A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) apresentou à imprensa, nesta terça-feira (7), o novo Complexo Prisional Professor Aníbal Bruno.O espaço, que custou aos cofres públicos R$25 milhões em 19 mil m², é divido em três unidades independentes. Cada presídio é gerenciado por um diretor e terá seu próprio refeitório, escola, sala de laborterapia, cozinha, redes de água e esgoto, telefonia e energia elétrica.
A primeira unidade, o Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, é o maior de todos e tem capacidade para 2.800 detentos. O Presídio ASP Marcelo Francisco de Araújo tem cerca de 1.100 vagas e o Presídio Frei Damião de Bozzano, onde ficam os detentos considerados mais perigosos, tem por volta de 900 reeducandos.
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De acordo com o Secretário de Ressocialização, Romero Ribeiro, a nova estrutura do complexo garante uma segurança mais intensificada tanto para os encarcerados quanto para a população, passando de 11 para 24 guaritas em ativa e a instalação de 72 câmeras de vigilância interna. Policiais militares que eram responsáveis pela guarda interna do Complexo foram substituídos por 300 agentes penitenciários, que também farão o contato direto com os detentos, sem a presença do chaveiro.Além das modificações operacionais, o Complexo conta ainda com muros de concretos delimitando as áreas de cada unidade, o que acaba facilitando o controle dos agentes.
Além de toda a estrutura modificada, a Seres adquiriu aparelhos de Raio-x, detectores de metais e de armamentos letais e não letais. Os reeducandos foram divididos por gravidade do crime que cometeram e a quantidade de processos aos quais respondem.
Mas, ao contrário da segurança dentro do presídio, algumas pessoas que moram no entorno do Complexo não se sentem nem um pouco protegidas. Segundo uma moradora que não quis se identificar (foto), a retirada dos detentos para se locomoverem é feita nas calçadas dos Presídios, onde é possível ver os detentos algemados entrando nos carros penitenciários.
Além da insegurança do espaço, a moradora também relatou um fato vivenciado, em que uma agente penitenciária, ao descer do carro deixou, sua arma cair no chão. “Aqui tem escolas por perto, crianças passando na rua. A presença constante dos policiais não garante a segurança 24 horas por dia. Pode ser que tenha segurança em relação a assalto ou coisa assim, mas os próprios policiais ficam desfilando com as armas aí na frente”, pontua.