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Na "gincana" em que entrou para tentar cumprir a meta das contas públicas este ano, o governo intensificou uma antiga receita: segurar no caixa os recursos de fundos setoriais. Levantamento feito pela organização não governamental Contas Abertas a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra em que em apenas cinco fundos, cujos recursos somam R$ 11 bilhões, R$ 7,2 bilhões foram destinados à chamada "reserva de contingência".

Ou seja, estão numa espécie de conta poupança que só deve ser gasta numa emergência. Assim, o mais provável é que eles, ao final do ano, acabem engordando o superávit primário das contas públicas. O valor retido corresponde a 65% do disponível nesses fundos. No ano passado, o volume destinado à reserva de contingência nessa mesma amostra era de 44%.

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"Nos anos passados essa prática já era usual, mas, este ano, a situação provavelmente se agravou pela dificuldade do governo em obter superávit primário", disse o fundador e secretário-geral da organização, Gil Castello Branco. A inclusão desses recursos na reserva de contingência é uma demonstração do quanto esse bloqueio é rotineiro. Eles já entram no orçamento como dinheiro retido.

Na pesquisa, que levou em conta os fundos mais prejudicados, o maior volume de recursos retidos está no Fundo de Universalização dos Serviços de Comunicação (Fust), alimentado por contribuições cobradas nas contas de telefone. Ele dispõe de R$ 6,2 bilhões, mas praticamente tudo foi para a reserva de contingência.

Apenas R$ 1,7 milhão foi destinado a despesas de custeio. Ainda assim, até 26 de agosto nada havia sido empenhado. O empenho é a primeira etapa do gasto público. É uma espécie de reserva que se faz do dinheiro quando um produto ou serviço é contratado pelo governo.

O Fust é, talvez, a mais antiga vítima da prática de reter recursos para melhorar o resultado primário. Desde sua criação, em 2000, ele jamais teve os recursos totalmente liberados. É um dinheiro que, em tese, serve para levar serviços de telecomunicações às áreas mais remotas.

Outro contribuinte antigo do resultado primário é o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). Neste ano, o orçamento é de R$ 343,7 bilhões, dos quais R$ 291 milhões estão na reserva de contingência. Com isso, ações de financiamento à pesquisa e inovação na área foram comprometidos. Consultado, o Ministério das Comunicações informou que não comentaria esses casos.

A retenção atinge fundos que financiariam ações demandadas pela sociedade, como educação no trânsito e apoio à criança e ao adolescente. Segundo os dados do Contas Abertas, o Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito dispõe de R$ 933,9 milhões este ano, mas 81,9% dos recursos estão reservados para contingência.

O levantamento da Contas Abertas mostra que, dos recursos empenhados, a maior parte - R$ 54 milhões - foi destinada ao "fortalecimento institucional do Sistema Nacional de Trânsito". Mas ações como um projeto nacional de Educação para a Cidadania no Trânsito não tiveram nenhum centavo empenhado, assim como o fomento a pesquisas na área.

"O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como todos os órgãos da administração pública federal, está sujeito ao contingenciamento", informou o Ministério das Cidades. "Esse contingenciamento pode se dar tanto via Reserva de Contingência, quanto por meio de Decreto de Programação Orçamentária e Financeira."

Já os R$ 33,4 milhões para o Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente não foram retidos na reserva de contingência. Mas os números mostram que menos de 10% foram empenhados até o momento.

Nesse caso, a baixa utilização do dinheiro não tem relação com o esforço do governo de segurar gastos. Tanto que, segundo a Secretaria de Direitos Humanos, que administra o fundo, ele "jamais" contribuiu para o superávit primário.

O dinheiro continua em caixa por dificuldades típicas da administração pública. Segundo a secretaria, os recursos são liberados para financiar projetos de entidades sem fins lucrativos, prefeituras e governos estaduais. E, neste ano, foram selecionados apenas cinco projetos, ainda em fase de ajustes. Mas, por causa de restrições da lei eleitoral, os repasses só poderão começar depois de outubro.

O levantamento do Contas Abertas também abrangeu o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que teve R$ 25,3 milhões na reserva de contingência, de um orçamento de R$ 3,6 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo dificilmente conseguirá cumprir a meta do segundo quadrimestre (até agosto) das contas do governo central de R$ 39 bilhões. Faltando apenas o resultado deste mês, as contas do governo central registram um saldo de apenas de R$ 15,230 bilhões pela metodologia de cálculo do Tesouro Nacional. Logo mais o BC, divulgará o resultado fiscal e ficará mais claro quanto de superávit que o governo precisará registrar em agosto para cumprir a meta. O resultado de agosto será divulgado às vésperas das eleições de outubro.

Os dados do governo do governo central até julho mostram uma forte deterioração do esforço fiscal, com queda de 60,3% do superávit em relação ao mesmo período do ano passado O esforço fiscal caiu de 1,4% do PIB para 0,52%. O déficit de julho foi o terceiro resultado negativo consecutivo.

