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Impulsionada pelo uso de sistemas de refrigeração, a carga de energia cresceu expressivos 11,8% em janeiro frente a igual período de 2013, para 68,828 mil MW médios, divulgou nesta quarta-feira (5), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em relação ao mês de dezembro de 2013, o aumento verificado foi de 7,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão foi de 4,4% ante igual intervalo anterior. Os dados da carga, que é a soma do consumo de energia com as perdas do sistema, são preliminares.

De acordo com o ONS, o uso intensivo de aparelhos de refrigeração nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, que representam 78% da carga total do sistema, e a aceleração do ritmo da atividade industrial explicam o forte crescimento da carga em janeiro de 2014. "Também contribuiu para essa variação o comportamento da carga verificado nesse mesmo mês do ano anterior, no Sudeste e no Centro-Oeste, período marcado pela ocorrência de temperaturas amenas para aquela época do ano, em grande parte do mês", informou o ONS.

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Entre as regiões do País, a carga de energia cresceu 11,6% no Sudeste/Centro-Oeste nesse período de comparação, para 41,375 mil MW médios. No Sul, a expansão foi de 11,8%, para 12,080 mil MW médios. No Nordeste, o aumento foi de 4,6%, para 10,101 mil MW médios. No Norte, o ONS registrou significativo crescimento de 30,7%, para 5,272 mil MW médios. "Chama atenção o elevado crescimento do Norte, cuja taxa se justifica pela integração de Manaus ao sistema interligado nacional (SIN), a partir do dia 09/07/13. Sem a carga de Manaus, o crescimento do SIN é da ordem de 10,4%", informou o operador.

A taxa do IPC-C1 de janeiro, de 0,71%, permaneceu abaixo da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,99% em janeiro. Ambos são calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também se posicionou em patamar inferior, aos 4,70%. Em igual período, o IPC-Br subiu 5,61%. Apesar disso, grupos como alimentação e despesas diversas no IPC-C1 ficaram pressionados acima do índice geral, com taxas de 6,49% e 8,43%, respectivamente.

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Em janeiro, a aceleração ocorreu em cinco das oito classes de despesa pesquisadas. Os destaques foram Despesas Diversas (0,48% para 3,80%); Educação, Leitura e Recreação (0,45% para 2,99%), influenciados por cigarros (0,68% para 6,59%) e cursos formais (0,00% para 9,29%), respectivamente.

Além disso, a Alimentação registrou pequeno avanço, de 0,71% para 0,80% na passagem para janeiro, influenciada por uma queda menor em laticínios (-4,14% para -3,13%), item de peso no orçamento das famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Itens como cebola e cenoura também tiveram forte aceleração. A cebola subiu 28,90% em janeiro, depois de alta de 16,58% em dezembro. Já a cenoura avançou 39,42%, depois de alta de 13,19% no último mês de 2013. Apesar disso, os preços do tomate cederam 9,58%, invertendo parte da alta de 11,12% registrada em dezembro.

Também aceleraram em janeiro os grupos Habitação (0,54% para 0,56%) e Comunicação (-0,02% para 0,13%), puxados por eletrodomésticos (0,17% para 0,66%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-1,42% para 1,19%), respectivamente.

Em contrapartida, desaceleraram os grupos Vestuário (0,52% para -0,28%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,24%), com o alívio nas roupas (0,61% para -0,32%) e nos medicamentos em geral (0,16% para -0,14%).

O grupo Transportes, que vinha sendo fortemente influenciado pelo reajuste dos preços da gasolina ao longo do mês de dezembro, arrefeceu a alta de preços. Com a passagem do efeito do reajuste, a gasolina saiu de alta de 4,04% para queda de 0,05%, o que levou o grupo a subir 0,30% em janeiro, contra 0,67% no último mês de 2013.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,71% em janeiro, ante alta de 0,56% em dezembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta quarta-feira (5), pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 4,70% em 12 meses.

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O preço do imóveis está perdendo o fôlego. Pelo segundo mês consecutivo, a variação em 12 meses do preço médio do metro quadrado dos imóveis prontos, a maioria usados, desacelerou em janeiro na comparação com o mês anterior.

No mês passado, a variação do preço do metro quadrado acumulada em 12 meses estava em 13,5%, segundo índice Fipe Zap, que pesquisa os preços na internet em 16 cidades. Em dezembro, esse mesmo indicador estava em 13,7% e, em novembro 13,8%.

