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Rio de Janeiro - Depois de dois meses de relativa estabilidade, a produção industrial brasileira caiu 2% em setembro deste ano na comparação com agosto, segundo divulgou hoje (1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de julho para agosto a queda tinha sido de 0,1% e de junho para julho, o órgão havia registrado aumento da produção de 0,3%.

Em relação a setembro de 2010, a produção da indústria recuou 1,6% — a menor queda nessa comparação desde abril (-1,7%). No acumulado de janeiro a setembro, a produção industrial cresceu 1,1%. E em 12 meses, a expansão chega a 1,6%.

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De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, embora o setor industrial, no terceiro trimestre de 2011, esteja no mesmo patamar de produção do mesmo período do ano passado, há sinais de diminuição no ritmo produtivo na comparação trimestral. Nos primeiros três meses do ano havia sido registrada uma expansão de 1,3%. No trimestre seguinte, houve uma queda de 0,6% e de julho a setembro (terceiro trimestre), uma retração de 0,8%.

Dos 27 ramos pesquisados, o IBGE registrou redução da produção em 16, assim como em três das quatro categorias de uso. De agosto para setembro, a retração mais acentuada foi a de bens de consumo duráveis (automóveis), em queda de 9%, e de bens de capital (caminhões), com recuo de 5,5%. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis registrou recuo de 1,3% e o setor de bens intermediários, ficou estável.

 

 

O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria ficou em 83,5% em outubro, com ajuste sazonal, um dado inferior ao de setembro, quando registrou patamar de 83,6%. Foi o menor nível desde novembro de 2009 (82,9%), segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo a FGV, o Nuci de outubro ficou 1,7 ponto porcentual abaixo do de outubro do ano passado, e próximo à média de 83,3% apurada desde 2003. Na série de dados sem ajuste sazonal, o Nuci em outubro foi de 84,7%, acima do apurado em setembro (84,4%).

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O presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou, hoje, que a indústria brasileira é competitiva "dentro da sua estrutura", mas perde competitividade "da sua porta para fora". O executivo participa de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com Johannpeter, a falta de infraestrutura do País e os impactos tributários do Brasil fazem com que a indústria não consiga ser competitiva quando comparada a outros países. "A cadeia do aço está vendo os seus mercados tomados pelas importações e competição do exterior. Parte do nosso crescimento doméstico está indo por importados que contêm aço", afirmou o executivo, citando veículos e produtos da linha branca como exemplos.

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Outro ponto que o presidente da Gerdau citou como preponderante para a perda da competitividade do Brasil é a taxa de câmbio. O executivo, no entanto, não citou qual seria a taxa ideal para ajudar na competitividade da indústria. "Um câmbio acima do que está agora sempre é melhor", disse.

As encomendas à indústria da zona do euro aumentaram 1,9% em agosto ante julho, e 6,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje a Eurostat, agência de estatísticas do bloco. Os resultados ficaram acima das estimativas dos economistas, que esperavam alta mensal de 0,5% e anual de 5,8%.

A alta anual foi a menor desde a queda de 2,8% registrada em novembro de 2009. O aumento mensal foi o primeiro desde maio deste ano. As informações são da Dow Jones.

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O emprego industrial subiu 0,4% em agosto ante julho, na série histórica livre de influências sazonais, apontou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o índice de média móvel trimestral mostrou variação de 0,1% em agosto.

Na comparação com agosto de 2010, o emprego industrial cresceu 0,6% em agosto deste ano. A variação acumulada em 2011 é de 1,6%. No acumulado dos 12 meses encerrados em agosto, o emprego industrial cresceu 2,3%.

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Pela nona vez consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou queda, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador recuou 1,6% em setembro, após cair 2,2% em agosto. O recuo na confiança em setembro foi influenciada principalmente pela piora das perspectivas em relação aos próximos meses.

O ICI, que vai até 200 pontos, caiu de 102,7 pontos em agosto para 101,1 pontos em setembro. Este é o menor patamar de confiança desde agosto de 2009 (100,2 pontos), ano em que o País sofria os efeitos negativos da crise global em sua economia. O resultado também ficou 2,9 pontos abaixo da média histórica do indicador, apurada desde 2003.

