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A 19ª edição do Brasil Open começa nesta segunda-feira (25), no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, com os seus organizadores confiantes de que poderão superar os vários obstáculos que voltam a colocar em dúvida o sucesso do evento, assim como ocorreu nos últimos anos na tradicional competição.

Com o status de ATP 250 desde a sua estreia no calendário, em 2001, então quando Gustavo Kuerten vivia o seu auge, o torneio reinou absoluto como o principal do tênis do País pelo menos até 2013. E até 2011 a competição foi realizada na Costa do Sauipe, na Bahia, antes de passar a ser disputado na capital paulista.

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Neste período, o espanhol Rafael Nadal foi campeão por duas vezes do evento, assim como Guga. A partir de 2014, porém, a competição começou a ser ofuscada pelo Rio Open, inserido no mesmo período da gira sul-americana de saibro do circuito profissional e com status de ATP 500, o único jogado na América do Sul e com premiações bem mais atrativas aos jogadores.

A edição deste ano do torneio na capital fluminense acabou no domingo, mas viu as suas principais estrelas perderem seus jogos da chave de simples nas rodadas iniciais. O fato representou uma grande decepção aos organizadores, também pelo fato de que alguns destes tenistas receberam cachê para estarem no Rio, prática não adotada pelo Brasil Open em conduta defendida com orgulho por Luis Felipe Tavares, diretor do ATP 250 paulistano.

"Inúmeros são os obstáculos para trazer jogadores mais conhecidos para esse tipo de evento. Uma das armas que os promotores usam é justamente pagar garantia, ou seja, dinheiro, para que os atletas se exibam, caso a constatar no recente evento realizado na cidade do Rio de Janeiro, onde algumas estrelas da chave principal simplesmente perderam na estreia e rumaram ao (aeroporto do) Galeão", disse Tavares, em entrevista ao Estado, na qual em seguida valorizou as novas promessas e os objetivos genuínos buscados pelos tenistas menos badalados que hoje participam do Brasil Open.

"Aqui preferimos ver a bravura e o empenho da jovem geração nacional e internacional sedenta por pontos (no ranking da ATP) e dinheiro da premiação, que tem se mostrado bem superior aos medalhões de costume", reforçou o dirigente.

Tavares sabe, porém, que a presença de grandes estrelas poderia atrair maior público ao evento e receitas importantes, sendo que o Brasil Open vem enfrentando problemas financeiros nos últimos anos. E, em meio a este contexto de crise, o diretor apontou o processo de transição do novo governo de Jair Bolsonaro na gestão do esporte de alto rendimento no País como uma das barreiras a serem superadas pela organização.

"Os principais obstáculos têm se dado na área administrativa e na morosidade com que alguns processos relativos à organização e produção do evento, em função de eventos alheios à organização do torneio tais como mudanças administrativas no governo federal e a fusão do Ministério do Esporte com o Ministério da Cidadania", ressaltou Tavares, que mesmo assim se mantém otimista no sucesso da competição.

QUADRA COBERTA COMO TRUNFO - Um dos motivos para o diretor apostar neste êxito é o fato de que o Brasil Open continua sendo o único ATP 250 realizado em quadra de saibro coberta. Isso garante que os jogos não serão interrompidos pela chuva, diferentemente do que ocorreu quando o torneio ocorreu por dois anos no Esporte Clube Pinheiros, em 2015 e 2016. "O que nós podemos oferecer para o público é que, em um período chuvoso como é o da gira sul-americana (do calendário), aqui em São Paulo o Brasil Open é jogado em quadra coberta para que o público possa assistir aos jogos com tranquilidade, evitando maiores transtornos. E para os jogadores também é bom, pois a programação de jogos não é prejudicada por fatores climáticos", lembrou.

A praticidade também foi apontada por Tavares como um atrativo para este Brasil Open. "Para essa edição conseguimos concentrar toda a estrutura do evento dentro das instalações do ginásio do Ibirapuera, possibilitando assim uma maior integração entre jogadores, público, jornalistas e os demais envolvidos", disse, se referindo ao fato de que acomodações como a sala reservada aos tenistas e a área médica, por exemplo, migraram da parte externa para o interior do ginásio.

