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O ex-chefe do serviço de espionagem do governo do Egito, Omar Suleiman, decidiu concorrer à presidência do país nas eleições do mês que vem, informou hoje a agência oficial de notícias MENA. O anúncio ocorre apenas dois dias após Suleiman afirmar que não participaria da disputa. A mudança se deu depois da manifestação de um grupo de simpatizantes no Cairo, que pedia que Suleiman, que era vice-presidente de Hosni Mubarak quando ele foi deposto, concorresse nas eleições.

"Eu fiquei muito emocionado com a forte postura de vocês", disse Suleiman. "O pedido que vocês fizeram hoje foi uma ordem, e eu sou um soldado que nunca na vida desobedeceu uma ordem. Eu não posso fazer outra coisa que não responder a esse chamado e entrar na disputa, apesar dos obstáculos e dificuldades", disse.

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O ex-militar que assumiu a chefia do serviço de inteligência em 1991 prometeu "adotar todos os esforços possíveis para atingir as mudanças esperadas e completar os objetivos da revolução, atendendo às expectativas do povo egípcio".

Na quarta-feira, Suleiman havia dito que não entraria na disputa pelas eleições de 23 e 24 de maio porque os procedimentos para o registro da candidatura eram muito rígidos. "Eu tentei até a manhã de ontem (terça-feira) superar os obstáculos relacionados com a situação atual e as demandas administrativas, financeiras e organizacionais para a candidatura, mas eu descobri que isso está além das minhas capacidades", disse ele na ocasião.

Os candidatos à presidência precisam reunir 30 mil assinaturas ou obter o apoio de um partido no Parlamento. A junta militar que governa o Egito atualmente prometeu transferir o poder para o vencedor das eleições até o fim de junho. Entre os principais concorrentes estão Khairat el-Shater, um dos líderes da poderosa Irmandade Muçulmana, e o ex-ministro de Relações Exteriores e líder da Liga Árabe Amr Mussa. As informações são da Dow Jones.

Cairo, 06 - Milhares de pessoas realizaram um protestos no centro do Cairo nesta sexta-feira em apoio a Hazem Abu Ismail, candidato salafista à presidência do Egito que pode ser retirado da disputa porque sua mãe tinha cidadania norte-americana.

Pela lei eleitoral do país, todos os candidatos à presidência, seus pais e esposas devem ter apenas cidadania egípcia.

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"As pessoas querem Hazem Abu Ismail! Não à manipulação!", gritavam os manifestantes após caminharem pelo centro do Cairo até a praça Tahrir, epicentro do levante de 2011 que derrubou o presidente Hosni Mubarak.

Os manifestantes, dentre os quais havia mulheres vestidas com o véu islâmico, carregavam fotografias de Abu Ismail e levantavam os braços em condenação às tentativas de desqualificação do candidato.

Abu Ismail lançou sua candidatura em 30 de março com uma grande carreata que terminou na sede da comissão eleitoral, no Cairo.

O chefe da comissão, Hatem Begato, disse na quinta-feira que a agência havia recebido informações que a mãe de Ismail "havia usado um passaporte norte-americano para viajar para e a partir do Egito" antes de morrer.

Arquivos serão examinados nos dias 12 e 13 de abril e qualquer candidato que não se enquadrar nos requisitos será informado, disse a comissão. Os recusados terão 48 horas para fazer uma apelação, antes do anúncio da lista final de candidatos, em 26 de abril.

Abu Ismail defende uma rígida interpretação do Islã, semelhante à praticada na Arábia Saudita, e se tornou uma figura conhecida no Cairo, já que pôsteres seus adornam muitos carros e micro-ônibus.

A eleição presidencial de maio vai marcar o início da entrega do poder pelos militares e a eleição de um líder civil, após o levante que derrubou Mubarak.

Abu Ismail deve concorrer com candidatos islamitas mais moderados, como Khairat El-Shater, da Irmandade Muçulmana, assim como pessoas ligadas ao antigo regime como Amr Mussa, que foi ministro de Relações Exteriores.

Os islamitas fizeram grandes avanços desde a queda de Mubarak, conquistando a maioria nas duas casas do Parlamento.

