Tópicos | FIG 2012

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Palhaços, malabaristas, acrobatas, mágicos e os mais variados números circenses têm um espaço garantido na programação do Festival de Inverno de Garanhuns. Uma lona está armada na Rua Ernesto Dourado com espetáculos diários gratuitos de diversas trupes e circos pernambucanos, além de um grupo convidado de São Paulo e outro da Paraíba. Os espetáculos circenses acontecem sempre às 16h30.

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As arquibancadas estiveram lotadas na tarde desta quinta (19) e não foram suficientes - cadeiras foram colocadas em frente ao picadeiro para acolher o grande número de pessoas que vieram ver o espetáculo Acrobatas Aéreos, do Circo Bambolê, do município de Igarassu.

Tem sido assim todos os dias na lona do FIG. São famílias, amigos, moradores e pessoas que vêm curtir a mais antiga tradição de entretenimento que existe. É o caso de Kátia Lima, que trouxe seu filho Rafael, de dois anos, pela segunda vez desde o início do Festival de Inverno de Garanhuns. "Eu achava que só tinha programação na Praça Guadalajara", afirma Kátia, moradora de Garanhuns.

Já as amigas Luana Rotolo e Evelyn Siqueira vieram do Recife especialmente para o FIG. "Estamos tentando ver um pouco de tudo na programação. Já fomos conferir as opções de cinema e shows", conta Evelyn, que está em Garanhuns desde a última sexta-feira (13). Os espetáculos de circo contam com tradução em LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) para deficientes auditivos, uma das ações de inclusão deste ano do Festival de Inverno, que inclui camarotes com acesso adequado a cadeirantes.

Muita gente voltou a ser criança durante a apresentação, que teve seu clímax com os irmãos Dantas fazendo malabarismo com fogo em cima da escada giratória. O público aplaudiu muito e interagiu a todo o momento com os artistas, que deram um belíssimo espetáculo. A programação de Circo do FIG segue até o dia 21.

A programação de shows do Palco Guadalajara desta quinta (19) e sexta (20) sofreram algumas modificações na ordem das apresentações. Erasmo Carlos, que estava previsto para fechar a noite desta quinta, se apresenta mais cedo, à meia-noite. Quem encerra a programação, 1h30, é Reginaldo Rossi.

Os shows da sexta também tiveram a ordem modificada: Antúlio Madureira - previsto para tocar às 22h - agora fechará a noite. Com essa mudança, todos os outros shows foram adiantados. Com o novos horários a programaçao da sexta do Palco Guadalajara fica assim:

21h Lux Time
22h Marcelo Jeneci
23h Lenine
00h30 Milton Nascimento da manhã.
2h Antúlio Madureira













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O samba foi soberano na Esplanada Guadalajara na noite desta quarta (18), em mais um dia de shows do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. A praça esteve tomada pelo público, que foi conferir os shows de Fundo de Quintal e Péricles, além das pernambucanas Karynna Spinelli e Gerlane Lops.

Gerlane Lops foi a primeira a trazer o samba ao palco, com seu projeto Da Branca, que já rendeu um disco e um DVD. Gerlane já iniciou uma turnê de divulgação do DVD, que continua com todo vapor no segundo semestre. Ela conta ao LeiaJá que o seu projeto, focado no samba, originalmente estava previsto para durar apenas um ano, mas já se passaram oito desde que mergulhou na interpretação do ritmo. "A contribuição do povo é fundamental para o sucesso de qualquer projeto, e o povo abraçou este", avalia Gerlane, que no palco afirmou: "Este é o melhor Festival de cultura do país".  

Outra sambista pernambucana, Karynna Spinelli, fez seu show em seguida. Também representante legítima do samba pernambucano, a cantora realiza o Clube do Samba de Pernambuco há três anos no Morro da Conceição, no Recife, "maior evento de samba de rua do Brasil", como ela mesmo descreve. Karynna trouxe ao palco do FIG seu samba impregnado de referências religiosas, e fez durante o show um apelo pelo respeito e tolerância com as diferentes religiões. "Sou do candomblé, sou da jurema, mas acima de tudo sou filha de Deus e o importante é fazer o bem", disse Karynna. Um momento especial foi quando a cantora pediu a todos levantarem os braços para homenagear Luiz Gonzaga, e cantou Assum Preto. O final do show contou com a participação do percussionista Lucas do Prazres, que comandou uma grande batucada, que contagiou o público.

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Em seguida, o cantor e compositor Péricles foi recebido com muito barulho para seu show, calcado no pagode romântico. Contando com um coral gigantesco durante toda a apresentação e muitos gritinhos, Péricles desfilou vários sucessos do estilo em que é uma das maiores referências nacionais. O Ex-Exaltasamba também cantou músicas da banda, em que era o principal compositor e líder. "Cadê os pagodeiros de plantão?", perguntou Péricles em determinado momento, para ouvir toda a Esplanada Guadalajara se manifestar com vigor. "Eu sei que é o Festival de Inverno, mas eu precisava muito desse calor humano de vocês", disse o cantor durante o show, conquistando o público.

A noite terminou com o show do grupo carioca Fundo de Quintal, maior referência do pagode brasileiro. Fundada em 1978, a Fundo de Quintal já teve como integrantes sambistas dos mais atuantes e importantes, como Almir Guineto, Jorge Aragão e Arlindo Cruz, e continua levando sua sonoridade brasileira aos palcos do país. No Festival de Inverno de Garanhuns, a Fundo de Quintal homenageou seus ex-integrantes cantando suas composições e colocou o público da Guadalajara para dançar e cantar. Os integrantes Bira Presidente, Ubirany, Sereno, Ademir Batera, Décio Luiz e Ronaldinho avisam que estão com um disco novo quase pronto, que deve ser lançado em setembro. Ubirany, que toca repique e canta, diz qual o segredo para a banda esquentar a Guadalajara: "Diante de todo esse frio, nós contamos com o calor do público".

