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Os saques ocorridos no comércio da cidade de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), durante a greve da Polícia Militar, serão pauta de uma audiência pública. A sessão foi convocada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e será realizada às 9h, desta segunda-feira (26).

Na ocasião, os participantes irão discutir a situação do município após os saques. Também serão abordadas mudanças a serem realizadas na BR-101 Norte. 

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A reunião foi proposta pela deputada Terezinha Nuns (PSDB), após uma reunião realizada com vereadores e comerciantes do município. Na última quarta-feira (21), eles avaliaram os prejuízos e analisaram medidas que serão adotadas pela cidade.

 

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio), Josias Albuquerque, se reuniu na tarde desta segunda-feira (19) com o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon e o Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, que na ocasião representou o Governador João Lyra Neto, no Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio. O presidente solicitou o encontro para relatar os prejuízos dos comerciantes durante a greve da Polícia Militar e solicitar ajuda. A reunião durou cerca de uma hora.

o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, disse que o Ministério Público vai ajudar a Polícia Civil nos casos. “Vamos dar suporte a polícia nas investigações para que todos os inquéritos desse episódio sejam concluídos o mais rápido possível e todos os responsáveis pela baderna sejam punidos“, esclareceu.  O secretário de Defesa Social, Alexandre Carvalho, informou que já abriu sindicância para apurar todos os casos relatados durante a reunião de hoje. 

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De acordo com a Fecomércio, só o supermercado Arco-Íris teve um prejuízo de R$ 700 mil. O valor leva em questão não só produtos roubados, mas também a depredação do local. Sobre os produtos devolvidos, principalmente na Delegacia de Abreu e Lima, que passou todo o fim de semana recebendo os materiais, Albuquerque falou que há possibilidade de serem vendidos por preços promocionais. “Todos os produtos devolvidos não podem ser vendidos, já que sofreram avarias. Mas estamos estudando a possibilidade de fazer um saldão, mas tudo ainda vai ser analisado”, esclareceu. 

“Foi feito um levantamento do prejuízo, mas alguns comércios ainda faltam realizar um boletim de ocorrências dizendo tudo o que foi furtado, por isso o valor não será divulgado, já que a tendência é que ele aumente. Também estamos fazendo um levantamento de queixas dos comerciantes sobre tudo o que aconteceu durante a greve”, explicou Albuquerque.

Com informações de Yasmin Dicastro 

O encontro entre o procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, e o governador João Lyra Neto, programado para este sábado (17), foi adiado para a próxima segunda-feira (19). A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na tarde de hoje.

 

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Na ocasião, o procurador-geral pretende entregar a João Lyra Neto as imagens dos saques ocorridos em Abreu e Lima e Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), durante os dias de greve dos polícias militares e bombeiros do Estado. O material foi fornecido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE).

 

Fenelon também vai solicitar agilidade nas investigações e identificação das pessoas que cometeram os saques e depredaram os estabelecimentos do Recife e da RMR. Neste sábado, em Abreu e Lima, diversos objetos furtados estavam sendo entregues na delegacia da cidade. O delegado Albéres Félix precisou pedir ajuda da Câmara de Dirigentes Logistas de Abreu e Lima e da Diretoria Integrada Metropolitana.

A Delegacia de Polícia do município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, continua funcionando normalmente durante este sábado (17). O motivo é que não param de chegar devoluções dos produtos saqueados durante a greve da Polícia Militar no estado. Todas as salas da delegacia estão ocupadas com eletroeletrônicos, eletrodomésticos, roupas e até grades de cerveja. Sem espaço para continuar recebendo os produtos, o delegado da unidade, Albéres Félix, solicitou ajuda da Câmara de Dirigentes Logistas de Abreu e Lima (CDL) e da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM). 

“A intenção era fazer um balaço dos números de produtos devolvidos, mas está impossível. A cada minuto chegam mais materiais. A CDL acabou de me informar que já conseguiu um depósito para levarmos os materiais, só assim poderemos fazer os procedimentos legais da unidade, e também receber mais produtos” explicou Albéres Félix. 