O Partido da Liberdade e da Justiça, braço política da Irmandade Muçulmana, conquistou a maior parte dos assentos nas eleições parlamentares no início do ano, mas os salafistas conseguiram, sozinhos, quase um quarto das cadeiras. As informações são da Dow Jones. (Priscila Arone)

Parlamentares laicos, cristãos e muçulmanos moderados abandonaram em protesto a Assembleia Constitucional do Egito nesta quarta-feira, após o chefe do corpo político ter dito que os trabalhos prosseguirão adiante.

Mais cedo, a Irmandade Muçulmana disse que faria uma coalizão eleitoral com os salafistas, que adotam uma visão extrema do Islã, e que um corpo de clérigos terá um papel importante na redação da futura Constituição do Egito. Isso fez com que os parlamentares cristãos, seculares e muçulmanos moderados deixassem a Assembleia em protesto. A aliança política entre a Irmandade e os salafistas têm como objetivo vencer as eleições presidenciais em maio.

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Alguns muçulmanos também deixaram a Assembleia em protesto, entre eles um representante da Universidade Al-Azhar do Cairo, além de representantes da comunidade copta cristã do Egito. Cerca de 10% dos 80 milhões de egípcios são cristãos. No total, mais de 20 parlamentares deixaram a Assembleia de 100 deputados. Cerca de 60 deputados são da Irmandade Muçulmana ou ligados aos grupos salafistas.

"O Islã virou apenas o que significa para a Irmandade e os salafistas", disse o deputado muçulmano moderado Ahmed el-Naggar. Os liberais, cristãos e seculares temem que um comitê dominado por islamitas escreva uma Constituição que reflita o Islã e não o conjunto da sociedade egípcia.

"Este é um comitê que foi eleito e formado para trabalhar", disse Saad el-Katatni, chefe do painel e líder da Irmandade Muçulmana. Eles disse que os parlamentares que abandonaram a Assembleia têm até a próxima terça-feira para voltarem e poderão sugerir nomes de outros parlamentares para o comitê. "Nós vamos continuar nesse caminho", afirmou.

Mais cedo, um grupo de clérigos islâmicos ultraconservadores disse que o candidato da Irmandade Muçulmana do Egito prometeu lhes dar poderes para que supervisionem a legislação do país. A Irmandade Muçulmana tenta obter o apoio dos ultraconservadores salafistas, à medida que se aproximam as eleições presidenciais egípcias em maio. O candidato da Irmandade, Khairat El-Shater, quer evitar disputas internas entre os islâmicos e unir todos em uma frente.

Nas eleições parlamentares, os partidos islâmicos ou islâmicos ultraconservadores, como os salafistas, obtiveram quase 70% dos votos. Hoje El-Shater teve uma reunião com um painel de salafistas e outros clérigos muçulmanos, chamado Comissão de Jurisprudência para os Direitos e a Reforma. Segundo os religiosos, El-Shater prometeu que, se eleito presidente, formará um conselho de clérigos para revisar a legislação para garantir que a lei egípcia esteja de acordo com a lei islâmica, a Sharia.

As informações são da Associated Press.

O Itamaraty confirmou há pouco que foram libertadas e passam bem as duas turistas brasileiras sequestradas neste domingo por um grupo de beduínos no sul da Península do Sinai. A informação foi transmitida ao governo federal às 20h30 (horário de Brasília) pela Embaixada do Brasil no Egito, que está em contato permanente com as autoridades egípcias desde a captura de duas adolescentes, que integravam um grupo de 45 turistas que seguia para o mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai. O ônibus em que elas viajavam foi parado por um grupo de beduínos armados, que as levaram junto com o guia e um segurança egípcio.

Ainda segundo informações do Itamaraty, as brasileiras foram libertadas em bom estado de saúde e estão sendo escoltadas até o hotel onde os demais turistas do Brasil estão hospedados, no mosteiro de Santa Catarina. A libertação foi negociada pelas autoridades do governo egípcio com a mediação de líderes das tribos beduínas da região.

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O Ministério do Interior do Egito negocia a liberação de duas brasileiras que foram sequestradas hoje por beduínos egípcios na Península do Sinai. As conversas estão sendo acompanhadas de perto pelo embaixador do Brasil no Cairo (capital egípcia), Marco Brandão, informou hoje à Agência Estado a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

As duas brasileiras, segundo o Itamaraty, foram retiradas de dentro de um ônibus com aproximadamente 45 turistas do Brasil. O veículo foi interceptado por beduínos egípcios na Península do Sinai quando regressava de uma visita ao histórico monastério de Santa Catarina, no sudeste do Sinai. "De dentro do ônibus foram retiradas duas mulheres", afirma a assessoria de imprensa do Itamaraty.

