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Um ônibus biarticulado foi incendiado em frente ao Theatro Municipal de São Paulo durante confronto entre a Polícia Militar e moradores de um prédio ocupado no centro de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 16. A PM tenta cumprir pela terceira vez uma ordem de reintegração de posse do imóvel, mas foi atacada com objetos lançados do alto do prédio. Os policiais responderam com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

A reintegração de posse foi determinada pela 25ª Vara Cível do Foro Central a pedido do proprietário do imóvel localizado na Avenida São João. Representantes do Movimento Sem-teto do Centro (MSTC) declararam que permanecerão no prédio até que se cumpra um acordo e caminhões e carregadores sejam apresentados para a realização da mudança.

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Essa é a terceira vez que a PM tenta cumprir a ordem judicial. Nos dias 11 de junho e 27 de agosto, as tentativas não foram bem-sucedidas. No mês passado, a ação tinha sido suspensa porque os oficiais de Justiça avaliaram que a quantidade de caminhões e transportadores ainda não era suficiente.

Moradores atearam fogo em pedaços de móveis, lixo e outros objetos na Avenida São João, próximo a ônibus que foram abandonados no local durante conflito entre os sem-teto e a PM. Policiais da Tropa de Choque, que conta com um carro blindado, fizeram cerco e reagiram com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Ainda há pessoas no prédio que se recusam a deixar o edifício. O cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga está bloqueado. Na região, há pelo menos 10 viaturas da PM e um helicóptero Águia. Os manifestantes arremessam objetos em direção aos policiais. Alguns arrancam pedaços de concreto das calçadas para usar contra a Polícia.

Em entrevista à Rádio Estadão, a coordenadora do Movimento Sem-teto do Centro (MSTC), Ivonete Araújo, reforçou as reclamações contra um acordo que não teria sido cumprido. "O proprietário não cumpriu os meios que ficaram acordados em uma reunião. Ele prometeu 40 caminhões, 120 carregadores e não tem", disse.

Ivonete disse que as famílias que ocupam o prédio não têm para onde ir e a intenção é permanecer no imóvel. "Vai sair para onde? Vai carregar os móveis como? O Judiciário não olha para a questão social. Como é que eles vão sair? Não tem meios", reclamou.

Não há confirmação da quantidade de pessoas que ocupam o local: a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) estima em 200 pessoas, mas há a possibilidade de o número ser maior e ultrapassar 500. O prédio de 20 andares está ocupado há seis meses pelo MSTC.

Por volta de 10h30, um ônibus da Polícia Militar com moradores do prédio ocupado, inclusive com crianças, seguiu para a 3ª DP de São Paulo, em Campos Elíseos.

Após nova tentativa de diálogo nesta terça-feira, móveis começaram a ser lançados de cima do prédio. A PM isolou avenidas da proximidade e acionou o Batalhão de Choque para o local. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), o bloqueio afeta um ponto de ônibus e cerca de 30 linhas foram alteradas.

Uma operação da Prefeitura deve começar a retirar nesta quinta-feira (11), a partir das 8h, a favela montada ao lado do Parque D. Pedro, no centro da capital paulista. Cerca de 180 pessoas que moram ali deverão estrear um novo modelo de habitação para a população de rua, com vagas para as famílias e regras menos rígidas do que os albergues.

A operação vem sendo discutida há um ano entre assistentes sociais da Prefeitura e os habitantes do local. As famílias serão levadas para os dois hotéis do novo programa, chamado Autonomia em Foco, enquanto pertences, como roupas e TVs, serão levados de caminhões. Uma faixa de trânsito deve ser interditada para facilitar os trabalhos.

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O secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, afirma que guardas-civis municipais deverão acompanhar o trabalho de longe, para não quebrar a confiança que vem sendo construída entre os moradores e os assistentes sociais. É uma forma de agir parecida como a que ocorreu quando a favela que existia na Cracolândia foi desfeita, no começo da Operação Braços Abertos - que oferece moradia, alimentação e abrigo para os dependentes químicos da Luz.

"A preocupação vai ser depois. Tanto ali (na área da tenda) quando no Parque D. Pedro e na Praça da Sé. O problema é o tráfico de drogas. Os traficantes haviam se infiltrado e podem buscar outros lugares para atuar", disse o secretário.

