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A India pode arruinar um acordo de livre-comércio firmado no ano passado em Bali, na Indonésia, apesar do lobby generalizado de outros países a favor do plano em uma reunião das 20 maiores economias do mundo, o G-20, em Sydney, neste sábado.

Segundo uma autoridade sênior envolvida nas negociações, não há garantia de que a Índia apoiará o chamado pacto de facilitação comercial, mesmo depois da uma ampla aceitação de outros países membros nesta semana. Não há "plena confiança" na Índia em relação ao assunto. O prazo para adoção ao acordo se esgota em 31 de julho.

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Membros da Organização Mundial de Comércio (OMC) estão tentando ratificar o pacto firmado em dezembro, que padronizará e racionalizará procedimentos alfandegários em todo o mundo. Líderes indianos anteriormente disseram que podiam não apoiar os planos, se não fosse concedido ao país mais liberdade para estocar alimentos.

Para entrarem em vigor, as novas regras devem ser aprovadas por todos os 160 países que compõem a OMC. A iniciativa precisa ser ratificada até o fim deste mês e, posteriormente, as nações teriam até meados de 2015 para implementar as normas.

Uma outra autoridade sênior que participou das reuniões e também pediu para não ser identificada citou uma "falta de ambição" da Índia para tratar de suas preocupações em meio a relatos de que sua delegação teria se ausentado dos principais encontros.

"A prioridade dos próximos nove dias é buscar uma solução satisfatória para as preocupações de alguns países com o ritmo das reformas", disse Andrew Robb, ministro de Comércio da Austrália. "Não é uma questão de renegociar. Todo mundo, incluindo a Índia, se comprometeu publicamente com o pacote", disse Robb.

O representante de Comércio dos Estados Unidos, Michael Froman, afirmou que o país está focado na implementação de todo o acordo. "Revitalizar o sistema multilateral é algo muito importante para se colocar em risco com qualquer retrocesso nos compromissos", acrescentou Froman. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil foi o país que adotou o maior número de medidas contra importados em 2013 no mundo, com um total de 39 aberturas de ações de antidumping. Os dados fazem parte de um informe preparado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e que alerta que o volume de novas barreiras no mundo no ano passado foi 30% superior ao número de 2012.

Os dados serão debatidos nesta segunda-feira (17), em Genebra, numa reunião convocada para tratar do protecionismo no mundo. A OMC não acredita que exista um "surto" de protecionismo na economia mundial. Mas vai apelar aos governos para que coloquem o combate às barreiras como uma prioridade.

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No total, 407 barreiras foram implementadas no mundo, 100 mais que em 2012. A OMC não entra numa avaliação se as medidas são ilegais ou não. Mas insiste em que governos precisam continuar alertas diante das pressões protecionistas. No total, um fluxo de comércio equivalente a US$ 240 bilhões foi afetado pelas barreiras.

No que se refere ao Brasil, a OMC aponta que 39 novas investigações de dumping foram abertas pelo País em 12 meses. O segundo lugar ficou para a Índia, com 35 casos. Os americanos vêm na terceira posição, com 34 casos. O quarto lugar é da Argentina, com 19 casos.

Nos últimos dois anos, o Brasil já vem sendo duramente questionado na OMC por sua política comercial. Na semana passada, a Europa deu claras indicações de que vai recorrer aos juízes internacionais para julgar a política de incentivos fiscais do Brasil, numa ação que pode contar até mesmo com o apoio de Washington. Bruxelas alertou que programas como o de redução de IPI foram anunciados como medidas provisórias, mas acabaram se transformando em políticas industriais permanentes no Brasil.

De fato, outra preocupação generalizada da OMC é de que as barreiras adotadas desde o início da crise, em 2008, não venham sendo retiradas com o mesmo ritmo das novas medidas protecionistas.

No mundo, as medidas adotadas por governos para facilitar o fluxo de bens despencaram em 2013, somando apenas 107 casos pelo mundo e 50 a menos que em 2012. No mesmo período, o número de países que atenderam ao pedido da OMC para detalhar as medidas comerciais adotadas no ano caiu de 39 em 2012 para 35 em 2013. Quatro de cada cinco membros da OMC nem sequer comunicou à entidade o que tem feito em termos de medidas comerciais.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no fim de 2013, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, já havia afirmado que um dos problemas desde o início da crise mundial em 2008 é que 80% das medidas para barrar o comércio e declaradas como iniciativas "temporárias" na realidade jamais foram desmontadas. O temor de especialistas é que, uma vez implementadas, as barreiras não serão mais eliminadas.

