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O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, rechaçou neste sábado (6) críticas de que estaria atuando como um contraponto ao presidente Jair Bolsonaro. "Jamais. Eu sou complementar ao presidente, eu complemento ele", disse Mourão, ao ser questionado se adotava um antagonismo a Bolsonaro.

Aliados do presidente têm se incomodado com o que consideram agendas do vice-presidente que "destoam da linha do governo" e declarações recentes de Mourão que "parecem contrariar ou desautorizar posições prévias do presidente", segundo fonte do governo.

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A fala de Mourão aconteceu nos Estados Unidos, onde ele tem agenda criticada por ala do governo. Os encontros do vice-presidente na manhã deste sábado incluíram, por exemplo, uma reunião de cerca de uma hora com o ex-ministro Mangabeira Unger, que já criticou o governo Bolsonaro. Mangabeira foi também o guru de Ciro Gomes (PDT) durante a campanha eleitoral de 2018.

Ontem, no evento organizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT, Ciro afirmou que Mourão quer "de forma descarada" ocupar o lugar de Bolsonaro e chamou o presidente de "idiota".

Mourão entrou na mira de ala do governo mais alinhada com o escritor Olavo de Carvalho. O vice-presidente minimizou os incômodos e disse não se importar com críticas. "A crítica faz parte do jogo político, eu não me importo com crítica", disse Mourão neste sábado.

Segundo ele, Mangabeira Unger falou a ele sobre "a proposta que ele tem hoje de economia do conhecimento, que é a visão que ele tem do mundo moderno". "A produção industrial começa a atingir seu limite e o conhecimento passa a ser algo que vale muito dinheiro", explicou Mourão.

O vice-presidente também se reuniu com o empresário Jorge Paulo Lemann e, à tarde, terá um encontro com a comunidade de imigrantes brasileiros na reunião de Boston. Mourão está nos EUA para participar da Brazil Conference, evento organizado pelos alunos de Harvard e do MIT. Na segunda-feira, ele participará de um encontro com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, na capital dos Estados Unidos.

Por incomodar uma ala do Planalto, a viagem de Mourão é encarada como uma "viagem pessoal" dentro do governo. Apenas a visita a Pence teria contado com o intermédio da área internacional do Planalto.

A agenda de Mourão prevê ainda uma entrevista à rede de televisão CNN. A emissora é crítica ao presidente dos EUA, Donald Trump, que já chamou jornalistas da CNN de "fake news". Quando esteve em Washington, há pouco mais de 15 dias, Bolsonaro decidiu dar uma entrevista à FOX News, a emissora que é geralmente elogiada por Trump e frequentemente escolhida pelo governo americano para entrevistas exclusivas. O governo Bolsonaro tem feito um movimento de aproximação da gestão de Trump.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, afirmou que o cargo que ocupará tem limitações, mas que trabalhará para ajudar o presidente eleito Jair Bolsonaro na sua determinação de combater a corrupção e economizar os gastos públicos. A afirmação foi dada em entrevista postada nas redes sociais.

“Sou limitado pela Constituição. Tenho de buscar um espaço que, dentro da legalidade, eu possa auxiliá-lo”, disse o militar da reserva, durante entrevista à emissora do Portal UOL. A entrevista foi postada na conta do Twitter do general.

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Mourão afirmou também que, para economizar, será necessário reduzir o número de 29 ministérios para algo em torno de 16. Segundo ele, a partir das fusões das pastas, como o superministério da Economia, que reunirá Planejamento, Fazenda e Indústria e Comércio, será possível reduzir despesas.

“É o que eu chamo de economia da moedinha. Vai começar a pingar moeda no cofrinho, vai gastar menos papel, menos copinho de café, menos tonner, a máquina vai ser enxugada.”

O vice-presidente disse ainda que buscará contribuir com o governo eleito no esforço de “restringir áreas onde a corrupção flui”. Ele não citou exemplos nem forneceu detalhes.

