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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro de "genocida". A fala se deu na Marcha das Margaridas, em Brasília, manifestação política de mulheres ligadas à agricultura familiar.

O petista também assinou oito decretos voltados ao setor de agricultura familiar. Entre eles, o do Programa Quintais Produtivos e outro que dá preferência para famílias chefiadas por mulheres na fila de para assentamento na reforma agrária.

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Lula pediu desculpas por deixar a plateia esperando no sol. A reportagem viu ao menos três mulheres passando mal no meio do público. Uma delas esperou ao menos 25 minutos, deitada no chão, a chegada de uma ambulância. O petista disse que, na terça-feira (15), quando participou da posse do presidente do Paraguai, foi "premiado" com uma cadeira sob o sol.

O presidente da República voltou a se referir a Jair Bolsonaro, seu principal adversário político na atualidade, como "fascista" e "genocida". Lula disse no início de seu discurso que precisaria ser breve porque tinha uma ligação internacional para fazer. Ele fala com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, às 12h45. Mesmo assim, o petista leu um discurso e depois falou de improviso.

O novo formato do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) agora é lei. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira (20) o texto aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. A iniciativa, criada pela primeira vez há quase 20 anos, no âmbito do Fome Zero, une o incentivo à produção dos agricultores familiares ao fornecimento de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.

“O governo está investindo na qualidade da alimentação do povo brasileiro. Está investindo para que tenham direito às calorias e proteínas necessárias, para que as crianças possam tomar café, almoçar e jantar, e comer o suficiente para não morrer de fome. Está investindo para ajudar o pequeno e médio produtor rural que muitas vezes plantam e não têm acesso a mercados para vender seus produtos”, destacou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante o ato de sanção do PAA.

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Desde 2003, o investimento federal na iniciativa já soma mais de R$ 8 bilhões, com a participação de mais de 500 mil agricultores familiares. Nos últimos anos, o programa foi extinto pela antiga gestão do Governo Federal. Já em março deste ano, o presidente Lula relançou o PAA por meio da Medida Provisória nº 1.166. Em abril, o Decreto nº 11.476regulamentou o funcionamento do programa.

"O programa consolida uma integração de políticas governamentais com a pequena produção, de modo especial. Temos de um lado a ampliação do próprio orçamento, no ano passado tínhamos só R$ 2 milhões do PAA. E por autorização do presidente Lula e a equipe econômica, já na largada autorizou patamar de R$ 500 milhões", apontou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Assistência Social, Família e Combate à Fome. 

Em junho, a ação contou com 6.129 agricultores e agricultoras em todo o país, em 643 municípios produtores. Na folha de pagamento de junho, foram investidos quase R$ 18 milhões para assegurar o fornecimento de 4.353 toneladas de alimentos. Ao todo, 1.186 entidades foram atendidas no mês passado. Do início deste ano até o mês de junho, foram repassados R$ 50,34 milhões para 10.266 agricultores.

“O PAA responde a dois pilares. O primeiro é o de aumento da produção de alimentos no país, ajudando o orçamento da agricultura familiar porque a venda é certa e, como ele vende, tem recurso para organizar sua produção e vender para o mercado também. O outro pilar é acabar com a fome no Brasil, e esses alimentos são distribuídos nas comunidades com insegurança alimentar. Comida de qualidade na mesa do povo para tirar o Brasil do mapa da fome”, pontuou Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. 

O novo formato prioriza a compra de alimentos produzidos por famílias inscritas no Cadastro Único e, em seguida, para os povos indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores, negros, mulheres, juventude rural, idosos, pessoas com deficiência e famílias de pessoas com deficiência como dependentes.

"E eu destaco vários pontos que melhoram o programa, aumenta o patamar, a gente tinha uma condição de compra fixado em R$ 12 mil, foi ampliado para R$ 15 mil. Isso permite uma garantia de renda melhor por parte dos produtores. Nós temos uma política de atender a todos os pequenos produtores, mas prioridade para atender indígenas e quilombolas. E a necessidade e a determinação para o programa comprar o mínimo de 50% de mulheres produtoras de todo o Brasil", detalhou o titular do MDS. 

Além disso, a nova lei determina que, sempre que possível, um mínimo de 30% das compras públicas de gêneros alimentícios deverá ser direcionado à aquisição de produtos de agricultores familiares e de suas organizações. Prevê ainda que o mesmo percentual de recursos para aquisição de alimentos do Programa Cozinha Solidária seja destinado a pequenos agricultores.

“É uma alegria poder vivenciar a sanção do projeto de lei que recria, definitivamente, o Programa de Aquisição de Alimentos e o recria com uma estratégia de buscar, cada vez mais, fazer com que esse alimento chegue a quem mais precisa”, comemorou a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal. “Queremos inserir cada vez mais os agricultores que estão na base do nosso Cadastro Único, que são beneficiários ou potenciais beneficiários do Bolsa Família, para ofertar uma porta de entrada ao mundo da comercialização e do acesso aos mercados para esses agricultores”, acrescentou a secretária.