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"Com dois meses de desaceleração ainda não é possível tirar conclusões", afirma o coordenador do índice, Eduardo Zylberstajn. Mas ele pondera que os indicadores ruins, como a inflação persistente em níveis elevados e as incertezas que contagiam as expectativas, podem estar afetando o mercado imobiliário.

Movimento também de desaceleração foi registrado nas variações mensais de preço. Na média das 16 cidades pesquisadas, o preço do m² dos imóveis anunciados na internet aumentou 0,8% em janeiro na comparação com o mês anterior. Em dezembro, a variação mensal havia sido de 1%.

São Paulo

Um dado relevante da pesquisa é que o preço do metro quadrado dos imóveis em São Paulo, o principal mercado do País, registrou em janeiro a menor variação mensal da série histórica iniciada em janeiro de 2008. Em janeiro, o preço do m² na cidade de São Paulo, de R$ 7.839, teve alta de 0,70%. "É praticamente a variação esperada para inflação neste mês", compara Zylberstajn, citando o último Boletim Focus do Banco Central, que projeta IPCA de 0,72% para janeiro.

O economista observa que, em janeiro, a maioria entre as 16 cidades pesquisadas teve variação de preços muito próximas da expectativa de inflação para o período. Exceção à regra foram as altas no Rio de Janeiro (1,2%), Recife (1%), Florianópolis (1,6%), Porto Alegre (1,2%), Vitória (1,4%) e Niterói (1,1%). "Até pouco tempo atrás era difícil encontrar cidades com preços subindo igual ou abaixo do IPCA. Hoje é mais frequente", diz Zylberstajn. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de pedidos de auxílio-desemprego apresentados por trabalhadores na Espanha subiu em janeiro ante dezembro no ritmo mais lento para o primeiro mês do ano desde 2007, na última indicação de melhora no enfraquecido mercado de trabalho do país.

Dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho espanhol mostram que o número de solicitações cresceu 113.097 no mês passado, a 4,8 milhões. Com ajuste sazonal, o total de pedidos teve queda de 3.907. Com isso, o resultado ajustado acumula recuos há seis meses seguidos pela primeira vez desde 2007.

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Apesar disso, a Espanha ainda tem o segundo maior nível de desemprego na Europa, em 26% da população economicamente ativa, atrás apenas da taxa da Grécia. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,94% em janeiro. Em dezembro, o IPC havia apresentado avanço de 0,65%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das estimativas de 15 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, que iam de 0,85% a 0,95%, o que gerou mediana de 0,90%. Na comparação com a terceira quadrissemana de janeiro, o IPC teve uma aceleração, pois o índice apresentou avanço de 0,86% naquela leitura.

A inflação no grupo Educação apresentou o maior salto entre dezembro e janeiro, registrando alta de 6,95% na última semana de janeiro, de 0,07% em dezembro e de 5,01% na terceira semana do mês passado. Despesas Pessoais também chamou atenção, avançando para alta de 1,96% no fim de janeiro, de 0,79% em dezembro e de 1,51% na terceira leitura do mês.

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A alta nos preços também ganhou força em Habitação e Alimentação. Em Habitação, os preços subiram 0,57% na última leitura de janeiro, ante alta de 0,56% em dezembro e de 0,51% na terceira quadrissemana de janeiro. Em Alimentação os preços subiram 0,70% em janeiro, de 0,65% no último mês do ano passado, embora a leitura da terceira quadrissemana do mês passado apontasse inflação de 0,89%.

A inflação perdeu força nas categorias Transporte e Saúde, sendo que na primeira a alta nos preços foi de 0,60% em janeiro, frente a 0,90% em dezembro e 0,66% na terceira quadrissemana de janeiro. Em Saúde, a inflação desacelerou para 0,34% em janeiro, ante 0,35% em dezembro e 0,36% na terceira leitura de janeiro.

