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Após o término da partida que garantiu o acesso do Santa Cruz à Série B do ano que vem, no último domingo (3), repórteres invadiram o gramado de forma generalizada. O fato foi relatado na súmula da partida pelo árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva. Sobre o ocorrido, a diretoria Coral acredita que o clube não será punido com a perda do mando de campo.

“Nosso advogado esta aqui, e ele afirmou que não vai haver nenhuma punição grave para a nossa equipe. Iremos decidir no Arruda”, assegurou o diretor de futebol Constantino Júnior. “Foi uma invasão após o término da partida, uma comemoração de todos, é uma situação diferente. Não houve confusão entre os jogadores, não foi a intenção do clube, então não haverá problemas".

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Mudança do horário

O dirigente tricolor também aproveitou a oportunidade para explciar os motivos da alteração do horárioda partida da volta, no Arruda. Antes o jogo estava prevista para as 19h do dia 17 e agora será realizada às 16h do mesmo dia. “A mudança do horário foi para atender a grave da televisão. Foi um fato positivo para nós, também agrada a nossa torcida que, claro, preferem um horário mais cedo”.

A Polícia Civil de Sorocaba anunciou nesta terça-feira (29), um acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para destinar os cães da raça beagle para três entidades de proteção aos animais, caso sejam recuperados. Os 178 cachorros foram retirados por ativistas, no último dia 18, do Instituto Royal, em São Roque, no interior paulista. Os cães eram usados em testes de medicamentos autorizados pelos órgãos responsáveis.

De acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, os cães não serão devolvidos ao instituto porque, além de estar sob investigação por denúncias de maus-tratos aos animais, o centro de pesquisas teve o alvará de funcionamento suspenso pela prefeitura.

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Os animais serão encaminhados às entidades Adote Sorocaba, Salve se Puder e Gamah, todas com sede na cidade. As pessoas que estiverem na posse dos cães devem agendar a entrega na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba. O portador terá de prestar esclarecimentos sobre a posse do animal. Um representante da Comissão de Proteção aos Animais da OAB assinará um termo de depositário fiel.

O instituto de São Roque foi invadido por ativistas no último dia 18 e os 178 cães da raça beagle que estavam no local foram levados. Os cães eram usados em testes de medicamentos autorizados pelos órgãos responsáveis.

O cão da raça beagle resgatado numa casa em Valinhos, interior de São Paulo, no final de semana, não estava à venda no site Mercado Livre, conforme havia informado a assessoria de imprensa do Instituto Royal, de São Roque. Em nota distribuída no domingo, o Instituto afirmara que o animal havia sido apreendido por determinação judicial após ser colocado à venda por R$ 2,7 mil. Em outra nota distribuída nesta terça-feira, 29, o Instituto reconhece o equívoco e pede a retificação da informação divulgada anteriormente pela assessoria.

"Sem prejuízo, é fato notório que cães subtraídos ilegalmente do Instituto Royal foram oferecidos à venda por meio de sites da internet. O Instituto Royal continuará tentando determinar a origem desses animais para que possam ser resgatados de maneira apropriada", informa a nota.

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A afirmação do instituto de que o beagle apreendido era o mesmo oferecido no site Mercado Livre provocou reações dos ativistas, já que a foto do cão supostamente posto à venda mostrava um animal diferente daquele apreendido em Valinhos. A família que estava com o cão, e que pretendia adotar o animal, também contestou a informação sobre a suposta venda. O Instituto informou que esta foi a primeira vez que o resgate de um animal subtraído de suas instalações pode ser realizado.

A confirmação de que se trata de um cão retirado do centro de pesquisas foi feita através da leitura do chip. O juiz de Valinhos que autorizou a apreensão também determinou que o processo corra em segredo de Justiça. Desde a última sexta-feira, o alvará de funcionamento do instituto está suspenso pela prefeitura de São Roque pelo prazo de 60 dias. O Ministério Público investiga a instituição por suspeita de maus tratos aos animais. No dia 18, ativistas invadiram o instituto e retiraram 178 cães da raça beagle, usados para teste de medicamentos.

O Instituto Royal conseguiu na Justiça a recuperação do primeiro dos 178 cães levados por ativistas que invadiram a unidade de São Roque, em São Paulo, na madrugada do último dia 18. O animal estava em Valinhos, no interior paulista, e tinha sido colocado à venda no Mercado Livre, comunidade de comércio on line, por R$ 2,7 mil. Após a divulgação, o cão foi retirado da página de ofertas.

