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O ex-senador petista Cristovam Buarque pautou, em entrevista nesta quarta-feira (7), o mesmo que muitas figuras progressistas têm comentado ao falar das eleições presidenciais de 2022: a unidade entre frentes da esquerda. Acreditando que o Brasil precisa de uma intervenção para impedir o “modelo” político de Jair Bolsonaro (sem partido), Buarque diz que vê como melhor saída a concentração de forças no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter maior amplitude política e melhor biografia. As declarações foram feitas aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva durante o programa Sua Excelência, O Fato.

“Bolsonaro está provocando uma decadência nacional. Decadência do ponto de vista político, obviamente, mas também do ponto de vista da infraestrutura e da economia. Isso é trágico. Em 200 anos que temos de história, desde o período da República, têm sido de ascensão. Tem saída? As saídas são duas, mas uma delas é a unidade. Unidade dos democratas, independente das suas visões específicas e prioridades, s enão, corremos o sério risco da reeleição. Se Bolsonaro for reeleito, não é apenas a reeleição de um presidente, é a opção por um modelo. O primeiro Bolsonaro foi eleito por falhas nossas, dos democratas. Agora não, quem votar por ele, está votando por esse modelo, é opção. A unidade deve impedir esta tragédia”, declarou, inicialmente.

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Cristovam também foi governador do Distrito Federal pelo Partido dos Trabalhadores e ministro da Educação no início do primeiro governo de Lula, entre 2003 e 2004. Apesar de ter se retirado da sigla após conflitos, declara que ainda é amigo de membros do partido, como Fernando Haddad, e reconhece em Lula o candidato com maior potencial para um começo de recuperação nacional. Buarque explica: “Lula tem a melhor biografia, dentre os políticos brasileiros, para presidir o País nesse momento de transição”.

O ex-senador acha que unir personalidades da esquerda ao centro, neste momento, pode dar força a uma necessária e incontestável vitória já no primeiro turno a fim de se construir um governo capaz de restaurar a destruição do Estado e das instituições brasileiras que vêm sendo desmontadas por Bolsonaro e pelo bolsonarismo. “Bolsonaro é muito pior do que todos os militares, é muito pior do que o Collor”, crê.

Buarque espera, ainda, que “por ser um necessário governo de transição”, Lula deixe claro que cumprirá um mandato de quatro anos e depois devolverá o País à normalidade institucional. “Fazer isso até amplia a biografia dele”, acredita. “Só Lula tem grandeza política para assumir esta missão, neste momento”.

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O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania) usou o Twitter, nesta quinta-feira (30), para avaliar a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia do novo coronavírus e a conjuntura econômica do país. Para o ex-senador, Bolsonaro age de acordo com interesses particulares e, por isso, é positivo o fato de o país não ter armas nucleares.  

“Ainda bem que não temos bomba atômica. Já imaginou o Bolsonaro com poder para disparar foguete com arma nuclear?”, indagou Cristovam Buarque na publicação.     

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Na avaliação do ex-senador, “o Brasil está preso nesta esquizofrenia política, durante epidemia e recessão”. “O presidente tem postura de político com poder ditatorial para agir conforme seus interesses, mas está dentro de um sistema político democrático em que há outros poderes institucionais”, observou.

Esta não é a primeira vez, desde o início da pandemia, que Buarque avalia negativamente a condução do presidente. Segundo o ex-senador, "Bolsonaro sempre surpreende para pior."

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O ex-ministro da Educação do governo Lula e ex-senador Cristovam Buarque utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (7) para repercutir a denúncia de estupro envolvendo o atacante brasileiro Neymar.

“Que efeito está tendo o caso Neymar entre os milhões de fãs menores de idade, especialmente entre meninos, que ele tem no mundo inteiro? Ficam mais machistas ou mais feministas?”, indagou.

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Cristovam, que já foi candidato à Presidência da República nas eleições de 2006, tem a educação como sua principal bandeira de vida política. Seu questionamento provocou reação dos seus seguidores.

“Vão saber que podem a qualquer momento ser acusados de um gravíssimo crime sexual mesmo sem ter feito absolutamente nada de errado e que, mesmo após comprovada sua inocência, ainda vai ter gente chamando de estuprador…”, opinou um seguidor.

“Pior do que isso caro Senador. A meu ver acabam por acreditar ser normal que um homem sirva-se desse modo de uma mulher e que uma mulher, a seu turno, preste-se a isso. Falta decoro pela própria imagem e pelas mensagens que se transmitem”, disse outro usuário da rede.

Em contrapartida, uma seguidora ponderou a seriedade de um caso de estupro. “Todo caso de estupro é muito delicado. Quando envolve "pré consentimento",  intenção totalmente explícita, é mais complicado ainda. Não estou aqui pra julgar ninguém. Está em "jogo" muito mais que uma acusação. Se a menina estiver mentindo, as mulheres serão taxadas de aproveitadoras”, sugeriu.

“Eu voltei a ficar mais engraçada e com vontade de ficar ainda mais solteira do que já sou, mas não feminista e nem machista. Não tenho vocação para problemas”, alegou outra usuária do Twitter.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou, nesta sexta-feira (16), que se existisse um prêmio chamado “AntiNobel da Paz” por crime contra a humanidade o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) seria um bom candidato. Na avaliação de Buarque, o preconceito ideológico do capitão da reserva prejudicou a população brasileira mais carente.

