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O empresário Eike Batista foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelo crime de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Ele está preso desde o dia 30 de janeiro em decorrência da Operação Eficiência, da Polícia Federal.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) também foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. Cabral já havia sido indiciado em dezembro em inquérito da Operação Calicute. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

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Outras dez pessoas também foram indiciadas, entre elas o irmão do ex-governador, Maurício Cabral, por lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, e a ex-mulher, Susana Neves Cabral, apenas por lavagem de dinheiro.

Eike é suspeito de ter pago US$ 16,5 milhões em propina para ter benefícios em seus negócios. Os demais indiciados são: Wilson Carlos Carvalho; Carlos Emanuel Miranda; Luiz Carlos Bezerra; Sérgio de Castro Oliveira; Álvaro Novis; Thiago de Aragão Pereira e Silva; Francisco de Assis Neto e Flavio Godinho.

Eike Batista chegou às 9h20 desta quarta-feira, 8, à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento. Ele deixará o prédio no início da tarde desta quarta-feira para retornar ao complexo de Gericinó.

O empresário Eike Batista chegou às 9h20 desta quarta-feira (8) à Superintendência da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento. Ele está preso em Bangu 9 desde o dia 30 de janeiro. O advogado do ex-bilionário, Fernando Martins, informou que a orientação dada ao cliente é de que ele permaneça calado. O objetivo é falar somente em juízo.

Eike foi chamado para depor pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos e chegou em um camburão da PF. Também estão na PF para prestar depoimento os acusados Álvaro Novis, Ary Ferreira Filho, Francisco de Assis, Flávio Godinho e Hudson Braga, preso na Operação Calicute, que levou à cadeia o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em novembro de 2016.

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Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio defenderam que Eike continue em prisão preventiva em documento entregue à Justiça na última segunda-feira (6). Entre os motivos, apontam que o empresário comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da deflagração da Operação Eficiência.

Eike é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção liderado pelo ex-governador. Todos os acusados estão presos em Bangu.

A PF concluiu o inquérito nesta terça-feira, 7. Doze pessoas foram indiciadas por lavagem, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. Eike, que já foi o homem mais rico do Brasil, teria pago US$ 16,5 milhões em troca de benefícios a seus negócios.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio levantaram dúvidas sobre a alegada postura colaborativa de Eike Batista com as investigações da Operação Eficiência, deflagrada no último dia 26, em documento entregue à Justiça na segunda-feira, 6. Nele, defendem que Eike continue em prisão preventiva. Entre os motivos, apontam que o empresário comprou passagem para os Estados Unidos na mesma data de sua viagem, dois dias antes da operação ir às ruas.

Segundo os procuradores, a compra das passagens no dia da viagem "indica uma possível fuga, tendo ele (Eike), por qualquer meio, tido ciência da sua prisão iminente".

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"Esse fato, ainda passível de apuração, contraria a afirmação do requerente (Eike) de que teria uma postura totalmente cooperativa no curso das investigações", dizem no documento enviado à 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Eike só foi preso quatro dias depois da Operação Eficiência ser deflagrada, quando retornou dos EUA. "Há que se registrar que seu retorno se deu após a difusão do seu nome para o alerta vermelho da Interpol, o que, de qualquer maneira, dificultaria sobremaneira sua eventual vida como foragido", dizem.

Além disso, afirmam que há elementos nos autos que indicam que Eike, mais de uma vez, tentou obstruir as investigações, "fato que, até o momento, em nada foi elidido pelo requerente".

Sobre o alegado risco de vida em meio à notícias que Eike estaria negociando acordo de colaboração premiada, os procuradores pedem manifestação do Secretário de Estado de Administração Penitenciária. Nela, querem que a secretaria se declare sobre a sua capacidade de garantir a integridade física do empresário.

Propina

A Operação Eficiência investiga um esquema que teria lavado ao menos US$ 100 milhões em propinas para o grupo político do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), que também está preso. O dinheiro foi remetido ao exterior. Eike é acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador.

Na visão do Ministério Público Federal (MPF), além do fundador do grupo X também devem permanecer em prisão preventiva Thiago Aragão (sócio de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral) e Sérgio de Castro Oliveira (operador financeiro do esquema).

