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A produção brasileira de aço bruto atingiu em fevereiro um volume de 2,609 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (20), pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Em relação a janeiro houve uma queda de 4,7%. Cabe lembrar que em 2013 o Carnaval caiu em fevereiro e neste ano, no início de março.

Já a produção de laminados somou ainda no mês passado 1,985 milhão de toneladas, aumento de 2% em relação ao visto em fevereiro de 2013. Em relação a janeiro, o volume caiu 3,4%. Em relação ao aço plano, a produção mês passado atingiu 1,085 milhão de toneladas, queda de 5,5% em relação a fevereiro de 2013. Ante janeiro o recuo foi de 7,3%. Considerando o aço longo, o volume produzido em fevereiro subiu 12,7% para 900,5 mil toneladas, aumento de 1,8% ante janeiro. A importação de aço em fevereiro, ainda de acordo com dados do IABr, atingiu 250 mil toneladas, queda de 19,6% na comparação com janeiro e recuo de 14,9% ante fevereiro de 2013.

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A expansão do emprego em fevereiro - com 260.283 novas vagas formais - representa uma reação no setor, destaca o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde desta segunda-feira (17), pelo ministério. No acumulado de janeiro e fevereiro, o Brasil gerou 302.190 novos postos de trabalho. Em fevereiro do ano passado, o País gerou 168.848 novos postos de trabalho, considerando dados ajustados.

"Tal comportamento mostra uma reação do mercado de trabalho, considerando que esta criação expressiva de empregos só foi observada pela última vez em abril de 2011", cita material do MTE sobre a expansão do emprego no mês passado. Em abril de 2011 foram criadas 272.225 vagas. Com a expansão anunciada nesta segunda, fevereiro é o sétimo mês consecutivo de desempenho superior, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, destaca o ministério.

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O MTE ressalta também que houve aumento em todos os setores. Em números absolutos, os destaques foram "serviços", com geração de 143.345 postos, saldo recorde para o período; "indústria de transformação", com saldo positivo de 51.951 postos em fevereiro, o terceiro maior resultado para o mês; e "construção civil", com saldo positivo de 25.055 vagas.

Dentro do setor de serviços, os destaques foram ensino, com novos 48.813 postos; serviços de alojamento e alimentação, com geração de 36.337 vagas; e serviços de transportes e comunicações, com 13.333 empregos novos. As instituições financeiras apresentaram relativa estabilidade, com 113 postos de trabalho novos no mês passado, o que não chega a ser uma má notícia, considerando que em janeiro o segmento fechou 567 vagas.

Na indústria de transformação, houve expansão em onze dos doze segmentos analisados. Os destaques foram a indústria de produtos alimentícios gerou 12.587 postos, o terceiro maior saldo para o mês; a indústria de calçados apresentou saldo positivo de 7.271 vagas e a indústria química gerou 7.172 empregos formais. A indústria de material de transporte foi o único ramo industrial que não elevou o nível de emprego, ao apontar uma redução de 44 postos de trabalho, frente retração de 1.092 postos em janeiro.

Na agricultura, que gerou 6.098 postos de trabalho no mês passado, os desempenhos positivos em destaque foram o cultivo de frutos de lavoura permanente, exceto laranja e uva, com 3.857 vagas. O cultivo de cana-de-açúcar, com 3.745 vagas e o cultivo de soja, com 2.857 vagas. O cultivo de laranja, entretanto, eliminou 4.797 postos de trabalho e as atividades de apoio à agricultura enxugaram 2.251 vagas.

Regiões - O MTE destaca que houve expansão do nível de emprego nas cinco regiões brasileiras. No Sul foram gerados 79.990 postos de trabalho no mês passado. No Nordeste, houve geração de 17.565 postos. No Sudeste foram 130.628 novos empregos no mês passado. O Centro-Oeste apresentou 29.515 novas vagas e o Norte gerou 3.125 postos em fevereiro.

