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Em julgamento de recurso, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) confirmou nesta terça-feira (30) o bloqueio de R$ 778 milhões de Thor Batista, filho do empresário de Eike Batista. O processo é movido por Bernardo Bicalho, administrador judicial da MMX, mineradora do grupo do empresário que tem sede em Minas e que está em recuperação judicial.

Três desembargadores do TJ mineiro confirmaram decisão proferida pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, em março.

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Segundo o advogado Rodrigo Kaysserlian, presidente do Instituto Brasileiro de Rastreamento de Ativos, que ajuda a reunir os recursos em nome de Thor, a decisão dos desembargadores se limita ao bloqueio do dinheiro. O processo continua na primeira instância, para julgamento de mérito.

Embora os credores da MMX tenham aceitado um acordo que acarretará em descontos nos valores que têm a receber, Kaysserlian diz que a ação relativa a Thor tem o objetivo de reforçar o entendimento de que esse tipo de abatimento vale para os recursos da empresa, e não para bens relacionados aos donos da mesma.

Segundo ele, o processo pode representar uma quebra de paradigma dentro das regras de recuperação judicial no Brasil. "A investigação judicial sobre os recursos, alocados em offshores fora do Brasil em nome de Thor Batista, está em curso", disse o advogado, reforçando que o caso é muito grave.

Defesa

Procurado, o empresário Eike Batista não respondeu o contato até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestações de defesa.

A MMX, mineradora de Eike Batista, vai entrar com pedido de recuperação judicial na Justiça de Minas Gerais. É a terceira empresa do antigo império X a pedir proteção para reorganizar seu passivo, seguindo os passos da petroleira OGX e do estaleiro OSX. A companhia tentou costurar a venda de ativos para evitar a medida, mas a combinação da queda livre do preço do minério de ferro e embargos ambientais tornaram a decisão inadiável.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que o pedido será feito pela MMX Sudeste Mineração, subsidiária sob a qual fica a Unidade de Serra Azul (MG), onde estão as minas Tico-Tico e Ipê. A dívida sujeita à recuperação é de R$ 370 milhões, o que inclui serviços já executados por fornecedores.

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A MMX Mineração Metálicos S.A., controlada por Eike e que engloba todos os ativos do grupo, fica de fora, assim como uma parte da dívida, ainda em discussão. Ao final do primeiro trimestre, a holding tinha uma dívida de R$ 966 milhões, dos quais R$ 718 milhões com fornecedores.

O advogado Sergio Bermudes afirmou que a documentação já está pronta e deverá ser entregue nesta quinta-feira, 16, à Justiça. "A MMX é uma empresa saudável, que vive um contratempo por conta da situação do grupo X. Mas tem plena condição de se recuperar", disse o advogado, que também trabalha no processo de recuperação judicial da OGX.

A situação crítica levou a MMX a demitir nos últimos dias 200 dos 420 trabalhadores do setor operacional do complexo de minas de Serra Azul, de acordo com o sindicato Metabase de Brumadinho (MG). Ao todo, são 550 funcionários na unidade, considerando também o pessoal ligado à manutenção e setor administrativo. A MMX não comenta as demissões.

O sindicato quer o cancelamento das demissões e no dia 21 terá uma reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas para tratar do caso. De acordo com o presidente do sindicato, Agostinho José de Sales, a companhia irá reduzir de quatro para dois o número de turnos, todos de seis horas, nas minas da região. "Temos a informação de que a MMX não tem caixa para manter os funcionários e as demissões podem aumentar nos próximos dias", afirmou.

A unidade de produção de minério de ferro está com suas atividades suspensas desde setembro. Na segunda-feira, a MMX informou que manterá a paralisação por tempo indeterminado "a fim de otimizar recursos e adequar custos frente ao cenário de reposicionamento estratégico em que a companhia se encontra".

Os problemas operacionais da MMX começaram em fevereiro, quando a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) embargou a mina Tico-Tico, uma das unidades que formam o projeto Serra Azul. O órgão alega que a mineração no local tem danificado cavernas de relevância ambiental da área.

A empresa esperava reverter o embargo e voltar a operar em Serra Azul no início do mês. No entanto, a Semad só dará o sinal verde à operação depois que estudos para adequação da área de proteção forem analisados. A MMX entregou a documentação na semana passada, mas a secretaria pediu mais informações.

Ativos

Entre os ativos que a mineradora tentou negociar com a ajuda da consultoria Angra Partners nos últimos meses estão as minas de Serra Azul, direitos minerários da unidade de Bom Sucesso, também em Minas, e 35% de participação remanescente no Porto Sudeste, localizado em Itaguaí (RJ).

