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O ex-advogado-geral-adjunto da União José Weber Holanda, indiciado por corrupção passiva pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, é o avalista de um contrato de aluguel da casa em que vive o ministro Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Na prática, Weber poderia ser considerado responsável pelas dívidas de Adams, caso ele deixasse de fazer algum pagamento ao proprietário do imóvel. O ministro da AGU mora na quadra QI 9 do Lago Norte, em Brasília.

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A informação foi divulgada nesta quinta-feira (6) à tarde no blog do jornalista Gerson Camarotti, no site G1. A AGU confirmou o fato e disse que Adams pediu à imobiliária a substituição de Weber como avalista depois do escândalo.

A participação de Weber em um contrato de aluguel de Adams revela uma proximidade entre o advogado-geral da União e seu adjunto - que foi exonerado no dia 26 de novembro depois que a Polícia Federal o acusou de beneficiar empresas de aliados de Paulo Vieira, apontado como chefe do esquema desmantelado na Operação Porto Seguro.

Em nota enviada ao Estado, Adams informou que chegou a frequentar a casa de Weber, mas alegou que a relação entre os dois era "profissional". "Eu conheci o Weber trabalhando na AGU. Durante esses dez anos de convivência, cheguei a frequentar a casa dele em alguns momentos. No entanto, na maioria das vezes a minha relação com ele era técnica e profissional", afirmou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Delator do esquema de venda de pareceres em órgãos federais, o ex-auditor Cyonil Borges disse que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), teria posto sua influência a favor dos interesses da organização no Tribunal de Contas da União (TCU). Em denúncia enviada ao Ministério Público Federal (MPF), ele relatou que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira teria conseguido alterar a tramitação de processo em favor da empresa Tecondi após acionar Sarney. O senador nega.

De acordo com o inquérito da Operação Porto Seguro, Vieira fazia lobby no TCU para beneficiar a Tecondi em auditoria que discutia irregularidades em contrato de arrendamento de áreas do Porto de Santos. A Polícia Federal sustenta que o ex-diretor ofereceu propina de R$ 300 mil para que Cyonil elaborasse parecer favorável à empresa.

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Em 2007, o ex-auditor se manifestou contra a permanência da Tecondi no terminal paulista. O processo foi remetido ao gabinete do então relator, Marcos Vinícius Vilaça, hoje aposentado.

Entre 2008 e 2010, Vieira teria operado para que o TCU determinasse nova inspeção pela Secretaria de Controle Externo (Secex), em São Paulo. Com isso, haveria a chance de outro parecer, favorável à empresa, ser elaborado.

Na representação, de 15 de fevereiro de 2011, Cyonil relata conversas com Vieira, nas quais o ex-diretor teria citado o senador. "Paulo Vieira disse que pediria a José Sarney, que indicara, à época, o ministro Vilaça, para reencaminhar o processo à secretaria de São Paulo e, assim, autorizasse a inspeção." Rejeitado pelo Senado, Vieira só foi nomeado para a diretoria da ANA após manobra de Sarney.

Ao MPF, o delator contou que o lobby renderia frutos a Vieira, pois os donos da Tecondi o auxiliariam em campanha a deputado federal, como revelou o Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O diretor afastado de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, pediu exoneração do cargo, em carta encaminhada nesta quinta-feira (6), ao Palácio do Planalto. O decreto foi publicado nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União. Vieira é apontado pela Polícia Federal como um dos responsáveis pelo esquema de elaboração de pareceres falsos para favorecer empresas.

O Palácio do Planalto espera para esta sexta-feira a apresentação de uma carta com o pedido de demissão do irmão de Paulo, Rubens Vieira, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que também integra o esquema, segundo a PF.

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Paulo Vieira alega "motivos pessoais" no pedido de demissão do cargo. Ele foi indicado para a função por interferência política de Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da presidência da República em São Paulo.

O pedido de demissão não encerra ou paralisa a investigação que está sendo realizada pela comissão de sindicância das duas agências. Caso seja constatado que os irmãos cometeram irregularidades, o pedido de demissão será transformado em "perda de mandato".

