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Pelo menos 30 pessoas foram detidas neste sábado em Bangu, na zona oeste do Rio, sob acusação de praticar saques em lojas do bairro no fim de uma manifestação que reuniu cerca de 500 pessoas. Segundo a Polícia Militar, foram apreendidos paus, pedras e coquetéis molotov com o grupo, que incluía 16 adolescentes. Houve tumulto e correria. De acordo com a PM, alguns manifestantes tentaram fechar ruas do bairro com barricadas de fogo.

No início da noite de sábado, houve também protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras, na zona sul, que está isolado por grades, com cerca de 50 pessoas. A Rua Pinheiro Machado, onde fica o palácio, foi interditada. O ato "Passeata pacífica pelos direitos do cidadão" foi convocado pela internet para o fim da tarde no Largo do Machado, que fica perto do Guanabara, e 2.424 tinham confirmado participação.

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Outra manifestação contra o preço da passagem em Guaratiba, na zona oeste, chegou a interditar a Avenida das Américas no fim da tarde. O serviço do BRT Transoeste (corredor expresso de ônibus) foi interrompido no sentido Santa Cruz - Alvorada. Também houve uma manifestação pacífica em Icaraí, bairro de classe média alta de Niterói, no Grande Rio.

À tarde, um foi preso ao tentar furar o bloqueio feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) para isolar a área onde estão os integrantes do movimento Ocupe Delfim Moreira, na esquina da avenida Delfim Moreira com a rua Aristides Espínola, no Leblon, zona sul do Rio, bem perto de onde mora o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Segundo a Polícia Civil, o motorista se recusou a fazer o exame de consumo de álcool. Um operador de tráfego da CET-Rio disse ter sido insultado com ofensas racistas e registrou queixa na 14ª DP (Leblon). O motorista, identificado apenas como André Luiz, de 22 anos, foi autuado por embriaguez ao volante e injúria por preconceito. Ele pagou fiança e responderá ao processo em liberdade.

No início da tarde de ontem, 975 apoiavam o movimento Ocupe Delfim Moreira no Facebook. Durante o jogo Brasil e Itália pela Copa das Confederações, cerca de 100 pessoas protestavam no local.

O protesto desta sexta-feira, 21, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, começou com saques generalizados na Praça do Pacificador, no centro. Pelo menos cinco lojas foram arrombadas. Policiais atiraram para o alto quando um grupo de supostos criminosos se aproximou de uma agência do Banco do Brasil, no início da passeata. Dos poucos PMs que estavam no entorno da praça, nenhum usava arma não letal.

Os quatro tiros provocaram muita correria e confusão. Antes, policiais com cassetetes conseguiram evitar

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roubos em uma loja da Casas Bahia que teve a porta arrombada. Mas não impediram o saque de praticamente todos os objetos de uma loja de móveis e persianas e de outras três. No início da noite, homens de camisa preta com porretes e armas na mão circulavam pela praça. Seriam seguranças de lojas. Antes do protesto o clima já estava pesado. "Não existe estratégia nenhuma da polícia. É um despreparo total. Não há segurança para o cidadão", reclamou o marceneiro Celso da Silva Gonçalves, de 57 anos.

Antes da caminhada, que seguiria até a Câmara Municipal, já havia adolescentes deixando o local com cartazes de protesto na mão. Às 18 horas, as luzes da praça se apagaram e a reportagem deixou o local. Três jovens tinham sido detidos até aquele momento.

Um trecho de três quilômetros da estrada de ferro concedida à America Latina Logística (ALL) em Sorocaba, a 92 km de São Paulo, tornou-se um pesadelo para a empresa que administra 21,3 mil km de ferrovias em todo o País. Os trilhos atravessam o bairro Nova Esperança e os saques aos vagões de carga são frequentes e praticados por multidões de até 200 pessoas. Só este ano, foram furtadas 840 toneladas de arroz, 500 de cimento e 50 de açúcar em 11 vagões atacados. Houve também danos à linha e aos trens.

