo há um ano como o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito. O Exército agiu para tirar Morsi do poder depois que milhões de egípcios foram às ruas nesta semana para exigir sua renúncia. Morsi está sob prisão domiciliar em um local não revelado. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O presidente da Síria, Bashar Assad, elogiou os protestos contra o líder do Egito e afirmou que a queda de Mohammed Morsi pelos militares significaria o final do "Islã político". Segundo Assad, os egípcios descobriram a "mentira" da Irmandade Muçulmana.

O presidente sírio falou em uma entrevista para o jornal estatal Al-Thawra, que deve ser publicada na íntegra nesta quinta-feira. Trechos foram publicados na quarta-feira na página da Presidência da Síria no Facebook, coincidindo com o anúncio do exército egípcio da queda de Morsi.

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"O que está acontecendo no Egito é a queda do chamado Islã político", disse Assad. "Este é o destino de qualquer pessoa no mundo que tenta usar a religião para interesses políticos ou de facções." Assad está enfrentando uma revolta em seu próprio país e se recusou a renunciar, chamando as ondas de protestos de uma conspiração internacional executada por extremistas islâmicos e grupos fundamentalistas, como a Irmandade Muçulmana da Síria, uma filial do grupo egípcio.

"A experiência governista da Irmandade Muçulmana fracassou antes mesmo de começar, porque vai contra a natureza das pessoas", afirmou Assad na entrevista, alegando que a Irmandade teve como objetivo espalhar conflitos no mundo árabe. No início da quarta-feira, o ministro de Informação sírio, Omran al-Zoubi, pediu ao presidente egípcio Mohammed Morsi que renunciasse ao cargo para atender aos desejos do seu povo.

Al-Zoubi disse a repórteres em Damasco que a Irmandade Muçulmana de Morsi é uma organização "terrorista" e uma ferramenta dos EUA". No mês passado, Morsi enfureceu autoridades sírias ao anunciar que ele estava cortando laços com Damasco e fecharia sua embaixada na capital síria.

Fonte: Associated Press.

As Forças Armadas do Egito proibiram o presidente deposto Mohammed Morsi e diversos líderes do alto escalão da Irmandade Muçulmana de deixarem o país.

A ordem foi baixada depois do golpe militar que encerrou precocemente o governo do primeiro presidente democraticamente eleito da história egípcia.

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A proibição envolve Morsi e diversos líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles Mohammed Badie e seu influente vice Khairat el-Shater.

Fontes nos serviços de segurança disseram que Badie está cercado no interior de um complexo litorâneo em Marsa Matrouh, cidade mediterrânea próxima à fronteira com a Líbia.

Mais cedo, as Forças Armadas do Egito detiveram dois dirigentes da Irmandade Muçulmana, afirmou uma fonte nos serviços de segurança.

Os dirigentes detidos foram identificados pela fonte como Saad el-Katatni, líder do Partido Liberdade e Justiça, e Rashad Bayoumi, um dos vice-diretores da Irmandade Muçulmana.

Eles estariam supostamente ligados a um episódio no qual 30 integrantes da Irmandade Muçulmana escaparam da cadeia em meio à revolta popular que depôs o ditador Hosni Mubarak, no início de 2011.

Morsi, o presidente deposto hoje, é filiado à Irmandade Muçulmana. A organização foi mantida na ilegalidade durante a maior parte das mais de cinco décadas em que as Forças Armadas dominaram a política egípcia até a queda de Mubarak. Fonte: Associated Press.

Pelo menos nove pessoas morreram em choques entre forças de segurança e pessoas descontentes com o golpe militar que nesta quarta-feira depôs o presidente Mohammed Morsi no Egito, informaram autoridades locais.

Houve confrontos no Cairo, Alexandria e diversas outras cidades egípcias. Segundo as forças de segurança, os confrontos começaram quando "islamitas" abriram fogo contra a polícia.

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Temendo uma reação violenta dos correligionários de Morsi, o exército posicionou tropas e veículos blindados na capital e nas maiores cidades do país, perto de focos de manifestações de partidários do presidente deposto. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta quarta-feira a revisão da assistência financeira concedida por Washington ao Egito depois de as Forças Armadas terem derrubado o presidente Mohammed Morsi, mas não chegou ao ponto de suspendê-la.