 

O deputado federal, Mendonça Filho (DEM), ao conceder entrevista a uma rádio local, declarou que “nesse mundo petista todo mundo é traidor”, uma referência a defensa que muitos petistas usam quando falam sobre a Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

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Segundo o democrata, para a ex-chefe de gabinete da presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, que está envolvida no esquema de corrupção, muitos petistas falam de “apunhalada pelas costas” e blindam o presidente Lula contra qualquer envolvimento.

O deputado lembrou que na época do escândalo do mensalão "usaram o mesmo argumento de que Lula não sabia de nada e foi traído". Mendonça fez críticas afirmando que “essas traições não foram suficientes para os petistas expulsarem e punirem quem realizou os malfeitos.” 

Ele também reforçou que ‘esses traidores’ seguem dentro do PT e deu o exemplo do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. 

O democrata argumentou que quando houve escândalos envolvendo correligionários abriram um conselho de ética e expulsaram o ex-senador Demóstenes Torres e o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

 

O governador de Sergipe, Marcelo Déda, saiu nesta quinta-feira (6) em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alegando que ele não pode ser responsabilizado por erros de terceiros, que devem responder à Justiça por seus delitos. "Quem cometeu delito, quem fez tráfico de influência tem de responder à Justiça. O que não se pode fazer é, a cada situação como esta, ficar transformando em tentativa de politização. As coisas têm de ser investigadas e quem fez tráfico de influência que responda à Justiça", declarou Déda, acrescentando que "os fatos que estão sendo narrados são graves, mas foram descobertos pela Polícia Federal, o que revela que, na última década, a PF é republicana e não conhece fronteira partidária para investigar".

Segundo Déda, não há preocupação de o ex-presidente Lula ser envolvido nestas denúncias. "Até o momento, todas as informações divulgadas pelas autoridades são no sentido de que não há nenhum tipo de vinculação ao presidente Lula. Não há como transformar, automaticamente, erros individuais em erros coletivos apenas porque você tem essas pessoas em áreas de subordinação a um governo estadual ou federal", declarou.

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Lembrado que o Lula nomeou os dois diretores de agência, os irmãos Vieira que foram indiciados e presos por venda de pareceres depois de deflagrada a Operação Porto Seguro, Marcelo Déda declarou: "o fato de ele ter nomeado, como nomeou outros funcionários, e esses funcionários agirem de forma equivocada, revela simplesmente que eles não estavam à altura da confiança que o presidente depositou neles e que, portanto, devem ser afastados e entregues à Justiça para serem julgados".

Questionado se estes fatos não revelam o lado nefasto da nomeações políticas, Déda declarou: "mostra um lado nefasto da condição humana". E emendou: "infelizmente, as imperfeições existem no setor público e no setor privado, como cotidianamente as manchetes nos revelam".

Autor das denúncias de corrupção investigadas pela Operação Porto Seguro, Cyonil Borges afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que Paulo Vieira, apontado como chefe do esquema, usou o gabinete da Presidência da República em São Paulo, em 2008, para uma reunião em que os dois discutiram dificuldades do setor portuário - área que concentrou parte das fraudes reveladas pelo inquérito.

O encontro teria sido o primeiro contato formal entre eles. No ano anterior, Cyonil, que era auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), havia emitido um parecer técnico contrário à ocupação de uma área do Porto de Santos pela empresa Tecondi, que Vieira tentava beneficiar, de acordo com as investigações.

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Em 2009, um ano depois da reunião no gabinete da Presidência em São Paulo, Vieira teria oferecido R$ 300 mil a Cyonil para que ele produzisse um parecer técnico a favor da Tecondi.

Segundo um documento de 12 páginas apresentado por Cyonil à Procuradoria da República em São Paulo, a que o Estado teve acesso, o delator do esquema teria sido convidado por Vieira ao gabinete - que era utilizado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros em viagens à capital paulista.

As investigações da Operação Porto Seguro revelaram que Vieira, à época ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq), tinha uma relação próxima com a então chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, indiciada por tráfico de influência, corrupção passiva e falsidade ideológica. Segundo a PF, ela recebia favores de Vieira em troca de reuniões com autoridades e indicações para cargos públicos.

