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A disputa por espaço político na base de apoio da presidente da República e na consolidação das legendas como indispensáveis para a governabilidade deflagrou uma guerra nos bastidores entre PMDB e PSB. O PMDB quer manter a vice-presidência, com um repeteco da dobradinha Dilma Rousseff/Michel Temer em 2014, mas sabe que o crescimento do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é uma ameaça real e imediata a essas pretensões.

Como resultado da desconfiança mútua os dois partidos entraram numa guerra e passaram a disputar palmo a palmo cada espaço dentro ou fora do governo. Na votação dos royalties do petróleo, por exemplo, seus líderes ficaram em posições opostas. Henrique Eduardo Alves, do PMDB, acatou parte do pedido do governo para que os royalties fossem destinados à educação; Sandra Rosado, do PSB, votou contra o projeto, defendido pelo governo. Os dois são do Rio Grande do Norte.

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A disputa entre os dois partidos chegou também à presidência da Câmara. Henrique Alves trabalha para arregimentar o maior número possível de votos a seu favor, para que possa presidir a Casa do ano que vem a 2015. Ele tem o apoio dos principais líderes do PT. Mas o PSB está na disputa. Com autorização velada de Eduardo Campos, lançou a candidatura do deputado Júlio Delgado (MG) contra a do peemedebista.

Em retaliação, o PMDB abriu uma disputa pelo Ministério da Integração Nacional, hoje nas mãos de Fernando Bezerra Coelho, homem de confiança de Eduardo Campos. O partido considera-se sub-representado no governo de Dilma Rousseff. Reclama de que seus ministérios - Agricultura, Assuntos Estratégicos, Minas e Energia, Previdência e Turismo - não estão à altura da força que os peemedebistas têm dado à presidente. O da Integração Nacional cairia bem, insinuam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O recém-criado PSD já é a terceira bancada no Congresso Nacional e chegou ao final dessas eleições municipais como o quarto partido que mais elegeu prefeitos em todo o País. Apesar da boa performance, os dirigentes da sigla perseguem agora uma outra meta, dar à legenda um conteúdo programático que possa servir de base para a discussão dos desafios que o País enfrenta, como o crescimento econômico sustentável com redução das desigualdades sociais.

Segundo o presidente da Fundação Espaço Democrático do PSD e vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, a ideia é de um 'think tank', uma usina de ideias dedicada a produzir, discutir e difundir conhecimentos estratégicos sobre assuntos essenciais e pensar a realidade de forma inovadora. Com base nesta meta, a sigla criou 21 conselhos temáticos, formados por parlamentares, acadêmicos, empresários e especialistas em questões de interesse público, filiados ou não ao partido. "Temos um grupo de experts para definir os eixos temáticos que irão nortear nossas discussões e formar nosso programa partidário para servir de discussão aos quadros de nosso partido, sobretudo em 2013, que para nós é um ano essencialmente de pensamento político", destaca Afif.

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Este time de notáveis, na definição do vice-governador, é coordenado pelo cientista político Rubens Figueiredo. E inclui nomes como o do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o embaixador José Botafogo Gonçalves, o advogado Arnaldo Malheiros Filho, o engenheiro e um dos fundadores da Embraer Ozires Silva e o deputado e ex-ministro da Previdência Social Reinhold Stephanes, entre outros. Além dos 21 membros dos conselhos temáticos, a equipe conta também com a colaboração do economista Roberto Macedo, encarregado de formular o Projeto de Nação da legenda. "O Brasil tem o desafio de crescer de forma sustentada", avalia o professor Macedo.

Rubens Figueiredo destaca a importância de se pensar o Brasil de forma estratégica e de se elaborar projetos, em vários setores, que possam inspirar a classe política a desenvolver políticas efetivas para o desenvolvimento do País, o que não ocorre com os chamados partidos tradicionais. Na avaliação dos integrantes deste conselho de notáveis, o PSD inova com relação às outras legendas, que carecem de um programa partidário robusto e que possa responder aos desafios que o Brasil enfrenta, sobretudo num momento de crise econômica global.

"E para as eleições de 2014, todos os nossos candidatos terão que fazer uma espécie de avaliação para ver se realmente estão afinados com nossos propósitos", destaca Afif. Na sua avaliação, a comunicação é uma das ferramentas mais importantes deste projeto. "O político que vai propagar nossas ideias ao povo tem que saber o que vai disseminar", complementa o vice-governador e um dos fundadores do PSD. Afif destaca ainda que em 2014 a sigla deverá apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Mas, em 2018, o PSD deverá estar preparado para lançar um nome próprio à Presidência da República.

Inserção competitiva

Além do trabalho que será feitos nesses conselhos temáticos, o PSD fará também um ciclo de seminários, com transmissão pela internet, para debater as propostas que poderão integrar o seu programa partidário. O primeiro seminário, com transmissão via internet, ocorre na segunda-feira (10) e vai discutir a cultura brasileira, o potencial da economia do País e os caminhos a serem percorridos para uma inserção competitiva no cenário internacional, sob o tema "Brasil: uma visão estratégica".