Vice-presidente eleito, o general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o temor demonstrado por jornais estrangeiros, artistas e políticos diante do futuro da democracia com o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) é "choro de perdedores". Em entrevista à BBC News Brasil, Mourão disse que apresentar Bolsonaro como um antidemocrata é um "desserviço à nação".

"Eu acho que isso é choro de perdedores. Esse grupo que esteve no poder por tanto tempo não admite um dos princípios básicos da democracia que se chama alternância de poder. Então, ele não pode querer nos criticar como sendo antidemocratas", observou.

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"Prestam um desserviço à nação no momento em que buscam com seus contatos internacionais apresentar o presidente Bolsonaro como um homem antidemocrata, com todos esses pejorativos que foram colocados", completou, pontuando que em breve, ele e Bolsonaro, pretendem ir ao exterior mostrar quem são.

Mourão, que já disse não pretender ser um "vice decorativo" - expressão usada pelo presidente Michel Temer (MDB) para expressar sua mágoa com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) antes do impeachment -, também detalhou na entrevista que pretende atuar em "pequenos conselhos" criados a partir da pulverização do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão).

"Eu vejo que sou um assessor privilegiado. Privilegiado porque fui eleito junto com ele. Os demais assessores que forem escalados podem ser mandados embora a qualquer momento. Eu permaneço. Nós somos irmãos siameses", comparou. "Então, a minha visão é cooperar em tudo aquilo que ele julgar necessário dentro do meu conhecimento, da minha expertise. Se pudermos coordenar alguns trabalhos, projetos que ele julgue necessário, eu estarei pronto pra isso", acrescentou.

O general tratou ainda sobre um dos temas mais polêmicos da campanha de Bolsonaro, o suposto "kit gay" que teria, segundo o presidente eleito, sido criado pelo então adversário Fernando Haddad (PT). O Tribunal Superior Eleitoral classificou a afirmativa como "fake news".

Sobre o assunto, Mourão amenizou e disse que a escola tem que saber dos seus limites. "Na realidade, o que houve foi um projeto ideológico levado às escolas e você não pode querer ultrapassar os limites que a família estabelece dentro do seu lar. A forma como você educa seus filhos é uma prerrogativa... Isso aqui não é um Estado totalitário. Na antiga União Soviética, os filhos eram retirados dos pais e eram educados pelo Estado, assim como em outros países que viveram sob esse regime. Então, a escola precisa saber dos limites e o nosso Ministério da Educação, em determinado momento, não entendeu isso", argumentou.

Em seu primeiro vídeo de apoio ao candidato do PSDB ao governo de São Paulo nas eleições 2018, João Doria, o general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa Jair Bolsonaro (PSL), gravou um vídeo, que será divulgado pelo seu partido, em que pede votos para o candidato ao governo de São Paulo usando o nome do presidenciável. No material que a reportagem teve acesso, Mourão diz que "para um Brasil de Jair Bolsonaro presidente", São Paulo deve ter Doria como governador. O apoio contraria determinação do próprio postulante à Presidência que, temeroso de perder votos, decretou neutralidade nas disputas estaduais.

Durante os dois minutos de gravação, Mourão enumera várias qualidades de Doria, em sua visão, e cita duas vezes o nome do presidenciável Jair Bolsonaro. "Para o Brasil da verdade, da honestidade, da responsabilidade e da lealdade, ou seja, o Brasil que todos nós queremos, o Brasil de Jair Bolsonaro presidente, temos que ter em São Paulo, como um grande peão dos Estados da federação, João Doria como o seu novo governador", afirmou.

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Bolsonaro já informou que não apoiará Doria e que se manterá neutro da disputa em São Paulo, embora tenha afirmado que Márcio França (PSB) "tem apoio do PT". No material, que também será utilizado pela campanha de Doria, o general disse ainda que o candidato do PSDB é um homem "que tem grandes características que nós militares e qualquer ser humano consideram fundamentais, como a coragem e a moral".

