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A disparidade entre as intenções de votos dos institutos de pesquisas é vista de forma distinta por políticos pernambucanos. Em menos de dez dias o Datafolha, o Ibope e o Vox Populi divulgaram resultados de amostras sobre a corrida eleitoral deste ano. Em alguns casos, a diferença ficou de até seis pontos percentuais, mas apesar das desigualdades, representantes dos três primeiros pré-candidatos à Presidência da República: PT, PSDB e PSB se dividem entre avaliar os dados como naturais, vulneráveis e até loucos.
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Ex-líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) comemorou os percentuais de seu correligionário, senador Aécio Neves (PSBD). “Os resultados são bons, estamos muito animados. Aécio conseguiu consolidar sua candidatura e mais importante que as intenções de voto é a análise qualitativa, é o conhecimento”, avaliou.
Sobre a diferença de pontos entre os institutos, o parlamentar encarou de forma tranquila e avaliou a amostras apenas como uma “referência. “É natural. A pesquisa é uma referência, não é exatamente aquilo que vaia acontecer. Não incomoda a gente essas diferenças porque a análise qualitativa das pessoas que começam a conhecer as propostas de Aécio tende a crescer”, reforçou o tucano. Nas últimas pesquisas do Datafolha, do Ibope e do Vox Populi, o senador obteve 19%, 22% e 21% pontos percentuais respectivamente.
Diferente do tucano que permanece em segundo lugar entre os dados levantados, o pré-candidato Eduardo Campos (PSB) teve uma diferença maior entre as três empresas. No Datafolha o socialista ficou com 7%, já no Ibope ele atingiu 13% e no Vox Populi chegou a 8%. “Eu não me prendo ao número específico, eu me prendo a outros aspectos, como por exemplo, um inquestionável índice de queda da presidente Dilma, como uma inquestionável construção de segundo turno e um inquestionável espaço de crescimento de Eduardo Campos, independente de um número específico, de uma ou outra pesquisa que se consolidam”, analisou o líder do governo na Alepe, deputado Waldemar Borges (PSB).
Borges também comentou sobre a diferença de números entre os três institutos e insinuou possíveis falhas. “A informação que temos é que a pesquisa Datafolha foi feita nos grotões do País. Independe das nuances, as possibilidades de vulnerabilidade desses números são tão grandes que temos que nos apegar menos aos números porque pode ser afetado (o resultado) por tantos detalhes, que eles às vezes se tornam menos importantes que as tendências”, destacou, pontuando que quando é analisado a chapa composta por Campos e Marina Silva, os percentuais chegam a 18%.
Já para o deputado federal e correligionário da presidente Dilma Rousseff (PT), João Paulo (PT) a diferença de percentuais de uma pesquisa para outra tira a confiabilidade dos dados. “Eu prefiro agora não comentar mais porque vimos que tem essa disparidade toda. Eu prefiro me posicionar apenas com o instituto que estamos trabalhando porque essas diferenças tira um pouco a credibilidade”, ressaltou.
O parlamentar revelou que a pesquisa divulgada pelo Ibope anteriormente foi encomendada pelo PT e questionou os dados atuais. “A encomendada conosco deu um resultado e esta agora deu outro num curto espaço de tempo. Eu prefiro não comentar mais esses resultados loucos (risos)”, comentou.