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A polícia norte-americana matou na noite desta quinta-feira (4) um homem identificado como Michael Forest Reinoehl, de 48 anos, principal suspeito de ter atirado e matado um representante do grupo de extrema-direita Patriot Prayer no último sábado (29) em Portland.

Segundo diversos veículos da mídia norte-americana, Reinoehl foi morto durante um confronto com os policiais em Lacey, cidade próxima a Seattle. Ele tinha um mandado de prisão em aberto e teria resistido à prisão.

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O extremista Aaron J. Danielson foi morto com um tiro no peito nas ruas de Portland. A cidade vem registrando protestos diários antirracismo, mas nas últimas semanas, grupos ultraconservadores também fazem manifestações na cidade defendendo os policiais e o governo do presidente Donald Trump - e sempre aparecem fortemente armados.

O que provocou a morte, de fato, ainda está sendo investigado. Mas, o mais provável é que tenha ocorrido uma briga entre membros dos dois grupos. A morte de Danielson fez Trump usar massivamente o Twitter para atacar o governo da cidade, que é democrata, por mais de 90 vezes.

Nesta quarta-feira (02), Trump ordenou que o governo identifique o que ele chama de "jurisdições anárquicas" e determinou o corte do repasse de fundos para os governos municipais - Portland seria uma das cidades afetadas.

Os protestos na cidade do Oregon começaram no fim de maio, assim como ocorreu em todo o país, após a brutal morte do homem negro George Floyd pelo policial branco Derek Chauvin. Eles voltaram a ganhar força há cerca de duas semanas, após outra abordagem policial violenta contra Jacob Blake - acertado por sete tiros à queima-roupa ao entrar em seu carro após separar uma briga entre duas mulheres na calçada de um bairro de Kenosha.

A cidade de Wisconsin vem sendo usada como palco político também, em vista das eleições presidenciais de novembro. Nesta quinta, o candidato democrata Joe Biden visitou o local e conversou com familiares de Blake e da comunidade. Dois dias antes, Trump foi a Kenosha e anunciou uma verba milionária para a polícia e para retomar e reconstruir a economia em vista dos estabelecimentos destruídos durante protestos. 

Da Ansa

O cheiro de gás lacrimogêneo ainda é sentido no ar de Portland, o mais recente epicentro das manifestações antirracistas e, até essa semana, palco de uma repressão brutal por parte da polícia federal.

O caos que atingiu a maior cidade de Oregon, oeste dos Estados Unidos, nas últimas três semanas pela chegada de policiais enviados pelo presidente Donald Trump, cessou assim foram retirados das ruas na quinta-feira.

No entanto, sua presença revitalizou ao mesmo tempo os protestos pelo caso de George Floyd, um americano negro morto por um policial branco. Assim como no restante do país, essa manifestação já estava perdendo força.

Portland, com uma grande tradição de movimentos de protesto, tornou-se o epicentro desta causa com milhares de pessoas nas ruas todos os dias dias ao grito de "Black Lives Matter" (Vidas negras importam) e "Sem justiça, não há paz", repetindo o nome de Breonna Taylor, Floyd e outros mortos pela polícia.

Trump enviou as forças federais para proteger o tribunal federal, que agora será monitorado pela polícia de Oregon após um acordo com a governadora Kate Brown.

Trump disse, entretanto, que os policiais permanecerão até que termine o que ele define como uma "limpeza de anarquistas e agitadores".

Mas será que a ausência dos federais nas ruas vai enfraquecer os movimentos?

Os manifestantes dizem que não, porque os protestos não começaram por esta "intervenção", mas sim pelo racismo e a brutalidade policial que, conforme pregam, caracterizou a polícia deste estado por anos.

"As pessoas estão realmente comprometidas com a mudança... não acho que isso vai parar logo ou que vai perder o impulso", garantiu à AFP Sierra Boyne, uma jovem negra de 19 anos.

- "Pronto para resistir" -

Por quase três semanas, foi a mesma receita com os federais: eles dispersavam as manifestações com gás lacrimogêneo, bombas de gás e balas de borracha, enquanto os manifestantes resistiam com guarda-chuvas abertos, escudos caseiros improvisados e até ventiladores mecânicos, para desviar a fumaça espessa.