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De acordo com o delegado, o perfil das pessoas que estão devolvendo o produto é de quem agiu por impulso durante o episódio dos saques. “Eles viram a facilidade de subtrair os objetos e agiram sem pensar, a maioria é pessoas simples sem nenhum antecedente criminal”, acrescentou. 

Durante entrevista, não paravam de chegar eletrodomésticos. Os moradores traziam nos braços, em carrinhos de mão e até em Kombis. Quem não tinha coragem de entregar na delegacia, deixava na rua. Esse foi o caso do servente de pedreiro, Jonatas Enéas, de 24 anos. O rapaz deixou uma geladeira e uma máquina de lavar no centro de Abreu e Lima, mas não demorou muito para ser denunciado. “Vimos os objetos na frente de uma loja e fomos recolher. Em seguida, recebemos uma denúncia do próprio tio dele e conseguimos detê-lo”, explicou o Cabo André Chagas, do 17° Batalhão da PM. Jonatas disse que estava com medo de ir até a delegacia, mas negou o furto. “Deixaram esses dois produtos no quintal da minha casa, eu estava com medo de entregar aqui na delegacia e resolvi deixar eles no centro, mas não furtei. Estou com medo de ir preso porque tenho dois filhos pra criar”, lamentou. 

Já as pessoas que estão indo deixar os produtos de forma espontânea, o procedimento é simples. “Eles chegam aqui com o produto, informam  os dados pessoais e a loja de onde o produto foi retirado. Fazemos um documento, e elas são liberadas. Futuramente iremos chamá-los para uma ouvida”, explica o delegado. 

Questionado sobre um vídeo no qual foi flagrado atirando para cima no comércio em Abreu e Lima, o delegado até brincou. “Esse vídeo repercutiu até nos Estados Unidos (risos). Eu não tive outra opção, meu dever é controlar a situação, então usei minha pistola e atirei para cima. Foi uma ação onde ninguém se feriu, mas eu consegui acabar com um saqueamento num mercadinho”, contou. 

Segundo Albéres, até agora foram cinco pessoas foram presas na unidade, duas em flagrante na quinta-feira (15) e três por receptação de produto roubado ontem (16). Ainda não foi contabilizado quantos produtos foram devolvidos, mas o delegado acredita 15% dos produtos saqueados da loja tenham sido devolvidos. Foram 26 lojas saqueadas, sendo 19 no centro da cidade.

O presidente da CDL de Abreu e Lima, Evandro Alves, disse que espera os lojistas para fazer um levantamento dos prejuízos. “Queremos pedir aos donos das lojas saqueadas que nos procurem, só assim  poderemos devolver os produtos recebidos na delegacia e também fazer uma solicitação de reposição do dinheiro ao Governo”. 

Os lojistas podem entrar em contato com a CDL pelos números 3542.1656 ou 3371.8119. A delegacia continua recebendo os produtos durante a tarde de hoje.

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Ver o cenário do supermercado Arco-Íris após o bárbaro ato de vandalismo ocorrido na última quarta-feira (14) é chocante. A destruição do local, os restos dos produtos espalhados pelo chão e o cenário de “guerra” deixam claro como impiedosas foram as pessoas que participaram do saque. Porém, diante do prejuízo,  resta saber se os funcionários da unidade atingida, localizada no bairro de Caetés, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, terão seus empregos garantidos.

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A resposta sobre a situação dos funcionários é um alento após a barbárie. O gerente administrativo da rede de supermercado Arco-Íris, Joselito Silva, garante que os empregos dos trabalhadores estão mantidos, apesar do prejuízo que ainda não foi calculado - mesmo sendo visível que foi enorme -. “A gente não está pensando em demissão. Nossos funcionários vão nos ajudar a recuperar a loja. É uma tristeza enorme, mas, vamos recuperar tudo”, disse o gerente, em entrevista ao LeiaJá nesta sexta-feira (16).