Por Unidades da Federação, o Estado de São Paulo liderou a geração de emprego no País em fevereiro, com 77.928 novas vagas. Segundo os dados do Caged, esse foi o melhor resultado para o mês nos últimos três anos, o que representou expansão de 0,61% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal resultado foi oriundo principalmente da geração de empregos nos setores de serviços (+50.756 postos), da indústria de transformação (+12.563 postos), da administração pública (+6.545 postos) e do comércio (+6.160 postos). Santa Catarina também foi destaque no mês passado, com novos 27.891 empregos; assim como o Rio Grande do Sul, com 26.487 novas vagas. Em contrapartida, Pernambuco perdeu 883 empregos no mês passado e o Maranhão eliminou 866 vagas.

Nas nove áreas metropolitanas pesquisadas, houve geração de 94.524 postos de trabalho em fevereiro. Com expansão em todas as cidades. Os maiores aumentos foram registrados em São Paulo (+ 34.914 postos), Rio de Janeiro (+ 21.331), Curitiba (+ 9.507), Belo Horizonte (+ 8.159 postos) e Porto Alegre (+ 8.020).

O Brasil gerou 260.823 empregos formais em fevereiro, saldo de 1.989.181 admissões e 1.728.358 desligamentos. O saldo do mês passado só foi inferior ao registrado em fevereiro de 2011, quando foram geradas 280.799 vagas. O dado é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado há pouco pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O resultado ficou acima do número obtido por pesquisa do AE Projeções. As estimativas de 13 instituições para o saldo líquido do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do segundo mês do ano iam de 86 mil a 158 mil vagas, sem levar em conta ajustes sazonais. A partir deste intervalo de previsões, a mediana atingiu 116 mil postos.

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O emprego formal celetista cresceu 0,64%,em relação ao estoque do mês anterior, indica o MTE. Nos últimos 12 meses, verificou-se a criação de 1.157.709 postos de trabalho, equivalentes à expansão de 2,91% no contingente de empregados formais.

O setor de serviços gerou 143.345 vagas em fevereiro. A indústria da transformação gerou 51.951 vagas no mês passado. A agricultura apresentou saldo positivo de 6.098 vagas em fevereiro. O comércio abriu 19.330 vagas em fevereiro. A construção civil gerou 25.055 vagas no mês passado.

No período de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, foram gerados 4.792.529 postos de trabalho, representando um crescimento de 10,88% sobre o estoque de dezembro de 2010, ressalta o MTE.

No mês de fevereiro foram comercializados por meio de financiamento 505 mil veículos, de acordo com dados da Cetip, companhia que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG). Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve aumento de 10%. Em relação a janeiro houve queda de 9%. De acordo com dados da Cetip, 77% dos veículos financiados no período em análise foram veículos leves e 17,8% motocicletas. Os veículos pesados corresponderam a 4,8% do total.

Entre as modalidades de financiamento utilizadas no mês passado, 417 mil das 505 mil unidades comercializadas ocorreu por meio do crédito direto ao consumidor (CDC), 71 mil via consórcio e 8 mil via leasing. Ainda em fevereiro, as concessões de crédito alcançaram R$ 12,7 bilhões, aumento de 7% ante fevereiro de 2013. O tíquete médio de financiamento em fevereiro foi de R$ 24,5 mil, de acordo com dados da Cetip.

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Segundo a companhia são consideradas no levantamento apenas inclusões de gravames de automóveis leves com financiamento de até R$ 200 mil e cujos prazos não sejam superiores a 120 meses; para motocicletas, o montante limite é de R$ 50 mil, com prazo de 90 meses. A metodologia também limita em R$ 500 mil e prazo de até 150 meses as inclusões de gravames de pesados.

Os Indicadores de Ciclo da Economia Brasileira, divulgados na manhã desta segunda-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e pelo Conference Board, confirmam que o nível de crescimento do Brasil continua baixo. "Não é um cenário confortável do ponto de vista da atividade", avaliou o economista Paulo Picchetti, do Ibre/FGV.