O Instituto obteve, na sexta-feira (25), um mandado judicial de busca e apreensão, mas só neste domingo (27), o animal foi localizado e apreendido. De acordo com informações do Instituto, o cão passa por exames de um veterinário para verificar suas condições de saúde. "Ele é tratado em local secreto para garantir sua segurança e a dos tratadores", informou em nota o Instituto. As pessoas que estavam com o animal em Valinhos poderão responder por crimes de furto e dano ou receptação.

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Um dia depois de ter vistoriado as instalações e considerado que estavam aptas a funcionar, o prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), suspendeu nesta sexta-feira (25), por 60 dias, o alvará de funcionamento do Instituto Royal. Segundo ele, a suspensão resultou de um acordo com o próprio instituto para que sejam apuradas denúncias de maus-tratos dos animais.

O prefeito recebeu deputados federais que integram uma comissão externa da Câmara criada para apurar os supostos maus-tratos aos cães. O instituto foi invadido na madrugada do último dia 18 por ativistas que retiraram 178 cães da raça beagle, usados em testes com medicamentos. As instalações foram depredadas.

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Os parlamentares Iara Bernardi (PT-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Ricardo Izar (PSD-SP) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP) cobravam o imediato fechamento da unidade por entender que existem práticas de maus-tratos. O grupo se dirigia, no início da noite, ao instituto para vistoriar as instalações na companhia do deputado estadual Feliciano Filho (PEN) que também estava na cidade. O prefeito seguiu para o local para notificar os funcionários que lá estivessem sobre a paralisação das atividades. No dia anterior, ele dissera que as instalações eram adequadas para as pesquisas feitas pelo instituto e que não via razão para suspender o alvará.

Mais cedo, os parlamentares haviam se reunido com o promotor Wilson Velasco Júnior, que investiga denúncias de maus tratos contra os animais desde 2012, e sugeriram que o Ministério Público Estadual enviasse à Justiça um pedido de fechamento do instituto. O grupo também conversou com o delegado do município, Marcelo Pontes, que até quinta-feira estava à frente das investigações. O caso, agora, é apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Sorocaba.

De acordo com o deputado Protógenes, presidente da comissão, o objetivo é reunir novos documentos que comprovem os maus-tratos sofridos pelos cães. "Já temos documentos que provam o que os animais passavam no local. Queremos fechar essa instituição e fiscalizar os R$ 5 milhões de recursos públicos que foram repassados ao instituto", disse. Ele considera importante recuperar os 178 cães levados durante a invasão para que passem por perícia. Até quinta-feira, 24, apenas três animais tinham sido recuperados.

Os deputados tiveram acesso a uma relação de fornecedores de cães da raça beagle ao instituto e constaram que, entre eles, figura a Fazenda Angolana, também localizada em São Roque. O documento mostra que o instituto tinha muitos fornecedores e que a fazenda fornecera, no período de dois anos, três animais.

Os donos da fazenda, que vêm sendo ameaçados por ativistas, haviam negado a venda de beagles ao Royal. Na relação, há indícios de que o instituto vendia os cães após os testes. A direção do instituto divulgara que os cães eram doados, e não vendidos, após os testes.

Um cão da raça beagle supostamente furtado do Instituto Royal, em São Roque, no interior paulista, foi posto à venda na quinta-feira (24), no site Mercado Livre, conhecida rede de comércio virtual, pelo preço de R$ 2,7 mil. O autor da oferta informava que o animal procedia do instituto e estava fraco. O Instituto Royal, que usa cães para testes com medicamentos, foi invadido por ativistas há uma semana, sob a alegação de maus-tratos aos animais.

Os 178 beagles que estavam no local foram levados pelos invasores. Ao tomar conhecimento da oferta na internet, o instituto pediu que o animal seja encaminhado de volta para que passe por exames veterinários. No início da tarde desta sexta-feira, 25, segundo a assessoria de imprensa, o anúncio havia sido retirado do ar. A Polícia Civil de Sorocaba vai investigar a autoria da postagem.

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Apoio

Um dia depois que a prefeitura vistoriou as instalações e manteve o alvará de funcionamento, o Instituto divulgou nesta sexta-feira, em seu canal no YouTube, um vídeo com depoimento do cientista Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant'Anna, bisneto do médico e imunologista brasileiro Vital Brazil, de apoio às pesquisas feitas em São Roque. No vídeo, Sant'Anna, que é pesquisador do Instituto Butantã e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, compara a invasão da unidade por manifestantes a "uma atitude insana" e defende o instituto das acusações de maus-tratos aos animais.

