Uma ofensiva de explosões e tiroteios matou 103 pessoas no Iraque nesta segunda-feira, até agora o dia mais violento no país em 2012. A violência em 13 cidades iraquianas parece ter sido coordenada: cada bomba foi detonada algumas horas após a última. Elas atingiram principalmente forças de segurança e escritórios do governo - dois dos alvos favoritos da Al-Qaeda.
Os ataques ocorreram alguns dias após o líder da Al-Qaeda no Iraque ter anunciado uma nova ofensiva e em comunicado alertar que o grupo está reorganizando-se em áreas das quais havia se retirado antes das tropas norte-americanas deixarem o país, em dezembro passado.
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A Al-Qaeda está buscando renovar sua força no vácuo de segurança deixado pela saída das forças dos Estados Unidos, aproveitando a divisão no governo em Bagdá e o levante de rebeldes sunitas na Síria para semear instabilidade no Iraque.
Autoridades americanas e iraquianas insistem que o braço do grupo terrorista no Iraque, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, está longe da força que possuía quando o país esteve à beira de uma guerra civil, entre 2006 e 2008.
Mohammed Munim, de 35 anos, estava trabalhando em um escritório do Ministério do Interior no bairro xiita de Sadr City, em Bagdá, quando um carro explodiu do lado de fora. "Foi uma explosão ensurdecedora", contou ele. Dezesseis pessoas foram mortas no atentado.
"As únicas coisa de que me lembro são a fumaça e o fogo, que estavam em todo lugar", disse Munim em seu leito na sala de emergência do hospital para o qual foi levado. Ele foi atingido por estilhaços no pescoço e nas costas.
O pior ataque aconteceu na cidade de Taji, cerca de 20 quilômetro de distância da capital. A polícia afirma que bombas plantadas em torno de cinco casas explodiram uma hora após o nascer do sol, na cidade predominantemente sunita. Em seguida, um homem-bomba detonou seu cinto com explosivos no meio dos policiais que correram para ajudar. No total 41 pessoas foram mortas, informou a polícia.
Em um ousado ataque o contra o Exército iraquiano, três carros cheios de homens armados chegaram próximos de uma base na cidade de Udaim, nordeste do país, e começaram a atirar nos soldados. Treze foram mortos e os atiradores conseguiram escapar. As informações são da Associated Press.