A cena lembra antigos filmes de faroeste: a locomotiva começa a patinar na graxa espalhada nos trilhos e vira presa fácil de piratas ferroviários - homens e mulheres usando máscaras, como mostram as imagens captadas por um cinegrafista da TVTEM, de Sorocaba.

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As composições passam pelo bairro, uma antiga favela, em velocidade reduzida a 25 km/h por causa de uma subida em curva e do risco de acidentes. Os saques, antes restritos à noite, passaram a ocorrer à luz do dia. Numa das ações, mais de duzentas pessoas tomaram o trem, bateram com paus para desengatar os vagões e furtaram o açúcar. Em outra, os saqueadores separaram alguns vagões do resto do comboio para furtar a carga.

A Polícia Militar, quase sempre, chega depois que o saque foi consumado. No bairro impera a cumplicidade ou a lei do silêncio.

A ALL mantém rondas com seguranças no trecho, mas os saqueadores agem em grande número e em horários incertos. Jornalistas e fotógrafos já foram atacados a pedradas e ameaçados de morte. Entre os criminosos, muitos são menores e há também mulheres. A empresa já se reuniu com a prefeitura e a Polícia Militar em busca de solução. A ALL informou ter reforçado a escolta dos trens no local e, nas últimas semanas, as ocorrências diminuíram.

A empresa também investe num programa social no bairro. A empresa informou que as cargas têm seguro. Segundo a ALL, não há registro de ações semelhantes em outros trechos da ferrovia que a empresa administra.

O traçado da ferrovia no trecho urbano de Sorocaba remonta à construção da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS), inaugurada em 1875. O trecho em que ocorrem os saques faz parte da extensão da ferrovia de Sorocaba à antiga Real Fábrica de Ferro de São João de Ypanema e foi construído em 1876.

O projeto de um contorno ferroviário e a retirada dos trilhos da área urbana está em estudos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sem prazo para execução.

Duas pessoas morreram e outras duas ficaram gravemente feridas durante saques a supermercados registrados na cidade de Rosario, terceira maior da Argentina, e em outras quatro cidades, deixando uma centena de feridos e levando à prisão de 300 pessoas.

Os saques aconteceram em meio a um clima de mal-estar de setores da classe média e sindicatos contrários à presidente Cristina Kirchner, que se mobilizaram nos últimos meses para fazer reivindicações salariais e contra a insegurança.

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O governo considera que esses fatos são instigados pelos líderes sindicais Hugo Moyano e Pablo Micheli, organizadores de uma grande marcha na quarta-feira na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada.

"Há um setor que quer provocar o caos e tingir a Argentina de sangue nestas festas", disse o vice-ministro de Segurança, Sergio Berni, à Radio 10 na turística cidade de Bariloche, onde começou a sucessão de ataques.

O governo federal enviou 400 oficiais para reforçar o policiamento local.

Moyano, líder do poderoso sindicato dos caminhoneiros e de um setor da central sindical peronista CGT, disse sobre os saques que "havia muitas necessidades que, infelizmente, resultaram nisso", afirmando não poder imaginar que "isso possa ser organizado por alguém".

Os saques se multiplicam

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Além de Rosario, uma cidade industrial e polo exportador agrícola, entre quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira também ocorreram ataques contra supermercados e lojas nas cidades de Bariloche (sul), Resistencia (norte), assim como em Zárate e Campana (periferia norte de Buenos Aires), deixando cerca de uma centena de feridos e quase 300 detidos.

"Duas pessoas morreram e outras duas ficaram gravemente feridas pelos ataques a supermercados", disse aos jornalistas o secretário de Governo de Rosario, Matias Drivet.

Drivet informou que uma das vítimas morreu por ferimentos de arma branca e a outra baleada durante os incidentes que classificou de "vândalos e organizados" e que afetaram, sobretudo, supermercados de bairros periféricos de Rosário cujos proprietários são de origem chinesa.

Em Bariloche, os saques aconteceram em bairros periféricos na quinta-feira. Os manifestantes, vários deles encapuzados, furtaram eletrodomésticos da loja Changomás, do Walmart e outros centros comerciais.

