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O deputado federal e ex-ministro da Cidadania João Roma (PL-BA) comparou, nesta sexta-feira (22), o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. A declaração foi dada na quinta-feira (21), pouco antes de o presidente Bolsonaro (PL) defender o perdão a Daniel Silveira para a "garantia da nossa liberdade". 

“No dia 21 de abril deste ano, teve mais um episódio da nossa República. Bolsonaro salvou da forca o novo Tiradentes do Brasil”, comparou o deputado. “Ele, com muita coragem, enfrentou estruturas para que nossa democracia seja fortalecida e para que as nossas instituições estejam equilibradas”, afirmou. 

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Roma defendeu que a posição de Bolsonaro servia para que “todos se lembrem que não temos pagadores de impostos para sustentar uma burocracia que olha para o seu umbigo, mas precisamos de gestores que olhem para o nosso povo sofrido”, discursou. 

“É esse Brasil que nós queremos; é esse Brasil que não abandonaremos; é com esse Brasil e com Bolsonaro que estaremos juntos em 2022”, concluiu, em clima de campanha eleitoral. 

Na sequência, Bolsonaro tomou o microfone e também falou sobre o indulto a  Daniel Silveira, por mais que evitasse citar o nome do aliado. Ele afirmou que a decisão serviu para “garantia da nossa liberdade”. “Ontem foi um dia importante para o nosso País, não pela pessoa em jogo [Daniel Silveira], mas pelo simbolismo de que nós temos mais do que o direito, mas a garantia da nossa liberdade”, disse.

Na sua defesa, o presidente afirmou que “as decisões muitas vezes são difíceis, mas eu sei que, pior do que uma decisão mal tomada, é uma indecisão”. “Nós não deixaremos de, na hora certa, seja com o sacrifício do que for, tomar a frente e dar um rumo ao Brasil”, expôs. 

Pré-candidato ao governo da Bahia, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), fez nesta quarta-feira, 16, sua sétima viagem ao Estado desde o início do ano. Roma acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpriu agenda em Salvador.

Contando com a visita de hoje, o Estado foi destino de quase um terço das viagens oficiais do ministro, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão. A Bahia é também o cenário favorito para seus eventos oficiais fora de Brasília. Com a visita de hoje, mais da metade dos compromissos do ministro fora da capital federal ocorreram em solo baiano, segundo a agenda oficial do ministério.

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Nesta quarta, Bolsonaro e Roma visitaram as instalações do Senai Cimatec. Também participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de ressonância magnética do Hospital Santo Antônio, uma das obras sociais de Irmã Dulce.

Em seu Instagram, o ministro divulgou compromissos em cidades baianas entre fevereiro e março. Esses eventos, porém, não constam de sua agenda oficial divulgada pelo ministério.

No dia 26 de fevereiro, o Roma foi a Iraquara, onde, segundo ele, "recebeu lideranças para discutir melhorias para a belíssima região da nossa Chapada Diamantina". Em 1 de março, visitou a prefeitura de Andaraí. Também participou de uma sessão da Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus, em 4 de março, e visitou São Miguel das Matas, acompanhado de um ex-prefeito, do presidente da Câmara e vereadores, no dia 5.

Nos últimos dois compromissos, ele vestia um colete que o identificava como ministro da Cidadania.

As agendas na Bahia incluem doações às comunidades atingidas pelas chuvas no Estado - a resposta do governo foi liderada pelo ministro -, entrega de viaturas à Polícia Rodoviária Federal, visitas a projetos sociais e encontros com caminhoneiros, empresários e políticos locais.

Como mostrou o Estadão, Roma está a um passo de abandonar o seu partido para se filiar ao PL, mesma legenda de Bolsonaro. Na semana passada, o presidente chegou a dizer que o ministro da Cidadania deverá deixar o cargo para disputar o Palácio de Ondina. Pelo calendário eleitoral, o prazo para que ministros e secretários de Estado abandonem seus postos para viabilizar candidaturas é 2 de abril.

Cotado como pré-candidato ao governo, ministro João Roma prioriza Bahia em agenda

Em seu site, Roma também dá destaque às viagens realizadas para o Estado onde pretende se eleger. Na página principal, oito das nove chamadas citam a Bahia no título.