Sant'Anna ressalta que o uso de animais em laboratório é imprescindível e pode ser feito com respeito. Na base desses estudos, segundo ele, estão pequenos roedores, mas a partir de certo estágio, antes da aplicação em seres humanos, os testes são feitos em mamíferos superiores, como cães e cavalos. "É o sentido social de um trabalho de pesquisa." Os beagles, complementa, são animais que têm pouca diversidade genética, o que facilita perceber a ação dos medicamentos. "Isso é feito mundialmente."

O pesquisador diz que, se vivesse nos dias atuais, seu bisavô Vital Brazil, criador do Instituto Butantã e descobridor do soro antiofídico, provavelmente seria enforcado, já que sacrificava serpentes para seus estudos e fazia o teste para produzir o soro usando cavalos como cobaia. "Graças a isso, ele prestou um grande serviço para a humanidade."

Sete ativistas invadiram o laboratório de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina da PUC, em Campinas, no interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 24, para filmar o uso de porcos em aulas. Cinco animais vivos, sedados, passavam por cirurgias experimentais de traqueostomia - abertura de um orifício na traqueia para permitir a respiração artificial - durante uma aula do curso de Medicina.

Imagens da ação postadas na internet mostram quando dois dos sete invadem a aula, enquanto os alunos do terceiro ano operam os porcos. A PUC tem permissão para uso dos animais em aula e diz seguir as normas da Comissão de Ética e Uso de Animais.

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O porta-voz da universidade, o diretor adjunto do Centro de Ciências da Vida da PUC-Campinas, José Gonzaga de Camargo, que também é professor na Medicina, disse que o uso de porcos, que têm anatomia semelhante à de um ser humano, é imprescindível para a formação dos alunos.

Os porcos usados em outras modalidades de aula e depois são sacrificados. Participaram do ato, ativistas das entidades Frente de Libertação Animal e da Compaixão Informação e Atitude Animal.

O presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Animais, Flavio Lamas, disse que o vídeo foi para mostrar que "cinco porcos são mortos para uma única aula de medicina". "É preciso adotar práticas substitutivas para minimizar esse uso de animais. Filmagens e outras simulações podem servir", afirmou Lamas. "Eles dizem que é preciso testar no animal para fazer direito depois. Mas citamos como exemplo o piloto de avião, que tem que passar horas em um simulador, depois vai ser copiloto."

Para o porta-voz da PUC, em alguns casos é possível o uso de bonecos ou similares, mas não para a Medicina na prática cirúrgica. O aluno da PUC Caio Torres defende o uso de animais. "Se tirarem esse recurso, com que grau de segurança poderemos atuar depois em pessoas, correndo o risco de errar."

O professor, que dava a aula, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, por suposta ameaça. Imagens das câmeras da universidade vão ajudar a identificar os manifestantes.

O prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), decidiu manter o alvará de funcionamento do Instituto Royal, após vistoria às instalações nesta quinta-feira (24). Segundo ele, o prédio está em condições adequadas para as atividades de pesquisa e não oferece riscos. O instituto foi invadido por ativistas na última sexta-feira (18), para a retirada de 178 cães da raça beagle usados em testes de medicamentos e teve as instalações depredadas. Grupos de proteção aos animais reivindicam o fechamento do instituto e esperavam que o prédio fosse interditado pela prefeitura.

Costa acompanhou a vistoria feita por uma equipe de fiscais do município e confirmou que os únicos animais no local são ratos e camundongos usados como cobaias. "Esses animais estão em ambiente climatizado e bem tratados. Não há cães, nem compartimentos secretos, e como a parte física do prédio está preservada, não vemos motivo para tirar o alvará de funcionamento", disse. A entrada dos fiscais foi autorizada pela Justiça e acompanhada por advogados do instituto. Ativistas que faziam vigília no portão e a imprensa ficaram do lado de fora.

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De acordo com Fábio Chaves, representante dos ativistas, a expectativa era de que o grupo pudesse acompanhar a inspeção. "Tivemos uma reunião com o prefeito no dia anterior e essa questão foi colocada." Ele disse que os grupos irão se reunir para decidir os próximos passos. "A luta não vai parar." A invasão do instituto é investigada pela Polícia Civil - mais de cem pessoas serão indiciadas por furto qualificado e danos. Outros inquéritos apuram a depredação de uma viatura policial e dos veículos de uma emissora de TV durante manifestação contra o instituto.