A referência do parlamentar em contraponto ao título de Nobel da Paz - entregue a pessoas que se dedicam a resolver algum problema no mundo - tem ligação com o desembarque do governo de Cuba do programa Mais Médicos por critérios adotados por Bolsonaro para a manutenção dos profissionais caribenhos no país.

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“Se houvesse um Prêmio AntiNobel da Paz, por crime contra a humanidade, Bolsonaro seria um bom candidato por ter conseguido desfazer o atendimento médico a milhōes de pobres brasileiros, para satisfazer seu preconceito ideológico”, observou o senador.

A postura do governo cubano para o presidente eleito, contudo, tem haver com o desejo dele de cortar o repasse direto de cerca de 70% do salário dos médicos para a gestão e, ao contrário do que muitos dizem, a atitude dele é de direitos humanos.

"O que temos ouvido, em muitos relatos, são verdadeiras barbaridades. Não queremos isso para ninguém no Brasil, muito menos para os mais pobres. Queremos o salário integral (dos médicos cubanos) e o direito (deles) de trazer a família para cá. Isso é pedir muito? Isso está em nossas leis, que estão sendo desrespeitadas", resumiu Bolsonaro, mais cedo, após encontrar como comandante da Marinha, Almirante Leal Ferreira.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) aceitou convite do pré-candidato do PSDB à Presidência, o ex-governador Geraldo Alckmin, para integrar a equipe que vai formular o plano de governo do tucano para a educação. Ministro da área na primeira gestão do petista Luiz Inácio Lula da Silva e candidato à Presidência em 2006 pelo PDT, Cristovam já tem uma proposta para a campanha de Alckmin: a federalização do ensino municipal.

"Vou apresentar dois conjuntos de sugestões. Um deles é o governo federal adotar a educação de algumas cidades brasileiras que não têm condições de dar boa educação para suas crianças. É a federalização da educação municipal, mas de forma voluntária", afirmou.

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A segunda proposta é criar um programa federal para formar gestores e diretores de escolas públicas.

O senador disse que também conversou "longamente" com a ex-ministra Marina Silva, pré-candidata à Presidência pela Rede, e com o senador Álvaro Dias, presidenciável do Podemos, mas só Alckmin fez a ele um convite formal.

"Conversei dia desses longamente com a Marina, e falo sempre com o Álvaro no Senado, mas o único que veio no meu gabinete e pediu formalmente foi o Alckmin", afirmou.

Cristovam chegou a se apresentar como pré-candidato à Presidente ao PPS, mas abriu mão da postulação.

"O PPS decidiu não ter candidato próprio para pode ajudar na consolidação da chapa do que chamam por aí de centro, mas que eu prefiro chamar de não extremos", afirmou.

Pluripartidário

Já fazem parte da equipe do presidenciável do PSDB o economista Persio Arida, como coordenador da área econômica, e o sociólogo Luiz Felipe D'Ávila, que participa da coordenação na área social. Segundo interlocutores do ex-governador, a ideia no PSDB é chamar também quadros de outras siglas e montar uma equipe pluripartidária para formular o programa de governo de Alckmin.

Segundo a Coluna do Estadão, o ex-governador pretende dar destaque ao Nordeste e elaborar um plano de governo específico para a região. Os tucanos estão preocupados com o desempenho de Alckmin nos Estados nordestinos, que somam 26,3% do eleitorado. O ex-governador quer extrapolar a defesa da manutenção do Bolsa Família. O partido ainda não definiu quem vai elaborar as propostas para a região.

'Compromisso'

Em Ribeirão Preto, durante visita à 25.ª Agrishow, Alckmin evitou polêmica ao comentar a eventual disputa entre o atual governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito João Doria (PSDB) pelo legado de seu governo. "Os dois têm compromissos importantes", afirmou o ex-governador tucano. "Márcio França com o governo, se preparou para isso, e João Doria é o candidato do nosso partido. Acho que os dois vão fazer avançar ainda mais", concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Presidente Temer acorda todo dia com uma nova dor de cabeça, e pelo visto vai continuar nesse perrengue até o último dia do seu mandato. Agora o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer na tarde de hoje, na Câmara dos Deputados. A denúncia popular sugere "possível prática de crime de responsabilidade" por causa de obra na casa de uma das filhas do presidente, que teria sido paga em dinheiro vivo pela mulher do coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista. O senador garante que "Agora tem um fato novo... Para esse pedido de impeachment tem o depoimento do presidente da República, que tem o dever de falar a verdade." Randolfe avalia que a prisão preventiva de parte dos amigos de Temer, no final de março, demonstra que recursos de caixa 2 e de propina foram destinados para a construção de bens pessoais particulares da família do presidente, fatos negados anteriormente por ele. "Isso contradiz flagrantemente depoimento do presidente", considera o senador. "Caberá ao presidente Rodrigo Maia responder se uma mentira por parte de um mais alto mandatário, em depoimento judicial, em uma investigação policial, é ou não crime de responsabilidade. Para mim e para a Rede isso configura crime de responsabilidade explícito por parte do presidente e fere de morte os seus deveres". E agora, será mais uma denúncia que não vai pra frente? Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.

Daniel Coelho pede apoio para que Senado paute projeto contra maus tratos de animais

O deputado federal Daniel Coelho (PPS / Movimento 23) esteve nesta quarta-feira no Senado Federal, em Brasília, a fim de solicitar apoio de senadores para que pressionem a mesa diretora da Casa para colocar em pauta o PLC 39/2015, que torna mais rigorosa a pena para maus tratos de animais.