Segundo ele, o fato de o Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) - que pretende antecipar o cenário no curto prazo - ter caído pelo segundo mês seguido faz acender um "sinal amarelo". Para o economista, houve uma piora em relação às expectativas por conta de fatores como a questão climática, e o risco de um racionamento de energia no País, além do impacto do preço dos alimentos.

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Outros motivos que refletem a deterioração das expectativas, para Picchetti, é a mudança do padrão de crescimento da China, no campo externo, e a perspectiva de futuras altas de juros, no âmbito interno. "Além disso, há a preocupação em relação à meta fiscal, o que pode fazer com que a política deixe de ser expansionista", acrescentou.

Em comunicado à imprensa, Jing Sima, economista do Conference Board, ressaltou que a queda do Iace em fevereiro fez a média móvel semestral do indicador retornar ao terreno negativo. "Apesar da melhora acentuada do PIB do Brasil no quarto trimestre, a fraqueza persistente nos resultados do Iace sugere uma improvável manutenção daquele ritmo de crescimento (do PIB) durante o primeiro semestre deste ano", disse.

De acordo com Picchetti, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições atuais e subiu 0,1% em fevereiro, corrobora a avaliação de que, embora não haja risco iminente de recessão, a atividade continua avançando em ritmo moderado.

Componentes

Picchetti comentou o comportamento dos itens que compõem o Indicador Antecedente Composto da Economia. Em fevereiro, sete dos oito componentes contribuíram negativamente para o comportamento do índice: desempenho da Bovespa, Sondagem da Indústria, Sondagem de Serviços, Sondagem do Consumidor, taxa de juros, variação de termos de troca e a produção bens de consumo duráveis.

Apenas o item volume de exportações contribuiu positivamente. Neste acaso, ainda segundo Picchetti, a alta se deve a uma base de comparação fraca em relação a janeiro.

A inflação percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, de 0,45% em fevereiro, ficou abaixo da elevação média de preços (0,66%) em função dos alimentos, que têm um peso maior no orçamento e estão em desaceleração. Mas isso deve mudar já no mês de março, afirmou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz. Segundo ele, as famílias de baixa renda, mais sensíveis a variações de preços na alimentação, sentirão no bolso os efeitos da seca.

"Quando os alimentos começarem a refletir a seca, a inflação vai acelerar", disse Braz, citando que os alimentos in natura devem ser os primeiros a mostrar esse impacto, entre eles o tomate, que voltará a ser vilão. "Mas, se for esse o caso, os in natura costumam devolver a alta nos meses posteriores. Esse efeito é mais grave quando os preços têm persistência maior, como é o caso de laticínios e carne", explicou o economista, sem descartar que a estiagem possa provocar uma alta em todos esses itens.

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No mês de fevereiro, no entanto, os alimentos desaceleraram de 0,80% para 0,47%. Como responde por cerca de um terço do orçamento das famílias de baixa renda, o grupo determinou a desaceleração da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) vinha de alta de 0,71% em janeiro.

Outro fator que contribui para que a inflação da baixa renda se posicione abaixo da inflação geral é o peso dos serviços dentro do índice, muito menor do que na média das famílias. "A renda das famílias mais humildes fica concentrada em despesas imediatas. Então, não é que elas não experimentem um nível elevado de inflação, mas eles não têm tanta renda disponível, e isso (serviços) acaba tendo um peso menor", justificou Braz, ressaltando que os serviços sustentam uma alta superior a 8% em 12 meses.

Os transportes, que respondem por 12% do orçamento das famílias de baixa renda, tiveram leve aceleração, de 0,30% para 0,39%, mas sem uma contribuição mais pesada do reajuste de ônibus no Rio de Janeiro. "A tarifa de ônibus subiu 6,82% no IPC-C1 do Rio. No entanto, a tarifa em Salvador fica 50% mais barata todo domingo, o que provocou um recuo médio de -0,74% na tarifa de lá. Além disso, Salvador pesa 16% no índice, e o Rio, 10%", detalhou o economista. Com essa combinação de resultados, a tarifa de ônibus urbano na média do País desacelerou de 0,42% para 0,31%.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,45% em fevereiro, ante alta de 0,71% em janeiro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (13).