Em 2022, o ministro aumentou a frequência de viagens para outros Estados, segundo a agenda oficial. Em 2021, foram apenas 23 viagens nos seis primeiros meses, contra 22 já realizadas neste ano, apenas até o meio de março. Nos seis primeiros meses do ano passado, a Bahia já correspondia a 30,4% das viagens realizadas pelo ministro. Em 2022, representa 31,8%.

Nos seis primeiros meses do ano passado, o ministro teve 14 compromissos em solo baiano, que correspondem a 29% das agendas oficiais em outros Estados durante esse período. Em 2022, já foram 22 compromissos na Bahia, mais da metade dos realizados pelo ministro fora da capital federal.

A assessoria do ministro João Roma foi procurada pela reportagem, mas até a última atualização não se manifestou.

Roma iniciou sua trajetória política como assessor do governo de Pernambuco, seu Estado natal. Após passar por cargos na administração federal, em 2013, virou chefe de gabinete do então prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). Em 2018, foi eleito deputado federal, cargo que está licenciado.

Roma também recebeu o título de cidadão soteropolitano pela Câmara Municipal de Salvador, em 2015.

Agora, o ministro da Cidadania disputará justamente com seu ex-chefe, ACM Neto, as eleições pelo governo estadual. O ex-prefeito aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Já o PT, que governa a Bahia desde 2007, decidiu-se pela pré-candidatura do secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues, após a indecisão entre o ex-governador petista Jaques Wagner ou apoiar o senador Otto Alencar (PSD).

Quatro ministros de Estado sobrevoaram, nesta terça-feira (28), as regiões atingidas por fortes chuvas na Bahia, onde anunciaram uma série de ações para auxiliar o esforço de atendimento à população desabrigada e prometeram recursos futuros para a reconstrução da infraestrutura e de moradias.

Pela manhã, os ministros João Roma (Cidadania), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) se encontraram em Itabuna (BA), um dos municípios mais atingido, de onde sobrevoaram a região por helicóptero.

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Por volta do meio-dia, os ministros deram entrevista coletiva na qual anunciaram as medidas de cada ministério para lidar com a situação de calamidade. Queiroga, por exemplo, disse que uma portaria publicada nesta terça-feira (28) destina R$ 12 milhões do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais comprarem insumos.

O ministro da Saúde anunciou ainda o envio imediato de 100 mil doses para reforçar a vacinação contra a gripe na região, bem como doses para hepatite A e cinco toneladas de insumos hospitalares. Devido às chuvas, algumas localidades perderam grande parte dos remédios e imunizantes. Médicos da Força Nacional de Saúde também estão sendo mobilizados.

Damares Alves anunciou esforços conjuntos com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para prevenir os desaparecimentos e garantir o direito de crianças da região. Os ministro da Cidadania , João Roma, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, por sua vez, prometeram que novos recursos federais serão canalizados num futuro breve para a reconstrução de casas e estradas.

Estradas

Nesta terça, o governo publicou uma medida provisória destinando R$ 200 milhões para reconstrução de estradas danificadas pelos temporais em diferentes estados, dos quais R$ 80 milhões serão destinados à Bahia.

Porém, o governador da Bahia, Rui Costa, disse que a quantia não é suficiente, e pediu por mais recursos. Tanto Roma como Marinho responderam que após as águas recuarem será possível avaliar o real tamanho dos danos e calcular um novo repasse futuro.

“Será feito o que for necessário não só para a recuperação de estadas e rodovias, como das estradas vicinais, das casas, dos acessos, da infraestrutura urbana que porventura tenha sido atingida”, disse Marinho.

Números

Até o momento, a Bahia contabiliza 116 municípios afetados, e o número de cidades que decretaram situação de emergência chega a 100. Segundo a Defesa Civil do estado, 470 mil moradores foram prejudicados de alguma maneira pelos temporais. As enchentes já deixaram 20 mortos e mais de 31 mil desabrigados.

Em entrevista coletiva mais cedo, o governador Rui Costa disse que "a sensação que nós temos é, pelas imagens que vemos, de um grande bombardeio em todo o estado". Ele acrescentou que pelo menos 50 cidades tem casas embaixo d'água. "Agora que a água começa a baixar, a gente vê o estrago que foi feito em casas de pessoas simples, que fizeram um esforço danado para erguê-las."

