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A Polícia Federal informou que, na manhã desta quinta-feira (3), foi deflagrada a Operação Insulas, com o objetivo de combater fraudes no Minha Casa Melhor, programa social vinculado ao Minha Casa Minha Vida. Conforme as autoridades foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. Todos eles realizados em Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. 

A PF informou que a fraude acontecia com o benefício fornecido pelo programa. Os beneficiários do Minha Casa Minha Vida são contemplados pelo Minha Casa Melhor que consiste no recebimento - pela Caixa Econômica Federal - de um cartão especial com crédito de R$ 5 mil com prazos de taxas de juros diferenciados. No entanto, a PF constatou que compras de produtos fora da lista eram efetuadas nas lojas conveniadas. Esses estabelecimentos forneciam notas com o valor previsto no programa, mas com informações de produtos permitidos.

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Com isso, a fraude detectada foi por declarar produtos diversos dos realmente adquiridos e superfaturar o valor dos produtos no valor total permitido. Segundo a PF, isso causou prejuízos à Caixa Econômica Federal, tendo sido ainda constatada a inadimplência dos beneficiários investigados. Neste caso, tanto os beneficiários quanto os lojistas também estão sendo investigados. Todos responderão pelo crime de fraude em que prevê a pena máxima de seis anos de reclusão para quem aplica em finalidade diversa da prevista em lei recursos provenientes de financiamento concedido por instituição financeira oficial.

Balanço dos prejuízos

A Polícia Federal indicou que as fraudes promovidas através do Minha Casa Melhor causaram um prejuízo de R$ 534,4 milhões aos cofres públicos. Com informações da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as contas da Caixa Econômica Federal em 2014. Por conta do alto índice de inadimplência, a Caixa vendeu R$ 1 bilhão de crédito “podre” do Minha Casa Melhor para a Empresa Gestora de Ativos, vinculada ao Ministério da Fazenda.

O governo descarta voltar com o programa Minha Casa Melhor, que dava empréstimos em condições especiais para a compra de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis para os beneficiários do Minha Casa Minha Vida. Desde o início do ano, as contratações estavam suspensas, mas a presidente Dilma Rousseff garantiu que seriam retomadas ainda em 2015, com o lançamento da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. A promessa não será cumprida. Faltam recursos no governo para bancar o Minha Casa Melhor, que é alvo de críticas da atual equipe econômica.

A morte prematura do programa - que durou um ano e meio - deixa o governo bem longe de cumprir a meta de liberar R$ 18,7 bilhões nessa linha de crédito especial, com juros de 5% ao ano, bem abaixo das taxas de mercado. A Caixa Econômica Federal informou que as famílias que pegaram o cartão do programa usaram R$ 2,92 bilhões, ou seja, 15,6% do valor total prometido pelo governo.

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"Não há, neste momento, previsão de retomada de contratações do produto", admitiu o banco, em nota ao ser procurado pela reportagem. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que não existe na Caixa estudo para "ressuscitar" o produto, rejeitado pela equipe técnica do banco. Antes mesmo do lançamento, a área de risco da Caixa produziu um relatório com o alerta que o Minha Casa Melhor representava perigo à saúde financeira do banco.

O Minha Casa Melhor foi lançado em junho de 2013 como vitrine eleitoral da presidente Dilma, que buscava a reeleição. Para operá-lo, a Caixa recebeu R$ 8 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões foram direcionados para o programa - o resto foi usado para capitalizar o banco. No lançamento, o governo disse que esperava atender 3,7 milhões de famílias.

Quando o programa foi suspenso no início deste ano, 640 mil famílias tinham recebido o cartão. Cada uma podia financiar até o limite de R$ 5 mil nos produtos determinados pelo governo, como geladeira, fogão, lavadora de roupas, TV digital, guarda-roupa, cama, mesa e sofá. O prazo de pagamento é de dois anos. No total, foram colocados à disposição R$ 3,2 bilhões a essas famílias.

A Caixa informou que os mutuários ainda podem usar os limites disponíveis nos cartões contratados, dentro do prazo estipulado. A linha de crédito fica disponível por um ano a partir da emissão do cartão.

Outro ponto ressaltado pelos críticos do programa, dentro do próprio governo, é o elevado calote. A Caixa não divulga a inadimplência - atrasos superiores há 90 dias - de linhas específicas, mas o Estado apurou que no programa está em torno de 30%. Em linhas similares oferecidas pela rede bancária para a compra desses produtos, o calote médio não ultrapassa 10%, segundo dados do Banco Central.