O que a OMC também constatou é que o número de acordos bilaterais e regionais de comércio continua em plena expansão. Apenas em 2013, houve 23 novos tratados, fazendo com que o total atingisse 250. Segundo a entidade, um número elevado continua sendo negociado, no que pode ser um obstáculo para a OMC continuar a ser o foco do comércio mundial e do estabelecimento de regras.

Comércio

No que se refere ao fluxo de bens em 2013, a OMC não esconde que a taxa de expansão ficou abaixo de 2,5%, sua previsão inicial para o ano. Segundo a entidade, se não fosse pelos países emergentes, o comércio global teria encolhido, um cenário que teria repetido a crise de 2009.

Para 2014, a OMC destaca uma aceleração nos fluxos de bens. Mas diz que a taxa deve ficar abaixo da média dos últimos 25 anos, quando o crescimento foi de 5,5%. Para este ano, o melhor cenário aponta uma expansão de 4,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão da União Europeia de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a estratégia comercial brasileira que protege a indústria nacional pode ser "explosiva" para o Brasil. A avaliação é do jornal britânico Financial Times, que cita os efeitos da ação contra o esforço de Brasília em tentar aprofundar os laços comerciais com Bruxelas e ainda cria uma situação embaraçosa para o novo diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo.

"A UE lançou um caso potencialmente explosivo contra o Brasil ao entregar papéis na OMC contra o gigante latino-americano pela primeira vez em quase uma década em um caso em que reclama que taxas que incidem sobre carros e outras importações são protecionistas", diz o jornal, ao lembrar que a UE é o maior parceiro comercial do Brasil e que o episódio surge em meio às análises de que o País está "progressivamente mais protecionista" nos últimos anos.

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O jornal cita especialmente o setor automobilístico ao lembrar da elevação das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados em 2011. "Essa imposição foi pensada inicialmente para os importadores de carros chineses, cujo mercado explodiu em 2011. Mas a mudança também atingiu produtores de outros países, inclusive sul-coreanos e montadoras de luxo da Europa", diz o jornal.

O FT lembra que empresas como as britânicas Jaguar e Land Rover anunciaram este mês a instalação de fábricas no Brasil, "juntando-se aos rivais Audi e Mercedes-Benz na tentativa de contornar o imposto e aproveitar a crescente demanda por carros no País", diz o texto.

O jornal ouviu especialistas que afirmam que a desaceleração da economia brasileira pode ter deixado empresas e países menos tolerantes às medidas adotadas por Brasília. No passado recente, essas reclamações não eram ouvidas porque exportadores estavam interessados no atraente mercado brasileiro, diz um dos entrevistados pela reportagem.

O Brasil teve papel decisivo para destravar a agenda do acordo de Bali, segundo a avaliação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges. "A postura brasileira no acordo de Bali é demonstração do que o País quer", completou. "O esforço do governo brasileiro foi viabilizar o acordo dentro dos parâmetros de possibilidade hoje."

Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) chegaram a um acordo para impulsionar o comércio mundial no sábado, 06, pela primeira vez em quase duas décadas. O acordo poderá acrescentar bilhões de dólares para a economia global ao facilitar o fluxo de bens em alfândegas, conhecido como "facilitação do comércio". O acordo foi firmado em Bali, depois de quatro dias de reunião, e ainda precisa de aprovação formal na OMC, que deverá acontecer em meados de 2015.

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Para Borges, o acordo de facilitação do comércio firmado pelos membros da OMC beneficiará principalmente as pequenas e médias empresas. "O acordo viabiliza a democratização do comércio exterior, possibilitando a entrada de pequenas e médias", disse.

Borges destacou a característica da base industrial brasileira, que é diversificada. "Não tem outro caminho a não ser integração comercial e de investimentos. Uma trajetória protecionista levaria o Brasil ao isolamento", afirmou. "A inserção (dos países nas cadeias produtivas mundiais) é crítica para a competitividade. Não tem outra trajetória possível a não ser uma forma bem sucedida de integração."

A Rodada Doha será revista e as metas estabelecidas em 2001 deverão passar por uma séria mudança. No sábado, 7, em Bali (Indonésia), a Organização Mundial do Comércio (OMC) fechou seu primeiro acordo, reduzindo a burocracia nas exportações e simplificando procedimentos aduaneiros, em consenso costurado pelo diretor-geral do órgão, o brasileiro Roberto Azevêdo. No entanto, a entidade adiou todas as decisões importantes.

Agora, diplomatas decidiram que voltarão para Genebra e começarão um debate direto: é politicamente realista manter os objetivos da Rodada Doha? O processo foi lançado em 2001 e, naquele momento, o principal objetivo era conseguir que os países reformulassem suas regras para a agricultura, reduzindo as distorções nos mercados.

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Negociadores que participaram daquela reunião relatam que o acordo apenas saiu porque governos queriam dar um sinal positivo para a economia mundial, ainda sob o choque do atentado de 11 de setembro.

