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A jovem de 27 anos que foi morta pela bala perdida de um policial militar, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, deixou duas filhas pequenas. O corpo da gerente de loja Júlia Ferraz Signoreto foi sepultado, no início da tarde desta terça-feira (15) no Cemitério da Saúde, no bairro Campos Elíseos. Abalados, os familiares mais próximos não quiseram falar com a reportagem.

Uma prima, que falou sob a condição de não ser identificada, descreveu um clima de total comoção. "Ela estava no auge da vida, tinha recebido uma nova proposta de trabalho e estava feliz. Deixou duas filhas pequenas, que o pai delas e a família vão continuar apoiando, como sempre fizeram." Em sua página no Instagram, Julia se identificava como "mãe de Valentina e Vitória".

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Conforme a parente, Júlia perdeu a mãe quando tinha 12 anos e ela e o irmão foram criados pelos tios. O pai da jovem mora em São Paulo, onde tem uma empresa de artefatos de madeira. A prima lamentou a imprudência do policial que teria reagido a uma suposta tentativa de roubo, contestada pelos envolvidos.

"Ele fez dez disparos em plena avenida, com muita gente circulando. Foi muita imprudência. Vi que já foi solto. Não posso falar em nome da família, mas acho muita injustiça."

O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (14), quando Julia deixou uma casa noturna acompanhada de um amigo. Imagens de câmeras instaladas no local mostram os dois caminhando pela calçada da Avenida Independência, quando surgem duas motos na pista.

Em uma delas estava o soldado da PM Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos, e na outra Gustavo Alexandre Scandiuzzi Filho, de 26 anos, que levava na garupa, Arthur de Lucca dos Santos Freitas Lopes, de 18.

Pelas imagens que já estão em posse da polícia, o soldado e os dois rapazes parecem discutir. Em dado momento, a moto com os rapazes se afasta e o policial em sua moto aponta a arma e faz vários disparos.

Outra câmera mostra quando a jovem, que seguia mais adiante pela calçada com o amigo, recebe o tiro e cai. O policial usou o celular para chamar reforço. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a morte foi constatada;

Os dois jovens foram baleados nas pernas e abordados pela polícia quando recebiam atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. A perícia recolheu dez cápsulas deflagradas no local.

Em depoimento, o soldado disse que estava de folga e ia para uma lanchonete quando foi abordado pela dupla. Um deles teria perguntado se a moto tinha seguro, pois ele ia perdê-la.

Segundo o policial, quando o garupa sacou uma arma, ele fez os disparos. Os dois jovens, no entanto, deram outra versão: disseram que estavam discutindo com o ocupante da moto devido a uma manobra dele e teriam dito apenas que "iriam pegá-lo".

A delegada da Polícia Civil que investiga o caso, Vanessa Matos da Costa, disse que as imagens das câmeras indicam que houve excesso na conduta do policial militar. Segundo ela, ainda que houvesse tentativa de roubo, o que não ficou configurado, o policial começou a atirar depois que os jovens já haviam se afastado dele. Além disso, descarregou a arma em local muito movimentado, colocando em risco a vida de outras pessoas - como a da jovem que acabou atingida e morta.

O soldado foi preso em flagrante pela morte de Júlia, entendida como homicídio doloso na modalidade de dolo eventual, já que ele teria assumido o risco de produzir o resultado morte. O policial também deve responder por duas tentativas de homicídio, por ter baleado os dois jovens. Maicon foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na capital.

Nesta terça-feira, 15, durante audiência de custódia, a Justiça mandou soltar o PM Santos para que responda ao processo em liberdade. O benefício foi concedido mediante a adoção de medidas cautelares, como se apresentar em juízo mensalmente, fazer prova do endereço e recolhimento domiciliar nos dias de folga, podendo sair de casa apenas para o trabalho.

O advogado do soldado, Gustavo Henrique de Lima e Santos, foi procurado pela reportagem e ainda não deu retorno. A defesa de Arthur, o rapaz que estava na garupa da moto, disse que seu cliente tem 18 anos e nunca teve qualquer passagem pela polícia. Segundo ele, tanto Arthur como Gustavo, o piloto da moto, estavam desarmados. A reportagem não conseguiu contato com o defensor de Gustavo.

O vereador de Ribeirão Pedro, interior de São Paulo, Lincoln Fernandes (PDT), afirmou que o ex-ministro Ciro Gomes discutiu com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) porque xingaram a esposa dele.

"Uma coisa que pouca gente falou é que chamaram a esposa dele de prostituta e ele de nordestino de merda. Eu sou testemunha. Os caras provocam já com o celular na mão", disse o parlamentar ao site A Cidade.

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Entenda

Na quinta-feira (28), em visita ao Agrishow, realizado em Ribeirão Preto, Ciro foi confrontado por bolsonaristas. A assessoria do ex-ministro assegurou que o pedetista foi insultado e sofreu tentativas de agressão física.

"Os agressores agiram com violência e com profundo preconceito contra nordestinos, atacando com forte conotação racista a sua origem cearense", diz a nota.

Confira o vídeo

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Uma mulher de 35 anos passou seis meses com um pedaço de pano dentro do ânus após fazer uma cesárea no Centro de Referência da Saúde da Mulher de Ribeirão Preto (Mater), no interior de São Paulo. O objeto só foi descoberto após a paulista sentir um mal-estar, que a fez buscar uma unidade hospitalar na madrugada da última sexta-feira (11), apresentando febre e fortes dores abdominais. Uma parte do pano começou a sair enquanto a mulher fazia suas necessidades. 

Franciele Cristina da Silva foi submetida a uma cirurgia no sábado (12) no Hospital das Clínicas e se recupera em casa. A mulher é mãe de cinco meninas, a mais nova tendo nascido no dia 30 de setembro de 2021. O parto ocorreu bem e até janeiro deste ano havia nada de incomum no quadro de saúde da mãe, de acordo com o relato feito ao G1.  

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Após as fortes dores, a dona de casa foi a um hospital municipal local. As equipes, então, decidiram transferir a paciente para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Na unidade, ela foi submetida a uma tomografia de abdômen e pelve, sendo constatados sinais de uma extensa inflamação no reto, segundo o prontuário médico. 

Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso nesta terça-feira (15) e uma investigação da Polícia Civil foi aberta. Em nota, a Mater se solidarizou com a paciente e se colocou à disposição dos familiares para esclarecimentos. A maternidade também informou que uma sindicância foi aberta para apurar todos os detalhes da assistência prestada à paciente e que tomará as providências necessárias caso sejam constatadas falhas. A unidade ainda relatou que a mulher foi prontamente acolhida por uma equipe multidisciplinar e segue recebendo todos os cuidados e recursos adequados. 

 

O Hospital São Francisco de Ribeirão Preto (HSF/RP), em São Paulo, está com processo seletivo aberto para residência médica. Ao todo, são 34 vagas em diferentes especializações. Os interessados podem realizar as inscrições até o dia 21 de dezembro, unicamente pelo envio da documentação exigida para o endereço eletrônico leonardo.canhete@hapvida.com.br.

Podem participar da seleção médicos recém formados, ou que estejam no último semestre da graduação, porém com cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM), e com a conclusão do curso prevista para antes do início da residência, que será entre fevereiro e março de 2022. As áreas disponíveis para atuação, e suas respectivas vagas são: anestesiologia (8 vagas), cardiologia (5), cirurgia cardíaca (1), cirurgia geral (8), medicina intensiva (3), ortopedia, traumatologia (3), coloproctologia (2), urologia (3), e hemodinâmica (1).

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No momento da inscrição, devem ser enviadas uma declaração de conclusão do curso de medicina, confirmando que a formação será finalizada antes do período de início do estágio prático, além de uma cópia do registro do CRM e o currículo profissional atualizado.

O processo seletivo consiste em duas etapas, sendo a primeira uma prova escrita, que será realizada no dia 6 de janeiro de 2022, em formato virtual. O candidato receberá um pedido de autenticação por e-mail, por onde também receberá a prova, e deverá enviar as respostas para o mesmo endereço eletrônico.

Já a segunda etapa, de caráter eliminatório e classificatório, será uma entrevista em formato presencial, no HSF/RP, nos dias 12 e 13 de janeiro. Para chegar à segunda fase é preciso ter obtido o mínimo de 50% de rendimento na prova escrita.

O resultado está previsto para ser divulgado no dia 17 do mesmo mês.

A Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto, São Paulo, aprovou uma moção de repúdio aos Correios da Noruega por conta de uma propaganda em que o Papai Noel beija um homem. O autor da moção é o vereador André Rodini (Novo), que também endereçou ao portal de notícias G1 por veicular a propaganda norueguesa.

Para o parlamentar, "o Papai Noel não tem que sair do armário, ele que tem que descer pela chaminé". Para além do Natal, a peça publicitária celebra os 50 anos do fim da lei que proibia o casamento homoafetivo na Noruega.

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"Eles poderiam ter utilizado Odin, Thor, qualquer outro mito da religião nórdica. O Papai Noel não é mais uma representação cristã, ele é uma representação universal. Na cabeça das crianças, ele representa o lúdico. O Papai Noel é uma das poucas lendas universais que prega a meritocracia. Se você respeitar as pessoas, receberá um mimo no final do ano", disse o vereador Rodini.

Nas suas redes sociais, ele não compartilhou a sua "vitória" com a moção de repúdio que foi aprovada por seis dos vereadores de Ribeirão Preto. Cinco parlamentares votarão não e cinco preferiram se abster.

Um homem de 55 anos morreu em decorrência da Covid-19 na madrugada desta sexta-feira (4), no Polo Covid instalado na UPA da Avenida Treze de Maio, em Ribeirão Preto. Familiares disseram que ele aguardava transferência para UTI hospitalar. Uma decisão da Justiça de quarta-feira (3) ordenou a transferência de 33 pacientes que estavam na fila, mas não houve confirmação de que a vítima desta sexta seria uma das beneficiadas.

Na quarta-feira, a juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo determinou que o município recorresse à rede particular, caso não houvesse leito disponível no sistema público, fixando pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. Ela reconheceu o risco de morte dos pacientes.

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O Polo Covid recebe pacientes para acompanhamento médico e que, dependendo da evolução da doença, podem precisar de transferência para hospitais com suporte avançado. A vítima da covid-19, Orson Belfort Viana da Silva, estava na unidade desde segunda-feira, 31. No dia seguinte, ele precisou de oxigênio, pois estava com a saturação muito baixa. Na quinta-feira, 3, com o estado se agravando, ele foi intubado. Horas depois, Orson sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. O paciente, que era obeso, deixou seis filhos e três netos.

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto informou que a transferência de pacientes depende da decisão dos médicos e da disponibilidade de leitos nos hospitais. Conforme a pasta, na manhã desta sexta, 22 pacientes estavam internados em UPAs (unidades de pronto atendimento), aguardando vagas para transferência a hospitais com suporte mais avançado.

No dia anterior, o número era de 26. Dos 324 leitos de UTI para covid-19 na cidade, 304 estavam ocupados (93,8%), com 232 em respiradores. Nas enfermarias, dos 384 leitos, 309 tinham pacientes (80,5%), oito em respiradores.

A prefeitura informou que, independentemente da decisão da Justiça, que será analisada pelo seu corpo jurídico, estão sendo feitos esforços, em conjunto com a Secretaria da Saúde do Estado, para zerar a fila de espera por vagas em hospitais. Boletim epidemiológico divulgado nesta sexta acrescentou mais 17 mortes na conta da covid-19 na cidade. Agora, são 2.226 óbitos desde o início da pandemia. A cidade confirmou mais 454 casos positivos, totalizando 39.314.

Por conta de um ketchup, o cliente de uma unidade da McDonald's de Ribeirão Preto, em São Paulo, intimidou funcionários e quase agrediu outros clientes. Nas imagens, o comerciante Luiz Rodrigo Franco Zucoloto pede o dinheiro de volta e chega a jogar um dos pedidos contra os atendentes para protestar pela falta do condimento.