O novo desenho do PAA traz ainda o aumento no valor individual que pode ser comercializado pelos agricultores familiares, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, nas modalidades Doação Simultânea, Formação de Estoques e Compra Direta. Também retoma a participação da sociedade civil na gestão, por meio do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (GGPAA) e do Comitê de Assessoramento do GGPAA, e institui a participação mínima de 50% de mulheres na execução do programa no conjunto de suas modalidades (antes era de 40%).

"Esse programa se soma também com as compras governamentais. Nesta quarta-feira (20.07), tivemos a oportunidade de vários ministérios, celebrarmos todo um protocolo para as compras governamentais. Por determinação do presidente, no mínimo 30% da compra de alimentos. Lá atrás já tínhamos a alimentação na rede escolar, que agora amplia com mais creches, mais escolas de tempo integral e com as Forças Armadas, a rede de saúde, a assistência social, integrado com estados e municípios, várias entidades, o que coloca a chance de grandes resultados", concluiu Wellington Dias.

O PAA

O programa consiste na compra pública de produtos da agricultura familiar, com dispensa de licitação, para distribuir a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, a entidades da rede socioassistencial, a equipamentos públicos de alimentação e nutrição, bem com restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos, e à rede pública e filantrópica de saúde, educação e justiça.

A ação do Governo Federal para a inclusão produtiva rural das famílias mais pobres pode ser executada pelos estados e municípios com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) ou pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com recursos disponibilizados pelo MDS e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Os produtos são adquiridos a preços compatíveis com os praticados nos mercados regionais. São cinco modalidades ofertadas: Compra com Doação Simultânea, PAA-Leite, Compra Direta, Compra Institucional e Apoio à Formação de Estoques.

Da Assessoria de Comunicação - MDS

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) terá R$ 50 milhões no Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/24 para a Política de Garantia de Preços Mínimos destinada a Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio). O objetivo é garantir o preço mínimo estabelecido pelo governo federal a 17 produtos extrativos.

Em nota, a estatal afirmou que o recurso reflete um esforço do governo para fortalecer povos e comunidades tradicionais. "É o governo federal atuando para garantir, ao menos, um preço justo à produção extrativa", afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto.

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Atualmente, os produtos amparados pela PGPMBio são açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha natural, buriti, cacau, castanha do brasil, juçara, macaúba, mangaba, murumuru, pequi, piaçava, pinhão, umbu e pirarucu de manejo.

A partir deste ano, o somatório de subvenção por beneficiário terá aumento e passará a ser de R$ 15 mil por ano. No entanto, cada produto subvencionado permite um limite específico.

Os preços mínimos dos produtos extrativos da safra 2023 foram atualizados por meio da Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nº 534, publicada no final do ano passado. Os novos valores são fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de acordo com a proposta enviada pela Conab para o ministério.

A PGPMBio contempla agricultores familiares, extrativistas, agroextrativistas, silvicultores, assentados de reforma agrária, aquicultores, pescadores artesanais, indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombolas, faxinais, quebradeiras de coco babaçu e demais povos e comunidades tradicionais. Para receber o complemento de preço, os extrativistas ou suas cooperativas devem fazer o cadastro no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais, Público do PAA/PGPMBio (Sican).

Durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez referência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estimulava a compra de armas.

"Diferente de outros presidentes, não estou mandando vocês comprarem armas; quero que vocês produzam o máximo que puderem de alimentos. A grande arma que precisamos no País é o povo de barriga cheia", afirmou Lula no final da manhã desta quarta-feira (28).

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O presidente também disse desejar que os recursos do Plano Safra da Agricultura Familiar cheguem a todo o País, e não fiquem concentrados apenas em alguns Estados. A cerimônia ocorre no Palácio do Planalto.

Ao longo de quase quatro décadas de existência, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra defende suas ações, ao dizer para o país que ocupar as terras improdutivas não é o mesmo que invasão. A política de Reforma Agrária somente desapropria terras que não cumprem sua função social, ou seja, a Constituição Federal afirma que as terras que não são utilizadas para plantio nem para moradia, serão desapropriadas e destinadas para a Reforma Agrária. Para a sua defesa, o movimento se utiliza dos artigos 182 e subsequentes da Constituição, assim como também, do Estatuto da terra (Lei nº4.504/1964).

A ocupação sempre é legitimada e definida pelo MST como uma forma de fazer pressão e chamar atenção para o descaso com a Reforma Agrária. Um exemplo disso, foram as ocupações realizadas em fevereiro deste ano no sul do estado da Bahia, em três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano, maior produtora mundial de celulose. Segundo integrantes do movimento, a terra estava ''abandonada'' há 15 anos. A ação fez com que 1700 famílias do MST na Bahia reivindicassem a ''desapropriação imediata'' para realizar uma reforma agrária.

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No dia 7 de março, a justiça determinou o cumprimento das reintegrações de posse. A desocupação foi acompanhada pela assistência social e por seguranças da empresa. O MST estava acampado em áreas nas cidades de Caravelas, Mucuri e Teixeira de Freitas.