Até o próximo sábado (21), o Festival de Inverno de Garanhuns segue abrindo espaço para as manifestações artísticas de todas as naturezas.

Nesta quinta-feira, a programação guarda algumas das atrações mais esperadas do FIG, os "reis" Erasmo Carlos e Reginaldo Rossi, que se apresentam no Palco Principal do evento, o Guadalajara, no centro da cidade.

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Até o término do festival, ainda se apresentam nomes como Milton Nascimento, Lenine, Jorge Ben Jor e Lulu Santos.

Programação Quinta-feira (19)

Palco Guadalajara
21h – Banda Flash
22h – Volver
23h – Ortinho
0h – Reginaldo Rossi
1h30 – Erasmo Carlos

Palco Forró
00h00 - Carlos Magano
00h40 - Luciano Magno
01h40 - Beto Hortis
02h40 - Fim de Feira

Palco Instrumental
17h00 - O Sam3a
18h00 - Baobá Stereo Club
19h00 - Anjo Gabriel
20h00 - Sgüep Trio

Palco Pop
18h00 - Terreiro Cibernético
19h00 - Curumin
20h00 - Renata Rosa
21h00 - Felipe Cordeiro

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São vários os polos de apresentações musicais no Festival de Inverno de Garanhuns, cada um dedicado a diferentes tipos de música. Entre eles, a música instrumental, que tem espaço garantido no Parque Van Der Linden, no Pau-Pombo. Todos os dias, grupos de várias partes do Brasil se apresentam no agradável espaço arborizado do parque e atraem um público considerável em busca de sonoridades e experimentações musicais que vão além do tradicional formato de canção, com harmonia, melodia e letra.

Nesta quarta (18), o Palco Instrumental acolheu as apresentações de Gaimálgama, Rivotrill, Chimpanzé Clube Trio e Jaguaribe Carne. O trio pernambucano Rivotrill apresentou ao público do FIG o show "Pé de Banana-pão", calcado na obra de Luiz Gonzaga, o grande homenageado do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. Com sonoridade e formação peculiares, o grupo ressignificou algumas das obras de Ganzagão, como explica o baixista Rafa Duarte: "Desconstruímos algumas coisas da música de Gonzaga para reconstruir do nosso jeito".

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A apresentação da Rivotrill contou até com uma referência às famosas histórias que Gonzagão contava em seus shows, que ele dizia ser "para enrolar o público", quando o flautista Jr. Crato incorporou o Rei do Baião e, na hora em que deveria fazer um solo, contou ter encontrado Luiz Gonzaga em sua casa, que lhe deu alguns conselhos, além de reclamar do espetáculo que o trio preparou em sua homenagem. "Você vai pegar o microfone e falar um bocado. Se tiver mentira, melhor ainda, porque o povo adora uma mentira", teria dito Gonzaga ao instrumentista. "Vai passar o tempo do teu solo, você vai entrar no tema da música de novo para terminá-la. O povo ainda vai achar graça e aplaudir. É tiro e queda". Gonzagão estava certo, o público se divertiu e aplaudiu bastante. E Júnior "enrolou" e não fez o solo.

Em seguida, foi a vez da banda paulista Chimpanzé Clube Trio subir ao palco. Com uma formação de "power trio" (Bateria, guitarra e baixo) e pegada roqueira, Luiz Miranda, Felipe Crocco e Ângelo Kanaan aproveitaram a apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns para lançar seu terceiro disco - que já havia sido lançado na internet na última Feira da Música de Fortaleza - em suporte físico. O trio aproveita para adiantar para ao LeiaJá que já está com o quarto disco, Coisas passageiras que nunca se esquece, pronto para ser lançado em setembro. "Há muitos anos sabemos do Festival de Inverno de Garanhuns como um festival importante e diversificado", afirma Luiz Miranda, "é uma chance que não se pode deixar passar". "Pra gente tocar aqui é uma consagração também", completa Felipe Crocco.

Para encerrar a programação do Palco Instrumental desta quarta (18), foi a vez da clássica banda paraibana Jaguaribe Carne, mantida pelos irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró, desde 1974. Um coletivo artístico e de ação multidisciplinar que impactou a cultura paraibana e de todo o Brasil, teve como participantes artistas do porte de Chico César e Escurinho, investindo cada vez mais na experimentação sonora, sem amarras. "Há alguns anos nossa música tem sido de improvisação livre. Nós provocamos a nós mesmos no palco", explica Pedro Osmar, complementando que "não há nada pré-definido musicalmente" antes do grupo entrar no palco.  

E foi extremo o experimentalismo que soou das caixas sonoras do Palco Instrumental durante toda a apresentação, com intervenções instrumentais e vocais, incidentalismos e sensações sonoras. Para Inah Ribeiro, que veio conferir a programação do Van Der Linden nesta quarta (18), a ousadia ficou clara. "Aqui é legal chegar na primeira música e só sair depois da última", disse.

A programação do Palco Instrumental segue até o dia 21, e começa sempre às 17h. 