Pedido em parceria

Acompanhado do vereador do Recife Ricardo Cruz (PPS / Movimento 23), Daniel esteve com o relator do projeto, Álvaro Dias (Podemos-PR), além de Cristovam Buarque (PPS/Movimento 23-DF) e de Armando Monteiro Neto (PTB-PE). Os três se comprometeram a unir esforços para que o projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados, seja rapidamente pautado na Câmara Alta.

Pelos animais

“Esse é um movimento não só da nossa parte, mas de vários militantes da causa animal, para que o Senado coloque em pauta o projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e que trata das penas para aqueles que fazem tortura, maus tratos aos animais, que matam animais”, afirmou Daniel Coelho.

Ampliando o debate

“A gente precisa, sim, fazer esse debate, a Câmara dos Deputados já se mobilizou, já deliberou sobre o tema, o projeto aqui já foi aprovado e agora é necessário que o plenário do Senado paute. O senador Cristovam Buarque já oficialmente procurou a mesa diretora pedindo a pauta, o relator do projeto naquela Casa, o senador Álvaro Dias, também vai nos ajudar, bem como o senador Armando Monteiro”, destacou.

Domingo tem abertura do Campeonato Igarassuense de Futebol

A partir deste domingo (22), às 14h, a Prefeitura de Igarassu e a Liga Desportiva de Igarassu promovem a abertura do Campeonato Igarassuense de Futebol. Os jogos acontecem sempre aos domingos, a partir das 15h, no estádio Alfredo Bandeira de Melo, mais conhecido como Campo Murado,  serão mais de 30 times divididos nas sérias A e B disputando o primeiro lugar do torneio.

Pelos esportes

Para este ano, o campeonato terá como novidade a homenagem ao jogador Maciel Antônio da Silva, mais conhecido como “Fia”, que atuou no Barcelona, time bastante tradicional da cidade. A narração neste domingo ficará com a responsabilidade do jornalista e radialista Luciano Duarte. A programação segue até o dia 19 de agosto.

Jungmann chama policiais

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, ontem, que os editais para a contratação de 500 policiais federais e de 500 policiais rodoviários federais, anunciados em fevereiro, estão em elaboração pelos órgãos de segurança e serão lançados ainda neste semestre. Ele foi questionado sobre se haveria tempo hábil para a contratação dos novos agentes ainda neste ano.

Em defesa de Temer

Romero Jucá (MDB-RR), afirmou que o novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer é um "factoide". Ele disse que o autor da denúncia por crime de responsabilidade, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), "deveria ter mais o que fazer". "Ele fica entrando com factoides que não levam a nada e só perturbam o ambiente político do País", criticou Jucá. 

O destino de Maluf

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu, na noite de ontem, a sessão de julgamento do recurso do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que será retomado hoje. Até o fim da sessão, quatro ministros votaram contra o cabimento de embargos infringentes (um tipo de recurso) da defesa de Maluf para contestar decisão da Primeira Turma do STF que o condenou a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado

Família no crime

Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB), vai responder a processo por posse ilegal de arma de fogo na 12ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG). Nas buscas realizadas em maio de 2017 na sua fazenda, em Cláudio, cidade do interior de Minas Gerais, a Polícia Federal encontrou uma carabina e munições. Pacheco não apresentou documento para comprovar a posse regular da arma.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) avalia deixar a vida pública. O parlamentar tinha intenção de sair candidato ao Planalto nas próximas eleições, mas foi preterido no seu partido por uma aliança com o PSDB, cujo pré-candidato é o governador paulista Geraldo Alckmin.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Cristovam, que já foi governador do Distrito Federal, ministro da Educação e candidato à Presidência, disse que pode também tentar a reeleição. Ele termina em 2018 seu segundo mandato no Senado, mas adverte que o País caminha para uma eleição "irracional" e que há outras formas de fazer política, fora dos cargos eletivos.

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Ele faz críticas a Geraldo Alckmin, com quem o partido começou conversas para uma coligação. "Eu temo que o Alckmin tenha uma visão muito paulista do Brasil", diz. Além disso, o senador afirma que a intenção do presidente Michel Temer em ser candidato à reeleição é uma "irresponsabilidade" com o País. "A partir de agora, o Temer é meio presidente porque a outra metade é candidato."

Para Cristovam, o risco na eleição deste ano é que Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL), chamados por ele de "extremos", estejam no segundo turno.

Confira os principais trechos da entrevista:

Estadão/Broadcast: Qual é sua definição para as eleições deste ano?

Cristovam Buarque: Eu tentei ser candidato a presidente pelo PPS, mas o presidente Roberto Freire não quer ter candidato próprio. Ontem, no congresso nacional do partido, foi aprovada uma indicação de diálogo com o Alckmin para tentar uma candidatura de centro que evite os extremos chegarem ao segundo turno, no caso o Ciro e o Bolsonaro. Mas o PPS não quer apoiar o Alckmin se ele não demonstrar que o seu programa, além de ser centro, traz esperanças novas para o Brasil. Qual é a proposta dele para a educação nacional? Eu pessoalmente temo que o Alckmin tenha uma visão muito paulista do Brasil.

Estadão/Broadcast: O que significa isso?

Cristovam: A insistência dele que a educação é uma questão municipal, e não nacional, é porque em São Paulo os municípios são ricos. No Brasil, se deixarmos nas mãos dos municípios, a educação vai continuar paupérrima. Nesse diálogo com o Alckmin, precisamos ver até que ponto ele se decide a nacionalizar a questão da educação.

Estadão/Broadcast: O senhor falará com ele?