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Entre os dois subindicadores componentes do ICI, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,6%, após mostrar um recuo de 3,6% em agosto. Mas o segundo componente do ICI, o Índice de Expectativas (IE), teve queda mais intensa em setembro, de 2,6%, ante retração de 0,7% apurada em agosto. No caso do IE, o nível do indicador em setembro ficou abaixo da linha divisória entre expectativas favoráveis e desfavoráveis pela primeira vez desde agosto de 2009.

Na comparação com setembro do ano passado, o ICI registrou queda de 11% em setembro deste ano, mais forte que a apurada em agosto (-9,2%), no mesmo tipo de comparação. Ainda na comparação com setembro do ano passado, houve quedas de 10,7% e de 11,2%, respectivamente, para o Índice de Situação Atual e para o Índice de Expectativas, em setembro deste ano.

O levantamento para o cálculo do índice foi feito entre os dias 5 e 27 deste mês, em uma amostra de 1.241 empresas informantes.

A indústria está sempre reclamando do real forte, que prejudica a competitividade, reduz a utilização de insumos locais e desestimula investimentos. Mas quando a tão esperada desvalorização parece ter chegado, a notícia não é tão boa assim. A brusca variação do dólar - que saiu de R$ 1,59 no fim de agosto para R$ 1,84 na sexta-feira, alta de 15,5%, e bateu R$ 1,91 na quinta - pegou as empresas no contrapé.

O setor privado não esperava mais por esse movimento e não criou mecanismos de defesa contra o câmbio valorizado. Nos últimos anos, as companhias se endividaram em dólar e desenvolveram uma extensa rede de fornecedores no exterior. Em setores como eletrônicos, bens de capital e até autopeças, o problema pode ter se tornado crônico, porque ocorreu um desmonte das cadeias produtivas locais.

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Se a reviravolta do mercado de câmbio não for um ponto fora da curva como na crise de 2008, as empresas vão sofrer com a alta dos insumos importados e das despesas financeiras em dólar. Companhias relatam que os custos já estão subindo à medida que faturam os insumos nos portos. Até agora, optaram por absorver a alta dos custos com redução do lucro, mas, se o real ficar acima de R$ 1,80, os reajustes serão incontornáveis, com consequências para a inflação.

"Vamos suportar com redução de margem, mas será inevitável algum repasse, que varia muito conforme a mercadoria", diz Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung. "Com alta de 15% a 20% nos custos em 40 dias, não tem matemática que resolva", completa. Domingos Dragone, diretor comercial da Black & Decker, conta que o mercado está agitado, mas não é sensato reajustar preço enquanto a direção do câmbio está indefinida. "O que choca é a sensação de que seguimos sujeitos a chuvas e trovoadas no câmbio."

Para Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), "a indústria brasileira se tornou estruturalmente dependente de insumos importados, num processo que começou na década de 90, mas se intensificou nos últimos sete anos". A participação dos importados no consumo de bens industriais saiu de 10,5% em 2003 para 20,4% em 2010. Com essa mudança, variações bruscas do câmbio desorganizam os negócios.

Na semana passada, a Assistecwaff, que fabrica máquinas para a indústria alimentícia e importa insumos, negociava uma encomenda de R$ 4 milhões. Maurício Alvarenga, diretor comercial, não sabia como agir. "Não sei como estará a cotação do dólar daqui a seis meses, que é o tempo necessário para construir a máquina. É um tiro no escuro." No setor de máquinas, a fatia dos importados saltou de 28,7% em 2003 para 47,2%em 2010.

A fabricante de autopeças Mecano importa barras de aço da Itália. Ricardo Galvanese, coordenador de comércio exterior, conta que a importação foi negociada com o euro a R$ 2,20, mas a divisa pulou para R$ 2,50 semana passada. "Se o real seguir em queda, dificilmente vamos repassar para as montadoras. O prejuízo será nosso."