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Concessões

Em julho, as contas do governo receberam um reforço extra de R$ 1,414 bilhão de concessões. No ano, as concessões somam R$ 2,658 bilhões, volume 56,5% menor do que os R$ 6,108 bilhões obtidos no mesmo período de 2013. As receitas com dividendos somaram apenas R$ 5,2 milhões em julho. Enquanto o Banco do Brasil pagou no mês R$ 466,7 milhões, o Tesouro devolveu R$ 461,5 milhões de dividendos para empresas que não foram citadas na nota. No ano, as receitas de dividendos somam R$ 10,495 bilhões, com alta de 35,2%.

CDE

As despesas do Tesouro Nacional com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) somaram R$ 1,2 bilhão em julho. No ano até julho, o gasto chega a R$ 5,301 bilhões. O Tesouro Nacional transferiu mais verba para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em julho de 2014 do que em junho. O total de R$ 4,664 bilhões que o Tesouro gastou com o FAT no mês passado é 27,3% maior que os R$ 3,664 bilhões gastos em junho. De janeiro a julho deste ano, o Tesouro passou R$ 23,663 bilhões para o FAT, valor que é 5,6% inferior aos R$ 25,073 bilhões do mesmo período do ano passado.

O governo conta com R$ 18 bilhões de receitas do programa de parcelamento de débitos tributários (Refis), mas a obrigação da União de repartir o dinheiro com Estados e municípios deve atrapalhar os planos do Tesouro Nacional de usar todo esse dinheiro para cumprir o superávit primário em 2014.

O prazo da primeira parcela ou parcela única do Refis venceu na última segunda-feira, 25, e, segundo fontes da área técnica, será muito difícil empurrar para 2015 o pagamento da divisão do dinheiro com os governos regionais. Pela legislação, a União tem de transferir 47% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os demais entes federativos.

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Demora

Com a reabertura do programa no ano passado, o governo arrecadou R$ 20,3 bilhões em novembro de 2013. Mas o dinheiro só foi repassado aos cofres de prefeitos e governadores no início de 2014.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse na época que os prefeitos e governadores nunca haviam recebido o repasse de recursos de programas de parcelamento com tanta rapidez. Apesar disso, os prefeitos criticaram a demora do governo.

Com o Refis deste ano, a Receita terá quatro meses para fazer a classificação, tempo suficiente segundo a área técnica. Se o governo deixar o repasse do Refis para o ano que vem, para não perder receita este ano, será uma pressão adicional nas contas públicas para 2015, segundo o economista-chefe da Tullett Prebon, Fernando Montero, especialista em contas públicas.

"É muito tempo até lá. Vai ter chiadeira se o governo não passar o dinheiro até o final do ano", disse Montero.

O dado sobre a repartição é importante nas análises sobre o plano do governo para cumprir a meta de superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. O governo botou na conta uma estimativa de R$ 18 bilhões com o Refis e não levou em consideração a obrigação de compartilhar o dinheiro com prefeitos e governadores.

Previsão elevada

O governo decidiu ampliar o programa e permitiu o parcelamento de dívidas vencidas até 31 de dezembro do ano passado. A equipe econômica contava inicialmente com R$ 12 bilhões da reabertura do Refis, mas a previsão foi elevada para R$ 18 bilhões. Desse total, a Receita Federal prevê o recolhimento de um valor entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões, apenas em agosto.

O governo espera esse montante porque, além da exigência do pagamento de uma entrada, quem paga à vista tem benefícios maiores, como redução de juros e multa. Por isso, a equipe econômica espera um pico de arrecadação até o fim do mês, cujo resultado será divulgado em setembro. O governo conta também com o Refis para fechar a meta quadrimestral (até agosto) de R$ 39 bilhões.

Procurado, o Tesouro Nacional informou que a distribuição de recursos do Refis depende da classificação da receita, que é feita pelo Fisco. O Tesouro não forneceu detalhes sobre o prazo para o repasse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal anunciou nesta terça-feira, 15, que fará um esforço fiscal maior em 2015 do que em 2014 e fixou um superávit mínimo de 2% para o próximo ano. Segundo o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), a meta de superávit primário do setor público consolidado será de R$ 143,3 bilhões, o equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para este ano, a meta de superávit primário das contas do setor público é menor: de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9 % do PIB) - proporcionalmente, o mesmo resultado obtido em 2013.

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A meta de superávit primário mínimo para 2015, que leva em conta o abatimento, é de R$ 114,7 bilhões (2% do PIB), segundo o documento divulgado hoje. Os abatimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem ser de até R$ 28,7 bilhões, o que representa 0,5% do PIB.

A meta do governo central para o próximo ano é de R$ 114,7 bilhões, ou 2% do PIB. Para Estados e Municípios, a meta é de R$ 28,7 bilhões, ou 0,5% do PIB. Para este ano, os valores são menores: a meta fiscal dos governos regionais é de R$ 18,2 bilhões, o equivalente a 0,35% do PIB. Já a meta fiscal do governo central é de R$ 80,8 bilhões, ou 1,55% do PIB.

 

PIB

O governo estima que o crescimento da economia em 2015 será de 3% com uma inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5%. As novas estimativas mostram uma deterioração das expectativas do governo em relação à economia.