O Palco Pop do Festival de Inverno de Garanhuns tem sido dos mais animados durante esta edição do festival. Com atrações diversas, muitas delas bandas e artistas independentes e da nova cena musical brasileira, o espaço atrai em peso as pessoas antenadas e que vêm para conferir especialmente as atrações que gostam. Nesta terça (17), o Palco Pop se manteve sempre cheio para os shows de Catarina de Jah, Tiê, Caçapa e Junio Barreto.

Catarina de Jah começou sua carreira musical discotecando e bombando uma série de festas, até investir na faceta cantora. "Eu comecei a usar um microfone para me comunicar com o público durante as festas, e (o cantor) China e Chiquinho (da Mombojó) me levaram para o estúdio deles pra gravar", conta a artista. A partir de então, Catarina gravou um EP com quatro músicas e se apresentou em festivais. É a primeira vez que ela se apresenta no FIG, e aproveita para adiantar que lança seu primeiro disco em novembro deste ano. "O disco vai se chamar Recall e a capa será uma montagem do meu rosto colado no corpo de uma "mulher-fruta". É a "mulher-cromaqui", se diverte a cantora, que aproveita a estadia em Garanhuns para promover festas como DJ. A próxima é na sexta (20), no bar Escritório.

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A cantora paulista Tiê entrou em seguida no palco, e a plateia fez muito barulho pra recebê-la. Aliás, fez muito barulho durante todo o show, cada vez que Tiê terminava uma música. À vontade, ela brincou em determinado momento: "Agora que eu estou sem o violão, vou dançar pra vocês", disse, para completar: "E essa barriguinha não é de chopp não, é uma criança".

Tiê também fez alguns covers de músicas que a princípio podem causar estranheza, como a famosa "Eu quero Tchu" e "Você não vale nada, mas eu gosto de você", esta gravada em seu último disco. "Algumas pessoas ficam bravas com essas músicas", conta, "Mas são músicas que eu gosto mesmo, canto em casa. Só não aprendi o resto da letra de 'Eu quero Tchu", afirma a cantora, que ressalta gostar da brincadeira com o repertório.

A terceira atração da noite foi o músico caçapa, apresentando seu trabalho calcado nas raízes da música brasileira e nordestina. A banda teve alguns problemas com o som no início do show, certamente por usar apenas instrumentos acústicos, mais difíceis de se microfonar e reproduzir. Com riqueza harmônica e melódica, Caçapa agradou o público presente na tenda do Palco Pop.

Para encerrar a noite, o cantor e compositor Junio Barreto fez um ótimo show, em que mesclou canções de todos os seus discos. Na sua banda, dois instrumentistas pernambucanos que vêm tendo cada vez mais destaque pela qualidade: o pianista Vitor Araújo e o violonista Vinícius Sarmento.

Autor de canções agradáveis e boas letras, Junio agradou em cheio o público que veio conferir seu show. Foram muitos os momentos em que as pessoas cantaram juntas cada verso de suas músicas. Uma referência para toda uma nova geração de músicos, Junio Barreto explica que sua sonoridade não se prende a pré-definições e tem elementos que vão do jazz à música africana. "Eu faço música brasileira e nossa música tem todas essas facetas", avalia Junio.

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A noite foi de muita música de raiz no Palco GUadalajara, nesta terça (17), em mais um dia de programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. Passaram pelo maior palco do FIG Maciel Melo, Herbert Lucena, Lula Queiroga e o projeto que reúne Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo.

Após Rogério e os Cabra, que abriu os shows na Guadalajara, Maciel Salu entrou no palco trazendo sua música, que continua e moderniza uma tradição cultural e familiar. Maciel é filho de Mestre Salu, um dos maiores mestres da cultura popular brasileira. Essa vivência é ressaltada pelo artista: "Agradeço primeiro a Deus pelo dom que me deu e aos mestres com quem aprendi. Se estou aqui é graças ao meu aprendizado, mas no palco eu toco o que quero. O importante é respeitar minha história, de onde eu venho", reflete Maciel. Munido da sua rabeca, Maciel botou muita gente para dançar.

Herbert Lucena, embalado pelo ótimo momento após o Prêmio da Música Brasileira, subiu ao palco às 23h trazendo seu coco. O trabalho de Herbert passeia ainda por outras vertentes musicais, que incluem samba e forró. Em uma mescla de tradição e modernidade, o cantor fez um show instigante e foi bastante aplaudido pelas pessoas presentes na Esplanada Guadalajara.

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Lula Queiroga foi o responsável por trazer uma sonoridade mais moderna ao palco, com o uso de samplers e sua sonoridade peculiar, que atrai muitos fãs para seu trabalho. "O show ao ar livre tem uma pegada diferente", afirmou o cantor ao LeiaJá. "Eu não sei o que vou fazer antes de entrar no palco, mas sempre dá certo", conclui. A apresentação foi muito dinâmica e animada, com Lula se movimentando bastante.

Ele caiu do palco durante o show, no fosso destinado a fotógrafos e cinegrafistas, mas não se abalou e continuou cantando. Após um momento de suspense, o público delirou quando o cantor apareceu apenas com a cabeça por cima da divisória entre o fosso e a praça, sem parar de cantar. Esse não foi o único momento inusitado da apresentação de Lula Queiroga: um artesão jogou seus trabalhos no palco, e o cantor os pendurou no pescoço e passou a cantar ornamentado por eles.

Para encerrar a noite, quem esteve presente na Guadalajara conferiu o show de Xangai, Rentao Teixeira e Maciel Melo. Com alguns clássicos do cancioneiro popular, o trio envoilveu todo o público presente, que pôde testemunhar um encontro muito bonito entre três regiões do Brasil e sua música. "Estou ladeado por dois dos maiores artistas do Brasil", afirmou Xangai antes de entrar no palco. "É um privilégio e um aprendizado tocar com esses dois menestréis", completou Maciel Melo.