Há ainda investigação em curso sobre denúncias de maus-tratos contra os animais durante testes para validação de medicamentos que serão usados em seres humanos. Um terceiro cão da raça beagle retirado do instituto foi localizado em São Roque, no final da tarde de quarta-feira, 23. O animal, um macho adulto, vagava pela rua no bairro Marmeleiro e, após ser recolhido por um morador, foi entregue ao Centro de Zoonoses da prefeitura. O cachorro, que tem chip de identificação, foi levado para o canil da Sociedade Protetora de Animais de São Roque. Outros dois cães beagle encontrados na rua estão sob a posse da advogada do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, disse nesta quarta-feira (23), que ativistas que levaram 178 cães da raça beagle do Instituto Royal, no interior de São Paulo, agiram "fora da lei". "Ninguém deve se precipitar dessa forma, tem de respeitar a lei em primeiro lugar", declarou o ministro, após participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, o Conselho Nacional de Experimentação Animal (Consea) não registrou irregularidades na atuação do Instituto Royal e que o Ministério Público está apenas "acompanhando se os licenciados estão dentro da lei". "Iniciativas marginais à lei é que não podem ser toleradas", emendou.

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Raupp disse ser favorável a testes em animais "enquanto forem necessários" e lembrou que a utilização de cobaias é permitida pela Lei Arouca. "Se os especialistas da área acham que não é possível fazer uma determinada pesquisa, desenvolver um novo medicamento contra o câncer, para cosméticos, para o que for, se for necessário sou favorável que se utilize os animais. Não tenho nenhuma posição ideológica ou fundamentalista sobre esse assunto. A minha posição é objetiva em função dos interesses das pesquisas no País", enfatizou. O ministro afirmou que não há nenhuma evidência de que animais são supérfluos nas pesquisas científicas.

Em sua opinião, não há necessidade de se reabrir as discussões sobre o uso de animais em pesquisas, mas ressaltou que está aberto ao diálogo caso o Congresso decida retomar o assunto. "Antes de considerar qualquer coisa e começar a invadir o que é legal, é o que não é admissível", disse.

Nessa terça-feira (22), foi criada uma comissão externa formada por deputados para acompanhar as denúncias de maus-tratos praticados supostamente pelo Instituto Royal. O ministro evitou o assunto e limitou-se a dizer que o Parlamento tem o direito de tomar qualquer iniciativa. Enquanto isso, cresce a mobilização entre os parlamentares para discutir uma nova legislação que restrinja o uso de animais. Só na Câmara, cinco projetos versando sobre o assunto estão em tramitação, sendo o mais antigo de 1998.

O ministro defendeu que, em caso de nova discussão, não prevaleça o "achismo". "Acho que tem que ter discussão e não embate. Tem de ter discussão racional", acrescentou. De acordo com ele, o Consea está aberto a ouvir considerações da sociedade mas, até onde ele vem acompanhando, não há métodos alternativos ao uso de animais em discussão. "Na medida em que se apresenta esses métodos (alternativos) e se justifique, é claro que pode-se considerar", afirmou.

Atendendo a pedido, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), trocou o relator da comissão externa que investigará denúncia de possíveis maus-tratos contra animais praticados pelo Instituto Royal, no interior de São Paulo. No lugar do deputado Ricardo Izar (PSD-SP) ficará o tucano Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Na última semana, ativistas invadiram o laboratório e resgataram 178 cães da raça beagle. Com a comissão, os seis deputados terão acesso ao inquérito da Polícia Civil referente ao furto qualificado e aos danos nas dependências do laboratório, além da investigação em andamento há um ano do Ministério Público sobre as denúncias de crime de maus-tratos.

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Ao final dos trabalhos, os deputados deverão apresentar uma proposta para atualizar a legislação que trata do uso de animais em pesquisas científicas. Mais cedo, Izar se adiantou e apresentou uma proposta proibindo o uso de qualquer espécie animal em atividades de ensino, pesquisas e testes laboratoriais para desenvolvimento de produtos cosméticos.

A Polícia Civil espera concluir em 30 dias o inquérito que apura denúncias de maus-tratos contra cães da raça beagle usados para testes de remédios no Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo. No mesmo prazo, de acordo com o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, será concluída a investigação que apura a invasão do instituto, na madrugada de sexta-feira, 18, e o furto de 178 cães. De acordo com Carriel, pelo menos 100 manifestantes participaram da ação e devem ser indiciados pelos crimes de furto qualificado e dano. "Vamos identificar os autores e individualizar a conduta de cada um", disse.

A pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que acompanha as investigações, uma perícia mais detalhada será feita esta semana nas instalações do instituto. O objetivo é checar como os animais eram tratados e em que condições estavam acomodados. Desde a invasão, a unidade está sem funcionar. A direção nega os maus-tratos e afirma que o instituto funcionava de acordo com a legislação. A Câmara dos Deputados criou nesta terça-feira, 22, uma comissão externa formada por seis parlamentares para apurar as denúncias de maus-tratos no Instituto Royal.

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A Câmara instaurou na tarde desta terça-feira, 22, uma comissão externa formada por seis parlamentares para acompanhar as investigações sobre possíveis maus-tratos contra animais praticados pelo Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo. Na última semana, ativistas invadiram o laboratório e resgataram 178 cães da raça beagle. Ao fim dos trabalhos, os deputados deverão apresentar uma proposta para atualizar a legislação que trata do uso de animais em pesquisas científicas.

A coordenação dos trabalhos ficará à cargo do deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP), que acompanhou no fim de semana a situação no laboratório farmacêutico. Protógenes revelou que durante anos de trabalho como delegado da Polícia Federal (PF) nunca se deparou com um local sob investigação tão degradante. "O que eu vi lá foi um ambiente de tortura, parecia um campo de concentração nazista", comparou. Ele afirma que, pelas condições encontradas no laboratório, pode-se confirmar a denúncia de maus-tratos contra animais. "Encontrei um ambiente deprimente, fétido, muito distante da realidade de pesquisa científica", afirmou.

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Além de Protógenes, participarão da comissão os deputados Alexandre Leite (DEM-SP), Antônio Roberto (PV-MG), Ricardo Trípoli (PSDB-SP), Roberto de Lucena (PV-SP) e Ricardo Izar (PSD-SP), este último como relator dos trabalhos. Os deputados terão acesso ao inquérito da Polícia Civil referente ao furto qualificado e aos danos nas dependências do laboratório, além da investigação em andamento há um ano do Ministério Público sobre as denúncias de crime de maus-tratos. Segundo Protógenes, o Instituto Royal recebe recursos públicos da União em suas pesquisas.

A comissão não tem prazo para concluir os seus trabalhos e poderá eventualmente investigar outros laboratórios que forem denunciados. O coordenador dos trabalhos já adiantou que defende uma nova legislação proibindo o uso de animais em experimentos científicos, à exemplo do que já existe em diversos países. "Se são métodos ultrapassados, por que estamos utilizando-os?", ponderou.

O Instituto Royal, invadido na sexta-feira, 18, por ativistas de defesa dos direitos dos animais, doará os 178 cães da raça beagle levados pelos invasores, caso eles sejam recuperados pela polícia e devolvidos à instituição. De acordo o diretor científico do instituto, João Antônio Pegas Henriques, os animais estavam em testes com antibióticos e outros remédios, mas não há como recuperar o tratamento, considerado perdido.

De acordo com Henriques, as normas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) preveem a doação de animais usados em testes. Em nota, o Royal esclareceu que os animais só irão para doação depois de serem recebidos pela instituição - após a liberação pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MPE).

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Antes de serem adotados, os animais receberão tratamento veterinário. O delegado de São Roque, no interior de São Paulo, Marcelo Pontes, afirmou que, caso sejam recuperados, os cães furtados não serão levados para o instituto, mas postos sob a guarda de entidades de proteção aos animais. Os cães serão submetidos a perícia para subsidiar inquéritos que investigam tanto denúncias de maus-tratos como crimes decorrentes da invasão do instituto. Só após a conclusão do inquérito sobre os maus-tratos será decidido o destino dos cães.

Cerca de duzentos integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram neste domingo, 20, uma área da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu, no rio Paranapanema, em Sandovalina, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Nesta segunda-feira, 21, os sem-terra iniciaram o plantio feijão, milho e abóbora no local. A ocupação ocorreu depois que o grupo foi obrigado a desocupar a Fazenda São Domingos, na mesma região, que havia sido invadida na última quarta-feira, 16. A Justiça de Pirapozinho deu liminar em ação de reintegração de posse movida pelos donos da propriedade.

