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Após recomendação do Ministério Público de Rondônia, a Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) anulou os itens 15 e 16 do edital nº 1-PCRO/2022, do concurso da Polícia Civil do Estado de Rondônia, em trechos que exigiam que candidatas aprovadas apresentassem exame de colpocitologia oncótica, o chamado preventivo de colo de útero, popularmente conhecido como papanicolau. Para o MP, o requisito constituía prática discriminatória e invasiva.

A recomendação conjunta foi emitida pela Promotoria de Justiça de Segurança Pública, Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) e Grupo de Atuação Especial Cível (GAECIV), tendo como destinatárias a Sesdec e a Delegacia-Geral de Polícia Civil.

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No documento, o MP afirmou que a exigência do exame configurava medida desproporcional e desnecessária para avaliar a aptidão das candidatas ao cargo, além de ser ilegal e ferir o princípio constitucional da isonomia e violar a vedação das práticas discriminatórias, uma vez que, para candidatos do sexo masculino, exige-se apenas o exame PSA, obtido por simples análise sanguínea.

O Ministério Público também sublinhou que, embora o exame de colpocitologia oncótica vise detectar a presença do HPV (vírus do papiloma humano), principal causa do câncer no colo do útero, o Poder Público deve efetivar a prevenção por meio de políticas públicas específicas, e não como condição para admissão nos quadros de pessoal da Administração Pública. Pontuou que mesmo detectada alguma moléstia nesses exames, como HPV ou mesmo câncer no colo do útero, tal fato não implicaria, necessariamente, inaptidão de mulheres para o exercício dos cargos da carreira policial, pois não se revela incompatível com suas atribuições.

Ainda no instrumento, o Ministério Público ressaltou que a eliminação de candidato por ter doença ou limitação física que não o impede de exercer as atividades inerentes ao cargo de policial violaria o princípio da isonomia, da razoabilidade e da dignidade da pessoa humana, inexistindo plausibilidade em eventual pretensão de impedir sua investidura na função para o qual logrou aprovação em concurso público baseada em mera possibilidade de evolução de doença.

Entre outras questões, argumentou que o requisito invasivo instituído para estabelecer uma eliminação com base em predisposição futura à doença divergia dos princípios basilares do Estado Democrático de Direito.

O documento foi assinado pelos Promotores de Justiça Alba da Silva Lima (Segurança Pública); Tiago Cadore (GAESP) e Julian Imthon Farago (GAECIV).

Da assessoria do MP-RO

Candidatas aprovadas no concurso da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), de acordo com o edital, devem apresentar para fins admissionais exame ginecológico de citologia oncótica, mais conhecido como papanicolau, para exercer cargos públicos na instituição de ensino superior em 2022. Nas informações da seletiva não há justificativa para o pedido.

Diante da exigência, uma ação civil pública foi produzida pela Defensoria Pública da União (DPU). No processo foi exposto que o requisito para as mulheres aprovadas no certame é incoerente e desnecessária para avaliar as aptidões das participantes.

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Em entrevista ao G1, o responsável pela ação, o defensor regional de Direitos Humanos no Espírito Santo, Eduardo José Teixeira de Oliveira, afirmou que a exigência "viola a dignidade humana, a intimidade, a privacidade e a integridade física e psicológica das mulheres aprovadas no concurso".

O pedido de exame dessa natureza foi imposto apenas para as mulheres e não há registro no edital de algo semelhante exigido aos candidatos homens. Por isso, de acordo com o defensor, o exame ginecológico é "uma prática discriminatória e violadora do critério isonômico de seleção dos candidatos".

Ufes promete exclusão

Por meio de nota, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Ufes esclarece que "foi providenciada a exclusão do exame citologia oncótica do rol de exames exigidos para admissão de candidatas para os cargos da universidade".

Além disso, ainda segundo o comunicado, a retirada do requisito foi repassada para os servidores responsáveis pelo agendamento dos exames admissionais, assim como, "à equipe que atua diretamente no processo de trabalho de ingresso na Ufes".

Ao todo o concurso público da Ufes conta com 17 vagas para cargos técnico-administrativos. As inscrições se encerraram no dia 20 de março e a prova será aplicada no próximo domingo (8). Os aprovados no processo seletivo terão vencimentos que variam entre R$ 2.904,96 e R$ 4.638,66. 

Várias passageiras foram submetidas a exames ginecológicos forçados após a descoberta de um recém-nascido prematuro abandonado em um dos banheiros do aeroporto internacional de Doha, capital de Catar, um incidente "extremamente perturbador" para a Austrália.

Os fatos, informados pelo canal australiano Seven News, aconteceram em 2 de outubro e foram divulgados por passageiros australianos.

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, expressou nesta segunda-feira energicamente a desaprovação de seu país.