A favela foi montada em um local que havia sido criado pela gestão Gilberto Kassab (PSD) com a proposta de ser um "espaço de convivência", onde moradores de rua podiam se banhar e ver TV. A tentativa de Kassab, no entanto, não cumpriu a função de ser a porta de entrada para os serviços sociais e terminou virando uma favela.

Autonomia

No novo programa da gestão Fernando Haddad (PT), dois hotéis foram alugados pela Prefeitura para receber os moradores de rua.

Eles serão encarregados de cuidar da limpeza e terão de dividir cozinhas coletivas nesses espaços - uma espécie de república, com famílias ocupando os quartos. "Foi tudo pactuado, eles (moradores) estão sabendo como será", diz Luciana. Entre os participantes, há 76 famílias. "Eles terão de trabalhar. Se não estiverem, vão sair do hotel", afirma a secretária.

A proposta é que as famílias fiquem nos hotéis por tempo determinado. Terão acesso a cursos e capacitação. O apoio servirá para que tenham condições de obter renda suficiente para conseguir outra moradia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 200 manifestantes, ligados ao Movimento Frente de Luta Por Moradia (FLM), protestam na Praça da República, no centro de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 28, de acordo com a Polícia Militar. O grupo, que reivindica a construção de moradias populares, ocupou quatro faixas em passeata pela Avenida Ipiranga e por volta de 11h seguiu para à Câmara Municipal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sinalizou, na manhã desta quarta-feira, 13, que não pretende comprar briga com a Justiça para fazer valer a lei municipal que regularizou a Copa do Povo, invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na zona leste da capital. De acordo com Haddad, o tema será tratado durante a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, em 2015, caso a legislação sancionada no sábado seja considerada inconstitucional.

Haddad se referiu à representação feita pela Promotoria de Habitação e Urbanismo ao procurador-geral de Justiça, Marcio Elias Rosa. No entendimento do órgão, a lei é inconstitucional porque altera o zoneamento do terreno ocupado em Itaquera, que é industrial. "Se a Justiça entender que é necessário alterar a Lei de Uso e Ocupação do Solo, ela vai ser remetida no começo do ano que vem para a Câmara", disse o prefeito.

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Ontem, o próprio autor da lei, vereador José Police Neto (PSD), também defendeu a ilegalidade do texto. De acordo com ele, os vetos impostos por Haddad a artigos que definiam regras para a transformação de prédios vazios do centro em moradia social descaracterizaram a lei e a tornaram insustentável. O vereador pediu que a Câmara também acione a Justiça. Ele pede que se derrube os vetos ou a lei por completo.

Cerca de cem pessoas invadiram um prédio de cinco andares na rua Amaral Gurgel, próximo à rua General Jardim, na Vila Buarque, região central de São Paulo. Os sem-teto começaram a chegar ao imóvel por volta da 1h30, na madrugada desta quinta-feira, 7, informa a Polícia Militar.

O grupo seria ligado ao movimento Luta por Moradia Digna (LMD), que em julho foi impedido pela PM de ocupar um prédio comercial na rua Dr. Cesário Mota Júnior, em Santa Cecília. Na ocasião, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo, algumas fora da validade, para recuperar o imóvel. Segundo comerciantes da região, o prédio invadido estava desocupado.

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Na tentativa de resistir à reintegração de posse de um terreno pertencente ao Cotonifício Moreno, no município metropolitano de Moreno, na Grande Recife, famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) atearam fogo a pneus na manhã desta quarta-feira (30), em dois acessos da área. Logo depois, porém, desistiram de resistir.

"Nossas forças foram poucas e a gente saiu", explicou o líder do MST no município, José Severino da Silva, ao destacar que a força da Polícia Militar, que deu apoio ao cumprimento da ordem judicial da 1ª. Vara Cível, era muito mais forte. Não houve confronto nem violência física na ação.

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De acordo com o MST, 500 famílias ocuparam há quatro meses a área de 390 hectares dividida em lotes, quatro deles na área urbana da cidade. O Cotonifício Moreno faliu e os movimentos sociais querem que o poder público implemente um projeto habitacional para as famílias sem terra e sem moradia. "Vamos voltar a ocupar, vamos pressionar", avisou Silva.

A Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para impedir que cerca de 240 sem-teto do Movimento de Luta por Moradia Digna (MLMD) ocupassem um prédio comercial da rua Dr. Cesário Mota Júnior, em Santa Cecília, região central de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (21).

Os policiais chegaram ao prédio, administrado pela empresa Graiche, por volta da 1h, quando 90 pessoas já se encontravam dentro do edifício. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, o grupo tentou resistir ao diálogo e não quis desistir da ocupação. Os sem-teto teriam montado uma barreira com pedaços de vidro no local para impedir a entrada dos policiais, que revidaram com bombas de gás.

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Morador da região, o aposentado Stefan Kizima, de 92 anos, acordou com o barulho da invasão. A porta de entrada do prédio estava com o vidro quebrado. "Eu pensei que tinham entrado com um tanque", brincou. Kizima afirmou que ouviu o barulho de "muitas bombas", mas nenhum disparo.

Após o uso da munição química, o grupo teria se dispersado. Henrique Rosa, de 39 anos, e Ronaldo da Silva, de 22, foram detidos pela PM e encaminhadas para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro), onde foi registrado boletim de ocorrência por esbulho possessório. Os dois já foram liberados. Segundo os policiais, o zelador, que se escondeu durante a invasão, foi encontrado, acuado, no último andar do prédio.

Um terreno particular entre o Shopping Center Plaza e a Estação Tamanduateí do Metrô, na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, abriga desde quarta-feira, 16, uma nova ocupação de sem-teto: a Favela da Central. A invasão foi organizada pela União dos Movimentos de Moradia (UMM-SP), mas segue a estratégia adotada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), com barracas erguidas em madeira e cobertas por lonas de plástico.

Assim como aconteceu nas recentes ocupações promovidas pelo MTST, a Favela da Central é formada por moradores vizinhos. Nesse caso, são famílias da Favela Vila Prudente, que fica às margens da Avenida do Estado, quase na divisa com São Caetano do Sul. A Secretaria da Habitação estimava, no primeiro semestre, que havia 90 terrenos ou prédios ocupados por cerca de 4 mil famílias em toda a cidade.

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"Chegou a hora de darmos o grito de alerta. Esta região é carente de projeto habitacional - os terrenos ao redor foram destinados a construtoras. O adensamento habitacional nas favelas está muito grande e os aluguéis, caríssimos", disse André Delfino da Silva, morador da favela e representante do UMM.

Silva afirmou que a ocupação do terreno, que segundo ele está ocioso há mais de 20 anos, foi "a única estratégia encontrada para driblar os altos custos de vida e conseguir uma moradia". "Se a gente não pressionar a Prefeitura, essas pessoas serão expulsas da região em breve."

De acordo com Silva, o movimento será recebido hoje na Secretaria Municipal de Habitação para tratar da ocupação. A pasta não confirmou.

O advogado do UMM, Edilson Mineiro, afirmou que 600 famílias já estão no local e que o movimento cadastrou todos os nomes para apresentá-los à Prefeitura. "A organização é uma resposta à ilegalidade de deixar a área abandonada. As pessoas estão preparadas para resistir."

Cenário. Na sexta-feira, poucos barracos estavam montados e havia apenas uma cozinha com luz elétrica em toda a área do terreno, que tem cerca de 20 mil metros quadrados. Os novos moradores ainda trabalhavam para cortar o mato, delimitar o espaço de cada família, montar as lonas e retirar os entulhos do chão. Muitos homens usavam enxadas e outros queimavam parte da vegetação para abaixar o mato alto, que estava na altura do joelho, segundo Anderson Felipe Lima, de 22 anos, um dos líderes da ocupação.

Os moradores têm se revezado entre as casas que alugam na Favela Vila Prudente e a ocupação. "Estou aqui desde o primeiro dia e só saio para trabalhar. As mulheres e as crianças ficam um pouco aqui e um pouco na casa que nós alugamos", contou o metalúrgico Reginaldo Dias, de 30 anos. Com o filho de 1 ano no colo, ele explicou que o custo do aluguel, de R$ 800 por mês, é inviável para a família. "Todo mundo em casa tem de trabalhar para ajudar nos custos, e a gente trabalha muito para comer mal."