Nesta cidade, os bolsões de pobreza extrema na periferia da cidade contrastam com os hotéis de luxo para turistas.

"Levar uma TV não é fome", segundo o governador

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"Levar uma televisão de plasma não é fome, mas sim um vandalismo", disse o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, um aliado da presidente.

Scioli, comparou os atuais saques, quando os manifestantes levaram televisores e eletrodomésticos, e os ocorridos em 2001, em que roubavam comida durante a pior crise econômica da história do país.

Claudio Rodríguez, secretário do município de Campana (60 km ao norte), destacou que a situação da cidade está controlada, mas alertou que "ainda existe um risco potencial de que algo ocorra".

Rodríguez contou que os saques na cidade começaram na tarde de quinta-feira, quando a polícia impediu que cerca de mil pessoas entrassem em um supermercado da rede francesa Carrefour e que os vizinhos logo atacaram outras lojas da região.

A tensão política e os saques a supermercados se alastraram de Bariloche para outras cidades da Argentina nesta sexta-feira, com centenas de saqueadores invadindo e atacando supermercados em Rosario, Campana, Zárate e até em San Fernando, na grande Buenos Aires. Pelo menos duas pessoas foram mortas durante os tumultos nesta sexta-feira em Rosario e pelo menos 137 foram detidas. A administração da presidente Cristina Kirchner despachou 400 agentes federais para a província de Rio Negro, na noite de ontem, após os saques em Bariloche. Segundo o jornal Clarín, pelo menos mais duas pessoas ficaram gravemente feridas em Rosario e em Campana foram detidos 100 suspeitos de saques.

A onda de saques aos supermercados, às vésperas do Natal, é mais um problema em uma crescente lista de desafios econômicos e políticos para o governo de Cristina. Após ter crescido 8,9% em 2011, a economia luta para fechar 2012 com um crescimento de 2%, enquanto muitas projeções feitas pelo setor privado colocam a inflação anual acima de 20%, informa o Wall Street Journal.

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O estilo confrontador de Cristina na política também tirou grande parte da popularidade da presidente. Ela enfrenta sérios desafios à sua autoridade que partem do próprio Partido Justicialista (peronista), com rumores de que tentará fazer emendas na Constituição que lhe permitam disputar um terceiro mandato em 2015.

Hugo Moyano, um poderoso chefe sindicalista e ex-aliado da presidente, conduziu uma greve geral no mês passado por melhores salários e impostos mais baixos para os trabalhadores. Foi a primeira greve geral contra o governo desde 2008, quando os agricultores fizeram um locaute contra a política agrícola de Cristina, que começou a taxar a exportação de grãos.

O chefe de gabinete da presidente, Juan Manuel Medina, acusou os sindicatos de caminhoneiros de Moyano de terem organizado a violência de ontem e desta sexta-feira. "Esses foram eventos isolados e claramente organizados. Em nenhum deles as pessoas buscavam comida. Elas levaram televisores e bebidas dos supermercados", disse Medina. Um porta-voz de Moyano não pôde ser encontrado hoje para comentar as declarações de Medina.

A mídia argentina reportou que os saqueadores pareciam organizados e em vários casos usaram automóveis para levar embora as mercadorias saqueadas. Hugo Filippini, gerente de um supermercado saqueado em Campana (província de Buenos Aires), disse que os criminosos usaram a rede social Facebook para planejar o ataque.

Lojas em Bariloche e em Zarate, na grande Buenos Aires, permaneciam fechadas nesta sexta-feira. "Não sabemos se vamos abrir hoje...foi um ano muito ruim, com a criminalidade, e esperávamos vender mais neste mês. Agora veja, a loja está fechada", disse um lojista em Zarate, atrás das grades protetoras que mantinham sua loja fechada hoje.

As informações são da Dow Jones.

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 270,918 milhões da Bovespa na última quarta-feira (07). Naquele pregão, o Ibovespa terminou com desvalorização de 1,58%, aos 58.517,35 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 6,073 bilhões.

