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O Vestibular Solidário está com inscrições abertas para o Processo Seletivo de voluntários para 2023. Ao todo, estão sendo oferecidas 34 vagas para áreas de psicopedagogia, comunicação e monitoria das mais diversas áreas disciplinares abordadas no projeto que auxilia jovens de baixa renda a ingressarem nas universidades.

Os interessados podem se inscrever até o dia 16 de janeiro no site do Vestibular Solidário. Vale ressaltar que, das 34 vagas oferecidas, 10 são destinadas exclusivamente para candidatos travestis e transexuais.

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Para se candidatar, é necessário estar cursando a partir do 2º período de qualquer curso para os cargos de monitores, a partir do 3º período de qualquer curso para os cargos de professores e a partir do 2º período dos cursos de pedagogia, psicologia, serviço social e educação física para a equipe psicopedagógica (EP).

De acordo com o edital, o processo de seleção será realizado em três etapas, efetuado por uma equipe composta por membros da coordenação geral e uma banca de professores selecionados especificamente para esse fim. O resultado da seleção será divulgado até dia 30 de janeiro.

Os interessados em fazer parte do Conselho de Usuários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) podem se inscrever por meio de cadastro na plataforma 'Conselho de Usuários'. Qualquer pessoa pode se tornar um conselheiro e o serviço é realizado em caráter voluntário e virtual.

Para isso, deve-se acessar a plataforma e realizar o cadastro.  A Controladoria-Geral da União (CGU) disponibiliza para o candidato informações sobre a função de conselheiro, assim como, orientação para a realização do cadastro. Entre as atividades do conselheiro estão acompanhar a prestação dos serviços do Inep e definir diretrizes voltadas ao adequado atendimento ao usuário.

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O Conselho de Usuários do Inep é responsável pela ligação entre os usuários e gestores de serviços públicos. A iniciativa foi criada pelo Governo Federal e é determina pela Lei n.º 13.460/2017. 

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, abre neste sábado (28) inscrições de voluntários para o programa 'Mais Vida nos Morros'. O processo ocorre por meio de endereço eletrônico.

Os chamamentos ocorrerão conforme demandas do programa. Os interessados devem ter idade igual ou superior a 18 anos. "Decidimos criar um espaço para inscrições porque já havia uma demanda espontânea de pessoas querendo colaborar com os nossos mutirões. Agora, quem quiser ajudar a construir esse novo Recife conosco poderá fazer isso de forma mais prática", explica a secretária Executiva Interina de Inovação Urbana, Flaviana Gomes segundo sua assessoria de imprensa.

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Criado pela Prefeitura do Recife em 2016, o programa Mais Vida nos Morros busca transformar espaços públicos com participação social. Uma das principais iniciativas é a pintura de casas, com a ajuda de moradores das localidades beneficiadas.

Um professor voluntário foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suspeita de estuprar adolescentes. Videogames, quadrinhos, bichos de pelúcia e brinquedos foram apreendidos em sua residência e as autoridades acreditam que o material era usado para atrair as vítimas.

A prisão preventiva ocorreu nessa sexta-feira (12) e, até o momento, dois adolescentes do sexo masculino, residentes de Sete Lagoas, foram identificados como vítimas. Autoridades não revelaram o nome, nem a idade do suspeito, mas não descartam a possibilidade de mais vítimas.

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Seguem abertos três processos seletivos da Marinha do Brasil que visam, juntos, selecionar 111 profissionais com níveis fundamental, médio, técnico e superior nas áreas industrial, de saúde e apoio, e administrativa. As inscrições vão até o dia 4 de março.

Há vagas para os cargos de desenho mecânico, motores, técnico em enfermagem, enfermagem, técnico em edificações, patologia clínica, farmácia, motorista de viaturas administrativas, barbeiro, administração, entre outros. A taxa de participação custa R$ 60.

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Para concorrer a uma das oportunidades, os interessados devem ser brasileiros natos ou naturalizados, ter mais de 18 anos e no máximo 40 anos de idade, possuir bons antecedentes de conduta, ter concluído ou estar em fase de conclusão do nível escolar relativo à profissão a que concorre, dentre outros requisitos que constam no edital.