Agora, os mesmos governos admitem que aquela ambição já não poderia ser atingida. "O que existe no papel é irrealista. Por isso nunca houve um acordo", admitiu ao jornal O Estado de S. Paulo um negociador americano. Um dos principais obstáculos é a resistência de governos europeus e dos Estados Unidos em abrir mão de ajuda ao setor privado, justamente num momento que mal conseguem dar uma resposta à crise econômica.

De outro lado, países emergentes passaram a ser cobrados por também contribuir com o sistema e americanos e europeus deixam claro que não farão qualquer tipo de concessão enquanto Brasil. Índia e China não abrirem seus mercados para os produtos industrializados do mundo rico, algo que não estava previsto explicitamente em 2001. O problema ainda é que os países emergentes insistem que precisam de espaço para implementar suas políticas industriais.

Avaliação

Azevêdo, diretor da OMC, conseguiu um compromisso dos governos de que, nos próximos 12 meses, um estudo será realizado com todos os 159 países da entidade para tentar identificar o que ainda pode ser feito com Doha. Ele e seus assistentes admitem que as metas estabelecidas há mais de uma década podem ter ficado fora de alcance dentro da nova realidade econômica mundial e reconhece que "não há prazo" para fechar Doha.

Ele também declarou a governos que "grandes barganhas" podem não ser realistas. Ou seja, a ideia de que os países emergentes conseguirão um corte nos subsídios agrícolas americanos ao oferecer acesso a seus mercados para bens industriais pode não se concretizar.

Pequenos passos

Uma das opções que serão colocadas sobre a mesa será a possibilidade de se fechar acordos menores e, gradualmente, chegar a um entendimento completo sobre o comércio. Outra alternativa seria incluir novos temas, como um acordo sobre investimentos. "Doha está desatualizada", escreveu Robert Lighthizer, representante de Comércio dos EUA na administração de Ronald Reagan, nos anos 1980.

O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, indicou em Bali que o País está disposto a repensar a estratégia para a OMC. Mas rejeitou a ideia de novos acordos limitados e alertou que o Brasil não aceitaria temas novos sem que as distorções na agricultura sejam solucionadas. "Esse também é um tema do século 21", disse. Para ele, Bali teria de ser "o último" acordo limitado da OMC. "Temos de recuperar a ambição", defendeu.

Entre os americanos, a percepção é de que não existe mais espaço realista para abrir mão de subsídios agrícolas. Ontem (8), o presidente Barack Obama elogiou Azevêdo e a OMC pelo acordo. Mas não fez a mínima referência a concessões em agricultura.

"As pequenas empresas americanas estarão entre os grandes ganhadores, já que são as que mais encontram dificuldades para navegar no atual sistema", disse Obama.

Na Europa, a avaliação é semelhante. "Fechamos um acordo e politicamente ele foi fundamental. Mas sabemos que deixamos tudo que era complicado sem uma solução", admitiu um diplomata europeu.

O Itamaraty comemorou a aprovação dos acordos negociados na Organização Mundial de Comércio (OMC), um resultado considerado pelo governo uma vitória da diplomacia brasileira. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, acompanhou de perto as negociações e desempenhou papel estratégico para chegar a um consenso com Cuba, Venezuela e Nicarágua, que apresentaram resistência durante as discussões.

Em nota, o Itamaraty afirmou que a Conferência Ministerial realizada em Bali "pôs fim a anos de paralisia da Rodada Doha", o que vai levar a OMC a preparar, nos próximos 12 meses, um programa de trabalho para "a retomada das negociações, com foco nos temas centrais da Rodada, de interesse primordial para o Brasil".

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Para o governo brasileiro, os acordos são amplamente positivos, embora se reconheça que o pacote final não foi tão ambicioso quanto o desejado.

O Itamaraty destaca, por exemplo, o acordo de facilitação de comércio, que "impulsiona reformas que já estão sendo implementadas no País e facilita o acesso de nossos produtos a mercados em todo o mundo, ao simplificar e desburocratizar procedimentos aduaneiros", informou, em nota.

"Bali é uma barreira importante, temos ambições grandes e vamos seguir enfrentando a batalha com o mesmo espírito conciliador", disse à reportagem um diplomata brasileiro do primeiro escalão.

O governo da Índia se recusa a aceitar o acordo que se negocia na conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Bali, Os indianos ameaçam todo o processo de negociação, e a OMC vive o momento mais crítico de seus quase 20 anos.

Na quarta-feira (4), a Índia deixou claro que não vai abrir mão de sua posição em relação ao setor agrícola e à segurança alimentar de seus produtores, e era apoiada por Argentina, Venezuela, Equador e Cuba. Já Brasil e China adotaram um posicionamento menos radical, tentando encontrar soluções e salvar a OMC. Mas o G-20, grupo de exportadores agrícolas que havia moldado a OMC nos últimos anos, sofreu uma séria fissura.