No total dos quatro primeiros dias úteis de novembro, o saldo de capital externo na Bolsa está negativo em R$ 4,730 milhões, em função de compras de R$ 9,698 bilhões e vendas de R$ 9,703 bilhões. No acumulado de 2012, o déficit de recursos estrangeiros na Bovespa está em R$ 2,431 bilhões.

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O fluxo para os fundos de ações dedicados a mercados emergentes foi positivo em US$ 920 milhões na semana que terminou em 31 de outubro, mas os direcionados ao Brasil tiveram o maior volume de saques, segundo relatório do Morgan Stanley. Esta é a oitava semana em que há informações de entrada de recursos. A maior parte do fluxo foi para fundos da região da Ásia, que somou US$ 900 milhões. China (US$ 700 milhões), Taiwan (US$ 180 milhões) e Coreia do Sul (US$ 160 milhões) foram os principais destinos dos recursos.

Os fundos de ações dedicados a América Latina e à região emergente da Europa tiveram saídas líquidas de US$ 190 milhões e US$ 120 milhões, respectivamente. Os fundos de ações dedicados ao Brasil foram os que registraram os maiores saques, de US$ 160 milhões na última semana. Os fundos do tipo ETF de mercados emergentes registraram fluxo positivo de US$ 970 milhões.

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O total de ativos sob administração em fundos dedicados aos mercados emergentes está atualmente em US$ 701 bilhões, 5% abaixo da máxima histórica de US$ 740 bilhões, atingida em 27 de abril de 2011. No acumulado do ano, o fluxo para fundos dedicados a mercados emergentes atingiu US$ 25,9 bilhões. O total de recursos investidos em fundos de ações dedicados a China está em US$ 5,17 bilhões no acumulado do ano, seguido por Brasil (US$ 4,26 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,22 bilhões).

Os fundos de ações dedicados a mercados desenvolvidos registraram fluxo positivo de US$ 1,86 bilhão na última semana, na esteira de um total de saques de US$ 15 bilhões no acumulado das últimas quatro semanas. Os fundos de ações dedicados aos Estados Unidos registraram fluxo positivo de US$ 1,2 bilhão. No acumulado do ano, os mercados desenvolvidos registraram fluxo negativo de US$ 85 bilhões.

Os investidores estrangeiros já retiraram R$ 3,085 bilhões da Bovespa no mês de maio, até o dia 21. O valor mensal até o momento só é inferior ao registrado em outubro de 2008, em plena crise financeira internacional, quando os saques somaram R$ 4,685 bilhões. "É um número expressivo e um sinal claro de que o investidor internacional não quer manter uma posição de risco em um momento de incertezas", disse o analista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, lembrando que outubro de 2008 foi o auge da crise financeira mundial, após a quebra do Lehman Brothers, um mês antes.

Além dos problemas atuais na Europa, as dúvidas em relação ao desempenho das economias nos Estados Unidos e na China, e mesmo no Brasil, trazem mais cautela ao mercado. "As ações intervencionistas do governo brasileiro forçando a queda dos juros, o que prejudicou o desempenho das ações dos bancos, também acabam afastando os investidores", diz Campos Neto.

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Além da piora no cenário internacional, nas últimas semanas alguns bancos estrangeiros fizeram críticas ao modelo de crescimento da economia brasileira, questionando se seria sustentável no curto prazo, e censuraram a política do governo, de pressão para a redução dos spreads dos bancos, como lembra o analista da Leme Investimentos João Pedro Brugger. "Acho um pouco exagerado, e não dá para acreditar que esse sentimento de piora venha apenas dessas avaliações negativas quanto ao cenário do País", diz.

Com a atual conjuntura mundial não há perspectiva de alteração neste fluxo de capital externo, na avaliação de Campos. "São fatores que não tendem a se dissipar tão cedo", afirma.

Na visão de Brugger, no curto prazo o movimento de saída dos estrangeiros da Bovespa deve continuar, mas haverá uma volta para o mercado brasileiro no médio e longo prazo, "até porque há ações baratas e com a alta do dólar a Bolsa do País ficou mais atraente ainda", diz, estimando que este retorno se dê mais para o final deste ano.

O diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, concorda que não há fundamentos para uma reversão deste fluxo no curto prazo. "Com os ativos cedendo nesta velocidade, não há perspectivas de mudança", diz.

Movimento diário

Só no dia 21, os saques dos investidores estrangeiros da Bovespa chegou a R$ 542,672 milhões. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em alta de 3,81%, aos 56.590 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10,541 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre ações.

Em maio, esses investidores compraram de R$ 42,225 bilhões e venderam R$ 45,310 bilhões na Bovespa. Com o resultado da segunda-feira, o superávit de recursos estrangeiros na Bovespa no ano, que chegou a R$ 8,9 bilhões no início de 2012, caiu para R$ 2,168 bilhões.

Soldados saquearam o palácio presidencial do Mali nesta quinta-feira, horas após afirmarem que estavam tomando o controle de uma das poucas democracias estabelecidas da África ocidental. Há informações conflitantes sobre a localização do presidente Amadou Toumani Toure.

Disparos eram ouvidos nas ruas da capital e soldados retiravam aparelhos de televisão e outros objetos do palácio, depois do anúncio de um golpe de Estado, na televisão estatal. Uma autoridade informou que Toure foi levado em segurança para um acampamento militar, protegido por seus guardas de boinas vermelhas. Já um outro integrante do governo desmentiu a notícia, dizendo que o presidente não está na base citada.

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Os amotinados disseram que estavam derrubando o governo por causa dá má condução dada ao caso de uma insurgência tuaregue no norte do país, iniciada em janeiro.

Fazem parte desse grupo insurgente combatentes que apoiaram Muamar Kadafi na Líbia e voltaram para casa fortemente armados quando ele foi derrubado. Dezenas de milhares de civis malineses fugiram da rebelião tuaregue, o que deu início a fortes críticas contra o governo.

Os líderes do golpe, que declararam a queda do presidente eleito, se autodenominaram Comitê Nacional para o Restabelecimento da Democracia e a Restauração do Estado. "O Comitê representa todos os elementos das Forças Armadas, forças de defesa e forças de segurança que decidiram assumir suas responsabilidades e encerrar o regime incompetente e repudiado de Amadou Toumani Toure", disseram eles em comunicado. "O objetivo do comitê não é, de forma alguma, confiscar o poder e nós juramos solenemente devolver o poder a um presidente eleito democraticamente assim que a unidade nacional e a integridade territorial forem estabelecidas."

A Casa Branca pediu a retomada imediata do governo constitucional no Mali. "Os Estados Unidos estão com o povo do Mali e com o governo legitimamente eleito do presidente Amadou Toumani Toure", diz comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do presidente Barack Obama.

A França disse que estava suspendendo toda a cooperação governamental com o Mali, exceto ajuda humanitária e ações de contraterrorismo, além de advertir os franceses para evitarem o país até novas instruções. As informações são da Associated Press.

A saída de depósitos na Argentina não dá trégua e o país terminou a semana com fortes expectativas de que o governo adotará mais medidas para apertar o cerco contra o mercado de câmbio. Fontes de bancos disseram à Agência Estado que os saques de contas correntes, poupança e aplicações em dólares se mantiveram fortes pela segunda semana consecutiva. "Os saques são contínuos e diários e, embora não representem um risco para o sistema bancário, comprometem a liquidez dos bancos para oferecer créditos", disse uma das fontes ouvidas. O executivo explicou que a redução da oferta de crédito produzirá um forte impacto na economia local em um momento de incertezas globais, num cenário complexo para 2012.