As negociações da fatia no porto estavam avançadas, mas não foram fechadas a tempo de evitar o pedido de recuperação judicial. Em fevereiro, a companhia vendeu o controle e 65% da fatia para o consórcio Trafigura/Mubadala. Ontem, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou o início da operação parcial do Porto Sudeste. A expectativa é que o primeiro embarque ocorra ainda este ano, o que traria uma receita adicional à MMX.

A MMX Mineração e Metálicos, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, divulgou comunicado no qual nega que esteja para entrar com pedido de recuperação judicial. "Não obstante a companhia não comentar rumores de mercado nem tampouco matérias de imprensa (...), a MMX esclarece que não há qualquer deliberação em curso acerca dessa matéria junto à companhia", diz a empresa, em resposta a ofício enviado pela BM&FBovespa solicitando esclarecimentos sobre a questão.

As ações da MMX lideram as baixas do Ibovespa, com recuo de 8,47% há pouco, cotadas a R$ 1,08, em 1.099 negócios. Segundo publicou o colunista Lauro Jardim, da Revista Veja, o pedido de recuperação judicial da companhia deve acontecer até o final deste mês.

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A MMX Mineração e Metálicos, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou na noite desta sexta-feira, 29, que registrou prejuízo líquido de R$ 1,206 bilhão no terceiro trimestre de 2013, aumento de 1.106% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado negativo foi de R$ 100,114 milhões. Em relação ao segundo trimestre deste ano, quando foi verificada perda de R$ 451,169 milhões, o prejuízo de julho a setembro deste ano cresceu 168%.

Segundo a companhia, os principais eventos que contribuíram para esse resultado foram o impacto negativo por conta do reconhecimento de multa e "take or pay" com a Usiminas no valor de R$ 113,4 milhões; o impacto negativo no valor de R$ 79,2 milhões relativos ao ajuste a valor presente da expectativa do fluxo de pagamento dos royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável; e o impacto negativo por conta do reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul e direitos minerários de Bom Sucesso no valor total de R$ 913 milhões.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado no terceiro trimestre deste ano ficou negativo em R$ 983,280 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 40,711 milhões em igual etapa de 2012. No critério ajustado, o Ebitda ficou negativo em R$ 69,780 milhões, ante número positivo de R$ 47,097 milhões na comparação anual.

O presidente da MMX, Carlos Gonzalez, informou que o acordo com o fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi, e a trading holandesa Trafigura prevê a opção de a companhia ampliar em 7,5% sua participação no Superporto Sudeste, empresa criada para administrar o porto e que assumirá integralmente as dívidas da MMX Sudeste Mineração.

Na terça-feira, 10, a companhia do grupo do empresário Eike Batista firmou o acordo, comprometendo-se a negociar pelas próximas semanas exclusivamente com o consórcio. O acordo fixa, inicialmente, que a MMX tenha 35% do capital da Superporto Sudeste, enquanto o consórcio Trafigura e a Mubadala possuam 65%. Além disso, prevê que os investidores disponibilizem um empréstimo-ponte de US$ 150 milhões à MMX.

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Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, 13, Gonzalez pondera que a companhia tem um prazo de 18 meses para saber qual o melhor negócio daqui para frente, seja uma expansão ou uma fusão. "Os desafios ainda estão longe de terminar."

No evento, o executivo ressaltou que o valor implícito do Porto Sudeste é de R$ 6 milhões e a MMX irá garantir um volume de embarque anual de 7 milhões de toneladas de minério de ferro.

Gonzalez relatou que o acordo foi um rearranjo necessário para a geração de caixa da empresa e, por isso, fechado com dois sócios que "têm uma tremenda capacidade financeira". Frisou que o acerto também é importante para os minoritários, porque mantém a atual composição dos acionistas.

Segundo ele, a nova empresa assume inclusive o pagamento do título MMXM11, um papel lançado com remuneração variável baseado em royalties pagos trimestralmente por volume embarcado. O papel dá a seu dono o direito de receber US$ 5 por tonelada de minério exportada pelo Porto do Sudeste, valor indexado ao índice de inflação ao produtor dos Estados Unidos (PPI).

Vinte e quatro grupos e associações de moradores, pescadores e produtores rurais que afirmam ser afetados pelos empreendimentos de Eike Batista em Minas Gerais e no Rio de Janeiro divulgaram nesta quarta-feira, 11, uma carta com denúncias ao empresário. O documento, intitulado Carta do Açu, faz denúncias sobre os impactos dos empreendimentos do Porto do Açu, da LLX, e do projeto Minas-Rio, da MMX, nas comunidades de São João da Barra, no norte fluminense, e de Conceição de Mato Dentro, em Minas Gerais.