O Estado apurou que Paulo Vieira usou o escritório da Presidência em São Paulo em outras ocasiões e que Rosemary estava no gabinete nos horários em que ele frequentou o espaço. Cyonil afirmou na denúncia feita por escrito aos policiais e aos procuradores que ficou "impressionado com a ‘desenvoltura’ do Sr. Paulo Vieira". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Pessoas próximas ao diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira salientam que, em 2008, ele era ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e que "é natural" que se reunisse com um analista do Tribunal de Contas da União (TCU) no gabinete institucional da Presidência em São Paulo.

O advogado de Vieira, o criminalista Pierpaolo Bottini, preferiu não se manifestar sobre o caso. Quando a Operação Porto Seguro foi deflagrada, Pierpaolo foi taxativo. "Paulo Vieira não é chefe de quadrilha, nunca foi chefe de quadrilha e isso ficará provado", afirmou, à época.

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Cyonil Borges não quis se manifestar sobre a denúncia que fez à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal em 2008. Ele também não desmentiu as informações que relatou no documento. O advogado Rodrigo Felberg, que representa o delator do esquema, não comentou o caso até o fechamento desta edição.

O criminalista Celso Vilardi, que defende Rosemary Noronha, não se pronunciou porque o relato de Cyonil não cita sua cliente como tendo participado do encontro com Paulo. Vilardi está estudando os primeiros passos da defesa da ex-chefe de gabinete da Presidência da República.

O Estado pediu informações ao Palácio do Planalto sobre as reuniões realizadas no gabinete da Presidência em São Paulo e sobre a presença de Paulo Vieira no escritório, mas não houve resposta até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A Justiça decretou a prisão preventiva do agente da Polícia Federal Marcus Vinícius Gonçalves Alves, sob suspeita de tentar vazar a Operação Porto Seguro - investigação sobre tráfico de influência e corrupção envolvendo Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.

Alvo de outra operação da PF, a Durkheim - investigação contra 33 doleiros e arapongas que espionavam políticos e empresários -, Vinícius caiu no grampo um dia antes do estouro da Porto Seguro, dia 23 de novembro, uma sexta-feira.

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Segundo a PF, o agente insiste em marcar encontro com seu interlocutor, identificado como doleiro que teria contato com algum alvo da Porto Seguro. "Eu preciso falar com você porque amanhã vai acontecer uma coisa", disse Vinícius, na ligação do dia 22, quinta-feira. "Mas hoje eu não posso, tenho compromisso, um churrasco no clube", respondeu o doleiro.

A PF afirma que não antecipou a Porto Seguro por causa da arapongagem em seus próprios domínios. Mas usou a interceptação que flagrou Vinícius como argumento para requerer judicialmente o decreto de sua prisão preventiva no âmbito da Durkheim - deflagrada três dias depois da missão que desmantelou o esquema de malfeitos no escritório da Presidência.

O agente, um veterano na carreira, fora preso em caráter temporário por cinco dias pela Durkheim. Relatório de inteligência da PF atribui a Vinícius papel central no núcleo financeiro da organização que bisbilhotou e quebrou o sigilo do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) e do ex-ministro Carlos Gabas (Previdência Social). A PF liga Vinícius a Itamar Damião, apontado como grampeiro maior da Durkheim.

O advogado Maurício Hortêncio, que defende Vinícius, não se manifestou. "Não posso me pronunciar em razão do sigilo determinado no inquérito." O advogado Ladisael Bernardo, que defende Itamar, disse que seu cliente "é primário, não representa nenhum perigo à sociedade". "A Porto Seguro não tem nada a ver com essa (Durkheim), não tem conexão. Pegaram pesado com o Itamar enquanto a principal personagem da Porto Seguro não foi sequer presa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Os aliados do governo se mobilizaram nesta quarta-feira (5) e derrubaram cinco requerimentos da oposição apresentados na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, propondo que fossem ouvidos servidores e ex-servidores públicos envolvidos nas investigações da Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Ação foi realizada com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados.

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Os requerimentos solicitavam a presença de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo; José Weber Holanda, ex-advogado-adjunto da Advocacia Geral da União; Rubens Vieira, diretor afastado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Paulo Vieira, diretor afastado da Agência Nacional das Águas (ANA); e Cyonil de Faria Júnior, ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU).