Na época, em entrevista ao Brasil de Fato, o movimento disse que inicialmente a saída das áreas foi colocada como condicionante para que a reunião com a empresa acontecesse. “Como a gente já desocupou em outros momentos e eles não cumpriram, tomamos a decisão de não desocupar simplesmente para ter reunião. O que fizemos foi cumprir a reintegração de posse decidida pela Justiça mediante a chegada de força policial”, explicou Evanildo Costa, da direção nacional do MST na Bahia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no período da campanha eleitoral do ano passado, trouxe promessas para seus apoiadores de que iria punir as militâncias do MST e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). “Banir os marginais vermelhos”, “tipificar o MST e o MTST como terroristas”, foram frases que fizeram parte do discurso do político do Partido Liberal. Embora os dois movimentos ainda sejam tratados de maneira abstrata e superficial pelo ex-mandatário, eles reúnem milhões de trabalhadores que, devido à ausência do Estado, se organizam em todo território nacional para cobrar direitos.

Foto: Bárbara Lima / Flickr

Uma curiosidade, é a que o MTST foi fundado em 1997, 13 anos após a criação do MST, porém continuam sendo confundidos. Enquanto o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra defende as ocupações em terras rurais o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto protesta contra a desigualdade habitacional nas grandes capitais do país. O MTST é entendido por integrantes da sua militância como uma vertente urbana do MST. Ambos lutam por moradia.

Em entrevista ao LeiaJá, o jovem Ivo Luan que é coordenador político da Fogo no Pavio, movimento composto pela juventude do MTST, disse que é importante defender esses dois movimentos sociais que têm vários pontos em comum, e que lutam por causas importantes. "O MST já vem de um tempo no Brasil e solicita a Reforma Agrária. É um movimento de luta no campo, para que o povo tenha acesso a plantar e tenha um espaço em terras que não estão sendo utilizadas, ou que estão sendo utilizadas de forma criminosa pelas grandes indústrias. Já o MTST surge para pautar os problemas sociais que a gente tem nas capitais", pontuou.

Ivo Luan em discurso no centro do Recife - Foto: Arquivo pessoal

Sobre a sua participação em um movimento considerado como uma vertente urbana do MST, Ivo diz que sua história de vida lhe estimula a defender e participar do movimento. ''O MTST para mim que sou um jovem negro da capital pernambucana, que enfrento essa insegurança habitacional e alimentar, é um movimento para que possamos nos organizar e começar a combater os desafios que encontramos de forma cotidiana. Eu hoje participo da Fogo no Pavio que é a juventude do MTST, e a gente pauta as questões abordadas no movimento. A nossa juventude pauta a falta de moradia, a insegurança alimentar, a falta de merenda nas escolas públicas, a falta do RU (Restaurante Universitário) nas nossas universidades. A Fogo no Pavio pauta as situações dos nossos jovens em diversas áreas’’, disse o coordenador político.

Confira 10 curiosidades sobre o movimento que defende a Reforma Agrária:

1 - Ao longo desses 35 anos, o MST tornou-se o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. Na safra de 2017 foram produzidos 27 mil toneladas do grão. Além isso, o MST esporta 30% de sua produção para países como Alemanha, Chile, Espanha, Estados Unidos, México e Nova Zelândia;

Foto: Bárbara Lima / Flickr

2 - Durante a pandemia do Covid-19, o movimento doou mais de 7 mil toneladas de alimentos e 2 milhões de marmitas solidárias em todo território nacional

3 - O MST é formado por 450 mil famílias assentadas e cerca de 90 mil famílias acampadas. Elas estão organizadas em 24 estados do Brasil;

4 - As famílias camponesas Sem Terra organizam sua produção de alimentos saudáveis gestionada entre 1.900 associações, 160 cooperativas e 120 agroindústrias;

5 - Há 7 anos o MST criou a Rede de Armazéns do Campo, maior rede de lojas especializada em produtos da Reforma Agrária do país;

6 - Em 2011, a Coalizão Comunidade Soberania Alimentar (Community Food Security Coalition -CFSC) escolheu o MST para receber o Terceiro Prêmio Anual de Soberania Alimentar. A entrega aconteceu durante a 15º Conferência Anual do CFSC, na Califórnia, EUA;

7 - As escolas do MST cumprem as diretrizes aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC)

Foto: Bárbara Lima / Flickr

8 - Em 2018, a jovem Julia Kaiane Prates da Silva, nascida e criada no assentamento de São Virgílio, na cidade de Herval, no Rio Grande do Sul, chegou à final da  da 10ª Olimpíada Nacional em História do Brasil;

9 - Desde o ano de 2005, através do Projeto Escuela Latinoamericana de Medicina (ELAM), mais de 100 médicos Sem Terra já se formaram. Eles atuam em 16 estados brasileiros, no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Programa Mais Médicos, atendendo principalmente a população mais pobre da zona rural, vila e periferias;

10 - Por meio do Plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, as famílias já plantaram mais de 4 milhões de mudas na preservação de seus territórios.