A decisão pela manutenção dos empregos dos funcionários também sara um pouco da angústia do gerente do estabelecimento, Gerbesson Lins, que há 9 anos atua na empresa. Ainda chocado com o que presenciou, ele diz que o clima entre os trabalhadores é de muita tristeza. “Nunca vi um coisa dessas. Foi uma reação de tristeza para todos nós. Tenho fé em Deus que vamos recuperar tudo”, declarou Lins.

O chefe de segurança do Arco-Íris de Caetés, Diogenes Rodrigues Ramos, também relatou que nunca presenciou um crime dessa dimensão. Ele revelou que os envolvidos tiveram acesso até ao caixa geral do supermercado. “O que aconteceu é inexplicável. Uma empresa que emprega gente da comunidade e ainda faz caridade passou por isso”, lamentou. Sobre se o saque contou com a ajuda de funcionários do local, Diogenes não tem uma opinião formada. “É muito prematuro falar disso. Mas, a investigação está em curso”, disse.

No Centro de Abreu e Lima, também no Grande Recife, o cenário é de reconstrução. O prejuízo registrado pelos lojistas foi de R$ 1 bilhão, entretanto, a grande maioria das empresas atingidas não vai demitir os funcionários. Na Di Santini, lojas de calçados, o subgerente da unidade, Sergio Antonio Marcelino, apesar do trauma, afrmou que os funcionários estão se recuperando. No momento, não há informações de demissão. “A loja já está sendo toda organizada e esperamos voltar a receber nossos clientes o mais rápido possível”, disse o subgerente.

Mais um alento

A reportagem do LeiaJá, também na manhã de hoje, flagrou o momento em que a Polícia Militar fez a detenção de um suspeito de ter participado dos roubos em Caetés. Identificado com David, na casa do rapaz de 31 foram encontrados vários eletrodomésticos sem nota fiscal. Confira a matéria

Os moradores do município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR) ainda tentam entender o que aconteceu na cidade, um dia após o fim da greve da Polícia Militar de Pernambuco. Palco dos principais relatos de saques, o comércio da cidade voltou a funcionar, mas com muitas lojas fechadas e o medo ainda está presente entre lojistas e clientes.

A loja de calçados Di Santinni foi alvo dos saqueadores, que arrombaram a porta do estabelecimento. Segundo o gerente Sergio Antonio Marcelino, os saqueadores levaram quase todos os calçados. “Não sobrou quase nada nas vitrines. Teve até quem levasse apenas um pé do calçado", disse.

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O funcionário Edson Silva, da loja de roupas Emanuelle, contou que, apesar do estabelecimento não ter sido alvo dos vândalos, o sentimento de medo é muito grande. “Estamos muitos assustados ainda. Eu vi carros da polícia passando, mas nenhum para, apenas passa e vai embora”. Ele contou que a ação dos ladrões prejudicou a venda. “O movimento é bem baixo e isso está prejudicando as vendas, porém, vamos operar de forma normal”.

O motorista Carlos Alberto da Silva, 53 anos, perdeu um filho. Segundo o motorista, pessoas armadas confundiram seu filho com os ladrões que estavam saqueando. “Meu filho foi morto ontem com quatro tiros. Confundiram-no com os ladrões que estavam saqueando tudo”. Ele ficou impressionado com a dimensão dos casos. “Nunca vi isso na minha vida. Parecia que o mundo estava acabando e o povo desesperado atrás de suprimento”.

A ambulante Vânia Ferreira, 45 anos, admitiu que ainda tem medo do que possa acontecer após as ondas de saques. “Ainda tenho medo, vou embora mais cedo para evitar qualquer problema, mas graças a Deus não levaram nada meu”.

A greve da PM acabou, mas as consequências provocadas pela falta de policiamento nas ruas ainda rendem. No fim da manhã desta sexta-feira (16), policiais militares prenderam um suspeito de receptação e roubo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos durante a onda de saques que ocorreram na cidade de Abreu e Lima.

