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A indústria voltou ao nível de cinco anos atrás, e as projeções para 2012 são de queda na produção das fábricas brasileiras. Em maio de 2012, a produção da indústria medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi idêntica a de agosto de 2007, e inferior a de outubro de 2007. A comparação, referente à indústria de transformação, elimina as influências sazonais.

"É um indicador chocante, há alguma coisa de muito errado na nossa indústria", diz Fernando Rocha, sócio e economista-chefe da JGP, gestora de recursos no Rio de Janeiro.

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Para 2012, as projeções da produção industrial de sete instituições consultadas pela reportagem, incluindo os departamentos econômicos dos dois maiores bancos privados, Itaú e Bradesco, indicam quedas que variam de menos 0,5% a menos 2,2%.

"Houve uma grande piora da indústria no último trimestre do ano passado, aí começou a melhorar, mas o problema é que despencou de novo", diz Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), no Rio.

Nos dados do IBGE, 95% do índice correspondem à indústria de transformação, a atividade manufatureira propriamente dita, e os outros 5% referem-se à indústria extrativa.

Sílvia nota que a queda da indústria da transformação acelerou-se até maio. No primeiro trimestre, ela caiu 0,7% ante o último trimestre de 2011, na série livre de influências sazonais. Já no trimestre de março a maio, a queda em relação a dezembro, janeiro e fevereiro atingiu 1,5%.

A difusão da queda pelos setores industriais, que havia caído no início do ano, também voltou a aumentar a partir de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está em gestação no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) o Programa Estratégico de Softwares e Tecnologia de Informação (TI) que o governo federal prepara para estimular o crescimento do setor, aumentar a presença de empresas internacionais no mercado nacional e melhorar o desempenho das exportações.

A meta do programa será aumentar em 50% a participação do segmento na economia até 2020, conforme antecipou o Secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida, à Agência Brasil. Atualmente, a área de TI tem cerca de 4% do Produto Interno Nacional (PIB), o governo quer que em oito anos o peso alcance a 6%.

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Para atingir a meta, Almeida considera fundamental aumentar as exportações da indústria instalada no Brasil e a presença de prestadores de serviço no exterior. O setor movimenta cerca de US$ 73 bilhões por ano, mas desse valor apenas US$ 3,1 bilhões foram obtidos com exportações. “Há espaço para ações visando às exportações”.

Para vender mais, o governo espera que empresas estrangeiras se instalem no Brasil e tragam seus centros de pesquisa e desenvolvimento, onde criam e aperfeiçoam tecnologia. Para Almeida, o Brasil pode ser atrativo neste momento de estagnação econômica na Europa, nos Estados Unidos e no Japão por causa do mercado interno e por causa das políticas de compra do Estado, que representa cerca de um terço da demanda em TI.

O Programa Estratégico de Softwares e TI adotará a certificação de produtos desenvolvidos no Brasil como exigência para dar margem de preferência nas compras públicas.

Além do uso de compras públicas (já previsto em lei), certificação e mercado interno, Almeida crê que o país poderá ser atrativo ao se especializar no fornecimento de tecnologias de informática para atividades econômicas em que se destaca como óleo e gás (exploração na camada pré-sal, especialmente), mineração e agronegócio. Ele também acredita que o país poderá ser plataforma de produção para o mercado latino-americano e lusófono.

A iniciativa do MCTI é bem acolhida pelas empresas do setor, conforme informa Ruben Arnoldo Delgado, presidente da Associação para a Promoção da Excelência do Software brasileiro (Softex). “O governo está fazendo o seu papel” elogiou antes de assinalar, no entanto, que o programa a ser lançado em agosto é esperado desde abril. “É preciso agir mais rápido”.

Delgado salienta que a elaboração de política de incentivo do setor deve ser abrangente porque já há vários segmentos especializados. Ele defende que mais empresas internacionais entrem no país, “precisamos ter o DNA globalizado”, mas se preocupa com a concorrência e a disputada pelo mercado interno e pela mão de obra escassa. A carência de recursos humanos especializados é problema que preocupa tanto o governo como as empresas.