De acordo com a coordenação regional do MST, a área da hidrelétrica tem mais de cem hectares e vinha sendo negociada com a Duke Energy, operadora da hidrelétrica, para que os sem-terra acampados na região pudessem fazer plantios. O terreno fica fora da área de segurança da hidrelétrica. Segundo o MST, a empresa não autorizou o uso pelos sem-terra, mas acabou o terreno foi ocupado para arrendatários. "Como em última análise se trata de propriedade federal, achamos que o uso da terra tem de ser social, beneficiando muitas famílias e não apenas alguns arrendatários", disse o dirigente Valmir Ulisses Sebastião.

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A mesma área já havia sido invadida em 2011. Na ocasião, a Justiça determinou a desocupação. Em nota, a Duke Energy informou que a área invadida é da União, mas está sob sua concessão na abrangência da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu. A companhia informou ainda conduzir amigavelmente as tratativas para que os sem-terra desocupem a área o mais breve possível.

A Polícia Civil tentará recuperar os 178 cães da raça beagle levados por ativistas durante a invasão do Instituto Royal, na madrugada de sexta-feira (18), em São Roque, no interior de São Paulo, mas não pretende devolvê-los à instituição. O delegado que dirige a investigação, Marcelo Pontes, disse nesta segunda-feira (21) que os cães de raça eventualmente recuperados serão postos sob a guarda de uma entidade de proteção dos animais "até que se apurem as denúncias de maus-tratos que ocorreriam naquele local".

Do total levado da entidade, apenas duas fêmeas tinham sido encontradas ainda no sábado (19). Elas estão sob os cuidados da advogada Viviane Jorge Benini Cabral, que assinou termo de fiel depositária. Viviane acompanhava o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que esteve na delegacia. Pontes começa a ouvir nesta terça-feira, 22, os funcionários do instituto sobre a invasão e depredação do local, onde os cães eram usados como cobaia em testes de remédios. Os depoimentos seriam tomados nesta segunda-feira, mas os empregados não foram localizados porque o Royal ainda não voltou a funcionar.

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O delegado que dirige a investigação disse que a apuração averiguará as denúncias de crime contra os cachorros e também os de furto qualificado e de danos que aconteceram no local. "Houve concurso de agentes e a ação ocorreu no período noturno, o que agrava os crimes", disse. Depois de ouvir trabalhadores e representantes do instituto, serão intimados para depor os participantes da ação, entre eles os manifestantes que foram à polícia denunciar a suposta crueldade por volta de meia-noite da quinta-feira, 17.

"Vamos começar por eles porque já estão identificados aqui, mas todos os que forem apontados como participantes da invasão terão de comparecer à delegacia." A apresentadora Luísa Mel está entre as que serão indiciadas pela invasão, de acordo com Pontes. "Estamos levantando as identidades pelas filmagens feitas no local e também pelas redes sociais."

Confronto

Outros quatro inquéritos abertos na delegacia apuram o tumulto que aconteceu no sábado, durante manifestação e tentativa de nova ocupação do Royal com a participação de mascarados adeptos à tática Black Bloc. Houve confronto com a Polícia Militar (PM) e seis pessoas ficaram feridas. Os mascarados lideraram ataques a uma viatura da PM e a dois carros de uma emissora de televisão, depredados e queimados. Quatro pessoas foram presas em flagrante - Guilherme Magalhães Chelles e Marcos Vinicius Pereira Cruz, os dois de 18 anos, acusados de destruir automóveis da emissora, pagaram fiança e foram liberados ainda no sábado.

Rafael de Souza Pinheiro, de 25 anos, e Vinícius Grenhalgnin dos Santos, de 21, foram autuados por dano qualificado, uma vez que são suspeitos de ter atacado também uma viatura, mas foram soltos domingo, após alvará concedido pela Justiça. Todos negaram serem adeptos ao Black Bloc. O delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, disse nesta segunda-feira que a denúncia de maus-tratos feita pelos ativistas ficou prejudicada. "Havia necessidade de uma perícia nos cães, mas eles foram subtraídos." Carriel considera que suposta crueldade não justifica a ocupação e o saque ao instituto.

"Não se pode admitir que, com a justificativa de maus-tratos, se pratique outros crimes." De manhã, ele reuniu-se com o delegado de São Roque para discutir a investigação. O delegado seccional disse que há mais de um ano o Ministério Público (MP) investiga as acusações e não constatou maus-tratos. Após duas vistorias no local, foram emitidos laudos de que o Royal cumpria todas as exigências legais. "Se não se aceita que cães e outros animais sejam usados como cobaias, que se mude a lei." Em nota, o instituto anunciou que buscará todos os caminhos institucionais para fazer valer os direitos perante a violência da madrugada de sexta-feira.