O fato de o Ibirapuera não possuir um sistema de ar-condicionado e submeter torcedores, tenistas e jornalistas a um forte calor em determinados momentos, principalmente em dias de jogos com casa cheia, esteve entre os pontos criticados por público, imprensa e jogadores em outros anos de disputa da competição. No ano passado, quando voltou a ser disputado no ginásio, o local recebeu reparos em sua estrutura e melhorias nos vestiários dos tenistas para poder atingir o nível cobrado pela ATP.

Ao ser questionado pela reportagem se novas intervenções foram promovidas nestes aspectos para beneficiar tenistas e o público, Tavares preferiu não entrar em detalhes ao comentar o assunto, mas enfatizou: "Tudo o que está ao nosso alcance foi feito para atender os jogadores. Como de praxe, as instalações são vistoriadas e aprovadas pela ATP".

VERBA MAIOR, NÍVEL PARECIDO - A captação de verbas por meio de projetos de empresas aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte também teve a sua importância exaltada por Tavares, sendo que para esta edição do Brasil Open a organização conseguiu a aprovação de R$ 6.609.189,61 para o torneio. No ano passado, metade deste valor (R$ 3,3 milhões) foi captada por meio deste mesmo dispositivo, após R$ 3,8 milhões terem sido autorizados inicialmente pelo governo federal.

"O atual modelo de promoção de eventos de alto rendimento com o Ministério do Esporte (Secretaria Nacional de Esporte) é que tem possibilitado algumas empresas, que preferem se resguardar de suas verbas de marketing, aplicar assim em Leis de Incentivo ao Esporte. Esse tem sido o modelo aqui no Brasil há alguns anos", disse o diretor, para depois completar: "Ainda assim, com as inúmeras adversidades pelas quais o nosso país tem passado na área política e econômica, gerando uma grande incerteza para o mercado, essas captações têm se mostrado eficientes quanto ao seu objetivo, restando assim nas mãos dos promotores os riscos inerentes a operações desse porte".

Embora a captação de recursos tenha sido bem maior para este Brasil Open, a organização deixou claro que nenhuma parte desta verba pode ser destinada ao pagamento de cachês que atrairiam a presença de tenistas do primeiro escalão da ATP. Assim, o nível técnico mediano da disputa será parecido com o que foi visto nas últimas edições do torneio, cuja direção aposta também na paixão do bom número de fãs paulistanos pelo tênis como motivo suficiente para acreditar que o sucesso da competição não depende da presença de grandes astros. E isso poderá, ou não, ser confirmado com o início das disputas das chaves principais do evento nesta segunda-feira.

O grego Stefanos Tsitsipas ampliou o seu bom começo de temporada ao faturar a primeira taça em 2019. Neste domingo, o número 12 do mundo confirmou o seu favoritismo e se sagrou campeão do Torneio de Marselha ao derrotar na decisão o casaque Mikhail Kukushkin, o 50º colocado no ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 7/6 (7/5) em 1 hora e 58 minutos.

Semifinalista do Aberto da Austrália nesta temporada com uma campanha em que eliminou o suíço Roger Federer, Tsitsipas era o cabeça de chave número 1 do ATP 250 francês, realizado em quadras duras e cobertas. E conseguiu confirmar o favoritismo na decisão, repetindo o resultado do duelo anterior com Kukushkin, na edição de 2018 do Torneio de Dubai.

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Paras isso, Tsitsipas, disparou 14 aces na decisão e obteve duas quebras de serviço em cinco break points. Além disso, só perdeu o seu saque em uma das quatro vezes em que esteve ameaçado. Assim, foi campeão do evento francês sem perder sequer um set nas quatro partidas que disputou.

É o segundo título da carreira de Tsitsipas, que em 2018 foi campeão do Torneio de Estocolmo e, assim, vai ficando mais próximo de entrar no Top 10 do ranking da ATP. Já Kukushkin não conquista um título desde a edição de 2010 do Torneio de São Petersburgo. Mas a boa campanha no torneio francês deve colocá-lo entre os 40 melhores tenistas do mundo na atualização da lista, nesta segunda-feira.