 Pernambuco receberá no próximo dia 22 de março a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o lançamento do novo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A agenda deverá ser cumprida no Recife e a expectativa é de que o chefe do Executivo federal seja recebido já no aeroporto pela governadora Raquel Lyra (PSDB).

De acordo com o Planalto, o programa é responsável por medidas direcionadas à agricultura familiar, por meio da compra de produtos e repasse, via doação, a famílias de baixa renda. O investimento é de R$ 500 milhões para todo o território nacional.

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Lançado nos governos do Partido dos Trabalhadores, o programa foi paralisado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa será a primeira vez que o líder petista visitará o estado após ter vencido o segundo turno das eleições do ano passado.

A confirmação da visita foi dada pelo Palácio do Planalto na quarta-feira (8), que informa que o presidente estará acompanhado do seu ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT).

 Por: Guilherme Gusmão 

Quarenta famílias que residem há décadas no Engenho São Bento, em Itambé, na zona da mata de Pernambuco, foram ameaçadas de despejo e destruição das suas lavouras nesta terça-feira (3). Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CTP), a tentativa de destituição foi realizada pela Usina São José. Após várias tentativas de diálogo, as famílias junto a movimentos sociais conseguiram agendar uma reunião para fazer um acordo com a usina.

Uma denúncia de “tentativa de possível despejo ilegal no Engenho São Bento” foi enviada através de ofício pelo Programa de Prevenção de Conflitos Agrários e Coletivos (PPCAC), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco ao comandante da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar de Pernambuco, tenente Veloso. O documento detalha que moradores do Engenho São Bento “estariam sofrendo uma tentativa de despejo ilegal por parte de seguranças armados e funcionários que declararam estar a serviço da Usina São José”. 

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O texto pede que a 3ª CIPM envie unidades policiais até o local “de modo a evitar o acirramento do conflito com potenciais violações aos direitos humanos e fazer cessar o despejo ilegal em andamento”. 

À reportagem do LeiaJá, o agente da Pastoral Plácido Júnior contou que chegou a tentar negociar com a usina para não haver a expulsão das famílias, mas até então não havia conseguido um diálogo: “ela está intransigente”. “Eles estão querendo destruir a lavoura do povo, e o povo está com medo que destruam as casas também. E estamos propondo sentar para negociar de forma consensuada, mas eles estão intransigentes sem querer conversar nada com as famílias. O conflito aqui está estabelecido. A situação está tensa, não está fácil”, disse o agente. 

De acordo com a nota, a Usina São José estaria com três tratores e 10 carros com seguranças. “As famílias vivem há décadas nas terras da antiga usina Maravilha, que está fechada, e parte delas são credoras trabalhistas. Elas estão resistindo no local. A CPT teme que o pior possa acontecer caso o Estado não intervenha a favor da comunidade posseira. Medidas precisam ser tomadas com urgência para evitar mais uma barbárie”, disse. 

O vereador de Itambé Ronaldo Fernandes (PT) explicou que as famílias vivem no local há gerações e agora estão sendo ameaçadas de serem expulsas da área “por conta de uma manobra jurídica”. “É uma manobra judicial que a gente tem chamado de lavagem de terra, que é para prejudicar os trabalhadores. Lá em São Bento, hoje, 40 famílias viveram um inferno. Eles nunca passaram por essa situação aquela comunidade é composta por posseiros e posseiras, não é acampada por um movimento de luta. Chegaram tratores, capangas, a segurança armada, pessoas à paisana que eles dizem ser policial para intimidar e jogar as pessoas fora da área que vivem há tanto tempo”, disse. 

“A Justiça não mandou despejar ninguém. Foi dada uma emissão de posse em favor do grupo São José e subentende-se que ela não sabia da existência dessas pessoas na área e, a partir do momento que sabe, muda-se um pouco os trâmites. Vamos fazer um diálogo e deixar claro qual é o posicionamento das famílias, que é de permanecer na terra e lutar por ela. Eles têm direitos e são resguardados pela Constituição, já que exercem, nos últimos 10 anos, a posse mansa, pacífica e ininterrupta na área, sem intervenção de ninguém, trabalhando normalmente e ninguém nunca reclamou. Então, a posse é pacífica, os moradores estão produzindo, trabalhando e dando função social à terra”, detalhou Ronaldo sobre a situação.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o segredo para a agricultura familiar é agregar valor aos alimentos. Relembrando uma visita ao interior de São Paulo onde agricultores assentados produzem queijo com maior valor agregado, Alckmin disse que este era um bom exemplo de agregação de valor.

"Vim para falar da importância da reforma agrária e da agricultura", disse Alckmin em um breve pronunciamento na cerimônia de posse do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

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O vice-presidente afirmou que Teixeira é um ótimo nome para o cargo.

A cerimônia ocorre na sede da Companhia Nacional de Abastecimento, em auditório lotado. O evento iniciou com uma apresentação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que pregaram pelo uso e divisão da terra.

Também estão presentes a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) como o presidente João Paulo Rodrigues e o ex-presidente João Pedro Stédile, deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores e militantes participam da cerimônia.