Em Vestuário os preços registraram deflação de 0,25% em janeiro, contra inflação de 0,83% em dezembro. Na terceira leitura de janeiro, a categoria marcava deflação de 0,07%.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC no mês de janeiro:

Habitação: 0,57%

Alimentação: 0,70%

Transportes: 0,60%

Despesas Pessoais: 1,96%

Saúde: 0,34%

Vestuário: -0,25%

Educação: 6,95%

Índice Geral: 0,94%

A venda de automóveis e comerciais leves totalizou em janeiro 299.768 unidades, o que representa uma alta de 0,98% na comparação com janeiro de 2013 e uma queda de 10,77% perante as vendas de dezembro. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (3), pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), mostram ainda um aumento de 1,57% nas vendas totais do setor automotivo, na comparação com igual mês do ano passado. No confronto com dezembro, no entanto, a soma de emplacamentos de todos os segmentos, de 463.233 unidades, representa retração de 10,33%.

Segundo o presidente da entidade, Flavio Meneghetti, a expansão das vendas de janeiro, perante o mês de 2013 pode ser explicada pela demanda por carros que ainda tinham a alíquota mais reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. "Os estoques contavam com veículos ainda com desconto no IPI, e esse foi o fator relevante para o crescimento de 0,98%", explicou Meneghetti.

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O segmento de duas rodas apontou emplacamento de 133.552 unidades, uma queda de 4,93% em relação a dezembro mas uma expansão de 5,71% no comparativo com janeiro de 2013

Caminhões e Ônibus - Os setores de caminhões e ônibus, juntos, apresentaram retração de 28,27%, no comparativo entre dezembro e janeiro e de 12,02% na comparação com janeiro de 2012. Considerando apenas o emplacamento de caminhões houve queda de 25,28% na passagem de dezembro para janeiro, com licenciamento de 10.836 unidades. No confronto com janeiro de 2013, as vendas caíram 11,7%. No caso ônibus, as 2.015 unidades vendidas representaram recuo de 40,96% perante dezembro e de 16,77% na comparação com janeiro do ano passado.

O cômputo do segmento de tratores e máquinas agrícolas somou 3.306 unidades em janeiro, resultando em declínio de 42,96% ante dezembro e retração de 37,35% no confronto com janeiro do ano passado.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, atribuiu à sazonalidade do mês de janeiro o resultado negativo da balança comercial no primeiro mês do ano. "Em todos os janeiros acontecem movimentos de menores exportações", disse, atribuindo o movimento à entressafra agrícola e às férias coletivas das empresas. "A menor atividade econômica impacta as exportações", explicou.

O MDIC divulgou nesta segunda-feira (3) que a balança comercial encerrou janeiro com o maior déficit da história, de US$ 4,057 bilhões. As exportações somaram US$ 16,027 bilhões e as importações atingiram US$ 20,084 bilhões. A série histórica do ministério tem início em 1994.

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Do lado das importações, segundo o secretário, há aumento no mês de janeiro, ligado à reposição de estoques. "O resultado desse equilíbrio é que tradicionalmente há déficit nos meses de janeiro." Godinho destacou que janeiro foi o quarto mês consecutivo de crescimento das exportações brasileiras. O secretário comentou que a retomada do ciclo de investimento no Brasil impacta no aumento das importações. Ele argumentou que insumos e bens de capital, por exemplo, puxam o crescimento das importações.

Ele destacou que a venda externa de carne bovina in natura bateu recorde para meses de janeiro, com US$ 459 milhões no mês passado. Os principais mercados desse produto foram Rússia, Hong Kong, Venezuela e Irã.

A venda externa de celulose também foi recorde para meses de janeiro, com US$ 514 milhões e 990 mil toneladas. Nesse caso, os principais mercados foram China, Países Baixos, Estados Unidos e Itália. O secretário afirmou, mais de uma vez, que janeiro deste ano foi o quarto mês consecutivo de crescimento das exportações brasileiras.

Queda -Godinho também destacou a queda de 27,4% nas exportações de automóveis no mês passado. Segundo ele, a maior retração das vendas ocorreu para o México (88% menor que janeiro de 2013). As exportações de automóveis para a Argentina tiveram queda de 15%. Ele acredita que pode ter havido uma reprogramação dos embarques para o México.

Ele disse que também é cedo para avaliar se a retração das exportações de automóveis já reflete os problemas econômicos na Argentina. Par ao secretário, os dados de apenas um mês não podem ser usados para mostrar uma tendência.

O secretário de comércio exterior do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, evitou traçar um cenário para

o comércio exterior brasileiro. Segundo ele, é difícil apontar alguma tendência neste momento. "Temos que esperar mais um pouco", disse.