Mais conhecida por ser a mãe dos tenistas Andy e Jamie Murray, a escocesa Judy Murray vem se tornando forte voz em busca da igualdade na modalidade. A ex-capitã da Grã-Bretanha na Fed Cup acredita que o tênis já tem boas conquistas no quesito, mas ainda precisa superar um domínio histórico dos homens no esporte.

"O tênis é um esporte mais favorável que os outros neste assunto porque há uma relativa igualdade em termos de premiação e visibilidade. Mas ainda há maior domínio masculino", disse a ex-tenista em entrevista ao Estado. "O atual presidente da WTA (Associação de Tênis Feminino) é um homem. O mesmo acontece com a ATP, ITF e a Comissão dos Grand Slams. Os homens vão sempre pensar primeiro neles."

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Para Judy, já reconhecida pela família real britânica pelos serviços prestados ao tênis e à busca da igualdade, é necessário criar mais oportunidades para as mulheres na modalidade "para que elas possam se desenvolver no tênis, para haver melhor distribuição das atividades e maior equilíbrio entre homens e mulheres. Os esportes sempre foram dominados pelos homens ao longo da história."

Para tanto, ela cobra uma maior atuação dos principais tenistas do circuito. "Precisamos que mais jogadores de nível Top usem suas vozes e suas carreiras para pedir maior igualdade e causar mudanças", afirmou a mãe de Andy Murray, orgulhosa da atuação do filho a favor das mulheres. "Quando ele fala alguma coisa em defesa das mulheres, tem mais impacto do que quando uma mulher fala. Só por aí já dá para ver o desequilíbrio das coisas", disse a escocesa.

Judy esteve no Brasil nesta semana para orientar técnicos e professores de tênis do País, a convite da Liga Tênis 10, circuito de eventos para crianças de 5 a 10 anos realizados no Rio. Por telefone, conversou com o Estado e, além de defender maior igualdade entre os sexos no esporte, comentou sobre o futuro de Andy, que pretende se aposentar após Wimbledon.

Ela acredita que ainda há chance de o bicampeão olímpico seguir competindo, após nova cirurgia no quadril, no fim do mês passado. "Tem o caso do Bob Bryan, que fez a mesma cirurgia em agosto e conseguiu voltar a jogar em janeiro, no Aberto da Austrália. Mas é claro que é diferente jogar duplas, não é tão exigente fisicamente. Vamos ter de esperar para ver o que acontece. Ninguém sabe o que vai acontecer", comentou.

Judy garante, contudo, que o maior objetivo de Andy é se livrar totalmente das dores. "Ele ainda é jovem, tem toda a vida pela frente. Já tem algum tempo em que vive com dor e ele tem dois filhos pequenos, a esposa, uma família adorável. Para ele, a qualidade de vida após a aposentadoria no tênis é muito importante", explicou.

Caso a nova operação não traga resultado, Judy revela as opções de Andy para o futuro. "Ele criou uma agência de marketing esportivo e atua como mentor de jovens tenistas. Poderá ser muito útil fora de quadra", disse, antes de revelar os interesses econômicos do filho: "Ele também tem um hotel, na Escócia. Está interessado em comprar algumas propriedades. E quer ajudar pessoas que estão tentando abrir seus próprios negócios."

ELOGIOS À BIA HADDAD - Questionada sobre os melhores da atualidade, Judy citou espontaneamente a número 1 do Brasil. Para aquela que treinou Andy e Jamie, que somam juntos nove títulos de Grand Slam, Beatriz Haddad Maia é "muito talentosa". "Eu assisti a ela jogando no Aberto da Austrália. Fiquei muito impressionada. Ela tem muito potencial para fazer sucesso no circuito", disse a escocesa.

Judy aponta a norte-americana Serena Williams e o sérvio Novak Djokovic como os melhores da atualidade. Mas admite que o suíço Roger Federer é o mais talentoso de sua geração, à frente inclusive do seu filho Andy Murray. "É o jeito como ele joga em quadra, seus movimentos... mas é difícil falar em melhor da história, porque não dá para comparar as diferentes gerações", ressalta.