Em evento no Recife, nesta quinta-feira (21), o pré-candidato à vice-presidência da República Geraldo Alckmin (PSB) fez um aceno à agricultura familiar e disse que o seu governo junto ao cabeça da chapa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá espaço para discutir as demandas dos produtores de chuchu. A menção direta aconteceu em tom descontraído, após as rimas do poeta e músico Antonio Marinho, de São José do Egito, no Sertão, que contou ao público seu histórico de divergências com o ex-tucano e relembrou o apelido de “chuchu”. 

“Vim só agradecer a rima e dizer ao pessoal da agricultura familiar que nós não esqueceremos os produtos de chuchu. Quero dizer duas palavras: um programa de governo democrático se faz assim, ouvindo, conversando, dialogando. Não em cima de motociata e jet ski, mas junto à população”, declarou Alckmin. 

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Nas rimas, Antonio Marinho disse que já “ralhou” muito com Alckmin no passado. Hoje filiado ao PSB, o pré-candidato a vice tem um histórico de alianças com a centro-direita e era opositor ferrenho de Lula. “Mas Alckmin, a história ensina, e hoje a gente tá unido. E aqui confesso a mudança, que depois dessa aliança, tu e Lula, Lula e tu, mandei buscar o arado, preparei o meu roçado e plantei todinho de chuchu”, cantou o músico. 

O apelido “picolé de chuchu” foi atribuído a Alckmin durante as eleições de 2002, em um texto do colunista José Simão. De acordo com o próprio Simão, "Picolé de Chuchu" se refere ao estilo "insosso" do ex-tucano. Deste então, o apelido pegou e já foi utilizado de forma pejorativa pelo próprio Lula, em 2014, sob fortes críticas ao perfil “isentão” do atual vice. 

No início deste ano, Geraldo Alckmin reconheceu o apelido de "chuchu" em uma publicação no Twitter, quando aderiu a uma corrente viral sobre outros nomes pelos quais também é conhecido. Entre eles, chuchu. 

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Evento do Recife 

O ex-presidente Lula, Geraldo Alckmin e conselheiros do PT se encontraram com representantes da cultura de Pernambuco, nesta quinta-feira (21), no Recife. O evento ocorreu no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista, Centro da cidade. A solenidade foi realizada após a formalização das candidaturas da chapa, em São Paulo, também nesta quinta-feira (21). 

Durante o evento, o candidato do PT à Presidência da República dançou frevo junto a passistas e, durante discurso em seguida, ressaltou a importância do setor, prometendo recriar o Ministério da Cultura, caso seja eleito. 

"Além de recriar o Ministério da Cultura, quero criar comitês de cultura estaduais para que não haja monopólio da cultura do centro-sul sobre o restante da cultura do país. O ministério que vai cuidar da cultura vai ter que construir junto com os 27 estados grupos de cultura", declarou o candidato. 

Alckmin, em adição, prometeu que a área será prioridade do possível futuro governo: “Quero dizer que tenho acompanhado o presidente Lula, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, e em uma constante tem tido: em todos os lugares, a conversa é com a cultura. Ela será o ponto alto do programa e do novo governo, se Deus quiser”. 

 

O BNDES suspendeu novas operações de financiamento no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio), que previa juros prefixados de 3% ao ano. O motivo alegado foi o "nível de comprometimento dos recursos disponíveis no aludido programa".

O Pronaf Custeio era a única linha do Plano Safra 2021/22 que ainda estava com crédito liberado no BNDES. Todas as outras linhas com juros subsidiados já estavam suspensas desde o dia 7 de fevereiro, por causa de normativa do Tesouro Nacional, dada a falta de recursos para equalizar as taxas depois da elevação da Selic - hoje, em 11,75% ao ano.

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O Tesouro Nacional argumenta que aumentou muito a diferença entre a taxa básica de juros e a taxa cobrada de produtores nos financiamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) promoveu, nesta terça-feira (15), sua primeira agenda com representantes da sociedade civil na condição de pré-candidato a governador de Pernambuco. O socialista escolheu a direção da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado de Pernambuco (Fetape) para o encontro. Ele esteve na sede da entidade, no Recife, na companhia dos deputados Carlos Veras (PT/federal) e Doriel Barros (PT/estadual) - este último atual presidente petista no estado e ex-presidente da federação.

No encontro, Danilo assegurou à direção da Fetape a inclusão de pautas da agricultura familiar no seu programa de governo. “Esse é o primeiro encontro dentro de um pensamento. Um simbolismo que definimos, com os trabalhadores da agricultura. É um ambiente extremamente relevante para a nossa história e para todo o conjunto de forças que formam a Frente Popular”, pontuou Danilo.

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O parlamentar aproveitou a ocasião para fazer uma defesa intransigente da Democracia. “Nosso governo vai ter como prioridade o diálogo com os movimentos sociais. A gente acredita na política como mudança na vida das pessoas. Vamos juntar a política com sociedade e ganhar a eleição aqui em Pernambuco e no Brasil, com o presidente Lula. Quero assumir o compromisso com a Fetape que vamos governar juntos”, cravou Danilo.