"O instituto reconhece o direito à livre-manifestação, mas não pode e não vai aceitar ultimatos e pressões realizadas com violência e ao arrepio da lei." De acordo com o órgão, a invasão constituiu ato de grave violência, com prejuízos para a sociedade brasileira, pois dificulta o desenvolvimento de pesquisa científica no ramo da saúde.

"Com a invasão, foram perdidas pesquisas e um patrimônio genético que levou mais de dez anos para ser reunido, fruto do esforço pessoal de pesquisadores que dedicaram toda a sua vida à ciência." Segundo a nota, o tempo necessário para se recompor este conhecimento perdido põe o Brasil em desvantagem em relação a outros polos de desenvolvimento científico no mundo.

"Com a invasão, perde toda a sociedade brasileira, que deixará de ter a sua disposição medicamentos inovadores para tratamento de doenças como o câncer, a preços acessíveis." O instituto negou os maus-tratos e disse que todas as atividades são desenvolvidas sob a supervisão de órgãos de fiscalização nacionais e à luz de protocolos internacionais.

Um grupo formado por dezenas de atividades em defesa dos animais arrombou os portões e invadiu na madrugada desta sexta-feira (18) o Instituto Royal, em São Roque, região de Sorocaba, para libertar pelo menos uma centena de cães da raça beagle usados em testes de medicamentos.

Os ativistas percorreram os três andares do prédio e recolheram os animais, levando-os para fora do local. Havia pelo menos um cachorro morto e outros estavam com os pelos raspados. Parte das instalações foi depredada durante a invasão.

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A ação foi iniciada às 1h30 por manifestantes que há vários dias estavam acampados na frente do prédio - alguns chegaram a se acorrentar no portão. A Polícia Militar impediu que o grupo deixasse o local, mas muitos ativistas já tinham saído do estabelecimento levando animais em seus veículos.

A direção do instituto classificou a invasão como "ato de terrorismo" e informou que suas atividades são acompanhadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Instituto Royal é investigado pelo Ministério Público pelo uso de cães em testes para a indústria farmacêutica.

Cerca de 200 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram na manhã desta terça-feira, 15, a Fazenda São Domingos, em Sandovalina, no Pontal do Paranapanema, oeste do Estado de São Paulo. É a 20ª invasão da propriedade rural pelos sem-terra, a segunda este ano - a área já havia sido invadida em junho, mas os invasores foram obrigados a sair por ordem judicial. O MST alega que a fazenda, de 1,5 mil hectares, foi desapropriada para a reforma agrária. Os militantes iniciaram a montagem de barracos na área.

As terras, ocupadas com lavouras, como milho e cana-de-açúcar, pertencem à família Paes. Um dos donos, Manoel Domingos Paes Neto, procurou a delegacia da Polícia Civil em Sandovalina para denunciar a invasão. Um advogado deve entrar com pedido de reintegração de posse nesta quarta-feira, 16, no fórum da Comarca, em Pirapozinho.

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De acordo com o MST, a São Domingos foi considerada terra devoluta e sofreu um processo de desapropriação, mas os donos recorreram à Justiça e ainda não houve o julgamento definitivo. As terras são disputadas pelos movimentos sociais desde 1995. Em 1997, pelo menos onze pessoas ficaram feridas durante uma tentativa de invasão - sete sem-terra foram baleados, mas todos sobreviveram.

A Universidade de São Paulo (USP) agendou para 19 de dezembro a próxima eleição para reitor e vice-reitor da instituição, com as mudanças aprovadas nesta semana pelo Conselho Universitário. O prédio antigo da reitoria está ocupado desde terça-feira (1º), por um grupo de alunos que reivindica eleições diretas para a cúpula da universidade.

Cerca de 2 mil representantes de estudantes, docentes e servidores escolherão a lista tríplice de chapas a ser encaminhada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que dará a palavra final.

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Os candidatos a reitor e vice-reitor deverão inscrever previamente suas chapas e seus programas de administração. A Comissão Eleitoral divulgará em 15 de outubro a lista de candidaturas deferidas no site da Secretaria Geral da universidade. Os inscritos deverão abandonar funções de chefia ou direção para concorrer à vaga.

Cinco dias antes da eleição, a universidade divulgará o resultado da consulta informativa, sem caráter deliberativo, feita a todos os alunos, professores e funcionários, cujos votos serão contados separadamente.