Conforme o presidente da Softex, falta mão de obra com formação em escola técnica, para trabalhar na base dos processos produtivos. A falta desse tipo de força de trabalho faz com que programadores se empreguem como técnicos (que tem remuneração menor) e deixe descobertas as suas atividades. Ruben Arnoldo Delgado elogiou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como meio para qualificar o pessoal que falta na área de TI.

A Softex apresentou hoje na sede do MCTI em Brasília a segunda edição da pesquisa Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva na qual estima que haja 73 mil empresas no Brasil (96% firmas com menos de 20 empregados), com mais de 660 mil empregados, e apresentando um crescimento de 8,2% ao ano, acima, por exemplo, dos índices da indústria nacional.

O ministro Marco Antonio Raupp (MCTI) elogiou a pesquisa e disse que os dados serão úteis para o Programa Estratégico de Softwares e TI. Para Raupp a perspectiva do governo é “trabalhar ombro a ombro” com as empresas para que o setor possa crescer.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera a redução de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na noite desta quarta-feira, como "uma decisão acertada e já amplamente antecipada". Em nota, a confederação afirma que a continuidade do processo de queda dos juros se faz necessária pela desaceleração da demanda e seus reflexos na atividade produtiva.

Para a CNI, as pressões deflacionárias da economia mundial confirmam uma trajetória de inflação dentro da meta e justificam a postura mais ativa da política monetária, com cortes adicionais na taxa de juros. "A política macroeconômica continua na direção correta", ressalta a entidade.

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De acordo com a confederação, a diminuição dos juros conduz à manutenção de um patamar de taxa de câmbio mais favorável aos produtos brasileiros. Cita também que as medidas recentes de estímulo ao consumo são adequadas, embora seus efeitos se tornem cada vez menos efetivos.

A CNI destaca, porém, que juros e câmbio mais adequados e incentivo ao consumo são insuficientes para, isoladamente, reativar a atividade econômica. "A retomada da economia requer o aumento do investimento e a melhoria da competitividade", menciona a nota.

De acordo com a entidade, é urgente promover ações efetivas e de alto impacto de redução do custo de se produzir no Brasil. "Essas ações podem gerar um choque positivo de expectativas e romper a armadilha de crescer e investir pouco", conclui a CNI.

Fiesp

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo avalia que o Banco Central foi "tímido" ao anunciar um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa de juros básicos da economia, para 8% ao ano. "A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária", afirma em comunicado Paulo Skaf, presidente da Fiesp. "Precisamos que o governo acelere o ritmo de queda dos juros, pois este é um importante fator que poderá nos levar ao resgate da competitividade do país", declara a entidade.

No comunicado, a Fiesp lembra que, em setembro de 2011, quando o BC começou a baixar a taxa, os interessados nos juros altos afirmavam que seria o "fim do sistema de metas de inflação e que a inflação iria sair de controle". Ainda de acordo com a Fiesp, naquela época, a Selic era de 12,5% ao ano e a inflação projetada para 2012 era de 5,5%. "Hoje, a inflação projetada para o ano está convergindo para o centro da meta, 4,5%, e a Selic está em 8% ao ano", acrescenta a Fiesp.

Fierj

Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a redução da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, ficando em 8% ao ano, era previsível e se mostra insuficiente para ajudar no aquecimento da atividade industrial.

"Levando em conta a conjuntura internacional, a baixa atividade econômica no Brasil e a trajetória cadente da inflação, a nova redução da taxa básica de juros era previsível", declarou a Firjan em comunicado à imprensa. "O quadro de baixo crescimento tem se mostrado persistente, particularmente na indústria, onde as projeções apontam para desempenho próximo ou abaixo de zero", completou a entidade.

Na visão da Fiesp, é preciso adotar medidas para baixar custos da produção. "A extinção da multa adicional de 10% do FGTS paga pelas empresas em demissões sem justa causa, cujo custo ao setor empresarial ultrapassa R$ 3 bilhões anuais e que está na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados, seria uma ótima iniciativa nesse sentido."