Todos os anos o FIG reserva um dia na sua programação especialmente para o samba. Este ano, a quarta-feira (18) é a escolhida para receber os grandes artistas do gênero. Fundo de Quintal, Gerlane Lops e Karynna Spinelli sobem ao palco da Esplanada Guadalajara em Garanhuns e prometem uma noite de muito samba no pé, para espantar o frio.

Ainda na quarta-feira se apresentam o Trio Nordestino e Cristina Amaral, no Palco Forró, Alessandra Leão, no Palco Pop, Chipanzé Clube Trio e Jaguaribe Carne, que fazem a festa no Palco Instrumental.

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A 22ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns acontece até o próximo sábado (21), levando cultura ao interior de Pernambuco.

Programação Quarta-feira (18)

Palco Guadalajara
21h – Karla Rafaella
22h – Gerlane Lops
23h – Karynna Spinelli
0h – Péricles
01h30 – Fundo de Quintal

Palco Forró
0h – Djair e Banda
00h40 – João Silva
01h40 – Trio Nordestino
02h40 – Cristina Amaral

Palco Pop
18h – Zé Manoel
19h – Márcia Castro
20h – Alessandra Leão
21h – Delicatessen

Palco Instrumental
17h – Gaimálgama
18h – Rivotrill
19h – Chimpanzé Clube Trio
20h – Jaguaribe Carne

Herbert Lucena é compositor, cantor e produtor musical de Caruaru, interior de Pernambuco, tem um trabalho consistente e lançou o primeiro disco em 2004, Na pisada desse coco. Em 2012, como seu segundo disco, venceu três categorias do Prêmio da Música Brasileira, dominando a premiação. Herbert se apresenta no Palco Guadalajara do Festival de Inverno de Garanhuns, nesta terça (17), às 23h.

Você bombou no Prêmio da Música Brasileira, teve quatro indicações e levou três prêmios. Até que ponto isso foi uma surpresa?

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Foi cem por cento surpresa pra mim. Lógico que quando a gente manda um disco para um prêmio a gente espera ser contemplado, mas foi surpresa pra mim ter quatro indicações. Nunca passou pela minha cabeça entrar como melhor cantor, melhor disco, nem revelação. Eu tinha que esperar entrar como design porque a gente investiu muito nesta parte no disco, mas os outros três foram uma surpresa.

E você gravou Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender todo em Pernambuco...

Eu fiz tudo em Caruaru, só teve alguns instrumentos gravados no Recife, em Campina Grande e São Paulo, mas noventa e nove por cento deste disco foi feito em Caruaru.

E o que significa para você um disco feito em Caruaru ter tantas honrarias em uma premiação nacional?

Foi uma surpresa maravilhosa e está abrindo muito espaço. Eu, por exemplo, nunca tive a oportunidade de me apresentar no Guadalajara com o meu trabalho, eu sempre tocava no Festival de Inverno de Garanhuns no palco forró. É massa tocar no Palco Forró, mas não tem tanta visibilidade e divulgação quanto tem a Guadalajara. Isso é fruto destes prêmios que eu recebi. Fui convidado para fazer o circuito do Sesc de São Paulo, eu fiz todos os jornais do eixo Rio-São Paulo e ficou todo mundo querendo saber quem é esse tal de Herbert Lucena, um cara desconhecido, do interior de Pernambuco, que fez um disco e teve quatro indicações no Prêmio da Música Brasileira e levou três prêmios.

E você se sente um pouco representando Pernambuco?

Acho que não estou representando Pernambuco ou Caruaru, aho que meu trabalho soma. É mais um que está mostrando o trabalho de Pernambuco lá fora. Eu não posso dizer que estou representando uma região, Pernambuco é imenso, a quantidade de artistas que nós temos aqui, se você for contar, perde a conta. Eu sou mais um artista contribuindo para divulgar a nossa música. Desde o Movimento Mangue que o Sudeste começou a prestar mais atenção na música do Nordeste e, principalmente, na de Pernambucano. O meu trabalho vem a somar com isso, eu trabalho com coco, ciranda, frevo, tem influência de maracatu, e toda essa fusão de músicas que a gente tem aqui. Estou especificamente levando o conhecimento do coco para o Sudeste.

E qual repertório você traz para o FIG no show que faz nesta terça (17)?

Trago músicas do meu primeiro disco, Na Pisada desse coco, que lancei em 2004, mas, basicamente, o disco novo, Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender. E toco alguns covers, coisas que me influenciaram, como a obra de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e Ari Lobo, mas basicamente são músicas dos meus dois discos.

A série de festivais Virtuosi, promovidos pelo maestro Rafael Garcia e por Ana Lúcia Altino, vem há mais de uma década popularizando a música erudita em diversas ações temáticas e concertos. Em 2012, o Virtuosi aporta em Garanhuns durante o 22º Festival de Inverno, para trazer ao município do agreste pernambucano a música de concerto, em apresentações na Igreja de Santo Antônio, no centro.

A abertura do Virtuosi na Serra aconteceu nesta terça (17), às 16h30, com um concerto solo do pianista lituano Kasparas Uinskas. Kasparas realizou uma homenagem a Claude Debussy, executando algumas peças famosas do compositor francês, como a Clair de Lune. Uinskas também tocou a Sonata Nº 3 em fá menor, de Johannes Brahms, com maestria, arrancando aplausos de pé da plateia.