O objetivo da seleção é a prestação do serviço militar voluntário como praças de segunda classe da Reserva da Marinha (RM2), destinando-se ao preenchimento das necessidades temporárias de praças em Organizações Militares (OM) da Marinha nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Amapá, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A seleção será composta pelas seguintes etapas: prova objetiva, verificação de dados biográficos e verificação documental, inspeção de saúde, teste de aptidão física, prova de títulos, designação e incorporação.

Confira mais informações através dos editais e se inscreva por meio dos sites de seleção dos comandos do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), 5º Distrito Naval (Com5ºDN) e 6º Distrito Naval (Com6ºDN).

Após a morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac e a suspensão dos procedimentos, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que suspensão foi "técnica".

A declaração da Anvisa aconteceu na tarde desta terça-feira (10), em coletiva de imprensa. A informação de que a morte do voluntário que participava dos estudos da Coronavac teria sido um suicídio foi dada pelos veículos de comunicação do país. 

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Alessandra Bastos, diretora da Anvisa, disse na coletiva que, quando tomaram a decisão de suspender os estudos clínicos da vacina, a informação que tinham era de efeito adverso grave não esperado, sendo essa uma motivação para a suspensão dos estudos. 

Antônio Barra Torres ainda informou que a decisão de suspender os testes da Coronavac foi baseada no fato de que as informações repassadas pelo Instituto Butantan, que desenvolve a vacina junto com a farmacêutica chinesa Sinovac, eram "insuficientes" e "incompletas".

O diretor-presidente da Anvisa salientou que a suspensão continua mantida até que todas as informações sejam prestadas. Além disso, os testes só serão retomados após uma análise do caso por um comitê internacional independente.

Manutenção da suspensão

Integrantes do governo paulista afirmam que não há motivos técnicos para a manutenção da suspensão dos testes, uma vez que, na manhã desta terça-feira (10), foram enviados relatórios policiais e médicos sobre o episódio. 

A Folha de São Paulo aponta que essas informações repassadas ao órgão descarta a relação entre o suicídio e a vacina. Os membros da administração paulista afirmam que não faz sentido a suspensão ter sido anunciada 38 minutos depois do envio do e-mail sobre o tema.

Segundo o jornal, eles sugerem que a intenção de suspender a vacina é para desgastar politicamente o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), inclusive, usou as suas redes sociais para cantar vitória na disputa política que trava com Dória e publicou: "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

Um voluntário brasileiro da pesquisa da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, de 28 anos, morreu por complicações causadas pela Covid-19. Mesmo a AstraZeneca, farmacéutica responsável pela elaboração da vacina, não tendo confirmado se o homem recebeu imunizante em teste ou placebo, fontes confirmaram ao Estadão que o voluntário integrava o grupo do placebo.

O coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ressaltou ao jornal que, mesmo com a morte do voluntário, a pesquisa deve continuar porque elas só seriam interrompidas por dúvidas quanto à segurança do produto testado.

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"Problemas de eficácia não levam à interrupção do estudo. Primeiro, porque nenhuma vacina é 100% eficaz. Segundo, porque o estudo clínico é justamente para ver essa questão: qual foi a incidência da doença em cada grupo e analisar se a vacina funciona", destacou.

A Universidade de Oxford, uma das responsáveis pelo desenvolvimento da vacina, também confirmou ao site que "depois de uma cuidadosa análise do caso do Brasil, não há preocupações sobre a segurança do ensaio clínico". A instituição também se solidarizou com a família da vítima".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota dizendo que foi formalmente informada sobre o falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford. "Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo", disse a Anvisa, em nota.

Um voluntário brasileiro que participava dos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade Oxford e pelo laboratório AstraZeneca morreu devido a complicações de Covid-19, na última quinta-feira. Não há confirmação se ele recebeu placebo ou uma dose do imunizante.

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Das quatro vacinas contra Covid-19 testadas no Brasil, três são avaliadas em Salvador. A capital baiana firmou parceria e acompanha a evolução das produções da Universidade de Oxford com a biofarmacêutica AstraZeneca, e duas desenvolvidas em conjunto pela BioNTech e Pfizer.