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Enquanto as negociações vão se sucedendo, o ônibus com os turistas brasileiros, de acordo com MRE, está sendo escoltado pela Polícia e pelo Exército egípcios. Não se sabe ainda a hora que ocorreu o sequestro e nem uma previsão de quando as pessoas sequestradas deverão ser liberadas. Informações não confirmadas pelo Ministério de Relações Exteriores dão conta de que um guia turístico egípcio também teria sido retirado do ônibus junto com as duas brasileiras.

O ministro das Finanças do Egito, Mumtaz al-Said, disse que seu governo espera assinar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um empréstimo de US$ 3,2 bilhões no mês que vem.

O jornal estatal Al-Ahram publicou, na sua edição de hoje, entrevista com al-Said dizendo que a quantia seria desembolsada em três etapas: a primeira parcela na assinatura do acordo, e a segunda e a terceira parcelas três meses e seis meses depois, respectivamente.

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O Egito pediu oficialmente o empréstimo no mês passado, depois de rejeitar uma oferta feita pelo Fundo no ano passado. O FMI não comentou as declarações.

A economia egípcia tem sofrido bastante há mais de um ano de turbulência depois do levante popular que durou 18 dias e que pôs fim ao governo do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. O jornal afirmou que o Egito também está negociando um outro empréstimo de US$ 1 bilhão com o Banco Mundial.

O Egito decidiu retirar seu embaixador da Síria neste domingo, anunciou o ministério do Exterior, enquanto os países árabes aumentam a pressão contra a repressão a dissidentes que já matou milhares de pessoas. As informações são da Dow Jones.

O chefe sudanês da missão de observação da Liga Árabe para a Síria, Mohammed Ahmed Mustafa al-Dabi, renunciou ao cargo neste domingo, horas antes do encontro de ministros das relações exteriores para avaliar a proposta do envio de uma nova missão ao país, incluindo monitores das Nações Unidas. O grupo, reunido no Cairo, também avalia a proposta de expulsar embaixadores sírios de capitais árabes.

A Liga Árabe tem encabeçado os esforços regionais para encerrar os 11 meses de rebelião contra o regime do presidente Bashar Assad. Um plano foi posto em andamento em dezembro, com o qual Assad havia concordado, e um grupo de observadores foi enviado à Síria para checar se o regime estava cumprindo com o prometido. Mas no mês passado, quando ficou claro que o regime de Assad desrespeitava os termos do acordo e que as agressões contra os manifestantes continuavam, a Liga Árabe retirou a missão de observação do país.

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Autoridades da Liga disseram ainda que o grupo vai pedir aos grupos de oposição na Síria que eliminem diferenças e se unam sob um só guarda-chuvas, para aumentar a pressão contra o regime. A Liga avalia a possibilidade a reativar a missão de observação, expandindo-a para incluir monitores de países não-árabes, de nações muçulmanas e as Nações Unidas. Mas é provável que os sírios não aceitem uma nova missão.

Os ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo - Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Bahrein - também propõem a expulsão de embaixadores sírios de todas as nações da Liga Árabe. Os ministros querem ainda que as nações árabes retirem seus embaixadores de Damasco. As informações são da Associated Press.

Centenas de manifestantes marcharam nesta sexta-feira em direção ao prédio do Ministério da Defesa do Egito, exigindo a saída a do governo militar. A manifestação ocorre um dia antes do início de uma campanha de desobediência civil cujo objetivo é lembrar a queda de Hosni Mubarak, um ano atrás.

Os ativistas planejaram as passeatas no Cairo, que vão convergir para o Ministério da Defesa, como introdução às greves e manifestações previstas para sábado, aniversário da saída de Mubarak.

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Na mesquita Fateh, centro do Cairo, os manifestantes começaram a gritar "Abaixo o governo militar" ao final das orações semanais muçulmanas, antes de se dirigirem para o ministério.

