Em São Paulo, mais precisamente em Tatuí, mais de 2 mil pessoas se mobilizaram para doar medula óssea para Júlia Abrame de Oliveira, de 6 anos, que luta contra a leucemia desde os 2 anos de vida.
O mutirão aconteceu no último sábado (28), no Centro Médico de Especialidades Médicas (Cemem). A responsável pela mobilização foi uma enfermeira, amiga de Adriana Abrame, mãe da garota Júlia. Ela tinha se sensibilizado com a história da criança, que busca um doador após os médicos informarem que nem a irmã mais nova era compatível para o transplante.
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A campanha "Ela Precisa de Você", idealizada para as doações de medula, conseguiu superar o que imaginavam. Foi formada uma enorme fila na frente do Cemem, com pessoas que tinham sido sensibilizadas. "Muito obrigado a todos que abraçaram a nossa causa e se mobilizaram nessa linda campanha! Fiquei muito emocionada. Ultrapassou nossas expectativas!! Era pra começar às 9h, mas por tanta gente que já estava esperando, começou a coleta às 8 horas da manhã", agradeceu Adriana, em sua conta do Facebook.
Ainda na publicação, Adriana fala do número surpreendente de pessoas dispostas a ajudar sua filha. "Sim, 1639. Esse foi o número hoje de doações de amor!! E ficou mais de 400 (pessoas) que não conseguiram. Meu muito obrigado a vocês também que foram e não conseguiram. Infelizmente não é tão simples assim essa questão de material. Os organizadores até trouxeram tubinhos a mais, mas graças a Deus e ao amor de vcs não foi suficiente. Breve terá outra campanha. Muito agradecida a todos!", exclamou.
Com o cadastro realizado, o sangue coletado vai para um laboratório que fará os procedimentos necessários para inserir os voluntários no cadastro nacional de doadores.
Ao G1 de Itapetininga, Adriana explicou que “ao longo dos anos, com a quimioterapia e radioterapia, a medula da Júlia passou a não aguentar mais, tanto que ela não tem conseguido mais recuperar o funcionamento da medula no pós-quimioterapia. Quando ela recomeçou a fazer o tratamento ficou internada com a medula totalmente zerada nas funções. Nos informaram, então, sobre a necessidade do transplante e soubemos que a irmã mais nova, que tinha grandes chances de ser a doadora, não era totalmente compatível. Foi aí que começamos a incentivar o cadastro de doador de medula para achar alguém”.
O mutirão segue até que encontrem um doador que seja compatível com Júlia. O próximo ainda não tem data marcada.