Ele grita com funcionários da rede e tenta constranger um homem que acompanhava uma criança. Em determinado momento, pessoas precisam intervir e o seguram para evitar que agredisse outro cliente, no último sábado (26). “Toda vez eu sou tapeado aqui, sempre acaba o ketchup. Está pensando o quê? Toda hora acaba o ketchup nessa m**** aqui”, grita.

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Enfurecido, ele vai até o balcão e joga os lanches. Um dos sanduíches atingiu um dos funcionários, que ficam acuados no fundo do estabelecimento. Para tentar explicar sua raiva, Zucoloto conta que descontrolou-se porque se sentiu desrespeitado. Em entrevista ao G1, ele sugere que o vídeo só foi gravado quando ele já havia perdido a paciência.

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“Eu falei que já que não tinha o ketchup, que eu queria que devolvesse o dinheiro. Aí o gerente falou pra mim que ele não era obrigado a fornecer ketchup. Eu falei ‘como não? Qualquer lanchonete de esquina te dá ketchup, maionese, tudo, e vocês que são uma potência não querem me dar ketchup’?", relatou.

O comerciante acrescenta que é cliente da unidade e sempre utiliza o serviço drive-thru para comprar lanches para a filha. “Eu acho errado, mas é normal [não ter ketchup]. Só que nesse dia eu constatei que não faltava ketchup, tinha, mas eles não quiseram dar. Eles tinham que acabar com o lote de mostarda, porque ela sempre sobra. Eu me senti desrespeitado, mas 99% das pessoas não veem dessa forma”, analisou.

A repercussão do seu momento de descontrole o fez procurar a polícia, pois ele diz sentir medo de ser linchado. O cliente também confessou que se arrependeu da sua postura.

A rede de fast-food não chegou a registrar boletim de ocorrência e informou que a companhia tem compromisso de promover um ambiente de respeito, sem tolerar nenhum tipo de violência em seus restaurantes.

Acusado de colocar a saúde pública em risco, um promotor de eventos foi detido pela Polícia Militar de São Paulo em Ribeirão Preto (a 312 km da capital). De acordo com a corporação, o homem de 40 anos descumpriu às recomendações das autoridades de saúde. Em tempo de pandemia pelo Coronavírus (Covid-19), o sujeito organizava um festival de música eletrônica denominado "Corona Trance" e foi preso em flagrante.

Ainda segundo a polícia, a festa aconteceria durante os dias 21 e 22 de março. No local do evento, os agentes localizaram instalações clandestinas de água e luz, além de alimentos que já haviam ultrapassado o prazo de validade. Além do atentado à saúde pública, o homem foi indiciado por crime contra as relações de consumo e por furto qualificado.

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No momento em que as atenções das autoridades sanitárias se voltam para o risco do novo coronavírus, a dengue continua avançando no Estado de São Paulo. Na madrugada deste sábado (1º), uma criança de dez anos morreu com sintomas da doença, em Ribeirão Preto, interior do Estado. É a segunda morte por suspeita de dengue registrada na cidade este ano.

A vítima estava internada desde a sexta-feira (31) na unidade de emergência do Hospital das Clínicas. O paciente passou por atendimento na rede municipal, antes de ser encaminhado ao HC local. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o diagnóstico foi de dengue, mas ainda é preciso aguardar o resultado dos exames, por isso o caso é tratado como suspeito.

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São Paulo tem 390 mil casos confirmados e 256 óbitos até o dia 11 de novembro. Em 15 de janeiro, uma menina de 8 anos morreu com sintomas de dengue hemorrágica. Ribeirão Preto registrou 596 casos da doença em janeiro, 134% a mais que no mesmo mês do ano passado.

Em Presidente Venceslau, no oeste paulista, um homem de 43 anos morreu, na quarta-feira, 29, com suspeita de doença hemorrágica. Ele estava internado na Santa Casa local. A cidade já havia registrado uma morte suspeita de dengue no dia 16 de janeiro. A vítima foi um servidor municipal de 48 anos. A prefeitura informou que ainda aguarda o resultado dos exames feitos no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Outra morte com suspeita de dengue aconteceu também no dia 29, em Pirapozinho, na mesma região. A vítima, um idoso de 71 anos, apresentou sintomas e foi levada para o Hospital Regional de Presidente Prudente. A causa da morte constou no atestado de óbito, mas a prefeitura informou ser necessário aguardar os exames.

No oeste paulista, este ano, foram registradas mortes suspeitas por dengue também em Presidente Prudente e Parapuã - um caso em cada cidade. Houve ainda uma morte por dengue hemorrágica em Pederneiras.

A doença apresenta números elevados em muitas cidades do interior. Em Votuporanga, região norte do Estado, foram registrados 1.043 casos positivos este ano e tem 1.603 sendo investigados. Em São José do Rio Preto, foram 117 casos confirmados em janeiro, mas ainda há 571 em investigação. Catanduva tem 440 casos positivos e apura outros 1.043. Em Conchal, a situação é de epidemia, com 168 casos confirmados.

Em 2018, São Paulo registrou 444.593 casos de dengue, com 265 mortes, segundo o Ministério da Saúde. A Secretaria da Saúde do Estado informou que a doença é sazonal, com oscilação no número de casos e aumento a cada três ou quatro anos.

Desde o ano passado, há uma maior circulação do sorotipo 2 da dengue e quem teve a doença causada por vírus de outro tipo, pode apresentar quadro clínico mais grave quando infectado pelo tipo 2. A pasta informou que apoia as prefeituras em ações contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

O juiz Reginaldo Siqueira, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto (SP), condenou a prefeitura ao pagamento de R$ 102.613,31 por danos morais e materiais a um homem que tem a casa inundada toda vez que chove.

O município é responsável pela construção e manutenção das redes coletoras de águas pluviais nas áreas públicas, argumentou Siqueira. Logo, a falha no serviço implica na obrigação de indenizar os danos decorrentes.

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'Ocorrência de força maior'

A prefeitura alegava 'ocorrência de força maior'.