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou liminar no pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Eike Batista.

A primeira semana de Eike Batista na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, transcorreu "na humildade". E também na solidão. O empresário não recebeu nenhuma visita, apesar de familiares poderem requisitar o direito. "Ele não quer destoar. Está humildezinho, frequenta o banho de sol, come a comida dos demais presos", diz um agente.

Eike se alimentou com as quentinhas servidas pela Secretaria de Administração Penitenciária. O cardápio anda minguado. Com a crise do Estado, que deve R$ 200 milhões aos fornecedores de refeições dos presídios, carne e frango são raros. Durante a semana, presos receberam salsicha, almôndega e moela com arroz, feijão e farofa, ou macarrão com feijão. Eike contou ainda com a solidariedade dos colegas de cela, com quem dividiu alimentos levados por suas famílias.

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Ele está preso na cela 12, com outros dois investigados na Lava Jato. Wagner Jordão Garcia, preso na Operação Calicute, é ex-assessor do governador Sérgio Cabral. O outro é o doleiro Álvaro Novis, sócio na Corretora Goya.

Na cela de 15 metros quadrados, com dois beliches, o empresário ocupa uma das camas superiores. Suas roupas estão numa sacola de plástico. O travesseiro que trouxe dos Estados Unidos fica sobre sua cama.

O Ministério Público Estadual (MPE) intensificou as visitas às penitenciárias, por causa de rumores de que presos da Lava Jato teriam recebido favorecimentos, o que não foi comprovado, segundo a coordenadora do Centro de Apoio de Operação da Vara de Execuções Penais, Andrezza Cançado.

Turma do Cabral

Em Bangu 9 estão milicianos, ex-PMs e ex-policiais civis. De acordo com um agente, há um clima de tensão entre milicianos e os presos da Lava Jato. "Eles não gostam da ‘turma do Cabral’. Ninguém se mistura", afirmou.

A promotora Andrezza disse que não recebeu denúncias sobre esse clima. "Pode ser que os presos da Lava Jato sejam chamados de ‘a turma do Cabral’, mas não significa hostilidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF) negou nesta quarta-feira, 1º, uma liminar no pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Eike Batista. O empresário, levado a Bangu 9 nesta segunda-feira, 30, terá que continuar preso pelo menos até o julgamento do mérito da questão pela Primeira Turma Especializada do tribunal.

A decisão é do juiz federal Vigdor Teitel, que está substituindo temporariamente o relator da ação penal em segunda instância, desembargador federal Abel Gomes. Ele está de férias até o dia 8 de fevereiro.

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O TRF destacou em nota que a prisão de Eike Batista foi decretada "por haver indícios de que ele teria tentado obstruir as investigações do caso, conforme declaração de outros acusados que assumiram compromisso de colaboração com a Justiça".

Em suas alegações, a defesa de Eike Batista sustentou que os fatos narrados pelos colaboradores seriam vagos e presumidos e não haveria provas concretas de materialidade e autoria para justificar a prisão preventiva.

Para Teitel, a decisão do juiz de primeiro grau, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, está devidamente fundamentada e não contém qualquer ilegalidade ou abuso de poder. O magistrado ainda destacou que a prisão foi ordenada para garantir a ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, "bem como diante da quantidade de demandas em curso no Poder Judiciário que evidenciam um oceano de corrupção sistêmica envolvendo detentores de mandatos eletivos e empresas, por intermédio de seus dirigentes, mediante a utilização de contratos simulados e de outros expedientes astuciosos para o pagamento de propinas".

O juiz federal disse ainda que o apelo à ordem pública, "em decorrência da gravidade concreta dos crimes supostamente praticados, parece suficiente para justificar a decretação da prisão preventiva".

O empresário Eike Batista deixou a sede da Polícia Federal na noite desta terça-feira (31) depois de ser ouvido formalmente pelos agentes federais pela primeira vez depois da sua prisão. Ele permaneceu 3h45 na superintendência, na zona portuária.

Na saída, Eike foi escoltado pelo estacionamento até o carro da PF que o levará de volta à Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Curiosos acompanharam a saída, mas não houve manifestações hostis, como ocorreu na chegada do empresário.