Cenário - Segundo o secretário, a base da balança é muito pequena, de apenas um mês este ano, o que torna difícil traçar um cenário para o ano. Ele lembrou que janeiro é um mês com comportamento sazonal. "É muito difícil apontar para alguma tendência verificada e dizer que esse será o comportamento. Precisamos esperar o comportamento da economia como um todo e do comportamento do comércio exterior", afirmou.

Godinho disse que não teria como avaliar neste momento o impacto da desaceleração da economia chinesa e os problemas econômicos na Argentina. Ele lembrou que sua avaliação no início de janeiro era a de que as exportações em 2014 se mantivessem no mesmo patamar dos últimos três anos e de que haveria uma melhora na conta petróleo. "Janeiro já indica melhora na conta petróleo. Houve aumento de produção, de exportação e redução de importações. Temos que esperar para ver", afirmou.

As exportações de produtos básicos cresceram 5,3% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado puxadas por petróleo em bruto, farelo de soja, bovinos vivos, carne bovina e minério de ferro. Por outro lado, nos manufaturados, a queda de 2,6% é explicada por uma redução nas vendas de açúcar refinado, etanol, automóveis de passageiros, autopeças e suco de laranja congelado.

A retração de 5,8% dos semimanufaturados ocorreu, principalmente, por conta da diminuição das exportações de ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e açúcar em bruto.

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Os dados divulgados nesta segunda-feira (3), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram também que as exportações cresceram 17,4% para a Ásia, sendo que somente para a China o incremento foi de 27,7%. Para os Estados Unidos, a alta foi de 11,4%. Por outro lado, as vendas externas em janeiro caíram 6,2% para o Mercosul, sendo que a queda chegou a 13,7% para a Argentina. A retração das exportações do Brasil para a União Europeia foi de 5%.

A balança comercial brasileira encerrou janeiro com o maior déficit da história, de US$ 4,057 bilhões, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, 3, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações somaram US$ 16,027 bilhões e as importações atingiram US$ 20,084 bilhões. A série histórica do ministério tem início em 1994.

A balança também teve resultado negativo na quinta semana de janeiro no valor de US$ 406 milhões, resultado de vendas externas de US$ 3,778 bilhões e importações de US$ 4,184 bilhões.

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O primeiro resultado mensal da balança comercial brasileira em 2014 ficou dentro do intervalo das expectativas dos economistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que variam de um déficit de US$ 2,986 bilhões a US$ 5,000 bilhões para janeiro. O resultado ficou pouco abaixo da mediana de um saldo negativo de US$ 4,500 bilhões.

No mês passado, a média diária das exportações foi de US$ 728,5 milhões, 0,4% maior que no mesmo período de 2013. Os embarques de manufaturados caíram 2,6%, enquanto a retração nas vendas de semimanufaturados foi de 5,8%. Por outro lado, cresceram 5,3% as exportações de produtos básicos.

Nas importações, a média diária de janeiro de 2014 foi de US$ 912,9 milhões, recorde histórico para meses de janeiro e 0,4% acima da média de janeiro de 2013.

A indústria começa 2014 com um primeiro sinal positivo: o resultado do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil, calculado pelo HSBC, mostrou a segunda melhora mensal consecutiva em janeiro. Para o economista-chefe para América Latina do HSBC Bank Brasil, André Loes, o indicador é um "alento" para a indústria. "Os componentes relevantes estão acelerando. É um bom início de ano", afirmou Loes, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

De acordo com o economista, durante o segundo semestre de 2013 o PMI industrial do País ficou na média em 49,8. Em dezembro, o indicador já alcançou 50,5 e, em janeiro deste ano, passou para 50,8. "Durante o segundo semestre do ano passado, ficou ligeiramente abaixo de 50 a maior parte do tempo. Essa segunda melhora parece um pouco mais sustentável", apontou. A projeção do economista para a produção industrial apurada pelo IBGE em dezembro ainda é de retração - queda de 1,3% na margem.

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O HSBC apontou que o volume de pedidos recebidos cresceu pelo ritmo mais rápido em 11 meses. "O aumento de novas ordens sugere que pode ser um começo de ano melhor", reforçou. A produção também cresceu em janeiro.

Entre os setores, as condições de negócios melhoraram para os produtores de bens de consumo e para o segmento de bens intermediários. O setor de bens de capital, contudo, mostrou uma deterioração nas condições de negócios.