Mas o juiz concluiu. "Não há que se falar, no caso, em excludente de responsabilidade, pois, conforme constatado pelo perito, não há necessidade de chuvas excepcionais para causar enchentes e inundações."

Além do dano material, o magistrado concordou com a incidência de danos morais.

"Por fim, embora o imóvel seja habitável, as constantes enchentes, com alta probabilidade de recorrência, evidentemente causam danos de ordem moral ao autor, seja pela humilhação e constrangimento provocados pela perda e deterioração do patrimônio, seja pelo sofrimento e angústia decorrentes da possibilidade de ter que suportar as consequências de nova enchente a qualquer momento, seja, principalmente, pela aflição vivenciada no momento da inundação, diante do risco à saúde e até à vida."

Enxurradas

A perícia constatou que é recorrente a formação de fortes enxurradas que 'se elevam sobre os passeios e adentram em imóveis localizados em pontos mais baixos da rua'.

O homem tentou elevar sua casa em 20 cm, mas isso não foi suficiente para conter os estragos. O imóvel dele já sofreu desvalorização de 30%.

Ele afirma que o problema acontece desde a construção de três conjuntos habitacionais em 1995.

Perícia confirmou que o sistema de captação de águas pluviais projetado e executado pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo ficou sobrecarregado com a construção dos conjuntos.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

Nos autos, a prefeitura de Ribeirão Preto alegava 'ocorrência de força maior' e pedia 'excludente de responsabilidade'.

Também argumentava que 'ao caso se aplica a teoria subjetiva da responsabilidade civil e que não houve omissão'.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça tornou sem efeito a prisão preventiva determinada contra a ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP) Dárcy Vera (PSD). Para o colegiado, "não há elementos idôneos que justifiquem a manutenção da medida cautelar". As informações foram divulgadas pelo STJ.

Dárcy Vera, a prefeita "cor de rosa", foi condenada em primeira instância, em setembro de 2019, a 18 anos, nove meses e dez dias de reclusão, em regime inicial fechado, acusada de comandar um esquema criminoso que teria desviado cerca de R$ 45 milhões dos cofres do município. O caso foi investigado na Operação Sevandija.

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Radialista de profissão, Dárcy era conhecida em Ribeirão Preto pelo uso frequente da cor rosa - nas roupas e também em veículos de campanha.

Antes de assumir o executivo municipal, foi vereadora por quatro mandatos. Também elegeu-se uma vez deputada estadual.

Com a decisão da Sexta Turma, a ex-prefeita poderá ficar em liberdade enquanto recorre da condenação.

Quando sentenciou a ex-prefeita, o juiz da 4.ª Vara Criminal de Ribeirão Preto manteve a prisão preventiva a que ela já estava submetida, sob o entendimento de que haveria risco de fuga e de frustração da aplicação da lei penal.

O juiz considerou que o bloqueio de bens da acusada não seria suficiente para recompor o patrimônio público, havendo a expectativa de localização de outros ainda desconhecidos - o que poderia ser prejudicado com a ex-prefeita em liberdade.

Em habeas corpus requerido ao STJ, a defesa argumentou, entre outros pontos, que não haveria motivação idônea para manter a prisão preventiva, uma vez que os fundamentos utilizados na sentença seriam "genéricos".

Reavaliação

O relator do habeas corpus, ministro Rogerio Schietti Cruz, explicou que a prisão preventiva possui "natureza excepcional, sempre sujeita a reavaliação, sendo que a decisão judicial que a impõe ou a mantém deve ser suficientemente motivada, com indicação concreta das razões fáticas e jurídicas que a justifiquem, nos termos dos artigos 312, 313 e 282, I e II, do Código de Processo Penal".

Segundo Schietti, no momento da sentença "deve haver a reavaliação fundamentada da prisão preventiva do réu, com indicação de sua efetiva necessidade, se for o caso, pois perdura a presunção de não culpabilidade".

"A ausência de deliberação sobre a prisão preventiva, ou a realização de tal análise de modo superficial e sem a apresentação de motivos idôneos, no único momento em que a legislação assim determinou, por ocasião da sentença condenatória ou da decisão de pronúncia, configura ilegalidade que não pode ser tolerada, porquanto priva o sujeito passivo da medida cautelar do direito a ter, em momento crucial da persecução penal, a reavaliação judicial da persistência ou não dos motivos que, até então, o mantiveram sob segregação provisória", destacou o ministro.

Falta de elementos

Para Schietti, no caso da ex-prefeita, os motivos invocados pelo juízo para embasar a continuidade da prisão preventiva após a sentença não se mostram suficientes, "pois ele se limitou a justificar a medida na presunção de fuga da acusada, caso fosse colocada em liberdade, e na utilização do cárcere como meio para obter a reparação do prejuízo causado aos cofres públicos".

No entanto, segundo o ministro, "a sentença não apontou nenhum elemento concreto que indicasse o risco de fuga".

Além disso, ressaltou, já foi executado o bloqueio das contas bancárias da ex-prefeita, "não havendo dados que demonstrem a existência de outros bens em seu nome".

Mesmo reconhecendo que Dárcy Vera foi condenada a pena elevada, Schietti considerou "desproporcional" a manutenção da prisão preventiva, "pois a organização criminosa já foi desmantelada, as contas de sua titularidade estão bloqueadas e ela não exerce mais o cargo de prefeita".

STF

O relator observou também que não há previsão para a análise dos recursos defensivos e para o trânsito em julgado de eventual condenação - o que reforça a ilegalidade da prisão, uma vez que recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu ser constitucional a regra do Código de Processo Penal que prevê o esgotamento de todas as possibilidades de recurso para o início do cumprimento da pena.

Por estarem em situação idêntica à da ex-prefeita, o colegiado estendeu os efeitos da decisão aos coacusados Marco Antônio dos Santos, Sandro Rovani Silveira Neto e Maria Zueli Alves Librandi.

Os ministros ressalvaram a possibilidade de nova decretação da prisão provisória caso efetivamente demonstrada a superveniência de fatos novos que indiquem a sua necessidade, sem prejuízo da fixação de medida cautelar alternativa.