Desde quinta-feira, quando os policiais deixaram a área, centenas de pessoas continuam se reunindo sem incidentes, observou a AFP.

Os manifestantes dizem que continuarão nas ruas até que haja mudança. Mas qual? O que precisa acontecer para que as manifestações parem?

Não há apenas uma resposta nas ruas.

Boyne é precisa: quer o desfinanciamento da polícia e que se distribua mais riqueza entre as comunidades pobres, assim como a renúncia do prefeito democrata Ted Wheeler.

Alicia, de 46 anos, quer praticamente um impossível: que a Constituição dos Estados Unidos seja revogada. "Quero sonhar", se justificou.

Enquanto continuam nas ruas, os manifestantes acreditam que a trégua com a polícia durará pouco. Prontos para o retorno do gás e das balas de borracha, os jovens continuam chegando às manifestações com escudos, tacos de hóquei e máscaras de gás.

"É preciso estar pronto", disse um jovem que carregava no ombro um soprador como um fuzil. "Pronto para resistir".

O secretário de Justiça americano, William Barr, defendeu na terça-feira (28), o envio de agentes federais para reprimir os protestos em Portland, no Oregon, e rebateu acusações de que a medida tenta impulsionar a campanha de reeleição do presidente Donald Trump, em má situação nas pesquisas eleitorais.

Em audiência na Comissão de Justiça da Câmara, Barr rejeitou acusações da oposição democrata de que o governo sufoca protestos pacíficos contra o racismo e a brutalidade policial. Ele classificou os atos de Portland como "um ataque ao governo de Estados Unidos".

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Barr também rejeitou as acusações de que queira favorecer Trump politicamente, mesmo quando isso signifique propor uma sentença mais leve de prisão de Roger Stone, consultor político e amigo pessoal de Trump, que teve um pedido de pena de prisão abrandada por Barr.

"Depois da morte de George Floyd, manifestantes violentos e anarquistas fizeram protestos para causar estragos e destruição sem justificativa", afirmou o secretário.

A morte de Floyd, asfixiado por um policial branco em Minneapolis, no final de maio, provocou fortes protestos antirracistas nos EUA e inúmeros pedidos por uma reforma policial. No geral, as manifestações perderam força, mas ainda há atos ocorrendo pelo país, principalmente em Portland, uma cidade progressista governada por democratas.

"Aceitar tacitamente a destruição e a anarquia é abandonar os princípios básicos do estado de direito que deveriam nos unir em um momento politicamente dividido."

A audiência marcou o primeiro depoimento de Barr à Comissão de Justiça da Câmara desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2019. Na semana passada, o órgão interno de supervisão do próprio departamento iniciou investigações sobre a resposta federal aos protestos de Portland e de Washington.

Neste mês, o governo Trump enviou agentes armados para a maior cidade do Oregon, muitos deles com equipamentos de combate, depois de semanas de protestos contra a polícia e o governo - na segunda-feira, Trump decidiu reforçar a tropa local com mais cem homens.

Os democratas dizem que a intervenção é uma manobra política para mostrar que Trump é o candidato da "lei e da ordem", um lema que ajudou na sua eleição em 2016.

No entanto, os protestos em Portland se tornaram maiores desde a chegada dos agentes federais e autoridades locais e do Estado acusaram Barr de ter uma reação exagerada. "O presidente quer imagens para seus anúncios de campanha, e parece que estão sendo entregues conforme foram solicitadas", disse o deputado democrata Jerry Nadler. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia lançou gás lacrimogêneo, na madrugada deste sábado (25), para dispersar manifestantes na cidade norte-americana de Portland, nos mais recentes protestos contra o racismo e a brutalidade policial.

Portland, no estado do Oregon, tem sido há dois meses cenário de protestos.

No ínicio, assim como aconteceu em várias cidades do país, a multidão tomou as ruas para protestar contra o racismo, após a morte, em Minneapolis, do afro-americano George Floyd nas mãos de um policial branco.