Dívidas. Outra maneira de aliviar o peso do real forte foi se endividar em dólar. A dívida externa do setor privado saltou de R$ 160,5 bilhões em 2007 para R$ 346,9 bilhões em agosto deste ano, segundo o Banco Central. Nos últimos dias, empresas correram para fazer "hedge" (proteção) no mercado financeiro, evidenciando sua vulnerabilidade. "Os custos de mão de obra e energia já vinham altos. Com a virada do câmbio, as margens de lucro das empresas estreitaram ainda mais", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi).

O economista David Kupfer diz que a queda do real impacta imediatamente nos custos, mas o problema pode ser amenizado por exportações mais rentáveis. Ele afirma que as empresas brasileiras desenvolveram flexibilidade para fazer o caminho contrário e buscar fornecedores locais, mas o processo dura cerca de um ano. "Por isso, é importante que a desvalorização não seja rápida demais para evitar o impacto inflacionário." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Natal de 2011 não será tão bom para a indústria brasileira quanto foi o do ano passado, avaliou hoje o gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Segundo ele, ainda que a queda na taxa de juros a partir de setembro tenda a favorecer a demanda doméstica via melhora das condições de crédito, o impacto da crise internacional na economia do País deve impedir a expansão do setor, que já vem apresentando desaceleração em relação ao ritmo registrado no começo do ano.

"Temos efeitos ambíguos. Do ponto de vista doméstico, vamos ter efeito positivo na demanda total, principalmente se houver novas reduções na taxa de juros. Mas a contração da demanda mundial em função do agravamento da crise nas economias avançadas pode contrabalançar essa tendência", disse o economista.

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Castelo Branco destacou ainda que, apesar da desvalorização recente na taxa de câmbio, o real continua forte em relação ao dólar, o que ainda prejudica a competitividade dos produtos nacionais tanto no mercado externo como dentro do próprio País, sofrendo a concorrência de importados. "A demanda das famílias continua aumentando, mas a indústria brasileira recebe uma demanda menor. Não é apenas uma questão de concorrência desleal com os asiáticos. As razões macroeconômicas ainda são preponderantes", completou.

Os indicadores industriais de julho, divulgados hoje pela CNI, mostraram uma desaceleração no crescimento do faturamento industrial, em relação ao verificado nos primeiros meses de 2011. "Esse arrefecimento se devia às medidas macroprudenciais e ao ciclo de alta de juros do primeiro semestre. Agora, a maior limitação virá do ambiente externo. A indústria vai crescer no ano, mas a um ritmo menor", concluiu Castelo Branco.

O real valorizado está aqui para ficar e as empresas têm de se acostumar com esse novo ambiente, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em entrevista concedida a correspondentes estrangeiros em São Paulo.

"O câmbio não vai mudar no curto prazo e teremos uma moeda forte por um longo período; o Brasil mudou para o grupo de países com moeda forte e com contabilidade fiscal equilibrada", afirmou Pimentel. "Os empresários terão de se acostumar a isso", acrescentou.

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Pimentel afirmou ainda que os indicadores recentes sobre a produção industrial foram "muito ruins" e causaram profunda preocupação no governo.

Pimentel rejeitou acusações de que a regulamentação sobre as compras governamentais, parte do Plano Brasil Maior, seja protecionista. Segundo ele, países vizinhos membros do Mercosul também serão beneficiados pelo plano, o qual prevê o pagamento pelo governo de 25% a mais nas compras de bens que contenham 40% de produtos nacionais ou de qualquer país do Mercosul.

"As críticas de protecionismo são fáceis de serem feitas e podem ser atribuídas a qualquer medida", disse Pimentel. "Estamos implementando, com muitos anos de atraso, o ato Buy America. Isso não é protecionismo." O ato Buy America foi transformado em lei nos Estados Unidos pelo presidente Franklin Roosevelt em 1933.

"Protecionismo seria se proibíssemos as importações. Por exemplo, não vamos proibir as importações de carros, mas vamos encorajar os que produzem localmente", disse. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, avaliou que as medidas apresentadas nesta terça-feira (2) pelo governo para estimular a indústria devem ser vistas como um "pontapé inicial". "Não é que sejam ou não sejam suficientes. Estamos dando hoje o início a um processo importante para a indústria do País", afirmou Andrade, ao final da cerimônia de lançamento do Plano Brasil Maior.