Segundo o documento, os atingidos se reuniram nos meses de maio e agosto em um "intercâmbio de resistências" para discutir os impactos dos projetos nas comunidades. O encontro teve a participação de pesquisadores do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (Gesta/UFMG), da Universidade Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes e da Associação dos Produtores Rurais do Município de São João da Barra - Asprim.

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Na carta, o grupo denuncia "inaceitáveis danos e violações de direitos" ocorridos nos municípios pelos empreendimentos. O grupo afirma que integrantes do movimento foram seguidos e monitorados por representantes da empresa e que o empreendimento tem mascarado os danos e impactos ambientais nos Estados de Minas e Rio.

"Não constam dos EIA-RIMAs os impactos conexos mina-mineroduto-porto e os efeitos do empreendimento no estado vizinho do Espírito Santo - área costeira, poluição, óleo, poluição sonora marinha, erosão do solo marinho", afirmam os grupos.

Ainda segundo os movimentos sociais, os responsáveis pelo empreendimento "recusam reconhecer a amplitude do universo de comunidades atingidas" e que os proprietários rurais nas regiões próximas aos empreendimentos sofreram "pressões e formas diversas de coação" e "despejos violentos". A carta também questiona os processos de reassentamento que estariam violando "a dignidade e o bem-estar de grupos vulneráveis".

Assinam a carta 24 movimentos sociais da região, como as associações Atingidos pelo Projeto Minas - Rio, o grupo Unidos por Conceição (Unicon), a Associação dos Produtores Rurais e Imóveis do Município de São João da Barra (Asprim), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros. O grupo afirma que o objetivo do documento é chamar "a sociedade brasileira a se indignar com essa situação de arbítrio, de modo a impedir a continuação de todos esses crimes".

Procurado, o grupo EBX informou que irá averiguar as denúncias para se manifestar sobre o assunto.

As propostas pelo controle da MMX, braço de mineração do Grupo EBX, estão na mesa do empresário Eike Batista desde o fim da última semana. Estão no páreo um consórcio formado pelo Mubadala Development, fundo soberano de Abu Dhabi, e a trading holandesa Trafigura, e a suíça Glencore Xstrata, de acordo com fontes próximas às negociações.

O modelo do negócio seguirá o usado na MPX e na LLX - um aumento de capital na companhia sem a participação de Eike. Ele abrirá mão do direito de preferência na operação em nome do grupo investidor e terá a participação diluída, deixando o controle da MMX. As propostas partem de um valuation (avaliação de empresas) entre R$ 2,60 e R$ 2,80 para o valor de emissão do papel MMXM3. A capitalização deverá atingir um valor entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.

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A ação ON da MMX acumula queda de 50,11% em 2013, mas em agosto registra alta de mais de 40% por conta dos rumores de venda. No pregão desta quarta-feira, 4, a ação fechou cotada R$ 2,20, com desvalorização de 0,90%. A negociação inclui tanto o Porto do Sudeste, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, quanto os ativos de mineração da empresa no sistema MMX Sudeste (com as minas Serra Azul e Bom Sucesso, em Minas Gerais). A MMX é controlada por Eike com uma fatia de 59,3% e tem também como sócios os chineses da Wisco (10,5%) e a sul coreana SK Networks (8,8%). Outros 21,4% estão com acionistas minoritários no mercado.

Além da falta de interesse pelas minas da MMX e a pressão inicial dos candidatos para comprar apenas o Porto do Sudeste - o que não deve ocorrer - há um outro ponto que dificulta a negociação: o destino dos papéis MMXM11. A origem do papel vem de 2010, quando houve a cisão parcial da LLX e foi criada a PortX, que tinha como ativo o Porto do Sudeste. Mais tarde, a MMX incorporou as ações da PortX, dando em troca os títulos híbridos negociados sob a sigla MMXM11 e ações da MMX (MMXM3).

O MMXM11 é um título de remuneração variável baseado em royalties pagos trimestralmente por volume embarcado. O papel dá a seu dono o direito de receber US$ 5 por tonelada de minério exportada pelo Porto do Sudeste, valor indexado ao índice de inflação ao produtor dos Estados Unidos (PPI).

A previsão era de que o porto iniciasse atividades este ano com embarques de 10 milhões de toneladas - operação que está atrasada - e em 2015 atingisse a plena capacidade de operação, exportando 50 milhões de toneladas/ano. O dólar em alta aumenta a renda potencial do título. O detentor do papel também pode ter ganhos com a variação do preço do papel na bolsa de valores. Nesta quarta-feira, o MMXM11 terminou o pregão valendo R$ 2,50.

Na prática, o papel MMXM11 representaria uma dívida para o futuro comprador da MMX, que não teria interesse em carregá-lo. Haveria aí um impasse sobre que fim dar aos títulos entre os grupos interessados na empresa e Eike Batista, dono de dois terços do total desses títulos.