O novo programa de assistência social do governo federal, o Auxílio Brasil, terminará o ano de 2021 com o piso mínimo de R$ 400 para cerca de 17 milhões de famílias – atendendo às metas e expectativas do governo –, informou o ministro da Cidadania, João Roma.

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, que vai ao ar na noite desta quarta-feira (22), o ministro falou sobre os impactos de programas de geração de renda e dos incentivos ao emprego criados pelo governo durante o período da pandemia. Segundo Roma, os dispositivos de segurança econômica assegurados pelo Estado permitem qualidade de vida e inclusão social nas camadas mais atingidas pela crise econômica causada pela suspensão das atividades comerciais.

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“Sabemos que a pandemia está passando, mas as consequências econômicas e sociais ainda perduram na nossa sociedade, em especial para os mais pobres”, disse o ministro.

O novo Auxílio Brasil, que substituiu o programa Bolsa Família, está sendo pago dentro do piso mínimo de R$ 400 por família desde o dia 10 de dezembro. João Roma também falou sobre outras iniciativas de inclusão social, como o programa Alimenta Brasil para agricultura familiar.

Para o Ministério da Cidadania, os programas sociais servem de base para garantir a educação de qualidade de jovens e crianças. Roma citou a participação de jovens que pertencem a famílias beneficiárias em olimpíadas de conhecimento e jogos estudantis, assim como em programas de iniciação científica e eventos que estimulam o desenvolvimento educacional.

“A grande diferença é que interligamos programas sociais importantes para a transformação dessas famílias, para que todas elas consigam maior protagonismo na sociedade e mais qualidade de vida”, destacou Roma.

O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira publica a exoneração "a pedido" de João Roma do cargo de ministro da Cidadania. Roma tem mandato de deputado federal pelo Republicanos da Bahia e deve voltar à Câmara Federal para apresentar emendas ao Orçamento de 2022.

Na semana passada, Onyx Lorenzoni, que também tem mandato de deputado pelo DEM gaúcho, se licenciou do cargo de ministro do Trabalho e Previdência para propor emendas individuais ao orçamento do ano que vem.

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Depois dessa passagem pela Câmara, os dois deputados devem retornar à chefia dos seus respectivos ministérios no governo de Jair Bolsonaro.

No caso de Onyx, a assessoria do ministério afirmou que ele deve retornar ao cargo de ministro em até dez dias, contados do último dia 11.

Cerca de dois meses depois do apaziguamento entre os Poderes, o ministro da Cidadania, João Roma, avaliou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da suspensão de repasses dos orçamento secreto demonstrou, mais uma vez, "certo ativismo judicial" da Corte, "buscando justamente criar certa celeuma entre as instituições", afirmou. Em sua visão, apesar da interdependência entre as instituições, observa-se um "pronunciamento exacerbado do Judiciário perante matérias que são exatamente tratadas por outros poderes".

"Isso não é positivo para o fortalecimento institucional brasileiro. Verifico sim, com todos o respeito e cumprimento as determinações judiciais, que mais uma vez o Judiciário tem extrapolado suas atribuições", declarou o ministro, em entrevista nesta quarta-feira (10) à Rádio CBN. Roma destaca que "decisão judicial não se discute, se cumpre", mas enfatiza que "começa a ocorrer uma aspereza entre as instituições".

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Na tarde de ontem, o STF fechou maioria para a suspensão dos repasses parlamentares feitos por meio de emendas de relator, esquema revelado em maio, pelo Estadão, de envio de recursos parlamentares para bases eleitorais. Em um desses movimentos, em busca de apoio para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, o Executivo decidiu abrir o cofre e acelerou a liberação de dinheiro a deputados na véspera da votação da proposta. O governo então empenhou R$ 1,2 bilhão das chamadas emendas de relator-geral. Mesmo com o movimento, Roma negou uma correlação entre os temas

Segundo ele, foram feitas diversas reuniões, inclusive com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com outros líderes, mas os temas foram "totalmente republicanos". "O que há sim são as emendas do Congresso Nacional. Aliás, é o Congresso Nacional que tem a atribuição e o protagonismo na aprovação do orçamento", afirmou.