Depois, a revolta cresceu diante do polêmico envio de agentes federais, ordenado pelo presidente Donald Trump, para a segurança das cidades onde houve protestos.

Apoiada por agentes federais, a polícia local conseguiu dispersar a multidão de madrugada, usando gás lacrimogêneo.

As manifestações se intensificaram em meados de julho, quando os agentes federais chegaram à Portland.

Em vários vídeos publicados nas redes sociais, estes agentes, vestidos com uniformes paramilitares e sem distintivos de identificação visíveis, aparecem usando veículos sem placa para deter os manifestantes, incendiando ainda mais os protestos.

O Departamento de Justiça abriu na última quinta-feira (23) uma investigação oficial sobre a bastante polêmica ação dos agentes federais.

Em campanha para sua reeleição em novembro, Trump disse que o envio dos agentes federais buscava "restaurar a ordem".

Na quarta-feira, ele anunciou que a presença de agentes federais em Chicago e em outras cidades será intensificada, após o ressurgimento da criminalidade e de tiroteios.

Para além das tensões, também houve humor na manifestação da noite de sexta-feira em Portland, ao ritmo de tambores e de fogos de artifício, em meio aos aplausos da multidão.

Alguns se reuniram antes do anoitecer em frente a um monumento comemorativo dedicado aos cidadãos negros mortos pela violência policial.

"É incrível que venha tanta gente, então eu quero ser apenas mais uma voz", disse Sean Robinson, um gerente de informática. "E minha outra mensagem é que a vida dos negros importa!", afirmou, usando o slogan do movimento Black Lives Matter.

Na mochila de Daniel Douglas, de 31 anos, estava escrito "Federais fiquem longe".

"Não queremos que os federais de fora da nossa cidade ocupem a nossa cidade e aterrorizem nossas comunidades", explicou.

Uma mulher nua participou ativamente de um protesto no estado do Oregon, nos EUA, e suas imagens viralizaram nas redes sociais. Usando apenas um gorro preto e uma máscara, ela se colocou à frente dos policiais que tentavam dispersar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

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A mulher, segundo relatos do jornal The Oreganian, chegou em silêncio, nua, se sentou na frente dos policiais que impediam a passagem dos manifestantes e fez poses de bailarinas. Ela ainda foi acuada pelos oficiais que disparam gás e spray de pimenta nos pés dela, mas ainda assim resistiu e permaneceu.

Ninguém sabe ainda o nome da mulher, mas, nas redes sociais, ela ganhou o apelido de Naked Athena (Athena Nua, em português). Oregon ainda vive uma forte onda de protestos e confrontos por conta do assassinato de George Floyd que repercutiu no mundo inteiro.

A Polícia americana buscava neste sábado testemunhas da morte de dois homens que foram apunhalados em um trem no subúrbio de Portland, em Oregon, quando tentaram ajudar duas mulheres acusadas de parecerem muçulmanas.

As mulheres, uma das quais usava um hijab (véu), "foram embora antes de a polícia chegar", mas podem fornecer a evidência-chave deste duplo homicídio cometido na sexta-feira, e que chocou esta cidade do noroeste dos Estados Unidos, disse o porta-voz da polícia de Portland, Pete Simpson, em coletiva.

A polícia identificou neste sábado o suspeito pelo crime como Jeremy Joseph Christian, de 35 anos, um conhecido supremacista branco, de acordo com os meios locais.

Depois de ter fugido do local, Christian foi preso na sexta-feira à noite e permanece detido sem direito à fiança.

"Este suspeito estava no trem e gritava, falava, vociferava um monte de coisas diferentes, incluindo algumas que caracterizamos como discurso de ódio", disse Simpson.

"As pessoas se aproximaram, tentaram intervir por seu comportamento [...] e o sujeito atacou impiedosamente, deixando dois mortos e um ferido", indicou.

Um dos homens foi declarado morto no próprio local do crime, enquanto o outro faleceu a caminho do hospital. Um terceiro indivíduo ficou ferido, mas não corre risco de morte.