Obama declarou que os EUA não tomariam parte na crise egípcia e pediu ao exército que devolva a autoridade a um governo civil democraticamente eleito "o mais rápido possível".

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Ao anunciar a revisão, Obama declarou-se "profundamente preocupado" com a deposição de Morsi e a suspensão da Constituição egípcia pela cúpula militar, mas não se referiu ao episódio como golpe.

Por lei, os EUA devem suspender assistência econômica e militar a qualquer país seja deposto em um golpe militar.

O Egito é o segundo maior beneficiário da assistência externa norte-americana no mundo, atrás apenas de Israel. Os números variam de um ano para outro, mas o Egito recebe em média US$ 2 bilhões anuais em ajuda econômica e militar dos EUA.

Obama pediu ainda que o exército evite detenções arbitrárias de Morsi e de seus correligionários. Fonte: Associated Press.

Horas depois de terem anunciado o golpe por meio do qual depuseram o presidente Mohammed Morsi, as Forças Armadas do Egito detiveram dois dirigentes da Irmandade Muçulmana, afirmou uma fonte nos serviços de segurança.

Os dirigentes detidos foram identificados pela fonte como Saad el-Katatni, líder do Partido Liberdade e Justiça, e Rashad Bayoumi, um dos vice-diretores da Irmandade Muçulmana.

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Eles estariam supostamente ligados a um episódio no qual 30 integrantes da Irmandade Muçulmana escaparam da cadeia em meio à revolta popular que depôs o ditador Hosni Mubarak, no início de 2011.

Morsi, o presidente deposto hoje, é filiado à Irmandade Muçulmana. A organização foi mantida na ilegalidade durante a maior parte das mais de cinco décadas em que as Forças Armadas dominaram a política egípcia até a queda de Mubarak. Fonte: Associated Press.

As Forças Armadas do Egito indicaram o presidente do Tribunal Constitucional do país, Adly Mansour, para substituir o presidente Mohammed Morsi, deposto pelo exército nesta quarta-feira.

De acordo com o general Abdel Fatah al-Sisi, Mansour assumiria a presidência egípcia imediatamente. A decisão ocorre apenas um dia depois de Mansour ter sido nomeado presidente do Tribunal Constitucional.

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Ao anunciar a deposição de Morsi e a retomada do poder pelos militares, Al-Sisi disse que Mansour foi incumbido de chefiar um governo de tecnocratas que "incluirá todas as facções políticas".

O general não forneceu nenhuma espécie de cronograma referente à duração do período de transição. Fonte: Associated Press.

Manifestantes que estão em frente ao palácio Itahedeya, no Cairo, receberam com gritos e aplausos a informação, divulgada pela emissora de televisão Al Hayat, segundo a qual o presidente Mohammed Morsi está em prisão domiciliar, após o vencimento do prazo dado pelos militares para que ele entrasse num acordo com a oposição.

A informação, porém, não pôde ser confirmada.

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Pouco depois, Essam el Haddad, assessor de Morsi para Relações Exteriores e Cooperação Internacional, emitiu um comunicado em sua página do Facebook afirmando que "enquanto eu escrevo essas linhas, tenho plena consciência de que essas podem ser as últimas que posto nesta página", afirmou. "Pelo bem do Egito e por uma questão de precisão histórica, chamem o que está acontecendo pelo seu nome verdadeiro: golpe militar." Fonte: Dow Jones Newswires.

As Forças Armadas do Egito realizaram uma reunião de emergência nesta quarta-feira, horas antes do prazo final para que o presidente do país, Mohammed Morsi, chegue a um acordo com a oposição - cedendo às exigências de milhões de manifestantes - ou enfrente uma intervenção militar.

Mas com a aproximação do prazo, por volta das 16h (horário local, 11h em Brasília), Morsi mantinha uma postura desafiadora. Em discurso feito na noite de terça-feira, ele prometeu não deixar o cargo e defender sua legitimidade com a própria vida, após três dias de enormes protestos de rua, pedindo sua renúncia.

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Durante a noite ocorreram violentos confrontos no Cairo e em outras partes do país, durante as quais 23 pessoas morreram, a maior parte vítima de um único acidente no campus da Universidade do Cairo. Com essas mortes, subiu para 39 o número de pessoas que perderam a vida desde domingo em episódios de violência envolvendo partidários e opositores de Morsi, que assumiu o cargo em junho do ano passado como o primeiro líder livremente eleito do país.