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula altas de 1,17% no ano e de 5,00% em 12 meses.

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Enquanto nove capitais apresentaram elevação nos preços da cesta básica em fevereiro em relação a janeiro, outras nove registraram queda, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta terça-feira (11), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Aracaju e Florianópolis foram as capitais que registraram as maiores altas no preço do conjunto de itens básicos, com elevação de 5,31% e 2,49%, respectivamente. Além disso, tiveram alta em fevereiro a cidade do Rio de Janeiro (1,35%), Campo Grande (1,22%), Belém (0,83%), São Paulo (0,58%), Goiânia (0,54%), Vitória (0,40%) e Natal (0,04%).

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Já as quedas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (-3,47%), Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%). Também apresentaram queda no segundo mês do ano Fortaleza (-1,74%), Belo Horizonte (-1,49%), Porto Alegre (-1,40%), Salvador (-1,16%), Recife (-0,75%) e Curitiba (-0,19%).

Em fevereiro, o maior custo da cesta foi registrado em Florianópolis (R$ 330,75), seguido de Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35). Já os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255,00) e Salvador (R$ 262,78).

No acumulado nos últimos 12 meses - entre março de 2013 e o mês passado -, 5 capitais registraram alta no conjunto de itens básicos: Florianópolis (5,18%), Vitória (4,80%), Belém (4,24%), Rio de Janeiro(2,57%) e Curitiba (0,08%). Nas demais localidades, os recuos oscilaram entre -5,58% (João Pessoa) e -0,10% (Recife).

As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado atingiram 5.615 unidades em fevereiro, alta de 48,9% na comparação com janeiro e recuo de 9,6% ante fevereiro de 2013, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As vendas acumulam queda de 19,1% de janeiro a fevereiro deste ano sobre igual período de 2013, para 9.387 unidades.

Já a produção de máquinas agrícolas chegou a 7.854 unidades em fevereiro, alta de 51,2% na comparação com janeiro e avanço de 1,4% ante fevereiro de 2013. A produção de máquinas agrícolas acumula queda de 6% de janeiro a fevereiro deste ano sobre igual período de 2013, para 13.049 unidades.

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Exportações

As exportações de máquinas agrícolas em valores totalizaram US$ 260,165 milhões em fevereiro, alta de 22% na comparação com janeiro e queda de 4,4% ante fevereiro de 2013. Em valores, as exportações de máquinas agrícolas subiram 0,2% no acumulado de janeiro a fevereiro deste ano sobre igual período do ano passado, para US$ 473,353 milhões.

O total de máquinas agrícolas exportadas chegou a 1.040 unidades em fevereiro, alta de 86,7% na comparação com janeiro e avanço de 5,5% ante fevereiro de 2013. As exportações de máquinas agrícolas caíram 11,4% no acumulado de janeiro a fevereiro deste ano sobre igual período do ano passado, para 1.597 unidades.

A caderneta de poupança registrou em fevereiro captação líquida positiva pelo 24º mês consecutivo. Os depósitos feitos no mês passado superaram os saques em R$ 1,859 bilhão. Mesmo assim, o saldo de fevereiro deste ano é menor do que o verificado no segundo mês de 2013 (R$ 2,320 bilhões).

Os depósitos no mês passado somaram R$ 121,9 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 120,1 bilhões. Com o resultado do mês passado, que inclui ainda R$ 3,453 bilhões de rendimentos creditados, o saldo total da poupança chegou a R$ 608,108 bilhões, ante R$ 602,794 bilhões no fim de janeiro.

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Apesar da aceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em fevereiro, de 0,40% para 0,85%, os preços ao consumidor e na construção civil desaceleraram. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,66%, após subir 0,99% em janeiro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,33%, contra 0,88% no período.