Na OPA da PortX, em 2010, foram emitidos 992,5 milhões de títulos, o que multiplicado pela cotação atual chegaria a quase R$ 2,5 bilhões. Esse seria um dos poucos ativos de Eike desvinculados de qualquer dívida com instituições financeiras e, por isso mesmo, muito valioso para o empresário.

O analista do Goldman Sachs, Marcelo Aguiar, avalia que em um cenário de preço decrescente do minério de ferro os títulos tornam o Porto do Sudeste muito caro. Em recente relatório sobre a MMX, a equipe de análise formada por Aguiar, Diogo Miura e Humberto Meireles recomenda a venda dos papéis da mineradora e reduzem o preço-alvo das ações nos próximos 12 meses de R$ 2,80 para R$ 1,80, o que já leva em conta as necessidades de pagamento para MMXM11.

Segundo os analistas, a necessidade de caixa de curto prazo continua sendo a principal pendência da MMX. Eles enxergam riscos de execução para a maturidade dos projetos de minério de ferro e do porto, com risco elevado de mais atrasos e embarques inferiores ao previsto.

"Com R$ 1,2 bilhão em dívida de curto prazo, mais cerca de R$ 1 bilhão comprometidos com investimentos para os próximos 12 meses, se a MMX não for capaz de rolar sua dívida de curto prazo, continuamos a ver necessidade de aumento de capital", afirmam os analistas do Goldman Sachs, em relatório. O cálculo é que a empresa poderá precisar de algo entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão de caixa para atender necessidades de curto prazo nos próximos 12 meses. Ao fim do segundo trimestre a posição de caixa da MMX era de apenas R$ 451 milhões.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, negou que a empresa tenha interesse em adquirir a MMX, companhia de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O executivo disse que alguns operadores da Bolsa de Valores utilizam o tema para especular. "A MRS é nossa subsidiária e tem interesse no Porto do Sudeste (da MMX). Através dos próprios acionistas, tem sido demonstrado interesse nesse porto. Agora, pela MMX, não é assunto colocado pela Vale, como alguns têm reportado. A Vale não está negociando a MMX, ponto final", reiterou. "Simplesmente a MRS estava sondando o Porto do Sudeste e não está interessada na MMX", completou.

Ferreira participou nesta quarta-feira, 21, de reunião de grupo de empresários japoneses e investidores brasileiros com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Ele contou que os japoneses demonstraram interesse pelas ferrovias. Além disso, relatou a possibilidade de brasileiros e japoneses se unirem para investir na África.

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Embaladas por rumores de que a MMX, empresa de mineração e logística de Eike Batista, seria a “bola da vez” na venda de ativos do grupo X, as ações ordinárias (ON) da empresa lideraram as maiores altas do Ibovespa, na segunda-feira, 19, com ganho de 13,33%. O papel teve a melhor cotação dos últimos cinco meses: R$ 2,38.

Segundo operadores do mercado financeiro, a valorização ocorreu em meio à expectativa de que seja anunciada, ainda nesta semana, a venda da companhia ou de parte dela. “Os rumores cresceram, com a especulação de que a Vale teria feito uma proposta firme para a compra de toda a MMX na sexta-feira”, disse um profissional, que preferiu não se identificar.

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Ele mesmo lembrou, entretanto, que o presidente da Vale, Murilo Ferreira, durante conferência no início do mês sobre os resultados da companhia no segundo trimestre, negou o interesse em ativos do EBX. “Apesar disso, o mercado se movimenta em cima dos rumores”, disse.

A Vale negou, por meio de nota, que esteja em negociação com a empresa. Outras propostas estariam na mesa. Há rumores de que a B&A (BTG) ainda tenta fazer uma fusão com mineradoras da região para uma negociação viável.

A MMX é controlada por Eike com uma fatia de 59,3% e tem também como sócios os chineses da Wisco (10, 5%) e a sul coreana SK Networks (8,8%). Há ainda 21,4% no mercado, com outros acionistas. Os ativos da companhia são o superporto do Sudeste, a MMX Sudeste (com as minas de Serra Azul e Bom Sucesso) e a MMX Corumbá.

Na semana passada, também em teleconferência sobre resultados, o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, disse que vender o Porto Sudeste separado não seria atrativo. O executivo ressaltou que um dos grandes atrativos do Sudeste é permitir o escoamento da produção da mina de Serra Azul da MMX.

Conversas

Como o porto é o ativo mais valioso da mineradora de Eike, é em cima dele que estão as negociações. Segundo fontes próximas à empresa, o porto já teria recebido ofertas das tradings Glencore e Trafigura e há conversas em andamento com as siderúrgicas Gerdau, CSN e Usiminas. Outra possibilidade é a negociação com a MRS, empresa ferroviária que opera a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A integração com o porto seria o sentido do negócio para a empresa, que reúne Vale, MBR, CSN, Gerdau, Namisa e UPL, entre outros.