Reivindicações

A direção da Fetape entregou um documento de compromissos a Danilo. Entre as prioridades estão o fortalecimento de programas, como a CNH Popular Rural, a transformação do PEAF em uma política pública e investimentos na regularização fundiária e atenção aos locais onde estão sendo instalados os parques eólicos. Também pediu a criação da Secretaria de Agricultura Familiar.

“Nós temos cerca de 1,5 milhão de agricultores ligados à Fetape no nosso estado. Essas demandas são no sentido de promover uma grande melhoria da agricultura familiar em Pernambuco”, disse Cícera Nunes da Cruz, presidente da Fetape.

Nesta quinta-feira (13), o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq), anunciou a abertura das inscrições para a qualificação em informática básica e introdução ao mundo digital, na cidade de Nazaré da Mata, localizada na zona da mata do estado. Para os interessados as matrículas poderão ser feitas até o dia 23 de janeiro por meio da página da Seteq.

Ao todo são 20 vagas disponíveis para a capacitação que terá duração de 26 horas e abordará uma grade curricular com temáticas como intercâmbio em inovação em manejo de produtos da agricultura familiar, intercâmbio em agroecologia, integração digital da agricultura familiar, desenvolvedor de práticas sustentáveis. O curso é aberto ao público, mas têm a prioridade de contribuir para a formação dos agricultores.

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As aulas serão presenciais na Escola Municipal Henrique Floriano Coutinho (BR 408, loteamento cinco corações), de segunda-feira até quinta-feira, no caso do dia 24 de janeiro até 27 de janeiro, no turno da manhã.

Por Thaynara Andrade

Um conflito fundiário antigo na comunidade de agricultores do Engenho de Batateiras, na cidade de Maraial, Agreste de Pernambuco, pode ter se tornado mais tenso com um episódio de violência e tentativa de invasão no último domingo (2). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que dois homens armados cercaram a casa de uma família e tentaram derrubar a porta com chutes.  

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra Nordeste II (CPT NE2), que assessora a comunidade, os invasores são conhecidos na localidade e surgem sempre armados. Além de tentar arrombar a casa, a dupla roubou as câmeras de vigilância. No momento do ocorrido, a família não se encontrava na residência. 

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As câmeras de segurança roubadas haviam sido instaladas pelo Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH), no qual a família está inserida por já vir sofrendo ameaças desde o ano de 2020, segundo a CPT. Esses equipamentos servem para monitoramento das pessoas que circundam o sítio, como forma de segurança oferecida pelo PEPDDH e para que as autoridades policiais tenham acesso a mais elementos em investigações, caso necessário.   

As famílias acreditam que o crime tem relação com o conflito existente com o titular da propriedade do imóvel, Walmer Almeida da Silva, e temem que a situação no Engenho Batateiras volte a se tornar violenta, com episódios recorrentes de ameaça e tortura, como os ocorridos em 2020, que resultou em um episódio de tortura e disparos de arma de fogo

Ainda de acordo com a CPT, as famílias acreditam que esse crime pode ser um “recado” a mando do proprietário, para que elas saiam de seus sítios e suas residências. O ocorrido aumenta o clima de tensão na comunidade, conforme depoimento da moradora, cujo nome foi mantido em sigilo: “A gente tá inseguro [SIC], com medo, e ao mesmo tempo revoltado com isso, de ter que sair da nossa casa pra ter segurança”. 

Por estarem no programa de proteção, a agricultora e seu companheiro entraram imediatamente em contato com a Secretaria de Direitos Humanos junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT), que já está acompanhando o caso e tomando as medidas cabíveis. 

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O presidente Jair Bolsonaro promulgou nesta sexta-feira (24) a prorrogação de socorro financeiro a agricultores familiares em razão da pandemia de Covid-19, após a derrubada de veto integral pelo Congresso Nacional na semana passada. 

A Lei Assis Carvalho 2 (14.725/21), já publicada no Diário Oficial da União, prevê ainda um auxílio de R$ 2.500 por família em situação de pobreza e extrema pobreza, além de estabelecer outras medidas emergenciais. Conforme o texto, os núcleos familiares chefiados por mulheres receberão R$ 3.000. 

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A proposta é oriunda do Projeto de Lei 823/21, do deputado Pedro Uczai (PT-SC), que recuperava trechos vetados na sanção presidencial do PL 735/20, do deputado Enio Verri (PT-PR), que deu origem à Lei Assis Carvalho.

Principais medidas

Entre outros pontos, com a derrubada do veto foram transformados em lei:  linha de crédito para pequenos produtores de leite, com taxa de 0% ao ano e dez anos para pagar;

participação em programa emergencial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de compra de alimentos para distribuição a famílias em situação de insegurança alimentar;

adiamento por um ano do pagamento das parcelas vencidas ou a vencer de operações de crédito rural contratadas por agricultores familiares ou cooperativas cujas atividades foram prejudicadas pela Covid-19;

concessão automática de seguro por meio do programa Garantia-Safra a todos os agricultores familiares aptos a recebê-lo;

e reabertura de prazo até 30 de dezembro de 2022 para os agricultores contarem com descontos na quitação ou na renegociação dos débitos de dívidas rurais tomadas com recursos dos fundos constitucionais de financiamento do Nordeste (FNE) ou do Norte (FNO).