"Expressamos nossas preocupações de maneira muito clara às autoridades do Catar", disse, antes de informar que a Polícia Federal da Austrália assumiu a questão.

Segundo a ministra australiana, um relatório das autoridades do Catar sobre o incidente é "iminente".

O aeroporto se limitou a afirmar que pediu às mulheres que "participassem" na iniciativa para localizar a mãe do bebê, que está vivo, segundo um comunicado.

Algumas mulheres, principalmente australianas, tiveram que desembarcar de vários aviões e foram levadas para ambulâncias, onde passaram por exames para saber se haviam dado à luz recentemente.

O Catar segue a lei islâmica, que pune duramente as mulheres que ficam grávidas fora do casamento.

"Obrigaram as mulheres a passar por testes físicos, principalmente o exame de Papanicolau à força", declarou à AFP uma fonte em Doha que foi informada sobre uma investigação interna a respeito do incidente.

O aeroporto internacional de Doha afirmou que "os funcionários da área médica expressaram preocupação às autoridades do terminal sobre a saúde e o bem-estar de uma mãe que acabar de dar à luz e pediram que ela fosse localizada antes de viajar".

"As pessoas que tiveram acesso ao setor do aeroporto onde o recém-nascido foi encontrado foram convidadas a participar na busca", acrescentaram as autoridades aeroportuárias, sem informar o que especificamente foi solicitado às mulheres e quantas foram procuradas.

Devido ao incidente, um dos voos, o QR908 da Qatar Airways com destino a Sydney, chegou quatro horas mais tarde que o previsto, de acordo com o site Flight Radar 24.

Mulheres de outros países e voos foram submetidas a exames similares. O incidente está sendo investigado no Catar, segundo o canal Seven News.

O aeroporto de Doha pediu no domingo à mãe do bebê que se apresente, o que dá a entender que os exames não tiveram resultado.

"O recém-nascido continua sem ter sido identificado, mas está bem de saúde e sob cuidados dos profissionais médicos e do serviço social", informou o aeroporto, que pediu ajuda a qualquer pessoa com informações sobre a mãe.

Payne disse que passageiros informaram a situação a funcionários australianos "no momento do voo" para Sydney.

- "Em estado de choque" -

Um advogado australiano, Wolfgang Babeck, que era passageiro em um dos voos afetados, afirmou à AFP que as mulheres submetidas aos exames retornaram ao avião "em estado de choque", depois que foram obrigadas a ficar parcialmente nuas para os exames de uma médica.

"Todas estavam consternadas, algumas irritadas, uma chorava e ninguém conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer", disse Babeck, para quem o incidente pode representar uma "violação do direito internacional".

A companhia Qatar Airways se recusou a comentar o ocorrido.

Mais da metade (52%) das brasileiras não realizam exames ginecológicos como o papanicolau, que previne o câncer de colo do útero, um dos que mais atingem a população feminina no país (atrás apenas do câncer de mama e colorretal), além de ser a quarta causa de morte por câncer entre mulheres, com cerca de 5.430 vítimas fatais anualmente. Os dados são de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC).

O papanicolau é um exame que deve ser feito todo ano por mulheres sexualmente ativas com 25 anos ou mais. “O exame tem por finalidade detectar alterações celulares no colo uterino que concluem lesões pré malignas e malignas para câncer de colo uterino. O risco na não realização dos exames de rastreamento periódicos é não detectar lesões com potencial de cura, e só ter o diagnóstico de doença a partir de sintomatologia, na maioria dos casos, já difíceis de cura”, explica a médica ginecologista Fernanda Torras.

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Fernanda acredita que é necessário “aumentar a orientação e disponibilidade de acesso da população as consultas ginecológicas, para que tenham os exames solicitados de acordo com a necessidade e faixa etária, e atendidos nas unidades de diagnóstico”, avalia.

Entre os principais motivos para a não realização do exame é a ausência de um plano de saúde, o que leva muitas mulheres a depender do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação é confirmada por um estudo da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que mostra que seis a cada dez mulheres (58%) são atendidas pelo SUS.

Porém nem todas as mulheres conseguem ser atendidas pelo sistema público, como é o caso da dona de casa Ana Paula Apolinário, 39 anos, moradora de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Ana Paula tem histórico de câncer na família e só consegue fazer o papanicolau quando a prefeitura promove mutirões.

“Eu só consigo fazer o exame quando vou em mutirões, porque no posto de saúde nunca tem médico nem sistema. Nunca tive problema de saúde, mas como minha mãe morreu de câncer no pâncreas e minha tia e prima tiveram câncer de mama, eu preciso correr atrás”, conta.