Há um ano, quando o governo divulgou a LDO de 2014, a área econômica estimava que o PIB teria crescimento de 5% em 2015, com inflação de 4,5%. Para 2016 e 2017, segundo divulgado hoje, o governo espera uma expansão do PIB de 4%. A LDO de 2015 estima que a dívida líquida do setor público no ano que vem será de 33% do PIB, ante 33,6% em 2014. A dívida líquida deve cair para 32,1% do PIB em 2016 e 2017, segundo as projeções do governo. A dívida bruta projetada é de 55,2% do PIB em 2015, ante 56,8% do PIB em 2014.

A crise do setor elétrico brasileiro pode comprometer a meta fiscal do governo em 2014. Os custos com o segmento devem engolir até R$ 16 bilhões dos cofres do governo, além dos recursos já previstos no orçamento e nos pacotes de socorro às distribuidoras, segundo cálculos da consultoria Excelência Energética feitos com exclusividade para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O impacto pode ser ainda maior se for considerada a conta a ser paga em indenizações do setor.

A questão teve influência na decisão da agência internacional de classificação de risco Standard&Poor's de rebaixar o rating soberano do Brasil, de "BBB" para "BBB-", na segunda-feira, 24. A economista da S&P Lisa Schineller declarou que os subsídios dados ao segmento e o represamento do aumento dos custos das distribuidoras com o acionamento de térmicas podem pesar no orçamento federal.

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"Não será fácil para o governo alcançar a meta de 1,9% de superávit primário, sem recorrer a ajustes de uma única vez, dado o cenário de baixo crescimento econômico", afirmou Lisa, em teleconferência. "Há riscos para a piora das contas fiscais nos próximos anos, como a dinâmica atual do setor elétrico, com os subsídios podendo pesar no orçamento, limitado aumento de preços (de energia), alguns custos sendo adiados", acrescentou.

O governo definiu como meta um superávit primário de R$ 99 bilhões em 2014, 1,9% do PIB. Para tanto, será necessário um corte nos gastos de R$ 44 bilhões. No entanto, os baixos níveis dos reservatórios e a elevação do risco de racionamento têm feito as térmicas trabalharem a todo vapor, levando a um aumento no custo da energia. Além disso, as distribuidoras começaram o ano descontratadas em 3,2 mil MW médios, sendo obrigadas a comprar energia no mercado de curto prazo ao preço recorde de R$ 822,23/MWh.

Há duas semanas, o governo anunciou um conjunto de medidas para socorrer o segmento de distribuição, cujo caixa está altamente pressionado com a exposição ao mercado spot e com o custo das térmicas. As concessionárias receberão uma ajuda financeira de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões virão dos cofres do Tesouro Nacional e serão aportados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O Tesouro já havia se comprometido a aportar R$ 9 bilhões na CDE em 2014 para garantir o desconto de 20% nas tarifas de energia.

Os cálculos da consultoria Excelência Energética mostram que o tamanho da conta a ser paga pelo Tesouro depende significativamente do resultado do leilão A-0 no dia 25 de abril, com entrega da energia a partir de maio, que tem como objetivo reduzir a exposição das distribuidoras com o mercado spot. Se o leilão não for bem sucedido, o rombo no caixa das distribuidoras a ser assumido pelo governo - que terá que optar por pagá-lo ou repassá-lo às tarifas em época de inflação pressionada - poderia alcançar R$ 16,224 bilhões. Se for um sucesso, essa conta cai para R$ 4,364 bilhões.

"Um gasto de R$ 4 bilhões a mais é até administrável, mas se chegar a R$ 16 bilhões complica, porque estamos falando de quatro vezes mais. Mas estive presente a uma reunião com o secretário Arno Augustin (secretário do Tesouro Nacional) que mostrou forte convicção de que esse leilão vai ser um sucesso", lembrou André Guilherme Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

O que o discurso oficial não tem tocado é que não há dinheiro no saldo do encargo Reserva Global de Reversão (RGR) para pagar as indenizações do setor elétrico. Para efetuar os pagamentos, o governo tem transferido recursos da CDE para a RGR. Para as companhias que optaram por prorrogar os seus contratos no fim de 2012, os recursos totais da CDE de R$ 17,9 bilhões de 2014 seriam suficientes para o cumprimento dos compromissos deste ano. O problema é que não haveria recursos para o pagamento das empresas que não renovaram as suas concessões. Só neste ano, isso poderia significar uma despesa adicional de, no mínimo, R$ 1,7 bilhão, relativa à indenização da hidrelétrica Três Irmãos. Mas a Cesp, operadora da usina, diz que o valor correto é R$ 3,5 bilhões e ameaça brigar na Justiça para receber o montante integral reconhecido em seu balanço.

"Mas muito provavelmente a Cesp não vai conseguir nada do que está pedindo. O Ministério de Minas e Energia não quer negociar (o valor da indenização)", afirmou o diretor da Excelência Energética, Erik de Brito.

A Grécia registrou no ano passado seu primeiro superávit em conta corrente da história, segundo dados do banco central grego. Em 2013, o superávit em conta corrente do país foi de 1,2 bilhão de euros (US$ 1,65 bilhão), frente a um déficit de 4,6 bilhões de euros em 2012. O saldo foi negativo em 20,6 bilhões de euros em 2011.