Nos preços ao consumidor, o alívio veio de três das oito classes de despesa que compõem o índice. A maior contribuição no sentido da desaceleração veio do grupo Educação, Leitura e Recreação (4,47% para 0,28%), determinada pelo fim quase completo do impacto dos reajustes de mensalidades típicos de início de ano. O item cursos formais ficou com preços estáveis no mês passado, depois de subir 9,07% em janeiro.

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Também desaceleraram os grupos Despesas Diversas (2,94% para 1,07%) e Alimentação (0,93% para 0,82%). Na primeira classe de despesa, destaca-se o item cigarros (6,03% para 1,89%) e, na segunda, carnes bovinas (2,20% para 0,80%). Em contrapartida, aceleraram os grupos Transportes (0,62% para 0,76%), Vestuário (-0,30% para 0,17%), Habitação (0,71% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,47% para 0,50%) e Comunicação (0,14% para 0,28%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: tarifa de ônibus urbano (0,32% para 1,43%), calçados (-0,49% para 0,73%), empregados domésticos (1,68% para 2,05%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,16% para 0,59%) e tarifa de telefone móvel (0,08% para 0,41%), respectivamente.

Em fevereiro, o índice de difusão do IPC, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 63,91%, ante 73,67% no mês anterior. Na construção civil, o alívio nos preços veio do índice que representa o custo da mão de obra, que avançou apenas 0,06%, depois de alta de 1,19% em janeiro. No sentido contrário, o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,62%, de 0,54% no primeiro mês do ano.

Os preços no atacado ganharam força em fevereiro e impulsionaram a taxa do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou avanço de 0,85% no mês passado, contra 0,40% em janeiro. O resultado superou as expectativas do mercado.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o único subíndice que acelerou na passagem do mês, marcando uma alta de 1,00% em fevereiro, após uma sucessão de desacelerações que havia resultado em elevação de 0,12% em janeiro. Nos bens finais, o destaque ficou com o subgrupo alimentos in natura, que subiram 7,03%, revertendo totalmente a queda de 2,99% de janeiro. Com isso, os bens finais subiram 1,11%, ante alta de 0,13% em janeiro.

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Os bens intermediários, que passaram a subir 1,17% em fevereiro, contra 0,78% no mês anterior, foram impulsionados pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura. A alta dessa classe ficou em 1,17%, contra elevação de 0,39% no primeiro mês do ano. As matérias-primas brutas também foram fonte de pressão, com alta de 0,68%, depois da queda de 0,68% em janeiro.

Os destaques ficaram com soja em grão (-8,41% para -1,84%), leite in natura (-6,58% para -0,57%), bovinos (1,32% para 2,28%), milho em grão (2,33% para 4,47%), laranja (7,08% para 10,05%) e café em grão (7,45% para 19,46%). Vale mencionar as desacelerações de minério de ferro (2,07% para -0,56%), mandioca (8,76% para -2,50%) e suínos (1,99% para -5,27%).

O gasto médio com a cesta básica no Recife no mês de fevereiro foi 5,58% inferior ao mês de janeiro. Segundo o levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), a família recifense gastou R$274,88 no segundo mês de 2014.

A pesquisa revelou que para obter o menor preço nos 20 produtos da cesta seria preciso visitar, pelo menos, 14  estabelecimentos em dez bairros diferentes. Comprando todos os produtos pelo menor preço encontrado, o valor gasto seria de R$ 195,99, uma economia de 28,70% em relação à média.

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O produto com a maior elevação de preço (15,25%) em fevereiro foi a banana. A fruta também apresentou a maior variação de preço entre os estabelecimentos (340%). Já o item com maior redução foi a batata, que teve uma queda de 47,67% em relação a janeiro.

No bairro de Boa Viagem verifica-se a maior concentração de preços mínimos (frango, macarrão, feijão, arroz, farinha, batata, cebola, café, óleo e fubá). Entretanto, Boa Viagem também é o local com as maior ocorrência de preços máximos  

Além da pesquisa com os produtos mais consumidos, também foram analisadas as cestas alimentares baseadas nos produtos das marcas mais baratas. Neste caso, o valor médio da cesta em fevereiro foi de R$ 263, 85. 