Os testes do imunizador da Universidade de Oxford são realizados no Hospital São Rafael, que integra o Instituto D'Or, coordenadora do estudo no Brasil. Já a vacina da norte-americana Pfizer é analisada em parceria com o Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).

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“Quando surge uma vacina nova, não é incomum que sejamos solicitados a contribuir. Nesse caso em especial, a Pfizer já desenvolveu vários estudos conosco. Nosso centro tem a chancela de ser de excelência, coisa que é oferecida para pouco mais de 100 centros no mundo inteiro”, frisou o infectologista e coordenador da Osid Edson Moreira.

O estudo pretende alcançar 29 mil voluntários em todo o mundo, dois mil seriam brasileiros, com metade em Salvador e outra metade de São Paulo, informou o Correio 24 Horas. A expectativa é que a testagem para o público externo ocorra gradativamente, com prioridade para os profissionais de Saúde. “Temos o público das nossas redondezas e possivelmente elas serão convidadas a participar a medida que a gente vai avançando. Mas os profissionais da saúde estão mais expostos neste momento, então nada mais justo que eles sejam os primeiros”, esclareceu Moreira.

No entanto, a fase de testagem da Pfizer deve durar aproximadamente dois anos. O prazo é checar o tempo de proteção e a possível necessidade de uma dose de reforço. Nessa segunda (10), a Anvisa liberou a segunda rodada de aplicação da vacina de Oxford.

O dentista Igor Menezes, de 36 anos, tomou a primeira dose e deve receber a segunda no dia 8 de setembro. “Foi um processo tranquilo. Eles me avaliaram, testaram se eu tive contato com o vírus, assinei termos de comprometimento e não sei se a vacina que tomei foi a do coronavírus ou o placebo, que é a vacina da meningite”, concluiu.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, ofereceu-se como voluntário para testar a nova vacina russa contra o coronavírus, anunciou o porta-voz do governo nesta quarta-feira (12). 

Duterte afirmou que tem "grande confiança" nos esforços da Rússia para acabar com a pandemia. "Acredito que a vacina produzida é realmente boa para a humanidade", declarou Duterte. "Serei o primeiro a testá-la", completou.

O porta-voz de Duterte, Harry Roque, explicou nesta quarta-feira que o presidente, conhecido por suas polêmicas, não estava brincando. "Ele é velho. Pode sacrificar sua vida pelo povo filipino", disse.

As autoridades de saúde filipinas anunciaram uma reunião com representantes do centro russo Gamaleya, que desenvolveu a vacina.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que seu país desenvolveu a "primeira" vacina contra a COVID-19 que assegura uma "imunidade duradoura".

Muitos cientistas ocidentais, no entanto, expressaram ceticismo a respeito da velocidade de desenvolvimento da vacina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reagiu de maneira prudente e recordou que a "pré-qualificação" e a homologação de uma vacina exigem um procedimento "rigoroso".

O presidente Putin afirmou que uma de suas filhas foi vacinada com a denominada Sputnik V, em referência ao primeiro satélite que a União Soviética colocou em órbita em plena Guerra Fria.

Filipinas, com 107 milhões de habitantes, é o segundo país mais afetado do Sudeste Asiático, depois da Indonésia.

A epidemia deixou 143.000 infectados e mais de 2.400 mortos no país.

Na semana passada, mais de 27 milhões de pessoas retornaram ao confinamento, especialmente em Manila e nas regiões próximas à capital.

Em cinco dias, a plataforma de triagem para testes clínicos da vacina chinesa contra a Covid-19 registrou quase 1 milhão de candidatos no Brasil. A aplicação, que será conduzida pelo Instituto Butantan, começa na próxima segunda-feira (20). As inscrições de voluntários continuam. 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista à Revista Época, informou que espera concluir a aplicação até setembro. Até a data, espera-se vacinar 9 mil pessoas. 

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Após essa etapa, haverá o acompanhamento dos voluntários, avaliando periodicamente o resultado da imunização. "E, no início do próximo ano, a vacina começaria a ser distribuída", avaliou Covas na entrevista.