De acordo com Loes, não é possível extrapolar a análise do setor de bens de capital com base apenas no resultado de janeiro. "Houve uma piora na confiança empresarial, que em determinado momento estabilizou-se, e já muito recentemente os leilões de concessão deram algum alento para um setor específico", analisou o economista. "De qualquer maneira, nossas projeções de crescimento para investimento no ano são fracas", disse Lóes. "A confiança empresarial está baixa, estamos em ano eleitoral, não há perspectiva de nenhuma grande mudança enviada para o Congresso para melhorar as condições de negócio do País. A projeção é de que o investimento agregado na economia este ano cresça 1,8%", afirmou.

Emprego

Apesar do bom resultado do PMI em janeiro, o nível de emprego no setor industrial caiu. Loes ressalta que o crescimento da população ocupada tem ficado mais modesto, o que pode ser um "ajuste" do cenário dos últimos anos. "Tivemos crescimento econômico relativamente baixo e o mercado de trabalho crescia de maneira muito mais dinâmica. Com custos crescentes de trabalho, porque o salário real cresceu acima da produtividade, e uma economia com previsão de crescimento modesto, as empresas começam a contratar menos", apontou o economista, que afirmou ainda que o crescimento negativo no emprego industrial foi registrado em meses anteriores, não somente em janeiro.

"A perspectiva nos próximos meses é de que se mantenha pelo menos um crescimento meio anêmico da população ocupada. As empresas podem até não demitir mais fortemente, mas começam a contratar bem menos", disse.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil, calculado pelo HSBC, mostrou uma "melhora modesta" no setor em janeiro, ao passar de 50,5 em dezembro para 50,8 no primeiro mês de 2014.

O resultado de janeiro é a segunda melhora mensal consecutiva no indicador. O HSBC destaca que os volumes de pedidos recebidos cresceram pelo ritmo mais rápido em 11 meses, mas o crescimento da produção aconteceu em um ritmo mais lento. A instituição aponta ainda que, apesar do aumento da produção e do volume de novos pedidos, o nível de empregos caiu de forma modesta.

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O setor de bens de consumo foi o grupo com melhor desempenho em janeiro. As condições de negócios melhoraram também no segmento de bens intermediários. Já para o setor de bens de capital, as condições de negócios se deterioraram.

O grupo Educação, Leitura e Recreação, que avançou de 3,16% na terceira leitura de janeiro para 4,47% na última quadrissemana do mês, foi o que mais contribuiu para a elevação do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) divulgado nesta segunda-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador geral subiu 0,06 ponto porcentual, de 0,93% para 0,99% entre os dois períodos.

Os itens com as maiores influências de alta foram curso de ensino superior (de 6,14% para 8,24%), curso de ensino fundamental (de 7,42% para 10,07%), cigarros (de 4,02% para 6,03%), refeições em bares e restaurantes (de 0,63% para 0,88%) e automóvel novo (de 1,00% para 1,44%).

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Já os cinco itens com as maiores influências negativas foram leite tipo longa vida (apesar de diminuir o ritmo de deflação de -6,02% para -5,91%), tomate (de -6,99% para -11,98%), tarifa de táxi (de -0,50% para -3,58%), show musical (de -0,15% para -1,56%) e batata inglesa (de 0,42% para -3,28%).

Dentre as cinco classes de despesas que registraram acréscimo em suas taxas de variação, a FGV também destacou o comportamento dos itens cursos formais (de 6,62% para 9,07%), no grupo Educação, Leitura e Recreação; cigarros (de 4,02% para 6,03%), em Despesas Diversas; empregada doméstica mensalista (de 1,35% para 1,65%), no grupo Habitação; e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,11% para 0,53%) em Comunicação.

Além das altas temperaturas, o nível de umidade do ar de São Paulo também tem ficado bem abaixo da média para janeiro. Nesta quarsa-feira (29), a umidade relativa do ar foi de 24%, a mais baixa desde janeiro de 1984. Nessa quinta-feira (30), após uma leve alta, ficou em 35%, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Faltando apenas um dia para o fim do mês, é possível que a capital paulista bata o recorde de temperatura em janeiro. A média das temperaturas máximas no mês estava, nesta quinta-feira, em 31,7º C. O recorde histórico é de 1956, quando a média foi de 30,9º C. O Inmet faz a medição desde 1943. Nesta quinta, a máxima registrada foi de 34,2ºC e a tendência é de que as temperaturas continuem altas nos próximos dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os empresários do comércio ficaram menos otimistas em janeiro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados nesta quinta-feira, 30. O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) recuou 2,4% em janeiro ante o mesmo mês de 2013, o sexto resultado negativo consecutivo.