O Índice Geral de Serviços (IGS) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) diminuiu o ritmo de alta entre o fechamento de janeiro e o encerramento de fevereiro, de 1,06% para 0,72%, é o que mostra pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Apesar da desaceleração, o IGS foi pressionado principalmente pela elevação de 0,81% de energia elétrica, de 4,92% em passagem aérea e de 0,81% em contrato de assistência médica, disse o economista e coordenador do IGS e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima.

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Entre os grupos que compõem o IGS, Despesas Pessoais apresentou a maior variação em fevereiro (de 1,04% ante 1,24%). Na sequência aparecem Habitação, com elevação de 0,76%, após 0,49%, e Saúde (de 0,75% ante 0,35%). Depois, vem Alimentação (de 0,65% ante 0,06%), Transportes (de 0,56% ante 0,69%) e Educação (0,47% ante 7,48%).

Mais uma vez, a inflação do IGS (0,72%) ficou acima da alta de 0,52% registrada no IPC-Fipe, que mede os preços na cidade de São Paulo. Este ano, o IGS acumula alta de 1,79% e de 3,97% em 12 meses até fevereiro. Já o aumento do IPC em 2014 é de 1,46%. No acumulado em 12 meses até fevereiro, a elevação do IPC é de 3,97%.

A alta do preço do imóvel desacelerou em fevereiro. O levantamento realizado pela FipeZap apurou que o valor do metro quadrado anunciado na internet aumentou 0,57% em fevereiro nas 16 cidades pesquisadas, abaixo dos 0,77% de janeiro. Em 12 meses, a alta acumulada é de 13,1%.

Os números também mostram que em nove cidades houve uma variação de preço abaixo da inflação esperada para o fevereiro. De acordo como Boletim Focus, do Banco Central, as instituições financeiras preveem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha encerrado o mês passado com alta de 0,63%. Algumas cidades, como Brasília, Porto Alegre, e Curitiba, tiveram queda real no preço. A variação mais alta foi verificada no Rio de Janeiro, com alta de 1,08%.

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"Houve uma desaceleração. Os preços sobem, mas o imóvel está ficando mais barato em comparação a outros produtos do mercado", afirma Priscila Ribeiro, pesquisadora da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "Este ano começou com preços mais comportados."

Na avaliação da pesquisadora da Fipe, o aumento menor dos preços pode ser explicado por um desaquecimento da demanda e até pelo excesso de despesas do brasileiro no início de ano. "Em momento de inflação alta, as pessoas também acabam deslocando a demanda para outros produtos. O que pode estar acontecendo com o mercado imobiliário é que as pessoas podem ter percebido que essa dinâmica de preços acima da inflação pode ser uma coisa insustentável no médio e longo prazos", afirma Priscila.

Desde o fim de 2013, há uma desaceleração nos preços mensais dos imóveis anunciados pelo FipeZap. De acordo com Priscila, boa parte da elevação dos valores ocorreu por causa das obras de infraestrutura, fenômeno que está chegando ao fim. Ou seja, o benefício de uma nova estação do metrô pode ter sido embutido no preço dos imóveis.

"Essa melhoria é incorporada ao preço, mas não para sempre. Os investimentos já foram contabilizados nos preços e agora esse movimento vai se dissipando", explica a pesquisadora.

Ano

Apesar da desaceleração mensal em fevereiro, o avanço dos preços acumulado em 12 meses ainda é expressivo. Em Curitiba, a alta chega a 34,9%, seguida por Vitória (17,1%) e Florianópolis (16,7%). "À medida que as taxas mês a mês vão caindo, a variação em 12 meses também recua. A queda é um pouco mais lenta, porque ainda se tem uma memória de períodos anteriores", disse Priscila.

Na avaliação da pesquisadora, é difícil prever para onde vão os preços dos imóveis, apesar da desaceleração atual. O crédito está mais facilitado, mesmo com aumento da taxa de juros, existe expansão do prazo de pagamento, e o desemprego continua baixo - a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 4,8%, o menor nível da série histórica para o mês.