Os militares, que prometeram entregar o poder depois que o presidente for eleito, ainda neste ano, disseram que vão enviar tropas para todo o país, depois de os ativistas terem convocado a campanha de desobediência civil, informou a mídia estatal.

A convocação dividiu as forças políticas do país. A Irmandade Muçulmana - a grande vencedora das recentes eleições parlamentares - é contra a ação dos manifestantes, na medida em que o grupo exige a transição imediata para um governo civil.

Estudantes de várias universidades convocaram greves para sábado, que devem contar com o apoio de grupos seculares de jovens que lideraram a revolta contra Mubarak.

Segundo Tareq al-Khouly, organizador do grupo jovem 6 de Abril, o plano é realizar uma greve de um dia, que pode ser estendida.

Em comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira, os grupos pediram aos egípcios que "apoiem essas greves com o objetivo de encerrar o governo injusto e construir uma nação na qual a justiça, a liberdade e a dignidade prevaleçam." As informações são da Dow Jones.

Os Estados Unidos expressaram preocupação com a notícia de que dezenas de ativistas, incluindo 19 americanos, podem ser julgados no Egito sob a acusação de estarem distribuindo recursos ilegais para grupos pró-democracia.

"Estamos profundamente preocupados com essas notícias e estamos tentando esclarecê-las junto ao governo do Egito", disse Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, em Shannon, Irlanda. Ela acompanha a secretária de Estado, Hillary Clinton.

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Autoridades do Egito informaram que irão levar a julgamento ao menos 43 pessoas, muitos deles estrangeiros, incluindo americanos, que trabalham em organizações não governamentais, sob acusação de financiamento estrangeiro ilegal. Representantes de ONGs americanas no Cairo disseram não saber se o encaminhamento das acusações a um tribunal levaria à prisão desses funcionários, mas eles terão que se apresentar à corte egípcia para serem formalmente citados.

Entre os americanos acusados está Sam LaHood, chefe do Instituto Republicano Internacional, que tem escritório no Cairo. Ele é filho do Secretário de Transportes dos EUA, Ray LaHood, o republicano mais bem colocado na administração Barack Obama. De acordo com a Associated Press, outros 18 americanos seriam alvo de acusações. As informações são da Dow Jones.

Hosni Mubarak será transferido para um hospital-prisão assim que as instalações do local forem reformadas para abrigar o ex-ditador do Egito, de 83 anos. Desde sua renúncia, Mubarak nunca foi para a prisão e vem sendo mantido em hospitais.

Primeiro, ele foi mantido em um hospital de um resort às margens do Mar Vermelho, na cidade de Sharm el-Sheikh; depois, foi transferido para um hospital militar no Cairo. De acordo com autoridades egípcias, agora ele ficará no hospital-prisão Tora, no Cairo, que será reformado "em tempo recorde".

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Cerca de 50 partidários do regime de Mubarak que estão atualmente presos em Tora serão transferidos para cinco diferentes cadeias na região do Cairo. Entre eles, estão dois filhos do ex-ditador. As informações são da Associated Press.

O chefe de polícia do sul do Sinai, major-general Mohammed Naguib, informou que duas turistas americanas e o guia egípcio delas foram libertados, em meio a negociações com beduínos tribais, horas após serem sequestrados nesta sexta-feira próximo ao Mosteiro de Santa Catarina, na Península do Sinai. Eles foram raptados após suspeitos interceptaram a minivan em que eles estavam em uma movimentada estrada do país. O incidente foi um novo golpe para a vital indústria de turismo do Egito, atingida fortemente por causa das manifestações no ano passado que derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak.

As tensões pela nação aumentaram desde que distúrbios em um jogo de futebol do Campeonato Egípcio provocaram, na quarta-feira, a morte de pelo menos 74 pessoas. A tragédia aconteceu na cidade de Port Said, na região nordeste do país, durante a partida entre as equipes do Al Masry e Al Ahly. Os revoltosos acusam a polícia de ficar de lado e permitir o derramamento de sangue em campo.

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Também nesta sexta-feira, quatro homens armados e mascarados pararam um veículo com dois italianos que trabalham em uma empresa de alimentos local na cidade de Suez. Os agressores levaram o carro deles, mais de dez mil euros e os laptops das vítimas, informou o diretor da companhia Mohammed Antar. Os suspeitos liberaram os italianos. As informações são da Associated Press.