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Uinskas mora em seu país, a Lituânia, e viajou 30 horas para chegar ao Brasil e realizar a série de concertos pelo Virtuosi, que incluem as apresentações em Garanhuns e também em Gravatá, onde acontece outra ação do Virtuosi. "Eu estava muito animado em vir ao Brasil e está sendo uma experiência incrível", afirma o lituano, que está pela primeira vez no país. "O público aqui é muito caloroso, talvez o mais caloroso para o qual já tenha tocado", afirma o pianista.

Sophia Branco e Leo Ferrario vieram conferir o início da programação do Virtuosi na Serra. Ela afirma que não costuma frequentar concertos de música erudita e que o Virtuosi é uma oportunidade de entrar em contato com essa tradição musical. "Talvez exatamente por isso viemos hoje", avalia Leo, complementando "e o Virtuosi é conhecido pela qualidade de sua curadoria". "A música é uma linguagem universal. Você pode se comunicar basicamente com qualquer tipo de pessoa, e as pessoas aqui ouvem essas músicas com muita atenção", avalia Kasparas Uinskas.

A próxima apresentação do Virtuosi na Serra acontece ainda nesta terça, às 21h, na Igreja de Santo Antônio. A programação segue até sábado (21), sempre às 16h30 e às 21h. Todos os concertos são gratuitos.

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Para quem quer aproveitar a passagem pelo Festival de Inverno de Garanhuns para conhecer um pouco mais do mercado e de diversas atividades inseridas na área de Moda, o evento Ciclo de Informação Moda & Mercado é um evento imperdível na programação do festival.

O evento acontece no Espaço Moda & Design, localizada na Rua Dantas Barreto, 44, bairro de Santo Antônio, próximo ao Palco principal do fetival, o Guadalajara.

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O ciclo aborda temas sobre o universo da moda, através da construção da imagem, editoriais, desfiles, beleza, fotografia e modelos. Trazendo esclarecimentos sobre Mercado de Trabalho, Marketing, Técnicas e Produção Geral.

O evento tem a orientação do Editor de Moda Nestor Mádenes, da agência S7yling. 

Confira a Programação do evento:

Dia 17 - Styling & Produção de Moda - Das 10 às 13h e das 14 às 17h

Dia 18 - Produção de Desfiles - Das 10 às 13h e das 14 às 17h

Dia 19 - Scouter para Modelos (com Viviani Soratto, da Agência Amazing Model de Recife) - Das 10 às 13h e das 14 às 17h 

FANZINE

No último dia do evento também será lançada a edição nº 0 do PANTIM - Zine de Comportamento, também idealizado por Nestor e que tem entre os parceiros o fotógrafo Renato Filho do STUD1Um. A distribuição da revista também acontece nos dias 20 e 21 de julho, nas diversas ações de moda e design e outros eventos paralelos do Festival. 

A linha criativa dessa edição tem o Frio como principal referência, em um editorial fotografado no sítio Macuca, em Garanhnus. No editorial com a top Karina Silva, peças das marcas pernambucanas ADOM, Pietro Tales e Walério Araújo, esse último estilista que mora e trabalha em São Paulo e que desfila há várias temporadas no evento de moda Casa dos Criadores, na capital paulista.

O Pantim tem o patrocínio do Governo de Pernambuco – Fundarpe, da Câmara Setorial de Moda & Design, com o apoio da Amazing Model, ADOM, STUD1UM e realização da S7YLING e LL Design.

Nesta terça-feira (17) a musicalidade pernambucana faz a festa no 22º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Na Esplanada Guadalajara, às 21h30, sobe ao palco Maciel Salú, e, em seguida, Herbert Lucena, vencedor do Prêmio da Música Brasileira em três categorias pelo disco Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê De Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho Para Vender. Às 22h30, o público confere Lula Queiroga, que vem fazendo sucesso com seu disco Todo dia é o fim do mundo. Para fechar a noite, o principal polo do festival recebe Renato Texeira, acompanhado de Xangai e Maciel Melo. Os pernambucanos também marcam presença no Palco Pop, que recebe Catarina Dee Jah, Rodrigo Caçapa e Junio Barreto, dividindo a noite com a cantora paulista Tiê.

No Palco Forró, Joãzinho de Exu, Clã Brasil e Liv Morais fazem a festa. O público ainda tem como opção a programação do Palco Instrumental, que começa às 17h. Duo Bass, Adelmo Arcoverde, Antônio de Pádua e Camarones  Orquestra Guitarrística compõem a grade de hoje. O 22º FIG segue até o próximo dia 21, com atividades que movimentam todas as áreas do universo cultural.

Programação terça-feira (17):

Palco Gudalajara

0h30 Rogério e os Cabra

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21h30 Maciel Salú

22h30 Herbert Lucena

23h30 Lula Queiroga

00h30 Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo

Palco Pop

18h Catarina Dee Jah

19h Tiê

20h Caçapa

21h Junio Barreto


Palco Forró

23h40 Nando Azevedo

00h40 Joãozinho de Exu

01h40 Clã Brasil

02h40 Liv Morais


Palco Instrumental

17h Duo Bass

18h Adelmo Arcoverde

19h Antônio de Pádua

20h Camarones  Orquestra Guitarrística

A programação completa do evento você também confere aqui no LeiaJá.

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Além de shows e eventos, o Festival de Inverno de Garanhuns investe em atividades formativas nas mais variadas áreas artísticas e culturais, como patrimônio, artes visuais, dança, teatro, música e cultura popular. As oficinas começaram antes mesmo da abertura oficial do festival, e seguem até o próximo sábado (21), último dia do FIG 2012.