Cristovam: As conversas do PPS com o Alckmin vão começar, e eu vou participar. Se o PPS não me colocar na conversa diretamente, eu vou participar indiretamente.

Estadão/Broadcast: Quando o partido deixou claro para o senhor que não lançaria sua pré-candidatura?

Cristovam: O presidente não falou para mim, mas negociou alternativas. Tentou o Luciano Huck, que não deu certo, e aí canalizou-se para o Alckmin. Desde o começo, a ideia era ter uma candidatura própria, e o congresso aprovou a ideia de diálogo com o Alckmin sem ao menos discutir candidatura própria. Seria bom o partido ter um candidato, levar as suas ideias para o povo. Roberto Freire teme que se pulverizem muitas candidaturas e os extremos chegarem ao segundo turno, no caso Ciro e Bolsonaro.

Estadão/Broadcast: Ciro e Bolsonaro são os extremos? E o PT?

Cristovam: Não vejo o PT com chance a não ser o Lula. Eu pessoalmente acho que a chapa será Ciro com o PT. Para mim será uma surpresa o PT sair com candidato próprio não sendo o Lula. Quando o Ciro foi para o PDT, acho que havia um acordo: se o Lula for candidato, o Ciro é o vice; se o Lula não for candidato, o PT indica o vice. O que me preocupa não é que sejam extremos, é que são extremos atrasados. Bolsonaro tem a nostalgia da ditadura. O Ciro e o PT têm a nostalgia da economia dos anos 1950, não perceberam ainda que a globalização limita as possibilidades da economia nacional se não for integrada. Eles não perceberam que a justiça social se faz com aquilo que a economia cria, e por isso a economia precisa ser eficiente.

Estadão/Broadcast: O senhor votou pelo impeachment de Dilma Rousseff. Como avalia a intenção do presidente Michel Temer de concorrer à reeleição?

Cristovam: Eu acho uma inconsequência com o Brasil porque isso vai jogar a economia em uma crise profunda, ainda mais que o Meirelles sai do Ministério da Fazenda para ser candidato também. A economia vai ficar entregue ao deus-dará. Ele vai ser candidato contra o presidente da Câmara [Rodrigo Maia-DEM], que é quem vota os projetos para a economia funcionar bem. E nem falo do ponto de vista que ele [Temer] não tem a menor chance. Ao ser candidato à reeleição, ele já não é tão presidente. A partir de agora, o Temer é meio presidente porque a outra metade é candidato. É uma inconsequência total, uma irresponsabilidade com o País.

Estadão/Broadcast: O senhor então vai tentar o Senado novamente?

Cristovam: Se eu for candidato, é ao Senado. Mas hoje eu estou refletindo se neste quadro que está aí se justifica ou não ser candidato. Por um lado, não ser candidato neste clima, sobretudo nos próximos quatro anos, pode ser entendido como um descuido com o País, que precisa de quadros com experiência. Por outro lado, tenho dúvidas se vamos ser capazes de pôr racionalidade no processo da campanha e no processo político depois. A política ficou muito irracional.

Estadão/Broadcast: O senhor vai deixar de concorrer a cargos públicos?

Cristovam: Tem muitas maneiras de fazer política. Você não cumpre um papel social só no Congresso, tem muitas maneiras, como escritor, como conferencista. Eu estou refletindo ainda.

Pré-candidato ao Planalto, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou nesta quarta-feira, 24, que a confirmação da sentença contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda instância vai gerar 'indecisão' no processo eleitoral. Segundo ele, mesmo que justa, a condenação prejudica a credibilidade da disputa.

"A primeira consequência (para as eleições) é a indecisão. Vamos participar sem saber quem são os candidatos, quais vão chegar até o final, quais candidatos serão cassados ou não. A segunda é a credibilidade. É óbvio que gera uma perda de credibilidade no processo eleitoral se o candidato que tem mais prestígio neste momento nas pesquisas, e até pela sua história, sai por razões jurídicas, mesmo que em um julgamento justo", disse Cristovam após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidir por manter a condenação do ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Questionado se considerava a decisão justa, Cristovam disse ser preciso respeitar a decisão. "Não cabe a mim dizer se foi justo ou não. A hora que nós não respeitarmos a Justiça, dizendo que não foi justo, a democracia é colocada em xeque", afirmou.

Buarque também defendeu o direito de o ex-presidente recorrer a instâncias superiores para se manter na disputa pelo Planalto. "É direito dele ser candidato sub judice. Se eu respeito a Justiça, tenho que respeitar que o ex-presidente Lula entre na Justiça e peça para continuar como candidato mesmo depois de condenado. A lei permite", disse.

PPS

Na Câmara, o líder do partido, Arnaldo Jordy (PPS-PA), defendeu a decisão do tribunal e negou perseguição política ao petista.

"O ex-presidente foi julgado como qualquer outro cidadão, em um processo onde foi respeitado o devido processo legal, foi dado o direito à ampla defesa e agora o condenado precisa respeitar a decisão. Os votos foram técnicos e zelosos e proferidos por magistrados de alto gabarito. Esta condenação de um ex-presidente da República mostra a maturidade democrática pelo qual passa o país", disse o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA).

Os políticos eleitos para cargos majoritários podem ter seus mandatos revogados pelos eleitores caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 160/2015 seja aprovada pelo Congresso Nacional. A PEC está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O texto é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e já recebeu o parecer favorável do relator na comissão, senador Magno Malta (PR-ES). Agora aguarda a votação na CCJ.