"Não ficou claro se o suspeito tinha problemas mentais ou se estava sob a influência de álcool e drogas", disse a Polícia.

O ataque ocorreu horas antes do início do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.

Poucos são os rubro-negros que conhecem o futebol do costarriquenho Rodney Wallace. O meia foi apresentado nesta terça-feira (5), apesar de ter sido anunciado pela diretoria leonina na última quarta-feira (30). O atleta atua em quase todas as posições do meio-campo e se diz: "Um jogador que sempre vou suar a camisa, dar 100%. Gosto de atacar, mas também marco. O importante é estar aqui e ajudar a equipe".

O Sport vinha monitorando Rodney Wallace desde que o time estava sendo comandado ainda por Eduardo Baptista. O meia foi campeão da principal divisão norte-americana, a Major League Soccer, pelo Portland. Inclusive, passou cinco temporadas no time de Oregon, fez 136 jogos, 108 como titular, 19 gols marcados e 28 assistências realizadas.

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Executivo de Futebol do Sport, André Zanotta explicou como o atleta foi monitorado e analisado antes do acerto. "Ele foi campeão ano passado pelo Portland, onde teve um destaque muito grande. A gente conversou com treinadores, buscamos informações e era unânime a opinião sobre a qualidade dele, o quanto ele é trabalhador e se esforça dentro e fora de campo. Então o Rodney vem pra somar e deve ajudar bastante a gente", disse.

Rodney Wallace assistiu o jogo do Leão contra o CRB, na última quarta (30), pela Copa do Nordeste, e treinou pela primeira vez, no CT do Sport, nesta terça-feira. O costarriquenho elogiou a estrutura do clube rubro-negro. "Quando soube do interesse em jogar num clube grande do Brasil não tive dúvidas e não podia deixar essa oportunidade passar. Dei um grande passo adiante na minha carreira. A respeito da experiência no futebol em geral, na parte física e técnica. Aqui também vou disputar uma das principais competições do mundo. Espero conquistar títulos aqui", contou.

O costarriquenho chegou ao Sport após o período de inscrições na Copa do Nordeste e no Campeonato Pernambucano e não poderá participar de nenhum dos dois torneios. Como o Rubro-Negro praticamente abriu mão da Copa do Brasil, Rodney Wallace deve disputar apenas a Série A e a Sul-Americana durante esta temporada.

O Brasil se despediu do Mundial de Atletismo Indoor de Portland, neste domingo, sem conquistar uma medalha sequer. Com dez esportistas participando da competição, esta é a primeira vez que o país passa em branco no importante evento realizado em pista coberta desde a edição de Lisboa-2001.

O último participante brasileiro na competição foi o paulista Fabio Vaz dos Santos, que foi eliminado na semifinal dos 60 metros com barreiras ao cruzar a linha de chegada na sexta posição com o tempo de 7s76.

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"É a primeira vez que estou numa seleção brasileira e por isso estou feliz por ter chegado à semifinal de um Mundial. Tentei fazer o melhor que pude. Estava muito concentrado e corri o mais rápido que consegui", comentou o atleta de 32 anos.

ETÍOPE CONFIRMA FAVORITISMO - Um dos nomes de grande prestígio do atletismo nos últimos anos confirmou o favoritismo e conquistou o título da prova dos 3.000 metros. Aos 25 anos, Genzebe Dibaba, da Etiópia, cruzou a linha de chegada em 8min47s43 e garantiu sua quinta medalha de ouro em Mundiais desde 2013.

TROPEÇO FRUSTRA JAMAICA - Na disputa do revezamento 4x400m feminino, um tropeço atrapalhou a equipe jamaicana que não terminou a prova e decepcionou. Na prova, Patricia Hall caiu logo na primeira perna da corrida, deixando o caminho livre para os Estados Unidos ficarem com o ouro, com o tempo de 3min26s38, seguidos por Polônia e Romênia.

Assim como na prova das mulheres, os Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro no revezamento 4x400m masculino com o tempo de 3min02s45, enquanto as equipes de Bahamas e Trinidad e Tobago completaram o pódio.

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