Cheio de desfalques, por conta de suspensões e contusões, o Sport encarou o Botafogo-SP, nesta quarta-feira (13), atrás de mais uma vitória no caminho praticamente pavimentado para a volta à Série A do Campeonato Brasileiro. E conseguiu. Com gols de Elton e Guilherme, o time de Guto Ferreira fez 2 x 0, fora de casa, chegou aos 63 pontos e já pode se considerar na primeira divisão em 2020.

O JOGO

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Ao 21 minutos, Guilherme fez a festa pelo lado esquerdo da defesa dos donos da casa e cruzou na medida. Elton, substituto de Hernane Brocador, subiu mais do que todo mundo para testar com força e abrir o placar para o Leão.

Lá trás, o goleiro Luan Polli trabalhava duro também. Primeiro, salvou um chute de Marlon Freitas de dentro da área. Depois, foi um buscar uma bola que iria no ângulo em cobrança de falta de Nadson.

Aos 13 da segunda etapa, Elton retribuiu a gentileza do primeiro tempo e deu um lançamento primoroso para Guilherme. O artilheiro da Série B levou a bola, entrou na área, driblou Darley e mandou para as redes: 2 x 0.

FICHA DE JOGO

Competição: Campeonato Brasileiro da Série B

Local: Estádio Santa Cruz (Ribeirão Preto)

Botafogo-SP: Darley; Lucas Mendes, Didi, Leandro Amaro e Pará; Willian Oliveira, Nadson (Higor Meritão), Marlon Freitas (Júlio César) e Bruno José; Felipe Saraiva (Renan) e Bruno Moraes. Técnico: Hemerson Maria

Sport: Luan Polli; Raul Prata, Adryelson, Rafael Thiery e Guilherme Lazaroni; Willian Farias, Yago (Ronaldo), Marquinho (Léo Artur) e Guilherme (Marcão); Hyuri e Elton. Técnico: Guto Ferreira

Gols: Elton e Guilherme (SPO)

Arbitragem: Rafael Tranci (SC)

Assistentes: Helton Nunes (SC) e Johnny Barros de Oliveira (SC)

Cartões amarelos: Didi (BOT); Guilherme Lazaroni (SPO)

Um tratamento inovador contra o câncer, feito com células reprogramadas do próprio paciente, foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.

Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático. O paciente, de 63 anos, já havia sido submetido sem sucesso a várias linhas diferentes de quimioterapia desde 2017.

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“A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observamos melhora clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor”, contou Renato Cunha, pesquisador associado ao CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP).

A terapia de células CAR-T (acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico) foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de US$ 400 mil – sem considerar os gastos com internação. Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala.

“Trata-se de uma tecnologia muito recente e de uma conquista que coloca o Brasil em igualdade com países desenvolvidos. É um trabalho de grande importância social e econômica para o país”, afirmou Dimas Tadeu Covas, coordenador do CTC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular, apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro paciente foi atendido pela equipe do CTC e do Hemocentro do HC-FMRP-USP na modalidade de tratamento compassivo, que permite o uso de terapias ainda não aprovadas no país em casos graves sem outra opção disponível. O grupo pretende agora iniciar um protocolo de pesquisa com um número maior de voluntários. “Já temos outros dois pacientes com linfomas de alto grau em vias de receber a infusão de células reprogramadas”, contou Cunha.

Como funciona

A partir de amostras de sangue dos pacientes a serem tratados, os pesquisadores isolam um tipo de leucócito conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo graças à sua capacidade de reconhecer antígenos existentes na superfície celular de patógenos ou de tumores e desencadear a produção de anticorpos.

Com auxílio de um vetor viral (um vírus cujo material genético é alterado em laboratório), um novo gene é introduzido no núcleo do linfócito T, que então passa a expressar em sua superfície um receptor (uma proteína) capaz de reconhecer o antígeno específico do tumor a ser combatido.

“Ele é chamado de receptor quimérico porque é misto. Parte de um receptor que já existe no linfócito é conectada a um receptor novo, que é parte de um anticorpo capaz de reconhecer o antígeno CD19 [antiCD-19]. Com essa modificação, os linfócitos T são redirecionados para reconhecer e atacar as células tumorais”, explicou Cunha.

Os leucócitos reprogramados são “expandidos” em laboratório (colocados em meio de cultura para que se proliferem) e depois infundidos no paciente. Antes do tratamento, uma leve quimioterapia é administrada para preparar o organismo.

“Cerca de 24 horas após a infusão das células CAR-T tem início uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo e induzindo a liberação de substâncias pró-inflamatórias para eliminar o tumor. Além de febre, pode haver queda acentuada da pressão arterial [choque inflamatório] e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. O médico deve ter experiência com a técnica e monitorar o paciente continuamente”, disse.

O aposentado submetido ao protocolo no HC da FMRP-USP no dia 9 de setembro já superou a fase crítica do tratamento, conseguiu se livrar da morfina – antes usada em dose máxima – e não apresenta mais linfonodos aumentados no pescoço.

“Além desses sinais clínicos de melhora, conseguimos detectar as células CAR-T em seu sangue e essa é a maior prova de que a metodologia funcionou”, disse Cunha.

De acordo com o pesquisador, somente após três meses será possível avaliar com mais clareza se a resposta à terapia foi total ou parcial – algo que depende do perfil biológico do tumor. Os linfócitos reprogramados podem permanecer no organismo pelo resto da vida, mas também podem desaparecer após alguns anos.

Versão brasileira

O projeto que possibilitou a produção das células CAR-T teve início há cerca de quatro anos, quando foi renovado o apoio da FAPESP ao CTC. Nesse período, foram conduzidos estudos fundamentais sobre as construções virais mais usadas para a modificação gênica, bem como estabelecidos modelos animais para os estudos pré-clínicos. Cerca de 20 pesquisadores, incluindo médicos e biólogos celulares e moleculares, além de engenheiros especializados em cultivo celular em larga escala, participam do projeto.