Para o diretor do Butantan, o número elevado de candidatos indica que a Covid-19 é percebida como grave pela população e que a solução é a vacina. "Enquanto não houver vacina, ainda vamos conviver com essa pandemia", disse.

A expectativa é que, caso a eficácia da vacina seja comprovada, o Brasil produza até 100 milhões de doses. Enquanto não houver produção local, o Butantan vai receber a vacina a granel da empresa chinesa Sinovac para ser formulada e envasada no país.

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O cenário imposto pela crise da pandemia acentuou a carência das camadas sociais mais vulneráveis da Região Metropolitana do Recife (RMR). Diante das recomendações sanitárias para ficar em casa e reforçar a higiene, a população em situação de rua busca alternativas para permanecer de pé e evitar ser infectada pelo novo coronavírus. O LeiaJá colheu relatos de quem tem como única opção apoiar-se no assistencialismo para superar o vírus e o preconceito.

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A suspensão do comércio não essencial e a restrição da movimentação de pessoas limitou ainda mais as possibilidades de coexistir na agitação de Recife e Olinda. Sem muita informação sobre o novo coronavírus, desabrigados olham para uma multidão mascarada, em posse de tubos de álcool gel, e tentam entender a gravidade da doença que já matou mais de 1.300 pessoas em Pernambuco.

Para uma vida em bancos de praça e sob marquises, banho e alimentação digna são luxos. Porém, o burburinho sobre as mortes decorrentes da pandemia avança e o medo fez com que buscassem ajuda da gestão pública. Em Olinda, a Casa Três Marias, no Carmo, foi disponibilizada para oferecer higienização, instrução e um lanche aos desabrigados. O município já registrou 1.330 casos confirmados e 97 óbitos, aponta a prefeitura.

No ponto de apoio, cerca de 80 atendimentos são realizados diariamente, no entanto, cerca de 25 desses optam pelo banho, revela a educadora sanitária Laís Spínola. A proposta é evitar a contaminação, ainda que seja difícil permanecer livre em um ambiente tão frágil que é a rua.  

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Quem tem fome, tem pressa

Já no Recife – município com cerca de 507 óbitos -, o Restaurante Popular Josué de Castro, no bairro de São José, permite que a fome seja combatida com a entrega mais de mil quentinhas, das 11h às 14h. O almoço geralmente é uma das refeições adquiridas em uma peregrinação diária, que os necessitados fazem em busca de alimento. 

O ex-pedreiro Danúbio Alves, de 63 anos, relata que sai da comunidade do Bode, um trajeto da Zona Sul ao Centro, para quebrar jejum. O café da manhã é servido no Armazém do Campo, com ingredientes doados por agricultores de assentamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após almoçar no restaurante popular, ele segue para a Praça do Diário, onde conta com a empatia de grupos voluntários para voltar ao barraco de barriga cheia.

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Além do poder público

Para quem não passa por essa necessidade e se comove com a condição, “a satisfação de doar, de tirar a fome de uma pessoa naquele dia, ver os olhos das pessoas quando a gente chega e ouvir: ‘meu Deus, hoje eu não sabia o que ia comer’, e de repente chega uma marmita [...] não tem nada no mundo que pague”, garante a instrumentadora cirúrgica, Ana Vieira.

Junto a oito familiares, ela encabeça o projeto Almoço Solidário, que distribui a cada quinze dias 200 refeições para quatro comunidades do Janga, em Olinda. Ela se apoia na contribuição de amigos para tocar o projeto.

Enquanto as mulheres ficam responsáveis pelo preparo, os homens dividem-se em dois carros e saem pelas ruas das comunidades fazendo a boa ação. ”A comida que faço na minha casa é a mesma que vai para a doação. É simples, mas é uma comida feita com muito amor e carinho”, assegura Ana. Para ajudar o grupo a manter o trabalho, basta entrar em contato com Freire através do contato 98324.2415.

No ano de 2016, a Ordem dos Advogados do Brasil contabilizou pela primeira vez a marca de 1 milhão de advogados no Brasil. A expectativa de trabalhar como servidor público, ter estabilidade e assumir grandes causas ajudam a explicar esse número, mas nem só de honorários e concursos se faz a advocacia. 