Com seu destino político na balança, Morsi exigiu, em mensagem postada na noite de terça-feira em sua página oficial do Twitter, que as Forças Armadas retirem o ultimato, afirmando que rejeita todas as "ordens" vindas tanto do interior do país quanto de fora.

Os militares disseram que nenhum acordo foi fechado entre Morsi e a oposição e que vai intervir para implementar seu projeto de reconciliação nacional.

Em seu discurso de 46 minutos, transmitido ao vivo para todo o país na noite de terça-feira, o presidente acusou pessoas ligadas ao seu autocrático antecessor, Hosni Mubarak, de explorar a onda de protestos para derrubar seu governo e impedir a democracia.

Partidários e opositores de Morsi saíram às ruas pelo quarto dia consecutivo nesta quarta-feira. Temendo que seu mais importante aliado árabe entre numa situação de caos, autoridades de Washington pediram a Morsi que tome medidas imediatas para atender às demandas da oposição e que as manifestações continuem pacíficas. Além disso, lembraram das consequências que um golpe militar pode ter sobre o grande pacote de ajuda militar norte-americana recebido pelo Egito. As fontes falaram em condição de anonimato.

O conselheiro de Morsi, Ayman Ali, negou que os Estados Unidos tenham pedido ao Egito que convoque eleições presidenciais antecipadas e declarou que as consultas têm como objetivo chegar a uma conciliação nacional para resolver a crise. Fonte: Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse hoje que está disposto a "pagar com a própria vida para proteger a legitimidade" das urnas do país e de sua nova constituição. As declarações foram feitas em pronunciamento na TV estatal do país em um dia de manifestações a favor e contra seu governo e na véspera do encerramento do prazo dado pelas Forças Armadas para que governo e oposição entrem em acordo.

"Há um estado me esperando para defender a legitimidade da Constituição. Eu não tenho escolha", disse Morsi, insistindo para que os egípcios não recorram à violência. Além disso, ele mencionou a possibilidade de ter eleições parlamentares seis meses após as conversas de reconciliação com os partidos de oposição, mas não entrou em detalhes.

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"É importante para nós percebermos que a violência e o derramamento de sangue são armadilhas. Tudo isso será fonte de júbilo para os nossos inimigos. A experiência democrática é nova e representa um desafio", acrescentou o presidente egípcio.

Mais cedo, Morsi rechaçou o ultimato feito pelas Forças Armadas do país para que fosse estabelecido um acordo entre governo e oposição e disse que não aceita "imposições", sejam elas internas ou externas. Em sua conta no microblog Twitter, Morsi assegurou que não renunciará ao cargo, como exige a oposição, e pediu ao exército que retire o ultimato. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pelo menos sete pessoas morreram em confrontos ocorridos hoje no Cairo entre simpatizantes e opositores do presidente do Egito, Mohammed Morsi, disseram fontes hospitalares.

As mortes ocorreram em três diferentes confrontos, prosseguiram as fontes hospitalares, mas não havia mais detalhes disponíveis.

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Os choques entre simpatizantes e opositores do governo ocorrem menos de 24 horas antes do encerramento do prazo dado pelo exército para que Morsi e seus detratores cheguem a um acordo. O exército ameaça intervir na situação se nenhum acordo for alcançado até as 16h locais de amanhã (11h em Brasília).

Empossado há um ano, Morsi é o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito. As Forças Armadas, que controlaram a política egípcia por mais de meio século até a deposição de Hosni Mubarak, em 2011, elaboraram um plano por meio do qual pretendem suspender a Constituição do país, dissolver o Legislativo e estabelecer um governo interino. Fonte: Associated Press.

A presidência do Egito rejeitou nesta segunda-feira um ultimato de 48 horas emitido pelo exército e afirmou que dará sequência a seu próprio plano de reconciliação nacional.

Mais cedo, a cúpula militar advertiu o presidente Mohammed Morsi que interviria se o governo e a oposição não chegassem a um acordo. Caso contrário, os militares afirmam que vão intervir para levar adiante um projeto político para o país e assegurar que ele seja implementado.