Esse é o primeiro superávit em conta corrente do país desde 1948, quando o BC grego começou a coletar números de comércio.

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As estimativas estão divididas em relação à capacidade da Grécia de registrar um novo superávit em 2014, embora economistas do setor privado acreditem que os déficits expressivos vistos no passado já foram corrigidos, em função dos cortes de gastos promovidos pelo governo na tentativa de melhorar a saúde fiscal do país.

A força da recuperação econômica da Grécia irá determinar se a balança em conta corrente permanecerá em território positivo neste ano, de acordo com especialistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após uma verdadeira ofensiva do governo ter concentrado praticamente toda a atenção do investidor local nesta terça-feira, 18, com entrevistas à imprensa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na tentativa mais uma vez de remover o pessimismo que permeia a economia brasileira, o mercado doméstico volta hoje a ficar dividido entre as notícias domésticas e a cena internacional.

Por aqui, cresce a expectativa pelo anúncio da meta para o superávit primário deste ano, cuja indefinição ganhou novos contornos ontem, depois de o ministro da Fazenda cancelar sua a ida à reunião do G-20 para seguir nas discussões com a junta orçamentária, da qual faz parte a presidente da República, Dilma Rousseff, a partir das 9h30 de hoje. No exterior, o mau humor com as nações emergentes voltou em meio à preocupações com a China e antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, às 16 horas.

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Nesse cenário de incertezas, o dólar abriu o dia em alta de 0,46%, a R$ 2,4040, passando à máxima, na sequência, de R$ 2,4100 (+0,71%) às 9h41. No futuro, o contrato para março também subia, 0,54%, a R$ 2,4170. O desempenho seque a nova rodada de depreciação das principais moedas de países emergentes ocidentais ante o dólar no exterior. O yuan caiu em relação ao dólar norte-americano sob o impacto da piora das expectativas das empresas na China e uma intervenção mais forte do banco central do país no câmbio para depreciar a moeda. O índice de sentimento das empresas recuou à mínima de 5 anos em fevereiro, para 50,2. Há pouco, o euro renovava a mínima ante o dólar, a US$ 1,3743.

Pesam ainda os dois leilões de swap cambial do Banco Central às 9h30 (de até US$ 200 milhões) e às 11h30 (de rolagem de até US$ 525 milhões) e ainda o leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série A3 (NTN-A3) de até US$ 212 milhões, que a Cetip realiza entre 10 horas e 11 horas. Eles podem trazer alívio pontual ao câmbio. Há espaço também para realização de lucros.

No anseio de buscar mais receitas para produzir uma meta fiscal elevada, a equipe econômica do governo começou a discutir um aumento de até R$ 2 bilhões no valor da outorga do único leilão que envolve pagamento de bônus ao Tesouro Nacional previsto para este ano - das faixas de frequência de 700 mega-hertz (MHz) para a quarta geração de serviços móveis (4G).

O leilão está previsto para agosto, e será dividido em quatro lotes nacionais, de R$ 1,5 bilhão de outorga para cada companhia, gerando pagamento total de R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

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Esse dinheiro deve ser pago ao Tesouro ainda neste ano. Uma das ideias levantadas é aumentar a parcela dos lotes para quase R$ 2 bilhões, o que elevaria a outorga total para cerca de R$ 8 bilhões.

"Já tive conversas com o secretário (do Tesouro) Arno Augustin sobre o leilão, e especificamente sobre o valor da outorga. Já estamos discutindo isso seriamente, mas ainda não há nenhuma definição", afirmou ao Estado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

O ministro informou que equipes técnicas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério das Comunicações e do Tesouro Nacional estão debruçadas neste momento sobre os termos do leilão do 4G.

A estimativa de receita fiscal com esse leilão ainda não consta de documentos oficiais, uma vez que o edital para a concorrência pela frequência ainda está em consulta pública. Na licitação da faixa de 2,5 giga-hertz (GHz) do 4G realizada em junho de 2012, os valores dos lotes arrematados pelas operadoras somaram R$ 2,9 bilhões.

O leilão deste ano envolve uma faixa de alcance muito maior, o que também exige uma carga maior de investimentos das companhias. Será necessário realizar a "limpeza do espectro" das faixas, hoje ocupadas por quase 2 mil canais em 833 municípios.

Interferência

As empresas devem desocupar essas faixas e conter as interferências de sinais entre os serviços de telecomunicações e televisão aberta. Em seguida, devem operar o lote arrebatado no leilão.

"Ainda é preciso estimar quanto as empresas vão precisar investir para operacionalizar as faixas, e isso será decisivo para determinar o valor da outorga", disse Bernardo. O objetivo da equipe econômica, ao estudar a possibilidade de elevar o valor da outorga do leilão do 4G, é salvar um ano dramático do ponto de vista fiscal, uma vez que não estão previstas as enormes receitas extraordinárias que irrigaram os cofres do Tesouro em 2013.

