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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início do ensaio clínico da fase III da vacina tetravalente contra a influenza, produzida pelo Instituto Butantan. "O estudo tem o objetivo de avaliar a segurança, imunogenicidade e consistência de resposta imune nos lotes da vacina”, informou a Anvisa.

Em 2019, a agência já havia autorizado a realização do ensaio clínico referente à versão inicial do protocolo clínico da vacina. Em razão da pandemia de Covid-19, o ensaio só começou em 2021. Em 2022, o Butantan comunicou a interrupção do estudo, antes de ter completado o número de participantes necessários.

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A vacina trivalente contra a influenza do Instituto Butantan já é utilizada nas campanhas do Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A dose é composta pelo vírus influenza fragmentado e inativado, contendo a cepa A (H1N1), a cepa A (H3N2) e a cepa B (linhagem Victoria e Yamagata). 

O processo de produção da vacina tetravalente, segundo a Anvisa, é semelhante ao da trivalente. No entanto, enquanto uma das vacinas trivalentes contém o vírus B (linhagem Yamagata – TIV-Y-IB) e a outra, o vírus influenza B (linhagem Victoria – TIV-V-IB), a tetravalente possui as duas cepas da linhagem B na mesma formulação.

“Espera-se obter uma vacina análoga à trivalente, mas com proteção adicional contra uma segunda cepa B, determinada sazonalmente pela Organização Mundial da Saúde. A adição da segunda cepa B de influenza (quarta cepa na vacina) ocorreu na transição da vacina sazonal bivalente para a trivalente, após a pandemia de influenza H1N1”, informou a agência.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira, dia 25, a realização de ensaio clínico no Brasil da vacina INO-4800 contra a covid-19. O ensaio clínico é patrocinado pela empresa americana de Biotecnologia Inovio Pharmaceuticals e o imunizante será administrado por via intradérmica (ID).

De acordo com a agência reguladora, o ensaio é de Fase 3, controlado por placebo. Um a cada três voluntários receberá o placebo para avaliar segurança, imunogenicidade e eficácia da candidata à vacina. No local de aplicação da vacina será utilizada uma técnica de facilitação para entrada do DNA no tecido celular (eletroporação) com um dispositivo próprio.

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O estudo prevê aplicação de duas doses com intervalo de 28 dias em voluntários maiores de 18 anos. O protocolo estima a participação de 350 voluntários no Brasil distribuídos entre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Além do Brasil, o ensaio conta com 7.116 participantes também distribuídos na Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Filipinas, México, Peru, Polônia, República Checa e Tailândia. Os estudos iniciais de Fase 1 e 2 foram realizados nos Estados Unidos, Coreia do Sul e China.

A Anvisa aprovou, nesta quinta-feira (8), um novo ensaio clínico de vacina contra Covid-19. A vacina candidata usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP). É composta da proteína S expressa em forma de partículas parecidas com vírus (VLPs), coadministradas com um adjuvante, em duas doses com intervalo de 21 dias entre as doses.

O desenvolvimento clínico está sendo patrocinado pela empresa biofarmacêutica Medicago R&D Inc, sediada no Canadá, e pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), sediada em Londres, Reino Unido, que é responsável pelo desenvolvimento do adjuvante da vacina.

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O ensaio clínico aprovado é de fase 2/3, randomizado, cego para observador, controlado por placebo, para avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da vacina em adultos com 18 anos de idade ou mais. O ensaio clínico é composto por três estágios e o Brasil participará do estágio 3, que corresponde à fase 2/3 do estudo.

Na fase 3 do estudo planeja-se incluir até 30 mil voluntários distribuídos entre o Canadá, Estados Unidos, além da América Latina, Reino Unido e Europa. No Brasil, planeja-se incluir 3.500 voluntários na porção 3 do estudo de Fase 2/3. A fase 1 e 2 do estudo está em andamento no Canadá e Estados Unidos.

Autorização

Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas.

Este é o quinto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa. Os estudos aprovados anteriormente foram:

- 2 de junho de 2020: ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a empresa Astrazeneca.

- 3 de julho de 2020: vacina da Sinovac Research & Development Co Ltd, e parceria com o Instituto Butantan,

- 21 de julho de 2020: vacina da Pfizer/Wyeth

- 18 de agosto de 2020: a vacina da Janssen-Cilag.

Priorização de análise

Para a aprovação do ensaio clínico, a Anvisa realizou reuniões com a equipe da Medicago R&D Inc, a fim de alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes.

Desde o reconhecimento de calamidade pública no Brasil em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Agência tem adotado estratégias para dar celeridade às análises e às decisões sobre qualquer demanda que tenha como objetivo o enfrentamento da Covid-19.

Uma dessas estratégias foi a criação de um comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registros de medicamentos para prevenção ou tratamento da doença. O grupo também atua em ações para reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos com impacto para a saúde pública devido à pandemia.

O que são ensaios clínicos

Os ensaios clínicos são os estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para validar a relação de eficácia e segurança do medicamento e para validar novas indicações terapêuticas.