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A ameaça dos militares elevou temores entre parte da população egípcia de um retorno das Forças Armadas à cena política. O Exército governou o país por 55 anos, desde a chegada de Gamal Abdel Nasser ao poder até a queda de Hosni Mubarak, há dois anos e meio.

Horas depois do anúncio, Morsi se reuniu com o general Abdel Fatah al-Sisi e com o primeiro-ministro Hesham Kandil, em um encontro que avançou pela madrugada.

Por meio de nota, a presidência egípcia observou que a declaração dos militares poderia causar confusão e que a presidência levaria adiante seu próprio plano de reconciliação.

No comunicado do exército, os militares prometem "não se envolverem" na política do país, mas qualificam como "gloriosas" as manifestações públicas do domingo, que levaram milhões de egípcios para as ruas, pedindo a saída de Morsi.

Os militares reiteraram que "os pedidos do povo devem ser atendidos e concedemos 48 horas (a todos os envolvidos), como uma última chance, para assumirem a responsabilidade pelas circunstâncias históricas atravessadas pelo país".

"Se as demandas do povo não foram atendidas neste período..., as Forças Armadas vão anunciar o projeto futuro e medidas para orientar sua implementação", diz o documento.

Desde domingo, 16 pessoas morreram e 781 ficaram feridas em confrontos de rua, segundo o Ministério da Saúde. Quatro ministros do gabinete de Morsi romperam com o governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhões de egípcios tomaram as ruas, neste domingo (30), em um protesto nacional contra o presidente, Mohammed Morsi, em uma demonstração popular que rivaliza com o tamanho das demonstrações que derrubaram o então presidente Hosni Mubarak mais de dois anos atrás.

Desde o começo da manhã, os manifestantes marchavam pelas ruas dificultando a passagem dos poucos carros que se atreviam a enfrentar os manifestantes. Lojas e restaurantes permaneceram fechados em meio aos temores de violência.

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Embora as manifestações tenham sido pacíficas, uma pessoa morreu e cerca de 40 ficaram feridas neste domingo nos confrontos entre apoiadores e oponentes do presidente do Egito Morsi, na província de Beni Sueif, sul do Cairo, informou a polícia.

Os confrontos ocorreram do lado de fora da sede do Partido Justiça e Liberdade, braço político da Irmandade Muçulmana, informou uma fonte, acrescentando que os feridos foram levados a um hospital.

Mais cedo, a principal coalizão de oposição do Egito pediu que os milhares de manifestantes que defendem a saída de Morsi do governo permaneçam nas ruas até que seus objetivos sejam garantidos.

Em um comunicado intitulado "Comunicado Revolucionário 1", eles pedem que "todas as forças revolucionárias e todos os cidadãos permaneçam em paz em todas as praças, ruas, vilas aldeias do país até que o regime ditatorial caia."

Milhares de oponentes do presidente do Egito tomaram as ruas do Cairo e de outras partes do país pedindo a saída de presidente do Governo, no dia do aniversário de um ano de Morsi no poder.

Logo cedo, milhares de opositores e simpatizantes do presidente do Egito, Mohammed Morsi, se reuniam nas praças do Cairo, capital egípcia, para manifestações concorrentes marcadas para este domingo. Eles se preparavam para um dia de grandes protestos em todo o país, em um momento em que a oposição tenta tirar Morsi do poder.

Agitando bandeiras egípcias, multidões desciam a Praça Tahrir, no coração do Cairo, um dos vários locais na capital e em todo o país onde estão planejados protestos. Gritos de "erhal!" ou "saia!" ecoavam na praça, berço da revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011. Do outro lado da cidade, milhares de apoiadores do líder islâmico se reuniam não muito longe do palácio presidencial, em uma demonstração de apoio. Alguns usavam armadura corporal caseira e carregavam escudos e tacos - segundo eles, precauções contra uma possível irrupção de violência.

Há um sentimento entre opositores e simpatizantes de Morsi que hoje é um dia decisivo, despertando preocupações de que os dois lados podem acabar se enfrentando, apesar das promessas de ambos de manter a paz. Pelo menos sete pessoas, incluindo um norte-americano, foram mortas em confrontos na semana passada, principalmente em cidades do Delta do Nilo e na cidade costeira de Alexandria.

As manifestações deste domingo, dia do aniversário da posse de Morsi como primeiro líder eleito em um pleito democrático no Egito, representam o ápice da polarização da população desde que ele assumiu o cargo.