"Precisamos desse tipo de gente com coragem, de enfrentar o que tem que ser enfrentado. João Doria é um administrador comprovado, conhece os meandros da administração pública", disse.

Mourão ainda sustentou que São Paulo será administrado "impecavelmente" por Doria, dentro de princípios que balizam administração pública, como a legalidade, impessoalidade, moralidade e a publicidade. "Os recursos públicos serão empregados de forma correta", declarou.

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), selou apoio nesta quarta-feira, 17, ao candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB). Os dois se encontraram pela primeira vez nesta quarta, em um hotel na zona sul de São Paulo. Eles conversaram sobre política, tiraram fotos e gravaram vídeos, que serão utilizados na campanha do tucano.

A decisão de Mourão de apoiar Doria foi comunicada pelo Estado ao presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que reagiu com surpresa e disse não saber da reunião. Bolsonaro já havia anunciado que não daria apoio a Doria e que se manteria neutro na disputa em São Paulo.

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O PRTB teria deixado claro a Doria que o apoio a ele seria apenas do partido e de Mourão, e não da chapa de Bolsonaro. "A gente respeita a opinião do PSL, mas temos a nossa autonomia para tomar as nossas decisões no Estado de São Paulo", disse um interlocutor do PRTB ao jornal O Estado de S. Paulo.

O encontro foi acompanhado pelo presidente do PRTB, Levy Fidelyx, e foi considerado uma extensão do apoio manifestado pelo partido à candidatura de Doria. O material feito na reunião será utilizado nas redes sociais dos dois partidos, a partir desta quinta-feira, 18. Caso seja recebido bem pelos eleitores, será usado também no programa eleitoral de Doria.

Na reunião, Mourão e Doria também conversaram sobre as suas afinidades políticas. No último dia 12, Doria tentou, sem sucesso, se encontrar com Bolsonaro, no Rio de Janeiro. O presidenciável teria informado a Doria que estava indisposto, apesar de ter recebido várias visitas de apoiadores durante o dia, em sua casa, na Barra da Tijuca.

O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), cancelou a entrevista coletiva que havia convocado para a na tarde desta quarta-feira, 17.

A assessoria de imprensa do PRTB não informou o motivo do cancelamento da entrevista e afirmou que o general Mourão segue em compromissos privados.

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Esta seria a primeira coletiva convocada por Mourão desde que ele foi desautorizado pelo próprio Bolsonaro a falar em público, em meio a declarações controversas sobre o décimo terceiro salário, Constituição e famílias comandadas por mulheres, no fim de setembro. Desde então, ele tem se restringido a fazer agendas fechadas e falado pouco à imprensa.

Em entrevista ao Jornal Nacional um dia depois do primeiro turno, Bolsonaro qualificou as falas do vice como "caneladas". "Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente", emendou.

Pouco antes de embarcar de volta para o Rio de Janeiro, onde vai se reunir com o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, o general Hamilton Mourão disse que "não é inimigo da imprensa", mesmo que (a imprensa) "bata muito" nele. "A imprensa é para os governados e não para os governantes. Vocês já me viram reclamando?", questionou, justificando que não reclama da imprensa, "que não vai mudar seu jeito" e que "podem bater à vontade porque a carcaça é boa". Sobre a fala em relação ao seu neto de que era "branqueamento da raça", Mourão afirmou que "estava brincando" e desabafou: "fui um idiota".

O general Mourão não quis comentar o que chamou de brincadeira, que disse no dia anterior, ao apresentar seu neto na chegada em Brasília e dizer que ele era "branqueamento da raça". Já com outro tom, o general afirmou que não queria falar disso e que não tinha nada a esclarecer, reiterando: "vocês sabem que foi uma brincadeira e as pessoas levam para outro lado". E desabafou: "Fui idiota. Porque eu brinco e as pessoas não entendem o que é uma brincadeira. Eu sou um cara sincero. Vocês têm de entender isso".