Para sustentar seu argumento, o ministro apontou a oscilação de posicionamento do PDT, que, pressionado por caciques da sigla, decidiu mudar sua posição favorável à PEC. "Se houvesse uma vinculação de 'toma lá, dá cá', obviamente os efeitos seriam devastadores, o que não foi o caso", argumentou, reforçando desconhecer qualquer negociação para aprovação do tema.

PEC no Senado

Com a conclusão da votação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, o texto segue agora para o Senado. Roma afirmou que não trabalha com a hipótese de que a proposta não seja aprovada na Casa. Ele diz estar em "contato permanente" com o Senado e, portanto, está confiante com a aprovação. Segundo o ministro, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) "demonstrou sensibilidade e senso de urgência perante o tema". "Então estou confiante que conseguiremos, na base do bom diálogo e mostrando os efeitos importantes". De acordo com Roma, o presidente Jair Bolsonaro está "determinado em assistir a população mais necessitada".

No entanto, é possível que a PEC não vá direto ao Plenário e passe, antes, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde poderá sofrer alterações. Para o ministro, contudo, essa é uma decisão que "não cabe interferência externa".

"O Senado tem sua liturgia, tem seus procedimentos internos, é uma matéria delicada, importante. Se for importante passar na CCJ, o importante é que haja o empenho de todos os integrantes de todos os integrantes para que a matéria tenha análise aprofundada com toda a celeridade necessária", declarou.

De acordo com Roma, é possível ter o pagamento de R$ 400 a partir de dezembro. Mas, para isso, "estamos trabalhando e buscando sensibilizar o Senado Federal para que aprove ainda no mês de novembro".

Anunciado em agosto deste ano, o novo programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, deve substituir o Bolsa Família em novembro. Para falar sobre as novidades e os diferenciais do Auxílio Brasil, o ministro da Cidadania, João Roma, é o entrevistado deste domingo (17) do Brasil em Pauta.

De acordo com o ministro, o novo programa vai interligar ferramentas do Estado e integrar políticas públicas para a população de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade.

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Segundo ele, o principal diferencial do Auxílio Brasil é oferecer não apenas proteção social, mas também a possibilidade de transformação social que se dará por meio da capacitação para acesso ao mercado de trabalho. Roma diz que, para isso, contará com o apoio do Sistema S.

O programa também trará mecanismos para proteção da primeira infância e de segurança alimentar com o aperfeiçoamento de iniciativas já existentes como o Criança Feliz e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Com o objetivo de estimular as pessoas a buscarem novos caminhos sem medo de perder o benefício, está sendo viabilizado, segundo Roma, uma regra de permanência em que a pessoa, mesmo conquistando um emprego, por exemplo, possa permanecer por até dois anos sem perder o auxílio.

A ideia é que o valor possa ser reajustado, passando dos atuais R$ 190 para cerca de R$ 300. O auxílio, que hoje comtempla cerca de 14 milhões de famílias, deve passar a atender 17 milhões.

O ministro falou também sobre outros programas da pasta como o Brasil Fraterno, que combate a insegurança alimentar e nutricional, e o Bolsa Atleta, auxílio essencial para cerca de 7 mil atletas brasileiros

Brasil em Pauta vai ao ar neste domingo (17), às 19h30, na TV Brasil (clique aqui para saber como sintonizar). 

 

As principais lideranças políticas baianas aguardam o resultado de uma cisão entre dois antigos aliados para definir o cenário para as próximas eleições no maior colégio eleitoral da região Nordeste - e quarto do Brasil, com cerca de 10 milhões de eleitores. Se do lado governista a candidatura do senador e ex-governador Jaques Wagner (PT) é dada como certa, na oposição uma indefinição de como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), irão se comportar: se vão fazer as pazes e caminhar juntos na mesma chapa ou se vão lançar candidaturas distintas.

Roma entrou na política pelas mãos de Neto, de quem foi chefe de gabinete na gestão do presidente do DEM na prefeitura de Salvador. Os dois tinham uma relação de amizade até fevereiro, quando cortaram relações após Roma aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o ministério da Cidadania, contrariando Neto. Não se falam desde então, dizem ambos.