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São quase 70 oficinas, palestras e seminários espalhados por vários espaços do Festival de Inverno, todas oferecidas gratuitamente mediante inscrição. Boa parte das atividade de formação do FIG foram selecionadas em um edital específico, em que os educadores inscreveram suas propostas. "O edital equilibrou as ações, contemplando todos os segmentos culturais", explica Lígia Verner, coordenadora pedagógica do evento.

Já Adiel Luna, da coordenação de formação do Pernambuco Nação Cultural, chama atenção para as oficinas ministradas por patrimônios vivos de Pernambuco: o coquista Mestre Galo Preto e o Caboclinho Sete Flechas. Ele também afirma que "a intenção é conseguir fazer com que as pessoas de Garanhuns participem mais", e avalia as oficinas de permacultura ministradas nas áreas quilombolas de Garanhuns como uma das mais importantes atividades de base realizadas pelo FIG.

A Autarquia de Educação Superior de Garanhuns (AESGA), concentra um grande número de oficinas, palestras e painéis, que acontecem em suas salas e auditório. São ao todo 27 realizadas no espaço. Entre as oficinas oferecidas, está a de produção executiva para shows e eventos, ministrada pelo produtor Sérgio Pezão. Entre os assuntos abordados na oficina estão logística, contratação e operacionalização de backstage (área dos camarins de um evento). "Minha função é explicar como funciona a produção de um evento, mas também abrir a cabeça destes meninos para a real dimensão que um Festival como este tem, que vai além da estrutura física", explica Pezão.

O músico Luiz Júnior mora em Canhotinho e veio para aprender aspectos diferentes da realização de um evento. "Eu queria saber como é atuar na produção, porque o músico só consegue fazer seu trabalho dependendo da produção", diz Júnior, complementando: "Talvez a partir de agora produza eventos próprios". Para Pezão, a oficina funciona como um "teste vocacional", que pode fazer com que os alunos mergulhem neste tipo de trabalho. Orgulhoso, o orientador afirma: "Dez alunos da oficina do ano passado foram contratados para trabalhar nesta edição do Festival de Inverno de Garanhuns".

Marco Bonachela, da coordenadoria da formação, estima em cerca de mil e duzentas as pessoas atingidas pelas atividades de formação do FIG. E avisa que algumas oficinas ainda estão com inscrições abertas até esta terça (17), como as de Rádio, cinema de animação e descobrindo as potencialidades da economia criativa. As inscrições são gratuitas.

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Um show de Lucas e Orquestra dos Prazeres marcou nesta segunda (16) a abertura das atividades do Espaço Cultura no Ponto, instalado na AESGA (Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns). O espaço agrega as atividades dos Pontos de Cultura de Pernambuco na programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. São oficinas, painéis, apresentações musicais, exibições de filmes no Cine + Cultura e uma exposição fotográfica retratando mestres de coco de Pernambuco.

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O coordenador geral do Espaço Cultura no Ponto, Igor Jatobá, explica que "O foco do espaço é ser uma vitrine do trabalho dos Pontos de Cultura de Pernambuco". Ao todo, 12 pontos estão envolvidos diretamente na realização das atividades do espaço, a exemplo do Homens de Barro, o Pé no Chão, o Forró e Ai e o Negras Raízes, do qual Lucas dos Prazeres participa e veio representar com a apresentação da sua orquestra.

A inauguração do Culturas no ponto contou com a participação de representantes do Funcultura, dos Pontos de Cultura e do Ministério da Cultura, parceiro do Governo do Estado no Programa + Cultura, que viabiliza os pontos de cultura estaduais. Fábio Lima, representante do MinC no Nordeste, ressalta a importância do programa e avisa que o ministéria também está realizando atividades formativas, como a oficina de institucionalização de grupos culturais. "Ensinamos os grupos culturais a contituirem CNPJ e se institucionalizar, o que abre muitas possibilidades para eles", afirma o gestor.

Pernambuco tem, ao todo, 153 Pontos de Cultura espalhados pelo seu território. As apresentações musicais no Palco Ponto das Artes - palco do Cultura no Ponto - acontecem diariamente até a próxima quinta (19), semnpre às 18h, e na sexta (20) às 19h, acontece o encerramento com a participação de Bongar, Kleber Blues Band, Henrique Annes, Maestroi Ademir Araújo com sua orquestra e Trio 363. Nesta terça (17), a atração musical é o Afoxé Alafin Oyó.

O 22º Festival de Inverno de Garanhuns segue com sua programação que agrada a todos os gostos. Nesta segunda-feira (16) a ordem é dançar no principal polo da festa, a Esplanada Guadalajara, no Centro da cidade.

Às 21h30, Di Melo sobe ao palco com a Madeira Delay, numa noite que promete um gostinho pernambucano do começo ao fim. Sobem ao palco, ainda, a banda Mombojó e o músico China, que se apresentam e abrem espaço para o samba de Roberta Sá, principal atração da noite. 

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O palco forró também não deixa a desejar e nesta noite conta com os shows de Josildo Sá e Azulão, que fazem a festa até a madrugada, para quem que aproveitar o clima da estação para dançar agarradinho.

O FIG segue até o próximo dia 21, com atividades que movimentam todas as áreas do universo cultural.