Se Federer, Djokovic, o espanhol Rafael Nadal e o próprio Andy dominaram as principais competições nos últimos anos, Judy acredita que a ausência de um Big 4 no tênis feminino pode ter sido positivo para o desenvolvimento da modalidade.

"Acho que no tênis feminino temos muitas atletas com potencial para vencer Grand Slam. Antes do Aberto da Austrália, tivemos oito diferentes campeãs nos Grand Slams. No masculino, o número é bem menor. Eu gosto da ideia de que nunca sabemos quem vai vencer um Grand Slam no feminino", afirmou.

Ainda não foi desta vez que o Rio Open teve um campeão brasileiro. Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva chegaram perto, mas foram derrotados na final da chave de duplas pelo argentino Maximo Gonzales e pelo chileno Nicolas Jarry por 2 sets a 1, com parciais de 6/7 (7/3), 6/3 e 10/7.

Foi a segunda vez que o maior torneio do Brasil e da América do Sul esteve perto de ter um campeão da casa. Em 2014, Marcelo Melo também bateu na trave, na decisão em que jogou ao lado do espanhol David Marrero e foi derrotado. Na chave de simples, o Brasil nunca teve um representante - o Rio Open está em sua sexta edição.

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Sem conseguir passar pelo qualifying em simples, Bellucci e Rogerinho apostaram na chave de duplas, o que até fez os dois jogadores perderem o quali do Brasil Open, que está sendo disputado neste fim de semana, em São Paulo. E não se arrependeram, apesar da derrota na final. Para chegar ao vice-campeonato, venceram rivais mais experientes em duplas, caso dos compatriotas Marcelo Melo e Bruno Soares, superados nas quartas de final.

O triunfo deu confiança a Bellucci e Rogerinho, que cresceram na semifinal e fizeram grande apresentação no primeiro set da decisão deste sábado. A dupla, contudo, perdeu intensidade no segundo set e cedeu o empate. Até recuperaram parte do ritmo no match tie-break. Mas duas duplas faltas seguidas de Bellucci, uma delas no match point, acabaram com as chances dos brasileiros.

A final de simples do Rio Open será disputada neste domingo, às 17 horas (de Brasília). O jovem canadense Felix Auger-Aliassime, de apenas 18 anos, vai enfrentar o sérvio Laslo Djere no saibro da Quadra Guga Kuerten, no Jockey Club Brasileiro. Ambos vão disputar uma final de nível ATP pela primeira vez em suas carreiras.

POLÊMICA - Com o revés na decisão das duplas, tanto Bellucci quanto Rogerinho vão esperar pela organização do Brasil Open para definirem como será a próxima semana. Ao perderem o quali neste fim de semana, vão aguardar um eventual convite do torneio de nível ATP 250, um degrau abaixo do Rio Open (ATP 500).

Somente um deles deve ser beneficiado porque o uruguaio Pablo Cuevas, que havia recebido convite anteriormente, deve dispensá-lo para entrar diretamente na chave por ter alcançado a semifinal no Rio Open. Pelas regras da ATP, um semifinalista pode requerer a entrada direta no torneio da semana seguinte. Assim, sobrará um convite da chave principal que o Brasil Open deve direcionar para Bellucci ou Rogerinho.

O convite dado inicialmente a Cuevas, tricampeão do Brasil Open, gerou certa polêmica com a dupla brasileira. Na sexta-feira, questionados sobre o dilema de investir nas duplas no Rio Open ou de viajar a São Paulo para disputar o quali da competição seguinte, ambos criticaram a organização da competição paulista por ter dado convite a Cuevas e não a um brasileiro.

Neste sábado, o Brasil Open emitiu nota para se defender: "Dutra Silva e Bellucci optaram por jogar a final de duplas no Rio e ficaram fora do qualifying do Brasil Open. Privilegiamos, sim, os jogadores brasileiros, principalmente a nova geração, visto os convites dados a João Menezes (qualifying) e Thiago Wild (chave de simples) e Igor Marcondes/Rafael Matos (chave de duplas). Dos sete convites que temos, seis foram dados a brasileiros: Menezes, Wild, Thiago Monteiro (número 1 do Brasil), João Souza (quali) e Rogério Dutra Silva/Thomaz Bellucci", disse o diretor do torneio, Roberto Marcher.