No momento, no entanto, Eike estaria tentando de tudo para fechar negócio com a EIG Global Energy Partners LLC, que na semana passada anunciou um aporte de R$ 1,3 bilhão para ficar com o controle da LLX, responsável pela construção do superporto do Açu.

Segundo fontes próximas às negociações, no processo de venda da LLX, o empresário chegou a receber uma proposta do banco BTG Pactual, que também assessora o grupo X na reestruturação, de R$ 0,16 por ação. A EIG levou o controle da empresa por R$ 1,20 a ação.

Na semana passada, Gonzalez revelou que a mina de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, também ocupa o topo da lista de desinvestimentos. “Temos interesse de nos desfazer do ativo”, afirmou o executivo, dizendo que a empresa tem conversado com empresas regionais interessadas em adquirir o projeto.

“Fomos procurados por várias empresas que não querem entrar na MMX como um todo. São empresas de interesse regional que querem participar só de Corumbá”, explicou. Suspenso em julho, o projeto obrigou a mineradora a fazer uma baixa contábil de R$ 153,8 milhões no balanço do segundo trimestre. Colaboraram Mônica Ciarelli e Naiana Oscar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Usiminas seria a siderúrgica para quem faria mais sentido a compra do Porto do Sudeste, da MMX, aponta um comentário da analista Catarina Pedrosa, em relatório do Banco Espírito Santo (BES) distribuído a clientes. O BES considera o Porto do Sudeste como um dos ativos de valor do grupo X, de Eike Batista, principalmente por estar com mais de 50% das obras concluídas e ter contratos fechados de exportação de minério.

"Acreditamos que, apesar do fato de ter um terminal exportador de aço em São Paulo, (a Usiminas) seria a mais provável candidata ao porto", escreve a analista. Além da Usiminas, companhias como Gerdau e ArcelorMittal, donas de minas no País, são apontadas no mercado como potenciais interessadas. A capacidade inicial de embarque do Porto do Sudeste será de 50 milhões de toneladas de minério por ano, mas poderá chegar a 100 milhões de toneladas.

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O BES lembra que a Usiminas tem com a MMX um contrato para a exportação de minério via Porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ). O acerto é válido por cinco anos, prorrogáveis por mais cinco, e prevê a exportação gradual de 3 milhões a 12 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Outro ponto levantado pela analista do BES é que o negócio faria sentido porque a Usiminas tem um terreno ao lado do porto, onde pretende construir uma área de armazenagem.

O atraso da operação do Porto do Sudeste pode ferir o acordo logístico firmado para o escoamento do minério da Usiminas. Pelo contrato, a siderúrgica tem o direito de cobrar uma multa, caso a MMX deixe de realizar embarques, mas a Usiminas declarou que tentará uma solução amigável com a mineradora do grupo EBX. Os embarques da companhia só devem ser afetados a partir de setembro ou outubro, quando começa a operar o Projeto Friáveis de minério de ferro da Usiminas, em Serra Azul (MG).

No comentário, a analista aponta que seria difícil avaliar se a compra do ativo seria positiva para a companhia, o que depende do preço, mas considera o ativo atraente. Indagada se a atual situação de caixa da Usiminas permitiria uma oferta pelo porto, a analista disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que isso passa pelas condições do negócio, como uma eventual participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao fim do primeiro trimestre de 2013, a dívida líquida da Usiminas era de R$ 5 bilhões ou 3,4 vezes o Ebitda, nível bastante elevado. Catarina acredita que a tendência é que o nível se reduza um pouco no segundo trimestre, já que a empresa encerrou um ciclo de investimentos em siderurgia.

A Usiminas terá uma produção de 12 milhões de toneladas de minério de ferro até o fim do ano, mas seus planos preveem um salto para até 29 milhões de toneladas nos próximos anos.

A MMX Mineração e Metálicos suspendeu, temporariamente, a produção de minério de ferro na Unidade Corumbá (MS) por um período de seis meses, com início neste mês. Segundo fato relevante enviado pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 04, a decisão reforça a estratégia de otimizar a alocação de capital e maximizar o valor para seus acionistas.

"Em relação a esta medida, a MMX esclarece que possui estoque para atendimento a todos os contratos comerciais firmados", disse a empresa no comunicado, informando ainda que as atividades de logística e demais serviços para a manutenção da planta permanecem ativos.

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Quanto aos funcionários, a MMX comunicou que foi necessário ajuste no número de postos de trabalho, além da estruturação de programas de treinamento, que serão feitos até a retomada das atividades na unidade.

