Tópicos | legalização da maconha

Em resposta à indicação de voto de repúdio recebido na Câmara do Recife nesta segunda-feira (25), pelo vereador Fred Ferreira (PSC), o vereador Ivan Moraes (PSOL) ressaltou defender a legalização da maconha. O pedido de Fred, rejeitado na Casa de José Mariano, foi por conta do outdoor instalado na capital em que Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

“Este é um parlamentar que defende a legalização de uma planta para que milhares de pessoas tenham remédio, trabalho e renda. Para que as pessoas deixem de ir presas. Sou eu que defendo a maconha, sou eu que defendo as famílias que precisam de remédio, sou eu que defendo as famílias que estão com filhos e filhas ameaçados e muitos deles encarceirados”, salientou. 

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Ivan afirmou que “entre cuidar, matar ou prender, eu vou sempre preferir defender que nós cuidemos das pessoas”. Ele também ressaltou: “Não vou dar cartaz a detratores, mas sempre que esse assunto vier à pauta, eu terei todo o prazer de debater. Todas as vezes que eu tiver oportunidade, seja nesse microfone ou nas ruas do Recife, eu vou dizer: legaliza! Trabalho, renda e remédio para todo mundo que precisa”, avisou. 

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Um jornal da cidade de Lansing, no Estado americano de Michigan, distribuiu maconha grátis na manhã da quinta-feira (6) para celebrar a legalização do uso recreativo da erva na região. De acordo com informações do Lansing State Journal, o jornal City Pulse esgotou seu suprimento em uma hora. Pelo menos 28 pessoas aceitaram a oferta.

Cerca de 56% dos eleitores de Michigan disseram sim à maconha recreativa em novembro. O uso da droga oficialmente se tornou legal na quinta-feira após a certificação dos resultados das eleições. "Queríamos fazer algo para celebrar esta ocasião", disse o repórter do City Pulse, Kyle Kaminski.

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Michigan é o primeiro estado do Meio-Oeste americano a permitir o consumo recreativo da maconha. O uso passou a ser legal para pessoas a partir de 21 anos. Além de usar, estão, também, autorizadas a cultivar e transitar com pequenas quantidades da erva.

O governo de Justin Trudeau apresenta nesta quinta-feira (13) um projeto de lei que tem por objetivo legalizar a maconha em pouco mais de um ano e que fará do Canadá o segundo país do mundo a autorizar seu uso recreativo.

No Canadá, o consumo de maconha é permitido com fins medicinais desde 2011 e ele seria o primeiro país do G7 a autorizá-lo com fins recreativos, uma legalização que poderia coincidir com o dia do feriado nacional de 1º de julho de 2018 se o projeto de lei for aprovado. Até o momento, o Uruguai é o único país que legalizou a maconha para uso recreativo em todo o seu território.

Esta legalização foi uma das promessas da campanha eleitoral de Trudeau, que admitiu em 2013 ter fumado maconha cinco ou seis vezes, inclusive na época em que atuava como deputado.

Os chefes de polícia do Canadá solicitaram várias vezes a flexibilização da lei sobre entorpecentes com o objetivo de reduzir os processos pelos casos simples de posse de maconha. Em 2014 foram registrados cerca de 70.000 processos por posse ou consumo de maconha, o que representou um desperdício de recursos em detrimento da perseguição por crimes mais graves, de acordo com estas autoridades policiais.

O Partido Liberal do primeiro-ministro Trudeau ressaltou em seu site a vontade do governo de "retirar o consumo e a posse" de maconha do Código Penal, punindo "mais severamente aqueles que fornecem a menores, que conduzem veículos sob seu efeito e que vendem fora do quadro regulamentar".

No fim de 2016, um grupo de especialistas apresentou mais de 80 recomendações ao governo para regular a produção, a distribuição e a venda de maconha para uso recreativo, entre as quais figura a proibição de vender esta substância a menores, em linha com a atual lei sobre venda de álcool. Esta idade varia entre 18 e 19 anos, dependendo da província.