O recuo de 3,2% no emprego industrial em São Paulo puxou a queda de 1,7% nos postos de trabalho na indústria do País em maio, em relação ao mesmo período do ano passado, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve redução nas vagas em 12 dos 14 locais pesquisados, mas São Paulo teve o maior impacto sobre o total nacional por ser o mais importante parque industrial do País. Na região, houve taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para a redução do pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-12,6%), metalurgia básica (-20,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%), têxtil (-8,5%), papel e gráfica (-6,8%), meios de transporte (-3,6%), vestuário (-7,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-5,7%).

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Outros resultados negativos ocorreram na Região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-3,4%). As contribuições positivas foram registradas no Paraná (2,2%) e Minas Gerais (0,3%).

Entre as atividades, ainda ante o mesmo período de 2011, o emprego recuou em 12 dos 18 ramos industriais pesquisados em maio, com destaque para as perdas de vestuário (-8,7%), calçados e couro (-6,1%), produtos de metal (-4,3%), têxtil (-5,7%), papel e gráfica (-4,6%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), madeira (-7,7%), metalurgia básica (-4,8%) e borracha e plástico (-3,0%).

Os principais impactos positivos foram observados em alimentos e bebidas (3,0%), máquinas e equipamentos (2,0%) e indústrias extrativas (3,4%).

No acumulado do ano, o emprego na indústria teve queda de -1,1%, com taxas negativas em nove dos 14 locais pesquisados e perdas em 11 dos 18 setores. São Paulo (-3,2%) voltou a apontar o principal impacto negativo, seguido pela região Nordeste (-1,8%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-2,6%).

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria teve queda de 0,6% em maio em relação a abril, já descontadas as influências sazonais, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a terceira taxa negativa consecutiva, levando a uma perda de 2,6% no período.

Na comparação com maio de 2011, o número de horas pagas recuou 2,8%, a nona taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,1%). Houve queda em 13 dos 14 locais pesquisados, além de recuo em 15 dos 18 ramos, de acordo com o IBGE.

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As principais influências negativas foram registradas em vestuário (-9,0%), produtos de metal (-5,0%), calçados e couro (-5,2%), papel e gráfica (-5,3%), têxtil (-5,8%), meios de transporte (-3,0%) e metalurgia básica (-6,1%). Na direção oposta, houve expansão nas horas pagas nas indústrias extrativas (3,1%), produtos químicos (1,4%) e máquinas e equipamentos (0,7%).

No acumulado do ano, o número de horas pagas caiu 1,7%, com 13 dos 18 setores pesquisados apontando queda. Os impactos negativos mais relevantes foram de vestuário (-7,6%), produtos de metal (-5,3%), calçados e couro (-6,2%), têxtil (-5,7%), madeira (-9,1%), papel e gráfica (-4,0%), borracha e plástico (-3,8%) e metalurgia básica (-4,7%).

Os principais aumentos no número de horas foram do setor de alimentos e bebidas (2,0%), máquinas e equipamentos (2,3%) e indústrias extrativas (4,1%). Entre as regiões, 11 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 3,9% registrado por São Paulo.

Em 12 meses, o número de horas pagas acumulou uma perda de 1,1% até maio.

O emprego na indústria recuou 0,3% na passagem de abril para maio, na série livre de influências sazonais, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando perda de 1,1% no período.

Na comparação com maio de 2011, o emprego industrial caiu 1,7% em maio deste ano, o oitavo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, e o mais intenso desde dezembro de 2009, quando a taxa ficou em -2,4%.

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Até maio, os postos de trabalho na indústria recuaram 1,1% no acumulado de 2012 e diminuíram 0,3% em 12 meses.

O governo brasileiro "vai virar o jogo" para reverter o cenário da baixa produção industrial, declarou nesta quarta-feira a presidente Dilma Rousseff. Números de maio divulgados na véspera pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acentuam o quadro de retração do setor em 2012.

Em queda há nove meses, o indicador caiu 4,3% em maio frente ao mesmo período do ano passado. Foi o pior resultado desde setembro de 2009, quando a produção encolheu 7,6%. Diante desse cenário, consultorias já começam a revisar para baixo as projeções de crescimento para o PIB deste ano.