"A base do governo está protegendo quem está sendo investigado pela Polícia Federal", protestou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Apenas um dos cinco requerimentos foi rejeitado em votação nominal com um placar de 12 votos contrários ao pedido e 3 favoráveis. Os outros quatro, seguindo as regras internas da Casa, foram votados simbolicamente, sem a chamada nominal dois votos.

O ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Rubens Rodrigues Vieira aceitou o convite para depor na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI). Ele foi afastado do cargo, juntamente com o irmão, Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), depois da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que identificou esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos públicos a grupos interessados. De acordo com as investigações da PF, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha teria acertado a nomeação dos irmãos Vieira com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Autor do convite a Rubens Vieira, o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR) disse que ele respondeu ao ofício da comissão dizendo que não poderia comparecer nesta quarta-feira (5), mas que estará disponível em uma nova data. O convite para depor foi aprovado na CI na última quinta-feira (29), por causa de um cochilo dos governistas que chegaram atrasados à sessão. Como Rubens Vieira estava preso na ocasião, o líder do PT, senador Walter Pinheiro (BA), ironizou o convite, dizendo que o ex-diretor da Anac não compareceria.

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Dias disse que espera ouvir de Vieira, provavelmente na próxima quarta-feira (12), dados sobre o esquema e o envolvimento de outros servidores. "Vamos ouvi-lo sobre sua participação no escândalo", afirmou, lembrando que o próprio governo tratará de "blindar" as declarações do depoente. "Como, aliás, faz em todos os casos que respingam no próprio governo", ressaltou.

Por falta de quorum, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE), adiou para a próxima quarta-feira (12) a votação de outros requerimentos do líder tucano. Desta vez, chamando para depor o ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência (SEP), Leônidas Cristino, sobre a participação no esquema de vendas de pareceres do secretário-executivo Mário Lima Júnior, acusado de negociar com a quadrilha pareceres técnicos de um projeto de interesse do grupo.

A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira (4), em audiência no Palácio do Planalto, o presidente da Comissão de Ética Pública, Américo Lacombe. O encontro, o primeiro entre os dois, ocorreu um dia depois de a Comissão de Ética se reunir e decidir pedir explicações e informações sobre as denúncias de tráfico de influência e venda de pareceres à ex-chefe do escritório da Presidência da República, em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e mais três indiciados na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

O encontro entre os dois não estava previsto na agenda inicialmente divulgada pelo Planalto. Na segunda-feira, em entrevista, Lacombe disse que nunca havia se reunido com a presidente Dilma. Ele assumiu a presidência do conselho depois que o ex-presidente Sepúlveda Pertence deixou o cargo, em 24 de setembro, insatisfeito a decisão da presidente Dilma em não manter no cargo os conselheiros Fábio Coutinho e Marília Muricy por causa dos votos deles em relação a denúncias contra ministros.

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que não há interferência política nas ações da Polícia Federal, instituição funcionalmente subordinada a ele. "As operações da PF não são fruto de instrumentalização nem de descontrole. Posso afirmar que a Polícia Federal não é mais uma polícia de governo, mas uma polícia de Estado", disse o ministro durante audiência pública conjunta de duas comissões temáticas da Câmara dos Deputados.

O ministro foi convidado para esclarecer a Operação Porto Seguro, que desbaratou um esquema de venda de pareceres de órgãos públicos federais que envolveu a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha.

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Na sua fala inicial, Cardozo disse que, por hábito, o titular da Justiça só toma conhecimento de uma operação no momento em que ela ocorre. Em relação à Operação Porto Seguro, o ministro disse que soube, de maneira genérica no dia anterior, de que haveria uma operação envolvendo um órgão do governo.

"Ainda na quinta-feira (um dia antes da operação), informei a presidente Dilma Rousseff que haveria uma operação da PF no dia seguinte envolvendo órgão do governo, mas sem detalhes, porque eu não os tinha naquele momento", disse. Ele esclareceu que somente no dia da operação, pela manhã, é que se reuniu com o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, para tomar conhecimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão que haviam sido cumpridos naquele dia.

Na sua exposição, Cardozo lembrou ainda o fato de que, quando houve a deflagração da Operação Monte Carlo, que prendeu o contraventor Carlinhos Cachoeira no final de fevereiro, "se dizia que o ministro da Justiça estava instrumentalizando a Polícia Federal". Isso porque os investigados não tinham relação com o atual governo, como pessoas ligadas ao governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo.