Em um país como o Brasil, que tem altos índices de desigualdade social, uma minoria da população tem condições financeiras de pagar por serviços jurídicos, sobrecarregando as defensorias públicas. Diante desse cenário, a atuação voluntária de advogados populares que prestam assessoria jurídica, e daqueles que assumem causas sem cobrar honorários, a chamada advocacia pro bono (do Latim “para o bem”), pode ajudar muitas pessoas a ter acesso à Justiça. 

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Neste 8 de dezembro, Dia da Justiça, o LeiaJá ouviu advogados que trabalham gratuitamente para ajudar pessoas e grupos que precisam de apoio jurídico para conhecer o que move essas pessoas a dispor de seu tempo e força de trabalho sem retorno (financeiro) nenhum em troca. Confira: 

“Eu não acredito em um modelo de justiça segregador”

Danielle Gondim Portela tem 44 anos e além de advogada é historiadora e foi candidata a governadora de Pernambuco. Ela decidiu estudar Direito por um desejo de começar a trabalhar mais de perto com pessoas e por ter um senso de justiça aguçado. “Com 15 anos me tornei alfabetizadora de adultos para transformar a vida de outras pessoas pelo método [de ensino] Paulo Freire, e aí resolvi ser professora, pois o saber só tem sentido se promover transformação social. Isso me levou ao Direito e nele podemos ir para mil áreas”, explicou ela. 

No Direito, Danielle seguiu a advocacia popular, voltada a causas de cunho social e desejada por poucos profissionais pois, segundo ela, é pouco lucrativa. Militante feminista há vários anos, Danielle advoga gratuitamente em defesa de mulheres vítimas de violência e também em ações por moradia popular. Na visão da advogada e historiadora, a advocacia pro bono, ou seja, sem cobrança, não é uma forma de caridade exercida pelos advogados, mas um meio de garantir a justiça para todos e a manutenção de premissas básicas da democracia. 

“Eu não acredito em um modelo de justiça segregador e inacessível a uma boa parte da população. A advocacia pro bono vem no sentido de diminuir essas desigualdades, o advogado é um dos principais pilares para garantia do estado democrático, intervindo diretamente na ampla defesa. A partir dessa perspectiva eu não entendo pro bono nem popular como caridade. A minha pauta de advocacia pro bono é social, política e identitária. Por grupos historicamente invisibilizados, em uma advocacia que muita gente não quer, um instrumento de luta social para grupos vulneráveis”, disse Danielle.

“O Direito é um instrumento de luta política”  

Pedro Josephi tem 29 anos e há seis é advogado. Ele conta que decidiu se tornar advogado por acreditar que o exercício da profissão pode ajudar, ainda que parcialmente, a reparar injustiças sociais. 

“No exercício da minha profissão eu posso sanar injustiças, promover justiças e formular teses que possam beneficiar a população que mais precisa de justiça social, de acesso ao judiciário e de mecanismos de transformação social. O Direito é um instrumento de luta política e a escolha por ser advogado é porque a advocacia é a propulsora das modificações dentro do direito, ela constrói teses para que o judiciário possa se debruçar”, afirmou ele.

Os motivos de trabalhar gratuitamente para quem precisa, segundo ele, é a percepção de que o Brasil é um país muito desigual e que a Defensoria Pública (órgão que oferece advogados gratuitamente) não tem pessoas e recursos o suficiente para atender à demanda. “No nosso país há um déficit muito grande na defensoria pública e na assistência judiciária para os mais pobres. Em razão disso eu atuo de forma pro bono (do Latim “para o bem”, causas sem cobrança de honorários) para ajudar àqueles que mais precisam. Acredito que é importante que nós que nos formamos e nos tornamos advogados demos uma contribuição, temos que dar uma contribuição à sociedade. A forma de dar essa contribuição é por meio da advocacia pro bono”, disse o advogado. 

Além de assumir gratuitamente as causas de algumas pessoas que não podem pagar pelos honorários, Pedro também é advogado popular, centrando sua atuação profissional em ações de comunidades, movimentos sociais, associações e coletivos de pessoas que precisam de auxílio e consultoria jurídica. O motivo, segundo ele, é o desejo de ajudar a gerar justiça social reparando desigualdades históricas. 