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Enquanto a crise se instaura, governos de diferentes países já começam a discutir nos bastidores o que será feito da OMC no caso de um fracasso. Para países ricos, chegou o momento de a entidade assumir que a Rodada Doha fracassou e que novos temas precisam entrar na agenda. Para os emergentes, não há como falar de novos temas enquanto as distorções na agricultura continuarem.

O tom da crise foi dado pela Índia. Em discurso desafiador, o ministro do Comércio, Anand Sharma, insistiu que os "desequilíbrios históricos" nas regras do comércio precisavam ser enfrentados e alertou: "A segurança alimentar não é negociável". "O acordo não pode ser aceito como está", declarou. "Podemos rejeitar o acordo."

Na mesa, o diretor da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, colocou um texto de um acordo agrícola em que os indianos poderiam manter suas políticas de estoques e garantias de subsídios aos pequenos produtores, sem que sejam questionados na OMC por um certo período, mecanismo conhecido como Cláusula da Paz. Mas Nova Délhi insiste que precisa de uma solução permanente, o que é rejeitado por europeus e americanos.

O posicionamento indiano foi considerado um sério alerta de que a reunião que termina amanhã corre sério risco de fracassar. Tanto europeus como americanos usaram a ocasião para mandar seus alertas: se a OMC fracassar, vão abandonar em parte a entidade e se concentrar em acordos bilaterais, mantendo seus subsídios agrícolas.

Washington e Bruxelas pressionam por um acordo que, no caso de Bali, envolveria um pacote de desburocratização de procedimentos aduaneiros e facilitaria as exportações de países ricos aos emergentes.

Coube ao Brasil o trabalho de tentar costurar uma saída negociada. Mas, em Nova Délhi, a posição do governo brasileiro foi vista como "traição", já que o País que seria líder dos mercados emergentes estaria cedendo aos interesses dos países ricos. Para o Brasil, o interesse vai além de um acordo em Bali. Diplomatas brasileiros confirmaram que têm instruções de trabalhar para socorrer a OMC e evitar um fracasso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As doenças do coração, conhecidas como cardiovasculares, estão entre as principais causas de morte no Brasil e podem afetar pessoas de todas as idades. Essas doenças são responsáveis por cerca de 400 mil mortes, anualmente, no país. Para combater esse quadro, ainda crescente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) faz um alerta em comemoração ao Dia Mundial do Coração, celebrado no dia 29 de setembro, sobre os perigos causados por essas doenças e os cuidados que podem ser tomados para prevenir.

Desenvolvida ainda na fase infantil, avançando ao longo dos anos e podendo levar à morte prematura na vida adulta, a doença responsável pela deposição de gordura no interior das artérias (aterosclerose coronariana) é a maior causa de óbito entre todas as doenças cardiovasculares, superando as mortes por violência e acidentes de trânsito. Segundo estimativa da SBC, o número de mortes, este ano, deve chegar a 344 mil. “As pessoas dão muita ênfase ao câncer e a Aids. Apesar de graves, essas doenças, em termos estatísticos, não superam as doenças do coração”, revela a diretora dos Sindicatos dos Médicos de Pernambuco, a cardiologista, Malu David. 

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Prevenção

A prevenção primária é uma importante aliada para evitar a evolução das doenças coronárias, ou seja, combater os fatores de risco. Cerca de 51% da população adulta está acima do peso. O sobrepeso e a obesidade são agravantes que vem crescendo entre os brasileiros e aumentando os riscos dessas doenças. Atualmente 54% dos homens e 48% das mulheres brasileiras estão obesas. Apenas 23% da população ingere a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são de cinco ou mais porções ao dia de frutas, verduras e legumes, enquanto 31,5% consomem carne gordurosa e 26% tomam refrigerantes regularmente. 

Para manter uma vida saudável, médicos cardiologistas indicam a atividade física regular e dieta balanceada para manter a boa saúde. O ideal é um treino de 150 minutos, por semana, que equivalem a 30 minutos por dia, durante cinco dias. “O combate ao tabagismo e a moderação na ingestão de bebidas alcoólicas também devem ser incentivados”, alerta a cardiologista Malu. “Alimentos com alto teor de gordura como sal e açúcar devem ser utilizados de forma moderada”, acrescenta.

Aferir a pressão arterial e controlar os níveis de glicose e colesterol no sangue são outros medidas importantes na prevenção das doenças cardiovasculares. “Evitar o cigarro, principalmente dentro de casa, para não dar exemplos errados aos filhos é um pilares para uma vida saudável”, comenta a cardiologista, Teresa Cristina Barbosa Lins.  