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Os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo de Freitas, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Rio, já haviam deixado o local. A Polícia Federal informou que não divulgará o teor do depoimento do empresário.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse na tarde desta terça-feira que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário. Ele aguardava a chegada de Eike para acompanhá-lo no depoimento.

Eike Batista chegou às 14h45 para depor na Delegacia de Combate à Corrupção. Preso desde segunda-feira, 30, ele chegou em uma caminhonete preta da PF, escoltado por outra viatura.

Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de "ladrão, ladrão" no momento do desembarque. Eike estava com uniforme de preso: calça jeans, camiseta e sandálias.

Entre os curiosos que foram à sede da PF, um homem estava fantasiado do super-herói Thor, mesmo nome de um dos filhos do ex-bilionário.

Esse é o primeiro depoimento de Eike desde que foi preso. A autorização para o depoimento foi dada pela juíza Débora Valle de Brito, substituta da 7ª Vara Federal.

Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar "como as coisas são". Martins chegou a dizer, na porta do presídio Ary Franco, no Rio, que ainda não teria uma estratégia de defesa definida. A expectativa é que ele opte por uma delação premiada, mas, para isso, terá que negociar com o Ministério Público Federal (MPF).

Visitas

A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) disse que, até às 16h nesta terça-feira, nenhum familiar registrou pedido de visitação do empresário Eike Batista, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. O processo leva pelo menos 15 dias da entrada do pedido à concessão de autorização para visita. (Colaborou Constança Rezende)

Em frente à sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, algumas pessoas se aglomeraram na tarde desta terça (31). É lá que o empresário Eike Batista presta depoimento. Entre os curiosos, um chama mais atenção: um homem vestido de Thor, o deus do trovão e, atualmente, super-herói de filmes hollywoodianos. 

A irreverência tem sido admirada por muitos. Um dos filhos de Eike preso também se chama Thor. De acordo com o fantasiado Danilo Andrade, de 28 anos, a ida ao local foi coincidência. ""Eu faço cosplay de Thor há quatro anos, e venho ao Boulevard Olímpico às terças, sábados e domingo", contou ao O Estado de S.Paulo.

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Nesta terça, ele estava acompanhado de outros super-herói como The Flash, Homem-Aranha e do Naruto.

Com informações da Agência Estado

 

Quando as fotos do empresário Eike Batista no presídio Ary Franco começaram a ser divulgadas na redes sociais, uma dúvida assolou milhares de internautas: Eike teve o cabelo raspado ou, simplesmente, a peruca confiscada pela polícia?

A resposta quem dá é o próprio empresário durante uma entrevista em 2010 para a jornalista Marília Gabriela, na TV Cultura. Na ocasião, Marília Gabriela comentou que muitas pessoas tinham reparado no "topete novo" que o empresário exibia. Sem fugir da pergunta, Eike respondeu: "Tricosalus! É um tratamento revolucionário".

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Sim, Tricosalus! Representantes da clínica não foram encontrados para se manifestar, mas matérias da época da revelação informam que o tratamento, que pode ter custado mais de R$ 35 mil, consistia na utilização de medicamentos, como vapor de ozônio, laser, esfoliamentos com jojaba e aplicação de fios.

A foto, no entanto, suscitou brincadeiras até mesmo entre familiares de outros presos. Uma delas, que preferiu não se identificar, jurou até ter tocado a suposta peruca, que estaria nas mãos de policiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Eike Batista, preso nesta segunda-feira (30) ao desembarcar no Rio procedente dos Estados Unidos, disse que a maior operação de combate à corrupção já realizada no País "está passando o Brasil a limpo". À reportagem do Fantástico, da TV Globo, que o abordou ainda no aeroporto de Nova York, na noite deste domingo (29) ele declarou: "A Lava Jato está passando o Brasil a limpo de uma maneira fantástica. Eu digo que o Brasil que está nascendo agora vai ser diferente, tá certo? Porque você vai pedir suas licenças (para obras), vai passar pelos procedimentos normais, transparentes, e se você for melhor você ganhou e acabou a história, né?."

Indagado sobre o receio que tinha ao chegar ao Brasil, ele disse: "Não, eu estou à disposição da Justiça, como um brasileiro cumprindo o meu dever. Estou voltando, essa é a minha obrigação."

