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Ao proferir seu voto a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado por parlamentares aliados ao governo. “Que Deus tenha misericórdia da nação, meu voto é sim”, justificou o peemedebista. Logo após, iniciou um coro de “fora Cunha, fora Cunha, fora Cunha...”.

A idoneidade do peemedebista tem sido questionada pela maioria dos deputados que votam contra o pedido.  Colegas de bancada estadual, os deputados Glauber Braga (PSOL) e Jandira Fegali (PCdoB) criticaram Eduardo Cunha ao votar. “Eduardo Cunha você é um gangster. O que dá sustentação a esta sua cadeira cheira a enxofre”, disse Braga. “Minha indignação por vê-lo ainda sentado nesta cadeira”, corroborou Jandira. Os dois votaram após Cunha.

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Nos primeiros 300 votos, 224 (76%) se posicionaram a favor e 72 (24%) contra. Até agora são três abstenções. 

Três dias após as mobilizações pelo país a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), diversas cidades serão palco de novas manifestações, nesta quarta-feira (16). Vão às ruas, desta vez, membros de movimentos sociais e do PT para defender a gestão de Dilma e pedir a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No Recife, a mobilização vai acontecer a partir das 15h, com concentração da Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. 

O chamado “Dia Nacional de Mobilização contra o Impeachment, o ajuste fiscal e o Fora Cunha” é organizado pela Frente Brasil Popular, constituída por diversos movimentos, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e o Movimento Sem Terra (MST), além de partidos políticos, como o PCdoB, PSOL e PT.  “Vamos às ruas defender o mandato legítimo da presidenta Dilma e a continuidade dos avanços socais no Brasil”, diz a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão.

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O processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff foi aberto no último dia 2. Para o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT), o impeachment também significa retirada de direitos dos trabalhadores. “Estamos mobilizados juntamente com os sindicatos, as centrais sindicais e os movimentos sociais em defesa da democracia, na luta contra o golpe e o ajuste fiscal”, disse. 

“O impeachment é uma estratégia que os opositores da presidenta Dilma, que não aceitaram o resultados da eleições de 2014, organizaram para implementar cortes nos programas sociais, de retirar direitos dos trabalhadores, diminuir custos e aumentar os lucros dos especuladores e banqueiros”, acrescentou Veras.  Os protestos também vão acontecer em outras cidades pernambucanas, como Caruaru e Garanhuns. 

Os líderes do DEM, PSDB, Rede, PPS, PSB e PSOL anunciaram, nesta terça-feira (24), que vão obstruir todas as votações da Câmara dos Deputados enquanto o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se mantiver no cargo. A decisão foi oficializada após uma reunião entre os parlamentares, que durou mais de uma hora, para alinhar uma posição em protesto ao peemedebista.  

Além da obstrução, os líderes decidiram também que não vão participar da  reunião do Colégio de Líderes, que acontece nas terças-feiras para definir a agenda de votações da semana, para integrarem o colegiado que participa do Conselho de Ética da Casa. 

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“Vamos comunicar que estamos nos retirando da reunião para ir ao Conselho de Ética e dar todo o apoio. Saindo de lá, vamos a plenário em obstrução total”, afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). O parlamentar acrescentou que a obstrução às votações não atingirá a sessão do Congresso Nacional, marcada para 19h para apreciação de vetos presidenciais.

Cunha é acusado de protagonizar uma manobra para prejudicar a reunião do Conselho de Ética de quinta-feira (19), quando o colegiado apreciaria parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP). O relator recomendou a continuidade das investigações das denúncias contra o presidente da Câmara. Texto deve ser lido nesta terça.

Para o líder da Rede, deputado Alessando Molon (RJ), o episódio da semana passada mostrou que Cunha está usando a presidência para inviabilizar o trabalho do Conselho de Ética. “Diante do que ocorreu semana passada, não podemos voltar atrás. Obstruiremos todas as votações a partir de agora e vamos ao procurador-geral da República (PGR), a quem pediremos o afastamento do presidente”, disse.

O grupo marcou uma audiência com o procurador Rodrigo Janot, amanhã (25), às 18h, para “noticiar os fatos”. 