A PEC permite o chamado recall do mandato de governadores, prefeitos, senadores e do presidente da República, assim como os vice-governantes ou suplentes com eles eleitos. Segundo o Buarque, o novo dispositivo constitucional seria válido “quando o eleitorado entender que o mandatário perdeu a confiança do povo, por alguma causa grave relacionada ao seu governo, ao seu desempenho pessoal ou outra a critério da soberania popular”.

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Para a realização de um referendo revogatório, segundo a proposta, é necessária a iniciativa de 5% dos eleitores da respectiva circunscrição eleitoral de certo candidato. O objetivo é impedir que o recurso constitucional seja “banalizado e utilizado como instrumento de destituição do eleito por razões de mera oposição”. A consulta popular deverá ser conduzida pela Justiça Eleitoral e deverá ser “precedida de amplo debate público”.

A PEC 160/2015 estabelece que, caso 50% dos eleitores votantes no referendo sejam favoráveis à revogação, a cassação do mandato seria aprovada. O fim do mandato eletivo do político alcançará também o mandato do vice ou do suplente. Por outro lado, caso o pedido de recall seja rejeitado, o mesmo mandato eletivo não poderá ser objeto de outra consulta com a mesma intenção.

Cristovam observa, na justificativa da proposta, que o recall é um recurso previsto no direito estadunidense. “Precisamos dar ao eleitor esse instrumento [de revogação]. Não podemos ficar apenas na possibilidade de um difícil, complicado e arriscado impeachment feito pelos parlamentares. A ideia é que a população possa fazer isso quando achar necessário”, disse.

O senador declarou ainda que o ideal seria a realização do referendo de revogação até a primeira metade do mandato de um político. O texto da PEC, entretanto, não estabelece um prazo para que a população se mobilize para pedir o recall.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou nesta quarta-feira, 22, a forma como o seu partido, o PPS, vem negociando a filiação do apresentador de TV Luciano Huck, que disputaria a Presidência da República pela sigla. O senador, que também tem intenção de se lançar ao Palácio do Planalto, reprovou ainda a sanha do partido em abrigar um candidato apenas pelo seu potencial de votos.

"Partido não pode escolher um nome só porque ele tem mais voto. Se for assim, não deveríamos ter candidato e ir direto apoiar o Lula ou o Bolsonaro", ironizou o senador.

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Cristovam salientou que considera positiva a aproximação de Huck com o PPS. "Fico emocionado quando vejo uma pessoa realizada financeiramente e profissionalmente, no tempo em que todo mundo foge de política, querer vir para um partido fazer política", disse ao Estadão/Broadcast. "Agora, não me sensibiliza ele vir sob a condição de ser candidato a presidente. Acho muito ruim. Acho que ele devia vir disputar com os outros", afirmou.

De acordo com o senador, as negociações entre Huck e o PPS estão concentradas, até o momento, em Roberto Freire, presidente da sigla, e no ministro da Defesa, Raul Jungmann, sem maior consulta ao partido. "Quero que eles abram o processo de escolha", afirmou.

Cristovam também criticou a possibilidade de o PPS passar a se chamar Agora!, nome do movimento de ativistas e acadêmicos que defende a renovação política e do qual Huck faz parte. "Se for isso, acho um erro escandaloso. Não existe partido Agora!. Partido é para pensar o futuro", afirmou. "Passaria a ideia de que isso seria uma imposição do Huck. Não fica bem impor até a mudança de nome. O próximo passo seria eles decidirem quem deve ser expulso."

Para o senador, o processo e a escolha do candidato à Presidência pelo PPS deveria passar por uma consulta ao partido para mostrar "quem tem a melhor proposta, quem tem tradição e, por último, quem tem mais votos". "Além disso, de onde se tirou que Huck tem voto?", questionou Cristovam. "Acho que ele tem popularidade, mas popularidade não é sinônimo de voto. Para ser popular, não precisa disputar um debate, mostrar o que pensa. Se fosse por popularidade, poderíamos chamar o Neymar, eleger o Pelé."

Licença

Cristovam anunciou nesta quarta que não vai mais se licenciar do cargo de senador. Inicialmente, a intenção era se afastar do Senado por quatro meses e iniciar a campanha como pré-candidato do PPS à Presidência. No entanto, o plano foi adiado porque seu suplente, Wilmar Lacerda (PT), foi acusado de envolvimento com uma adolescente de 17 anos. Segundo Cristovam, o afastamento está adiado até que sejam esclarecidas as denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou, nesta sexta-feira (3), o silêncio do presidente Michel Temer (PMDB) diante do que ele classificou como “declarações desastrosas” dos ministros que compõem o governo. Mesmo sem citar nomes, o parlamentar fez menção a postura da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que havia pedido para acumular o salário da pasta com o de desembargadora aposentada, garantindo-lhe um vencimento bruto de R$ 61,4 mil por mês. 

“As declarações desastrosas dos ministros de Temer vão corroendo ainda mais a credibilidade do governo. E Temer não toma atitude. Fica calado”, disparou Buarque, em publicação no Twitter. “É  grave quando a ministra pede para acumular salários. E afronta a população usar escravidão como metáfora para ganhar 62 mil reais”, acrescentou.

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Caso acumulasse as remunerações, Luislinda passaria a receber mais do que o teto constitucional que é equivalente a R$ 33,7 mil. O pedido da ministra causou polêmicas e ela cancelou a solicitação, mas ao se justificar disse que essa situação, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".

A auxiliar do presidente Michel Temer disse ainda que gostaria de receber o valor integral do salário de ministra porque o cargo impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem". 