Mohammed Abu Trika, Emad Moteab e Mohamed Barakat, três jogadores da seleção do Egito que defendem o Al Ahly, anunciaram que irão se aposentar do futebol profissional depois da tragédia que matou ao menos 74 pessoas e deixou mais de mil feridos, na última quarta-feira, na cidade de Port Said, durante o jogo entre a equipe e o Al-Masry, pelo Campeonato Egípcio.

Abu Trika e Moteab fizeram o anúncio de suas aposentadorias em entrevista para a TV Al Ahly, enquanto Barakat admitiu a possibilidade de um dia voltar a atuar profissionalmente, mas disse ao canal de TV que ficará sem jogar até que haja "uma retribuição às pessoas que morreram".

Entre os recém-aposentados, Abu Trika é um dos principais nomes da história do futebol egípcio. Eleito o melhor jogador do seu país em 2004, 2005 e 2006, o atacante conquistou vários títulos nacionais e defendeu o Al Ahly no Mundial de Clubes da Fifa em mais de uma oportunidade. Em 2006, inclusive, ele foi o principal artilheiro da competição, com três gols marcados, ajudando o seu time a terminar o torneio no terceiro lugar. Na ocasião, o Internacional foi campeão ao bater o Barcelona na decisão. O atleta ainda foi indicado para integrar a seleção da Copa das Confederações de 2009, conquistada pelo Brasil na África do Sul.

No duelo de quarta-feira, Abu Trika e Barakat começaram o jogo como titulares, enquanto Moteab entrou no Al Ahly durante o jogo que terminou com vitória por 3 a 1 para o Al-Masry. Empolgados com o resultado, milhares de torcedores do Al-Masry, que jogava em casa, invadiram o gramado para comemorar. A invasão acabou provocando uma briga generalizada entre as duas torcidas. "Não havia ninguém para nos proteger", disse o meia Mohamed Barakat, reclamando da falta de segurança no estádio de Port Said.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu nesta quinta-feira explicações da Associação de Futebol Egípcia sobre a confusão que causou a morte de 74 pessoas na quarta, durante uma partida do torneio nacional. No caso mais violento do futebol desde 1996, torcedores foram mortos durante briga generalizada entre os fãs do Al Masry e do Al Ahly, em partida disputada na cidade de Port Said.

Em carta endereçada a Samir Zaher, presidente da Associação Egípcia de Futebol, Blatter voltou a lamentar o incidente, classificando a quarta-feira como um "dia negro", como já havia feito anteriormente, na história do futebol. "Compreendo perfeitamente o choque e a ira do país por um desastre desse ter acontecido", escreveu Blatter.

"Hoje é um dia negro para o futebol e temos de tomar medidas para assegurar que tal catástrofe nunca mais aconteça. O futebol é uma força para o bem, e não devemos

permitir que ele seja maltratado por aqueles que queiram o mal. Como discutido ao telefone, esta manhã, aguardo mais notícias de você sobre as circunstâncias dessa tragédia".

Egípcios acusam a polícia de não ter agido para interromper a confusão em Port Said. A briga começou quando torcedores do Al Masry invadiram o campo após uma surpreendente vitória por 3 a 1 sobre o Al Ahly. Os torcedores do Al Masry, armados com facas, paus e pedras, perseguiram jogadores e torcedores da equipe rival, que correram no sentido das saídas e até das arquibancadas para escapar, segundo testemunhas.

"Como sempre, a Fifa está do seu lado neste momento difícil e está pronta para fornecer qualquer tipo de apoio que pode ser necessário", escreveu Blatter à associação egípcia.

O ministério do Interior do Egito disse que 74 pessoas morreram, incluindo um policial, e 248 ficaram feridas, sendo 14 delas policiais. "Meus pensamentos estão com as famílias de todos aqueles que perderam suas vidas", disse Blatter.

O governo do Egito demitiu o chefe de segurança da cidade de Port Said, no norte do Egito, após uma explosão de violência em um estádio de futebol deixar 74 mortos, informou a imprensa estatal nesta quinta-feira. O ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, demitiu o chefe de segurança municipal Essam Samak por causa da violência ocorrida no fim da quarta-feira, segundos após o final da partida entre duas equipes rivais, informou a agência Mena.