Programação segunda-feira (16):


Guadalajara

20h30 Lucas Notaro e os Corajosos

21h30 Di Melo e Madeira Delay

22h30 Mombojó

23h30 China

00h30 Roberta Sá


Palco Forró

0h Ronaldo César e a Tropicana

00h40 Josildo Sá

01h40 Mazinho de Arcoverde

02h40 Azulão

O domingo foi bastante movimentado no Parque Euclides Dourado, maior polo de atividades do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. O parque recebeu milhares de pessoas interessadas em conhecer as atividades dos pavilhões temáticos instalados em sua área, além de conferir apresentações artísticas diversas, como teatro de mamulengo e intervenções musicais.

Os visitantes têm muitas opções de exposições, mostras temáticas e oficinas que acontecem das 14h às 22h, todos os dias. As atrações incluem um espaço dedicado ao homenageado deste FIG, o Espaço Lua Gonzaga. Outro pavilhão abriga uma mostra sobre a participação de Pernambuco na Copa do Mundo de 2014. O artesanato também tem um pavilhão, o Espaço do Artesanato, que expõe a produção de artesãos de todas as regiões de Pernambuco. Outro pavilhão, o Ambiente Criativo, abriga os produtos do SustentHabilite-se e atividades de economia criativa. Já no Espaço institucional, os visitantes podem conhecer um pouco das políticas de cultura desenvolvidas pelo governo do Estado, da qual o próprio Festival de Inverno de Garanhuns faz parte.

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Mas não são apenas os pavilhões que atraem as pessoas ao Parque Euclides Dourado. Muitos aproveitam a movimentação para fazer um programa de domingo com a família e os amigos, como o casal Eduardo Braga e Rita de Cássia, que veio com o casal de filhos passear. Eles moram em Garanhuns e costumam vir ao parque, mas o FIG é um atrativo a mais. "Queremos vir durante a semana cvom as crianças porque no fim de semana esteve muito cheio", diz Eduardo. Rita de Cássia chama atenção para uma melhor utilização do espço do Euclides Dourado nesta edição do Festival de Inverno, com a mudança da lona do circo para o hotel Tavares Correa, localizado em frente ao parque.

Os visitantes contam ainda com uma praça de alimentação e com casinhas cenográficas que vendem chocolate quente para abrandar o friozinho de Garanhuns. As atividades do Euclides só se encerram totalmente de madrugada, após os shows do Palco Forró.

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Engana-se quem pensa que o Festival de Inverno de garanhuns é feito apenas de grandes shows musicais. As atividades do FIG se estendem por várias áreas artísticas e culturais, envolvendo o município do agreste pernambucano em uma imersão de cultura durante os dez dias de festival. Entre as ações mais marcantes estão as atividades de literatura, que pela primeira vez tem um espaço próprio: A Praça da Palavra. A estrutura montada na Praça Souto Filho, conhecida como a praça da fonte luminosa, conta com um pequeno auditório em que são realizadas atividades como contação de histórias e mesas redondas, um café, uma livraria e expaços intitucionais do Funcultura e da Academia Pernambucana de letras.

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Além de comprar livros de autores de Garanhuns e do Recife, as pessoas podem trazer seus livros para trocá-los por outros. É o que fizeram Elizabete Macedo e Graziele Maurício, moradoras de Garanhuns. Elas trouxeram seus filhos para a Praça da Palavra e, além de livros para os pequenos, adquiriram obras para elas próprias. A pequena Beatriz Macedo, de 9 anos, filha de Elizabete, saiu satisfeita com seu novo livro, e ensina: "Ler é legal porque a gente aprende coisas novas". Ao lado de seus filhos Maria Luiza, de 5 anos, e João Vitor, de 6, Graziele aprovou a ação: "É uma iniciativa muito interessante porque desperta o gosto das crianças pela leitura", afirma.

As ações de literatura do FIG vão muito além da Praça da Palavra e atingem vários bairros de Garanhuns. Projetos como o A Gente da Palavra, que sai de casa em casa realizando microrecitais pela cidade, e o Poesia Delivery, que disponibiliza um telefone para o qual as pessoas podem ligar e solicitar um recital em casa, mexem com o cotidiano da cidade, espalhando as letras por suas ruas e casas. Outra ação que interfere no dia a dia dos moradores e visitantes é o Livros Livres, que espalha livros por lugares aleatórios com um recado a quem os encontrar: que os deixe também em um local público depois de ler. "A intenção é transformar a cidade em uma grande biblioteca", afirma Wellington de Melo, coordenador de Literatura da Fundarpe e responsável pelas atividades da área durante o FIG.

Wellington avisa que pela primeira vez existe uma programação diária especifica para crianças com contação de histórias, além de cursos de formação de contadores de histórias. A Praça da Palavra também abriga mesas de debate, como a Quatro Vezes Hermilo, que acontece nesta segunda (16), às 19h, sobre a obra ficional de Hermilo Borba Filho. "Todas as ações de coordenadoria de literatura são baseadas em três "L"s: literatura, livro e leitura. A Praça da Palavra é um local não só para a palavra escrita, mas que aproxima as pessoas e propicia conversas também", resume o gestor.

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Mais do que diversão, as histórias infantis carregam conhecimento e lições para pessoas em formação. Explorando o aspecto lúdico, os contadores de histórias conseguem prender a atenção dos pequenos e iniciá-los no mundo da literatura antes mesmo de aprenderem a ler. É com essa proposta que o grupo O Tapete Voador realizou neste domingo (15), na Praça da Palavra do Festival de Inverno de Garanhuns, duas apresentações de contação de histórias.