Roseana Alves, de 40 anos, disse que não sai do terreno desde o primeiro dia da ocupação. "Desde quarta-feira não sei o que é arroz e feijão. A gente passa frio também, mas já enfrentamos coisas piores", afirmou. Égila Bernardo Alves Santiago, de 25 anos, também se queixa. Mãe de um menino de 3 anos, ela contou que R$ 600 dos R$ 900 que ganha por mês vão para o aluguel. "É horrível ver criança chorando de fome." Todos os dias, as mulheres passam café e distribuem entre os moradores. Com R$ 2 arrecadados de cada um, também compram pão e outros alimentos, que são preparados de forma comunitária.

Propriedade privada

O terreno é de propriedade da empresa Saven. A imobiliária e construtora Savoy, que administra os bens imóveis da Saven, informou que a área será destinada a um empreendimento comercial. De acordo com o advogado Otavio Caetano, da Savoy, a área nunca esteve abandonada e os impostos estão em dia.

Caetano afirmou que, ao saber da possibilidade de invasão, a empresa enviou equipes de segurança privada ao local, para garantir seu "direito constitucional de propriedade". Segundo ele, na madrugada de quinta, as equipes "tiveram sua integridade física ameaçada pelos invasores e a PM foi acionada", mas ainda assim a invasão aconteceu.

O advogado ainda afirmou que a liderança do UMM havia informado que desistiria da ocupação se fosse comprovado o pagamento dos impostos, mas manteve a invasão. "Diante disso, foram tomadas as medidas jurídicas pertinentes, e o processo segue na esfera judicial."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Militar cumpre uma ação de reintegração de posse em um prédio ocupado na rua Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira (15). Por volta das 7h40, um protesto envolvendo 200 sem-teto, contra a ação de reintegração, bloqueou totalmente a via na altura da Avenida Ipiranga.

O juiz Sergio da Costa Leite, da 33ª Vara Cível do Foro Central, determinou a desocupação no centro. A reintegração foi solicitada pela Savoy Imobiliária e Construtora Ltda, proprietária da área, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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O prédio de 12 andares foi invadido por um grupo de pessoas ligadas ao movimento "Luta por Moradia Digna" (LMD). O local abriga 282 pessoas.

A Secretaria informou que para a reintegração ser pacífica, a Polícia Militar participou de reunião com moradores e com representantes de órgãos envolvidos na ação, como bombeiros, oficiais de Justiça, Subprefeitura Sé, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Secretaria Municipal de Habitação, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), entre outros.

Dois promotores de Justiça, acompanhados por funcionários da Secretaria Municipal de Habitação, afirmam que foram proibidos ontem de fazer o cadastramento das famílias que participam da Ocupação Copa do Povo, em Itaquera, na zona leste da capital.

Segundo o Ministério Público, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entidade responsável pela invasão, vetou a entrada da comissão com o argumento de que não havia sido previamente avisado. O cadastramento é parte do processo de reintegração de posse em análise no órgão.

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Diante de uma possível ordem de despejo, Prefeitura e Promotoria só podem providenciar inclusão das famílias em programas de assistência, como bolsa-aluguel, por exemplo, com a lista de ocupantes em mãos.

Em nota, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital afirmou que o "comportamento dos líderes do MTST causou estranheza, uma vez que o cadastramento das famílias é um dos pressupostos para que elas possam ser contempladas com unidades habitacionais, ou seja, o cadastro viria em benefício dos próprios ocupantes da área".

Para os promotores Camila Mansour Magalhães da Silveira e Marcus Vinicius Monteiro dos Santos, a negativa foi "despropositada" e surpreendente, uma vez que líderes e advogados do movimento haviam demonstrado pressa e interesse no cadastramento.

"A resistência dos líderes da ocupação em permitir a identificação e a qualificação das famílias que ocupam a área só serve para reforçar a dúvida da Promotoria sobre o número real de ocupantes divulgado pelo MTST", completa a nota.