"A demanda pode ter se deslocado agora, mas não dá para saber se no futuro o orçamento familiar vai estar equilibrado, o que pode provocar um novo aumento da demanda por imóveis", diz Priscila. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As importações em fevereiro foram recordes para o mês ao totalizarem US$ 18,059 bilhões. A informação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As compras no exterior de combustíveis e lubrificantes aumentaram 7,9% em relação a fevereiro de 2013, mesmo com a base de comparação elevada.

Em fevereiro de 2013, as importações foram reforçadas em US$ 860 milhões pelo registro atrasado de operações realizadas pela Petrobras em 2012. As importações de bens de consumo subiram 2% enquanto que as compras de bens de capital caíram 13,1% e as de matérias-primas e intermediários tiveram retração de 5,1%.

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Exportações- Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (6), pelo MDIC, as exportações brasileiras registraram aumento de 2,5% no mês passado em relação a fevereiro de 2013, mas pela média diária teve queda de 7,8%. Isso porque fevereiro de 2014 teve 22 dias úteis, ante 18 dias em fevereiro de 2013. No acumulado do primeiro bimestre, as vendas externas acumulam alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mas pela média diária cai 3,4%.

Nas importações, o crescimento registrado no mês passado foi de 7,3% ante fevereiro de 2013, mas tiveram queda de 3,4% pela média diária. Nos dois primeiros meses desse ano, o Brasil aumentou suas compras no exterior em 3,6%, mas pela média diária há uma retração de 1,4%, segundo os dados.

O fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,856 bilhão no mês de fevereiro, informou o Banco Central, nesta quinta-feira, 6, resultado de saídas de US$ 2,129 bilhões do segmento comercial e entradas de US$ 272 milhões da área financeira. Dentro do segmento financeiro, foram registradas compras de US$ 34,165 bilhões e vendas de US$ 33,892 bilhões. Na área comercial, as importações somaram no mês US$ 17,794 bilhões e as exportações, US$ 15,665 bilhões.

Dentro das vendas externas estão US$ 3,417 bilhões de Adiantamento de Contrato de Crédito (ACC), US$ 4,604 bilhões de Pagamento Antecipado (PA) e US$ 7,645 bilhões de demais operações. No acumulado do ano até fevereiro o fluxo está negativo em US$ 246 milhões, sendo positivo em US$ 291 milhões no financeiro e negativo em US$ 537 milhões no comercial. No mesmo período de 2013, o fluxo total estava negativo em US$ 2,491 bilhões.

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Na semana de 24 a 28 de fevereiro o fluxo cambial registrou saldo negativo de US$ 1,950 bilhão, com resultado negativo de US$ 1,755 bilhão da área financeira e saldo negativo de US$ 195 milhões do segmento comercial. Na área financeira, as compras nessa semana somaram US$ 9,674 bilhões e as vendas, US$ 11,429 bilhões.

Já no segmento comercial, as importações somaram US$ 5,655 bilhões e as exportações, US$ 5,460 bilhões. Dentro das vendas externas estão US$ 1,165 bilhão de Adiantamento de Contrato de Crédito (ACC), US$ 2,231 bilhões de Pagamento Antecipado (PA) e US$ 2,063 bilhões de demais operações.

O BC informou que não houve saldo de operações com leilão de linha com recompra em fevereiro, já que não houve liquidações no mês. O único leilão de fevereiro ocorreu no dia 28, para rolagem, e não foi computado nos dados referentes ao mês passado.

Base monetária

A base monetária encerrou fevereiro com retração de 3,3% na comparação com janeiro, pelo conceito da média diária de dias úteis. A base alcançou R$ 227,827 bilhões na média diária no mês passado. A base monetária é a soma do total de papel moeda emitido com as reservas bancárias registradas pelas instituições financeiras. Pelo conceito de saldo no final do período, a base monetária teve expansão de 0,8% ante janeiro e alcançou R$ 224,671 bilhões no fim do mês passado.