De um lado, estão o presidente e seus aliados islâmicos, inclusive a Fraternidade Islâmica e grupos mais linha-dura. Eles se comprometeram a defender Morsi, dizendo que manifestações de rua não podem remover um líder eleito por voto. Entre os opositores, estão egípcios seculares e liberais, bem como muçulmanos e cristãos moderados. Para a oposição, trata-se de uma ampla gama da população que se revoltou contra os islâmicos. Eles argumentam que o presidente ultrapassou as atribuições permitidas pelo mandato e acusam-no de tentar monopolizar o poder e administrar mal o país.

Relatórios policiais neste domingo informavam a apreensão de armas de fogo, explosivos e até mesmo granadas de artilharia em vários locais do país.

Em uma entrevista publicada hoje no jornal The Guardian, Morsi, que ainda tem três anos de mandato para cumprir, disse que não tinha planos de atender ao pedido dos manifestantes de antecipação das eleições presidenciais. "Se nós mudamos alguém no cargo que (foi eleito) de acordo com legitimidade constitucional - bem, haverá pessoas ou oponentes ao novo presidente também, e, uma semana ou um mês depois, eles vão pedir-lhe que deixe o poder", disse o presidente egípcio. "Não há espaço para qualquer discurso contra essa legitimidade constitucional."

Milhares de opositores e simpatizantes do presidente do Egito, Mohammed Morsi, se reuniam nas praças do Cairo, capital egípcia, para manifestações concorrentes marcadas para este domingo. Eles se preparavam para um dia de grandes protestos em todo o país, em um momento em que a oposição tenta tirar Morsi do poder.

Agitando bandeiras egípcias, multidões desciam a Praça Tahrir, no coração do Cairo, um dos vários locais na capital e em todo o país onde estão planejados protestos. Gritos de "erhal!" ou "saia!" ecoavam na praça, berço da revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011. Do outro lado da cidade, milhares de apoiadores do líder islâmico se reuniam não muito longe do palácio presidencial, em uma demonstração de apoio. Alguns usavam armadura corporal caseira e carregavam escudos e tacos - segundo eles, precauções contra uma possível irrupção de violência.

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Há um sentimento entre opositores e simpatizantes de Morsi que hoje é um dia decisivo, despertando preocupações de que os dois lados podem acabar se enfrentando, apesar das promessas de ambos de manter a paz. Pelo menos sete pessoas, incluindo um norte-americano, foram mortas em confrontos na semana passada, principalmente em cidades do Delta do Nilo e na cidade costeira de Alexandria.

As manifestações deste domingo, dia do aniversário da posse de Morsi como primeiro líder eleito em um pleito democrático no Egito, representam o ápice da polarização da população desde que ele assumiu o cargo.

De um lado, estão o presidente e seus aliados islâmicos, inclusive a Fraternidade Islâmica e grupos mais linha-dura. Eles se comprometeram a defender Morsi, dizendo que manifestações de rua não podem remover um líder eleito por voto. Entre os opositores, estão egípcios seculares e liberais, bem como muçulmanos e cristãos moderados. Para a oposição, trata-se de uma ampla gama da população que se revoltou contra os islâmicos. Eles argumentam que o presidente ultrapassou as atribuições permitidas pelo mandato e acusam-no de tentar monopolizar o poder e administrar mal o país.

Relatórios policiais neste domingo informavam a apreensão de armas de fogo, explosivos e até mesmo granadas de artilharia em vários locais do país.

Em uma entrevista publicada hoje no jornal The Guardian, Morsi, que ainda tem três anos de mandato para cumprir, disse que não tinha planos de atender ao pedido dos manifestantes de antecipação das eleições presidenciais. "Se nós mudamos alguém no cargo que (foi eleito) de acordo com legitimidade constitucional - bem, haverá pessoas ou oponentes ao novo presidente também, e, uma semana ou um mês depois, eles vão pedir-lhe que deixe o poder", disse o presidente egípcio. "Não há espaço para qualquer discurso contra essa legitimidade constitucional."

Fonte: Associated Press.

Dezenas de milhares de partidários e opositores do presidente egípcio Mohammed Morsi participam de manifestação pacíficas neste sábado, 29, véspera da data na qual estão previstos protestos com o objetivo de forçar a saída de Morsi.