Para compensar a perda do banco com a inadimplência dessa linha, o governo dispensou a Caixa de repassar ao Tesouro até 75% do lucro líquido ajustado todo ano enquanto durarem as operações do programa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com problemas de falta de recursos, o governo federal decidiu suspender o programa Minha Casa Melhor, linha de crédito especial para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida adquirirem móveis, eletrodomésticos e eletrônicos a taxas de juros subsidiadas, como antecipou ontem o portal Estadão.com.

Para operar o programa, a Caixa Econômica Federal recebeu do governo uma capitalização de R$ 8 bilhões em junho de 2013. Do valor total, R$ 3 bilhões foram direcionados para os financiamentos do programa - o restante foi usado em outra operação.

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O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a Caixa desembolsou até o fim do ano passado mais do que esses R$ 3 bilhões. Até dezembro, 18 meses após o lançamento do programa, 640 mil famílias tinham recebido os cartões do Minha Casa Melhor. Foram oferecidos R$ 3,2 bilhões - dos quais R$ 2,4 bilhões foram realmente contratados.

"Novas contratações do Minha Casa Melhor estão sendo discutidas no âmbito da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida", informou, em nota, a Caixa. "Os cartões referentes a contratos já realizados continuam operando normalmente". O Tesouro Nacional foi procurado pela reportagem, mas disse que somente o banco se pronunciaria sobre o assunto.

Pelo canal oficial de comunicação que mantém com os beneficiários do programa, a atendente da Caixa afirmou que o Minha Casa Melhor está suspenso desde o dia 20 deste mês. "A Caixa está reavaliando o programa antes de realizar novas contratações no Brasil inteiro", afirmou a atendente, que não quis se identificar.

No lançamento do programa, o governo divulgou que a expectativa era de que 3,7 milhões de famílias fossem beneficiadas, em um total de R$ 18,7 bilhões. O Minha Casa Melhor oferece crédito a juros mais baixos que os praticados no mercado para as famílias atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida comprarem 14 tipos de eletrodomésticos e móveis. Os juros são de 5% ao ano contra 16,5% que são cobrados pelo mercado para financiar esses produtos.

O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, lamentou o "congelamento" do programa por ter certeza que a medida terá impacto no setor varejista. "O Brasil está diante do desafio de fazer funcionar esse novo modelo econômico imposto pelo ministro Joaquim Levy ", afirmou.

A CNDL, que representa 1,2 milhão de lojistas, estima que o programa injetou R$ 1,4 bilhão no setor no ano passado. De acordo com o governo, desde o lançamento do programa, os donos dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida compraram TV digital, computador, geladeira, fogão e móveis, entre outros produtos, em 28 mil lojas espalhadas pelo País.

Ao entregar os imóveis do conjunto em Feira de Santana (BA), a presidente Dilma Rousseff assegurou a continuidade do programa de habitação popular. Segundo ela, a terceira fase será lançada em março, com a meta de contratar mais 3 milhões de moradias.

Depois de dizer que faz ajustes fiscais "como uma mãe, uma dona de cana faz na casa", a presidente garantiu que o governo não paralisaria programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. Ela não citou, porém, o Minha Casa Melhor. A cerimônia foi planejada para ser a primeira parada em um roteiro de viagens que a presidente planeja fazer para recuperar sua popularidade.

Um ano após o anúncio de uma linha de crédito especial de R$ 18,7 bilhões para que beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida pudessem adquirir móveis, eletrodomésticos e eletrônicos a taxas de juros subsidiadas, a Caixa Econômica Federal registrou demanda quase sete vezes menor que o valor disponibilizado pelo governo.

Até 12 de junho de 2014, data de aniversário do programa Minha Casa Melhor, foram contratados R$ 2,75 bilhões nos cartões distribuídos a 551,9 mil famílias. Deste valor, R$ 1,9 bilhão foi de fato gasto nas lojas.

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Nem todos os R$ 18,7 bilhões poderiam ter sido efetivamente contratados, pois apenas 1,7 milhão de famílias já receberam as chaves, exigência para pedir o cartão. Mesmo assim, segundo a Caixa, só um terço das famílias que entraram nas casas do programa habitacional solicitou o financiamento. É provável que boa parte das que já haviam recebido a moradia antes da nova linha tenha preferido não recorrer ao crédito para renovar os eletrodomésticos.