Segundo a entidade, há cerca de 3 mil famílias no local. Ontem, porém, funcionários da Prefeitura relataram que viram, no máximo, cem pessoas no terreno durante a ação surpresa, por volta das 10h. O MTST negou que tenha proibido promotores e funcionários municipais de realizar o cadastro. "Só pedimos um tempo para podermos convocar as famílias. Muitas pessoas estavam trabalhando, outras não tinham os documentos em mãos. Além disso, qualquer decisão dentro do movimento é discutida, votada. Mas eles não quiseram esperar e foram embora", justificou Maria das Dores, uma das coordenadoras da Copa do Povo.

A entidade rebate as dúvidas relacionadas ao número de famílias que ocupam a área. "Alguém acha que é fácil viver debaixo de uma lona? Muitas pessoas só passam a noite aqui, até porque não temos como trazer fogões, móveis e armários. É tudo provisório, mas todas as noites fazemos assembleias com 3 mil, 4 mil pessoas", afirma Maria, que espera ser avisada da nova data.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, anunciou na tarde desta segunda-feira (9), em uma coletiva no centro da capital paulista, o entendimento com o governo federal e o fim da jornada de manifestações em São Paulo durante a Copa. No meio da coletiva, ele recebeu uma ligação de um interlocutor do ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho, e afirmou que houve atendimento de três pontos principais reivindicados pelo MTST.

O governo federal se comprometeu a construir 2 mil habitações populares onde está a ocupação Copa do Povo, na zona leste de São Paulo. Não serão necessárias desapropriações porque a construtora Viver será contratada pelo governo para fazer as habitações. Além disso, o governo vai formar uma comissão nacional de combate aos despejos forçados.

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O programa federal Minha Casa Minha Vida será modificado. Hoje as entidades de movimentos por moradia podem construir mil unidades de forma simultânea. Com a mudança, poderão ser construídas 4 mil unidades simultaneamente. Dessa forma, das 800 mil unidades do programa previstas, as entidades poderão construir 80 mil.

Plano Diretor

Segundo Boulos, não haverá manifestações contra a Copa. "Haverá, sim, manifestações pela votação do Plano Diretor na Câmara", disse. Boulos ainda disse que "o Plano Diretor não é só uma proposta para transformar a Copa do Povo em moradia popular, é um projeto bom para toda cidade e de interesse da população". "Não podemos deixar que interesses escusos do mercado imobiliário ditem o ritmo de trabalho dos vereadores."

Sob pressão do MTST e da própria gestão Fernando Haddad (PT), a presidência da Câmara Municipal marcou sessão para esta terça-feira, 10, às 11 horas, na tentativa de acelerar a segunda votação do Plano Diretor. Nesta segunda à noite, líderes dos movimentos de moradia vão se reunir com vereadores para pressionar por uma data final do plano.

Líderes da base governista e da oposição dizem ser impossível votar o Plano Diretor antes do dia 17. "As emendas do governo chegaram hoje, elas ainda precisam ser publicadas no Diário Oficial e ouvidas em audiência pública. Para essa semana é certo que não vai dar", afirmou o vereador Milton Leite, uma das principais lideranças da Casa.

Cerca de 800 pessoas da Ocupação Jardim União, ligada ao movimento Rede de Comunidades do Extremo Sul, bloqueiam o sentido Consolação da Avenida Paulista na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp) na tarde desta segunda-feira, 02.

Os manifestantes pretendem caminhar até a Secretaria Municipal de Habitação, localizada na região central, para protestar contra a reintegração de posse prevista para esta semana do terreno da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) que ocupam desde de outubro do ano passado no Jardim Varginha, na zona sul.

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O ato tem a participação de muitas crianças e faixas com frases como "Prometeu não cumpriu, o povo se uniu". Em coro, os sem-teto cantam: "O povo na rua, Haddad, a culpa é sua" e outras canções que fazem alusão ao poder do povo nas ruas.

Um grupo de sem-teto do Movimento de Luta por Moradia Digna (MLMD) invadiu o prédio onde funcionava o Othon Palace Hotel, na Rua Líbero Badaró, na região central de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (2).