Esse expediente de elevar o valor da outorga para engordar a meta fiscal já foi usado no ano passado, quando o Tesouro venceu as discussões técnicas com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ao definir em R$ 15 bilhões o bônus de assinatura do contrato de partilha do petróleo do pré-sal de Libra (SP). De início, o bônus seria de R$ 10 bilhões.

Resultado

Em 2013, o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) economizou R$ 75,3 bilhões para o pagamento dos juros da dívida, superando a previsão de poupar R$ 73 bilhões. A elevação do bônus de Libra e o refinanciamento de débitos antigos com o Fisco ajudaram a cumprir a meta fiscal de 2013.

A pressão sobre a política fiscal é grande, e a presidente Dilma Rousseff sabe disso. Há um risco razoável de as agências de rating, como Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), rebaixarem a nota de crédito do Brasil.

Em junho do ano passado, diante da deterioração fiscal brasileira, as agências revisaram para "negativa" a perspectiva da nota do País. Na quinta-feira (6), o diretor de ratings soberanos e finanças públicas para a América Latina da S&P,

Roberto Sifon-Arevalo, afirmou em Nova York que não viu mudanças na condução econômica brasileira, e que a política fiscal continua expansionista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pregão desta sexta-feira, 29, começou como previsto, em compasso de espera. Os investidores de juros futuros olham para os dados das contas públicas, após o resultado do Governo Central ter vindo abaixo do esperado, na quinta-feira, 28. Os analistas estimam que o superávit primário consolidado do setor público (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobrás), que sai às 10h30, ficará entre R$ 5,7 bilhões a R$ 9,6 bilhões em outubro. Qualquer número fora desse escopo trará pressões para o mercado.

Mas as incertezas não param por aí. Provavelmente a Petrobras deve anunciar logo mais, após sua reunião de Conselho (prevista para 10 horas), o aguardado reajuste para os combustíveis, da ordem de 5% para gasolina e de 10% para diesel, mas sem a tão falada regra para os próximos aumentos. Essa informação deve ser relevante para o comportamento do Ibovespa em dia em que os índices futuros em Nova York, assim como o futuro para o índice doméstico apontam leve alta, antes das aberturas.

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Os juros futuros na BM&FBovespa operavam em leve alta na parcela curta da curva a termo e em elevação entre os contratos mais longos, novamente nesta semana na casa dos 13% para a taxa de 10 anos. Os Treasuries também sobem de maneira leve. Por volta das 9h50, o dólar à vista no balcão estava na máxima do dia, a R$ 2,3240 (+0,22%), após abrir em leve baixa.

A presidente Dilma Rousseff está preocupada com o risco de rebaixamento da nota brasileira de crédito e seus impactos políticos, por isso iniciou uma maratona para construir fatos positivos na área econômica.

Como parte desse pacote, ela ordenou à equipe econômica que o número do superávit primário até o fim de seu mandato seja "alcançável e factível", segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A regra será aplicada tanto na revisão orçamentária do último bimestre deste ano quanto na previsão para o ano que vem.

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O superávit primário é visto por investidores como um termômetro da seriedade do governo em relação aos gastos públicos. Quanto maior o superávit, menor seria a propensão ao aumento de despesas. Nos últimos anos, porém, o excesso de otimismo demonstrado pela equipe econômica do governo acabou não se concretizando e os números tiveram de ser sempre revisados para baixo.

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s anunciou neste ano que poderia revisar para baixo a nota de crédito do País, o que elevaria o custo da venda de títulos da dívida pública no mercado, além de afugentar investidores que buscam ativos mais seguros.

Gasolina

Equacionar o reajuste do combustível é outro nó que o Planalto considera que precisa ser desatado rapidamente, para não passar a impressão a investidores estrangeiros de que a Petrobrás está perdendo competitividade. Nos últimos anos, investidores criticam a política de preços da estatal, porque o congelamento da gasolina reduz as receitas da Petrobrás, ao mesmo tempo em que mantém artificialmente baixa a inflação.

Na avaliação do Planalto, o mercado precisa ser convencido de que as diretrizes da empresa não são estabelecidas para servir apenas a interesses governamentais.

Rating

O pacto de austeridade com o Congresso, firmado na terça-feira (19), já é um dos primeiros atos desse esforço concentrado para evitar que o País perca pontos na avaliação de sua capacidade de pagamento. Além do rebaixamento da nota, que pode causar prejuízos políticos na avaliação da presidente especialmente em ano eleitoral, o que o governo mais teme é amargar um "viés de baixa" na nota.

Isso mostraria ao mercado uma trajetória de deterioração das contas públicas justamente quando a economia internacional está instável.

Preocupa a presidente Dilma o fato de que o mau desempenho econômico da Índia, que corre o risco de ter a nota rebaixada, possa contaminar a percepção do mercado sobre a confiabilidade dos Brics em geral.

Superávit

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, membros da junta orçamentária, se reuniram na terça-feira (19), e discutiram o tema. A expectativa presidencial é de que as metas não sejam nem muito baixas, a ponto de espalhar pessimismo, nem superestimadas, a ponto de, mais uma vez, não convencer o mercado. A ordem geral é não cair em descrédito.