"O importante é que o País tenha a definição certa para fazer a indústria crescer e se desenvolver", disse Andrade, acrescentando que depois de avaliar os detalhes do plano discutirá com o governo a possibilidade de ajustes e novas medidas.

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Prudência

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, considerou prudente, por parte do governo, apresentar o plano de desoneração para alguns setores, com a promessa de que outros também serão contemplados no futuro.

"Foi prudente fazer esse passo a passo com a afirmação de que a desoneração será permanente", afirmou Godoy, ao sair do evento de lançamento da nova política industrial Brasil Maior.

Segundo ele, é importante que a indústria consiga manter a sua competitividade no mercado interno e também com seus concorrentes internacionais. "Não podemos perder o espaço que conseguimos", afirmou.

O Plano Brasil Maior, anunciado hoje, contará com desoneração da folha de pagamentos em setores intensivos em mão de obra, como confecções, calçados e artefatos, móveis e software. O detalhamento está no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com o material de divulgação, a desoneração é um projeto piloto que se estenderá até o próximo ano e terá medidas acompanhadas por um Comitê, formado por governo, sindicatos e setor privado.

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O plano conta com o regime especial de tributação para o setor automotivo. O incentivo tributário terá como contrapartida investimento, agregação de valor, emprego, inovação e eficiência. Conforme o plano, estão assegurados os regimes regionais e o acordo do Mercosul.

A produção de bens de capital registrou queda de 1,9% em junho ante maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com junho de 2010, houve expansão de 6,2%. No acumulado do ano, a produção de bens de capital teve alta de 6,5%. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 10,0%.

A queda de 1,6% na produção industrial na passagem de maio para junho fez o índice de média móvel trimestral registrar o primeiro resultado negativo desde outubro de 2010, com uma variação de -0,9% para o trimestre encerrado em junho, segundo o IBGE.

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A produção industrial recuou 1,6% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou hoje o IBGE. Na comparação com junho de 2010, a produção subiu 0,9%. Até junho, a produção da indústria acumula altas de 1,7% no ano e de 3,7% nos últimos 12 meses.

O nível de atividade na indústria da construção civil apresentou 52,4 pontos em junho, ante 53,1 pontos apurados em maio, conforme a Sondagem da Construção Civil divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em junho de 2010, o indicador estava em 53,8. Pelos critérios da sondagem, pontuações superiores a 50 pontos mostram uma expectativa positiva e números inferiores sinalizam retração ou expectativa negativa.

Quanto ao nível de atividade efetivo em relação ao usual, o indicador mostrou estabilidade, passando de 50,9 em maio para 51,0 em junho. Ao mesmo tempo, o número de empregados do setor se manteve em 52,6, ante 51,9 informado no período anterior.

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Em nota, a entidade destaca que este foi o segundo mês de expansão na atividade. "A situação financeira, que no primeiro trimestre foi avaliada como satisfatória, agora já é considerada mais que satisfatória. O acesso ao crédito foi considerado difícil, mas essa sensação foi menos disseminada que no trimestre anterior", acrescenta a CNI.

Em julho, a expectativa dos empresários da indústria da construção para os próximos seis meses ficou em 61,1 pontos. Para os próximos seis meses, a expectativa é de crescimento, embora os empresários se mostrem menos otimistas do que no ano passado. A expectativa, segundo a CNI, é de que o setor continuará registrando expansão até o final de 2011, mesmo diante da desaceleração vista nos primeiros meses do ano.

Para a pesquisa, a CNI entrevistou 411 empresas, sendo 212 de pequeno porte, 149 médias e 50 grandes, entre os dias 1º e 15 deste mês.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, manteve a trajetória de queda e recuou 2,5% em junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a sexta queda consecutiva do ICC. Em maio, o indicador caiu 1,2% ante abril. De maio para junho, o indicador passou de 109,9 pontos para 107,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Este é o menor nível da confiança da indústria desde outubro de 2009 (107,0 pontos).