De acordo com a Polícia Militar, a ocupação do imóvel começou por volta de 1h30. Com 24 andares e desativado desde 2008, o hotel fica próximo à sede da Prefeitura de São Paulo e é um dos símbolos da hotelaria de luxo da capital paulista nas décadas de 1960 e 1970.

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A gestão Fernando Haddad (PT) já negocia com o governo federal a construção de moradias populares no terreno onde o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) promove, desde o início do mês, a ocupação Copa do Povo, a 4 km da Arena Corinthians, na zona leste da capital. A emenda que permitirá com que a área de 150 mil m² seja classificada como uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis) deve ser entregue pelo Executivo aos vereadores na próxima semana.

Haddad já admite dar área para sem-teto

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Emenda ao Plano Diretor destinará para moradia popular parte de terreno de 150 mil m² invadido na zona leste e chamado de Copa do Povo

Ontem, cerca de 3,5 mil sem-teto protestaram na frente do prédio da Câmara Municipal, no centro, para exigir dos parlamentares a aprovação da emenda. A entidade também pressionou pela votação definitiva do novo Plano Diretor. "Nós queremos uma data para essa votação e também para a apresentação da emenda. Nada fora disso", disse o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, que foi recebido pela Presidência da Casa. Os líderes do MTST destacaram que, se não houver a votação da proposta até o dia 12, haverá mais "gente sem ingresso" às portas do estádio de abertura da Copa.

Ao mesmo tempo em que exige a desapropriação do terreno da zona leste, que é particular, Boulos trabalha para que a área seja considerada apta a receber empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida Entidades - o pedido foi feito pessoalmente à presidente Dilma Rousseff (PT). Nesse modelo, os próprios movimentos de moradia comandam a obra, a partir de repasses federais. Os associados mais assíduos, que frequentam reuniões e participam de manifestações, ganham preferência na hora do sorteio.

Oficialmente, a base aliada do prefeito Haddad confirma apenas que estuda a possibilidade de atender a mais essa demanda do MTST - na primeira votação do plano, o movimento conseguiu reservar 30% de um terreno na zona sul para a construção de habitação social. Nos bastidores, porém, a emenda é dada como certa e a dúvida diz respeito apenas ao porcentual do terreno que será considerado de interesse social.

Para obter o apoio da base e garantir a aprovação em plenário, a gestão Haddad ainda terá de ceder a outros interesses, desta vez de vereadores. Muitos exigem do relator do projeto, Nabil Bonduki (PT), a criação de Zeis em seus redutos eleitorais, além da garantia de reserva de terrenos para creches e unidades de saúde. Diante de tantas demandas, o petista já afirmou que apresentará um texto substitutivo.

Presidente da Comissão de Política Urbana, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) afirmou que o governo terá dificuldades em aprovar a emenda. "Não se pode mudar o texto a toda hora de acordo com pressões. Isso compromete toda a seriedade do processo e pode até fazer o novo Plano Diretor parar na Justiça."

Assembleia

A Copa do Povo ainda motivou uma reunião ontem na Assembleia Legislativa, envolvendo Prefeitura, Estado, Secretaria-Geral da Presidência da República, Caixa Econômica Federal, empresa Viver (dona do terreno invadido) e MTST. O objetivo era avançar nas negociações sobre o destino do terreno em Itaquera. "A conclusão a que chegamos hoje é que o destino deles depende ainda da votação do Plano Diretor. Nós temos a sinalização dada hoje pela presidente da Câmara de que a votação deve ocorrer no máximo no dia 11 de junho", afirmou Boulos. Há pressa na decisão porque para o dia 16 está marcada uma audiência na Justiça sobre a decisão de reintegração de posse do terreno.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça marcou para o dia 23 uma audiência para definir a reintegração de posse do terreno que recebe a ocupação Copa do Povo. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) havia pedido que fosse suspensa a ordem, antes de uma rodada de negociação com governo, Ministério Público e Câmara Municipal. O pedido foi negado pelo juiz Celso Maziteli Neto, que nesta quarta-feira (7), havia dado 48 horas para os sem-teto saírem da área.