O suspeito, identificado apenas como “Deivid”, estava a sua residência, em Caetés, quando foi abordado pela polícia e confessou os crimes. No local, a PM encontrou equipamentos de som, fogão, ventiladores e TVs, todos ainda em suas caixas e sem as notas fiscais, o que comprovou o roubo.

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Com informações de Nathan Santos

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A greve dos policiais militares e bombeiros de Pernambuco terminou na noite dessa quinta-feira (15) e o clima no Estado é de mais tranquilidade. As ruas desertas começam a ficar mais movimentadas, como em dias normais, e os estabelecimentos que não abriram no dia de ontem voltam a reabrir as portas.

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Os três dias de paralisação foram suficientes para mudar a rotina dos moradores de diversas cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do interior do Estado. Escolas públicas e particulares suspenderam as aulas e comerciantes se viram obrigados a encerrar o experiente mais cedo ou nem trabalhar.

Diversos estabelecimentos comerciais foram saqueados. O cenário do município de Abreu e Lima, no Grande Recife, era de guerra. Lojas arrombadas, moradores amedrontados correndo e outros aproveitando para levar a mercadoria furtada da forma que podiam. Alguns utilizaram os próprios carrinhos de compras dos supermercados para transportar a mercadoria.

A mesma cena pôde ser vista no município do Paulista e até mesmo em bairros da capital pernambucana. Vândalos aproveitaram a ausência da polícia militar nas ruas e invadiram o Bompreço, no Arruda, o Carrefour, em Boa Viagem, e lojas em Afogados.

Conforme dados divulgados pela Polícia Civil de Pernambuco, 234 pessoas foram detidas. Do total, foram 102 casos de flagrantes. Para a ação, foram usados 180 policiais e 59 viaturas. Dentre os principais delitos registrados estão: furtos, roubos, perturbação do sossego, porte ilegal de arma de fogo e dano qualificado.  

A expectativa é que 100% dos agentes voltem ao trabalho no dia de hoje. Mas por determinação do governo de Pernambuco as tropas da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército continuam nas ruas, até a completa normalização da situação no Estado.

Com a ausência da polícia militar nas ruas, vários vândalos invadiram estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana do Recife para realizar saques na noite desta quinta-feira (15). Soldados do Exército e policias civis tiveram que conter roubos no supermercado Bompreço, no Arruda, e no Carrefour, em Boa Viagem.

De acordo com testemunhas, mais de 100 pessoas arrombaram as portas do Bompreço. Ninguém conseguiu levar nenhum produto porque a polícia chegou e assustou o grupo que saiu correndo.

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Já em Boa Viagem, um tiroteio gerou pânico nos vizinhos do supermercado Carrefour. Outro grupo de vândalos tentou invadir o estabelecimento e gerou um tumulto no local. Duas tropas do Exército tiveram que se deslocar até centro compras para conseguir conter os saques.

Segundo o delegado da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civl, José Silvestre, não estava sendo possível atender todas as demandas de violência pelas ruas do Recife.

Com informações de Nathan Santos

A ousadia dos saqueadores não tem limite. Na manhã desta quinta-feira (15), por voltas da 9h, um grupo forçou portas e saqueou lojas localizadas há poucos metros do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), onde ficam quatro delegacias especializadas da polícia civil, em Afogados, Zona Sul do Recife. Foram detidas 34 pessoas, sendo 23 menores e 11 adultos, entre eles, duas mulheres.

Segundo o delegado Felipe Costa, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, o trabalho contou com a participação de cerca de 50 policiais. Os saqueadores roubaram itens das Lojas Americanas, Eletro Shopping e Casas Bahia, todas na Rua São Miguel. Foram recuperados pela polícia máquinas de lavar, fogões, televisões, aspiradores, equipamentos de som e aparelhos de celular.

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A partir de agora, será feita uma triagem que irá separar os que foram autuados em flagrante por roubo e por incitação da violência. Ainda de acordo com o delegado, as pessoas que participaram da ação criminosa são todos moradores da região.