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Eike teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência. Na quinta-feira (26), os agentes da Polícia Federal não encontraram o empresário em sua casa. Ele tinha viajado na terça-feira, 24.

Questionado se gosta da Lava Jato mesmo que a operação lhe custe a liberdade, o empresário afirmou: "Olha, aquele negócio, se foram cometidos erros você tem que pagar pelos erros que você fez. É assim, né?". "Você cometeu erros?", perguntou o repórter de TV Globo. "Eu acho que não", respondeu o empresário. "Eles (Polícia Federal e Procuradoria da República) o acusam de pagar propinas.Você vai admitir?", questionou o repórter. "Olha, como falei não posso passar isso para ninguém antes. Não fica legal", respondeu Eike Batista.

O empresário Eike Batista chegou pouco depois das 11h30 desta segunda-feira, 30, ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio. O ex-bilionário desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, às 9h54, vindo de Nova York. Ele foi levado até a sede do Instituto Médico Legal, no centro da capital fluminense, para exame de corpo de delito, e deixou o local com escolta policial já em direção ao presídio.

Na chegada ao Ary Franco, dezenas de parentes de detentos que esperavam na fila para a visita gritavam para o empresário, chamando-o de "ladrão". Eike não tem o ensino superior completo, por isso pode ficar em um presídio comum.

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O advogado do empresário, Fernando Martins, chegou ao presídio antes do comboio da Polícia Federal que levava Eike. Segundo Fernando Martins, ele ainda discutiria com agentes da polícia e Ministério Público Federal para determinar quando o empresário prestaria depoimento. Martins disse que conversaria com seu cliente e tomaria ciência da situação do Eike para decidir estratégia de defesa.

"Estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis no sentido de preservar a integridade física dele. A prioridade é preservar a integridade física dele. Não por se tratar do Ary Franco, mas de qualquer instituição", declarou Martins.

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

A Polícia Federal (PF) confirmou, por meio de nota, que o empresário Eike Batista será encaminhado ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio. O ex-bilionário desembarcou nesta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, pouco antes das 10h, vindo de Nova York.

Ele foi levado até a sede do Instituto Médico Legal, no centro da capital fluminense, para exame de corpo de delito, mas deixou o IML pouco depois das 11h, com escolta policial, em direção ao presídio.

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Eike não tem o ensino superior completo, por isso pode ficar em um presídio comum. O empresário deve prestar depoimento na terça-feira (31).

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

O empresário Eike Batista chegou por volta das 10h30 desta segunda-feira (30) à sede do Instituto Médico Legal, no Centro do Rio de Janeiro, onde passa por exame de corpo de delito. O ex-bilionário será conduzido em seguida pela Polícia Federal ao Presídio Ary Franco, em Água Santa, contou uma fonte à reportagem. O empresário deve prestar depoimento na terça-feira (31).

O empresário estava foragido desde quinta-feira (26), quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O empresário é investigado por um suposto repasse de R$ 16,5 milhões em propina a Cabral.

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O avião que trouxe de volta ao Brasil o empresário Eike Batista pousou na manhã desta segunda-feira (30) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão. Ele embarcou na noite deste domingo no voo 973 da American Airlines, no aeroporto JFK, em Nova York. A aeronave tocou o solo brasileiro às 9h54.

O empresário, que tem prisão decretada pela Justiça, foi escoltado por policias federais logo que desembarcou na pista do aeroporto. Eike não estava algemado, carregava apenas uma mala de mão. Por volta das 10h30, ele chegou ao Instituto Médico Legal, onde passará por exame de corpo delito.

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Eike estava foragido desde quinta-feira (26) quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). O empresário é investigado por um suposto repasse de R$ 16,5 milhões em propina a Cabral.

O ex-bilionário deixou o Brasil dois dias antes da operação da PF, no dia 24. A prisão dele estava decretada pela Justiça do Rio desde 13 de janeiro.

O advogado de Eike, Fernando Martins, disse neste domingo, 29, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a estratégia de defesa do empresário ainda estava indefinida, inclusive sobre uma possível delação premiada. "Após a chegada dele é que vamos definir os procedimentos", disse Martins à reportagem, ao ser questionado sobre um pedido de habeas corpus ou de uma possível colaboração.