A presidente do PDT no Recife, vereadora Isabella de Roldão, afirmou, nesta sexta-feira (13), que é "totalmente favorável" a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A parlamentar participa da mobilização que acontece na capital pernambucana contra o peemedebista e do Projeto de Lei 5069/2013.

"Sou totalmente favorável à saída dele. São muitos atos desaprovados pela sociedade, de retrocesso. Sem falar das acusações de corrupção na Petrobras e as contas na Suíça", argumentou a parlamentar. "Nunca vi uma pessoa vender carne enlatada e ficar rico assim", completou ironizando. 

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Defensora das pautas feministas, a pedetista também criticou o projeto de autoria do presidente da Câmara que classifica como crime a indução ao aborto e o uso de substâncias abortivas. O texto ainda diz que no caso do estupro, para que um médico possa fazer o aborto, é necessário um exame de corpo de delito e uma comunicação à autoridade policial.

"Ele [Eduardo Cunha] quer tirar tudo da gente [das mulheres]. Nem a pílula do dia seguinte, é demais não é?", indagou.

Além de Roldão, o vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz (PT), também participa da marcha. “Estou aqui por ser a favor da saída de Eduardo Cunha, mas também pelo avanço da democracia e hoje o Congresso Nacional está com uma pauta muito conservadora, principalmente quanto aos direitos sociais e das mulheres. Precisamos fazer uma grande mobilização da sociedade para não permitir o retrocesso neste país”, observou. 

O protesto é organizado por movimentos feministas, como o Fórum das Mulheres de Pernambuco e a Marcha Mundial das Mulheres. Representantes dos sindicatos dos Metroviários, do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel) e do Sindicato dos Professores Rede Municipal Recife (Simpere) também estão participam.

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A sexta-feira (13) tem sido de indigestão para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Isto porque em diversas cidades do país manifestantes pedem a cassação do mandato dele e se colocam contra as pautas conservadoras que tem aprovado na Casa, entre elas o Projeto de Lei (PL) 5069/2013. No Recife, centenas de pessoas - a maioria mulheres - se concentraram desde às 16h na Praça do Derby, área central da capital pernambucana, erguendo cartazes com "Fora Cunha", "A pílula fica, Cunha sai", "Cunha tire sua Bíblia de dentro do meu útero" e "Cunha sabotador da República". 

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Ganhando às ruas, por volta das 18h, o PL 5069/2013 foi a principal pauta do protesto. A proposta, de autoria de Cunha e aprovada pela CCJ da Câmara no último dia 21, classifica como crime a indução ao aborto e o uso de substâncias abortivas. O texto ainda diz que no caso do estupro, para que um médico possa fazer o aborto, é necessário um exame de corpo de delito e uma comunicação à autoridade policial. Grupos de mulheres, o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco (CRPPE) se colocam contrários à determinação. 

"Anos de luta do feminismo não podem retroceder", cravou a feminista Beth Severiene de 67 anos. O protesto foi organizado por movimentos feministas, como o Fórum das Mulheres de Pernambuco e a Marcha Mundial das Mulheres. Representantes dos sindicatos dos Metroviários, do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel) e do Sindicato dos Professores Rede Municipal Recife (Simpere) também estão presentes.

Como retomada do avanço das pautas feministas, os que participam do ato defendem a cassação do mandato de Cunha. "Estamos na luta, junto com todos, pela democracia", defendeu o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Levi Arruda. "Sabemos que não resolve plenamente, não somos inocentes, mas é um sinal importante. Ele tem pregado muitos retrocessos e esse atinge diretamente o nosso útero", completou a líder da Marcha Mundial das Mulheres e professora, Gleisa Campigotto, 29 anos. 

Manifestantes fazem pichações na Boa Vista

Algumas manifestantes aproveitaram a passagem da mobilização pela Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, para fazer pichações na via e nos equipamentos públicos. Membros do Levante Popular da Juventude utilizaram uma das suas faixas para cobrir duas manifestantes enquanto elas faziam a pichação.

Políticos reforçam desejo pela saída de Cunha

A presidente do PDT no Recife, vereadora Isabella de Roldão, também participou da mobilização na capital pernambucana. Ela afirmou ser "totalmente favorável" a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados. 

"Sou totalmente favorável à saída dele. São muitos atos desaprovados pela sociedade, de retrocesso. Sem falar das acusações de corrupção na Petrobras e as contas na Suíça", argumentou a parlamentar. "Nunca vi uma pessoa vender carne enlatada e ficar rico assim", completou ironizando. 