A funcionária pública Marcia Cristina Lopes, 49 anos, sofre com a mesma falta de estrutura do SUS para atender as mulheres que precisam realizar exames ginecológicos. “Não faço o exame todo ano porque tenho muita dificuldade para conseguir marcar, então eu até deixo de vir aqui [no posto de saúde]. Acho que o governo precisa fazer muita coisa para cuidar da saúde das pessoas, porque quando é época de eleição os políticos prometem mundos e fundos e depois somem. Essa é a verdade”, desabafa.

 

Quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Guarulhos irão realizar exame de Papanicolau neste sábado (23), das 8h às 16h. As UBSs são Ponte Grande, Cidade Martins, Fortaleza e Cumbica I. Além do exame, haverão atendimentos tradicionais.

Serão oferecidas consultas médicas, testes rápido para detecção do HIV, sífilis e hepatites B e C, além de atualização de carteira de vacinação, com imunização contra a gripe e febre amarela. Ainda serão desenvolvidas ações educativas, regularização do Programa Bolsa Família, entre outros.

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Serviço:

UBS Ponte Grande

(rua Oswaldo Agostinho, 17 - Ponte Grande)

UBS Cidade Martins

(rua Jaú, 190 - Jd Bela Vista)

UBS Jardim Fortaleza

(rua Hilário Pires de Freitas, 166 - Jd Fortaleza)

UBS Jardim Cumbica I

(av. Venturosa, 240 - Jd Cumbica)

Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarulhos realizarão exame de prevenção de colo de útero (Papanicolau) neste sábado (16), das 8h às 16h.

O mutirão tem como objetivo detectar precocemente lesões que antecedem o câncer de colo de útero, chamado de cervical. As chances de cura são de 100% quando detectada na fase inicial.

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No caso de mulheres jovens, o exame detecta Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), principalmente o papilomavírus humano (HPV). Segundo dados do Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional do HPV, realizado pelo Ministério da Saúde no ano passado, de 2.669 pessoas que foram testadas, entre 16 e 25 anos, a prevalência estimada da doença foi de 54,6 %, sendo que 38,4 % deles apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais constante na população feminina, atrás do colo de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.  

No próximo sábado, dia 17, haverá mutirão de coleta de Papanicolau (exame que previne câncer de colo de útero), além de vacinação contra febre amarela, HPV, varicela e meningite, e ainda para atualizar as demais doses em atrasos nas Unidades Básicas de Saúde, em Guarulhos. As UBSs estarão abertas das 8h às 16h.

Os exames serão realizados sem necessidade de agendamento e apresentação de pedido médico. Não há restrição de idade, sendo que toda mulher que já iniciou a vida sexual, pode fazer o exame.

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais constante na população feminina, ficando atrás do câncer de mama e colorretal, e quarta causa mais frequente de mortes femininas.

O câncer de colo de útero ocorre na parte inferior do útero, região entre a vagina e a saída do bebê ao final da gravidez. A descoberta do câncer pode ser realizado através do exame preventivo e são curáveis na maioria dos casos.

A Defensoria Pública de São Paulo conseguiu uma liminar que proíbe os concursos públicos realizados no estado de exigirem exames invasivos em mulheres, como mamografia e Papanicolau. A ação suspende alguns pontos da resolução de 2015 que previa participação do Departamento de Perícias Médicas do Estado. Com isso, candidatas aprovadas e recém-nomeadas vão assumir postos sem a necessidade de apresentar comprovantes da realização desses exames.

De acordo com as responsáveis pela ação, as defensoras Ana Rita Souza Prata e Paula Sant’Anna Machado de Souza, “a exigência dos procedimentos viola a dignidade humana, a intimidade, a privacidade e a integridade física e psicológica das mulheres, bem como igualdade de gênero e a isonomia, uma vez que não há exigência equivalente aos candidatos homens”.

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A ação pede a extinção dos exames de colpocitologia oncótica e mamografia definitivamente, além da exigência da apresentação de laudos relacionados aos mesmos. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo também declarou que “Não há nenhuma profissão ou função que impeça o ingresso de uma mulher em qualquer trabalho e que exija a realização de exames subsidiários que exponha a mesma em suas condições ginecológicas e até obstétricas, mesmo que os mesmos possam ter caráter preventivo”.

Após a polêmica que pedia o “teste de virgindade” ou o papanicolau no concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, a corporação informou, por meio da assessoria de imprensa, que o exame comprovando a integridade do hímen em candidatas nascidas no sexo feminino não será exigência.

De acordo com a nota, o médico ginecologista poderá emitir laudos que comprovem não haver condições incapacitantes citadas no edital. No documento anterior à retificação, as candidatas deveriam apresentar o exame papanicolau, que previne o câncer do colo uterino em mulheres sexualmente ativas, ou comprovar virgindade por meio de atestado médico.

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“A candidata que possuir hímen íntegro está dispensada de apresentar o exame solicitado na (colpocitopatologia oncótica) desde que apresente atestado médico que comprove a referida condição, com assinatura, carimbo e CRM do médico ginecologista que o emitiu”, detalha o edital.  