Segundo a direção do PSD, esses encontros fazem parte de um processo ousado e inovador, em que foi estimulada a participação de filiados e simpatizantes de todo o País no debate sobre as propostas a serem defendidas pelo partido, num processo aberto e participativo.Os subsídios recolhidos nesses eventos integrarão a pauta do ciclo de seminários que se inicia agora.

Em 2013, as propostas definidas serão levadas a debate no congresso nacional do partido, previsto para ocorrer em junho, em Brasília, onde então serão definidas as grandes linhas do programa partidário. Guilherme Afif reitera que o objetivo do PSD é chegar a um documento que vá além de um programa partidário: "Estamos construindo um projeto para a Nação."

O PSD do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab anunciou na noite desta quarta-feira (5) apoio à candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara dos Deputados. A adesão dificulta a pretensão de Júlio Delgado (PSB-MG), principal opositor de Henrique, que esperava o suporte do PSD, quarta bancada na Casa atualmente.

A decisão da bancada foi tomada por aclamação. Henrique Alves e Júlio Delgado já tinham participado de reuniões com os deputados do PSD e ontem foi ouvida a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que também disputa o cargo. O PSD optou por Henrique por ele garantir ao partido o respeito a proporcionalidade, com vaga na Mesa Diretora e em presidência de comissões. O fator determinante foi o favoritismo do peemedebista. Para parlamentares da sigla, o apoio a outro candidato poderia abrir espaço para retaliações futuras.

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O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, avalia que a vitória que o partido conquistou nessas eleições municipais é resultado da consolidação do projeto nacional encabeçado pelo próprio PT e pelos partidos aliados ao governo da presidente Dilma Rousseff. "O resultado eleitoral reflete essa aprovação da população", disse o dirigente nesta segunda-feira, em entrevista coletiva na sede nacional da legenda, em São Paulo. De olho em 2014, Falcão disse que o partido trabalhará para manter a atual base do governo Dilma em seu palanque e que buscará o apoio do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Falcão minimizou o crescimento do PSB, do governador Eduardo Campos (PE), e as derrotas do PT em capitais como Recife e Fortaleza, onde a sigla de Campos prevaleceu. "Do ponto de vista do PT, nós fazemos a avaliação maior de que não perdemos para a oposição, perdemos para um aliado", afirmou.

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O cacique petista lembrou que o PT fechou apoio ao PSD em Ribeirão Preto e conseguiu reeleger a prefeita Dárcy Vera, que já se comprometeu em apoiar Dilma em 2014. "Queremos que o PSD esteja também na aliança nacional em 2014", revelou.

Falcão disse que a partir de 2013, o partido montará uma agenda centrada no esforço da aprovação de reformas no País, entre elas a reforma política e a inclusão do financiamento público de campanha. Questionado sobre a influência do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Falcão disse que "a despeito da campanha que foi feita, fomos o partido que obteve o maior número de votos". Segundo ele, é difícil quantificar a influência do mensalão no eleitorado. "Não dá para medir nas urnas se houve impacto ou não", respondeu.

Renovação

O líder nacional do PT avaliou que a vitória em São Paulo, com Fernando Haddad, ofuscou derrotas importantes para o partido, como em Diadema, na Grande São Paulo, e em Fortaleza (CE). Em Diadema, Falcão considerou que o discurso da renovação se sobrepôs à tentativa de reeleição de Mário Reali. Em Fortaleza, segundo ele, houve o peso da máquina estadual. "Não considero que houve erros", afirmou. Ele ainda avaliou como positivo o surgimento de novas lideranças, como os candidatos derrotados em Fortaleza, Elmano de Freitas,e em Campinas (SP), Marcio Pochmann.

Falcão celebrou a vitória de Fernando Haddad em São Paulo. "A população votou pela qualidade do candidato, pelo projeto que ele apresentou. E votou também pela confiança no ex-presidente Lula e pela aprovação que ele continua a ter no País", considerou.

Para 2014, o dirigente destacou que o sucesso eleitoral do PT no Estado e o enfraquecimento do PSDB, principalmente em regiões como o Vale do Paraíba (onde a sigla quebrou a hegemonia dos tucanos em São José dos Campos e assumiu prefeituras importantes na região) "pode ter consequências" na próximas eleições. "Estamos mais fortes agora", enfatizou.

Falcão ressaltou que o partido tem nomes para sucessão do governador Geraldo Alckmin, mas evitou defender a tese da renovação, bem-sucedida nas duas últimas eleições. Segundo ele, o pleito de 2014 só será discutido a partir do ano que vem. "Temos as duas opções: os quadros nunca testados ou os que têm mais recall", tergiversou.