Eike não tem o ensino superior completo, por isso poderá ficar em um presídio comum.

O empresário Eike Batista embarcou em um voo de Nova York para o Rio de Janeiro às 0h45 desta segunda-feira (30). A informação é do canal GloboNews, que trouxe imagens de Eike dentro do avião.

O voo deve chegar ao Aeroporto Internacional do Rio (Galeão) entre 10h e 10h30. O empresário será preso assim que desembarcar. (João Paulo Nucci - joao.nucci@estadao.com)

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Os advogados de Eike Batista informaram a autoridades que o empresário irá se entregar nesta segunda-feira, 30, de acordo com fonte próxima às discussões. A promessa teria sido feita por escrito, mas ainda há dúvidas se será cumprida.

Eike teve a prisão decretada nesta quinta-feira, 26, na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato que apura esquema usado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobrase da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

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Também com cidadania alemã, o empresário está foragido desde quinta-feira, 26. Segundo seus advogados, ele está no exterior, enquanto dados da Polícia Federal apontam que ele embarcou em um voo para Nova York utilizando seu passaporte alemão. Caso seja encontrado em território germânico, sua extradição será definida pela Justiça do país.

Além disso, se o empresário decidir se entregar à polícia, ainda não está definido o tipo de unidade prisional para qual será encaminhado, pois há imprecisões sobre a sua formação educacional. Em livro publicado em 2011, o ex-bilionário diz que interrompeu a faculdade de Engenharia na Alemanha "ainda na metade" do curso. Já o prospecto da Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da petroleira que fundou, a OGX, traz a informação que ele era "bacharel em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de Aachen, Alemanha".

Se ele não comprovar que possui ensino superior, terá que aguardar julgamento em uma cela comum. Detentos com diploma são encaminhados para unidades restritas aos que têm ensino superior.

Os advogados de Eike e a Polícia Federal (PF) foram procurados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, mas não retornaram as ligações da reportagem.

Com a prisão determinada nesta quinta-feira (27), o empresário Eike Batista figura como um grande doador de campanhas eleitorais. Suas contribuições somam R$ 12,6 milhões e foram distribuídas para 13 diferentes partidos entre 2006 e 2012. A lista inclui candidatos a prefeito, deputado, senador e presidente. Em 2014 e em 2016 não foram identificados repasses eleitorais.

As maiores doações irrigaram candidatos em Estados em que Eike possui negócios, como Rio, região petrolífera e sede de suas empresas, Minas e Mato Grosso do Sul, onde investe na exploração de minério, e no Amapá, em que além de negócios de mineração, o empresário também possuía licença de operação de linhas ferroviárias.

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Em 2010, Eike doou R$ 1 milhão para o comitê de campanha de Dilma Rousseff (PT) e a mesma quantia para o de José Serra (PSDB), além de R$ 500 mil para Marina Silva, na época no PV.

Em 2006, a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também recebeu R$ 1 milhão em doações, enquanto R$ 100 mil foram doados para Cristovam Buarque, que disputava a Presidência pelo PDT.

Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, o empresário afirmou que foi educado "com o conceito de comunidade", fazendo doações "voluntárias" a diferentes partidos e candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O professor de direito penal internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e procurador regional da República Artur Gueiros considera que será "muito difícil" trazer Eike Batista, que tem dupla nacionalidade brasileira e alemã, de volta para o Brasil, caso ele vá para a Alemanha, país que não extradita seus nacionais.

O fato de Eike estar no exterior, neste momento, possibilita que ele não seja preso?

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Sim. Dentro deste quadro, há o risco da não aplicação da lei penal brasileira pelo fato de ele estar fora do Brasil e ter nacionalidade alemã. Se ele realmente estiver nos Estados Unidos, a Interpol, que o incluiu na lista vermelha, pode prendê-lo e extraditá-lo. Agora, é uma corrida contra o tempo. É fundamental que evitem que ele vá para Alemanha.

E se ele for para a Alemanha?

Neste caso, vai ser muito difícil trazê-lo, porque a Alemanha não extradita nacionais. O governo brasileiro até poderia tentar uma extradição por vias diplomáticas. Mas a repercussão negativa da situação carcerária no Brasil, com as rebeliões, pode ser um elemento contra.