Linchamento – No giro que fez, a reportagem do LeiaJá ainda cruzou com uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Avenida Doutor José Rufino, no bairro da Estância. No local, três policiais protegiam dois jovens, acusados por populares de estarem fazendo furtos na região. Agentes da PRF disseram que havia a possibilidade dos dois serem linchados, caso fossem liberados e levaram os jovens para serem soltos em outro local.

No centro de Igarassu, viaturas da Polícia Civil estão em ronda para interceptar possíveis saques no município. Após um grupo invadir uma unidade da Eletro Shopping, várias pessoas se aglomeraram nas proximidades do mercado Super Pan, na PE-35, área central da cidade. De acordo com policiais em plantão no local, há suspeitos armados que pretendem invadir supermercados e lojas. 

Diante de tantas incertezas e inseguranças, os moradores locais informaram de um suposto homicídio em frente ao Fórum de Igarassu. A equipe de reportagem do Portal LeiaJá passou no local; o clima era de tranquilidade e não havia ocorrência alguma. Assim como em diversas localidades da Região Metropolitana do Recife, escolas também fecharam as portas por conta da insegurança. 

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Nas ruas, qualquer barulho de maior intensidade já desperta a curiosidade – e o medo – da população em relação a possíveis investidas criminosas. Na BR-101, no sentido Igarassu-Recife, o movimento estava tranquilo, apesar do tráfego intenso de veículos. 

 

 

Cacos de vidro no chão das calçadas, estabelecimentos com os portões fechados e o temor estampado nos rostos da população. A quinta-feira (15) no centro de Abreu e Lima é de tensão e o clima de falta de insegurança faz com que todo o comércio do município inative suas atividades até algum posicionamento sobre a greve da Polícia Militar. Com os saques e assaltos frequentes, a região se fecha no medo. 

Na Avenida Duque de Caxias, um papel escrito à mão, na fachada da Escola General Abreu e Lima, resume bem o sentimento: “aula normal só a partir de segunda-feira (19), por motivos de insegurança”. Em diversos estabelecimentos comerciais, funcionários retiravam os produtos que não foram levados durante os ataques criminosos. Na loja Eletro Shopping, o prejuízo total foi de 80%. 

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“Amanheci aqui. Quando soube dos saques, vi para cá e estou até agora. Levaram tanto produtos do mostruário como do depósito. Agora é retirar o material restante, porque a loja vai precisar de reforma”, disse o gerente da loja, Almir Andrade. Dentro do estabelecimento, destruição: televisões no valor de R$ 7 mil completamente quebradas e, no chão, sangue dos invasores que depredaram o local. 

Após os saques da noite de quarta (14), viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) se posicionaram de plantão na Avenida Duque de Caxias para evitar novas investidas dos saqueadores. Na loja de calçados Esposende, funcionários informaram que a população utilizou peças dos computadores para quebrar os vidros das prateleiras. Como se um furacão tivesse atingido o ambiente, tudo amanheceu revirado e os profissionais estão precisando limpar os entulhos. 

O sentimento de pânico começa a se espalhar e a ser compartilhado pelas redes sociais. Em meio aos trabalhos para remover o lixo gerado pelos saques, funcionários das lojas recebiam mensagens sobre possíveis arrastões e saques, em bairros de diversos municípios da Região Metropolitana do Recife. Fica a dúvida sobre o que é boato ou não. A única certeza é o sentimento de insegurança.

A greve da Polícia Militar, os arrastões, casos de saques e até mesmo os boatos de violência deixaram o centro do Recife com uma tímida movimentação de clientes. Na manhã desta quinta-feira (15), muitas lojas estão trabalhando com as portas praticamente fechadas e outras arriaram os portões e os funcionários estão dentro dos estabelecimentos sem trabalhar. O medo toma conta de algumas pessoas, porém, tem gente que está pronta pra combater os roubos.

Na Rua 7 de Setembro, próxima a Avenida Conde da Boa Vista, o comerciante Ribamar Santos está a postos com um facão na mão para evitar ser roubado. Há 20 anos, o trabalhador atua vendendo comidas e bebidas. De acordo com ele, quem tentar roubar seu estabelecimento não vai sair ileso.