“O que me faz ter essa vontade é a consciência política de que nós vivemos em um país extremamente desigual, vivemos numa sociedade de consumo com muitas violações de direitos, sobretudo da parcela mais pobre da sociedade. A justiça social pode ser minimamente alcançada com essas ações que nós entramos, visando minimamente reparar os danos que essas pessoas pobres sofrem, e garantir alguns direitos, como educação, saúde”, afirmou Pedro. 

Uma retribuição à sociedade

Tiago Pereira tem 34 anos, é advogado desde 2016 e ainda durante o período em que estudou na Faculdade de Direito do Recife (FDR) criou o projeto de extensão Além das Grades, que presta assistência jurídica gratuita com foco em unidades prisionais femininas de Pernambuco. O projeto dá atenção especial a detentas que estão em prisão provisória, mas também auxilia aquelas que já foram julgadas. 

O advogado explica que decidiu estudar Direito por sempre ter tido um senso de justiça forte e conta que se sentiu ainda mais interessado pelo curso depois de encontrar e ler um exemplar da Constituição Federal de 1988 que seria jogado no lixo. A falta de recursos financeiros foi um fator de dificuldade que ele superou estudando em um cursinho mantido por estudantes de medicina da UFPE, chamado Portal. 

“Ainda nos primeiros dias de aula, eu consegui um estágio voluntário na Defensoria Pública do Estado. Com um mês de aula impetrei o primeiro Habeas Corpus em favor de um vizinho que estava preso provisoriamente há mais de um ano pelo crime de tráfico de drogas. Não consegui a liberdade dele, mas o juiz marcou a audiência e o sentenciou com certa rapidez. Depois, uma colega pediu para defender um primo dela que também estava preso provisoriamente. No final do primeiro período eu já tinha um projeto para atuar voluntariamente prestando assessoria jurídica nas unidades prisionais do estado”, contou ele. 

Entre as motivações de Tiago, está o fato de ter estudado em escolas e também em uma universidade pública, fato que lhe faz querer dar um retorno à sociedade pelo dinheiro público investido em sua formação profissional. Questionado sobre as razões de focar a atuação em penitenciárias femininas, Tiago explica que há uma situação ainda mais grave de abandono no sistema penitenciário feminino. De acordo com ele, enquanto nos presídios masculinos as famílias e esposas visitam mais os presos, é muito comum que as detentas sejam abandonadas pelos maridos e familiares, muitas vezes restando apenas as suas mães. 

O objetivo do projeto, ao auxiliar essas mulheres, vai além de resolver questões jurídicas, mas também visa entender a história das detentas, de suas famílias e ajudar essas pessoas de forma integral. “O que me moveu foi essa questão de injustiça. O "Além das Grades" tem uma visão humanitária, de tentar compreender as circunstâncias de prisão das pessoas, da família”, afirmou.

No que diz respeito à importância da advocacia gratuita em favor de pessoas presas e muitas vezes nem mesmo julgadas, Tiago explica que as desigualdades sociais do Brasil e a falta de condições financeiras dos mais pobres para pagar um advogado tornam essa atividade um meio essencial para que a Justiça seja feita. “Na realidade do nosso país, advogado é muito caro, os preços da tabela da OAB são muito elevados e muita gente deixa de correr atrás de seus direitos por isso. Esse trabalho voluntário faz as pessoas poderem buscar seus direitos. A gente pode trazer um pouco de dignidade às pessoas para os direitos delas serem efetivados de fato, é muito gratificante”, disse ele. 

Paulista é o primeiro município do Litoral Norte de Pernambuco a registrar manchas de óleo desde a quinta-feira (17). Por volta das 11h desta quarta-feira (23), a substância atingiu a Praia do Janga, no município.

Segundo a Prefeitura de Paulista, o resíduo estava sendo monitorado desde a última semana. Nesta manhã, foram realizados dois sobrevoos de drones, mas a mancha não havia sido detectada.

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Além dos voluntários, trabalham na coleta de óleo Ongs da orla de Paulista, Defesa Civil e servidores da Secretaria de Meio Ambiente.