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que caiu 3,5% em junho após mostrar queda de 1,7% em maio. Com o resultado, o ISA atingiu o pior nível desde outubro de 2009. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que cedeu 1,7%, em comparação com a queda de 0,6% em maio, e registra em junho o patamar mais baixo desde setembro de 2009.

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Na comparação com junho do ano passado, o ICI registrou queda de 7,3% esse mês, recuo mais intenso do que a taxa negativa de 4,8% apurada em maio, no mesmo tipo de comparação. Ainda na comparação com junho do ano passado, houve quedas de 9,8% e de 4,6%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em junho deste ano.

O ICI é elaborado a partir de cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas destes tópicos, a FGV elabora o resultado do índice que vai até 200 pontos, sendo que o desempenho do indicador é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 2 e 27 deste mês, em uma amostra de 1.146 empresas informantes.

A produção industrial aumentou em maio em relação a abril, conforme a Sondagem Industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de produção do mês passado registrou 52 pontos. Em abril, ele havia ficado em 47,6 pontos. Na pesquisa, valores acima de 50 pontos indicam crescimento e, abaixo disso, retração.

Apesar da recuperação, a CNI avalia que o crescimento não foi suficiente para trazer a atividade de volta ao nível considerado padrão pelos empresários. Em maio do ano passado, o nível de atividade marcou 54,9 pontos. "Atividade industrial permanece abaixo do usual", cita o estudo da CNI.

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Uso da capacidade

A utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria recuou de 46,2 pontos em abril para 46,1 pontos em maio, ficando ainda mais longe da linha divisória dos 50 pontos. De acordo com a CNI, o porcentual médio de utilização da capacidade instalada chegou a 74% em maio, ante 73% em abril.

O estudo mostra, porém, que os empresários continuaram otimistas em maio em relação às perspectivas para os próximos seis meses, considerando todos os quatro indicadores analisados: demanda no mercado interno, exportação, compras de matérias-primas e número de empregados.

Segundo a CNI, o indicador de exportação, que estava abaixo da linha divisória de 50 pontos em maio, deixou de estar na faixa de pessimismo ao registrar 50,4 pontos em junho. As expectativas para compras de matérias-primas e número de empregados tiveram queda em relação à pesquisa anterior, mas continuam positivas. A Sondagem Industrial da CNI foi realizada entre os dias 31 de maio e 15 de junho, com 1.792 empresas (943 pequenas, 566 médias e 283 grandes).

As encomendas à indústria da zona do euro - que reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda - aumentaram menos que o esperado em abril, o que indica que o crescimento industrial da região continua fraco. As novas encomendas subiram 0,7% em abril ante março, segundo dados divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Na comparação com abril do ano passado, a alta foi de 8,6% - a menor desde janeiro de 2010.

O resultado mensal ficou acima das estimativas dos economistas, que eram de queda de 1,0%, mas o avanço anual foi menor que os 14,0% previstos. Na Alemanha, a maior economia da zona do euro, as novas encomendas à indústria subiram 2,4% em abril, após caírem 2,5% em março. Na França, houve queda mensal de 1,2% pelo segundo mês seguido. A Irlanda registrou a maior alta mensal entre os países do bloco, de 11,2%.

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Excluindo equipamentos pesados como navios, trens e aviões - que são itens voláteis -, as encomendas à indústria da zona do euro caíram 0,6% em abril ante março e subiram 7,3% ante o mesmo mês do ano passado. Este foi o dado anual mais fraco desde janeiro de 2010.

França

Em outra divulgação do dia, a agência nacional de estatísticas da França, a Insee, informou que o sentimento do empresariado do país melhorou em junho, com os executivos considerando que a produção se acelerou recentemente e sendo mais otimistas sobre a atividade nos próximos meses.

O índice de confiança das indústrias subiu para 109 em junho, ante o patamar de 106 em maio. Economistas previam uma leitura estável em 106 em junho. Uma medida do sentimento das empresas que inclui atacado, construção, varejo e serviços e indústria permaneceu em 108 em junho. As informações são da Dow Jones.

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