Após reuniões com o conselho político - formado por líderes da base e presidentes da Câmara e do Senado - para convencer os aliados a não votar projetos que tenham impacto nas contas do governo, Dilma Rousseff está apostando na "inércia" da Casa. Acredita-se que é muito mais difícil convencer os governistas a aprovar um pleito do Planalto do que conseguir que eles simplesmente não deliberem sobre determinada matéria. Especialmente em casos complicados como a "bomba fiscal" da PEC 300, projeto de emenda constitucional que fixa um piso nacional para policiais e bombeiros, que geraria um impacto de mais de R$ 40 bilhões nas contas públicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo trabalha para tentar aprovar entre esta terça, 19, e quarta-feira, 20, projeto de lei que desobriga a União a cobrir as metas fiscais não atingidas de Estados e municípios. A matéria está na pauta da sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para a noite de hoje. Como a lista de matérias a ser apreciada é extensa, o Planalto defende que uma reunião extraordinária seja convocada para amanhã, caso não seja possível discutir o assunto hoje.

"É uma matéria que traz apenas a desobrigação do governo federal de complementar o que os Estados e municípios não realizarem de superávit", justificou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que participou da reunião de lideranças da base na Câmara hoje. "Isso traz consequências se (a matéria) não for aprovada, porque não dá para saber se Estados e os municípios vão ou não cumprir (as suas metas)", complementou a ministra.

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Também esteve na reunião, nesta manhã, o secretário-executivo da Fazenda, Dyogo de Oliveira, que, segundo parlamentares presentes, teceu explicações técnicas sobre o projeto.

Ideli Salvatti afirmou ainda que a obrigatoriedade de a União cobrir os déficits da demais unidades da federação é "algo que traria consequências nas finanças do governo". Ela negou, no entanto, que a atual exigência possa comprometer a meta do superávit primário da União. "O superávit da União está sendo e será rigorosamente cumprido pelo governo", disse a ministra.

Embora negue que a realização das próprias metas da União dependam de abertura de uma brecha desobrigando-a a cobrir o não realizado por Estados e municípios, a ministra das Relações Institucionais alegou que as "modificações nas despesas" que o governo terá de realizar serão expressivas.

De acordo com ela, a meta do superávit dos Estados e municípios prevista para este ano é de aproximadamente de R$ 47 bilhões, sendo que até setembro esses entes cumpriram cerca de R$ 18 bilhões. "É um valor bastante elevado".

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou hoje que vai fazer uma investigação aprofundada para identificar se o superávit em conta corrente persistentemente alto da Alemanha teve implicações negativas para a maior economia da zona do euro e demais países do bloco.

O estudo será conduzido dentro do cronograma do novo regime de governança econômica da zona do euro, pelo qual a comissão analisa as nações do bloco em busca de desequilíbrios macroeconômicos.

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Se a investigação, que deverá ser concluída durante a primavera europeia, confirmar que a conta corrente alemã gera desequilíbrios, a comissão poderá recomendar a Berlim que tome medidas para lidar com a questão, como abrir mais seu setor de serviços e ampliar a demanda doméstica e os investimentos.

O "padrão de especialização" da Alemanha a transformou no "maior beneficiado no mercado interno", "mas outros países têm especializações distintas" e todos, incluindo os próprios alemães, se beneficiariam com uma abertura maior do setor de serviços, comentou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

Tomando cuidado para não ofender a Alemanha, que se orgulha de seus resultados superavitários, a comissão disse em comunicado que o estudo "de forma alguma tem o objetivo de restringir a competitividade ou desempenho exportador da Alemanha" e que os "benefícios da competitividade alemã e sua relevância para o crescimento - da Alemanha e do resto da Europa - são inquestionáveis".

Por outro lado, "superávits também podem ser resultado de expectativas incorretas, má precificação dos riscos ou distorções do mercado, ou podem ainda refletir intervenções mal conduzidas em políticas ou fraquezas da supervisão financeira", afirmou a comissão no comunicado. Fonte: Market News International.

A Itália registrou um superávit comercial de 958 milhões de euros em agosto, ante um déficit comercial de 483 milhões de euros no mesmo mês do ano anterior, segundo dados publicados pela agência nacional de estatísticas, Istat. As exportações recuaram 4,4% e as importações caíram 9,8%.

Ante julho, as exportações subiram 1,7% em agosto e a importações avançaram 1,1%.

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O governo da Rússia informou que o país teve um superávit comercial de US$ 13,8 bilhões em agosto, com crescimento de 22% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 617 milhões na segunda semana de setembro, resultado de exportações de US$ 5,227 bilhões e importações de US$ 4,610 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No acumulado da primeira quinzena deste mês, o superávit foi de US$ 916 milhões. As vendas externas no período somaram US$ 9,992 bilhões e as importações totalizaram US$ 9,076 bilhões. No ano, a balança registra déficit de US$ 2,853 bilhões. As exportações somam US$ 166,646 bilhões e as importações, US$ 169,499 bilhões.

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Médias diárias

As exportações brasileiras registram queda de 5,1% em setembro em relação a igual mês do ano passado, quando comparadas as médias diárias. Até a segunda semana de setembro, a média diária das vendas externas foi de US$ 999,2 milhões contra US$ 1,053 bilhão em setembro de 2012.