No segundo turno das eleições deste domingo (28), a cidade de Ribeirão Preto (SP), escolheu Dárcy Vera (PSD), com 155 265 dos votos válidos, a prefeita foi reeleita foi com 51,97%, contra 48,03% de Nogueira (PSDB).

Segundo o IBGE, o município de Ribeirão Preto, que localiza-se no interior de São Paulo, Região Sudeste do país, tem 619 746 habitantes. Com o trigésimo maior PIB brasileiro. 

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O PSD foi um aliado estratégico nestas eleições para a campanha de Márcio Pochmann (PT) à Prefeitura de Campinas, contra o candidato Jonas Donizette (PSB), que é coligado com o PSDB e apoiado diretamente pelo governador Geraldo Alckmin.

De 1%, Pochmann chegou a 28% dos votos válidos, no primeiro turno, contra 47% de Jonas - que tinha chances de vencer já no dia 7. Na primeira pesquisa Ibope para o segundo turno, divulgada segunda-feira, Jonas tinha 45% das intenções de voto, contra 39% de Pochmann - pela margem de erro de 4 pontos, estão tecnicamente empatados.

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A coligação com o PSD em Campinas é fruto da aproximação entre a direção nacional do PT e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no início do ano. Politicamente, ela foi considerada estratégica para o PT por aproximar seu candidato do setor empresarial. A vice indicada na coligação de Pochmann, Adriana Flosi (PSD), é empresária e presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Seu nome foi uma escolha do deputado federal campineiro Guilherme Campos (PSD-SP), líder do partido na Câmara e principal interlocutor da parceria local com o PT, em nome de Kassab.

Campanha nacionalizada eleitoralmente, a aliança petista costurada por Lula com o PSD serviu para atrair o voto do eleitorado mais conservador, que, por causa da campanha polarizada entre PT e PSDB e com a presença direta do ex-presidente petista e do governador Alckmin, tinha tendência de identificação maior com o candidato do PSB.

Escolha pessoal de Lula para a disputa, Pochmann, um nome desconhecido na cidade, contou com o empenho direto dele e da direção nacional do PT. Cidade estratégica para o partido de Lula, a preocupação em Campinas foi não perder a disputa num dos principais colégios eleitorais do País para o adversário que congrega PSB e PSDB - duas legendas que devem entrar na corrida sucessória de 2014 contra Dilma Rousseff. Tanto Alckmin como o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, atuaram na campanha de Jonas Donizette. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Após ter sido derrotado nas eleições municipais, o atual prefeito da cidade de Xaxim, oeste catarinense, Gilson Luiz Vicenzi (PSD), exonerou 80% dos cargos comissionados e desligou os professores contratados temporariamente. O gestor suspendeu também outros serviços públicos essenciais à população e, por isso, o Ministério Público de Santa Catarina entrou com uma ação que determina o retorno imediato de algumas atividades exercidas pelo poder público do município.

De acordo com o MP, após as eleições municipais, a Prefeitura teria suspendido alguns serviços, inclusive na área de saúde, como a terceirização dos médicos especialistas e também cancelou o transporte para os idosos, além de bloquear a verba para o maquinário da cidade. Por isso, a Justiça determinou que os serviços sejam retomados e estabeleceu multa de R$ 5 mil por dia ao prefeito, em caso de descumprimento da liminar.

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A explicação da Prefeitura para os cortes em saúde, educação e infraestrutura é de que houve queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Apesar dos problemas, o procurador da Prefeitura que se pronunciou porque o prefeito está viajando, garantiu que o município de Xaxim está cumprindo o que a lei prevê.

A troca de cadeiras na Câmara Municipal do Recife alcançou o coeficiente de 30% dos assentos da Casa José Mariano, apesar do aumento de 37 para 39 parlamentares. Houve perdas e ganhos com as eleições, principalmente no âmbito político e partidário, muitas lideranças começam a custurar novas alianças para os próximos quatro anos. 12 vereadores não conseguiram se reeleger.  

No próximo ano algumas legendas não terão representas na câmara, como é o caso do PSD que ainda detém o mandato de quatro parlamentares até o dia 31 de dezembro de 2012.São eles: Sérgio Magalhães, Maré Malta, Gilvan Cavalcanti e Romildo Gomes, que não dispotou a reeleição. Em outros casos os partidos trocaram a figura política, mas o partido permanece. O PPS, por exemplo, tem Vera Lopes que não conseguiu se reeleger, mas levou Raul Jungamann ao parlamento municipal.

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Segundo Vera Lopes, foi uma supresa o PPS não eleger dois vereadores no Recife. “Nessa campanha tive dificuldade para participar do corpo a corpo com a população, pois fraturei o joelho. Mas fiquei na suplência e daqui há dois anos Raul Jungmann vai ganhar a eleição para deputado federal e eu volto para a Câmara”, declarou Vera.