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Perguntado se ia mudar seu jeito por causa da campanha, ele respondeu: "Não. Jamais vou mudar meu jeito. Eu tenho de ser o que eu sou. Eu tenho 65 anos de idade, seu eu mudar, é horroroso. Meus filhos se preocupam comigo, mas eu já disse a eles: é o meu jeito."

O vice de Bolsonaro disse reconhecer que estão ocorrendo problemas nas urnas, em vários pontos do País, mas fez questão de dizer que vai confiar no resultado das eleições. O general defendeu mudanças no sistema eleitoral porque "os partidos são muito fracos", destacando que já houve debandada da base dos demais candidatos para Bolsonaro e que já conta com o apoio de cerca de 350 parlamentares.

Ao falar das urnas, o general Mourão declarou: "Se não confiar nisso aí, acabou o Brasil". E emendou: "tem problemas na urnas umas panes, às vezes não aparece a foto, mas está tudo bem. Vamos confiar no resultado que sair porque nós vamos vencer."

Questionado se estava certo de que a eleição acabaria no primeiro turno, pró Bolsonaro, ele foi mais comedido: "Tem de ter cautela. Cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém mas, pelo que a gente vê é primeiro turno que vai acontecer. Vocês têm de andar mais pelo Brasil porque o Brasil não é entre Copacabana e o Jardim Botânico".

Na rápida entrevista no aeroporto de Brasília, Mourão reiterou o que Bolsonaro já disse em torno da base eleitoral que acredita que poderá ter no Congresso, caso vença as eleições, de cerca de 350 parlamentares, lembrando que "ela já desembarcou" dos outros candidatos. Em seguida, defendeu "mudanças no atual sistema partidário", após ressaltar que "os nossos partidos são muito fracos e não nos representam mais". Ao se referir à base, ele citou que esse número é composto por exemplo, pela bancada agropecuária, os evangélicos e os que representam as polícias. Para ele, a composição será mais em tono de nomes e não de partidos.

O general Mourão disse que ao desembarcar no Rio seguiria direto para a casa de Bolsonaro esperar, a fim de esperar o resultado das eleições no primeiro turno. Ele acredita que ao final da apuração deve haver uma fala de Bolsonaro, seja com fechamento do primeiro turno ou não, ressalvando que seriam falas diferentes. Comentou ainda que tinha falado com o deputado pelo telefone e que ele o estava esperando, "animado e tranquilo". Para ele, "se tiver segundo turno, é uma forma de trabalho, se não, é começar a tocar o governo". Sobre a possibilidade de nomes para compor o ministério, caso a disputa acabe hoje ele desconversou, salientando que "é muito cedo pra isso". E completou: "vamos aguardar. Uma coisa de cada vez".

O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), declarou nesta segunda-feira, 17, que é preciso "relevar" as últimas declarações do capitão reformado de que poderia contestar o resultado das eleições se o voto não for impresso.

"Vocês têm que relevar um homem que quase morreu há uma semana, fez duas cirurgias. Vamos relevar o que ele disse", disse o general a jornalistas, após participar de um evento no Secovi-SP. Minha posição é o jogo é essa, vamos jogar e vencer no primeiro turno. Quem vencer, venceu. Só tenho pena do Brasil se o PT vencer", complementou.

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O candidato disse ainda que a decisão sobre substituir Bolsonaro nos debates e demais compromissos de campanha cabe o próprio candidato. "O candidato é o Bolsonaro. Sou o apêndice dele. Depende que ele aceite (a substituição nos debates) e os demais candidatos também."