Além de Roldão, o vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz (PT) também participa da marcha. “Estou aqui por ser a favor da saída de Eduardo Cunha, mas também pelo avanço da democracia e hoje o Congresso Nacional está com uma pauta muito conservadora, principalmente quanto aos direitos sociais e das mulheres. Precisamos fazer uma grande mobilização da sociedade para não permitir o retrocesso neste país”, observou. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será alvo de protestos por todo o país na próxima sexta-feira (13). Nas ruas, os manifestantes vão pedir a cassação do mandato do peemedebista devido as acusações feitas a ele na Operação Lava Jato e vão se posicionar contra o Projeto de Lei 5069/2013.

A proposta, de autoria de Cunha e aprovada pela CCJ da Câmara no último dia 21, classifica como crime a indução ao aborto e o uso de substâncias abortivas. O texto ainda diz que no caso do estupro, para que um médico possa fazer o aborto, é necessário um exame de corpo de delito e uma comunicação à autoridade policial. 

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No Recife, a manifestação vai acontecer a partir das 16h, com concentração na Praça do Derby e conclusão no Marco Zero. “O objetivo é levar as ruas o sentimento de indignação e revolta contra Eduardo Cunha, um político que encarna todos os vícios históricos da política brasileira, começando por ser um mentiroso”, descreve o evento no Facebook. “Contra o inimigo dos trabalhadores, das mulheres, dos direitos humanos, da comunidade LGBT, dos povos indígenas, da juventude, do fim da guerra às drogas, do Estado laico e da tolerância religiosa”, acrescenta. 

Apesar de a pauta ser defendida por diversos políticos, de acordo com o publicitário Leandro Sandres, a mobilização não conta com o apoio de partidos ou parlamentares. “Temos a nossa rota e nossas ideias. Não iremos defender nem partidos nem políticos. Estamos seguindo contra as demandas de Cunha e junto com a primavera das mulheres”, frisou um dos organizadores, em conversa com o Portal LeiaJá. Sandres também deixou claro que mesmo sendo contra as legendas na organização do ato, isso não impede que estejam presentes na sexta-feira. “Não podemos impedir nada”, cravou. 

Liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a coalizão de entidades dos movimentos sociais e de partidos de esquerda escolheu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ajuste fiscal do governo como alvo de um ato político marcado para o dia 20, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Dois partidos (PC do B e PSOL) e 21 entidades levarão para as ruas os motes "Fora Cunha" e "Contra a direita e o ajuste fiscal". Sem citar o nome da presidente Dilma Rousseff, o manifesto, cujo texto foi finalizado na terça-feira, 4, diz que a política econômica do governo "joga a conta nas costas do povo" e pede que "os ricos paguem pela crise".

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Apesar do tom, o foco do movimento não é o Palácio do Planalto. Segundo organizadores, a ideia é fazer um contraponto às manifestações pelo impeachment da presidente marcadas para o dia 16 - e que, desta vez, contam com o apoio formal do PSDB. "Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia", diz o documento.

Sobre Cunha, as entidades dizem que o parlamentar representa "o retrocesso e um ataque à democracia". Afirmam, ainda, que o peemedebista "transformou a Câmara dos Deputados numa Casa da intolerância e da retirada de direitos".

Além do ato do dia 20, os movimentos sociais marcaram uma série de protestos a partir do dia 7. Nessa data, as entidades vão acompanhar uma ação promovida pelo PT em frente ao Instituto Lula em defesa do ex-presidente, em São Paulo. Na semana passada, o local foi atingido por um artefato explosivo. Por meio de nota, o PT disse ter sido alvo de um "ataque político" contra seu prédio-sede.

Já no dia 16, data dos protestos convocados pelos grupos anti-Dilma, parte das entidades dos movimentos sociais fará uma vigília em frente à sede do instituto para evitar eventuais tentativas de depredação. Os petistas temem que o local seja alvo dos manifestantes favoráveis ao impeachment de Dilma.

Os organizadores da agenda do dia 20 também prometem protestar contra a terceirização, a redução da maioridade penal e a "entrega do pré-sal às empresas estrangeiras". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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