A defesa do grupo, que já soma 2,5 mil famílias desde sábado, alega que o lote, situado a 4 km do estádio de abertura da Copa, está desocupado há mais de 20 anos. Para o MTST, a remoção pela PM "acarretaria drásticas e irreparáveis consequências à comunidade, tendo em consideração a iminência de conflitos violentos com as forças policiais". O movimento citou o caso Pinheirinho, ocorrido em 2011 em São José dos Campos (SP).

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Faltando 40 dias para o início da Copa do Mundo, um grupo de cerca de mil famílias de sem-teto ocupou no início da madrugada desse sábado (3) um terreno particular de 150 mil m² em Itaquera, a cerca de 4 km da Arena Corinthians, o Itaquerão, local da partida de abertura do evento. Eles chegaram em 17 ônibus, 50 carros e motos e, segundo a Polícia Militar, não houve confronto.

"Esta não é uma área de preservação ambiental, tem dívida com a Prefeitura e estava abandonada. Ela tem todas as condições para ser uma área de interesse social", disse Guilherme Boulos, coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Segundo Boulos, a invasão está diretamente relacionada com a Copa do Mundo. "As obras não melhoraram as condições de habitação da região, só renderam especulação imobiliária." Outras mil famílias são esperadas até o fim da semana. De acordo com o MTST, o local estaria abandonado há 20 anos.

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Os sem-teto que ocupam o terreno, localizado na Rua Malmequer do Campo, na região do Parque do Carmo, são formados por moradores de áreas de risco e favelas. Alguns alegam que estão lá por não ter dinheiro para pagar aluguel. Outros são moradores da Nova Palestina, zona sul, e têm como tarefa ensinar os que nunca moraram em ocupação. "Ajudamos a montar as barracas, dizemos o que pode e o que é proibido, as regras de como conviver e voltamos para a Nova Palestina", afirmou a doméstica Alizete M. de Melo, de 49 anos.

No início da tarde o secretário adjunto de Coordenação das Subprefeituras, Miguel Reis Afonso, esteve no local. "A Prefeitura não sabe quem é o proprietário do terreno."

Na mira

Pelo que o Estado apurou, o terreno já estava na mira do movimento há algum tempo como área de interesse social, que poderia ser aproveitada para habilitação popular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A manifestação contra a reintegração de posse de um terreno na zona norte da capital paulista deixou a Marginal do Tietê e seguiu, às 12h10, para a Avenida Guilherme Cotching, na mesma região. De lá, o grupo deve seguir para o Parque Vila Mariana. A manifestação bloqueou todas as pistas da via na manhã desta quarta-feira, 30, provocando lentidão desde a Ponte do Tatuapé até as Rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o ato começou por volta das 10h. Os manifestantes fazem parte de uma ocupação que há cerca de um ano ocupa um terreno de 58 mil m² avaliado em R$ 85 mi na região do Parque Novo Mundo, pertencente a uma imobiliária.

Após protesto por moradias ontem no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, o governo do Estado prometeu fazer a análise topográfica, necessária para a construção de casas, na ocupação Nova Palestina, também na Zona Sul, que reúne cerca de 8 mil famílias. A Prefeitura de São Paulo anunciou que estuda revogar o decreto que torna a área do acampamento de utilidade pública para implementar um parque. A ideia seria usar o terreno para erguer moradias populares.

Encabeçados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), grupos saíram de vários pontos da capital paulista e se concentraram no Morumbi. As principais reivindicações eram o aumento do aporte de verbas estaduais ao programa federal Minha Casa, Minha Vida e ampliação no número de famílias atendidas pela Bolsa-Aluguel.

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De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 8 mil manifestantes participaram do protesto. Quando a marcha chegou ao Estádio do Morumbi, o governo decidiu atender o MTST para evitar que a multidão avançasse até o Palácio dos Bandeirantes. O encontro teve a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e dos secretários estaduais de Habitação, Sílvio Torres, e da Casa Civil, Edson Aparecido.

Negociação

Depois da reunião, Torres afirmou que o governo de São Paulo fará os estudos topográficos de viabilidade de construção de moradias populares na área da Nova Palestina. O secretário fez a promessa baseado em informações do MTST de que a Prefeitura paulistana pretende revogar o decreto que considera o terreno de utilidade pública. A desapropriação para o parque ainda não foi iniciada por falta de verbas.