Os protestos acontecem após dias de violentos confrontos em várias cidades do país, que deixaram pelos menos sete mortos, e eles um norte-americano, e centenas de feridos. A capital, Cairo, onde aconteceram grandes manifestações pró e contra Morsi na sexta-feira, 28, estava atipicamente calma neste sábado, apesar das demonstrações pacíficas.

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Grupos opositores prometeram levar milhões de pessoas às ruas no domingo, 30, para obrigar Morsi a renunciar. A data foi escolhida para coincidir com a chegada de Morsi ao poder, como o primeiro líder egípcio livremente eleito.

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que seu país está preocupado com os protestos e a agitação política no Egito. Segundo ele, a prioridade é garantir a segurança da embaixada norte-americana no Cairo e nos consulados norte-americanos.

Obama declarou que os Estados Unidos estão em contato direto com o governo egípcio, que pretende assegurar que os postos norte-americanos estarão protegidos durante os protestos deste final de semana. O presidente afirmou que apoia a liberdade de expressão e de reunião no Egito e pediu aos lados envolvidos que evitem a violência e a polícia e o Exército egípcios ajam com moderação. Segundo Obama, o egípcios ainda estão encontrando seu caminho para a democracia e tem sido difícil se concentrar no centro de questões como emprego e custo de vida.

O Departamento de Estado identificou o norte-americano morto no Egito durante confrontos violentos entre partidários e opositores do governo na cidade de Alexandria, na sexta-feira, 28. A porta-voz do Departamento de Estado Marie Harf, que viaja com o secretário John Kerry ao Oriente Médio, identificou a vítima como Andrew Pochter, estudante de 21 anos.

O departamento emitiu um aviso pedindo aos norte-americanos que façam apenas viagens essenciais ao Egito, por causa da violência no país. O site da Kenyon College, de Gambier, Ohio, diz que Pochter tinha 21 anos e era estagiário de uma organização educacional sem fins lucrativos. Fonte: Associated Press

Dezenas de milhares de partidários e opositores do presidente do Egito, Mohamed Morsi, realizaram protestos concorrentes no país nesta sexta-feira, antecedendo as manifestações convocadas pela oposição para o domingo, o que acabou em confrontos que resultaram na morte de pelo menos duas pessoas.

Um cidadão norte-americano foi morto a facadas em Alexandria enquanto registrava um ato contra a Irmandade Muçulmana, à qual Morsi é filiado. Um egípcio também foi morto na cidade. Ao mesmo tempo, pelo menos 85 pessoas ficaram feridas.

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A oposição pretende levar multidões às ruas de todo o Egito no domingo para exigir a renúncia do presidente. As principais autoridades religiosas do país pediram calma diante da violência ocorrida ontem, alertando para o risco de uma "guerra civil".

Em Alexandria, o general Amin Ezzedin, afirmou que o jovem norte-americano morto hoje não resistiu a uma facada no tórax.

Ezzedin afirmou que o egípcio morto em Alexandria foi baleado na cabeça. Não ficou claro se o manifestante era partidário ou opositor do governo.

A morte do norte-americano foi confirmada por Ibrahim al-Roubi, diretor da unidade de emergência do departamento de saúde da cidade e por outras duas autoridades das forças de segurança locais. Fonte: Associated Press.

O secretário de imprensa da presidência do Egito, Ihab Fahmy, desqualificou nesta segunda-feira uma aparente ameaça do exército do país de intervir na política se a atual crise entre situação e oposição degenerar em caos. "Existe um presidente governando o país de forma democrática, eleito democraticamente. Não podemos imaginar a possibilidade de o exército voltar" ao poder, declarou Fahmy a jornalistas estrangeiros. "O exército tem as missões de proteger as fronteiras e garantir a segurança de instituições estratégicas. O exército não tem funções políticas", prosseguiu.

As declarações de Fahmy vêm à tona um dia depois de o general Abdel-Fattah el-Sissi, ministro da Defesa do país, ter dado ao governo e à oposição prazo de uma semana para que se entendam antes de um protesto programado para 30 de junho no qual a oposição pretende exigir a renúncia do presidente Mohammed Morsi. A manifestação está marcada para o dia do primeiro aniversário da posse de Morsi.

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O exército dominou a cena política egípcia por décadas e manteve-se no controle por mais de um ano depois da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak no início de 2011. Fonte: Associated Press.