Fundos de financiamento

Também após a derrubada de vetos, o presidente promulgou vários pontos da medida provisória (MP 1016/21) que permite uma renegociação extraordinária de dívidas perante o FNE, o FNO e o fundo constitucional do Centro-Oeste (FCO). 

Assim, serão incorporados à Lei 14.166/21 regras mais vantajosas para as renegociações que ocorrerem até 31 de dezembro de 2022, com descontos maiores do que os da regra geral e benefícios adicionais a empreendedores localizados em municípios nos quais tenha sido decretado calamidade pública ou situação de emergência em função de seca ou estiagem.  Ficou garantida a suspensão dos pagamentos de parcelas de dívidas em 2021 para atividades que tenham sido prejudicadas por medidas de distanciamento social em razão do combate à pandemia. Outro trecho permitirá a inclusão de honorários advocatícios no saldo devedor a ser liquidado ou repactuado.  Fonte: Agência Câmara de Notícias

Os deputados derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que estabelece medidas emergenciais de amparo à agricultura familiar e ao reajuste do piso salarial de agente comunitário de saúde (ACSs) e de agente de combate às endemias (ACEs). A votação foi feita por acordo entre os líderes partidários na sessão do Congresso Nacional e depende de confirmação pela maioria absoluta do Senado Federal.

Agricultura

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Apelidada de Lei Assis Carvalho 2, a proposta de socorro aos agricultores  familiares vetada previa o suporte à agricultura familiar até 2022, com prorrogação, descontos, renegociação de dívidas dos produtores e flexibilização no crédito rural. Entre as medidas estava o pagamento de um auxílio no valor de R$ 2,5 mil por família para produtores em situação de pobreza e extrema pobreza.

O veto ainda precisa ser analisado pelos senadores e, se rejeitado, a lei entrará em vigor.

O PL 823/21, do deputado Pedro Uczai (PT-SC), recuperava trechos vetados durante a sanção presidencial do PL 735/20, do deputado Enio Verri (PT-PR), que deu origem à Lei Assis Carvalho.

Uczai afirmou que a derrubada do veto confirma a luta construída pelo povo da agricultura familiar. “A luta do campo, das águas e das florestas permitiu aqui a derrubada do veto”, disse.

ACSs e ACEs

Os deputados também derrubaram o veto à Lei de Diretrizes Orçamentárias para autorizar o reajuste do piso salarial de agentes comunitário de saúdes e de agentes de combates às endemias, que agora depende da votação pelos Senadores. A votação foi acompanhada pelas galerias por representantes da categoria.

O veto derrubado estabelece que a Lei Orçamentária e os créditos adicionais devem discriminar em categorias de programação específicas as dotações destinadas às despesas com o reajuste do piso das categorias.

O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que a derrubada dos dois vetos são uma conquista para o País. Já o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) destacou o acordo de todos os líderes em defesa dos agentes de saúde. “Nós sabemos da importância desses profissionais para a saúde preventiva: estão em todos os municípios, estão em todas as casas e, durante a pandemia, mostraram a sua grande importância”, disse.

Outros vetos

Também foram derrubados vetos a outros pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, como a definição de que o regime Simples não é um benefício tributário, ordens de prioridade na execução das emendas orçamentárias, dispensa de Serviço Auxiliar de Informação para Transferências Voluntárias (CAUC) para empenho de município até 50 mil habitantes e elaboração de metodologia para acompanhamento de programas destinados a mulheres.

Outros vetos derrubados pelos deputados e que dependem de análise pelo Senado são:

- veto à participação social na avaliação do Plano Nacional de Cultura com seminários e debates realizados pelo Poder Executivo;

- veto à criação de plano de assistência à saúde a policiais civis do Distrito Federal e seus dependentes;

- veto à prioridade no uso dos recursos do Programa Casa Verde e Amarela a projetos de realocação de casas localizadas na faixa de servidão de linhas de alta tensão em região metropolitana das capitais;

- veto à renegociação extraordinária de débitos no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO);

- veto à regulamentação da profissão de despachante.

Da Agência Câmara

Contra a demissão de 5 mil bancários e o fechamento de 112 agências do Banco do Brasil (BB), o sindicato da categoria uniu-se ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em um protesto pacífico no Recife. Nessa quarta-feira (10), às 11h30, alimentos produzidos pela agricultura familiar serão distribuídos na Praça do Diário.

Com o tema "Sem o Banco do Brasil faltará comida na sua mesa", a organização lembra que a instituição financia o pequeno agricultor e garante a produção de 70% da comida que chega à mesa dos brasileiros. No Grande Recife, também haverá ações em outras 10 unidades, são elas Casa Forte, Avenida Norte, Camaragibe, Centro, Espinheiro, Dantas Barreto, Olinda, Paulista, Igarassu e CRBB.