Mais recentemente, Cunha se incorporou ao time com a experiência clínica e laboratorial adquirida durante estágio realizado no National Cancer Institute, centro ligado aos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos e pioneiro na técnica. Em dezembro de 2018, o pesquisador recebeu da Associação Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês) o ASH Research Award e uma bolsa de US$ 150 mil para contribuir com o desenvolvimento da técnica na FMRP-USP. O projeto, no seu conjunto, teve apoio financeiro, além da FAPESP e do CNPq, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde.

“A metodologia que desenvolvemos é específica para o tratamento de linfoma, mas a mesma lógica pode ser usada para qualquer tipo de câncer. Estamos trabalhando em protocolos para o tratamento de leucemia mieloide aguda e para mieloma múltiplo. Também estamos acertando uma parceria com uma universidade japonesa com foco em tumores sólidos, como o de pâncreas”, contou Rodrigo Calado, professor da FMRP-USP e membro do CTC.

O objetivo do grupo, segundo Calado, é desenvolver tratamentos de custo acessível a países de renda média e baixa e possíveis de serem incluídos no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O custo da terapia de células CAR-T é muito próximo do valor que o SUS repassa para um transplante de medula óssea – hoje em torno de R$ 110 mil. Então o tratamento pode ser considerado acessível”, disse Calado.

Covas lembrou que o CTC tem tradição em terapias pioneiras, entre elas a aplicação de células mesenquimais para tratamento de diabetes e o transplante de medula óssea em portadores de anemia falciforme.

“Só conseguimos desenvolver o protocolo CAR-T de modo relativamente rápido porque temos uma estrutura há muito tempo em construção. Esse investimento da FAPESP em ciência básica, em formação de pessoas e em infraestrutura de pesquisa agora se traduz em novos tratamentos mais eficazes contra o câncer”, disse o coordenador do CTC.

Da assessoria do Hemocentro RP

Em uma investigação coordenada por agentes da Polícia Civil da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, no Interior de São Paulo, quatro homens foram detidos por manter em cativeiro por seis dias um homem de 74 anos. O local era uma chácara, na área rural da cidade de Jardinópolis. No ambiente, além dos sequestradores, foram apreendidos um carro, um simulacro de arma de fogo, facas, um cartão bancário, três máquinas de cartão, um par de algemas, seis aparelhos celulares e R$ 3.388,00 em espécie.

A vítima, um empresário do ramo comercial de veículos, relatou ter sido rendida após uma simulação de acidente, provocada pela quadrilha em uma rotatória na cidade de Ribeirão Preto. Não suspeitando da ação dos bandidos, o empresário os seguiu até o ponto no qual os próprios sequestradores lhe sugeriram que pagariam pelo prejuízo causado na batida. No local, o bando forçou o homem a entrar em outro carro e o levou ao cativeiro.

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Os criminosos foram presos em flagrante e encaminhados para a DIG de Ribeirão Preto, onde a ocorrência foi registrada. Todos responderão por extorsão mediante sequestro e por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa.

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Emocionante. Em uma noite fria de terça-feira, dia 4 de junho, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, uma final que esquentou o ginásio do Complexo Esportivo “Elba de Pádua Lima – Tim” – Cava do Bosque e fez muitas pessoas chorarem, torcerem, se emocionarem e segurarem o grito “É campeão!” até o último segundo do jogo. Brasil e Argentina protagonizaram o que se esperava das duas melhores seleções do II Campeonato Mundial de Futsal Down 2019, uma final que ficará para a história.

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Com 3,5 mil pessoas na Cava do Bosque apoiando os atletas, a Seleção Brasileira dominou o primeiro tempo. Com a pontaria certeira do artilheiro Renato Gregório (que fez quatro gols), o Brasil dominou a Argentina em quadra.

Quando a seleção argentina partia para cima do Brasil e conseguia finalizar, a estrela do goleiro Rafael brilhava. Com defesas espetaculares, o arqueiro fechou o gol e deu ao Brasil a vantagem de terminar o primeiro tempo vencendo por 5 a 2. O quinto gol do Brasil foi marcado por Caio Batista e o tento da Argentina, por Lucas Unhold.

Mesmo com toda a emoção vivida no primeiro tempo, as torcidas brasileira e argentina não esperavam que o segundo tempo seria ainda mais eletrizante, tendo sido considerado o mais emocionante de todos os jogos.

O Brasil estava com os atletas visivelmente mais cansados em quadra e ainda assim conseguiu aumentar a vantagem no placar, com o gol do Júlio Silva. Mas o que ninguém esperava aconteceu. Em uma espetacular reação, a Argentina, de gol em gol, foi encostando no placar. Mesmo com as defesas impressionantes do goleiro Rafael, a seleção argentina fez 6 a 4, com gols de Ignacio de Luca e Gaston Torche (2).

A reação da argentina parecia ser irreversível e o Brasil, que já estava com uma mão na taça, não mais tinha a certeza de que seria campeão diante da marcação de um tiro livre direto para a Argentina. Frente a frente com o craque argentino Gaston Torche, o goleiro brasileiro mostrou frieza e defendeu o chute, levantando a torcida no ginásio.

O jogo seguiu bastante disputado, com chances para as duas equipes marcarem, mas a Argentina, com outro tiro livre direto, teve nova chance de encostar no placar. Novamente o craque Gaston pegou a bola, colocou na marca e bateu. A torcida brasileira só gritava um nome, Rafael. Em outra sensacional defesa, evitou que a seleção argentina encostasse no marcador.

Mas como tem que ser sofrido, aos 19 minutos, faltando apenas 60 segundos para o término da partida, Ignacio de Luca marcou de cabeça para a Argentina, que deixou a Cava do Bosque em silêncio e apreensiva. Foram momentos de agonia até que, em uma jogada perfeita, o craque do mundial, artilheiro com 21 gols, chutou. Acompanhando em silêncio a bola, em um só coro, todos no ginásio levantaram e gritaram gol. A partir daí, só se ouvia o grito da torcida brasileira: “É campeão!”.