Contudo, o ministro ponderou que, quando uma investigação da PF envolve pessoas ligadas à base de sustentação do governo, "o que se afirma é que o ministro da Justiça perdeu o controle sobre a Polícia Federal". "A Polícia é de Estado e não se submete a qualquer situação de ordem política", afirmou.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que a Polícia Federal não violou normas operacionais, cumpriu a lei e "agiu de forma republicana" na Operação Porto Seguro, que investigou um esquema de compra de pareceres fraudulentos em órgãos estratégicos do governo em favor de interesses privados. "Polícia Federal, que se firma como instituição republicana e que cumpre a lei", destacou. "Para orgulho do Ministério da Justiça e do País, a Polícia Federal não é mais uma polícia de governo, como no passado, mas uma polícia de Estado", enfatizou.

Em depoimento na Comissão de Segurança Pública na Câmara, Cardozo negou que o Ministério tenha perdido o controle hierárquico da PF, que tenha sido ameaçado de demissão pela presidente Dilma Rousseff e que a operação tenha sido movida por disputas políticas internas ou indisciplina da Superintendência do órgão em São Paulo contra a sede em Brasília. "As operações da PF não são fruto de descontrole, mas de uma ação qualificada de uma polícia que cumpriu a lei e a boa técnica de investigação". Segundo o ministro, equivocam-se os que acham que as operações da PF são feitas para atingir a oposição ou forças políticas.

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"Elas (as operações) são fruto de uma polícia que não é de governo, mas de Estado", insistiu. "A PF não é mais usada para atacar inimigos ou acariciar amigos. Graças a Deus a PF não se submete mais a ingerência políticas", garantiu. Cardozo assegurou também que exerce com firmeza o controle administrativo da PF, como superior hierárquico do órgão. Mas ressalvou que "esse poder tem limites legais, determinados pela ordem jurídica republicana. O ministro não pode avançar sobre a competência de um delegado de polícia, que é o legítimo presidente do inquérito", enfatizou.

O Ministério da Justiça, conforme ele destacou, pode e deve fiscalizar a atuação da PF, coibir abusos de poder e violações da lei. "Mas em casos de inquérito sob sigilo, ele não pode interferir na autonomia dos delegados, nem avançar sobre as garantias legais do inquérito." Só autoridades diretamente envolvidas na investigação e as partes, conforme explicou, podem ter acesso aos autos. "Se o ministro da Justiça ou qualquer outra autoridade não envolvida na investigação tiver acesso incorrerá em ato ilícito", lembrou.

Segundo o ministro, a lei que garante a lisura da investigação também serve para blindar institucionalmente as demais autoridades. "Se o ministro souber detalhes da operação, além do mínimo necessário, em caso de vazamento ele seria o primeiro suspeito. É uma situação que gera instabilidade institucional no País", observou Cardozo.

O ministro da Justiça assegurou que só depois que a operação foi desencadeada, em 23 de novembro, ele foi notificado em detalhes sobre os mandados de prisão e de busca e apreensão nos endereços dos alvos, entre os quais dirigentes de agências reguladoras e o escritório de representação da Presidência da República em São Paulo. No dia anterior, à noite, ele disse que recebeu apenas uma "notificação genérica", para que cancelasse os compromissos do dia seguinte e alertasse à presidente Dilma Rousseff para que ficasse de sobreaviso.

O ministro prestou depoimento na companhia do diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra e do delegado Roberto Troncon, superintendente do órgão em São Paulo, que centralizou as investigações.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta segunda-feira (3) que as regras operacionais da Polícia Federal (PF) "foram rigorosamente respeitadas" na operação Porto Seguro. "A PF tem autonomia funcional e nem eu nem a presidenta estamos acima da lei", disse ele. "Qualquer informação que nos passassem fora do padrão seria vazamento", explicou. Cardozo negou que esteja demissionário, como se especulou, e que tenha ocorrido atropelo ou estresse com a presidente Dilma Rousseff por causa da investigação. "O que há é muita boataria, desinformação e falta de discernimento", garantiu.