A MMX Mineração e Metálicos confirmou, neste início de noite da quarta-feira, 26, que "mantém discussões com diversos players do mercado", inclusive com a suíça Glencore Xtrata e a holandesa Trafigura. O comunicado da MMX respondeu a ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), solicitando esclarecimentos sobre a possível venda de ativos e ações da companhia.

"A MMX reforça que, conforme fato relevante divulgado ao mercado em 24 de junho de 2013, tem avaliado oportunidades de negócios incluindo, mas não se limitando, à venda de ações detidas pelo acionista controlador da companhia, assim como de seus ativos", ressaltou a empresa do Grupo X, do empresário Eike Batista, no comunicado.

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"Contudo, não há, neste momento, qualquer documento assinado ou qualquer definição que permita à companhia afirmar que seguirá um ou outro caminho, motivo pelo qual não mencionou no fato relevante qualquer detalhamento sobre potenciais interessados", acrescentou a MMX.

Neste pregão na Bovespa, a ação da MMX fechou em alta de 1,21%, cotada a R$ 1,67. Na véspera, o papel disparou 17,86%, em função das notícias de possível venda de ações e ativos da companhia.

O elevado custo de produção fez o Ebitda da mineradora MMX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista, recuar 71% no primeiro trimestre deste ano frente igual período de 2012, para R$ 3,1 milhões. Segundo o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, a empresa trabalha para melhorar a geração de caixa com melhorias na eficiência operacional e fatores pontuais, como a operação da mina de Corumbá e os investimentos no Porto Sudeste, no Rio, "penalizaram" o Ebitda.

Em Corumbá, a empresa priorizará o cumprimento de contratos, segundo Gonzalez, voltados para o mercado local e para a Argentina. "Esse resultado negativo de Corumbá reflete o estoque (elevado) do porto, que precisava ser vendido no mercado externo e acabou penalizando o resultado no trimestre", afirmou Gonzalez nesta terça-feira, 30, em teleconferência com analistas.

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Já os investimentos do Porto Sudeste tiveram que ser contabilizados como despesas. "O Porto Sudeste incorre em gastos e despesas pré-operacionais que precisam entrar como despesa no balanço", disse Gonzalez, reafirmando o prazo de começar a operar o porto no fim deste ano.

Projeto

O projeto do Porto Sudeste, em construção, no Rio, pela mineradora MMX, consumirá mais R$ 500 milhões em investimentos até o fim do ano. No primeiro trimestre do ano, o investimento foi de cerca de R$ 150 milhões, destacou o presidente da companhia, garantindo que a revisão do plano de negócios da empresa ficará pronto até o fim de junho. "Temos já uma empresa contratada e estamos fazendo a revisão plano negócios", afirmou Gonzalez.

Mergulhado em uma grave crise de credibilidade, o Grupo X contabiliza atrasos no cronograma de vários projetos, como os portos do Sudeste e do Açu, ambos no Rio de Janeiro. A constante revisão de prazos é mais uma reclamação de investidores preocupados com os atuais rumos das empresas. Nessa quinta-feira, 18, a MMX anunciou, pela segunda vez no mês, a aprovação de empréstimo ao Porto do Sudeste pelo BNDES.

O grupo espera sacar ainda neste trimestre a primeira parcela do empréstimo de R$ 935 milhões. "Este desembolso permitirá à MMX o alongamento de parcela significativa de seu endividamento de curto prazo", informou. Em nota, a companhia ressaltou que a contratação do empréstimo representa uma etapa importante no desenvolvimento do Porto Sudeste. O anúncio beneficiou as ações da mineradora de Eike Batista, que terminaram o dia em alta de 1,7% na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa).

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A meta inicial era que o porto começasse a operar no final de 2012. Agora, o novo cronograma prevê a entrada em operação em dezembro deste ano. Questionada pela Agência Estado, a MMX informou que precisou revisar o início das operações do Porto Sudeste "em função de atrasos no fornecimento de alguns equipamentos importados do projeto".

Um problema semelhante vive o Porto do Açu, chamado de "Roterdã dos trópicos" pelo empresário Eike Batista. A obra foi postergada em um ano e também está prevista para o final deste ano. Responsável pelo Açu, a LLX, empresa de logística do empresário, credita o atraso a uma mudança no escopo do projeto, que foi ampliado para aumentar a quantidade de movimentação de carga.

O desempenho das empresas do grupo é motivo de questionamentos. "Quem frustra as expectativas consistentemente não está azarado. O problema está na gestão", afirma Ricardo Correa, analista-chefe da Ativa Corretora. Ele lembra que, no comando das empresas X, Eike Batista criou uma "inflação de expectativas". Uma estratégia perigosa a ser desenvolvida por um grupo com tantos projetos a serem tirados do papel ao mesmo tempo.