Aos 20 minutos cravados, o árbitro encerrou o jogo. Com uma vitória de 7 a 5, o Brasil conquistou de forma invicta o II Campeonato Mundial de Futsal Down 2019. Festa verde e amarela na Cava do Bosque. O choro dos jogadores e da comissão técnica era de alegria pela vitória sobre a Argentina na final de um mundial, que não poderia ser diferente, sofrida, difícil, com emoção do começo ao fim, mas os atletas conseguiram o tão sonhado título.

Após a conquista, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, disse que o título é de todas as delegações que estiveram na cidade. “O Brasil conseguiu ser vitorioso na disputa, mas pela forma como todos comemoraram, os atletas, a comissão técnica, é como se todos os sete países tivessem vencido. Então, a alegria é mais que redobrada. É um carinho enorme, um amor que se dedica em tudo que eles fazem e a gente só tem o que comemorar e agradecer”, disse o prefeito.

“Realizar em casa [o mundial] é orgulho e honra para todo mundo. Poder entregar uma festa maravilhosa para nossa cidade, com o Brasil sendo campeão mundial em Ribeirão, mostra que a cidade é pé quente em um monte de coisa, e agora no futsal down. Ribeirão Preto está de parabéns, a Prefeitura e toda a equipe da Secretaria de Esportes, todos estão de parabéns”, afirmou o secretário de Esportes Ricardo Aguiar.

O técnico do Brasil, Cleiton Maurício, destacou que todos tinham razão em acreditar que os atletas seriam capazes de fazer esse belo espetáculo. “Esse grande futebol que foi apresentado, essa grande final, vai estimular ainda mais a Seleção. Agora ninguém pode falar que não somos capazes, fomos capazes e somos campeões mundiais”, emocionou-se o técnico.

Da Prefeitura de Ribeirão Preto

Um homem de 37 anos, suspeito de ter roubado um malote no valor de R$ 70 mil, foi preso pela polícia em um apartamento em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele estava sendo procurado há um ano pelo crime, ocorrido há um ano em Alpinópolis, Minas Gerais.

Quando os investigadores mineiros souberam que o suspeito estava em São Paulo, pediram ajuda à polícia paulista. Policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Ribeirão Preto descobriram onde ele estava morando.

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No apartamento, no bairro João Rossi, foram encontrados explosivos, um rádio comunicador e uma touca ninja. A polícia investiga se o homem está envolvido em explosões de carros-forte ocorridas na região de Ribeirão Preto.

Preso em casa e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Antonio Palocci foi condenado pela Justiça Estadual por improbidade administrativa durante o ano de 2002 em sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto pelo PT. A sentença do juiz Reginaldo Siqueira, da 1.ª Vara da Fazenda Pública em Ribeirão Preto, é do dia 29 de março e aumenta a lista de penas que pesam sobre o mais importante delator da Operação Lava Jato do núcleo político do esquema de corrupção na Petrobras.

"Condenar o requerido a: suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos; ressarcimento dos danos, em valor equivalente ao que foi pago indevidamente como gratificação aos servidores públicos e a título de majoração nos contratos de locação dos imóveis e de prestação de serviços de organização do carnaval de rua", registra a mais nova sentença contra Palocci. "Pagamento, em favor do Município, da pena de multa civil equivalente ao dano causado, devidamente atualizada pelo IPCA-E. proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos."

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A ação cível pública foi movida pelo Ministério Público Estadual em 2006, após reprovação das contas da prefeitura pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) referentes ao ano de 2002. Palocci foi prefeito de Ribeirão Preto - sua base política e familiar - de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002, como parte das primeiras levas de prefeitos do PT eleitos pelo País. No governo Luiz Inácio Lula da Silva foi ministro da Fazenda e no governo Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil.

Naquele ano, ele deixou a prefeitura para ser um dos principais nomes da campanha vitoriosa de Lula à Presidência da República. Em 2017, na histórica "Carta ao PT", em que pediu desfiliação do partido e atacou durante o ex-presidente pela primeira vez, ele fala dessa trajetória.

"O requerido, no ano de 2002, durante sua gestão como prefeito do Município de Ribeirão Preto, praticou irregularidades e atos lesivos ao patrimônio público", diz o juiz, ao resumir as alegações do Ministério Público - que já conseguiu outras condenações contra Palocci, por atos praticados durante sua gestão. A ação é do promotor Sebastião Sérgio da Silveira.

Entre as irregularidades que levaram Palocci a uma nova condenação, estão a "abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais no orçamento anual sem a existência de recursos financeiros prevista no art. 43 da Lei nº 4.320/64, em valor excessivo de R$ 23.987.765,73", irregularidades em contratos da prefeitura com empresas e com a Liga Ribeirãopretana de Organizações Carnavalescas.

O Ministério Público Estadual listou 10 supostos atos lesivos aos cofres públicos durante a gestão de Palocci como prefeito de Ribeirão Preto em 2002. O juiz julgou parcialmente procedente a acusação. Ele pediu ressarcimento dos danos, pelo pagamentos indevidos "como gratificação" a 26 servidores públicos, pela "majoração nos contratos de locação dos imóveis" em contrato com uma empresa da cidade e pelo pagamento sem justificativa para a liga de Carnaval. Nesse caso, teria havido um acréscimo de "25%, sem qualquer tipo de justificativa, no valor original devido para prestação do serviço de organização, coordenação e fiscalização do desfile de carnaval de rua daquele ano", registra a sentença.

A defesa de Palocci chegou a alegar incompetência da Justiça Estadual para julgar o caso e também da Promotoria na ação. Afirmou que o ex-prefeito "não praticou qualquer irregularidade ou ato de improbidade administrativa, pois além das contas do exercício de 2002 já terem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, também não há prova da ocorrência dos fatos alegados nem de sua relação com o cometimento de qualquer deles".

Na sentença, o magistrado afastou os argumentos. "A competência para processar e julgar a causa é da Justiça Estadual, porque se trata de ação civil pública por ato de improbidade administrativa atribuído a ex-prefeito municipal." Sobre a aprovação das contas de 2002 pelo TCE e pela Câmara de Vereadores são "atos dotados de cunho político" e "não condicionam o exercício do direito de ação nem vinculam a decisão judicial".