Como fica a situação com ele nos EUA?

Se ele for capturado, pode ser deflagrado um processo de extradição dele para o Brasil. Fora da Alemanha, ele não tem nenhuma proteção. Também há a possibilidade de a promotoria americana resolver instaurar uma investigação sobre os fatos da Lava Jato e abrir um processo criminal contra ele. É possível que haja esse interesse devido à dimensão dos seus negócios, inclusive internacionais. O pior lugar do mundo fora do Brasil para ele estar, neste momento, é os EUA, porque eles têm essa permissão de perseguir criminalmente práticas corruptas no mundo inteiro.

A decisão de prendê-lo foi do dia 13 de janeiro, mas a PF só deflagrou a operação ontem. Houve erro neste tempo?

Devido a profundidade desta operação, que é complexa porque envolve muitos mandados de prisão e de apreensão. Mas já acompanhei casos em que houve monitoramento em tempo real do acusado. Não sei o que aconteceu, se esta pessoa é difícil de fazer esse monitoramento em tempo real, se ela não usa o telefone. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Símbolo da ascensão da economia brasileira à época em que figurou entre os dez homens mais ricos do mundo, Eike Fuhrken Batista materializava, em 2009, a euforia internacional com o Brasil expressa na capa de The Economist intitulada "O Brasil decola" e ilustrada com um Cristo Redentor disparando como um foguete.

Cortejado por governantes, o empresário, 60 anos completados em novembro, era invejado por seus negócios e contatos de sucesso no poder. Tinha acesso direto aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do PT, e a líderes e governadores de partidos como o PMDB e o PSDB.

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Um dos amigos era o então governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a quem Eike costumava emprestar seus jatos particulares. Essas relações garantiram acesso a financiamentos oficiais que ajudaram a turbinar sua fama de gênio dos negócios e que depois implodiria.

Figuram entre os ícones desta época "feliz" as fotos de Eike em solenidades oficiais, ao lado de poderosos. Em um evento da Petrobras, o empresário, trajando o uniforme laranja da estatal, posou fazendo o V da vitória, com Lula e Dilma. Em 2008, elogiado publicamente pelo ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães durante uma solenidade - que virou ato em seu desagravo porque era investigado pela Polícia Federal por supostas irregularidades no processo de concessão de uma ferrovia no Amapá -, Eike chorou.

'Filho adotivo'

Em 2012, Eike foi chamado de "orgulho do Brasil" pela então presidente Dilma Rousseff durante visita a uma de suas obras, o Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense. Considerado um megaempresário, ele foi personagem em abril daquele ano de um artigo assinado pelo então prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), na revista americana "Time". No texto, Paes chama Eike de "filho adotivo" do Rio e o classifica como um dos responsáveis pelo renascimento da capital fluminense.

Forbes

Quando apareceu no ranking da Forbes como o sétimo homem mais rico do mundo, em 2012, com fortuna estimada em US$ 30 bilhões, Eike chegou a prometer que lideraria a lista. O filho de Eliezer Batista, ex-ministro e ex-presidente da Vale, apelidou sua mineradora MMX de "miniVale".

A Lula, em 2009, apresentou detalhes do Porto do Açu, que deveria ser um dos maiores complexos portuários da América Latina. Eike obteve financiamento de R$ 10,4 bilhões no BNDES, mas nem tudo foi liberado porque muitos projetos foram interrompidos.

A derrocada começou quando as promessas sobre o desempenho das empresas do grupo EBX feitas a investidores não foram cumpridas. As ações das companhias do grupo derreteram e chegaram a ser negociadas por centavos. Quatro das seis empresas fundadas por Eike com ações na Bolsa entraram em recuperação judicial.

'X'

Nas negociações com credores, ele entregou participações nas companhias e viu três serem rebatizadas sem o "X" que carregavam como marca do supersticioso empresário, por simbolizar multiplicação.

Os problemas de Eike chegaram à esfera criminal em 2014. O ex-bilionário tem pendências na Justiça, entre elas por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado. Ainda em 2014, Eike convocou a imprensa para um "desabafo" após um ano e meio calado. Disse ter patrimônio negativo de US$ 1 bilhão.