Um dia após declarar que defende uma Constituição não elaborada por pessoas eleitas, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), reagiu às críticas de que teria uma postura antidemocrática. "Não sei por que eu sou antidemocrático. Mas, tudo bem, deixa pra lá. É um carimbo que querem colocar em mim, que eu rejeito", declarou. E completou: "Se eu fosse antidemocrático, não estaria participando de uma eleição. Estaria limpando as armas e aguardando o momento".

Mourão disse que sempre fala em suas palestras que existe um consenso dos pensadores brasileiros que a Carta de 88 é um problema. "Seria muito bom que pudéssemos trocá-la. Mas, todo mundo sabe muito bem que o presidente da República, por si só, não tem esse poder. As pessoas têm de ter consciência disso. O pessoal não gosta, acha um absurdo, mas eu tenho direito de externar a minha opinião", comentou, citando a candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, que o criticou. "É um direito dela."

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Mourão falou à reportagem, por telefone, ao desembarcar em Manaus nesta sexta-feira, 14, antes de fazer uma palestra para 300 empresários. O candidato a vice também comentou as críticas que tem recebido por parte de setores da própria campanha, segundo as quais ele estaria querendo substituir Bolsonaro. "O pessoal dispara tiro pra tudo que é lado", minimizou. "Eu estou fazendo minha parte. Como eu vou tomar o lugar dele? O candidato é ele", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), General Mourão (PRTB), defendeu, nesta quinta-feira, 13, que o Brasil precisa de uma nova Constituição elaborada por "notáveis" e aprovada em plebiscito pela população, sem a eleição de uma Assembleia Constituinte.

O candidato disse que a elaboração da última Constituição brasileira, de 1988, por parlamentares eleitos, "foi um erro", e defendeu que a nova Carta deveria ser criada por "grandes juristas e constitucionalistas". As declarações foram feitas em palestra no Instituto de Engenharia do Paraná, em Curitiba.

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"Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo. Já tivemos vários tipos de Constituição que vigoraram sem ter passado pelo Congresso eleitos", defendendo que esse tipo de documento, sem a participação de eleitos, já esteve em vigor em períodos democráticos do País, não apenas durante a ditadura.

Mourão acrescentou que defende pessoalmente essa opinião, que não representaria as ideias de Bolsonaro. "Teria que partir para a reforma de todas as reformas. Teríamos que ter uma nova Constituição, mas, no momento, julgo que isso é uma coisa muito difícil de a gente conseguir. Então, a regra é clara: partir do mais fácil para o mais difícil."

Para o candidato, essa "nova" Constituição deveria ser mais "enxuta" que a atual, parecida com a norte-americana, contendo apenas princípios e valores gerais para reger o País. "O restante, como o horário de trabalho do bancário, o juro tabelado, essas coisas, isso (deve estar) em lei ordinária, porque muda de acordo com os valores e o tempo", afirmou Mourão.

Em relação à campanha presidencial, o general da reserva descartou a possibilidade de mudança do nome na cabeça de chapa depois do atentado sofrido por Bolsonaro, que continua internado. Segundo o general, o deputado federal deve estar pronto "para liderar o processo" em três semanas, mas ainda não totalmente recuperado para participar de manifestações de rua. "É ele quem as pessoas vão eleger. Ninguém vai me eleger, eu sou o apêndice", declarou.

O general admitiu que houve prejuízo na campanha com a impossibilidade de Bolsonaro participar dos atos, mas afirmou que não mudou sua agenda de campanha depois do atentado. Mourão também afirmou que está com a segurança de campanha melhor reforçada depois do atentado e usando colete a prova de balas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à presidência, disse nesta terça-feira, 11, que a campanha consultará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber da possibilidade da sua participação nos debates na TV, em substituição a Bolsonaro, que ainda se recupera da cirurgia feita em decorrência do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG).

Mourão está em Brasília para uma reunião com aliados. "A gente pode solicitar se o Tribunal autoriza. Vai depender da autorização do Tribunal. Porque vamos lembrar da situação do Lula e do Haddad, apesar de serem situações distintas", disse referindo-se à impossibilidade de Haddad, candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula, de participar dos debates e entrevistas.