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“E quem está doido de vir roubar aqui? O facão tá aqui pra me proteger. Graças a Deus até agora não aconteceu nada. Não vou fechar meu comércio porque tenho que trabalhar. Eu tenho contas para pagar”, disse Ribamar, cercado de amigos e funcionários.

Na mesma rua, as funcionárias de um salão de beleza, por conta do clima de insegurança, fecharam o estabelecimento. Os boatos de arrastões também chegaram aos ouvidos de outros trabalhadores, deixando muitos deles sem abrir seus comércios.

Ainda na 7 de setembro, uma loja de joias fechou as portas e o fiscal da unidade teve que fazer a segurança. “Muitas pessoas chegaram dizendo que ia ter arrastão aqui. Todos nós estamos com medo. Não é por causa das joias, mas, primeiro por causa das nossas vidas”, disse o fiscal, Luis Félix.

Na Rua Imperatriz, outra importante via comercial do Centro do Recife, o cenário é de lojas sem clientes e muita gente apreensiva. Durante todo o percurso feito pela reportagem do LeiaJá, nossa equipe não encontrou policiais a trabalho, e muito menos viaturas. Apenas foi possível identificar algumas equipes da Guarda Municipal. 

Após a onda de vandalismo ocorrida na última quarta-feira no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, integrantes da onda de violência ostentaram o saldo dos furtos nas redes sociais. Em uma imagem publicada no Facebook, dois homens, um com o rosto coberto por uma camisa e outro sem camisa, mostram uma Tv e outro produto, que teriam sido furtados de uma das lojas do comércio da cidade.

“Aquele rolezin (sic) de leve em Abreu e Lima”, dizia a legenda da foto. A foto foi curtida por mais de cem pessoas e quase 70 deixaram comentários

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A Polícia Rodoviária Federal pede que motoristas evitem a BR-101, em Abreu e Lima, na noite desta quarta-feira (14), devido à ação de vândalos. De acordo com a corporação, um grupo de pessoas está fechando a via e aproveitando para saquear os carros que ficam parados no trânsito. Até um carro dos Correios já foi roubado.

Ainda segundo a PRF, a ação dos vândalos já dura mais de seis horas. E além dos veículos, dez lojas também foram arrombadas e saqueadas. Uma equipe da polícia permanece no local durante esta noite para tentar controlar a situação. Oito pessoas já foram presas. Abaixo, confira o vídeo do internauta Ariano Sette, que estava no local no momento de um dos arrombamentos. 

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Greve
Os policiais militares e os bombeiros de Pernambuco estão em greve desde a noite da última terça-feira (13). Os profissionais pedem, além de reajuste salarial e aumento no valor do tíquete-refeição, melhores condições de trabalho, aprovação de novo plano de cargos e carreira e pagamento de gratificação para quem fizer cursos de especialização. A categoria se reuniu na tarde desta quarta com o governador João Lyra, porém, não chegaram a um acordo. Após o encontro, o Governo anunciou que pediu ajuda ao Exército e Força Nacional para reforçar a segurança do Estado, além de enviar uma notificação ao TJPE sobre a ilegalidade da greve.

Atualização
Na manhã desta quinta-feira (15) o TJ-PE decretou a ilegalidade da greve. Além disso, a força nacional, solicitada pelo goverdador João Lyra, deve chegar na cidade por volta das 10h.  

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Um homem de 20 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (4) durante roubos e saques que deixaram um número indeterminado de feridos e presos, em meio a um protesto policial por aumentos salariais na província argentina de Córdoba, informou uma fonte médica.

O governo do distrito com a segunda maior população do país (3,5 milhões de habitantes) suspendeu as aulas e os transportes públicos de forma preventiva. Grupos de delinquentes, alguns em motocicletas, assaltaram e depredaram lojas e supermercados, aproveitando a falta de policiais.

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Os agentes reivindicam "melhores salários e condições de trabalho", segundo um comunicado divulgado por um de seus advogados, Miguel Ortiz Pellegrini. Quase 3.000 policias permaneciam aquartelados por iniciativa própria em Córdoba, que tem 22.000 oficiais.