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As contadoras Roma Júlia e Mila Puntel trouzeram ao FIG histórias do Brasil e do Oriente, fruto de uma pesquisa que inclui várias outras localidades do mundo, como a África. "Fazemos uma pesquisa de quais são as histórias contadas em vários lugares do mundo", explica Roma, complementando: "Fazemos um trabalho em que a criança constrói conhecimento a partir das histórias". Mila ressalta que "A contação de histórias é um tipo de literatura oral. E as crianças são muito exigentes, se não gostarem vão embora, e a história tem que fazer sentido mesmo que seja algo totalmente irreal".

As duas explicam que é necessário atrair os adultos também para esse universo, já que eles são os responsáveis por inserir as crianças no mundo das histórias e da literatura. Algumas das brincadeiras que elas fazem durante a apresentação são direcionadas aos pais e mães, e as duas comemoram o grande número de professores que vieram apreciar as histórias Lendas e Mitos do Brasil e Contos Orientais.

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Foi lançado neste domingo (15), no Ambiente Criativo, um dos pavilhões do Parque Euclides Dourado, do Festival de Inverno de Garanhuns, a página do cinema pernambucano. Capitaneado por Isabela Cribari e Germana Pereira, o www.cinemapernambucano.com.br se propõe a ser um banco de dados sobre o cinema pernambucano em toda a sua história, catalogando filmes, produtoras, realizadores, técnicos, trabalhos acadêmicos, editais e cineclubes.

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Colaborativo, o site abre para que as pessoas envolvidas na cadeia produtiva do cinema pernambucano se cadastrem e registrem também suas obras. Já existem 430 filmes e mais de 60 profissionais da área no cinemapernambucano.com.br. "E uma forma de reunir informações que estão dispersas ou simplesmente não existem", afirmou Isabela Cribari. "Percebemos que não há visibilidado para o cinema pernambucano na internet e nosso principal objetivo é proporcionar essa visibilidade", ressalta Germana Pereira.

A intenção é ir além do catálogo e proporcionar às pessoas do audiovisual pernambucano uma ferramenta de conexão entre produtores, técnicos e realizadores, além de pesquisadores. E, antes mesmo de entrar no ar, o site já proporcionou isso para a própria Germana, que contratou uma produtora a partir das informações contidas no cadastro feito para o cinemapernambucano.com.br.

A cinesta Katia Mesel esteve no lançamento e considera a iniciativa "Muito importante, porque o nosso cinema é tão vasto que às vezes os segmentos não têm como visualizar o todo da cadeia produtiva". Katia ainda chama atenção para o fato do site ser dinâmico e proporcionar, mais do que um arquivo de informações, a interação entre quem faz cinema no Estado. Para a cineasta, ter um site como este também dá mais credibiliadde aos realizadores e ao cinema pernambucano.

A intenção é ampliar as ações para a área de formação e realizar, a partir do próximo ano, cursos online de cinema. A criação do site surge em um momento vigoroso da produção audiovisual de Pernambuco, como assinala Isabela: "Estamos vivendo talvez o melhor momento do cinema pernambucano. A contribuição hoje do cinema de Pernambuco para o cinema nacional é imensa".

Em um sábado sem chuva, a Praça Guadalajara ficou lotada para conferir as atrações do maior palco do Festival de Inverno de Garanhuns. A animação começou com a apresentação da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, regida pelo performático Maestro Forró, que deu seu show habitual. Em seguida, a Academia da Berlinda fez uma gafieira gigante, colocando todo mundo para dançar e preparando o público para o show de Roberta Miranda. Quem encerrou a noite de shows deste sábado (14) do FIG foi a cantora Alcione.

Maestro Forró trouxe seu projeto Fole Assoprado, em que a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério toca a sonoridade da sanfona usando apenas instrumentos de sopro. Para o FIG 2012, a OPBH trouxe um repertório especial com muitas músicas do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, grande homenageado do 22º Festival de Inverno de Garanhuns.

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A Academia da Berlinda trouxe sua sonoridade de baile com ritmos como a cumbia, fazendo muita gente dançar. A maioria das pessoas que vêm a Garanhuns é do Recife, onde a banda faz muito sucesso e costuma lotar seus shows, mas o público do FIG é bastante eclético, como assinala o guitarrista Gabriel Melo: "Não é fácil encarar uma plateia em que muita gente nunca tinha visto a Academia da Berlinda e a gente fez um show totalmente autoral, mas o fato da receptividade ter sido boa indica que a gente está num caminho legal". Para o vocalista Tiné, "A Academia tem um trabalho musical bem popular, é de fácil assimilação para vários públicos diferentes". "É música para o povo", completa o tecladista Hugo Gila.

Cantando os sucessos de seus 25 anos de Carreira, Roberta Miranda fez o público cantar em peso e fazer muito barulho. "Vocês são lindos e cantam maravilhosamente bem", falou a cantora quando estava no palco. "Eu quero agradecer o respeito e o amor que vocês dedicam a mim há 25 anos", completou em outro momento. Roberta incluiu no seu show músicas que estão na moda, como Ex-mai Love, de Gaby Amarantos, e Ai, se eu te pego, o grudento hit de Michel Teló, cantados por seus backing vocals. Após cerca de uma hora e meia em que conquistou o público, Roberta Miranda terminou sua apresentação com a clássica Vá com Deus, para delírio dos fãs.

Para encerrar a noite em grande estilo, Alcione cantou grandes clássicos da música brasileira com sua voz rouca e potente. Passavam das duas horas da manhã quando a Marrom entrou no Palco Guadalajara. Ovacionada pelo público, Alcione desfilou seus sucessos sendo acompanhada por um coral de milhares de pessoas que lotaram a Praça Guadalajara, espantando o frio da madrugada de Garanhuns e emocionando os corações mais românticos. Uma noite para se cantar junto e dançar juntinho.

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