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Embalado pela "vitrine" que é comandar o ministério responsável por programas de forte apelo eleitoral, como a reestruturação do Bolsa Família, que na versão bolsonarista ganhou o nome de Auxílio Brasil, Roma não esconde que gosta da ideia sair candidato. Sua candidatura é incentivada pelo Palácio do Planalto para garantir um palanque para Bolsonaro no Estado, uma vez que Neto descarta fazer este papel, mesmo sem Roma na disputa.

"O presidente tem encorajado um protagonismo meu maior aqui na Bahia", disse o ministro, que tem intensificado a participação em eventos ao lado de Bolsonaro. Em junho, durante uma agenda em Amargosa (BA), Bolsonaro disse que "João Roma é o futuro da Bahia". Na quinta-feira passada, o ministro fez um pronunciamento em rede nacional no qual falou sobre políticas de transferência de renda, saúde, educação e emprego. Nos bastidores, tem conversado com lideranças políticas no interior do Estado.

Neste cenário, partidos que compõem o grupo de Neto pretendem aguardar até o final do ano para saber se haverá ou não uma reaproximação entre o ex-prefeito e o ministro, e evitam falar como se posicionariam em um cenário hipotético com as duas candidaturas. Uma eventual entrada de Roma na disputa tem potencial de esvaziar a chapa de Neto para além do Republicanos, partido do ministro.

ACM Neto tem intensificado conversas. Até o final de setembro, pretende visitar 40 municípios para levar seu nome, conhecido na capital, para o interior do Estado, onde seu avô, o ex-governador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007, ainda tem "recall". Além disso, endossa a transferência do aliado, o deputado Elmar Nascimento, do DEM para o PSL, por onde ele deve concorrer ao Senado. Neto aposta no eleitor "nem Lula nem Bolsonaro", e diz que só abriria seu palanque para uma candidatura nacional se for da "terceira via". "Não vou adotar uma linha de enfrentamento contra Lula ou Bolsonaro. Não vou nacionalizar o debate", disse.

Sua estratégia tem fundamento. Sondagens iniciais apontam que Neto sai na frente quando entrevistados são questionados em quem votariam para governador em 2022. A situação se inverte e Jaques Wagner toma a liderança quando o nome dele aparece relacionado a Lula - não por acaso, o ex-presidente encerrará na Bahia, no dia 26, seu périplo por Estados do Nordeste, iniciado ontem. As sondagens também mostram espaço para uma "terceira via" bolsonarista.

Na chapa governista, o problema é acomodar os interesses. Wagner é considerado nome certo para encabeçar a chapa. "É o melhor nome para manter a unidade do grupo porque foi ele mesmo quem o uniu", disse o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares. Além disso, Wagner é amigo pessoal de Lula, um importante puxador de votos no Estado. No segundo turno da eleição de 2018, por exemplo, Fernando Haddad (PT) obteve 72,69% dos votos válidos, contra 27,31% de Jair Bolsonaro (então no PSL).

O cientista político Paulo Fábio Dantas Neto, professor da Universidade Federal da Bahia, considera que o cenário nacional terá forte influência na eleição para o governo da Bahia. "A presença do elemento nacional sempre foi historicamente um elemento muito importante nas eleições ao governo da Bahia. Acredito que tende a não ser diferente", disse.

O vice-governador, João Leão (Progressistas), no entanto, pleiteia a vaga. "Eu ajudei o grupo por 14 anos, nada mais natural que me dar a oportunidade de concorrer ao governo", disse. Leão vive um impasse: não pode concorrer mais a vice porque foi reeleito, e não vê espaço para concorrer ao Senado - a cadeira já estaria reservada à reeleição de Otto Alencar (PSD). Sua opção seria emplacar um aliado na presidência da Assembleia Legislativa, que desde 2017 é ocupada por uma alternância pelo PSD e Progressistas - sendo o atual aliado de Otto.