A demanda pelos recursos do Minha Casa Melhor foi bastante acelerada no período posterior ao anúncio do programa, mas depois perdeu força. Do total de contratos, 383,4 mil foram firmados no ano passado, e 168,5 mil em 2014. De R$ 1,9 bilhão efetivamente gasto, R$ 1,19 bilhão saiu dos cartões em 2013 e R$ 715 milhões neste ano.

"A utilização realmente está arrefecendo, e isso tem respaldo no que está acontecendo na economia", diz a economista Mariana Oliveira, analista setorial da Tendências Consultoria.

Além da redução na demanda, Mariana afirma que os números de um ano de programa frustraram as expectativas. "A confiança do consumidor retrata isso. O crédito é um investimento, e a decisão acaba sendo impactada, ainda que seja um crédito facilitado", acrescenta.

Apesar da melhora em junho, a confiança do consumidor medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) vinha caindo desde o início do ano e está abaixo da média histórica. A classe de renda 1 (até R$ 2,1 mil mensais) tem o segundo menor nível de confiança entre os quatro grupos pesquisados. Inflação elevada e alto nível de endividamento têm pesado no bolso.

Segundo fontes, o Minha Casa Melhor foi empurrado à força para a Caixa, apesar de a área técnica do banco ter advertido para os riscos à saúde financeira da instituição. Mesmo depois de um ano, executivos da Caixa não aceitam fazer em público um balanço dos números do programa.

O Estado revelou em outubro do ano passado que documentos internos do banco estatal alertavam para a alta possibilidade de calotes, o que exigiria grande compensação do Tesouro. A solução encontrada pelo governo foi dispensar a Caixa do recolhimento de parte dos dividendos para a cobertura do risco de crédito dos financiamentos dos bens de consumo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária nesta quarta-feira, 16, decidiu reajustar o preço máximo dos produtos que fazem parte do programa Minha Casa Melhor. São bens que podem ser adquiridos por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida com juros subsidiados.

De acordo com o CMN, o aumento tem como objetivo "ampliar as opções disponíveis, especialmente em termos de qualidade, para os beneficiários e também para aumentar a competição entre os fabricantes".

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O preço limite para aquisição de máquina de lavar passou de R$ 850 para R$ 1.100. De cama de solteiro, berço ou cama-box de solteiro, subiu de R$ 320 para R$ 400. Para mesa com cadeira, de R$ 300 para R$ 400; sofás, de R$ 375 para R$ 600; e guarda-roupas, de R$ 380 para R$ 700.

Os preços anteriores haviam sido definidos no lançamento do programa, na primeira quinzena de junho. A Caixa Econômica Federal recebeu do governo um aporte de recursos para fazer os financiamentos de R$ 3 bilhões (dentro de um aporte total de R$ 8 bilhões para capitalizar a instituição).

Os juros do programa são de 5% ao ano. É possível financiar até R$ 5.000 em compras por um prazo de 48 meses.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.868, a Lei do Minha Casa Melhor, linha de financiamento gerida pela Caixa para a compra de móveis e eletrodomésticos pelos beneficiários do Minha Casa Minha Vida. A nova legislação, resultado da aprovação do projeto de conversão da Medida Provisória 620, também trata de assuntos como prazo para detalhamento de tributos em nota fiscal, vale-cultura e mudanças nas regras de certificação de entidades beneficentes.

Além disso, a lei traz um outro dispositivo que foi acrescentado ao texto original da MP pelos parlamentares. Trata-se de uma série de condições para que entidades esportivas possam ter acesso a verbas públicas. Uma delas diz que entidades esportivas que recebem recursos públicos não poderão eleger um mesmo dirigente por mais de dois mandatos seguidos, com duração de quatro anos cada.

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O texto também exige que os resultados financeiros dessas entidades sejam destinados integralmente à manutenção e ao desenvolvimento de seus objetivos sociais. A nova lei está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

O PPS poderá ir à Justiça contra a Caixa Econômica Federal caso o Minha Casa Melhor, programa subsidiado de aquisição de móveis e eletrodomésticos para população de baixa renda, gere prejuízo aos cofres públicos. O líder do partido, deputado Rubens Bueno (PR), disse neste domingo, 06, que o PPS pode ingressar com uma ação civil pública e uma de improbidade administrativa contra os dirigentes da Caixa. Reportagem deste domingo do jornal O Estado de S.Paulo revelou que a instituição ignorou análises feitas pela área técnica do banco sobre a alta possibilidade de calote no programa.