A prefeitura destacou que o resíduo não é extenso e está concentrado em uma área de pedras da praia.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, determinou que uma equipe de detentos do regime semiaberto ajude na limpeza da Praia do Janga na quinta-feira (24). "Lá tem uma situação especial que nos preocupa. É o problema da bancada de corais, que tem lá. Nós temos uma extensão grande de corais e temos um manguezal por trás da Coroa do Avião, no canal de Santa Cruz. Nós queremos nos antecipar, vamos chegar lá", disse Eurico. Os presos atuaram nesta manhã na praia de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

Paulista é o nono município atingido pelo vazamento desde a quinta-feira. Além de Paulista, houve registro de óleo em Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Rio Formoso, Sirinháem, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho.

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A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau instalou três pontos de coleta de doação de materiais destinados à limpeza do óleo que atinge as praias dos Estados do Nordeste do Brasil e, recentemente, voltou a aparecer no litoral pernambucano. Quem quiser ajudar pode doar luvas, pás, peneiras grandes, ciscadores, galochas, sacos de lixo 100L, carrinhos de mão e óleo de cozinha. 

O material está sendo recolhido em três locais espalhados pelo Recife, nos bairros de Boa Viagem (Igreja Mosaico - Rua José Moreira Leal, n° 214), Santana (Colégio Cognitivo - Rua Santana, n° 213) e no Recife Antigo (Igreja A Ponte - Rua Cais do Apolo, n° 594). 

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Everton, de 13 anos, e Caio, 11, não se conheciam até a manhã desta segunda-feira (21). Hoje, eles se ajudam mesmo sem saber o nome um do outro. Com os braços finos mas ligeiros, carregam sacos e mais sacos do óleo que atingiu a praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul de Pernambuco. 

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As mães dos garotos trabalham em bares próximos da praia. Comumente, os meninos acompanham elas até a hora da escola. 

Desde a noite do domingo (20), Everton está coletando o óleo.  Ontem ele iniciou os trabalhos na praia de Pedra do Xaréu, ao lado de Itapuama. 

O garoto conta que a mãe pediu para ele não ir. "Eu que escolhi. Minha mãe não queria para eu não sujar a roupa", diz Everton enquanto exibe as roupas sujas. Ele pretende ficar na praia até à noite.

Caio se dizia preocupado com a situação que via. "O óleo está poluindo o mar, mas pelo menos está todo mundo aqui ajudando a despoluir."

Everton e Caio não eram as únicas crianças voluntárias em Itapuama, uma das praias mais atingidas nesta segunda-feira. No ponto de apoio montado na orla, outras tantas crianças sujas de óleo pediam mais máscaras e luvas para poder voltar à areia.

Jedinei Emiliano, de 11 anos, diz que vai faltar a escola para continuar a limpeza. "Eu quero ajudar a manter a praia limpa", conta Jedinei. Ele mora perto do local e costuma surfar. Sara Vitória, de oito anos, também estava com as luvas sujas da coleta. "O povo que fez foi mal.  O mar está sofrendo e os peixes estão morrendo", lamenta.

Além da Praia de Itapuama, foram atingidas por óleo nesta segunda a Praia de Pedra do Xaréu, do Paiva e Enseada dos Corais. Servidores da prefeitura, da Reserva do Paiva, integrantes da Marinha, grupo de voluntários e moradores locais fazem a retirada da substância. 

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O programa "Escreve Cartas" do Poupatempo de Santo Amaro, na zona Sul de São Paulo, está com inscrições abertas para seleção de 21 voluntários que auxiliarão pessoas que têm dificuldades para ler e escrever e que precisam redigir cartas. As inscrições são feitas no local até 30 de agosto.

Para participar, os voluntários precisam dedicar duas horas por semana para atender aos cidadãos que procuram o serviço para redigir cartas, preencher formulários ou até elaborar currículos.

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Para participar do programa é necessário ter boa escrita, dedicação e respeito ao próximo, disposição, paciência e discrição sobre os assuntos redigidos.

Em 2019, o "Escreve Cartas" completa 18 anos. Os 168 voluntários do programa já realizaram mais de 300 mil atendimentos nas unidades do Poupatempo de Santo Amaro, Itaquera e São Bernardo do Campo.