"Contestada por Dutra Silva e Bellucci, nossa opção pelo convite ao uruguaio Pablo Cuevas é contundente. Ele tem uma relação histórica com o nosso torneio. É o único tricampeão consecutivo do Brasil Open (2015, 2016 e 2017) e vem tendo um bom início de temporada com uma semifinal em Córdoba, quartas em Buenos Aires e semifinal ou final no Rio de Janeiro (ele ainda joga a semifinal hoje à noite). Lamentamos que nenhum brasileiro tenha conseguido entrar direto na chave." O torneio diz ainda que já havia dado convite a ambos para jogarem a chave de duplas.

Sem sucesso na busca por medalhões, o Rio Open deste ano aposta em jovens promessas para compensar a ausência de tenistas mais famosos. A competição, que foi protagonizada pelo espanhol Rafael Nadal em três edições, terá início nesta segunda-feira (18), no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, com foco no já experiente austríaco Dominic Thiem e nas promessas Thiago Wild, do Brasil, Félix Auger-Aliassime, do Canadá, e Jaume Munar, da Espanha.

Os dois primeiros receberam convites da organização. Thiago Wild, campeão juvenil do US Open do ano passado, garantiu a vaga na chave principal ao faturar a Maria Esther Bueno Cup, torneio criado pelo próprio Rio Open para dar oportunidade aos juvenis brasileiros.

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Assim como Thiago Wild, Félix Auger-Aliassime tem 18 anos, mas já compete em nível mais elevado. Com resultados precoces em torneios de nível Future e Challenger, com apenas 14 anos, ele já ouviu comparações até com o suíço Roger Federer. Jaume Munar, de 21 anos, é o principal representante da nova geração espanhola. Em 2018, se tornou o mais jovem do seu país a entrar no Top 100 do ranking desde Rafael Nadal.

Os jovens ganharam atenção da maior competição sul-americana de tênis também no qualifying. A organização deu convites para os brasileiros Natan Rodrigues, de 17 anos, Mateus Alves, de 18, e Rafael Matos, de 23. "Desde a primeira edição procuramos valorizamos a nova geração do tênis brasileiro, além de oferecer oportunidades para que os jogadores em transição para o profissional sintam o que é o circuito de fato, conheçam os desafios que a carreira requer no alto nível de competição e amadureçam profissionalmente", disse o diretor do torneio, Luiz Carvalho.

Os tenistas mais jovens ganharam força nas chaves do torneio também em razão da ausência de nomes de maior peso. Em termos de ranking, esta é a chave mais fraca do Rio Open em suas seis edições. Nos cinco torneios já disputados, a organização tinha ao menos dois tenistas do Top 10 na chave. Chegou a ter três em 2016, com Rafael Nadal, o também espanhol David Ferrer e o francês Jo-Wilfried Tsonga. Desta vez, será apenas um, o austríaco Dominic Thiem, atual número 8 do mundo. Nos últimos anos teve ainda o japonês Kei Nishikori e o croata Marin Cilic, ambos vice-campeões de Grand Slam.

"O ano de 2019 vai ser um ano atípico em relação a isso. Falamos com mais de 20 jogadores, todos nível top, de um a 20 (do ranking), praticamente todos. Acabou ficando com 4 entre o Top 20", afirmou Luiz Carvalho. "Infelizmente, não conseguimos outros. Estamos desapontados porque fizemos um trabalho super agressivo para ter uma (boa) lista de jogadores. Mas não é por isso que vamos acreditar que o evento não será um sucesso".