Sintomas

Nem sempre as doenças coronárias são identificadas em consultas de rotina. Muitas pessoas esperam os sintoma para consultar um médico ou, até mesmo, realizar exames. O que pode parecer uma simples dor de cabeça ou dor no corpo pode ser um princípio de infarto. A dor pode ser a expressão clínica de má irrigação coronariana, que pode ser parcial, conhecida como angina do peito, ou pode evoluir para o infarto agudo do miocárdio, quando essa obstrução é total. 

O infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, ocorre quando as arterias coronárias que suprem o coração sofrem um fenômeno obstrutivo, conhecido como troboembolismo (coágolo), que bloqueia a passagem do sangue. Esse fenômeno também pode acontecer de forma silênciosa, sobretudo em diabéticos, mas a maioria pode sentir no peito - que pode se radiar para os braços ou para as costas -, acompanhada de sudoresse, náuseas, tontura, falta de ar, com duração superior a 20 minutos. 

Já a hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. Ela pode ser identificada previamente através de uma forte dor de cabeça (cefaleia na nuca), insônia, taquicardia (palpitações). Mas, o grande risco dessa doença está na falta dos sintômas e com isso o paciente não procura assistência médica. 

Confira a lista de alimentos bons para o coração:

1 -  Azeite, Linhaça, Nuts e Abacate - são exemplos de boas gorduras. Ricas em ômegas 3, 6 e 9, elevam as taxas do bom colesterol - HDL e previnem a formação de coágulos e plaquetas nos vasos sanguíneos. Especialmente a Linhaça é rica em Fibras que ajudam na redução das taxas de colesterol no sangue. Em relação as Nuts, as melhores são as in natura, sem sal.

2 -  Frutas Vermelhas e Suco de uva - Possuem alto teor de flavonoides. O Suco de uva é rico em resveratrol. Essas substâncias são antioxidantes e inibem a formação de plaquetas de gordura no sangue, favorecendo o fluxo de oxigênio, dióxido de carbono e nutrientes essenciais, evitando a formação de coágulos e contribuindo para o equilíbrio da pressão arterial.

3 -  Chá Verde e Brócolis - São alimentos ricos em flavonoides, poderosos antioxidantes para o organismo e auxiliam no combate aos radicais livres.

4 -  Alho - Fonte de alicina, uma substância vasodilatadora que previne doenças cardiovasculares.

O governo dos Estados Unidos questiona os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam estratégias e mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais.

Na quinta-feira, 26, a Casa Branca foi à Organização Mundial do Comércio (OMC) cobrar transparência do Brasil sobre quanto o governo tem de fato usado em esquemas de distribuição de alimentos que foram expandidos nos últimos anos. O governo americano questiona até mesmo o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que estabelece fundos para a merenda.

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Não se trata, por enquanto, de uma disputa comercial nos tribunais da OMC. Tanto o governo dos EUA quanto o do Canadá levantaram o debate durante reuniões regulares do Comitê de Agricultura da OMC. Ottawa e Washington já haviam questionado outros aspectos dos incentivos fiscais que o Brasil dá a seus produtores.

A cobrança de Washington é direcionada ao programa expandido no Brasil em 2009, quando a merenda escolar passa a utilizar um volume maior da agricultura familiar. Por lei, governos municipais e estaduais são obrigados a usar no mínimo 30% dos recursos repassados pelo governo federal para alimentação escolar para comprar produtos da agricultura familiar.

Na época, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disse que a lei da merenda escolar abriu mercado a produtos com dificuldades de comercialização. Cerca de R$ 3 bilhões já foram usados para atender a 44 milhões de crianças na rede pública. A suspeita, porém, é de que essa seria uma forma indireta de apoio ao produtor agrícola.

Dados

Na quinta-feira, 26, o governo americano pediu que o Brasil forneça dados completos sobre quanto foi usado para comprar a produção local e o detalhamento dos setores beneficiados. Os EUA pediram explicações do Brasil sobre o fato de que o volume de dinheiro público no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tenha crescido de forma substancial em 2010 e solicitou que o País reapresente seus cálculos de quanto gasta à OMC.

O Itamaraty justificou que não havia por que reapresentar os dados e disse que o aumento era apenas resultado de uma contabilidade que passou a incluir os gastos do Ministério do Desenvolvimento Social. Comunicados do governo indicam que, em dez anos, o PAA recebeu R$ 5 bilhões em investimentos. A presidente Dilma já indicou que seu governo comprou 830 mil toneladas de alimentos, com investimentos de R$ 1,75 bilhão. Para 2013, a previsão de investimento é de R$ 1,4 bilhão.