Outro que culpa o modelo de gestão pelos atrasos acumulados em projetos do grupo é o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Segundo ele, os problemas de gestão se concentram na petroleira OGX, criada para ser a principal estrela das empresas X.

A entrada da companhia na fase comercial, com a entrega da primeira carga de óleo produzido em Waimea, na Bacia de Campos, foi adiada diversas vezes. A previsão inicial era final de 2010, mudou para setembro e outubro de 2011, depois dezembro, mas só aconteceu mesmo em janeiro de 2012.

Na Colômbia, o cronograma também está atrasado. A estimativa inicial era perfurar o primeiro poço em 2013. Agora, a companhia trabalha com uma nova previsão: primeiro semestre de 2014. Segundo Pires, os atrasos são preocupantes, mas ficam em segundo plano quando se analisa a frustração dos investidores com os rumos do grupo X. "A OGX informou números muito abaixo do esperado. A companhia se endividou demais para produzir pouco petróleo", analisou.

Apesar dos percalços das empresas da holding EBX, o diretor do CBIE se mostrou otimista em relação ao futuro do Porto do Açu. Segundo ele, o projeto é importante para o País, por isso aposta em uma ajuda do governo para viabilizar o empreendimento. "Tem investimentos que a Petrobras pode fazer por lá que não são ruins. O pior seria deixar quebrar o projeto", avaliou.

Mergulhado em uma crise de credibilidade, o Grupo X contabiliza atrasos no cronograma de vários projetos, como os portos do Sudeste e do Açu, ambos no Rio de Janeiro. A constante revisão de prazos é mais uma reclamação de investidores preocupados com o rumo atual das empresas.

Chamado de "Roterdã dos trópicos" pelo empresário Eike Batista, o Porto do Açu deveria ter iniciado operações até o fim de 2012. A meta mais recente adia esse prazo em um ano. Problema semelhante vive o Porto Sudeste, projetado para escoar a produção de minério de ferro da MMX e de outras companhias do setor de Minas Gerais.

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Em nota, a MMX informa que precisou revisar o início das operações do Porto Sudeste "em função de atrasos no fornecimento de alguns equipamentos importados do projeto". A empresa garante, porém, que "o terminal portuário iniciará as operações no último trimestre de 2013".

"Quem frustra as expectativas consistentemente não está azarado. O problema está na gestão", afirmou Ricardo Correa, analista-chefe da Ativa Corretora. O executivo lembra que, no comando das empresas X, o empresário Eike Batista criou uma "inflação de expectativas". Uma estratégia perigosa a ser desenvolvida por um grupo com tantos projetos a serem tirados do papel ao mesmo tempo.

Outro que culpa o modelo de gestão pelos atrasos em projetos do grupo é o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Segundo ele, os problemas de gestão se concentram na petroleira OGX, criada para ser a estrela das empresas X.

A entrada da companhia na fase comercial, com a entrega da primeira carga de óleo produzido em Waimea, na Bacia de Campos, foi adiada diversas vezes. A previsão inicial era fim de 2010, mudou para setembro e outubro de 2011, depois dezembro, mas, só aconteceu mesmo em janeiro de 2012.

Na Colômbia, o cronograma também está atrasado. Inicialmente, a meta era perfurar o primeiro poço em 2013. Agora, a companhia trabalha com a previsão de primeiro semestre de 2014. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a petroleira postergou o cronograma de nove áreas no mês passado.

Em nota, a OGX informou apenas que os projetos estão sendo "implementados de acordo com as expectativas da empresa".

Segundo Pires, os atrasos são preocupantes mas ficam em segundo plano quando se analisa a frustração dos investidores com os rumos do grupo X. "A OGX informou números muito abaixo do esperado. A companhia se endividou demais para produzir pouco petróleo."

Foi exatamente em torno da OGX que o inferno astral de Eike Batista começou. Em junho do ano passado, a companhia divulgou um potencial de reserva muito abaixo do esperado para o poço de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. O anúncio decepcionou o mercado financeiro, que passou a olhar com desconfiança para outras previsões feitas por empresas do grupo.

O problema, pondera Pires, é que a maioria dos projetos de Eike gira em torno da petroleira, como o caso da OSX, companhia de construção naval e offshore. Na semana passada, a empresa demitiu cerca de 80 funcionários que trabalhavam no estaleiro em fase final de construção no Porto do Açu.

Projetada para tirar do papel as plataformas necessárias à campanha exploratória da petroleira, a OSX busca outra fonte de renda. A empresa negocia com a Petrobras a venda de plataformas, antes encomendadas para uso da OGX.

Mudança de Rota

O chefe da área de análise da Ativa Corretora menciona que todas as termelétricas da MPX, braço de energia do empresário Eike Batista, entraram em operação com atraso. Mas, hoje, a situação da companhia é bem diferente. Uma pesquisa na página na internet da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revela que os projetos em construção estão dentro do cronograma fixado pelo órgão.