A ausência de medalhões se explica, em parte, pelo lugar pouco confortável que o Rio Open ocupa no calendário, entre o Aberto da Austrália e os Masters 1000 de Indian Wells e Miami, ambos nos Estados Unidos. Todos são disputados em quadra dura. Por ser no saibro, a competição brasileira exigiria uma forte adaptação dos tenistas em meio a esta sequência de quadras mais velozes. É por essa razão que a organização do Rio Open vem tentando nos últimos anos, sem sucesso, mudar o seu piso para superfície dura - o local adequado neste caso seria o Centro Olímpico de Tênis, estrutura erguida para os Jogos do Rio-2016.

Nesta edição do Rio Open, os demais destaques da chave são os italianos Fabio Fognini (15.º do mundo) e Marco Cecchinato (18.º) e o argentino Diego Schartzman (19.º), atual campeão. Entre os brasileiros, há apenas Thiago Wild e Thiago Monteiro, ambos por convite, na chave principal. Nas duplas, estão garantidos Bruno Soares e Marcelo Melo, jogando juntos, Marcelo Demoliner e o dinamarquês Frederik Nielsen, Thomaz Bellucci jogando ao lado de Rogério Dutra Silva e Thiago Monteiro formando dupla com Fernando Romboli.

Convidado da organização, o tenista argentino Juan Ignacio Londero se sagrou campeão do Torneio de Córdoba, na Argentina, neste domingo. Na final da primeira edição do torneio, Londero superou o compatriota Guido Pella de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 7/5 e 6/1, em 2h03min de confronto.

Foi o primeiro título de nível ATP do tenista de 25 anos, atual 112º do ranking. Até então, ele nunca havia disputado uma final deste nível. Londero acabou favorecido pela fraca chave da competição, que contou com os seus principais tenistas na outra metade da chave.

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Guido Pella, para chegar à final, precisou vencer candidatos ao título como o também argentino Diego Schwartzman, o espanhol Albert Ramos-Viñolas e o uruguaio Pablo Cuevas. A chave teve ainda o brasileiro Thiago Wild, outro convidado da organização - acabou caindo logo na estreia.

Oitavo cabeça de chave e dono de maior experiência no circuito, Pella exibiu atuação mais irregular ao longo da final. Atual 59º do mundo, o argentino cedeu 12 break points, dos quais cinco foram convertidos por Londero. O convidado sofreu três quebras e demonstrou maior solidez nos dois últimos sets para levantar o primeiro troféu da carreira.

Esta foi a primeira edição do Torneio de Córdoba, que entrou no calendário desta temporada no lugar do Torneio de Quito, no Equador. A competição argentina marca o início da gira sul-americana de saibro, que tem ainda o Torneio de Buenos Aires, nesta semana, o Rio Open e o Brasil Open, nas semanas seguintes.

O Brasil está fora da fase final da Copa Davis, que em seu novo formato terá a disputa entre 18 países em uma sede única - Madri, na Espanha -, em novembro. Neste sábado, no quarto jogo do confronto contra Bélgica, na quadra de saibro montada no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG), Thiago Monteiro precisava vencer Kimmer Coppejans para empatar a série melhor-de-cinco em 2 a 2, mas quem conseguiu o terceiro e decisivo ponto foi o europeu, que ganhou por 2 sets a 0 - com parciais de 6/3 e 6/4.

Com o resultado negativo de Thiago Monteiro, que vencera o seu jogo no primeiro dia, o Brasil acaba amargando um duro resultado contra uma Bélgica desfalcada - David Goffin e Steve Darcis pediram para descansar depois do Aberto da Austrália e não viajaram para Uberlândia. Além de jogar em casa, a equipe capitaneada por João Zwetsch contava com jogadores mais bem ranqueados tanto em simples como nas duplas, mas em quadra esses números não valeram de nada.

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Thiago Monteiro entrou muito pressionado neste sábado após a derrota de Marcelo Melo e Bruno Soares na partida de duplas. Os brasileiros eram considerados amplamente favoritos no confronto, mas admitiram certa dificuldade em lidar com a velocidade da quadra. O cearense, que tinha aberto a série com vitória arrasadora sobre Arthur de Greef, teve uma atuação irregular desta vez, enquanto viu Coppejans se destacar nos momentos mais complicados do duelo.