Deflagrada em 22 de novembro, a Operação desmantelou uma rede de tráfico de influência e compra de pareceres em órgãos estratégicos no governo, com envolvimento da chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha. Cardozo disse que vai revelar todos os passos da operação no depoimento que prestará na terça-feira (4), a partir das 10 horas, à Comissão de Segurança da Câmara. Para garantir que a equipe está afinada, ele levará junto o diretor-geral da PF, Leandro Coimbra, e o delegado Roberto Troncon, superintendente do órgão em São Paulo, onde as investigações foram centralizadas.

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Cardozo garantiu que não houve aviso prévio da operação ao Gabinete da Segurança Institucional (GSI), nem à Advocacia Geral da União (CGU), como foi noticiado. "Ninguém tinha ciência prévia. Eu que avisei, no momento oportuno, depois que a operação foi deflagrada, por orientação da PF e dentro do que determinava a ordem judicial", enfatizou. "Em operações policiais, só as partes e as autoridades que atuam diretamente no inquérito tomam conhecimento do fato no primeiro momento", explicou.

Ele disse que toda a sua agenda teve de ser alterada à última hora exatamente porque não tinha conhecimento prévio de nada. Após a posse do ministro Joaquim Barbosa na Presidência do STF, no dia 21, ele embarcaria em jatinho da Força Aérea para um jantar em Fortaleza, no palácio do governo, com os ministros de Justiça dos países do Mercosul. No dia seguinte, na condição de anfitrião, ele assinaria vários atos em nome do governo brasileiro.

Mas o diretor-geral da PF lhe avisou que cancelasse os compromissos porque às 6 horas da manhã do dia seguinte haveria uma operação do chamado Grupo A (ultrassensível), exigindo sua presença em Brasília. "O informe foi genérico, mas incluía deixar a presidente Dilma Rousseff de prontidão. Eu avisei à presidente que ela ficasse de sobreaviso e expliquei que por causa da operação não poderia ficar em Fortaleza para assinar os atos do dia 22 e delegaria a tarefa a um representante do Ministério".

Cardozo relatou que viajou às 20 horas do dia 21 e chegou atrasado ao Palácio da Abolição, onde os convidados o aguardavam. "Na qualidade de anfitrião, pedi desculpas pela ausência no dia seguinte e nomeei o secretário de reforma do Judiciário, Flávio Caetano, para me representar na assinatura dos acordos". Às 2 horas da madrugada retornou a Brasília, onde chegou por volta das 5h30. Coimbra já o esperava. "Só nesse momento ele me passou os detalhes da operação e então fiquei sabendo que um dos alvos era o gabinete da chefe da representação da Presidência em São Paulo", contou.

O mandado judicial, segundo ele, determinava que nesse momento - da invasão do gabinete - o GSI fosse acionado para acompanhar a operação. "Pedi que o Coimbra acionasse então o general Elito Siqueira (chefe do GSI). Eu telefonei para o Giles Azevedo (chefe de gabinete de Dilma) e pedi que avisasse à presidente da operação assim que ela acordasse e que me telefonasse o mais rápido possível para despachar".

A reunião com a presidente, segundo recorda o ministro, ocorreu por volta das 9h30. "Não lembro direito porque estava zonzo após mais de 24 horas sem dormir". O general Elito designou um coronel do GSI para acompanhar o cumprimento do mandado de busca no gabinete de Rosemary.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidirá nos próximos dias se vai pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar suspeitas de envolvimento de autoridades com irregularidades investigadas na Operação Porto Seguro. Na semana passada, o STF encaminhou a Gurgel para avaliação um documento relacionado ao caso.

"Sem dúvida, vamos examinar e adotar as providências que sejam necessárias", afirmou nesta segunda-feira (3) o procurador. Para ele, o fato de a operação ter investigado o ex-advogado-geral adjunto da União José Weber Holanda Alves e a ex-assessora de Presidência Rosemary Noronha mostra que "ninguém, em nenhum lugar, está a salvo do sistema de Justiça".

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Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), confirmou que recebeu documentos da Justiça Federal em São Paulo sobre a operação policial e disse que há informações sobre o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), já condenado no julgamento do processo do mensalão.