O governo do Canadá também insistiu em obter detalhes de como funciona o Plano Brasil Maior e o fato de que produtores estariam sendo beneficiados por isenções fiscais. Ottawa pediu uma explicação do Brasil sobre o impacto financeiro dessa ajuda governamental.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que o "apoio maciço" do continente africano foi fundamental para a vitória do embaixador Roberto Azevêdo para a diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Espero que Roberto Azevêdo tenha força para colocar o mundo na mesa e negociar o comércio, sobretudo com essa crise agora. É melhor um acordo único na OMC", disse.

Lula afirmou, ainda, que o Brasil tem "a fome e a vontade de comer", em referência aos diretores-gerais da OMC, Roberto Azevêdo, e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura FAO, José Graziano da Silva. "Tudo que um país produtor precisa é de consumidor. Quanto mais pobre passar a consumir, mais chance eu tenho de vender", disse.

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Segundo o ex-presidente, a economia brasileira deu um salto de qualidade quando o governo "inseriu o pobre no Orçamento da União". "Pobre não é problema. Pobre é solução", concluiu. Lula reconheceu, ainda, que o PIB de 2012 foi pequeno, mas destacou a criação de postos de trabalho. "O ano passado foi um ano com um pibinho, mas mesmo assim gerou 1,2 milhão de empregos no País", disse.

O ex-presidente afirmou que "ajudar no financiamento dos países africanos tem que ser uma estratégia de desenvolvimento para o País". Ele participou de seminário que trata da relação entre os dois países, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

"Se quisermos fortalecer a relação com os países africanos, temos que fazer negócio envolvendo os governos. Sem participação do governo e do Estado, as coisas não funcionam. E a democracia está intimamente ligada ao desenvolvimento com participação de todos", disse. "Fazer parceria com países africanos é muito bom para a África, mas para o Brasil também".

Lula disse que espera que a presidente Dilma Rousseff tenha "boas e muitas novidades" para anunciar na próxima ida ao continente africano. Ele lembrou que de 2002 até agora, o número de embaixadas brasileiras na África dobrou. "O Brasil precisa caminhar para ter embaixadas em todos os países africanos", defendeu.

"Estou seguro de que podemos aumentar tanto nossa cooperação social quanto nossos investimentos na África", afirmou. Ele lembrou que o comércio brasileiro com a África representa 5,3% das relações comerciais brasileiras com o mundo. Disse, ainda, que o fluxo de comércio do Brasil para a África era de US$ 5 bilhões em 2002 e quintuplicou até 2012, quando chegou a cerca de US$ 26 bilhões.

O Brasil já é visto com respeito no cenário internacional. É o que acredita o recém-eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo.

Durante uma visita à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22), Azevêdo foi recebido nas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Para ele, ter sido eleito demonstra a confiança e o prestígio que o país tem mundialmente. “Quando emergentes mostram liderança e capacidade de participar de decisões com isenção, outros países passam a valorizá-lo por essas competências”, explicou.

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Ele salientou, inclusive, que atuará de forma imparcial, sem poder se concentrar nas questões relacionadas a determinados países, nem mesmo o Brasil. "Minha atuação será isenta e envolve, por exemplo, sugestões ligadas a temas, nunca a países específicos".

No entanto, ele considera que a eleição da OMC pode colaborar com os esforços para a reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assunto bastante ressaltado por Dilma Rousseff em eventos de relevância internacional. A proposta defendida pelo governo é a ampliação do Conselho, com o aumento de cinco para dez membros permanentes e de dez para 15 membros rotativos.

O brasileiro assumirá o comando da OMC em setembro e permanecerá no cargo por quatro anos.

O embaixador Roberto Azevêdo, eleito novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse nesta terça-feira que a guerra cambial é um tema que continua em discussão na entidade e que não existe uma posição definida. "Não houve tentativa de conseguir consenso." Azevêdo lembrou que a OMC tem um grupo de trabalho para discutir o assunto, que deve se reunir novamente no segundo semestre.

O embaixador Roberto Azevêdo, eleito novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou nesta sexta-feira que é preciso repensar conceitualmente a Rodada Doha. "Assumindo a direção geral, minha ideia é evitar tentar fazer ajustes apenas. Precisamos repensar conceitualmente a Rodada Doha, o que está sobre a mesa, e partir para uma orientação para tentamos encontrar os limites do possível e não do desejável", disse.

"Precisamos esquecer o que gostaríamos de ter na rodada, para ver o que é possível ter da rodada." Questionado sobre se já se encontrou com a presidente Dilma Rousseff após a eleição na OMC, Azevêdo disse que é possível que ocorra uma reunião nos próximos dias. "Estamos tentando agendar uma conversa, que pode acontecer ainda ao longo da semana que vem", disse.