Já Raul Jungmann divulgou nas redes sociais um comunicado agradecendo os 11.873 votos e o quinta colocação entre os vereadorese eleitos. “Diziam que para a eleição de vereadore era preciso cair no assistencialismo, fisiologismo, que sem dar algo em troca do voto, não se chega a câmara. Decidimos ir na direção oposta, não tivemos cabos eleitorais, não compramos líderes comunitários ou associações de classe, não praticamos nehuma espécie e assistencilaismo. Essa é uma vitória de um conceito, de um jeito de fazer política”, defendeu Jungmann.

Com essa eleição municipal o DEM, PT e PMDB perderam espaço na câmara dos vereadores. Josenildo Sinésio (PT) e Múcio Magalhães (PT) só ficam na casa esse ano, Marcos Menezes (DEM) também não conseguiu se reeleger. Liberato Costa Junior (PMDB) não quis disputar as eleições. As legendas PSDB e PTN elegeram dois representantes cada. Enquanto que PTC e PHS aumentaram suas bancadas.

Confira a lista de todos os eleitos para o cargo de vereador no Recife:

André Ferreira (PMDB) – 15.774

Antônio Luiz Neto (PTB) – 13.833

Priscila Krause (DEM) – 13-386

Estefano Menudo (PSB) – 12.012

Raul Jungmann (PPS) – 11.873

Professor Jairo Brito (PT) – 11.233

Maguari (PSB) – 10.806

Missionária Michele Collins (PP) – 10-589

Luiz Eustáquio (PT) – 9.928

Irmã Aimée (PSB) – 9.916

Felipe Francismar (PSB) – 9.788

Jurandir Liberal (PT) – 9.113

Carlos Gueiros (PTB) – 8.949

Osmar Ricardo (PT) – 8.714

Almir Fernando (PCdoB) – 8.522

Marilia Arraes (PSB) – 8.481

Isabella de Roldão (PDT) – 8.480

Augusto Carreiras (PV) – 8.376

Eduardo Marques (PTB) – 8.234

Eriberto Rafael (PTC) – 7.952

Alfredo Santana (PRB) – 7.854

Vicente (PSB) – 7.823

Dr. Rogério Lucca (PSL) – 7.597

André Regis (PSDB) – 7.273

Henrique Leite (PT) – 7.271

Aline Mariano (PSDB) – 6.948

Gilberto Alves (PTN) – 6.015

Marco Aurélio Meu Amigo (PTC) – 5.999

Jadeval de Lima (PTN) – 5.784

Eurico Freire (PV) 5.733

Rodrigo Vidal (PDT) – 5.441

Edmar de Oliveira (PHS) – 5.352

Marcos Di Bria (PTdoB) – 5.350

Aderaldo Pinto (PRTB) – 5.203

Eri (PTC) – 4.902

Aerto Luna (PRP) – 4746

Davi Muniz (PHS) – 4.739

Wilton Brito (PHS) – 4.518

Eduardo Chera (PTN) – 4.205

 

Com 23% das urnas apuradas, o candidato do PSD Cesar Souza Junior lidera as votações em Florianópolis (SC), com 31% dos votos válidos. Em segundo lugar os candidatos Gean Loureiro, do PMDB, e Angela Albino, do PC do B, seguem empatados com 25%.

O ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou liminar pedida pela direção nacional do PSD para apoiar a candidatura do ex-ministro Patrus Ananias (PT) à prefeitura de Belo Horizonte ao invés do atual ocupante do cargo, Marcio Lacerda (PSB), que disputa a reeleição apoiado pelo PSDB.

A direção do PSD em Belo Horizonte, alinhada com o senador tucano Aécio Neves (MG), registrou o partido na coligação do socialista, mas a direção nacional ainda tenta na Justiça Eleitoral transferir o apoio - e os pouco mais de dois minutos a que a legenda tem direito na propaganda eleitoral gratuita - para a candidatura petista.

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A medida atende a pedido da presidente Dilma Rousseff ao presidente nacional do PSD, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Desde o início das costuras eleitorais, a legenda estava ao lado de Lacerda, mas, com saída do PT da aliança, Dilma pediu a mudança de posição a Kassab, que determinou a intervenção em Belo Horizonte.

A Justiça Eleitoral em Minas já considerou inválida a intervenção, considerada "truculenta" pelo secretário-geral do partido na capital e em Minas, Alexandre Silveira, que ocupa o cargo de secretário de Estado no governo do tucano Antonio Anastasia. O TSE ainda julgará o mérito da ação.

DEM, PMDB, PSDB, PT e os demais 18 partidos políticos que perderam parlamentares para o PSD terão de descontar recursos do Fundo Partidário, retroativos ao mês de julho, e repassá-los à legenda do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Foi o que decidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sessão administrativa realizada na noite da terça-feira.