A capital provincial fica 800 km ao noroeste de Buenos Aires. Córdoba é uma província de rica produção agropecuária e industrial. A região recebe muitos turistas por seus vales, bosques e serras atravessadas por rios.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) iniciou o pagamento do programa Bolsa Família, referente a novembro. O repasse de R$ 2,1 bilhões para mais de 13,8 milhões de famílias será feito até o dia 30.

O Nordeste é a região mais beneficiada pelo programa, com repasse de R$ 1,096 bilhão para 6.958.475 famílias. Desse montante, R$ 169 milhões serão para 1.134.612 famílias pernambucanas.

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Os saques devem ocorrer de acordo com o calendário pré-estabelecido entre o Ministério e a Caixa Econômica Federal. O benefício é liberado conforme o Número de Identificação Social (NIS) de cada família.

O benefício ficará disponível para saque durante 90 dias e o valor repassado depende do número de membros da família, da idade de cada um e da renda declarada. O pagamento inclui também a complementação de renda do Brasil Sem Miséria, que garante às famílias uma renda mínima de R$ 70 mensais por pessoa.

Oito pessoas morreram durante a invasão de um armazém de arroz na cidade de Tacloban, a mais atingida pelo tufão Haiyan, informa a rede britânica BBC. O fato de milhares de pessoas terem ocuparam o local em busca de alimentos destaca a necessidade urgente dos sobreviventes por comida, água e medicamentos.

As pessoas morreram após a queda de uma parede durante a invasão, ocorrida na terça-feira (12), informou o porta-voz da Autoridade Nacional Alimentar, Rex Estoperez. Segundo ele, os invasores levaram cerca de 100 mil sacas de arroz do local.

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Desde a passagem do tufão, pessoas têm invadido casas e lojas em busca de comida, água e outros bens. As autoridades lutam para conter os saques e há relatos não confirmados da participação de gangues armadas em alguns desses episódios.

Após cinco dias da passagem do tufão, que recebeu o nome de Yolanda no país, as operações de distribuição continuam lentas. Mais dois aeroportos da região foram reabertos, o que permite que mais ajuda chegue por via aérea.

Mas uma quantidade mínima de água e comida está chegando às vítimas de Tacloban, que fica na ilha Leyte, e em regiões próximas em razão da falta de caminhões e vias bloqueadas. "Há um certo congestionamento para receber as coisas aqui, para ser absolutamente honesto", disse Sebastian Rhodes Stampa, do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Muitos agentes de segurança tem chegado nos últimos dias, mas ao chegarem enfrentam o desafio real em termos logísticos, para levar os materiais para fora daqui, para distribui-los na cidade e fora dela", declarou ele no aeroporto de Tacloban. "A razão para isso é essencialmente que não há caminhões e as estradas estão fechadas."

Um navio norueguês com suprimentos partiu para Manila e um avião da Força Aérea australiana decolou de Camberra com um grupo de profissionais da área da saúde. Navios britânicos e norte-americanos também estão a caminho.

No aeroporto de Tacloban, clínicas improvisadas foram montadas e milhares de pessoas buscam vagas em aviões para deixar o local. Um médico disse que os primeiros antibióticos e anestésicos chegaram na terça-feira. "Até então, os pacientes tiveram de aguentar a dor", disse o doutor Victoriano Sambale.

Com o auxílio de aviões militares americanos, autoridades filipinas tentavam nesta segunda-feira (11) levar ajuda aos sobreviventes da passagem do tufão Haiyan, que deixou pelo menos 10 mil mortos no arquipélago e avançou para Vietnã e China.

Três dias depois do supertufão ter destruído cidades inteiras na região central das Filipinas, deixando áreas repletas de cadáveres, os sobreviventes estão sem comida, água e medicamentos. Ao mesmo tempo, as autoridades tentam evitar os saques.