O Minha Casa Melhor é uma linha de financiamento subsidiada pelo Tesouro Nacional para a compra de móveis, eletrodomésticos e computadores pelos beneficiários do programa habitacional Minha Casa Minha Vida. O único requisito para ter acesso ao crédito é estar em dia com as prestações da casa própria. A possibilidade de calote, segundo os documentos que a reportagem teve acesso, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população. Com esses níveis potenciais de perda, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016.

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"O PPS vai acompanhar de perto a execução do programa e se o prejuízo aos cofres públicos se concretizar acionaremos a Justiça com ações civil pública de improbidade administração contra diretoria da Caixa por ignorar o risco de inadimplência do programa", afirmou Bueno. Ele disse não ser contra a concessão de crédito à faixa da população mais pobre, mas que o lançamento do Minha Casa Melhor às vésperas das eleições não passa de estratégia do Palácio do Planalto para garantir mais um mandato à presidente Dilma Rousseff.

"O PT no governo perdeu totalmente a ética e a noção republicana aparelhando o Estado e as instituições para se manter a qualquer custo no poder. É lamentável que o governo imponha prejuízos ao erário para implementar o seu plano de governo e não políticas de Estado. Esse é mais um caso que se junta a tantos outros programas eleitoreiros, como o Mais Médicos", criticou o líder do PPS.

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, disse nesta sexta-feira (27), ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que pedirá ao secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que seja incluído no programa Minha Casa Melhor, do governo federal, as máquinas de lavar semiautomáticas, popularmente conhecidas como tanquinhos.

Kiçula está reunido com o secretário desde as 11 horas desta sexta-feira, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo. À tarde, Holland, Kiçula e representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) serão recebidos no escritório da Avenida Paulista pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Pelas regras do Minha Casa Melhor, o beneficiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida tem até R$ 5 mil de crédito para comprar móveis e eletrodomésticos e parcelar o pagamento em até 48 vezes.

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De acordo com o executivo, para incluir o tanquinho no programa, basta o governo retirar do decreto a palavra "automática". Segundo ele, o decreto deixa claro que apenas lavadoras automáticas podem ser adquiridas com o crédito do Minha Casa Melhor. Ele ponderou, porém, que o consumidor do programa é basicamente oriundo das classes C e D, mais propensas a utilizar o tanquinho em suas residências.

Além disso, na avaliação de Kiçula, os consumidores dessas classes poderiam deixar de comprar um produto de R$ 1.100, valor aproximado das máquinas de lavar automática, para comprar outro de R$ 300 e usar a diferença para adquirir outros itens.

Kiçula disse ainda que a Eletros vai pedir ao Ministério da Fazenda que reduza o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos tanquinhos dos atuais 4,5% sobre as vendas para 2%. Pelo programa do governo, o IPI do tanquinho teria de subir para 5% em outubro, mas, segundo o executivo, a Eletros vai usar como argumento a tributação sobre as máquinas de lavar automáticas, cujo IPI permaneceu em 10%.

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) informou, na noite desta terça-feira (17) que a presidente da República, Dilma Rousseff, acolheu a proposta da entidade e incluirá tablets no programa Minha Casa Melhor. Até o momento, o programa previa a aquisição de computadores de mesa e notebooks dentro do limite previsto de R$ 5 mil por beneficiário, ou seja, o participante do Minha Casa, Minha Vida.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a entidade entregará ao governo, ainda esta semana, a proposta para o Ministério da Fazenda com as informações sobre o padrão de tablet que poderá ser enquadrado no Minha Casa Melhor, como preços e a necessidade de o produto ser fabricado no Brasil. "Não foi falado sobre o teto de preço, mas os tablets até R$ 799 representam 68% de todos os vendidos no Brasil. Vamos informar as faixas de preço e o que representam dentro das vendas para o governo definir", disse Barbato, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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De acordo com ele, a expectativa é de que a autorização para a inclusão dos tablets seja feita via resolução do Banco Central, como ocorreu com a listagem dos produtos já incluídos no Minha Casa Melhor. O presidente da Abinee ainda não tem uma estimativa de vendas, mas calcula que cerca de 100 mil computadores possam ter sido vendidos entre os 155 mil contratos já firmados com os beneficiários do Minha Casa Melhor.