A retração é explicada pela queda nos embarques de produtos manufaturados (-14,9%) e de semimanufaturados (-7,7%). Por outro lado, cresceram as vendas de básicos (+3,1%), puxadas por minério de cobre, soja em grão, petróleo em bruto, farelo de soja e carne bovina.

Nas importações, a média diária até a segunda semana de setembro de 2013 foi de US$ 907,6 milhões, 1,1% abaixo da média de setembro de 2012, que foi de US$ 918,2 milhões. Caíram as compras do Brasil no exterior,principalmente de farmacêuticos (-23,4%), instrumentos de ótica e precisão (-6,1%), combustíveis e lubrificantes (-5,7%), equipamentos mecânicos (-2,4%) e adubos e fertilizantes (-1,0%).

O governo já considera que será difícil cumprir a meta de superávit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) prometida para este ano. A prioridade agora será economizar "pelo menos" 2% do PIB, número que a equipe econômica acredita ser capaz de manter estável a evolução da dívida pública líquida e, ao mesmo tempo, auxiliar o trabalho do Banco Central no combate à inflação.

Na avaliação de fontes graduadas do governo, a meta oficial de 2,3% do PIB para o superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública), embora não esteja totalmente descartada, é de difícil cumprimento por causa do ritmo da arrecadação. A meta fixada no início do ano para o superávit primário era de 3,1% do PIB. Mas, com as dificuldades de se cumprir o objetivo, a meta foi alterada, em maio, para 2,3% do PIB. Mesmo esse número, no entanto, já era visto com desconfiança pelo mercado.

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Nos 12 meses terminados em julho, o setor público consolidado (que inclui o governo central e os Estados e municípios) economizou o equivalente a 1,91% do PIB - abaixo da meta fixada para o ano.

Fontes do governo afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo, no entanto, que a eventual adoção de uma meta de 2% do PIB constituiria um "aperto" em relação à meta fiscal efetivamente realizada no ano passado, estimada em cerca de 1,5% do PIB.

De acordo com os técnicos, ainda não é possível abandonar a meta oficial, embora reconheçam que o esforço fiscal do setor público consolidado dificilmente deve superar o patamar de 2% do PIB. Uma missão complexa que o Tesouro Nacional terá de cumprir será a cobertura da meta fiscal dos Estados e municípios. O governo reservou R$ 10 bilhões para a conta dos governos regionais, mas esse volume não será suficiente.

Arrecadação

Na avaliação do governo, ainda há chance de surpresas positivas no campo da arrecadação. A melhora recente da economia pode render um recolhimento maior dos tributos nos últimos meses do ano.

Além disso, os cofres da Receita Federal podem receber recursos extraordinários por causa dos programas de parcelamento de tributos vencidos, que serão criados com a transformação em lei da Medida Provisória (MP) 615, aprovada ontem pelo Senado Federal. O governo também conta com o reforço de caixa dos programas de concessões.

Com isso no horizonte, o governo poderá compensar um pouco mais a frustração da meta fiscal dos Estados e municípios neste ano. "A política fiscal está sendo apertada, ano a ano", disse uma fonte do governo, que chamou a atenção para a previsão de 2,1% de superávit primário inserida no Orçamento de 2014, enviado há duas semanas pelo governo ao Congresso. "Se atingirmos o esforço de 2% do PIB agora em 2013, a política fiscal terá sido maior que em 2012 e inferior àquela que vamos cumprir em 2014. Há um aperto sendo realizado, e isso já foi captado pelo Banco Central", afirmou.

A referência ao BC se dá por causa da sinalização dada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No texto, os diretores do BC destacaram que "criam-se condições para que, no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público se desloque para a zona de neutralidade". Até então, o BC afirmava que a política fiscal estava em "posição expansionista".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A balança comercial do Brasil registrou superávit de US$ 880 milhões na quarta semana de agosto, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período considerado, as exportações somaram US$ 5,172 bilhões e as importações, US$ 4,292 bilhões. No mês, as exportações estão em US$ 16,635 bilhões e as importações, em US$ 15,496 bilhões, o que resulta em saldo positivo de US$ 880 milhões. No ano, o déficit é de US$ 3,851 bilhões, resultado de exportações que alcançaram US$ 151,865 bilhões e importações que somaram US$ 155,716 bilhões.

O esforço fiscal do setor público caiu 20,56% no primeiro semestre em relação a igual período de 2012, de acordo com o Banco Central (BC). As contas do setor público acumulam no período um superávit primário de R$ 52,158 bilhões, o equivalente a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit dos primeiros seis meses do ano é o mais baixo para o semestre desde 2010, quando somou R$ 42,056 bilhões. No mesmo período de 2012, o superávit primário estava maior, em R$ 65,659 bilhões ou 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB).