A partida mostrou um Thiago Monteiro muito nervoso. O brasileiro não conseguiu quebrar o saque de Coppejans logo de cara e permitiu que o belga abrisse 4 a 1 para fechar o set com tranquilidade em 6/3. Na segunda parcial, um pouco mais de equilíbrio e falta de sorte do tenista cearense. O europeu cedeu cinco break-points, mas nenhum foi aproveitado por Monteiro, que cedeu apenas uma vez o seu serviço. O suficiente para perder por 6/4 e ver a vaga na Copa Davis para o rival.

Com o placar de 3 a 1, os capitães de Brasil e Bélgica decidiram não realizar a quinta partida do confronto, que seria entre Rogério Dutra Silva e Arthur de Greef.

A organização do Rio Open concedeu nesta quinta-feira convite ao jovem tenista Mateus Alves. O atleta integrante do Time Guga ficou com a primeira das três vagas no qualifying, que dá lugar na chave principal do torneio de nível ATP 500, o maior da América do Sul. A competição será disputada entre 18 e 24 de fevereiro, no Jockey Club Brasileiro.

Alves tem 18 anos e ocupa no momento a 47ª posição no ranking juvenil da ITF (a Federação Internacional de Tênis). O tenista, natural de São José do Rio Preto, treina com Thiago Alves, ex-profissional que hoje atua como um dos técnicos do chamado Time Guga, equipe de alto rendimento liderada pelo tricampeão de Roland Garros.

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O qualifying terá início mais cedo, no dia 16 do próximo mês, e concede quatro vagas na chave principal. A organização do Rio Open ainda vai anunciar mais dois convites para o quali. Outros juvenis do País são os candidatos a ficar com pelo menos uma das duas vagas restantes.

Mateus Alves é o sexto brasileiro garantido na competição. Antes dele, o também jovem Thiago Wild assegurou lugar direto na chave principal ao vencer seletiva entre os juvenis do País em dezembro. Thiago Monteiro ganhou um dos convites para o torneio e Rogério Dutra Silva foi confirmado no quali. Nas duplas, Bruno Soares e Marcelo Melo vão jogar com seus respectivos parceiros.

Rogerinho foi confirmado na terça, quando o torneio divulgou a lista dos tenistas garantidos na chave do quali. A relação tem ainda promessas do circuito, como o britânico Cameron Norrie, o canadense Felix Auger-Aliassime e o norueguês Casper Ruud.

"O público terá a chance de ver, com entrada gratuita, nomes que prometem ser o futuro do circuito. O Auger-Aliassime tem impressionado o mundo do tênis com um currículo de profissional mesmo ainda sendo adolescente. O Norrie vem em grande ascensão e tem tudo para estourar de vez neste ano. Sem falar no nosso guerreiro Rogerinho, que vai contar com todo o apoio dos torcedores", afirma Luiz Carvalho, diretor do torneio.

O sérvio Novak Djokovic conquistou o Aberto da Austrália, neste domingo, ao derrotar o espanhol Rafael Nadal, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/3, em 2h04min de jogo. Foi a sétima final de Djokovic no primeiro Grand Slam do ano e o sétimo título do atual primeiro do ranking mundial. Ele ganhou um prêmio de US$ 2,94 milhões (R$ 11,1 milhões).

Em 86 jogos disputados no Melbourne Park, Djokovic, campeão em 2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016 e 2019, venceu 68 vezes.

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Djokovic, de 31 anos, soma a terceira conquista de Grand Slam seguida, pois venceu em Wimbledon e no US Open ano passado, e a 15ª na carreira, superando o norte-americano Pete Sampras. Ele só fica atrás do suíço Roger Federer, dono de 20 títulos e de Nadal, que soma 15. O espanhol jamais havia perdido uma final de Grand Slam por 3 a 0. Aos 32 anos, ele soma quatro vice-campeonatos na Austrália.

A disputa particular entre Djokovic e Nadal agora mostra o sérvio na frente com 28 a 25 em favor do sérvio, com 19 a 7 no piso sintético. O sérvio abre 15 a 10 em finais no circuito e diminuiu para 6 a 9 em torneios de Grand Slam (4 a 4 em finais).