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Em Pernambuco, a paralisação nacional cobra pelo plano unilateral de reestruturação e luta contra o fechamento de duas agências, na Avenida Norte e no Monte dos Guararapes, em Jaboatão, e seis postos de atendimentos em Rio Formoso, Sanharó, Buenos Aires, Porto de Galinhas, Lagoa do Carro e Coronel Amorim.

Outras 16 agências do estado serão transformadas em postos de atendimento, são elas: Marim dos Caetés, Heliópolis, Princesa do Agreste, Camocim de São Félix, Panelas, São João, São Joaquim do Monte, Agamenon Magalhães, Encruzilhada, Itapetim, Alagoinha, Águas Belas, Bom Conselho, Capoeiras, Flores, São José do Egito.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 10066/18, que institui o Programa de Fomento e de Desenvolvimento da Pequena Agroindústria Familiar e Pesqueira (Propagro).

O relator, deputado Júnior Mano (PL-CE), recomendou a aprovação. “As políticas públicas de desenvolvimento da agricultura familiar são importantes para a contenção do êxodo rural e para dinamizar a geração de empregos e renda no campo, além de contribuírem à segurança alimentar da população”, disse.

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O Propagro visa estimular o beneficiamento e a industrialização da produção realizada pelos agricultores familiares, suas associações e cooperativas, agregando valor. O texto em tramitação na Câmara dos Deputados, do deputado Pedro Uczai (PT-SC), também incentiva a venda dos produtos para ações do Poder Público.

O programa será gerido pelo governo, que coordenará a elaboração de planos plurianuais, estabelecerá as metas anuais e definirá as bases e as condições dos financiamentos, ficando asseguradas condições diferenciadas para assentados da reforma agrária e para comunidades extrativistas e tradicionais.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto já foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.

*Da Agência Câmara Notícias

 

Como ter certeza se um alimento é ou não é orgânico? Para ajudar a responder essa pergunta, a campanha nacional “Produto Orgânico – melhor para a vida” começa no próximo domingo (26). Em sua 15ª edição, a jornada deste ano tem como tema “Qualidade e saúde: do plantio ao prato” e pretende informar os consumidores sobre como reconhecer um produto orgânico nos locais de comercialização e estimular a participação da sociedade no controle da qualidade desses alimentos.

Além do incentivo a prefeitos e governadores para que expandam a aquisição de alimentos da agricultura familiar e de orgânicos para a merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a campanha também alerta para os cuidados, direitos e obrigações que produtores, consumidores, processadores e comerciantes devem cumprir. A ideia é garantir que, ao comprar ou ingerir produtos orgânicos em feiras, lojas e restaurantes a população esteja, de fato, consumindo produtos de origem orgânica. As iniciativas serão divulgadas nas redes sociais e em atividades presenciais.

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Realizada desde 2005, a ação “Produto Orgânico – melhor para a vida” realiza feiras, seminários, degustação de produtos, panfletagem, exposições, rodas de conversa, troca de sementes, eventos culturais e educativos.

O governo federal anuncia R$ 31 bilhões em recursos para a agricultura familiar na safra 2018/2019, que começa no domingo, 1º de julho. O anúncio atualiza o Plano Plurianual 2017/2010 da Agricultura Familiar.

Segundo informações da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), os recursos superam em R$ 1 bilhão os R$ 30 bilhões do atual período.

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Os juros, que variavam entre 0,5% e 5,5% ao ano, terão o teto reduzido para 4,6% ao ano no próximo período.

O limite máximo para os financiamentos passa de R$ 360 mil para R$ 415 mil dentro do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e para o enquadramento no microcrédito, de agricultores de baixa renda, passa de R$ 20 mil para R$ 23 mil.

O anúncio, a ser feito ainda nesta terça-feira, 26, pelo presidente da República, Michel Temer, ocorre um dia após o governo vetar, por Medida Provisória, a renegociação de cerca de R$ 15,5 bilhões dívidas de pequenos produtores.

De acordo com a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aumentou em 3,4% a concessão de crédito para os agricultores familiares na safra 2016/2017, o que significa um aumento de R$ 22,7 bilhões. 

Segundo o governo federal, a expectativa para a nova safra dos pequenos agricultores é boa. A análise de julho, primeiro mês da safra 2017/2018, apontou que o desempenho da Pronaf cresceu 8,38% se comparado com o mesmo período do ano passado. Desse crescimento de R$ 1,4 bilhão, R$ 586 milhões foram destinados para o investimento rural, ou seja, para aumentar o número de contratações para o setor.

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O subsecretário de Agricultura Familiar, Everton Ferreira, afirma que a crise pode ter gerado um impacto negativo nas contratações agrícolas. A última safra, finalizada em junho de 2017, movimentou mais de R$ 22,7 bilhões, dos R$ 30 bilhões disponibilizados no Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. O valor da última safra foi menor do que o valor recorde, atingido em 2014/2015, com R$ 23,8 bilhões disponíveis. "Com a economia em baixa, menos dinâmica, é natural que não se tenha chegado a utilizar todo o recurso, ele estava disponível no banco, mas a demanda não chegou a usar esse valor", diz Ferreira. "Para esse ano, a expectativa é ter essa demanda em maior número."

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