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Questionada pela Agência Estado sobre os números do IBGE, após a solenidade de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, a presidente respondeu: "Vamos virar esse jogo". Ela não quis comentar, se o governo pretende divulgar um novo pacote de medidas, como fez na semana passada, com o PAC Equipamentos.

A produção industrial brasileira precisa crescer, em média, 1,6% ao mês de junho a dezembro, na comparação com o mês anterior, ou a indústria fechará o ano com taxa negativa, calcula o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um recuo de 0,9% na produção em maio ante abril. "Um crescimento médio abaixo disso significaria taxa negativa", disse Leonardo Mello, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. "Queda anual realmente seria um evento raro", acrescentou.

Embora o cenário descarte uma recuperação tão vigorosa, o Ipea espera um reaquecimento da atividade industrial ao longo dos próximos meses. "A aceleração demorou a acontecer e ainda não há indícios de que começou a acontecer, mas a gente espera que a defasagem das políticas monetária e fiscal ainda tenham algum efeito no segundo semestre", considera Mello.

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A queda de 4,3% da produção industrial brasileira em maio em relação ao mesmo mês do ano passado foi a mais intensa desde setembro de 2009, na mesma base de comparação, quando o indicador caiu 7,6%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve retração em 17 dos 27 segmentos pesquisados considerando-se o período interanual.

O principal impacto foi sentido no setor de veículos automotores, que caiu 16,8% em maio de 2012 ante maio de 2011, influenciado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhão-trator, caminhões, automóveis e autopeças.

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O Índice Gerente de Compras (PMI) Industrial HSBC bateu seu recorde de baixa de oito meses ao atingir em junho 48,5 pontos, graduação abaixo dos 49,3 pontos registrados em maio. Resultado da consolidação de dados de toda a cadeia produtiva, o PMI foi criado para fornecer em um único número uma visão geral e instantânea das condições operacionais da economia do setor industrial.

Pela sua forte aderência à Pesquisa Indústria Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador sinaliza que a produção industrial poderá vir negativa em junho. O PMI do HSBC obedece a uma escala de zero a 100 pontos, sendo que a marca dos 50 pontos se apresenta como a linha divisória entre crescimento e queda da atividade industrial.

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A desaceleração do PMI Industrial/HSBC em junho foi provocada, entre outras coisas, pelo menor volume de pedidos recebido pela indústria no período, afirmam a Markit Group e o HSBC Bank Brasil, responsáveis pela apuração e compilação dos dados fornecidos por um grupo de 400 empresários do setor industrial.

O PMI caiu a 48,5 pontos no mês passado, de 49,3 pontos registrados em maio, atingindo a sua menor graduação nos últimos oito meses. O índice do HSBC obedece a uma escala de zero a 100 pontos. A marca dos 50 pontos se apresenta como a linha divisória entre crescimento e queda da atividade industrial.

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Para os fabricantes consultados, o recuo é fruto da demanda fraca por parte dos clientes. O volume de novos pedidos para exportação, segundo os executivos da indústria, também caiu ao longo de junho, dando continuidade à tendência que tem sido registrada desde abril de 2011.

"Como reflexo do volume menor de pedidos, as empresas reduziram sua produção em junho", dizem os analistas da Markit e do HSBC. Cerca de 16% das 400 empresas pesquisadas registraram níveis de produção mais baixos, enquanto 14% tiveram aumento. Por sua vez, os estoques de bens finais foram reduzidos em junho pelo décimo mês consecutivo, ainda que marginalmente, e os pedidos em atraso caíram ainda mais durante o mês passado.

As empresas compraram uma quantidade menor de insumos pelo terceiro mês consecutivo e os estoques de produtos pré-produção foram reduzidos pelo 13º mês consecutivo. Mesmo assim, os prazos de entrega dos fornecedores se alongaram em junho. Ainda segundo o PMI Industrial/HSBC, 9% das empresas pesquisadas reduziram seu quadro de empregados pelo terceiro mês consecutivo. "No geral, o nível de contratação caiu de maneira sólida durante o mês e de maneira mais significativa desde outubro de 2011", dizem os analistas da Markit e do HSBC.