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Na entrevista, ainda no aeroporto, Mourão disse que manterá as atividades que estavam previstas, como encontros com empresários e produtores rurais.

No fim do dia, ele embarca para o Paraná, onde terá encontros em Cascavel e Londrina. Na semana que vem, estará no interior de São Paulo para reforçar a campanha na base do candidato tucano Geraldo Alckmin.

Mourão ressaltou que não substitui Bolsonaro em atividades de rua. "Esse negócio de eventos de rua, ser carregado pelos ombros, não pertence a mim. Eu não sou o cara de rua. O cara de rua é ele. Ele é o líder de massa", disse o candidato a vice. Ele relatou que a equipe de campanha discute as estratégias que serão tomadas na reta final.

Mourão afirmou "desconfiar" de pesquisas que apontaram grandes índices de rejeição a Bolsonaro. "Eu tenho desconfiança, pois todo lugar que vou converso com pessoas das mais diferentes camadas sociais e não vejo que essa rejeição seja tão grande assim. Não vou dizer que a pesquisa está errada, pois seria uma leviandade. Mas prefiro esperar um pouco mais."

Sobre o tom da campanha, pós-atentado a Bolsonaro, ele disse que é fase de desconstruir os discursos adversários. "Temos de ter um discurso de desconstruir algumas coisas que foram colocadas, como aquela questão das mulheres e da violência. Colocaram que ele (Bolsonaro) não respeita as mulheres. É preciso desconstruir isso", comentou.

O general da reserva Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018, registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como "indígena".

Por meio de sua assessoria de imprensa, o general da reserva afirmou que decidiu registrar-se como indígena por não ser "nem branco, nem pardo" e reforçou ser filho de índios.

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Nesta terça-feira, 14, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) também registrou sua candidatura à Presidência, com um patrimônio de R$ 2,287 milhões. Desse total, R$ 1,383 milhão é referente ao valor de cinco casas que o deputado fluminense colocou em sua declaração de bens. O restante do valor é composto por veículos e aplicações financeiras.

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, esquivou-se da polêmica em que se envolveu o general Hamilton Mourão, no primeiro evento público do qual participou como vice da chapa encabeçada por ele.

"Eu respondo pelos meus atos, ele pelos dele", resumiu Bolsonaro ao ser questionado sobre o discurso de Mourão. Ontem, em um evento na cidade gaúcha de Caxias do Sul, o general afirmou que o Brasil "herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos".

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O militar falava sobre as condições de subdesenvolvimento do País e da América Latina. Bolsonaro, que está hoje na Câmara dos Deputados, avaliou que as declarações polêmicas não mancham sua campanha e são de responsabilidade do general.

O presidenciável também comentou sobre o significado da palavra indolência. "É a capacidade de perdoar? O índio perdoa", desconversou.

O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 4 de abril, quando a Corte vai analisar o mérito do habeas corpus pedido por seus defensores. O militar afirmou que se sentiu "envergonhado" pelo que chamou de "covardia moral" do ministros do Supremo.

"Sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem 'pertences' jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. Fica o alerta de soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!".

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no sábado, 24, ele afirmou que o País vive um momento crítico e que a Justiça deveria ser um dos pilares para solucionar os problemas brasileiros, "ou vamos viver o caos". "O Judiciário tem que exercer sua responsabilidade ou vão fazer justiça com as próprias mãos", afirmou. "Os presídios estão cheios de presos pobres e os de colarinho branco soltos, com o Judiciário sentado em cima dos processos".

O general se aposentou no mês passado. Na cerimônia de despedida, ele fez críticas à intervenção no Rio e à classe política. Ele também anunciou apoio à candidatura à Presidência do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A reportagem tentou contato com o STF, mas até a conclusão desta edição não houve retorno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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