"Fiz uma leitura rápida, por cima, não fiz uma leitura aprofundada dos documentos. Mas o que aparece nos documentos são aquelas conversas que vocês já sabem, envolvendo o deputado", disse na ocasião Maia a jornalistas. Deputados somente podem ser investigados perante o STF. Isso ocorre porque no Brasil as autoridades têm direito ao chamado foro privilegiado.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira (3) pedir informações ao ex-advogado-geral adjunto da União José Weber Holanda e aos irmãos Paulo e Rubens Vieira (ex-diretores da ANA e Anac) e à ex-chefe de gabinete do escritório da presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha sobre as denúncias da Operação Porto Seguro, que desmantelou um esquema de compra de pareceres fraudulentos no governo. A Comissão vai também encaminhar ofício à 5ª Vara da Justiça Federal pedindo cópia do inquérito.

O presidente da Comissão, Américo Lacombe, informou que os quatro envolvidos nas denúncias têm 10 dias a partir do momento que receberem o pedido formal para encaminhar à comissão as informações solicitadas. A Comissão pretende fazer uma reunião extraordinária entre os dias 16 e 17 de dezembro para avaliar as informações recebidas e deliberar sobre o que fazer em relação a elas.

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Segundo Lacombe, não há motivo, "pelo menos por enquanto", para que seja convocado o ministro chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. "Não vimos compromisso dele. Se o Weber não se comportou bem, a culpa é dele (Weber)", disse. "O advogado-geral da União apenas o indicou. Ele tem a presunção da inocência", completou, justificando que, num segundo momento, pode ser que o ministro Adams tenha que dar explicações. Lacombe evitou também admitir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa ser chamado pela comissão. "Vamos ver depois. Degrau por degrau", disse.

O presidente da Comissão admitiu que, mesmo os que já foram afastados do serviço público, poderão sofrer censura ética. "Os que sofrem censura ética perdem a condição de reputação ilibada", disse. Essa situação pode prejudicá-los no caso de alguma outra contratação no serviço público, além de dificultar a defesa deles.

Lacombe comentou ainda a decisão da presidente Dilma Rousseff de editar nos próximos dias o decreto que estabelece a "ficha limpa" na administração pública. Ele elogiou a iniciativa e disse que "nunca é tarde". Segundo o presidente da Comissão de Ética, todos os poderes deveriam incluir essa exigência da ficha limpa. "Não é só para cargo eletivo que isso deve valer. Isso é uma condição para o servidor público".

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que a revelação da troca de e-mails entre a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e integrantes do grupo investigado na operação Porto Seguro, da Polícia Federal, não complica a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não tem nenhuma complicação para o presidente Lula", afirmou Gilberto Carvalho, ao chegar ao Ministério da Previdência para uma reunião de trabalho com o secretário-executivo da pasta, Carlos Gabas.

A operação atingiu também os irmãos Paulo Vieira, que foi afastado da diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA); e Rubens Vieira, também afastado da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Relatório de inteligência da Polícia Federal mostra mensagens da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo contando aos ex-diretores Paulo e Rubens que iria consultar o "PR", modo como ela se referia ao ex-presidente, sobre indicações para agências.

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O ministro Gilberto Carvalho negou que tenha informado Lula da operação da PF, que envolveu Rosemary, que é amiga de Lula e foi indiciada na ação policial. A Operação Porto Seguro foi deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (23) com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados.

A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha divulgou nota à imprensa nesta quinta-feira (29) em que nega as acusações feitas contra ela pela Polícia Federal. "Enquanto trabalhei para o PT ou para a Presidência da República, nunca fiz nada ilegal, imoral ou irregular que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu ou o ex-presidente Lula em função do cargo que desempenhavam", diz.

Na última sexta-feira, Rosemary e o advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda Alves, braço direito do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foram indiciados pela Polícia Federal após a Operação Porto Seguro. Segundo interceptações telefônicas, Rose operava valendo-se de sua influência no governo federal.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira (29) que recebeu quarta-feira da Justiça Federal de São Paulo documentos sigilosos que envolvem o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) na Operação Porto Seguro, ação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira passada que desbaratou um esquema de venda de pareceres em órgãos públicos federais.