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) publicou um vídeo em seu Facebook respondendo a manifestantes que o chamaram de "golpista" e "traidor da educação" nesta terça-feira, 18, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O parlamentar, que chegou a ser vaiado enquanto participava de evento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse que "esse pessoal perdeu o discurso" e que "eles não querem lutar por mais recurso, querem apenas pedir mais dinheiro".

"Esse pessoal perdeu o discurso. E não querem lutar por mais recurso. Eles querem apenas pedir mais dinheiro, mais para a escola, mais para estádio. Eles não querem lutar por mais para a escola e menos estádio", disse o parlamentar no vídeo. "Ficaram para trás. Por isso, eles agridem."

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O senador explicou que participava de sessão especial de ensino a distância da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na universidade. Buarque escreveu que o grupo de manifestantes "o abordou de forma bastante desrespeitosa". "Para pessoas que têm opiniões contrárias e que agem dessa forma, envio o meu recado: viver num país em que se é hostilizado por pensar diferente é mais um incentivo para que eu continue a minha luta pela educação", escreveu.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Buarque é vaiado, chamado de "golpista", "traidor dos trabalhadores", "cínico" e "traidor da educação". "Está vendendo as universidades", diz um dos manifestantes.

Ex-ministro da Educação no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador votou no ano passado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Neste mês, Buarque também votou favorável ao texto da reforma trabalhista.

Segundo a agenda da UFMG, o parlamentar também participaria do lançamento do seu livro "Mediterrâneos invisíveis" na tarde desta terça-feira.

À noite, Buarque foi novamente hostilizado, desta vez próximo ao Teatro Cidade, no centro de Belo Horizonte, e voltou a ser chamado de "golpista". O senador chegou a ser escoltado por alguns policiais, como mostram gravações publicadas nas redes sociais.

Procurada, a UFMG ainda não se manifestou.

Nas últimas quinta (9) e sexta-feira (10), o senador recifense Cristovam Buarque (PPS) esteve na capital pernambucana para participar de um evento em referência ao bicentenário da Revolução de 1817 e para lançar seu 33° livro intitulado "Mediterrâneos Invisíveis". Em entrevista ao LeiaJá, ele chegou a dizer que a educação no Brasil é uma tragédia não apenas no governo Temer, mas também nas gestões dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso (FHC). 

Cristovam Buarque, em conversa posterior, também polemizou ao falar sobre o tema religião. "Eu sou a favor da liberdade. A escola não deve ensinar educação religiosa para uma criança. A escola é secular. A igreja evangélica pode ter uma escola, a igreja católica pode ter uma escola, os ateus podem ter uma escola, mas a escola pública do estado tem que ser laica e não tem que influir na escolha da religião", declarou. 

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"A escola pode influenciar na história de todas as religiões, mas não orientar para uma. Sou contra orientar para uma ou outra religião. O estado, no Brasil, não é religioso diferente do Irã, por exemplo. Diferente do Vaticano, que ensina catolicismo. Não se pode imaginar uma escola no Vaticano não ensinar catolicismo, mas no Brasil tem que ser laica e, em casa, os pais ensinam religião", argumentou o senador. 

Cristovam também já tinha dito que "o Brasil está perdido" e que dois grandes problemas afetam o país: a falta de uma coesão nacional e a falta de um rumo para onde ir.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) discursou nesta terça-feira, 29, a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece o teto para o crescimento dos gastos públicos federais por 20 anos. "Eu não voto com nenhum entusiasmo na PEC, eu voto com a necessidade", reconheceu. "Eu voto para evitar o afundamento do País", completou.

Para o senador, o País está em "concordata" e exige medidas duras. "Temos que pensar no imediato e não no futuro", admitiu. "Não deixarei de lutar pela educação, mas, se houvesse uma escola no fundo do Titanic, as pessoas pensariam primeiro em salvar as crianças e não em colocá-las na escola", comparou.

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Cristovam argumentou que a PEC será importante para que o País "respire" e lembrou que os recursos para a Educação dependerão da luta dos defensores da área. "Chegou a hora de ver quem realmente quer a Educação. E aqui se aprovou dinheiro para estádio de Copa e Olimpíada. Chegou a hora de deixar que setor privado assuma rodovias, ferrovias e energia, para que sobrem recursos públicos para escolas e financiamentos", completou.

Já o senador José Pimentel (PT-CE) discursou contra a PEC. "A PEC implanta um 'arrocho' por 20 anos", classificou. Ele defendeu que a atual política de valorização do salário mínimo seja mantida, bem como as destinações constitucionais para Saúde e Educação. "Temos o direito de fazer escolhas para tirar o País da crise, mas existem outras escolhas", afirmou.

Uma audiência pública que estava sendo realizada no Senado Federal sob comando do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) nesta quinta (1º) foi cancelada após manifestantes chamarem o político de golpista. A audiência debatia sobre a liberdade de expressão em sala de aula e tinha foco, principalmente, no projeto Escola sem Partido, do qual o senador é relator.

Pessoas presentes passaram a se manifestar de forma repetida, e em vários momentos Cristovam interveio pedindo silêncio.

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O ponto alto da tensão ocorreu quando alguns cartazes adjetivando o senador do Distrito Federal de golpista foram levantados. Ele prontamente chamou alguns integrantes do protesto para frente das câmeras e, sob muitas críticas, optou por encerrar a audiência que contava com a presença de alguns professores de universidades e representantes de fóruns de educação e ONGs sobre o tema.