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Medida restritiva

Azevedo afirmou que "não é obvio muitas vezes identificar medida restritiva ao comércio ou protecionista". Ele disse que houve aumento do protecionismo após 2008. "Há uma primeira indicação de que essa tendência está começando a cair, pois 20% das medidas já foram retiradas. O diretor-geral precisa se assegurar que a retirada de medidas restritivas ao comércio se acelere", afirmou.

Segundo Azevêdo, é dever do diretor-geral da OMC se preocupar com "o caminho que o mundo está tomando". "O diretor-geral não está lá para apontar o dedo, tem que se preocupar com as tendências mundiais", defendeu. Azevêdo disse ainda que o novo diretor-geral tem que chegar "com mão na massa" e disse que há um temor de que a discussão de novos temas signifique um abandono das negociações atuais. "É importante que se passe confiança aos membros de que a rodada continua viva, em vigor, para que se possa falar de temas novos", explicou.

O embaixador Roberto Azevêdo, eleito novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou nesta sexta-feira que o protecionismo cresceu a partir de 2008, com a crise iniciada nos Estados Unidos. Segundo ele, a existência da OMC ajudou a conter esse protecionismo, mas afirmou que já poderia haver uma curva declinante em relação às medidas protecionistas.

O embaixador afirmou que 20% das medidas consideradas protecionistas foram retiradas, mas 80% permanecem. "A esperança é continuarmos no sentido de defasagem dessas medidas e que iniciemos um movimento de liberalização comercial mais robusta. Mas isso vai demorar, vai ser lento, não será de forma abrupta", afirmou.

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Pela primeira vez no Brasil após ser eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Azevêdo, afirmou nesta sexta-feira que veio ao País para agradecer ao governo e ao setor privado pelo apoio. "Foi um esforço de País, felizmente, muito bem-sucedido. Então, uma das primeiras coisas é agradecer a todos", afirmou, no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

Azevêdo disse que, além de "tratar de coisas administrativas", visitará tomadores de decisão no Brasil. "A ideia é conversar sobre o futuro do sistema multilateral de comércio, a economia mundial, economia brasileira e como o Brasil se insere nesse contexto", afirmou. "No fundo, são conversas que eu vou ter também com outros países, a partir do momento que eu tome posse. Com o Brasil, estou fazendo um pouco antes", disse. Ele lembrou que começa no cargo de diretor-geral da OMC em 1.º de setembro.

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A Organização Mundial do Comércio (OMC) passa por um momento decisivo em sua história e o brasileiro Roberto Azevêdo terá a difícil missão de transformar a OMC em um mesa global de negociações internacionais importantes. Se não conseguir, sua gestão pode ser irrelevante. Esta é a opinião do especialista em comércio exterior, autor de diversos livros sobre o assunto e atualmente pesquisador do Peterson Institute for International Economics em Washington, Gary Clyde Hufbauer.

Missão

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Sobre a missão do brasileiro, o desafio de Azevêdo será determinar se a OMC vai voltar a ser o principal fórum para negociações comerciais ou se cederá seu lugar para acordos entre blocos regionais. "Se ele não fizer ações que tragam Estados Unidos, União Europeia Japão, Coreia e outros países industrializados de volta à mesa de negociações, sua gestão pode ser irrevelante", destaca Hufbauer em uma gravação colocada ontem no site do Peterson Institute.

Hufbauer diz não conhecer Azevêdo pessoalmente, mas tem amigos que o conhecem e que a impressão é que ele é um diplomata muito qualificado, inteligente e talentoso para negociações. "Azevêdo pode apresentar em uma negociação uma posição que é completamente contra a sua e ainda fazer isso de forma agradável, ainda que persuasiva", disse.

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) questionou na noite desta quarta-feira a retomada das negociações da rodada de Doha - cujo objetivo é reduzir as barreiras comerciais no comércio internacional - como "prioridade número 1" do recém-eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo. Para Serra, apostar em Doha é uma "postura de atraso".

"Eu tenho dúvida se seria vantagem para o Brasil avançar (nas negociações de Doha), porque nós exportamos commodities e alguma coisa industrial. O que os países desenvolvidos vão querer para que a gente tenha mais acesso a eles são concessões na área industrial e serviço. Não vejo que é um bom arranjo para o Brasil", afirmou. "A meu ver essa é uma postura de mais atraso, apostar em Doha, jogar todas as fichas nisso", prosseguiu. Serra, no entanto, elogiou Azevêdo, dizendo que "acha bom" um brasileiro ter sido eleito para o posto.

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Durante palestra proferida na Universidade de São Paulo sobre "O desenvolvimento econômico do Brasil e seus problemas", Serra criticou também a participação brasileira no Mercosul, alegando que as regras do tratado impedem o País de realizar acordos bilaterais de comércio. "Eu fui contra essa iniciativa quando ela foi proposta", ressaltou.