Em janeiro, houve deterioração nas expectativas para os próximos meses e na percepção sobre as condições atuais. Segundo a CNC, os juros mais elevados e a desvalorização do real em relação ao dólar explicam o recuo de 2,3% no indicador que mede as expectativas do empresário do comércio, em relação a janeiro do ano passado.

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Já o indicador que mede a percepção sobre as condições correntes registrou queda de 5,6%, puxado pelo tombo de 9,3% na avaliação sobre a situação da economia. Por outro lado, a recuperação das vendas do comércio nos últimos meses fez melhorar em 0,6% a expectativa de investimentos em janeiro ante janeiro de 2013.

Na comparação com dezembro, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) mostrou redução de 2,3%, mas o movimento é considerado sazonal, uma reação à desaceleração típica das vendas do comércio no início do ano.

A demanda prevista e a tendência dos negócios pesaram negativamente no resultado do Índice de Confiança de Serviços (ICS) de janeiro, que teve recuo de 0,9% em relação a dezembro. O quesito que mede a demanda prevista pelos empresários de serviços nos próximos seis meses caiu 2,5% no período, mostrando uma confiança menos favorável para os próximos meses. Além disso, a avaliação sobre a tendência dos negócios também apresentou queda de 1,5% no primeiro mês deste ano.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a proporção de empresas prevendo demanda maior no futuro próximo diminuiu de 44,2% para 41,6%, enquanto a parcela daquelas prevendo demanda menor aumentou de 8,0% para 8,8%. A proporção de empresas que esperam tendência dos negócios melhor recuou ligeiramente, de 42,8% para 42,3%, enquanto a das que esperam piora passou de 5,9% para 7,5%.

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No momento atual, a alta de 0,6% na confiança se deu por uma avaliação mais otimista sobre a demanda. O índice que mede o volume de demanda atual avançou 4,0% em janeiro. A proporção de empresas que avaliam a demanda atual como forte passou de 12,5% para 15,5%, enquanto a parcela das que a consideram fraca ficou praticamente estável, segundo a FGV, passando 21,4% para 20,7%.

"Após um ano em que o ICS apresentou tendência declinante e oscilou sistematicamente abaixo da média histórica, a confiança do setor de serviços inicia 2014 com novo resultado desfavorável, decorrente de expectativas menos otimistas para os meses seguintes. Pelo lado favorável, merece destaque a melhor avaliação sobre o momento presente", avaliou a FGV, em nota.

A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em janeiro, apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, segundo a Fundação Getúlio Vargas. De dezembro para janeiro, o IPC acelerou de 0,69% para 0,87%. No mesmo período, Educação, Leitura e Recreação saiu de 0,65% para 2,92%, puxado pelo comportamento do item cursos formais (de 0,00% para 6,12%).

Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas. O grupo Alimentação passou de 0,94% em dezembro para 1,06% em janeiro, com contribuição do item carnes bovinas (de 1,60% para 3,24%). O grupo Despesas Diversas saiu de 0,68% no último mês do ano para 1,70% em janeiro, com destaque para cigarros (de 1,12% para 3,58%). O grupo Habitação, por sua vez, subiu de 0,58% em dezembro para 0,60% em janeiro, influenciado principalmente pelo quesito empregados domésticos (de 0,13% para 1,39%). Já o grupo Transportes passou de 0,76% para 0,84%, com contribuição de automóvel novo (de 0,29% para 0,83%).

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Por outro lado, três classes de despesa apresentaram decréscimo nas taxas de variação. O grupo Vestuário saiu de 0,69% em dezembro para -0,27% em janeiro, com destaque para o comportamento do item roupas (de 0,88% para -0,40%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais recuou de 0,50% no último mês do ano passado para 0,44% em janeiro, influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,26% para -0,01%). Já o grupo Comunicação recuou de 0,22% em dezembro para 0,02% em janeiro, com contribuição de tarifa de telefonia móvel (de 0,63% para 0,00%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de dezembro para janeiro foram curso de ensino superior (de 0,00% para 5,66%), curso de ensino fundamental (de 0,00% para 6,80%), gasolina (apesar de diminuir o ritmo de aumento de 2,11% para 1,75%), cigarros (de 1,12% para 3,58%) e refeições em bares e restaurantes (de 0,55% para 0,63%).