“Se a gente começar a defender os partidos da gente e dizer que os outros não prestam, vocês não são democratas. Vi alguém dizendo que partidos golpistas não têm direito à fala e isso não é democracia. Quero dizer que eu fiquei nove anos fora do Brasil porque chamava os outro de golpistas, se ficasse aqui teria sido preso. Agora convido eles para me chamar de golpista na frente da televisão inteira", disse o senador, sendo atendido pelos manifestantes, que tomaram a tribuna. "Tive a hombridade de sair do Brasil quando não conseguia conviver com golpistas, não me submeto a ser dirigido como golpista como vocês acham que sou. Por isso eu encerro a sessão”, declarou ainda Cristovam Buarque, enquanto era bastante vaiado.

O senador do PPS foi um dos 61 que votaram na última quarta-feira favorável ao impeachment da então presidente da república Dilma Rousseff. O partido de Cristovam Buarque faz parte da base aliada do governo de Michel Temer.

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Contrariando as expectativas dos senadores aliados a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e após um período de mistério, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou, nesta segunda-feira (29), que votará a favor do impeachment. O anúncio foi feito em entrevista a Agência Senado. “Hoje meu voto será pelo impeachment, com muita tristeza”, adiantou. A votação final sobre a sentença da petista deve acontecer nesta terça-feira (30).

Para justificar a definição, Buarque elencou quatro motivos. “Primeiro o fracasso do governo, as narrativas falsas, a manipulação das informações, do dinheiro irresponsavelmente gasto; segundo, o risco do futuro é uma temeridade a volta da presidente Dilma sem base parlamentar; terceiro, porque temos base legal, com os dois crimes que mesmo que ajam discordâncias dá para acreditar; e quarto, aí sou eu pessoalmente, vai ser bom para as esquerdas na oposição se reciclarem. Precisamos de uma esquerda que volte às utopias, que o PT e a esquerda perdeu”, destacou.

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A postura de Buarque surpreende petistas e aliados, além da própria base do governo de Michel Temer (PMDB). Até o momento ele fazia suspense do seu voto e, inclusive, participa da sessão de oitiva da presidente afastada usando uma gravata vermelha, o que, nos bastidores, havia sido considerada como uma sinalização favorável a Dilma. 

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O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou nesta segunda-feira (15) que o presidente interino Michel Temer (PMDB) não deverá manter nas votações do Congresso Nacional o mesmo número de votos dos parlamentares que apoiam o afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT). "Embora haja uma votação bastante forte contra a presidente Dilma, Temer não vai manter os dois terços (na Casa) em nenhuma hipótese", disse, argumentando que o apoio ao peemedebista, após a conclusão do processo de impeachment, tenderá a diminuir, principalmente em questões polêmicas como as reformas trabalhista e previdenciária, porque os políticos serão pressionados pelas corporações e pelo eleitorado.

Durante palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Buarque afirmou que o impeachment é uma "violência constitucional", mas, necessária. Ele comentou que "talvez estivesse errado em votar no impeachment" e que o processo traz uma mácula ao Brasil. "O impeachment é uma violência constitucional, não em relação à presidente, é uma violência dentro da Constituição que está sendo necessária para virar a página", disse.

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Na semana passada, o senador votou pela pronúncia do impedimento da presidente afastada, após ser apontado como um dos "indecisos" em seu voto. Ele destacou que vai "sofrer muito eleitoralmente" por votar a favor do afastamento de Dilma Rousseff. "Eu tinha uma base tradicional, já fui do PT, essa base me chama hoje de golpista. Há momentos que eu devo votar pelo País, e não pela eleição", disse.

Durante a palestra, Cristovam Buarque fez elogios ao presidente interino e comentou que Temer é capaz de recuperar a credibilidade econômica na condução do governo, além de dizer que a economia está em "boas mãos" com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda. Contudo, criticou as medidas de reajuste nos salários de algumas categorias. "Fico assustado com os últimos aumentos concedidos por pressões, inclusive de categorias com salários elevados", afirmou.

Retrocesso

Apesar dos elogios, o senador disse que os programas sociais podem ter retrocesso na gestão Temer. "Eu temo que a gente possa ter retrocesso no social por falta de recursos. Isso (não ter corte de gastos na política social) é importante para que as pessoas não tenham o argumento do retrocesso social", disse Buarque.

Para ele, se o governo não cortar verbas na educação e na saúde, "vai ter que cotar em algum lugar". O parlamentar defendeu a ideia de o governo colocar um teto nos gastos públicos, baseando-se na inflação do ano anterior. "A dieta do teto é correta e pedagogicamente é boa para a política."

Lula e Dilma

Cristovam Buarque criticou os governos de Lula e Dilma Rousseff, do PT, afirmando que o Partido dos Trabalhadores beneficiou grupos e não o conjunto da sociedade durante os anos em que ocupou a Presidência da República. "Dentro de Lula e Dilma, houve incentivo à organização corporativista e atendimento aos interesses desse corporativismo, mesmo quando sacrificasse o interesse da população", comentou.

Em sua fala, o parlamentar criticou ainda o programa Bolsa Família por tirar o benefício da supervisão do Ministério da Educação, na época em que chamava Bolsa Escola, e colocá-lo na administração do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "Antes recebia quem tinha filho na escola, agora recebe um velho que não tem filhos, um deficiente, tudo gente que precisa, mas deveria ser separado", apontou.

Outra crítica de Buarque ao governo do PT foi o programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para universitários estudarem fora do País. "É um bom programa, mas visou beneficiar o aluno que ia para fora e não o País que o recebe na volta."