Bancos

Os bancos fecharam o mês de fevereiro com posição vendida no mercado de câmbio no valor de US$ 18,597 bilhões, segundo o BC. Este é o sétimo mês consecutivo com posição vendida. Em janeiro, as instituições financeiras estavam vendidas em US$ 16,593 bilhões. No jargão do mercado financeiro, estar "comprado" significa aposta de que as cotações do dólar podem subir. Ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta das cotações. Estar "vendido" neste mercado, por outro lado, representa expectativa de queda do preço da moeda.

A perspectiva de abertura de novos postos de trabalho no comércio diminuiu na passagem de janeiro para fevereiro. A intenção de investimentos na contratação de funcionários caiu 5,0%, a maior queda entre os nove subitens que integram o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Icec recuou 2,8% em fevereiro ante janeiro.

O porcentual de empresários do comércio que declarou que iria contratar mais funcionários passou de uma fatia de 72,7% em janeiro para 67,4% em fevereiro, ressaltou Fabio Bentes, economista da CNC. "Dentre os que disseram que vão contratar, a grande maioria afirma que vai contratar apenas um pouco mais", notou Bentes.

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Na região Sudeste, a intenção de contratação de funcionários despencou 10,4% em fevereiro ante janeiro. Também houve recuo nas regiões Centro-Oeste (-4,8%) e Sul (-2,4%). No entanto, ainda houve aumento na intenção de abertura de vagas entre os empresários do Norte (0,9%) e Nordeste (0,1%).

Quanto às intenções de investimentos na própria empresa, a queda no total nacional foi de 0,9% em fevereiro em relação a janeiro. Já a intenção de investir em estoques recuou 1,4% no período.

"Os juros ficaram mais caros para o consumidor, mas também para pessoa jurídica. Os juros para pessoa jurídica estão no maior patamar desde março de 2012. Isso atrapalha investimento na empresa, na compra de máquinas e equipamentos, mas também na tomada de capital de giro, que é muito importante no comércio para a compra de estoque", explicou o economista da CNC.

O Indicador de Falências e Recuperações, divulgado nesta quinta-feira, 6, pela Serasa Experian, mostrou que em fevereiro de 2014 foram efetuados 151 pedidos de falência em todo País, contra 100 requerimentos no mesmo mês do ano passado, o que representa um aumento de 51%.

A alta é expressiva devido à base de comparação mais baixa. Desde 2005, quando entrou em vigor a nova Lei de Falências, o mês com o menor número de requerimentos foi fevereiro do ano passado.

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Dos 151 requerimentos de falência registrados em fevereiro, 77 foram feitos por micro e pequenas empresas, 31, por médias e 43, por grandes corporações. Em janeiro de 2014, o total foi de 124 pedidos. Nesta comparação, a alta registrada no mês passado foi de 21,8%.

Para os economistas da Serasa Experian, o aumento do custo financeiro para as empresas, tendo em vista as sucessivas elevações da taxa Selic, a alta do dólar e o baixo dinamismo da economia têm prejudicado a saúde financeira das empresas. Este cenário contribui para as elevações tanto nos pedidos de falências quanto nos requerimentos de recuperações judiciais neste início de ano, segundo os especialistas da instituição.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu em quatro das sete capitais pesquisadas na última quadrissemana de fevereiro em relação à leitura imediatamente anterior, divulgou a instituição nesta quinta-feira, 6. No geral, o IPC-S recuou de 0,69% para 0,66% entre os dois períodos.

Por região, o IPC-S apresentou decréscimo na taxa de variação de preços em Salvador (de 0,52% para 0,36%), Brasília (de 0,60% para 0,42%), Belo Horizonte (de 0,81% para 0,78%) e no Recife (de 0,55% para 0,32%).

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O IPC-S subiu no Rio de Janeiro (de 1,08% para 1,14%) e em Porto Alegre (de 0,62% para 0,64%) e se manteve estável em São Paulo (0,55%).

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