Na quarta-feira, a Associação Canadense de psiquiatras recomendou que o governo fixe em 25 anos a idade legal para adquirir maconha, advertindo sobre as consequências do uso da substância sobre o sistema neurológico dos mais jovens.

O ministro da Saúde, Jane Philpott, afirmou que a lei "permitirá legalizar o acesso à maconha mas, ao mesmo tempo, regulamentará e controlará seu acesso" para proteger os consumidores. Um quadro regulamentar também permitirá que o governo garanta "que os lucros (com a venda da maconha) sejam mantidos fora do alcance das organizações criminosas", disse o ministro no mês passado.

As normas sanitárias que regularão a produção de maconha serão definidas pelo governo federal e as províncias serão responsáveis pela implementação das redes de distribuição e pelos preços de venda.

Bastante discutida a legalização da maconha em alguns países, na Espanha não é diferente. Um projeto de lei, promovido por um grupo de populares, será debatido pela assembleia legislativa da Catalunha, um dos dois países de maior combate à causa.

A iniciativa legislativa popular será debatida a fim de regulamentar a existência de locais para consumo, como clubes. Assim como o cultivo e a distribuição da erva, além do consumo responsável. Em meio aos anos de discussão, a Navarra legalizou o uso da maconha em lugar específico, os chamados clubes - organização sem fins lucrativos onde se consome maconha com objetivos recreativos ou terapêuticos -, no entanto, a lei foi suspensa pelo Tribunal Constitucional já em última instância.

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A ideia é que nesses locais o uso seja feito de forma compartilhada e para manter sua “inscrição” – com cumprimento de regras estabelecidas -, é cobrada uma taxa mensal. Esses locais devem estar a uma distância mínima de escolas e deve cumprir normas de acústica e escapamento de fumaça.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), do senado federal, voltará a discutir a legalização da maconha, na próxima segunda-feira (22). A audiência pública interativa pretende subsidiar a decisão de transformar em projeto de lei a legalização ou não do uso do entorpecente para fins medicinais e recreativos. Magistrados e procuradores da república foram convidados para integrar o debate, previsto para iniciar às 9h. 

O Portal e- Cidadania recebeu mais de 20 mil assinaturas em apoio à legalização da maconha. O senador Cristovão Buarque (PDT-DF) ficou responsável pela criação do relatório com base nas sugestões encaminhada ao Portal e - Cidadania. O texto prevê a legalização do “cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal”. O uso da maconha para fins recreativos ainda é uma polêmica, mas a liberação da droga para uso medicinal recebeu apoio dos senadores. Estudos apontam que o uso da substância pode ser eficaz no tratamento de esclerose múltipla, esquizofrenia e mal de Parkinson. 

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A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado retoma, nesta segunda-feira (25), o debate sobre a regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha. A ideia é que os cidadãos participem da discussão, através de comentários via internet ou telefone.

O tema entrou na pauta do colegiado através de uma sugestão popular. A ideia inicial é que o país tornasse legal “o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal”. Após a apresentação de relatório do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), os senadores decidirão se a sugestão ganhará a forma de projeto de lei.

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Outros debates já foram realizados. Para o encontro desta semana foram convidados o neurocientista e professor adjunto do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher Lopes; o membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Vladimir de Andrade Stempliuk; a assessora do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Nara Santos; a diretora do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde, Grazielle Custódio; e o coordenador nacional de saúde mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori.

A população podem enviar comentários através do Portal e-Cidadania ou ligar para o Alô Senado, no número 0800-612211.

Com informações da Agência Senado.

Mesmo com o tempo do Recife oscilando com chuvas intermitentes, quem foi ao Cais da Alfândega, Recife Antigo, na noite deste domingo (4), pôde sentir o calor da cultura pernambucana durante o I Festival de Cultura Canábica de PE. O evento é organizado pelo Coletivo Antiproibicionista, o mesmo que promoveu a realização da Marcha da Maconha 2014, na tarde deste domingo (4), no Recife.