O voto da ministra relatora, Luciana Lóssio, atende ao pedido do PSD. No dia 29 de junho, o partido obteve do tribunal o direito de ter participação na divisão dos recursos do Fundo Partidário sobre sua bancada na Câmara, de 51 deputados. Como a decisão só foi publicada no dia 27 de agosto, restou a polêmica sobre a vigência da decisão do tribunal, se a partir da decisão ou da data da publicação. A maior parte dos ministros acompanhou o voto da relatora sobre o direito de contar o recebimento da parcela do fundo a partir da data da decisão. O ministro Arnaldo Versiani foi voto vencido, no entendimento de que o direito só valeria a partir da publicação do acórdão.

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Os valores se referem à repartição de 95% do fundo, distribuídos entre as legendas, proporcionalmente aos votos recebidos pelos partidos na última eleição para a Câmara dos Deputados. Com a decisão de junho deste ano, o PSD receberá mais de R$ 1 milhão por mês. Os valores referentes aos meses de julho e agosto serão pagos integralmente junto com a parcela de setembro. As quotas do Fundo partidário são pagas no dia 20 de cada mês.

O PSD receberá, ainda, recursos do fundo descontados do PCdoB, PDT, PHS, PMN, PP, PPS, PR, PRB, PRTB, PSB, PSC, PSDC, PSL, PT do B, PTB, PTC, PTN E PV. De acordo com o TSE, os candidatos, eleitos e não eleitos, que se filiaram ao PSD, tiveram mais de 6 milhões de votos nas eleições de 2010. O partido vinha recebendo pouco mais de R$ 40 mil por mês, equivalente ao porcentual mínimo contado sobre o rateio dos 5% do fundo distribuídos igualitariamente entre os partidos.

A direção do PSD mineiro apresentou nesta quinta-feira (9) recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) para tentar reverter a decisão que suspendeu a intervenção no diretório de Belo Horizonte e manteve a legenda na aliança do atual prefeito Marcio Lacerda (PSB). O objetivo do grupo ligado ao presidente nacional do partido, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é aderir à coligação do ex-ministro Patrus Ananias (PT) para equilibrar o tempo de propaganda eleitoral gratuita do petista na TV e no rádio.

Com 19 partidos em sua aliança - incluindo o PSD -, Lacerda terá direito a 14 minutos e 19 segundos de propaganda eleitoral, além de 1.289 inserções de 30 segundos ao longo da programação, contra oito minutos e 22 segundos e 754 inserções de Patrus. Caso a Justiça Eleitoral acate o recurso apresentado nesta quinta, o candidato petista passará a ter direito e mais dois minutos e 22 segundos do PSD.

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"Vamos até o fim. Eles estão equivocados", afirmou o presidente do PSD em Minas, Paulo Safady Simão, referindo-se à decisão judicial que derrubou a intervenção determinada por Kassab e manteve o partido na coligação de Lacerda. "Insistem em manter uma aliança que deixou de existir em 30 de junho", acrescentou, referindo-se ao dia em que o PT decidiu rachar com o PSB e lançar candidato próprio para a disputa na capital mineira.

A decisão de apoiar Lacerda foi tomada pela direção do PSB em Belo Horizonte, ligada ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Com a saída do PT da aliança em torno do prefeito, tucano, que pode disputar com o PT a Presidência em 2014, passou a ser o principal cabo eleitoral do socialista.

Após almoçar com Kassab nesta quinta em São Paulo, Safady afirmou que a direção estadual e nacional do partido está disposta a recorrer até ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o partido fique ao lado de Patrus. "Claro que a gente está junto e tricota sobre isso. Vamos manter a luta e não vamos esmorecer. Se for preciso, vamos até Brasília", disse, sobre um possível recurso à instância máxima da Justiça Eleitoral. Até a noite desta quinta, o TRE-MG não soube informar a previsão de análise do caso. "O PSD representa uma força política e queremos fazer a aliança em Belo Horizonte. Mas vamos aguardar a decisão do Poder Judiciário", disse Patrus

Lula - Patrus confirmou que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas afirmou que a preocupação sobre a data de participação dos dois principais líderes petistas na campanha na capital é "dos adversários". "Essa ansiedade sobre se o Lula vai gravar, se não vai gravar e se a presidente Dilma vem a Belo Horizonte ou não vem é dos adversários. Sei que eu conto com a total solidariedade do presidente Lula e da presidente Dilma", disse.

 

Em caminhada no bairro da Mustardinha, o candidato a prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), comentou sobre a expectativa do primeiro web debate realizado pelo portal LeiaJá nesta próxima quinta-feira (9), que contará com seis dos oito postulantes dessa eleição. “O debate é um momento sempre bom para apresentar nossas propostas para a cidade. É um ambiente favorável para discutir e conhecer as propostas de cada um, dessa forma a população poderá fazer suas escolhas. Estamos confiantes e esse debate vai nos ajudar a vitória nessas eleições”, comentou Geraldo.