A administração municipal afirmou que a possibilidade está sob análise, mas existem impedimentos ambientais para a construção de casas no local. Pela legislação em vigor, somente 10% da área poderia ser usada para moradias. O MTST quer a construção em 30% do terreno. O prefeito Fernando Haddad (PT) já havia dito ainda que deveria ser respeitada a fila de cadastro público das famílias sem-teto.

Torres também disse que aumentará o repasse para a construção de 700 moradias destinadas aos integrantes da Ocupação Chico Mendes, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, se a necessidade for confirmada pela Caixa Econômica Federal. Cada unidade recebe R$ 76 mil do governo federal, que são complementados com R$ 20 mil do Estado.

O valor por moradia deve subir entre R$ 8 mil e R$ 9 mil, segundo um dos coordenadores do MTST, Guilherme Boulos. O Ministério das Cidades informou que os subsídios às moradias variam entre os Estados e que não é previsto aumento do valor repassado por unidade na Grande São Paulo.

O secretário disse também que discutirá com a Prefeitura na próxima semana a urbanização de áreas em Paraisópolis, na zona sul. Sobre a ampliação da Bolsa-Aluguel, Torres afirmou que está em contato com a Prefeitura, mas que a responsabilidade é dos municípios. A administração afirmou que são pagos, por ano, R$ 70 milhões em auxílios. Também foi prometido estudo ambiental para erguer casas em área de uma antiga ocupação em Embu das Artes, na Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou ser insegura a ocupação do Movimento dos Sem-Teto do Sacomã (MSTS) no antigo Cine Marrocos, na região central da capital paulista. Após a energia elétrica ser cortada no local, cerca de 50 barracas foram montadas na frente da Prefeitura, no Viaduto do Chá, domingo (15). "É a terceira vez que eles fazem esse acampamento", disse Haddad.

"Nós não temos como mantê-los ali (no Cine Marrocos). Primeiro, o equipamento é da (Secretaria Municipal da) Educação. Segundo, está totalmente inseguro. Toda a parte elétrica e hidráulica é completamente inapropriada e não se presta a habitação social." Os manifestantes prometem permanecer acampados até que a energia seja restabelecida. A Guarda Civil acompanha o ato.

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Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, o grupo acampado é o mesmo que, na madrugada do dia 10, fez um protesto na frente do prédio onde mora o prefeito, no Paraíso, na Zona Sul. Na ocasião, eles exigiam que um integrante do grupo fosse libertado da prisão. Ele havia sido detido por furtar energia para o prédio do Cine Marrocos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de cerca de 50 sem-teto fechou na manhã desta quarta-feira, 23, a Avenida John Boyd Dunlop, uma das principais vias de acesso a Campinas, interior de São Paulo. A manifestação começou às 7h30, durou uma hora e parou a avenida, em um trecho de pelo menos quatro quilômetros, além de gerar congestionamento de dois quilômetros na via marginal da rodovia Anhanguera.

Os sem-teto protestaram contra a notificação de desocupação da área onde cerca de 300 famílias vivem ilegalmente, no bairro Cidade Jardim.

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Nesta terça-feira, 22, poucas horas depois de receberem a notificação de despejo, um dos moradores morreu.

O pedreiro Manoel Braga dos Santos, de 48 anos, morava na área de ocupação e sofreu um enfarte três horas depois de receber a notificação de desocupação do imóvel. O terreno foi invadido pelos sem-teto em novembro do ano passado.

"Ontem (terça) aconteceu uma tragédia com a morte de um morador quando o oficial de Justiça chegou para falar que ele teria que sair da moradia. Somos contra o despejo e queremos um diálogo com as autoridades", afirmou um dos líderes do movimento, Francisco Galvão.

Com um caixão de papelão, eles lembraram a morte do pedreiro.

A área invadida fica às margens do traçado do extinto Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e pertence à União. A prefeitura informou que negocia com os moradores desde a ocupação, mas não houve acordo para saída do terreno. A desocupação foi determinada pela 2ª Vara da Fazenda Pública e deve ocorrer em 30 dias.

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