Segundo ele, o Brasil paga o preço de não participar de grandes acordos de livre comércio com outras nações do mundo devido ao acordo do Mercosul - que impede essas associações para membros em a aprovação dos outros países do grupo. "Países da região como Colômbia, Chile e México têm grandes acordos", ressaltou.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse que a eleição do embaixador Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) não muda nada para o Brasil em relação às críticas de protecionismo dirigidas ao País. "As críticas ao Brasil são improcedentes e o Brasil nunca foi condenado pela OMC. O Brasil é um dos países que mais segue as normas da organização", declarou Pimentel ao deixar o Itamaraty, depois de participar de almoço com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Egito, Mohamed Morsi.

Para o ministro, "protecionismo é um conceito que é utilizado pelos países desenvolvidos quando querem entrar nos mercados dos outros países". E emendou: "nós já conhecemos este jogo e isso não nos atemoriza". Segundo o ministro Pimentel, a chegada do brasileiro Roberto Azevêdo à direção do órgão não altera nada, já que ele não favorecerá o Brasil ou qualquer outro país porque tem de agir com imparcialidade. "Basicamente não muda na nada na OMC. O Roberto Azevedo será neutro porque será diretor geral da OMC, já que não poderá ter posição a favor ou contra nenhum país", declarou Pimentel.

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Em sua primeira entrevista após ser eleito, Azevêdo fez um alerta sobre a "ameaça do protecionismo" e advertiu que a OMC precisa se atualizar para continuar relevante. Ele disse ainda que o protecionismo é "generalizado" e que vai lutar contra ele.

A presidente Dilma Rousseff não quis fazer comentários sobre a eleição de Azevêdo. No entanto, nesta quarta-feira ao ser questionada por jornalista sobre a eleição do brasileiro para a OMC, enquanto aguardava Morsi, fez sinal positivo com a mão.

Batalha

O ministro da Defesa e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o processo de escolha de Azevêdo para a OMC foi "uma batalha". "É bom comemorarmos no Dia da Vitória mais uma vitória do Brasil. Não foi uma guerra, mas foi uma batalha diplomática. Fui duas vezes ministro da OMC, fui ministro esses anos. Sabemos que é muito difícil. Acho que os países quiseram dizer que é, sim, uma organização para o livre comércio, mas também é uma organização para o desenvolvimento e por uma visão mais justa do comércio internacional", declarou Amorim. O ministro participou no Rio de uma solenidade em comemoração pelo aniversário da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

Para o ministro, a vitória do Brasil é um indicativo dos países que votaram em Azevêdo em favor do multilateralismo comercial. "É um sinal de que o multilateralismo conta, quando se vê tanta gente dizendo que o Brasil devia estar fazendo acordos bilaterais. Tenho muito respeito pelo candidato que perdeu a eleição (o mexicano Hermínio Blanco, apoiado pelos Estados Unidos e pela Europa), mas ele simbolizava justamente esses acordos parciais e o Roberto Azevêdo simboliza em grande medida a dedicação do Brasil ao sistema multilateral", afirmou o ministro.

O governo da Argentina recebeu "com satisfação", a escolha do embaixador brasileiro Roberto Carvalho Azevêdo para conduzir a Organização Mundial de Comércio (OMC). "O primeiro latino-americano a ser escolhido para esta importante tarefa contribuirá para conseguir um comércio mais justo e de inclusão, que chegue com seus benefícios a todos os cantos do planeta, especialmente do mundo em desenvolvimento", disse uma nota do Ministério de Relações Exteriores, distribuída à imprensa.

Na nota, a Chancelaria ressaltou que o fato de o processo de seleção da OMC ter contado com a disputa entre dois latinos - o mexicano Herminio Blanco, além de Azevêdo, "é um símbolo do progresso de nossa região e de sua crescente participação no comércio global, além de refletir a vocação de nossos países para avançar, a partir do consenso, na construção do ordenamento econômico mundial".

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A gestão do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) será uma "gestão de desafios", na visão do embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). "O principal desafio será dinamizar a OMC e não retomar as rodadas de negociações", afirmou Castro Neves.

"Dinamizar" significa avançar diante de um quadro em que as rodadas com foco na redução de tarifas de importação terminavam sempre em impasses entre países desenvolvidos e emergentes, enquanto os tratados de comércio internacional assinados desde a década de 1990 têm tido caráter mais regulatório. "É um desafio respeitável", completou o presidente do Cebri, exaltando as qualidades profissionais de Azevêdo, seu conhecimento sobre comércio internacional e sobre o funcionamento da OMC.

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