A lista de maiores pressões negativas, por sua vez, é composta por leite tipo longa vida (de -5,47% para -6,19%), tomate (de 13,35% para -8,02%), passagem aérea (de 16,85 para -4,45%), tarifa de ônibus urbano (de -0,04% para -0,28%) e vestido e saia (de 0,43% para -1,35%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,22% em dezembro para 0,70% em janeiro. O grupo relativo a Mão de Obra teve variação de 1,00%, contra 0,21% em dezembro. Já Materiais, Equipamentos e Serviços foi para 0,37% ante 0,23% no mês anterior.

Entre as maiores pressões de alta do INCC-M na passagem de dezembro para janeiro estão ajudante especializado (de 0,24% para 1,01%), servente (de 0,21% para 1,13%), pedreiro (de 0,20% para 0,95%), carpinteiro (de 0,22% para 1,01%) e engenheiro (de 0,14% para 1,10%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram tubos e conexões de PVC (de -0,04% para -0,61%), materiais elétricos (de 0,27% para -0,52%), elevador (de 0,12% para -0,06%), tinta à base de PVA (de 0,48% para -0,21%) e perna 3x3/estronca de 3ª (de 0,40% para -0,14%).

Na passagem de dezembro para janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou de 0,63% para 0,31%, com forte contribuição do grupo Matérias-Primas Brutas, que passou de alta de 1,25% para queda de 0,13 no período.

No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram a soja em grão (de 2,20% para -5,38%), o leite in natura (de -2,87% para -6,84%) e o milho em grão (de 5,93% para 3,27%). Contudo, foi registrada aceleração em itens como minério de ferro (de 0,73% para 1,98%), mandioca (de -0,41% para 3,85%) e café em grão (de 7,45% para 10,94%).

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O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA apresentou aceleração, ao sair de 0,53% em dezembro para 0,80% em janeiro. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a construção - a taxa de variação passou de -0,16% para 1,08%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, avançou 0,44% em janeiro, contra 0,17%, em dezembro.

O índice relativo aos Bens Finais também registrou aceleração, embora em menor intensidade, ao passar de 0,17% no último mês do ano para 0,19% em janeiro. Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura, com taxa de variação de -2,68% em janeiro, ante -3,84% em dezembro. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, teve avanço de 0,42%, ante 0,44% em dezembro.

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências de alta no IPA de janeiro estão minério de ferro (de 0,73% para 1,98%), o café em grão (de 7,45% para 10,94%), bovinos (de 1,77% para 2,02%), óleo combustível (de 0,28% para 8,96%) e óleo diesel (apesar de diminuir o ritmo de alta de 5,60% para 2,27%).

Já na lista de maiores influências negativas estão soja em grão (de 2,20% para -5,38%), leite in natura (de -2,87% para -6,84%), farelo de soja (de 3,28% para -5,11%), batata inglesa (de -5,83% para -16,44%) e tomate (de 3,16% para -14,34%).

A taxa de desemprego ajustada na Alemanha em janeiro foi de 6,8%, inalterada ante dezembro, mas abaixo da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, de 6,9%.

O número de desempregados na maior economia da zona do euro caiu 28 mil, em termos ajustados, para 2,927 milhões de pessoas em janeiro, de 2,955 milhões no mês passado, segundo o Escritório do Trabalho alemão.

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Em termos não ajustados, o número de desempregados avançou para 3,136 milhões, de 2,873 milhões em dezembro, e a taxa de desemprego subiu a 7,3% em janeiro, de 6,7% no mês passado.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,60% em dezembro para 0,48% em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 30. O resultado do IGP-M de janeiro ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, entre 0,40% e 0,57%, e abaixo da mediana de 0,50%.

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de 0,63% em dezembro para 0,31% em janeiro. Na mesma base de comparação, o IPC-M saiu de 0,69% para 0,87%. O INCC-M acelerou de 0,22% para 0,70%. A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até janeiro é de 5,66%. (

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