A pesquisa mostra também que os preços dos insumos subiram em junho, dando continuidade a uma tendência que vem sendo registrada desde setembro de 2009. O aumento das matérias-primas e as flutuações das taxas de câmbio foram citados pelos empresários, de modo geral, como responsáveis pela elevação dos custos da indústria como um todo.

A confiança em relação ao desempenho do setor industrial no terceiro trimestre, no universo das pequenas e médias empresas - aquelas com faturamento até R$ 80 milhões por ano -, cresceu em relação ao segundo trimestre, enquanto nos setores de serviços e comércio a expectativa piorou.

Segundo o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), calculado pelo Instituto de Pesquisa e Ensino (Insper) e o Banco Santander, a confiança da indústria subiu de 75,3 para 76,1 pontos, numa escala de 0 a 100 em que a marca de 50 pontos é a linha que separa otimismo de pessimismo. Nesta mesma comparação, a confiança dos empresários do setor de serviços recuou de 75,3 para 73,7 pontos e a do comércio caiu para 73,7 pontos, de 74,6 pontos no segundo trimestre.

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O IC-PMN geral, no entanto, sofreu ligeira desaceleração na passagem do segundo para o terceiro trimestre, de 75 para 74,1 pontos. Mas como o indicador ainda se encontra acima dos 50 pontos, de acordo com o superintendente executivo de Pequenas e Médias Empresas do Santander, Cesar Fischer, a atividade no segundo semestre deve crescer acima do verificado na primeira metade do ano.

A pesquisa que embasou o IC-PMN relativo ao terceiro trimestre foi feita em junho e ouviu 1.200 empresários das cinco regiões do País. Apenas na região Nordeste a confiança dos pequenos e médios empresários cresceu em relação ao terceiro trimestre. Passou de 74,8 para 75,2 pontos. No Centro-Oeste, caiu de 76,4 para 74,9 pontos; no Norte, de 79,5 para 76,8 pontos; no Sudeste, de 74,4 para 73,7 pontos; e no Sul, de 74,7 para 73,2 pontos.

Para o professor do Insper, Danny Claro, o insólito aumento da confiança dos empresários do setor industrial em detrimento dos serviços e do comércio pode estar associado ao maior ou menor grau de sensibilidade de cada setor em relação aos movimentos da economia como um todo. Como o consumidor tem sinalizado necessidade de desacelerar gastos, os setores de serviços e comércio assimilam mais rápido este sentimento do que a indústria. "Pela natureza das empresas de comércio e serviços, os donos ficam no balcão em contato com os clientes no dia a dia", diz o professor.

Na avaliação de Fischer, de modo geral, ainda que tenha ocorrido queda em alguns itens que compõem a pesquisa do IC-PMN do segundo para o terceiro trimestre, nas comparações com o mesmo trimestre do ano passado quase todos os itens estão com um nível de confiança maior.

A confiança em relação à economia como um todo caiu de 74,3 pontos para 71,2 pontos, mas está acima dos 70,5 pontos registrados no terceiro trimestre do ano passado. O faturamento caiu de 79,6 pontos no segundo trimestre para 79,4 pontos, mas fechou acima dos 76,5 do terceiro trimestre do ano passado. A expectativa de investimento das pequenas e médias caiu para 71,3 pontos no terceiro trimestre, de 72 pontos no trimestre anterior, mas se manteve acima dos 70 pontos do terceiro trimestre de 2011.

Só a expectativa em relação ao emprego cresceu. Saiu de 68,1 pontos no segundo trimestre para 68,2 no terceiro e se manteve acima dos 67,1 pontos no terceiro trimestre do ano passado.

A indústria apontou ligeira recuperação na geração de vagas no mês de maio, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram criadas 21 mil vagas, número que equivalente a um aumento de 0,6% em relação a abril. Na comparação com maio de 2011, no entanto, houve redução de 1,4%, porcentual que corresponde a menos 51 mil postos de trabalho.