Também foram designados os membros da Comissão Eleitoral, responsáveis por coordenar o processo de eleição. O grupo será presidido pelo professor Wanderley Messias da Costa e também contará com os docentes Francisco de Assis Leone, Carlos Eduardo Falavigna da Rocha, José Rogério Cruz e Tucci, Marisa Aparecida Bismara Regitano D’Arce e Waldyr Antonio Jorge.

A primeira reunião do Conselho Universitário (CO) no ano que vem continuará o debate sobre o processo eleitoral da USP. O mandato do atual reitor, João Grandino Rodas, termina em 25 de janeiro.

A Justiça agendou uma audiência de conciliação para terça-feira, 08, entre a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e os manifestantes que ocupam o prédio da administração central da instituição. A reunião foi definida nesta quinta-feira, 03, pela 12ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, ao analisar o pedido de reintegração de posse feito pela USP.

O juiz Marcos Pimentel Tamassia, responsável pela decisão, afirmou que não se trata de uma reintegração de posse convencional por se assemelhar a "um ato de manifestação". O magistrado ponderou, no entanto, que a universidade alega que o protesto "não está sendo realizado de forma pacífica e ordeira, o que de fato é bem preocupante". O Diretório Central dos Estudantes, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e a Associação dos Docentes da USP foram requeridos no pedido de reintegração feito pela universidade.

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Os grupos que ocupam a reitoria reivindicam eleições diretas para a cúpula da USP. Para sair do edifício, eles ainda pedem a anulação da última decisão do Conselho Universitário, instância máxima da universidade, que reduziu de dois para um o número de turnos do processo de escolha para reitor e estabeleceu uma consulta informativa à comunidade universitária, sem caráter decisório, a ser divulgada cinco dias antes da data da eleição.

Em apoio à ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e à greve geral por eleições diretas para reitor, os alunos da USP Leste ocuparam nesta quarta-feira, 02, a diretoria da unidade, pedindo também o afastamento do vice-diretor e diretor interino da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Edson Leite, e a regularização das questões ambientais.

"A luta é por uma democratização e transparência de toda a universidade", afirmou Marcelo Fernandes, 23 anos, estudante do 4º ano de Gestão de Políticas Públicas, na USP Leste. Desde 10 de setembro, alunos, professores e funcionários estão em greve na unidade pedindo que a universidade cumpra as exigências feitas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para despoluição do solo contaminado da USP Leste e pelo afastamento de Leite.

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Nesta quarta, por volta do meio dia, durante uma reunião entre o diretor interino e os coordenadores dos programas de pós-graduação, representantes dos alunos pediram novamente a renúncia de Leite, mas, segundo eles, o diretor interino se recusou a sair "alegando que ‘não seria elegante’".

Os alunos aguardam uma reunião entre o reitor da USP e o diretor interino da USP Leste, na quinta-feira, 03, para decidir se vão desocupar o prédio. Segundo a assessoria da USP Leste, nenhum membro da administração da unidade irá se pronunciar. Disse também que, até as 18h desta quarta os alunos ocupavam o corredor do edifício da direção, mas não entraram em nenhuma sala e não houve qualquer tipo de depredação.

Assembleias

Até as 20h desta quarta-feira ocorriam assembleias em todas as unidades da USP para que cada curso votasse se iria aderir ou não à greve geral. O prédio da antiga reitoria foi ocupado durante a tarde de terça depois de o Conselho Universitário, máxima instância da instituição, não atender às mudanças pedidas pelo corpo discente para a escolha do reitor, como a eleição direta.

Além da ocupação da reitoria e da greve, estavam nas pautas das assembleias de cada unidade o pedido para anular as decisões do Conselho Universitário, um plebiscito para escolha da forma de eleição de reitor, a realização de nova reunião do conselho e o adiamento das eleições para reitor. O Diretório Central Acadêmico (DCE) da USP convocou ainda, para as 18h de quinta-feira uma assembleia geral para decidir sobre os rumos da greve e da ocupação da reitoria, iniciadas na terça-feira.

Nesta quarta o departamento permanecia ocupado. Os alunos dormiam nos corredores e no sofá da recepção da reitoria. Segundo os estudantes, o clima estava calmo e não houve aproximação da polícia ou da guarda universitária. Pela manhã, alguns cursos tiveram aulas normais, como na Faculdade de Economia e Administração, na Escola Politécnica e no Instituto de Geociências.

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