A violência foi um dos mais mortíferos incidentes na história de futebol. Centenas de torcedores do time de Port Said, o Al-Masri, invadiram o gramado para atacar os fãs do Al-Ahly, do Cairo, usando também garrafas e pedras. A televisão estatal mostrou imagens de membros da polícia antidistúrbio parados, enquanto a confusão ocorria perto deles.

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Ibrahim disse que a maioria das mortes foi causada pelo corre-corre. Médicos, porém, disseram que algumas pessoas foram esfaqueadas. Centenas de pessoas ficaram feridas. Segundo a polícia, 47 pessoas foram presas por causa da violência. Um policial estava entre os mortos. O governo suspendeu todos os jogos do campeonato egípcio por um período indefinido.

A falta de segurança tem sido uma preocupação dos egípcios, desde a revolução que derrubou o presidente Hosni Mubarak, no ano passado. Há violentos protestos e confrontos sectários, e também muitos crimes, levando muitos egípcios a acreditar que a vida piorou desde a queda do ditador, há um ano. As mortes podem ainda fortalecer os pedidos pelo retorno de leis duras para impor a ordem, leis essas que eram criticadas pelos manifestantes contrários ao regime de Mubarak. As informações são da Dow Jones.

Distúrbios num jogo de futebol do Campeonato Egípcio provocaram nesta quarta-feira a morte de pelo menos 73 pessoas, informaram as autoridades do país. A tragédia aconteceu na cidade de Port Said, na região nordeste do Egito, durante a partida entre as equipes do Al Masry e Al Ahly.

"É o maior desastre da história do futebol egípcio", disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, ao confirmar a morte de 73 pessoas durante a confusão no estádio em Port Said. Segundo as primeiras informações policiais, o número de feridos ultrapassa a marca de mil pessoas.

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Os detalhes e as causas da tragédia ainda não foram esclarecidos pela polícia egípcia. A confusão começou ainda durante a realização do jogo, quando o time local, o Al Masry, vencia o Al Ahly, um dos clubes mais tradicionais e famosos do Egito, pelo placar de 3 a 1.

Algumas imagens da televisão egípcia mostram grande parte dos torcedores do Al Masry invadindo o gramado enquanto os jogadores do time adversário tentavam fugir para o vestiário. A torcida local também teria atacado os fãs do Al Ahly que estavam no estádio em Port Said.

Por conta da tragédia, a Federação Egípcia de Futebol suspendeu a realização do campeonato nacional por tempo indeterminado. Segundo a imprensa local, o parlamento do país já teria convocado uma reunião emergencial para discutir o caso da violência no jogo em Port Said.

As informações são da Associated Press.

A junta militar que governa o Egito ordenou o envio de soldados a Port Said, onde mais cedo nesta quarta-feira, durante confrontos entre as torcidas de dois times de futebol, do Al Masry e do Al Ahly, pelo menos 74 pessoas foram mortas e 248 ficaram feridas no estádio da cidade. O Ministério do Interior do Egito confirmou os números de mortos e feridos e afirmou que 47 pessoas foram detidas por causa da violência. A televisão estatal do Egito apelou à população que doe sangue aos feridos, que estão nos hospitais de Port Said.

Os choques entre as torcidas organizadas do Egito, conhecidas como ultras, não devem ser ligados aos tumultos políticos e sectários que atingem o país desde o começo do ano passado, mas a violência desta quarta-feira levanta dúvidas sobre a capacidade da polícia local em controlar multidões enfurecidas. A violência de hoje começou quando torcedores do Al Masry, de Port Said, invadiram o campo logo após o time da casa vencer o Al Ahly, do Cairo, por 3 a 1, em uma rara vitória contra o adversário pelo Campeonato Egípcio. A competição foi suspensa.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A polícia do Egito prendeu 47 pessoas durante a briga entre torcidas no jogo Al Masry x Al Ahly, nesta quarta-feira, na cidade de Port Said, pelo Campeonato Egípcio. Segundo os dados oficiais e atualizados que foram divulgados pelo governo do país, estão contabilizados 74 mortos, incluindo um policial, e 248 feridos que receberam atendimento nos hospitais da região.