"Os computadores, que têm preço máximo até R$ 1.150, são o segundo item mais vendido no Minha Casa Melhor, e como os tablets têm preço menor, acredito que número de vendas será importante", declarou Barbato.

Mais de dois meses depois de ganhar das mãos da presidente Dilma Rousseff o primeiro cartão do Minha Casa Melhor, Cleane Lopes, que está desempregada e recebendo seguro-desemprego, foi às compras em Caldas Novas (GO), acompanhada do marido Pascoal Teles, recepcionista em um hotel da cidade famosa pelas águas termais.

Com R$ 5 mil de crédito, o casal adquiriu, de uma tacada só, para a sala, um home theater (R$ 999), uma TV digital (R$ 1.399) e um rack com painel (R$ 798). Para a cozinha, eles compraram uma mesa com seis cadeiras (R$ 1.190) e para o quarto, a cabeceira da cama com dois criados-mudos (R$ 399). Levaram também um microsystem (R$ 159) para as duas filhas e ficaram com um saldo de apenas R$ 56 no cartão.

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Assim como a família de Cleane, que posou ao lado da presidente na cerimônia de lançamento do programa, em junho, outros beneficiários do programa habitacional Minha Casa Minha Vida conseguiram driblar as regras rígidas impostas pelo governo nessa linha de financiamento e compraram produtos não contemplados na cesta determinada pela equipe econômica ou cujos preços extrapolam o limite estabelecido para cada item.

Limites

Segundo as regras do Minha Casa Melhor, cada mutuário recebe um cartão magnético da Caixa Econômica Federal com um limite de R$ 5 mil para serem gastos na compra dos dez tipos de produtos, que podem ser parcelados em até 48 meses a juros de 5% ao ano - cinco vezes menores que as taxas médias cobradas pelos bancos para clientes comuns.

No entanto, esse crédito não pode ser gasto da maneira que a família quiser. Para que o programa estimulasse segmentos industriais diferentes, o governo estipulou um valor máximo para o preço de cada mercadoria - que varia de R$ 300 para uma mesa com cadeiras a R$ 1,4 mil para uma TV digital.

Na prática, porém, os beneficiários do programa contam com a ajuda dos lojistas, que "facilitam" as negociações para burlar as imposições. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo fez uma pesquisa entre os estabelecimentos comerciais credenciados pela Caixa Econômica Federal em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro e conseguiu a garantia dos vendedores que poderia comprar com o cartão Minha Casa Melhor produtos que não estão na lista e cujos valores são superiores ao que o governo fixou nas regras.

Na segunda-feira, 2, ao comemorar que o montante de recursos contratados pelo programa ultrapassou R$ 1 bilhão, Dilma prometeu, no programa de rádio semanal Café com a Presidenta, que vai incluir pelo menos mais dois itens entre as opções que os mutuários podem comprar. São eles, o forno de micro-ondas e armário de cozinha. Na realidade, basta uma pequena pesquisa para verificar que os lojistas já aceitam vender esses dois produtos pelo cartão do programa.

Cozinha

Lojas de móveis planejados credenciadas pela Caixa Econômica Federal nas três capitais aceitam montar uma cozinha inteira no cartão por R$ 5 mil. Se o valor do serviço superar o limite do programa Minha Casa Melhor, é possível, segundo os vendedores, que o mutuário pague a diferença em dinheiro ou com outro cartão, embora a complementação do pagamento seja proibida pelas regras do programa.

Um guarda-roupa sugerido pelo programa tem limite de preço de R$ 380 ao passo que um modelo planejado não sai por menos de R$ 3 mil. Para aplacar a tradicional seca da capital federal, lojistas de Brasília vendem pelo cartão até purificador de água e ar-condicionado.

Os vendedores garantem que já fizeram essas vendas pelo cartão. "É fácil: para a Caixa, a gente divide esse valor e coloca outros produtos", explica um deles. No Rio de Janeiro, a Caixa credenciou uma loja de materiais de construção, que oferece produtos que vão de piso a vaso sanitário para os beneficiários do programa.