Estimativas do mercado indicam saques diários de US$ 150 milhões dos depósitos e aplicações. As desconfianças sobre o rumo econômico argentino foram alimentadas nesta sexta-feira por uma decisão do Banco Central da República Argentina (BCRA) de postergar a data de divulgação do relatório sobre a evolução do mercado cambial do terceiro trimestre de 2011. O relatório deveria ter sido divulgado hoje, mas por problemas de "acúmulo de trabalho", a equipe técnica só poderá terminar o documento no dia 1º de dezembro, segundo a assessoria de imprensa do BC. O relatório é um balanço detalhado de toda a movimentação de compra e venda de divisas no país, incluindo as remessas realizadas por empresas e as exportações e importações. Um dos itens do relatório mais esperado pelo mercado é o que diz respeito à formação de ativos externos do setor privado não financeiro, que mostra o tamanho da saída de divisas do país.

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A grande dúvida no mercado é se o adiamento do relatório ocorreu em consequência de números ainda piores que as estimativas dos consultores privados. As estimativas das consultorias apontam uma saída de divisas de US$ 9,7 bilhões de julho a agosto, e de US$ 3,7 bilhões em outubro. No acumulado do ano, já teriam saído do país US$ 22 bilhões, praticamente o dobro do valor verificado no ano passado, de US$ 11,4 bilhões, e muito próximo dos US$ 23 bilhões registrados em 2008, em plena crise de confiança gerada pelo conflito com o setor agropecuário e estatização dos fundos de pensão.

No começo desse ano, as reservas internacionais eram de US$ 52,145 bilhões. O volume já havia encolhido para US$ 46,655 bilhões, conforme os últimos dados do BC. As medidas de controle do câmbio da Receita Federal e do Banco Central têm mantido o valor do dólar comercial em 4,262 pesos por unidade. Para o público, a cotação também se mantém estável em 4,285 (venda) 4,245 (compra). No câmbio paralelo, no entanto, a cotação continua se distanciando do oficial e aumentou um centavo em relação ao fechamento de ontem: 4,985 pesos por unidade (venda) e 4,965 (compra).

A onda de violência e saques em Londres se espalhou para outras grandes cidades britânicas nesta terça-feira, enquanto autoridades lutam para conter os piores tumultos no país desde as grandes distúrbios da década de 1980.

Em Londres, grupos de jovens provocaram tumultos pela terceira noite seguida, incendiando prédios, veículos e latas de lixo, saqueando lojas e jogando garrafas e fogos de artifícios contra os policiais. A violência é uma advertência preocupante a respeito da possibilidade de problemas durante os Jogos Olímpicos de 2012, daqui a menos de um ano.

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A polícia convocou centenas de homens para reforçar a segurança, além de policiais voluntários, e tomou a rara decisão de enviar veículos blindados para alguns dos bairros mais atingidos, mas ainda luta para controlar os tumultos em algumas regiões de Londres, e nas cidades de Birmingham, Bristol e Liverpool.

"A violência que vemos é simplesmente indesculpável. Pessoas comuns tiveram suas vidas viradas de ponta cabeça por essa selvageria irracional", disse a comandante da polícia Christine Jones. A polícia de Londres disse que 14 pessoas ficaram feridas, dentre elas um homem de mais de 60 anos que corre risco de vida.

Os distúrbios parecem não ter uma causa única - embora alguns dos envolvidos afirmem que são manifestações contra os fortes cortes de gastos do governo, que afetou todos os pagamentos previdenciários e vai eliminar milhares de vagas no serviço público até 2015.

Mas muitos parecem realizar os ataques simplesmente pela oportunidade da violência. "Venha se divertir", gritava um jovem no subúrbio de Hackney, leste de Londres, onde lojas foram atacadas e carros incendiados.

A crise é um importante teste para a coalizão conservadora do primeiro-ministro David Cameron, que inclui os liberal-democratas, legenda que temia que o programa de cortes drásticos no orçamento pudesse provocar problemas. Cameron interrompeu suas férias de verão na Itália e voltou para a Grã-Bretanha para uma reunião de emergência nesta terça-feira.

Espera-se que Cameron endureça a atuação da polícia. A secretária do Interior, Theresa May, recusou-se a falar sobre as medidas, mas pareceu desconsiderar medidas mais dramáticas. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha não é com canhões de água", disse ela à Sky News. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha é por meio do consentimento das comunidades". As informações são da Associated Press.

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