O presidente da Câmara, contudo, disse que só vai poder falar com "mais segurança" sobre o assunto depois que a área técnica da Casa analisar o material recebido. Na entrevista que deu assim que chegou à cerimônia de posse do ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, Marco Maia declarou que fez uma rápida leitura da documentação.

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Segundo ele, constam conversas telefônicas que citariam o parlamentar, já publicadas pela imprensa, e que não teria nenhuma novidade. O presidente da Câmara acrescentou que a equipe técnica vai analisar o conteúdo das 30 ou 40 páginas do inquérito sigiloso. Ele não esclareceu se o deputado aparece conversando com integrantes do esquema ou é citado nas conversas grampeadas.

A documentação sobre Costa Neto, que foi condenado no julgamento do mensalão, foi remetida para o Supremo Tribunal Federal, foro competente para investigar criminalmente deputados federais. Também foi encaminhado ao STF documentos envolvendo outro deputado federal na operação, Sandro Mabel (PMDB-GO). Marco Maia, contudo, disse ter recebido apenas documentos do deputado do PR. Em tese, a Câmara dos Deputados pode abrir um processo de cassação caso encontre indícios de quebra de decoro cometido pelo parlamentar.

O presidente da Câmara repetiu que é a Casa - e não o Supremo - quem dá a última palavra sobre a perda de mandato de parlamentares condenados. No processo do mensalão, além de Costa Neto, os deputados federais Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP) estão nessa situação. Os ministros do Supremo vão decidir na semana que vem se os condenados no mensalão devem perder o mandato imediatamente.

"Em julgamentos criminais ou em condenações de parlamentares, a decisão final é da Câmara dos Deputados ou do Senado, de acordo com o caso. Mas nós vamos debater isso, se, de fato, tiver uma posição contrária por parte do STF a essa decisão, a este preceito constitucional", afirmou.

 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (29) que deve ser concluída na próxima semana a sindicância para apurar o envolvimento de servidores da Pasta no esquema de venda de pareceres técnicos. A Operação Porto Seguro, da Polícia Federal (PF), aponta a participação no escândalo do ex-assessor da consultoria legislativa Esmeraldo Malheiros Santos, acusado de entregar pareceres para favorecer faculdades ameaçadas de descredenciamento, e do servidor Márcio Alexandre Barbosa Lima, acusado de ceder sua senha funcional a Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), apontado como chefe da quadrilha.

Mercadante disse que, confirmada a participação, os funcionários serão punidos "de forma exemplar". Ambos foram afastados do MEC. O ministro da Educação falou ao final da audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) sobre o projeto de lei que institui o Plano Nacional de Educação (PNE).

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No cargo desde janeiro deste ano, Mercadante disse que não nomeou nenhum dos dois envolvidos para as funções que eles exerciam. "São dois funcionários de carreira, concursados. Um está lá há 30 anos. Um deles entregou a senha, portanto, quebrou o sigilo funcional, apesar de se tratar de uma senha apenas de consulta", informou. Mercadante disse que Márcio Alexandre Lima estava fazendo doutorado na Califórnia e praticamente não trabalhou este ano. "O outro tinha uma intimidade com algumas pessoas envolvidas nesse esquema, procurava demonstrar que faria serviços, às vezes dizendo exercer funções que nunca exerceu", acrescentou.

Mercadante disse que será feita outra auditora para checar se houve favorecimento a faculdades privadas, como a Faculdade de Ciências Humanas (Facic), em Cruzeiro, São Paulo, pertencente a Paulo Vieira. Ele elogiou a atuação da PF por ter identificado os servidores do MEC "que não honraram a educação, nem o serviço público". "Reconhecemos que a PF fez um excelente trabalho naquilo que diz respeito ao MEC", disse Mercadante, em seguida, em outro evento em Brasília.

O ministro rebateu o boato de que teria pedido para sair da Pasta. "Já me colocaram em vários outros ministérios. Eu não vejo nenhum outro ministério que tenha um papel tão extraordinário como a Educação. Eu considero o ministério mais importante. A minha vida inteira foi dedicada à educação, eu só fui parlamentar e professor a vida inteira. O que sou: professor e economista. E espero poder concluir o trabalho que eu iniciei".

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