Questionado se o principal oponente seria o candidato Humberto Costa (PT) ou Mendonça Filho (DEM), pois ambos aparecem a frente dos socialistas nas pesquisas de intenção de votos, Geraldo não quis se apressar e desconversou. “Não estamos disputando a eleição contra ninguém, mas a favor do povo do Recife para mudar a vida do recifense”, declarou.

Sobre a prestação de contas parciais divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que aparece como o candidato que mais arrecadou e mais gastou até o momento, Geraldo declarou: “tenho a felicidade de ser o escolhido por 14 partidos e representar toda essa força política.” De acordo com a justiça eleitoral, até o momento o candidato recebeu R$ 1.586 milhão e já gastou R$ 695.082,92.

No fim da caminhada o candidato fez um pequeno discurso apresentando suas propostas na áreas de saúde, saneamento e segurança publica com a implantação de mil câmeras de segurança na cidade do Recife. “Vamos terminar as obras inacabadas dessa gestão que há mais de dois anos estão paradas, criar o Pacto pela vida municipal duplicando a quantidade de guardas municipais nas creches e escolas. Também vamos colocar em prática o Compax, programa idealizado pelo deputado federal Raul Henry (PMDB), quando se candidatou a prefeito há quatro anos.

 

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Levando em conta o calendário eleitoral, ao retornar do recesso parlamentar, a Câmara Municipal do Recife decidiu por meio de uma resolução aprovada em plenária, mudar o horário das reuniões ordinárias para às segundas e terças-feiras, às 10h30. Segundo o Presidente da casa, Jurandir Liberal (PT), a mudança não fere a legislação eleitoral, possibilitando organizar as atividades parlamentares e as agendas de campanha.

Dos 37 vereadores, somentes dois, Romildo Gomes (PSD) e Liberato Costa Júnior (PMDB), não concorrem à reeleição. Jurandir aproveitou a volta dos trabalhos legislativos para fazer um balancete das atividades desenvolvidas pela casa no semestre passado, ressaltando as 12 Comissões Temáticas que estudam e analisam os projetos. 

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Em um comparativo com a legislatura de 2010, quando 126 projetos foram apresentados e 110 receberam aprovação. Em 2011 foram apresentados 194, com a aprovação de 103. Já no primeiro semestre de 2012, os parlamentares propuseram 94 projetos e 70 receberam aprovação.

Exatos 19 dias depois de o presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, intervir no diretório municipal de Belo Horizonte para reforçar a candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura da capital, o partido reunirá sua executiva nacional em Brasília. A reunião está marcada para o meio-dia desta terça-feira (24) e já é certo de que o colegiado de 25 dirigentes partidários não estará completo: o ex-ministro Roberto Brant (MG) deixou uma das vice-presidências da legenda e se desfiliou em protesto contra a intervenção nacional.

Brant não foi o único que se queixou da medida de força do presidente, que não consultou nenhum dirigente para desmontar a parceria com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, que disputa a reeleição apoiado pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG). Na verdade, quem mais se rebelou contra a intervenção e abriu dissidência interna contra o comandante do partido foi a primeira vice-presidente e senadora Katia Abreu (TO), para quem Kassab teria agido de forma "truculenta, desleal e desrespeitosa com os demais dirigentes".

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A insatisfação da senadora foi tão grande que abriu espaço para o vice-presidente Michel Temer convidá-la a ingressar no PMDB. Kátia agradeceu o convite e disse que iria refletir e só tomaria uma decisão depois das eleições municipais.

Este encontro será marcado pelo primeiro embate entre os dois e a aposta geral é de que ela vai cobrar o presidente pela interferência que contraria o estatuto do partido, O artigo 60 do estatuto diz que "compete à Executiva Nacional suspender ou cancelar a realização de Convenções Municipais e Estaduais, sejam ordinárias, ou extraordinárias, bem como anular as realizadas, quando assim determinar o interesse partidário". Também atribui à executiva nacional a tarefa de "designar comissões provisórias e interventoras estaduais e municipais, de acordo com as disposições deste estatuto". Isto significa, na prática, que Kassab teria que ter convocado uma reunião de emergência com os 25 dirigentes nacionais da legenda para decretar a intervenção.

 

O grupo do PSD mineiro ligado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) quer que o prefeito de São Paulo e presidente do partido, Gilberto Kassab, se desculpe pela intervenção para que a legenda apoie Patrus Ananias (PT) ao invés de Marcio Lacerda (PSB) na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte. Segundo o secretário-geral do PSD em Minas e na capital, Alexandre Silveira, o paulistano precisa "reconhecer o equívoco" da medida, suspensa na segunda-feira (16) por uma liminar da Justiça Eleitoral.

"Queremos que o Kassab nos chame para reconhecer o equívoco que ele cometeu em Belo Horizonte. Não queremos um partido que tenha dono", afirmou Silveira, que ocupa cargo de secretário de Estado no governo de Minas, comandado por Antonio Anastasia (PSDB), afilhado político de Aécio. Na avaliação de Silveira, o PSD pode virar palco de "combate interno" por causa da intervenção, que levou à desfiliação do ex-deputado Roberto Brant e a declarações de protesto da vice-presidente do partido, senadora Kátia Abreu (GO).