De acordo com o relato do ministro do Interior do Egito, Mohammed Ibrahim, cerca de 13 mil torcedores do Al Masry, time que jogava em casa, invadiram o gramado após a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival. E muitos deles partiram para a agressão, atacando os jogadores e a torcida do Al Ahly, o que acabou provocando uma briga generalizada dentro do estádio.

Apesar das críticas de alguns jogadores do Al Ahly sobre a falta de segurança no estádio, o ministro do Interior defendeu que a polícia tentou impedir a briga, mas não teve como controlar a multidão que invadiu o gramado. Pelo relato oficial, a maior parte das mortes teria sido causada pela correria dos torcedores, que deixou muita gente pisoteada e sufocada.

Um avião militar foi enviado para Port Said, cidade que fica na região nordeste do país, para poder resgatar a delegação do Al Ahly, que já voltou em segurança para a capital Cairo. O governo egípcio está pedindo para a população local doar sangue para ajudar no tratamento das vítimas da briga e também decretou luto oficial de três dias em todo o Egito.

Diante do "maior desastre da história do futebol egípcio", conforme disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, os jogos do campeonato nacional foram suspensos por tempo indeterminado. E até o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já manifestou solidariedade às vítimas. "É um dia negro para o futebol. Uma situação catastrófica como essa é impensável", afirmou o dirigente.

A violenta briga de torcedores em um jogo do Campeonato Egípcio, nesta quarta-feira, na cidade de Port Said, deixou pelo menos 73 mortos e mais de mil feridos, segundo informaram as autoridades do país. "Parecia guerra", informou Mohammed Abu Trika, um dos jogadores do time do Al Ahly, que escapou ileso da tragédia ocorrida durante a partida contra o Al Masry.

Segundo as investigações iniciais, a confusão toda começou já no final do jogo, quando milhares de torcedores do Al Masry invadiram o gramado para comemorar a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival. Muitos deles partiram para a agressão, atacando os jogadores e a torcida do Al Ahly, o que acabou provocando uma briga generalizada dentro do estádio.

Os jogadores e a comissão técnica do Al Ahly chegaram a sofrer agressões, mas não há confirmação de nenhuma morte na delegação da equipe. Depois do ocorrido, eles reclamaram da falta de segurança no estádio em Port Said, cidade do Al Masry, que fica localizada na região nordeste do Egito. "Não havia ninguém para nos proteger", acusou o meia Mohamed Barakat.

Aviões militares foram enviados a Port Said para levar torcedores e jogadores do Al Ahly de volta para a capital Cairo. Diante do "maior desastre da história do futebol egípcio", conforme disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, os jogos do campeonato nacional foram suspensos por tempo indeterminado e o Parlamento convocou uma reunião emergencial sobre o caso.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também já se manifestou sobre a tragédia, dizendo estar "muito chocado e triste" com a notícia e mandando suas condolências aos familiares das pessoas que morreram em Port Said. "É um dia negro para o futebol. Uma situação catastrófica como essa é impensável e não deveria acontecer", afirmou o dirigente suíço.

Distúrbios num jogo de futebol do Campeonato Egípcio provocaram nesta quarta-feira a morte de pelo menos 73 pessoas, informaram as autoridades do país. A tragédia aconteceu na cidade de Port Said, na região nordeste do Egito, durante a partida entre as equipes do Al Masry e Al Ahly.

"É o maior desastre da história do futebol egípcio", disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, ao confirmar a morte de 73 pessoas durante a confusão no estádio em Port Said. Segundo as primeiras informações policiais, o número de feridos ultrapassa a marca de mil pessoas.

Os detalhes e as causas da tragédia ainda não foram esclarecidos pela polícia egípcia. A confusão começou ainda durante a realização do jogo, quando o time local, o Al Masry, vencia o Al Ahly, um dos clubes mais tradicionais e famosos do Egito, pelo placar de 3 a 1.

Algumas imagens da televisão egípcia mostram grande parte dos torcedores do Al Masry invadindo o gramado enquanto os jogadores do time adversário tentavam fugir para o vestiário. A torcida local também teria atacado os fãs do Al Ahly que estavam no estádio em Port Said.

Por conta da tragédia, a Federação Egípcia de Futebol suspendeu a realização do campeonato nacional por tempo indeterminado. Segundo a imprensa local, o parlamento do país já teria convocado uma reunião emergencial para discutir o caso da violência no jogo em Port Said.

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