O Festival começou logo após a Marcha da Maconha 2014 com uma programação repleta de apresentações dos artistas Isaar, Catarina Dee Jah, N’Zumbi, Oranian, DJ Marcel Skank, os cocos do Manuel e Xexéu de bananeira, e a banda do Rio de Janeiro Mohandas. Um dos integrantes do Coletivo Antiproibicionista, Renato Barros, conversou com o LeiaJá e contou que grande parte das pessoas que participaram da marcha compareceu ao festival. “A realização desse evento também mostra que a cultura pernambucana também apoia a causa da legalização”, complementa Renato.

>> Vídeo: ativistas da Marcha destacam benfeitorias à saúde no uso da maconha

A estrutura montada no Cais foi simples, mas que deu conta. Um toldo cobria um pequeno palco, enquanto outro cobria a Rural de Roger Renor. Antes de começar a primeira apresentação da noite, houve um debate sobre o processo de legalização da maconha no Uruguai.

>> Marcha da Maconha atravessa o Recife sob chuvas intensas

Logo depois, Isaar comandou o show no Som na Rural.  Em conversa com o LeiaJa, a cantora disse que ficou muito feliz com o convite para participar do evento. “Essa é uma causa que precisa ser discutida como uma solução de segurança pública. Aliás, esse é apenas um dos pontos de vista. Existem muitos outros como saúde”, defendeu Isaar, que finalizou: “A gente precisa tirar a maconha do crime”.

Em seguida, Catarina Dee Jah comandou a apresentação no palco em frente ao Som na Rural, com muito gingado e mensagens de conscientização à luta. “A gente tem o poder na mão para mudar a história desse país”, disse Catarina ao final do show para o público. A musicista Rafaela Nascimento, 21, esteve presente tanto na Marcha quanto no Festival. Ao LeiaJá, ela falou sobre o espaço dado à cultura local. “A proposta do Festival é essencial não só pela causa da legalização, mas também porque abre novos espaços para novos segmentos que não têm a oportunidade de tocar no Recife Antigo e, ainda por cima no Cais, que é o local de convivência da juventude atual”, conta Rafaela. 

Depois de Catarina, a sambada tomou conta do Som na Rural com o coco do Manuel e Xexéu de bananeira. A noite ainda contou com as apresentações da banda Oranian, DJ Marcel Skank, Mohandas e N’Zumbi. O trombonista deste último grupo também conversou com o LeiaJá e destacou a importância de participar de um evento como este. “Participar desse festival é muito importante, porque esse é um movimento que a gente faz parte, que a gente milita”, enfatiza Deco.

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O senador Cristovam Buarque (PDT) deve relatar um projeto que sugere o uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha. O pedetista pediu à Consultoria Legislativa da Casa um estudo sobre a viabilidade de transformar a ideia em projeto de lei, para tramitação formal. Ele vai apresentar o resultado à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

A proposta prevê ainda que seja considerado legal "o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal". O senador pediu à Consultoria que informe como estão os processos de legalização do uso da maconha em outros países; quais são os impactos econômicos e científicos; quais são os benefícios e custos; e se a liberação contribui para aumentar ou diminuir o consumo da droga.

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De acordo com o parlamentar, ao ser indicado para a relatoria do projeto sentiu a necessidade de uma análise mais aprofundada. “Eu não vou devolver o processo, só porque é um tema tão polêmico. Eu vou assumir a responsabilidade de fazer um relatório com a posição que eu achar mais correta”, explicou.

Vários grupos ativistas participam do protesto desta quinta-feira (20), um deles apoia a legalização da maconha e gritam durante a passeata: “é uma vergonha que a passagem tá mais cara que a maconha”. Um dos jovens desse grupo afirma que hoje também é dia de protestar. “Enquanto nossos pais estão trabalhando os políticos estão roubando o nosso dinheiro”, conta o estudante Wagner frança, de19 anos. 

Ainda durante o protesto alguns atos de vandalismo estão sendo realizados, mas tanto a polícia como os próprios integrantes não aprovam e vaiam a atitude. 

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Com informações de Nathan Santos 

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