O certame oferece 779 vagas para diversos cargos, com salários de até R$ 11.654,95. As inscrições para o concurso devem ser feitas até o dia 18 de agosto, pelo site da banca organizadora. Outras oportunidades podem ser conferidas na nossa página especial de concursos públicos.

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Em dez anos, o número de mortes por câncer de útero em relação ao número de mulheres teve uma leve queda no país, passando de 5,04 casos para cada 100 mil mulheres em 2002 para 4,72 casos em 2012. Em números absolutos, no entanto, o número de mortes aumentou, já que a população também cresceu nesse período. Em 2002, a doença matou 4.091 mulheres e, em 2012, 5.264.

Os números são do Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, que o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgam nesta semana. O levantamento mostra o câncer de colo do útero como o terceiro tipo que mais mata mulheres no país, atrás apenas do de mama e dos de brônquios e pulmões. A estimativa do Ministério da Saúde é que o Brasil feche este ano com 15.590 novos casos de câncer de colo do útero.

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“Aumenta o número absoluto porque a população continua crescendo e há uma pequena diminuição no número relativo. Isso é explicado por um conjunto de medidas que vêm sendo tomadas na proteção da mulher, o exame de papanicolau, o uso de preservativos, a mulher está se cuidando mais”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista à Agência Brasil.

Para ele, isso não significa que o Brasil esteja em uma situação adequada. ”Podemos diminuir mais ainda essas mortes, diminuir a importância do câncer de colo do útero entre as causas de morte entre as mulheres. Nos últimos dez anos, ele caiu para terceiro lugar, mas, ainda assim, podemos mudar essa história devido à vacina do HPV.”

O Ministério da Saúde está vacinando meninas de 11 a 13 anos contra o vírus HPV, principal causa do câncer de colo do útero. A medida, tomada em mais 100 países, pode fazer com que a atual geração tenha uma incidência significativamente menor da doença, já que existe a vacina contra um dos dois dos vírus responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. No ano que vem, a vacina passaá a ser oferecida a adolescentes de 10 e 11 anos e, em 2016, às de 9 anos.

Apesar de 97,7% do público-alvo terem tomado a primeira dose da vacina, apenas 49% receberam a segunda aplicação, até o dia 21 deste mês, o que soma um total de 2,4 milhões de meninas. O Ministério da Saúde assegura que a vacina não traz riscos e ressalta que só a primeira dose não garante a imunização. Cinco anos após a primeira dose, as meninas precisam retornar aos postos de vacinação para receber a dose de reforço, que garantirá proteção por mais tempo.

A vacina contra o HPV está disponível nas 35 mil salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a vacina gera proteção contra quatro subtipos da doença (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia.

Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. O ministro Arthur Chioro ressalta que só a vacina não é suficiente para prevenir o câncer de colo de útero.

"As mulheres com mais de 13 anos, adolescentes e jovens, têm como grande instrumento de prevenção o diagnóstico precoce, que é [obtido por meio do] papanicolau, e o sexo seguro, ou seja, com o uso do preservativo, até porque o HPV temalta transmssibilidade e alta relação com o cêncer de colo de útero."

O papanicolau já tem o posto do exame mais eficiente em ginecologia, por sua capacidade de detectar células precursoras do câncer de colo do útero. Agora pesquisadores descobriram que, na mesma secreção coletada pelo exame, é possível detectar também sinais de outros dois tipos de câncer: de ovário e de endométrio (ou corpo do útero). Isso é feito por meio de um teste genético chamado PapGene.

A novidade traz esperança principalmente quanto à prevenção contra o câncer de ovário. Hoje, não existem exames de rotina eficazes em detectar precocemente esse tipo de tumor, por isso 75% dos casos são descobertos em estágio avançado.

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O estudo, que resultou de uma parceria da Universidade Johns Hopkins com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), partiu da hipótese de que células cancerosas dos tumores de ovário e do endométrio "viajam" até o colo do útero, de onde é colhido o material do papanicolau. Os resultados foram publicados na revista Science Translational Medicine.

Para o ginecologista Jesus Paula Carvalho, professor da FMUSP e um dos autores do estudo, os resultados foram animadores. "Pela primeira vez, por meio de um exame simples, feito com material de papanicolau, a pesquisa por alteração no DNA de células cancerosas pôde detectar o câncer de ovário", diz.

Ele acrescenta que o estudo abre a perspectiva para a criação de um teste que possa ser aplicado em larga escala. "É só uma questão de evoluir e refinar o método. O passo seguinte é fazer um banco de tumores e tecidos para poder testar isso em várias outras situações", diz Carvalho. O procedimento não deve ser caro, segundo o médico, já que a tecnologia é semelhante ao que já é utilizado para identificar o papilomavírus humano (HPV). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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