A construção, que vinha registrando aumento de vagas, apresentou agora um recuo de 2,9% na passagem de abril para maio, porcentual que equivale a menos 55 mil trabalhadores empregados. Mas o saldo ainda é positivo na comparação com maio de 2011, quando houve avanço de 4,8% na ocupação, com a geração de 83 mil postos.

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A geração de vagas ainda ficou positiva em maio ante abril nos setores de serviços prestados a empresas (1,9%, com a criação de 68 mil postos), educação, saúde e administração pública (2,7%, com 100 mil vagas), serviços domésticos (2,6%, com 40 mil vagas), outros serviços (2,2%, com 89 mil postos) e comércio (0,4%, com mais 16 mil vagas).

Depois de avisar que revisará os investimentos previstos para o ano após o aumento da carga tributária da ordem de 27% para cervejas e de 10% para refrigerantes, anunciado na quinta-feira pelo governo federal e publicado no Diário Oficial da União, a indústria de bebidas agora informa que o reajuste dos preços dos produtos ao consumidor final pode ser de até 10%.

O novo valor é uma contestação ao porcentual de aumento de 2,85% estimado na quinta-feira pelo subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, para explicar as mudanças na tributação do setor.

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"A estimativa de elevação de preços em 2,85% mencionada por vários veículos de comunicação hoje (sexta-feira) não leva em conta o impacto da medida sobre o cálculo do ICMS, da margem dos varejistas e outras variáveis que compõem o preço dos produtos. Levando em contato todas estas variáveis, o aumento poderá chegar a 10% para o consumidor final", explicaram a Associação Nacional da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), em comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira.

Segundo as associações, o reajuste para as cerveja será de 5,24%, já para os refrigerantes, de 9,77%. "Para o setor de refrigerantes, além da elevação da carga tributária federal incidem mais dois efeitos: a redução de 40% dos benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus e o aumento de 100% do IPI de produtos que levam em sua composição sucos naturais", declaram as entidades.

A CervBrasil, Abrabe e Sindicerv reiteraram a revisão dos investimentos para o ano e que estão "abertas ao diálogo com o governo para que seja possível chegar a um modelo que traga melhores resultados para a economia do País."

O nível de demanda externa, indicador que faz parte da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), voltou a crescer em maio depois de cinco quedas consecutivas. O indicador pulou de 86,4 pontos em abril para 92,2 pontos no mês seguinte. Em maio de 2011, o indicador alcançou 95,9 pontos.

Nove de 14 setores pesquisados pela FGV apresentaram aumento do nível de demanda externa: minerais não metálicos, mecânica, material elétrico e de comunicações, material de transporte, produtos farmacêuticos e veterinários, têxtil, vestuário e calçados, produtos alimentares e outros produtos. De acordo com o coordenador da sondagem, Aloisio Campelo, minerais não metálicos, mecânica e vestuário e calçados foram os setores que puxaram este indicador para a alta.

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A indústria mecânica registrou aumento do nível de demanda externa ao passar de 66,8 pontos em abril para 83,8 pontos em maio, o melhor patamar desde outubro do ano passado. O setor de minerais não metálicos pulou de 68,8 para 76,5 pontos no mesmo período, enquanto vestuário e calçados teve nível de demanda externa de 82,8 pontos em maio, o mais alto desde fevereiro de 2011, ante 55,9 pontos em abril.

Campelo disse que "há uma possibilidade" de que a valorização do dólar tenha influenciado essa alta do nível da demanda externa. "Com a moeda norte-americana mais valorizada, o empresário pode diminuir o preço de seu produto em dólar que, na conversão, é compensado pelo câmbio", afirmou, em entrevista à imprensa, em São Paulo. "Ele acaba ganhando mercado, mas ainda é cedo para avaliar com precisão o efeito do câmbio."

Enquanto o setor de construção deu um salto nas contratações em abril, a indústria voltou a dispensar trabalhadores, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento das vagas na construção foi de 4,7% em relação a março, um adicional de 84 mil vagas. A indústria, por sua vez, teve um recuo de 1,6% nas vagas, o que representa menos 58 mil postos de trabalho.