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A intervenção, que Kassab determinou atendendo a pedido da presidente Dilma Rousseff, fez com que a sigla fosse incluída nos pedidos de registro das candidaturas de Patrus e de Lacerda, que disputa a reeleição e cujo apoio havia sido decidido na convenção municipal do PSD. Na liminar concedida na segunda-feira, o juiz diretor do foro eleitoral de Belo Horizonte, Rogério Alves Coutinho, afirmou que o presidente da legenda cometeu um "ato despótico" ao determinar a intervenção. O grupo favorável ao apoio ao petista ainda pode recorrer da decisão.

Ao retirar o apoio à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), para aderir à candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias, o prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, fez dois movimentos no xadrez político da sucessão de 2014. Além de tentar puxar o tapete do pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), o prefeito alinhou o PSD na base de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em telefonema a Aécio, Kassab disse que houve "um apelo" de Dilma. "Eu não queria fazer isso agora, mas, se é para ficar contra alguém, que seja o PSDB, porque a Dilma e o PT deram todo o apoio ao PSD", explicou a um correligionário. "Não podemos mostrar ingratidão. Isso causaria ao partido um prejuízo desgraçado", previu, em conversas reservadas.

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Em defesa da intervenção para desmontar a aliança do PSD com Lacerda e Aécio, Kassab disse a deputados mineiros que a eleição em Belo Horizonte ganhara dimensão nacional. Questionado sobre a parceria com o tucano José Serra em São Paulo, respondeu de pronto que, diferentemente de Aécio, Serra não será candidato a presidente.

"Dei-me conta de que a questão local estava nacionalizada quando vi o (vice-presidente) Michel Temer comandando a operação no PMDB para retirar a candidatura do deputado Leonardo Quintão à prefeitura", contou Kassab, que entende que Aécio errou ao pressionar contra a coligação PSB-PT para eleger vereadores, o que levou os petistas a saírem da chapa de Lacerda. Foi a partir desse rompimento que Dilma entrou em cena na montagem da candidatura petista, acionando o PMDB e a sigla de Kassab. Parte da cúpula do PSD entendeu que o movimento de Aécio acabou jogando o PMDB "no colo" da presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A intervenção do presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no diretório de Belo Horizonte contraria o estatuto do partido. Para retirar o apoio à reeleição de Marcio Lacerda (PSB) e decretar a aliança com o PT, Kassab ouviu os seis deputados da bancada de Minas - quatro o apoiaram. O artigo 60 do estatuto diz que "compete à Executiva Nacional suspender ou cancelar a realização de Convenções Municipais e Estaduais (...), bem como anular as realizadas, quando assim determinar o interesse partidário". E atribui à executiva a tarefa de "designar comissões provisórias e interventoras estaduais e municipais".

Ou seja, Kassab deveria ter convocado os 25 dirigentes nacionais do PSD. Participariam da reunião a 1ª vice-presidente, senadora Kátia Abreu (TO), que redigiu carta contra a medida "truculenta, desleal e desrespeitosa com os demais dirigentes", e o 2º vice Roberto Brant (MG), que deixou o posto após a intervenção.

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Em conversa com os deputados em Brasília, Kassab alegou que o apoio a Lacerda teria de ser revisto a pedido da presidente Dilma Rousseff. Disse que não queria fazer uma opção agora, mas não havia outro jeito, pois a disputa estaria nacionalizada.

"Pedi para discutirmos com mais cautela, mas não fui ouvido", disse o deputado Marcos Montes (PSD-MG), um dos votos contrários da bancada e aliado do tucano Aécio Neves. "Ninguém quer implodir o partido, mas vamos ter que administrar isso. A intervenção é ilegal." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acusado de autoritarismo pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) por ter imposto a aliança com o ex-ministro Patrus Ananias (PT) na disputa em Belo Horizonte, o prefeito de São Paulo e presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, afirmou que "o tempo vai dizer se ela está certa ou o partido estava certo".

A senadora afirmou que Kassab cometeu "abuso de poder" e "abandonou qualquer resquício de lealdade e respeito devido aos dirigentes". Kassab respondeu com elogios. "Ela já antecipadamente declarou que seria contra a intervenção. Foi feita intervenção a pedido da direção de Minas Gerais e também de Belo Horizonte, que acho correta. A divergência não diminui em nada a admiração e o respeito que eu tenho por ela."