Pelo menos até o fim do ano passado, Eike dava expediente num prédio comercial na Praia do Flamengo, zona sul do Rio. No ápice, a holding EBX chegou a abrigar 400 funcionários. Hoje, se resume a cerca de 20 pessoas, incluindo o filho Thor, de 25 anos.

Atualmente, uma de suas apostas é o lançamento de um creme dental. Mas a que mais se aproxima de seus antigos projetos é um corredor logístico que prevê o transporte de cargas da Argentina ao Chile, transpondo os Andes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por não ter concluído o ensino superior, o empresário Eike Batista poderá ficar em uma cela comum em um dos presídios do Rio de Janeiro. Ele é um dos alvos da Operação Eficiência da Polícia Federal, que cumpre nove mandados de prisão preventiva.

Eike Batista não foi preso porque está no exterior, em Nova York, para participar de reuniões de negócios de acordo com o informado pelo seu advogado, que também afirmou que Batista pretende se entregar à Justiça o mais breve possível. 

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Policias federais também cumpriram mandado de busca e apreensão na residência de Eike. A ordem de prisão já tinha sido decretada no dia 13 de janeiro pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

A Operação Eficiência investiga crimes de lavagem de dinheiro e ocultação no exterior de, aproximadamente, US$ 100 milhões. 

 

O empresário Eike Batista entregou documentos ao Ministério Público Federal para comprovar o que disse em depoimento, em 20 de maio, sobre o pedido de R$ 5 milhões para o PT feito pelo ex-ministro Guido Mantega e sobre o repasse para o marqueteiro do PT João Santana em contra secreta na Suíça.

Ex-controlador da OSX, o empresário entregou documentos como a agenda oficial com o ministro Mantega, em Brasília, o registro de voo, contratos falsos firmados com empresas de Santana e os comprovantes de transferência de uma conta sua no exterior para a conta do casal João Santana e Mônica Moura em nome da offshore Shell Bill Finance - de US$ 2,3 milhões, em 2013.

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Além da agenda com registro do encontro oficial com Mantega no dia 1º de novembro de 2012, ele entregou o registro do voo usado por ele para se deslocar até Brasília.

Eike procurou o MPF não como colaborador, mas sim depois de um delator da Lava Jato ter apontado propinas e fraudes na licitação das plataformas P-67 e P-70, vencidas pelo Consórcio Integra Offshore (formado pela Mendes Júnior e OSX Construção Naval) - negócios de US$ 922 milhões, assinado em 2012. O delator era Eduardo Musa, e-gerente da área responsável pelo contrato, a Diretoria Internacional, até 2009, e diretor da OSX na época do fato.

Em maio deste ano, outro ex-executivo da OSX confirmou aos investigadores da força-tarefa as fraudes, deu o caminho do dinheiro da propina e citou que Eike Bastista sabia e discutiu o assunto.

Segundo os procuradores, foram rastreados até aqui três frentes de corrupção. A primeira dela vai para o operador de propinas do PMDB João Augusto Henriques, que recebeu R$ 7,5 milhões da Mendes Jr. via empresa Trend Participações. O outro pode ter abastecido dois políticos do PT: o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil, governo Lula) via empresa de fachada Credencial Construções, e o ex-deputado André Vargas. E a terceira que trata do pedido de R$ 5 milhões que teria sido feito por Mantega a Eike e pago a Santana.

O empresário negou propina, no entanto, mas a versão não convenceu o juiz federal Sérgio Moro. Em seu despacho que autorizou a deflagração da 34ª fase da Lava Jato, ele ressalta que "Eike Batista negou que o depósito de USD 2.350.000,00 tivesse relação com o contrato obtido pelo Consórcio Integra, tratando-se de doação eleitoral".

"O problema é que a transferência de recurso foi feita por meio subreptício, através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada", observou Moro. "Além disso, seu interlocutor teria sido o então Ministro da Fazenda, a quem não cabe solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações subreptícias."

O magistrado ressaltou ainda que o repasse foi feito a Santana em 16 de abril de 2013, "ano no qual não houve eleições". "E mesmo considerando a data da solicitação, 1 de dezembro de 2012, igualmente após as eleições municipais daquele ano."

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