Dentro desse ensaio, existem três fases (I, II, III), onde são colhidas informações sobre atividade, funcionamento e segurança para que o produto possa ser liberado ao mercado e ser usado em pacientes junto com o tratamento padrão da pesquisa.

Para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A anuência de pesquisa clínica pela Anvisa se aplica somente às pesquisas clínicas que têm a finalidade de registro e pós-registro de medicamentos, por solicitações de empresas patrocinadoras ou de seus representantes.

O prazo para início do estudo clínico após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador do estudo. Veja os ensaios clínicos de Covid-19 autorizados pela Agência.

Fases da pesquisa clínica de vacinas

Durante a fase I, pequenos grupos de indivíduos, normalmente adultos saudáveis, são avaliados para verificação da segurança e determinação do tipo de resposta imune provocada pela vacina. Nessa fase também podem ser realizados estudos de desafio, a fim de selecionar os melhores projetos de vacina para seguirem à fase seguinte.

Na fase II, há a inclusão de um maior número de indivíduos e a vacina já é administrada a indivíduos representativos da população-alvo da vacina (bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos ou imunocomprometidos). Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade, posologia e modo de administração.

Na fase III, a vacina é administrada a uma grande quantidade de indivíduos, normalmente milhares de pessoas, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança, ou seja, que a vacina é capaz de proteger os indivíduos com o mínimo possível de reações adversas.

O início dos testes em seres humanos dependerá de dois fatores: aprovação no Conep, órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas, e da própria organização interna dos pesquisadores para recrutamento dos voluntários. A Anvisa não define esta data.

Da assessoria da Anvisa

Um medicamento anti-inflamatório, o tocilizumab, reduz o risco de morte entre os pacientes hospitalizados pela Covid-19, de acordo com os resultados de um amplo estudo, qualificado como uma "boa notícia", segundo especialistas.

"Para cada 25 pacientes tratados com tocilizumab, uma vida adicional seria salva", afirmam os responsáveis pelo ensaio clínico britânico Recovery, que testa uma variedade de medicamentos contra o SARS-CoV-2.

O tocilizumab, usado contra a artrite reumatoide, é administrado por via intravenosa.

O estudo mostra ainda que esse medicamento diminui o tempo de internação dos pacientes e diminui a necessidade de respiração artificial.

"Esta é uma excelente notícia", acrescentou Anthony Gordon, professor de anestesia e terapia intensiva do Imperial College London, que não participou dos testes.

Cerca de 4.000 pacientes gravemente doentes são tratados com tocilizumab no Reino Unido.

"Agora, mais pacientes se beneficiarão deste tratamento", ressaltou.

Testes anteriores com essa droga "produziram resultados atenuados", lembra Peter Horby, da Universidade de Oxford, responsável pelo estudo Recovery, em um comunicado.

Seus benefícios agora se somam aos dos esteroides: associado a um esteroide como a dexametasona, o impacto na mortalidade é "significativo", explicaram os pesquisadores.

Os dados "sugerem que entre os pacientes com a covid-19 que sofrem de hipóxia (falta de ar) e inflamação significativa", a combinação de ambas as medicações "reduz a mortalidade em cerca de um terço entre aqueles que precisam de oxigenação simples e em quase metade entre aqueles que precisam de ventilação mecânica invasiva (respirador)", de acordo com o estudo.

Após a morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac e a suspensão dos procedimentos, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que suspensão foi "técnica".

A declaração da Anvisa aconteceu na tarde desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa. A informação de que a morte do voluntário que participava dos estudos da Coronavac teria sido um suicídio foi dada pelos veículos de comunicação do país. 

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Alessandra Bastos, diretora da Anvisa, disse na coletiva que, quando tomaram a decisão de suspender os estudos clínicos da vacina, a informação que tinham era de efeito adverso grave não esperado, sendo essa uma motivação para a suspensão dos estudos. 

Antônio Barra Torres ainda informou que a decisão de suspender os testes da Coronavac foi baseada no fato de que as informações repassadas pelo Instituto Butantan, que desenvolve a vacina junto com a farmacêutica chinesa Sinovac, eram "insuficientes" e "incompletas".

O diretor-presidente da Anvisa salientou que a suspensão continua mantida até que todas as informações sejam prestadas. Além disso, os testes só serão retomados após uma análise do caso por um comitê internacional independente.

Manutenção da suspensão

Integrantes do governo paulista afirmam que não há motivos técnicos para a manutenção da suspensão dos testes, uma vez que, na manhã desta terça-feira (10), foram enviados relatórios policiais e médicos sobre o episódio. 

A Folha de São Paulo aponta que essas informações repassadas ao órgão descarta a relação entre o suicídio e a vacina. Os membros da administração paulista afirmam que não faz sentido a suspensão ter sido anunciada 38 minutos depois do envio do e-mail sobre o tema.

Segundo o jornal, eles sugerem que a intenção de suspender a vacina é para desgastar politicamente o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), inclusive, usou as suas redes sociais para cantar vitória na disputa política que trava com Dória e publicou: "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

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