Eleições 2018

Comentando sobre as eleições presidenciais de 2018, o senador Cristovam Buarque afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá voltar ao cenário. "Se o Lula não tiver problemas fortes com a Justiça, e se o Temer não conseguir credibilidade, isso pode acontecer", afirmou.

Esse "retorno", na visão do parlamentar, pode vir com críticas às reformas trabalhista e previdenciária a serem encaminhas pelo PMDB ao Congresso. "A crítica poderá vir em uma eleição com propostas irresponsáveis que seduzem os eleitores preocupados com o imediato, e não com a nação no longo prazo."

Sem falar se é candidato ou não às próximas eleições, Buarque declarou que é preciso "uma proposta nova para o Brasil". Ele defendeu parcerias privadas para oferecer serviços públicos, responsabilidade fiscal e reforçou sua bandeira de priorizar a educação para conduzir o crescimento sustentável do País.

"Temos que pensar em algo que transforme a realidade brasileira. Vejo o vetor transformador na educação, que pode aglutinar o Brasil", disse, ao defender a federalização do ensino nos municípios, o ensino em tempo integral e salários maiores aos professores.

O senador Cristovam Buarque (PPS) afirmou, neste sábado (30), que está preocupado com a repercussão no exterior da denúncia que tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) réu, por obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Sob a ótica dele, com o Partido dos Trabalhadores pregando que o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) é um golpe, a ação da Justiça Federal pode ser vista em outros países como um gesto do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) a seu favor, já que Lula se coloca como candidato em 2018.  

“Avalio com muita preocupação com o que isso repercutirá no Brasil e, sobretudo, como repercutirá no exterior. Por um lado vi que ele virou réu apenas com base no depoimento do Delcídio, não vi nenhuma prova além disso. Ai fica uma dúvida se há ou não substância para transformá-lo em réu, mas talvez, o juiz tenha outras provas que a gente não tem conhecimento”, salientou, após participar da convenção que oficializou a candidatura do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), à reeleição.

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Cristovam alertou que “neste momento em que o PT tenta passar a ideia de que a saída de Dilma é um golpe, qualquer coisa que acontecer com o Lula no Brasil repercutirá lá fora como um gesto do Temer e não da justiça”. “Mas a justiça não tem que se preocupar com a política, mas fazer o que é certo. Espero que o juiz tenha feito isso com todas as firmezas que as provas devem ter dado a ele”, destacou.

Indagado como isso impactaria no processo de impeachment, em conclusão no Senado, o parlamentar disse que pouco. Já sobre a postura dele diante do tema, Cristovam preferiu não adiantar o voto. “Só posso tomara decisão depois de ver o relatório de Anastasia, ele que é encarregado de dizer se encontrou ou não crime”, disse. 

Em encontro nesta quinta-feira,28, com o vice-presidente Michel Temer, lideranças do PPS confirmaram o apoio do partido a um eventual governo do peemedebista e pediram que ele assuma compromisso de "total apoio" às investigações da Polícia Federal, em especial, a Operação Lava Jato. A operação investiga casos de corrupção na Petrobras, incluindo membros do PMDB, como o próprio Temer.

O vice se encontrou nesta quinta-feira com o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), e com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). O encontro aconteceu na sede da Vice-Presidência e foi convocado pelo peemedebista. O vice tinha chamado Cristovam, que já declarou voto a favor do impeachment no Senado, para conversar, e Freire foi junto ao encontro.

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"Vamos apoiar um eventual governo dele. Temos uma preocupação grande por conta de que será um governo que surge de um processo de impeachment tem que ter uma base de sustentação com as mesmas forças políticas que votaram a favor do impeachment. Não tem como fugir", afirmou Freire. A bancada do PPS na Câmara tem 9 deputados. Segundo ele, Temer sinalizou que gostaria de contar com a participação do PPS no governo, mas não se falou de cargos específicos.

O presidente do PPS disse que aconselhou Temer a nomear pessoas para seu eventual governo que não tragam "ônus". "Dissemos a ele para ter o cuidado de perceber que o governo de transição terá muito pouco tempo para resolver todos os problemas e por isso ele tem que ter foco. E o foco deve ser a retomada da economia", afirmou Roberto Freire ao Broadcast Político.

O dirigente contou que ele e Cristovam deixaram claro que o PPS tem uma posição clara em defesa do parlamentarismo. De acordo com o presidente do partido, Michel Temer "admitiu que algo pode ser pensado" sobre o tema, mas no futuro. "Pedimos também total apoio às investigações da Polícia Federal", acrescentou Freire.

Defensor do governo Dilma Rousseff (PT), o ator José de Abreu chamou o senador Cristovam Buarque (PPS) de “velhinho babaca”. Em resposta a uma publicação feita na conta oficial do senador no Twitter, Abreu disse que Cristovam “deveria parar com esse discurso de querer calar a Dilma. Censura rima com ditadura”.

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Na publicação, o parlamentar diz que Dilma deveria “parar com esse discurso de que está em marcha um golpe no Brasil”. A defesa do senador, no microblog, é acompanhada de um vídeo onde Cristovam Buarque diz que não sabe se votará a favor ou contra o impeachment.

“Não tenho os instrumentos necessários para votar de um lado ou do outro... A presidente poderia agora fazer um bom discurso aqui dentro. Parar de dizer que tem um golpe em marcha. Na verdade está em marcha um processo de impeachment”, frisa o parlamentar. 

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