O esforço fiscal no acumulado de 2013 foi feito com a ajuda de um superávit de R$ 33,728 bilhões do Governo Central (1,46% do PIB). Os governos regionais (de Estados e prefeituras) apresentaram um saldo positivo de R$ 18,415 bilhões (0,80% do PIB). Enquanto os governos de Estados registraram superávit de R$ 15,825 bilhões, as administrações municipais alcançaram um resultado positivo de R$ 2,590 bilhões. As empresas estatais registraram um superávit de R$ 15 milhões entre janeiro e junho de 2013 (0,0% do PIB).

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A vantagem da Europa no comércio exterior com o Brasil cresce mês após mês. Dados divulgados nesta terça-feira, 16, mostram que o saldo comercial positivo dos europeus com os brasileiros atingiu 2,3 bilhões de euros no acumulado de janeiro a abril de 2013. O valor é 228% maior que o observado um ano antes, quando o saldo somava 700 milhões de euros. Com esse desempenho, o Brasil já é o responsável pelo quarto maior superávit na balança comercial europeia, atrás apenas dos Estados Unidos, Suíça e Turquia.

Números da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, mostram que a vantagem europeia no comércio é resultado basicamente da queda da importação de produtos brasileiros pelos europeus. De janeiro a abril, os 27 países da União Europeia compraram 10,7 bilhões de euros dos brasileiros. O valor é 11% menor que o visto em igual período de 2012.

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Por outro lado, as exportações europeias ao Brasil não param de crescer - ainda que a um ritmo mais lento. Nos quatro meses, foram embarcados 13 bilhões de euros em mercadorias produzidas na Europa para o mercado brasileiro. O valor é 1% maior que o registrado um ano atrás em igual período de janeiro a abril. Atualmente, o Brasil é o oitavo maior destino das exportações europeias, atrás dos Estados Unidos, Suíça, China, Rússia, Turquia, Japão e Noruega.

Apesar de ser o oitavo na lista das exportações, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking dos maiores superávits comerciais da Europa. Essa diferença - entre exportações e saldo comercial - acontece porque, proporcionalmente, europeus estão importando cada vez menos do Brasil. A cada 1 euro exportado ao Brasil, o velho continente importa atualmente 0,83 euro dos brasileiros. Um ano atrás, europeus compravam 0,94 euro para cada 1 euro vendido ao País. Ou seja, a vantagem europeia só cresce.

Indústria

A explicação para a piora dos números pode ser encontrada a milhares de quilômetros do velho continente, na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em Brasília. Segundo números do governo brasileiro, a venda de produtos brasileiros manufaturados à União Europeia caiu 20,2% de janeiro a abril na comparação com igual período do ano passado. Isso quer dizer que o Brasil deixou de exportar US$ 1,2 bilhão - cerca de R$ 2,7 bilhões - à Europa apenas em manufaturados nos quatro primeiros meses do ano. A venda de produtos básicos recuou 6% no mesmo período e o embarque de semimanufaturados seguiu praticamente estável.

Entre os produtos industrializados, segundo o MDIC, a exportação de bens de capital aos europeus encolheu 53% nos quatro primeiros meses de 2013. A venda de combustíveis e lubrificantes caiu 23,3% e o recuo nos bens de consumo ficou perto de 4%.

A equipe econômica defende há muitos meses que o real desvalorizado ajudaria exportadores brasileiros a ganhar mercado. Exatamente como queria parte do governo, o dólar girou perto de R$ 2 em boa parte do período entre janeiro e abril de 2013. Mesmo assim, as exportações para a Europa não reagiram. Ao contrário, o continente tem comprado cada vez menos do Brasil porque a região segue na pior crise econômica em décadas e, ao mesmo tempo, governos da região têm se esforçado para tentar exportar cada vez mais ao mundo, inclusive aos brasileiros, para sair da crise.

O governo persegue um superávit primário de, no mínimo, 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. "Caso a gente perceba que a meta não será alcançada, faremos novos ajustes de despesa", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Fazenda, em entrevista à imprensa na noite desta quarta-feira, 12, após anúncio da retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações com derivativos cambiais.

Mantega defendeu que a atividade econômica está melhorando e, portanto, a arrecadação também aumenta. Segundo ele, o ministério "pratica permanentemente ajuste fiscal, controlando as despesas e perseguindo uma meta elevada de superávit primário".

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Ele citou as principais despesas do governo e disse que estão absolutamente sob controle. O déficit da previdência, que é o maior gasto, está estável e caiu nos últimos tempos, de acordo com Mantega. "A segunda maior despesa, da folha de pagamentos, está em 4,2%, e era 4,3% ano passado. Ou seja, está caindo em relação ao PIB", prosseguiu.

Ele mencionou como a terceira maior despesa do governo o pagamento de juros sobre a dívida. "Também está caindo", ressaltou. Os três itens, segundo ele, representarão neste ano "algo como R$ 740 bilhões". Mantega disse, ainda, que as demais despesas estão sob controle. "E procuramos conter despesas de custeio da máquina", afirmou.

Ainda sobre IOF, Mantega informou que a única aplicação desse imposto para influenciar o mercado de câmbio que continua em vigor é a alíquota de 6% sobre empréstimos no exterior por empresas com prazo de até 360 dias. "É o único IOF que permanece daquelas medidas que foram colocadas (anteriormente)."

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