Às vésperas de manifestações da oposição, marcadas para o fim deste mês, mais de 100 mil egípcios foram às ruas para apoiar o presidente do Egito, Mohamed Morsi.

Em palavras de ordem, os participantes prometeram proteger Morsi contra seus oponentes. Alguns manifestantes diziam que esmagariam a oposição em 30 de junho, quando Morsi completará um ano na presidência egípcia.

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"Queremos salientar que iremos proteger a legitimidade com nosso sangue e nossas almas", declarou Mohammed el-Beltagi, líder da Irmandade Muçulmana.

Após declarações de um embaixador dos Estados Unidos que foram classificadas como críticas aos protestos realizados nesta sexta-feira, um ativista pró-Morsi disse ao diplomata para que ele "calasse a boca e cuidasse da sua vida".

A manifestação é a mais recente mostra de que o Egito é um país dividido desde que o ditador Hosni Mubarak foi deposto, em fevereiro de 2011. Essa divisão deflagrou batalhas pelas ruas no país e assumiu caráter religioso, principalmente após Morsi assumir o cargo como primeiro líder eleito livremente do país. Fonte: Associated Press.

País-sede da última Copa do Mundo, a África do Sul está fora da Copa de 2014 no Brasil. Neste domingo, a equipe perdeu o confronto direto contra a Etiópia, fora de casa, em Adis-Abeba, por 2 a 1, e já não tem mais chances de avançar no Grupo A das Eliminatórias Africanas para a Copa.

O sul-africanos começaram mal as Eliminatórias, com dois empates, mas se recuperaram depois de vencer a República Centro-Africana duas vezes (em março e na semana passada). Em seguida precisavam bater a Etiópia, líder do grupo, para continuar sonhando com a Copa, mas não resistiram ao futebol da equipe que busca seu primeiro Mundial.

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Neste domingo, Bernard Parker, atacante do Kaizer Chiefs (África do Sul), foi do céu ao inferno. Foi ele quem abriu o placar do jogo, aos 33 minutos. Kebede deixou tudo igual e Parker voltou a marcar aos 25 do segundo tempo, mas contra, decretando a derrota da sua seleção.

O resultado classificou a Etiópia para a última fase das Eliminatórias. A equipe etíope chegou aos 13 pontos no Grupo A e não vai perder a liderança na última rodada, em setembro, porque a África do Sul tem oito, Botsuana quatro e a República Centro-Africana três pontos. Só o primeiro colocado de cada um dos 10 grupos avança aos mata-matas decisivos pelas cinco vagas da África na Copa do Mundo.

MAIS CLASSIFICADOS - Outros favoritos, porém, confirmaram a classificação para a fase decisiva das Eliminatórias Africanas. É o caso da Costa do Marfim, que fez 4 a 2 sobre a Tanzânia, fora de casa, neste domingo, com dois gols de Yaya Touré e um de Traoré. Com o resultado, foi a 13 pontos no Grupo C, eliminando Marrocos, que ficou com oito. Tanzânia (seis) e Gâmbia (um) também estão fora.

Pelo Grupo G, o Egito se garantiu no mata-mata ao vencer seu quinto jogo seguido, fazendo 1 a 0 em Moçambique. Único time que tem 100% de aproveitamento, os egípcios chegaram a 15 pontos. Guiné, que joga logo mais contra o Zimbábue, tem sete e está entre os eliminados.

Gana vai chegar à última rodada, em setembro, dependendo de um empate em casa contra a Zâmbia para se classificar. O time ganês venceu Lesoto por 2 a 0 neste domingo, fora de casa, e chegou a 12 pontos, contra 11 da Zâmbia, que tropeçou em casa ao empatar em 1 a 1 com o Sudão, no sábado. Sudão e Lesoto já deixaram a briga pela classificação.

Já pelo Grupo H a Argélia deu um grande passo para chegar aos mata-matas ao vencer Ruanda, fora de casa, por 1 a 0, neste domingo. A equipe argeliana chegou a 12 pontos e pode conseguir a classificação ainda neste domingo. Mali, que tem sete, precisa vencer Benin logo mais para seguir sonhando. Se fizer isso, chega com chances ao confronto direto contra a Argélia, fora de casa, em setembro. Os demais estão eliminados.

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