Nesta configuração, também ficaria de fora Rui Costa. No PT, fala-se na possibilidade de Rui refazer os passos de Wagner em 2014, quando o então governador cumpriu o mandato até o final e no ano seguinte assumiu um ministério. Há também a possibilidade de Rui se afastar para ceder a Leão nove meses de governo, e assim contemplar o Progressistas. "Temos até dezembro para resolver. Não vejo no horizonte um racha no grupo", disse Wagner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Cidadania, João Roma, disse que a expectativa do governo é começar o pagamento do programa Auxílio Brasil em novembro. Até lá, o governo vai prorrogar o pagamento do auxílio emergencial. Roma participou da entrega da medida provisória que reformula o Bolsa Família nesta segunda-feira (9) ao presidente da Câmara, Arthur Lira.

O ministro afirmou que o novo programa vai apresentar ferramentas e trilhas para que o cidadão consiga sua emancipação social. Segundo ele, o valor vai ser definido em setembro e deve incluir mais 2 milhões de beneficiários. Atualmente, o Bolsa Família beneficia 14,6 milhões de pessoas.

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“O Auxílio Brasil vai além de uma rede de proteção social e ofertará todas as ferramentas, seja através da capacitação, ou financiamento, ou empreendedorismo ou do programa de aquisição de alimentos, possibilidade para que esse cidadão alcance a plena cidadania”, disse João Roma.

*Da Agência Câmara de Notícias

O ministro da Cidadania, João Roma, disse nesta quarta-feira que o governo deve enviar até o início de agosto uma medida provisória reformulando programas sociais. Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Roma disse pretender que o novo programa tenha o maior valor "possível. "O valor médio do programa será tratado com a área econômica mais à frente. O presidente falou em reajuste de 50% (em relação ao Bolsa Família). Pretendemos isso ou até mais", afirmou.

De acordo com o ministro, a ideia do governo é lançar, em novembro, um novo programa de transferência de renda reunindo ações e programas já existentes, como o Bolsa Família e o programa de aquisição de alimentos, e ampliar o número de atendidos para 17 milhões. Atualmente, o programa beneficia 14,5 milhões de brasileiros. Segundo o ministro, o novo programa incluirá ainda ferramentas de capacitação e microcrédito.

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O ministro da Cidadania, João Roma, anunciou nesta quarta-feira (31) que o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial começará na próxima terça-feira, dia 6 de abril, primeiro com depósitos nas contas dos beneficiários e depois com um cronograma de saques, como ocorreu no ano passado. "Esse é um alento para o povo brasileiro. O pagamento foi viabilizado pela PEC Emergencial com R$ 44 bilhões que servirão para quatro parcelas direcionadas para os brasileiros vulneráveis que estão passando muita dificuldade. São recursos públicos, para os quais temos que ter o maior zelo", afirmou. "A preocupação do presidente Jair Bolsonaro é válida, precisamos estar perto da população que mais precisa. O auxílio emergencial é ferramenta para minimizar o sofrimento para conseguir superar essa pandemia", completou.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, explicou que a partir do dia 6 o banco depositará o auxílio nas contas digitais - que todos os beneficiários já possuem - e depois será possibilitado o saque. "Teremos todo um calendário com todo o detalhamento, para minimizar aglomerações. Nossa expectativa é de que pelo menos metade das pessoas já paguem suas contas digitalmente. Vamos minimizar as filas de saques", acrescentou.

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Regras

Na nova rodada do auxílio, apenas uma pessoa por família poderá receber o auxílio, que tem valores de R$ 150 para famílias de uma só pessoa, R$ 250 para famílias com mais de um integrante e R$ 375 para mães que são as únicas provedoras do lar, pagos em quatro parcelas mensais.

Apenas poderá receber os valores quem já era beneficiário do programa em dezembro de 2020. Em decreto editado na semana passada, o governo reforçou a proibição à realização de novos pedidos do benefício por quem estava empregado até julho de 2020, quando o cadastro foi encerrado, mas foi demitido depois disso, sem conseguir recolocação.

O governo estima que 45,6 milhões de trabalhadores serão alcançados pela nova rodada. O auxílio beneficia trabalhadores informais, microempreendedores individuais e desempregados (que não estejam recebendo o seguro-desemprego) com renda familiar de até três salários mínimos, ou de até meio salário mínimo por pessoa.

Os beneficiários do Bolsa Família só receberão o auxílio caso ele seja mais vantajoso do que o valor pago no programa regular.

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