Como única do grupo a entregar resultados, a MPX tem sofrido menos o desgaste de imagem das empresas X. Tanto que conseguiu atrair um sócio para o negócio, o grupo alemão E.ON. "O único risco hoje é a MPX ser sangrada para salvar outras empresas ou ser usada para uma movimentação acionária leonina", avaliou Correa.

Apesar dos percalços das empresas da holding EBX, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) se mostra otimista quanto ao futuro do Porto do Açu. Segundo ele, o projeto é importante para o País, por isso, aposta em uma ajuda do governo para viabilizar o empreendimento. "Tem investimentos que a Petrobras pode fazer por lá que não são ruins. O pior seria deixar quebrar o projeto", considerou.

Em nota, a LLX, responsável pelo porto, explica que o atraso no cronograma se deve à mudança no escopo do projeto, que foi ampliado para aumentar a quantidade de movimentação de carga.

A MMX Mineração e Metálicos informa que recebeu autos de infração (multa) da Receita Federal, referentes a Imposto de Renda (IR) Pessoa Jurídica e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), supostamente devidos no ano base de 2007, no valor de R$ 3,758 bilhões. "A MMX e os assessores jurídicos independentes da companhia consideram totalmente improcedentes as autuações recebidas, entendendo que, ao final do processo, deverão ser rejeitadas", informa a empresa em fato relevante.

A companhia acrescenta que apresentará, tempestivamente, impugnação administrativa, implicando suspensão da exigibilidade do crédito, conforme estabelece o Código Tributário Nacional, bem como utilizará todos os meios legais disponíveis em defesa de seus direitos.

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As autuações referem-se aos seguintes eventos, que teriam gerado supostos ganhos de capital, não reconhecidos pela MMX: a alienação de ações de emissão da Centennial Asset Participações Amapá e da Centennial Asset Participações Minas-Rio realizadas, em bolsa de valores, pelo fundo estrangeiro Centennial Asset Mining Fund, que, de acordo com a empresa em nada beneficiaram a MMX; e aumentos dos capitais sociais da MMX Minas-Rio Mineração e da LLX Minas-Rio Logística, subscritos e integralizados, com ágio, pela Anglo American Participações em Mineração. Segundo a companhia, estas últimas operações geraram "para a MMX apenas resultados não tributáveis de equivalência patrimonial".

A MMX, mineradora do bilionário Eike Batista, anunciou nesta segunda-feira que quer aumentar seu capital em R$ 1,4 bilhão. Junto com o comunicado de que pretende injetar mais recursos para tirar do papel a expansão do seu projeto de minério de Serra Azul, em Minas Gerais, a companhia informou discretamente ao mercado que adiará em dois trimestres o início da operação de seu porto em Itaguaí, no litoral do Rio.

O anúncio foi feito na esteira da aquisição, pelo próprio Eike, de 31.263.700 ações ordinárias da companhia na BM&FBovespa, o que elevou a participação dele na empresa para 46,41%. Em formulário de referência arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o executivo aparecia com uma fatia de 29,74%.

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Essa é a segunda vez que o empresário anuncia a intenção de fazer um aumento de capital bilionário em suas empresas depois do início de seu inferno astral, em junho, desencadeado pela divulgação de dados de produção de sua petroleira OGX abaixo do esperado pelo mercado.

A desconfiança dos investidores com os projetos de Eike vem se traduzindo em queda das ações do grupo. Mesmo com uma alta de 5,1% nesta segunda, os papéis da MMX ainda amargam uma perda de 44,5% no acumulado do ano. O resultado da companhia não ajuda a impulsionar as ações. Até o terceiro trimestre, a mineradora registra um prejuízo de R$ 442 milhões.

No comunicado, a MMX informa que os recursos captados na operação de aumento de capital irão reforçar o caixa da companhia para viabilizar o projeto de expansão da unidade Serra Azul. Além da operação, a mineradora pretende usar ainda um pacote de financiamento de longo prazo que está em negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A usina em construção terá capacidade de produção de até 29 milhões de toneladas anuais de minério de ferro. A intenção é escoar a produção de Serra Azul pela ferrovia da MRS Logística até o Superporto Sudeste, onde irá será vendido ao mercado internacional.

Em outubro, o Conselho de Administração da OSX, responsável pela construção de um estaleiro no Norte fluminense, aprovou um aumento de capital de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) por meio da emissão de novas ações ordinárias até março do ano que vem. Em comunicado, o controlador disse estar disposto a ir adiante. Segundo ele, a capitalização da companhia pode chegar a US$ 1 bilhão até 2014.

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