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Kassab determinou na semana passada que o PSD abandonasse a coligação pela reeleição de Marcio Lacerda (PSB) para apoiar Patrus. "Nossa convenção definiu apoio ao Lacerda, que era então apoiado pelo PT e pelo PSDB. Só que depois PT e PSDB não caminharam juntos", justificou-se. "Nós entendíamos que houve uma nacionalização do processo e não era o momento de dar apoio ao candidato que desfez uma aliança." Kassab sustentou que a decisão foi apoiada pela sigla em Minas. "Foi uma intervenção a pedido", afirmou o prefeito.

Felicidades - Após a ação, o partido perdeu seu segundo vice-presidente, Robert Brant (MG). Kassab desejou "felicidades" a ele. "É um direito dele, é da democracia. Ele entendeu que este deveria ser o seu caminho."

Ontem, Kátia Abreu foi procurada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Durante o almoço, ele a convidou a deixar o PSD e filiar-se ao PMDB.

No dia anterior, a senadora divulgou carta enviada a Kassab em que manifestava "indignação e repúdio à intervenção arbitrária e clandestina".

Agora, um grupo de dissidentes quer de Kassab o "compromisso moral" de que a intervenção "à la Belo Horizonte" não se repetirá. Kátia Abreu afirmou que uma decisão como essa não se decide "trancado em quarto de hotel". "Se fosse em cima de mim no Tocantins, me obrigando a coligar com o PT, seria a desmoralização total", disse.

Não é a primeira vez que a senadora ataca Kassab. Em março, Kátia Abreu criticou a aliança com o então pré-candidato à Prefeitura José Serra (PSDB). "O importante é que as divergências sejam claras. Ela discordou de uma posição aqui em São Paulo, quando do apoio ao candidato Serra e agora em relação à intervenção. Mas ela fez com muita autenticidade, muita transparência", disse Kassab.

Polêmica - Após emplacar Alexandre Schneider como vice da chapa, o poder de Kassab na campanha de José Serra (PSDB) também tem causado descontentamento nos bastidores. Tucanos especulavam que o coordenador da campanha, Edson Aparecido, poderia largar o posto. O candidato, porém, negou os boatos e fez caminhada com Aparecido.

Questionado sobre o assunto, Kassab elogiou o coordenador da campanha, classificando-o como "experiente" e "conciliador". "O Edson Aparecido é fundamental", disse. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A intervenção do prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em favor do PT na eleição de Belo Horizonte, produziu a primeira baixa no partido recém-legalizado. Inconformado com "o ato truculento" tramado no gabinete da presidente Dilma Rousseff para desmontar a aliança com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, o vice-presidente nacional do PSD, Roberto Brant, abandonou o posto na direção partidária nesta sexta e anunciou sua desfiliação da legenda.

"Como é que o prefeito de São Paulo desembarca em Belo Horizonte para interferir na política mineira?", questionou o ex-deputado e ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso que ajudou Kassab a montar o PSD em Minas Gerais. "Dizem que ele o fez para pagar débitos políticos atrasados com o PT, mas fiquei magoado e ferido como mineiro e dirigente do PSD porque não fui ouvido e BH não é moeda de troca para isto", protestou.

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Brant entende que a tese da nacionalização da eleição em Belo Horizonte, não justifica "de jeito nenhum" a intervenção, até porque Kassab está praticando a política do "faça o que eu mando e não faça o que eu faço". Afinal, destaca, em SP Kassab apoiou Serra, "que faz o discurso mais oposicionista do Brasil". Ele diz que, entre a presidente Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), não saberia em quem votar se a sucessão presidencial fosse hoje. "Não tenho restrição à Dilma", completa.

Brant afirma que o PSD foi constituído em reação ao autoritarismo dos partidos brasileiros, que em grande parte funcionam com comissões provisórias que são implodidas pela direção nacional sempre que há conflitos. No caso do jovem PSD, prossegue Brant, bastou um ano de existência e o primeiro embate, "e o partido implodiu".

O dirigente do PSD lembra que o PFL e o DEM mantinham a tradição de reuniões semanais da executiva nacional, com ou sem pauta de discussão. E reclama de que o novo partido jamais reuniu seus dirigentes. "Nascemos da crítica da falta de democracia no sistema partidário, mas o PSD se transformou rapidamente no mais antidemocrático, autoritário e personalista dos partidos relevantes no quadro nacional".

Ele reconhece em Kassab um político habilidoso que acumula vitórias, mas pondera: "Por mais talentoso e competente que o prefeito seja, ele é muito menos do que o necessário para se formar um partido que sirva à democracia brasileira. Kassab feriu profundamente as tradições e o sentimento de Minas e está contrariando os compromissos que ele mesmo firmou, com o exercício do poder pessoal levado ao extremo".

Questionado sobre a decisão radical de sair da vice-presidência nacional do PSD e se desfiliar sem sequer comunicar ao prefeito, Brant diz que poderia sair em silêncio, mas decidiu protestar e não tinha outra forma de fazê-lo. Ele entende que uma pessoa sozinha não pode governar um partido de 56 deputados e dois governadores, mas diz que não há como mudar esta realidade.

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