 

Serviço

"Escreve Cartas"

Onde: Poupatempo Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 229, 2º andar G, Santo Amaro - SP

Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h

Informações: (11) 2859-3124

 Neste domingo (5), às 14h, será realizado um evento gratuito em prol do Edifício Holiday, localizado na Zona Sul do Recife. Promovido por ex-moradores do prédio, a ação reivindica o direito à moradia digna. Entre as apresentações está o cantor Conde Só Brega.

A programação, que acontece em frente ao imóvel, ainda conta com sarau e venda de camisas do movimento ‘Salve o Edifício Holiday’, a fim de arrecadar verba para que o prédio volte a ser considerado seguro para moradia. Mais informações podem ser adquiridas na página do evento no Facebook.

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O Edifício Holiday foi totalmente desocupado no dia 23 de março, por apresentar condições inadequadas para moradia. O prédio histórico, que fica numa área nobre da cidade, era lar de famílias de baixa renda. Ele foi construído em 1956 e tem 476 apartamentos distribuídos em 17 andares.

Serviço

Show em Pró do Holiday

Domingo (5) | 14h

R. Salgueiro, 73 - Boa Viagem, Recife

Gratuito

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Um motoboy usou uma motoaquática, também chamada de jet ski, e, de forma voluntária, ajudou a resgatar moradores ilhados na região do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, na noite do domingo (10). Fortes chuvas atingiram a capital paulista e a região metropolitana, deixando mortos e desaparecidos. As informações são do G1.

O voluntário foi identificado como Rafael de Almeida. Ele contou ter decidido ajudar após receber um telefonema de um amigo narrando a crítica situação no local. "Comecei a salvar uma pessoa, duas, quando vi já tinha socorrido umas 20 pessoas”, disse para a reportagem.

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O motoboy encontrou pessoas trancadas dentro de casa, em cima de muros e carros e com medo de sair do local por não saber nadar. Almeida só parou após não ter mais ninguém no local para ser retirado.

Até o momento, foram confirmadas as mortes de sete pessoas em decorrência do temporal. Os bombeiros contabilizaram 601 ocorrências de enchentes, 34 quedas de árvores e 54 ocorrências de desabamento só na madrugada desta segunda-feira (11).

A tragédia causada pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a 57 quilômetros de Belo Horizonte, completa nesta segunda-feira (4) 11 dias de buscas. Lentamente, as pessoas tentam retomar o cotidiano. Voluntários buscam ajudar nessa tarefa, como um grupo de cabeleireiras e manicures, que abriram mão do lucro, para dar conforto a quem perdeu um parente ou busca notícias de um familiar desaparecido.

Com o semblante entristecido, a auxiliar de cozinha Leidiane Paula Araújo, de 24 anos, disse que estava ali para tentar melhorar a angústia de ter enterrado a mãe. Camareira de uma pousada, a mãe de Leidiane é um dos 121 mortos do desastre do último dia 25.

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“A gente tentando ficar feliz e fazendo a vida caminhar”, afirmou a auxiliar de cozinha, que fez o cabelo e as unhas. Ela levou a avó, que sofre com a perda da filha.

Ajuda

A manicure Rosemary Santos trabalha em um salão no centro de Brumadinho. Segundo ela, desde a tragédia só tem um pensamento: “tenho de ajudar”. A manicure contou que, apesar de não ter perdido parentes na tragédia, sente-se responsável por ajudar as famílias.

“Não tenho familiares, mas tenho conhecidos em Brumadinho”, disse a manicure. “É muito bom [estar aqui], acho que a gente ganha mais energia.”

A ideia de levar cabeleireiras e manicures como voluntárias foi do empresário Gabriel Augusto de Barreiras, de 26 anos. Segundo ele, cerca de 150 pessoas estão envolvidas na ação, além de outras iniciativas, como distribuição de água e alimentos.

“A gente vai diagnosticando as demandas”, afirmou o empresário. “A gente vai percebendo outras demandas, pensando em cuidar da saúde mental dessa galera”, acrescentou. “Nada vai pagar as vidas que se foram, a dor é imensurável.”

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