Tanto o Ministério Público como a defesa de Palocci podem recorrer da decisão, em Ribeirão e no Tribunal de Justiça.

Colaborador

Palocci é agora um colaborador da Justiça, nos processos contra ele na esfera federal. Preso em outubro de 2016, pela Lava Jato, ficou encarcerado em Curitiba até novembro de 2018, quando obteve o direito de passar para o regime semiaberto diferenciado, com reclusão integral em sua residência monitorado por tornozeleira eletrônica.

Na Lava Jato, foi condenado a 9 anos pelo ex-juiz Sérgio Moro. Palocci fechou em março de 2018 um acordo de delação com a Polícia Federal, em que assumiu seu papel de liderança no esquema político de corrupção na Petrobras. Os termos acordados foram homologados em junho pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).

O TRF aumentou a pena para 12 anos, mas concedeu o benefício da prisão domiciliar.

Na manhã desta quarta-feira (13), 10 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada em São Paulo, acusadas traficarem e explorarem sexualmente jovens transexuais, sendo maioria delas oriundas do Norte e Nordeste do país. De acordo com investigação, essas jovens eram obrigadas a se prostituírem na cidade de Ribeirão Preto, com a promessa de transformação do corpo, hospedagem e alimentação.

 

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e acordo com o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), até o início da tarde desta quarta (13), seis das dez pessoas que tiveram a  prisão preventiva decretada haviam sido capturadas pela polícia. Nos locais onde ocorreu busca e apreensão foram localizadas 38 transexuais que estavam sendo exploradas sexualmente e em condições análogas às de escravas.

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Com a deflagração da Operação Cinderela, além das pessoas presas, outros 18 mandados de busca e apreensão foram realizados na cidade paulista. a operação constatou que as vítimas já chegavam endividadas na cidade de Ribeirão Preto em razão das passagens e despesas de viagens adiantadas pelos exploradores.

Elas ainda eram obrigadas a consumirem drogas e, para quitar suas "dívidas", forçadas a aceitar a exploração sexual - sendo empregadas no mercado do sexo onde havia uma divisão territorial para atuação de cada aliciador.

"Criada a condição de dependência econômica e ascendência sobre as vítimas, os aliciadores davam início à transformação corporal delas com a aplicação de silicone industrial e realização de procedimentos cirúrgicos ilegais, de modo a aumentar ainda mais a dívida das vítimas", confirma o ministério.

De acordo com as investigações, as transexuais que não conseguiam pagar as dívidas ou desrespeitavam as "regras da casa" eram julgadas em um "tribunal do crime", sendo punidas com castigos físicos, morais e multas, além de terem seus pertences subtraídos.

O MPF divulga que há registros de aplicações de castigos físicos com pedaços de madeira com pregos, desaparecimento das trans, suicídios em virtude das pressões sofridas pelas vítimas e ainda o registro de homicídios - tudo decorrente da cobrança de dívidas.

Um dos investigados, cuja prisão preventiva foi determinada pela Justiça Federal, já estava preso em razão de outro processo criminal e é investigado sobre dois homicídios e o desaparecimento de três transexuais, sendo uma delas adolescente.

Os acusados responderão pelos crimes de tráfico de pessoas, redução à condição análoga à escravidão, rufianismo (lucro através da exploração de prostituição alheia) e organização criminosa.

A Operação Cinderela é um trabalho conjunto do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e da Secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia.

Uma mulher de 39 anos ficou ferida após pular do 4º andar de um edifício em Ribeirão Preto, em São Paulo. De acordo com a polícia, a vítima tentava fugir do ex-marido que, armado, tentava matá-la. O caso aconteceu na quarta-feira (19). Ainda de acordo com a Polícia Civil, a Justiça já havia determinado medidas protetivas à mulher, porque o suspeito não aceitava o fim do casamento. O homem fugiu e não havia sido encontrado até a manhã desta quinta-feira (20).

A vítima sofreu fraturas nos dois tornozelos, na coluna e no crânio, além de escoriações pelo corpo. Ela está internada na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). Segundo a polícia, o ex-marido conseguiu entrar no condomínio utilizando o carro da família. A mulher contou que o homem estava armado e a rendeu no momento em que saía do apartamento para trabalhar.

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O homem levou a ex para o quarto do casal, a amordaçou e a deixou trancada no local, dizendo que voltaria à garagem para estacionar o carro. Foi neste momento que a mulher decidiu pular da janela do 4º andar, a 15 metros de altura. O Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreram a vítima. O homem fugiu com o carro logo em seguida.

A Polícia Militar foi até a casa do suspeito, mas encontrou o carro estacionado na rua. De acordo com a corporação, o homem ligou para uma sobrinha e pediu ajuda, “dizendo que havia feito uma besteira". Também por telefone, ele informou aos PMs que vai se apresentar à Polícia Civil, mas isso não ocorreu até a manhã desta quinta-feira. Ele deve responder por crime de tentativa de homicídio e violência doméstica.

Uma quadrilha com dezenas de integrantes e fortemente armada atacou uma base da empresa Brinks de transporte de valores, na madrugada desta segunda-feira (29) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Os criminosos incendiaram quatro carros e um caminhão para bloquear as vias de acesso e dificultar a ação da polícia e abriram um buraco na parede para invadir o prédio.

Moradores ouviram de oito a nove explosões. Houve intensa troca de tiros com os policiais e um suspeito foi morto. Os criminosos não teriam conseguido levar o dinheiro.

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De acordo com as primeiras informações, o ataque teve início por volta das 3h. Os homens, vestindo roupas escuras e armados com fuzis, incendiaram os veículos e se dividiram em grupos. Enquanto um grupo atacava a base da Brinks, na avenida Presidente Kennedy, outros atiravam para impedir a aproximação da polícia.

A Polícia Militar se mobilizou rapidamente para fazer um cerco à região. O tiroteio durou cerca de duas horas. O suspeito atingido pelos disparos da polícia usava colete à prova de balas e capacete. Ele ainda não foi identificado. O cerco aos assaltantes prosseguia de manhã, após suspeitos terem sido avistados em Serra Azul, cidade da região.

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