"A construção chama atenção. Foram 84 mil pessoas que entraram na construção em março. E não é um crescimento de hoje, porque, em relação ao ano passado, foi a atividade que mais cresceu, quase 10%. É um reflexo do aumento do poder de compra da população", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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Na comparação com abril de 2011, o emprego na construção aumentou 9,9%, com 168 mil trabalhadores a mais, enquanto a indústria ficou estável (0%), com a dispensa de 2 mil funcionários.

"De janeiro a abril, o emprego na indústria variou 0,1%. Não se movimentou. As entradas compensaram as perdas. No mês passado, o emprego na indústria tinha dado uma puxada forte de 3,0%", explicou Azeredo. "No ano, (o emprego na) construção teve crescimento de 1,6%, com uma puxada forte agora nesse ultimo mês."

O aumento nas contratações na construção ocorreu em São Paulo e no Recife. "São Paulo puxou a construção, cresceu 9,9%, com a criação de 66.494 postos de trabalhos em um mês", disse o pesquisador. Recife também registrou crescimento expressivo na criação de vagas, de 9,8% em abril ante março, o equivalente a 11.357 postos de trabalho a mais.

Na indústria, São Paulo contribuiu para o recuo no emprego em abril em relação a março, com a dispensa de 37 mil trabalhadores, uma queda de 2,0%. Em Salvador, a redução foi maior, de 11,7%, com o corte de 21 mil vagas. Recife teve diminuição de 7,1% nos empregados na indústria em abril ante março, com o corte de 13 mil postos de trabalho. "Os investidores, que são os patrões e empregadores, ainda não iniciaram um processo produtivo que possa estar gerando postos de trabalho", apontou Azeredo.

Visando a Copa do Mundo de 2014, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Pernambuco, realizará nos dias 30 e 31 deste mês palestras com o tema “Copa 2014 - Oportunidades para Indústria da Moda - Negócios, Marcas, Símbolos e Imagens”. Os encontros serão no Agreste pernambucano, nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru. O consultor e especialista em marketing esportivo, J. Cooco, da J.Cocco Sportainment Strategy, conduzirá as palestras.

Em Santa Cruz do Capibaribe, a palestra ocorrerá na Câmara Municipal da cidade, que fica na rua Manoel Rufino de Melo, 100, no Centro. O encontro será realizado às 19h, no dia 30. Em Caruaru, no dia 31, também às 19h, o encontro será no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senai), que fica na rua João Gomes Pontes, 166, na Vila Kennedy.

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A ideia das ações é preparar as empresas locais para atender a geração de demanda e negócios que a Copa tratará para a região. Empresários de confecções, estilistas, designers, entre outros profissionais, fazem parte do público alvo dos eventos.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente no Sebrae de Caruaru, pelo telefone (81) 2103-8400 e em Santa Cruz do Capibaribe as inscrições devem ser feitas pelo telefone (81) 3731-2818.      

Em Pernambuco existem 149.753 empreendimentos, onde desses, 98% são micro e pequenas empresas (MPE). No Brasil, ao todo, há mais de 6 milhões de empreendimentos, incluindo grandes empresas e MPE. Esses números são do estudo Anuário do Trabalho 2010/2011, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconêmicos (Dieese). Todos esses dados confirmam a força e o crescente desenvolvimento do setor empreendedor brasileiro. O empreendedorismo não pode mais ser considerado uma promessa, mas sim, já é caracterizado como uma solução de mercado de trabalho.

Contudo, o estudo também revelou como o empreendedorismo pernambucano está dividido, de acordo com os setores e a abrangência de empreendimentos. Segundo o Sebrae em Pernambuco, o setor de comércio ocupa a primeira colação com 58% dos empreendimentos. Na segunda colação está o segmento de serviços, com 27%. Em seguida, quem aparece é a indústria, detentora de 11% dos empreendimentos, e por último está a construção civil com 4%.