Enquanto o país ainda faz o balanço da tragédia, outra tempestade se aproxima do arquipélago e ameaça provocar fortes chuvas na província de Leyte e em outras áreas devastadas pelo tufão Haiyan.

"Queremos que uma brigada organizada e coordenada retire os cadáveres, traga comida e acabe com os saques", disse Joan Lumbre-Wilson em um dos centros de desabrigados montados na cidade de Tacloban, a mais afetada.

"Já se passaram quatro dias. Queremos água e comida. Queremos que alguém nos ajude. Estamos física e emocionalmente esgotados. Há bebês e crianças que precisam de atenção", completou.

Apenas na província de Leyte, que tem Tacloban como capital, as autoridades mencionam 10 mil mortos. O balanço pode ser mais grave, pois muitas áreas ficaram isoladas e ainda não receberam ajuda humanitária, já que o tufão destruiu aeroportos, estradas e pontes.

Em Varsóvia, onde começou nesta segunda-feira a XIX conferência sobre o clima das Nações Unidas, a secretária-executiva para o clima da ONU, Christiana Figueres, disse que o tufão "é uma realidade que convida a refletir" sobre a mudança climática.

Marines chegam às Filipinas

Aviões militares americanos C-130 chegaram nesta segunda-feira a Tacloban com ajuda humanitária. Vários governos prometeram ajuda ante a devastação provocada por um dos tufões mais potentes já registrados.

A Austrália vai doar quase 10 milhões de dólares e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as agências humanitárias da organização "responderão rapidamente para ajudar os necessitados". O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo sobre a urgência de levar ajuda às zonas de desastre, onde podem morar até quatro milhões de crianças.

"Estamos tentando levar urgentemente ajuda às crianças que estão sofrendo os efeitos desta crise", disse o representante do Unicef nas Filipinas, Tomoo Hozumi. "É muito difícil chegar às áreas mais afetadas. Mas estamos trabalhando contra o tempo", completou.

O trabalho de ajuda aos desabrigados pode ser prejudicado pela nova tempestade formada no Oceano Pacífico e que deve atingir na terça-feira a ilha meridional de Mindanao, para em seguida avançar na direção das ilhas centrais de Bohol, Cebu, Negros e Panay, todas já afetadas pelo Haiyan, afirmou o meteorologista Connie Dadivas.

Segundo o cientista, as áreas citadas, assim como a ilha de Leyte, começarão a sofrer com as chuvas ainda nesta segunda-feira.

Luta contra os saques

Em Tacloban, centenas de policiais e soldados filipinos foram mobilizados para evitar os saques, depois que grupos armados assaltaram um comboio da Cruz Vermelha no domingo. Além disso, homens roubaram aparelhos de televisão na cidade.

"Enviamos muitas unidades e, em caso de necessidade, enviaremos mais, não apenas a polícia, mas também o exército", disse ao canal ABS-CBN o porta-voz da Defesa Civil, Reynaldo Balido.

Após a passagem pelas Filipinas, o tufão Haiyan avançou para o Vietnã, onde deixou três desaparecidos. Cinco pessoas morreram durante os preparativos para a passagem do tufão, segundo a imprensa oficial.

Mais de 650 mil pessoas foram retiradas de suas casas de forma preventiva durante o fim de semana, mas já retornaram para casa, segundo o governo.

O tufão também atingiu o sul da China, com um balanço oficial de seis mortos. Segundo o ministério chinês de Assuntos Civis, 600 casas sofreram danos e 39 mil pessoas foram retiradas da ilha de Hainan.

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 80,801 milhões da Bolsa na quinta-feira, 26. Naquele pregão o Ibovespa fechou com queda de 0,88%, aos 53.782,97 pontos. O giro financeiro somou R$ 5,095 bilhões.

Com o resultado, a Bovespa acumula em setembro saldo de capital externo positivo de R$ 4,423 bilhões. A cifra é resultado de compras de R$ 65,272 bilhões e vendas de R$ 60,848 bilhões no período. No ano, a Bolsa acumula superávit de R$ 10,833 bilhões em recursos estrangeiros.

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