Quando a reportagem questiona se é possível comprar o que quiser com o cartão Minha Casa Melhor, o vendedor explica: "É complicado falar isso pelo telefone, mas pode vir aqui que damos um jeito. Garanto que você vai sair com o produto que quiser, independentemente do valor. Já fizemos ótimos negócios para quem o cartão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 220 mil famílias já tomaram R$ 1 bilhão em crédito para comprar móveis e eletrodomésticos por meio da linha Minha Casa Melhor. Essa conta considera números acumulados desde 12 de junho, quando foi lançado o programa. O Minha Casa Melhor oferece crédito a juros mais baixos, de 5% ao ano, que os praticados no mercado para as famílias atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida comprarem eletrodomésticos e móveis.

A informação foi dada nesta segunda-feira (2), pela presidente Dilma Rousseff no programa semanal de rádio Café com a Presidenta. Cada família tem direto a um cartão com R$ 5 mil de crédito para comprar móveis e eletrodomésticos, com prazo de pagamento em até 48 meses, em 13 mil lojas credenciadas pela Caixa em todo o Brasil. A lista de produtos inclui lavadora de roupas automática, fogão, geladeira, TV digital, computador, mesa com cadeira, sofá, guarda-roupa e cama de casal e de solteiro, com colchão ou não. "Cada produto tem um valor máximo", destacou Dilma. O preço da lavadora de roupas, por exemplo, não pode passar de R$ 850. A presidente confirmou que está em estudo a inclusão de mais itens na lista, como micro-ondas e armários de cozinha.

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Os beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida terão uma linha de crédito especial para a compra de móveis e eletrodomésticos. O total de recursos para o financiamento chegará a de R$ 18,7 bilhões. O anúncio do Minha Casa Melhor foi feito nesta quarta-feira (12) pelo governo federal, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

A expectativa é beneficiar 3,4 milhões de famílias. Cada uma delas poderá financiar até R$ 5 mil, com taxas de juros de 5% ao ano e prazo de pagamento de até 48 meses. As compras à vista terão descontos de 5% na nota fiscal. De acordo com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, as prestações podem ser pagas por boleto bancário ou débito em conta.

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O financiamento poderá ser contratado para a compra de geladeira, fogão, lavadora de roupas automática, computador, TV digital, guarda-roupa, cama de casal e de solteiro (com ou sem colchão), mesa com cadeiras e sofá. Há um valor máximo de compra e venda a ser considerado no contrato de financiamento (confira a lista abaixo).

De acordo com a presidente Dilma Rousseff, o financiamento permitirá que essas famílias adquiram eletrônicos que consumam menos energia. "O Minha Casa Melhor é preciso em garantir aos bens modernos que não gastam tanta energia para a população. Ao mesmo tempo, ele assegura acesso a bens, e ao mesmo tempo, ele assegura que esses bens sejam mais eficientes. É fundamental que essa parcela da população tenha acesso ao crédito”, frisou. "Sem contar que essa injeção de recursos vai fazer rodar as engrenagens da nossa economia", completou Aguinaldo Ribeiro.

A operadora do programa será a Caixa Econômica Federal, mas os beneficiários que adquiriram imóveis pelo Banco do Brasil também terão acesso ao financiamento. Os dois bancos emitirão um cartão magnético, por meio do qual as famílias terão acesso aos recursos. A linha de crédito estará disponível por 12 meses, a partir da emissão do cartão. Esse prazo permitirá aos beneficiários planejar suas compras e pesquisar o melhor preço.

Para ter acesso ao Minha Casa Melhor é preciso já ter recebido as chaves das moradias e estar com as prestações do imóvel regularizadas. A contratação poderá ser feita pelo telefone 0800-726-8068 ou nas agências da Caixa. O cartão de compras será entregue na residência do beneficiário, após dez dias, para ser utilizado nas 12 mil lojas credenciadas em todo o país.

Mais informações sobre os produtos e a relação das lojas credenciadas estão disponíveis no hotsite www.caixa.gov.br/minhacasamelhor.

Confira o preço máximo dos produtos a ser considerado para o financiamento:

- Guarda-Roupa - Até R$ 380
- Cama de Casal, com ou sem Colchão - Até R$ 370
- Cama de Solteiro, com ou sem Colchão - Até R$ 320
- Mesa com Cadeiras - Até R$ 300,00
- Sofá - Até R$ 375,00
- Refrigerador - Até R$ 1.090,00
- Fogão - Até R$ 599,00
- Lavadora de Roupas Automática - Até R$ 850,00
- TV Digital - Até R$ 1.400,00
- Notebook com acesso a Internet ou Computador, com teclado, mouse e monitor com acesso a Internet- Até R$ 1.150,00

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