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O porquê dos resultados

A analista do Observatório Empresarial do Sebrae em Pernambuco, Ana Cláudia Arruda (foto à esquerda), têm as justificativas dos resultados. De acordo com ela, o comércio ainda ocupa o topo do empreendedorismo no estado por conta da tradição da economia pernambucana. “A tradição da economia do estado tem uma estrutura produtiva atrelada ao comércio. Isso começou desde a época em que os mascates agiam”. Para ela, esse cenário não deve mudar brevemente. “Dificilmente esse quadro será modificado. É a lógica da economia pernambucana que foca no setor de comércio e serviços”, acredita a analista. O comércio é caracterizado pelo varejo, principalmente em relação às vendas.

O setor de serviço é outro que deve se manter por um bom tempo entre os principais empreendimentos. “É uma área bem ampla, e está muito ligada a lanchonetes, alojamentos, alimentação, serviços prestados a empresas, entre outros. Hoje a gente percebe uma segmentação para o público C, D e E e as políticas sociais têm impulsionado a demanda dessas classes. A economia ocasionou um fortalecimento no poder de consumo das pessoas”, explica Ana Cláudia.





A indústria ainda não têm tanta força em Pernambuco e na Região Nordeste como um todo. Para Ana Cláudia, o desenvolvimento econômico levou as atividades industriais para outras regiões brasileiras. “O próprio processo de desenvolvimento concentrou as grandes indústrias no sul e no sudeste. O nordeste consome os produtos industrializados vindos desses polos”, diz. Porém, este contexto está mudando. “Atualmente, em Pernambuco, está acontecendo uma retomada industrial e o estado é o destaque do Nordeste. Isso se deve muito aos empreendimentos de Suape e suas adjacências”, frisa Ana Cláudia.

O curioso disso tudo é que o segmento da construção civil ainda não têm tantos empreendimentos, entretanto, Pernambuco vive uma grande expansão do setor. “Algumas empresas da construção civil está ganhando posição na economia do estado, por causa dos investimentos para a Copa do Mundo de 2014 e até em Suape. Mas ainda vai demorar para que os empreendimentos em construção civil aumentem, porque é um setor muito especializado”, esclarece a analista.

Na página eletrônica do Sebrae existem mais pesquisas que ilustram a realidade do empreendedorismo em todo o Brasil. 























Associações representativas do setor varejista, a fabricante Souza Cruz, Receita Federal, Ministério da Justiça e Legislativo se reúnem na terça-feira para divulgar campanha que institui o preço mínimo de R$ 3 para os maços de cigarro. Segundo o comunicado do grupo, o não cumprimento da lei traz ao varejista sanções que incluem a apreensão do produto e a proibição do direito de vender cigarros por um prazo de cinco anos. O projeto do preço mínimo foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, por meio da Medida Provisória 540.

Deverão participar do evento representantes da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra Propriedade Intelectual, Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Associação Brasileira da Indústria de Panificação (Abip), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (Abresi).

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A prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em abril avançou 0,2% ante o índice apurado no fim de março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador teve sua quinta alta consecutiva, passando de 103,0 para 103,2 pontos, mas permanece abaixo da média dos últimos cinco anos (106,3 pontos).

Nos três últimos meses, a alta acumulada ficou em apenas 0,9%. De acordo com a FGV, o ligeiro aumento do ICI foi influenciado pela melhora das avaliações em relação ao momento presente.

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Na prévia de abril, o Índice da Situação Atual (ISA) cresceu 0,9%, para 104,7 pontos, o maior desde julho de 2011 (107,4). Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,5%, para 101,8 pontos, após atingir no mês anterior o seu patamar mais elevado (102,3) desde julho de 2011 (102,6). (Mariana Durão)

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) se manteve estável em 83,8% na prévia de abril, na série com ajuste sazonal, apontou a leitura preliminar. O porcentual é idêntico ao da média dos últimos cinco anos e igual ao registrado em março.

Para a prévia dos resultados da Sondagem da Indústria, foram consultadas 804 empresas entre os dias 2 e 18 de abril. O resultado final da pesquisa de abril será divulgado no próximo dia 26.

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