Desconcentrado e cometendo vários erros, Nadal não foi o adversário esperado para Djokovic nos dois primeiros sets. O sérvio abriu 2 a 0 com incrível facilidade, ao marcar 6/3 e 6/2. Para fechar a segunda série, aplicou três aces seguidos de forma sensacional.

No terceiro set, o espanhol foi para o tudo ou nada, passou a sacar melhor e exigiu um pouco mais do rival. A torcida australiana incentivou Nadal na expectativa de que o jogo não acabasse rapidamente.

Mas Nadal teve o saque quebrado e viu o sérvio fazer 2 a 1. No sexto game, o espanhol teve a chance de reequilibrar o set, mas Djokovic salvou o break point. Os dois confirmaram o serviço até o nono game, quando o sérvio forçou muito na devolução e conseguiu nova quebra para fechar o jogo e ganhar o torneio de forma espetacular.

O Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, promove a Colônia de Férias dos Esportes. São 400 vagas para crianças e jovens de 7 a 15 anos, nas modalidades de futebol, tênis, vôlei, basquete, brincadeiras populares e muito mais. As atividades vão ser pela manhã, entre 9h e 11h30, e à tarde, entre 14h e 16h30.

Para participar é preciso se inscrever na recepção do equipamento, que funciona das 8h ao meio-dia aos sábados e domingos e das 7h às 19h, de terça a sexta. As práticas são gratuitas, começam nesta terça (29) e seguem até sexta (1).

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“Vamos realizar as aulas com perfil recreativo. Levar conhecimento e ludicidade através dos Esportes”, explica Valéria Estolano, professora de Esportes do Compaz Ariano Suassuna.

Professores do PELC (Programa de Esportes e Lazer da Cidade), da Secretaria Executiva de Esportes do Recife, também vão ministrar as aulas da Colônia de Férias, assim como os do Squash Tennis Center. Ambos parceiros do Compaz Ariano Suassuna.

 

Quem achou que, por ter derrotado o suíço Roger Federer nas oitavas de final, o grego Stefanos Tsitsipas poderia surpreender novamente no Aberto da Austrália contra Rafael Nadal, pelas semifinais, se enganou redondamente. Com direito a "pneu", o espanhol arrasou o rival, 15.º do ranking da ATP, por 3 sets a 0 - com parciais de 6/2, 6/4 e 6/0, em 1 hora e 46 minutos - e avançou para a grande decisão.

Número 2 do mundo, Nadal verá de camarote nesta sexta-feira quem será o seu adversário neste domingo. O sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking - que não perderá mais esse posto qualquer que seja sua campanha em Melbourne -, terá pela frente o embalado francês Lucas Pouille, 31.º colocado, que é treinado pela ex-tenista Amelie Mauresmo.

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Em seis jogos neste Aberto da Austrália, Nadal ainda não perdeu nenhum set e teve o saque quebrado apenas duas vezes. "Descansado", o espanhol só ficou em quadra pouco mais de 12 horas. Dos 17 títulos de Grand Slam em sua carreira, somente três foram conquistados com sete vitórias por 3 a 0 - todos em Roland Garros, seu Major favorito, em 2008, 2010 e 2017. Caso vença a final com este placar, irá superar o sueco Bjorn Borg e se tornar o único com quatro troféus de Slam sem perder sets.

Outro feito histórico que Nadal pode alcançar é a de se tornar o primeiro homem na Era Aberta e o terceiro em toda a história do tênis a ter dois ou mais títulos em cada um dos quatro Grand Slam. Apenas as lendas australianas Roy Emerson e Rod Laver conseguiram tal façanha. Esta será a sua 25.ª decisão de Major na carreira, a quinta em Melbourne - foi campeão apenas em 2009.

Na campanha deste ano, Tsitsipas foi o terceiro tenista da nova geração que Nadal não deu qualquer chance e venceu com facilidade. Os outros foram o australiano Alex de Minaur (19 anos), na terceira rodada, e o norte-americano Frances Tiafoe (21), nas quartas de final. "Eles não precisam de qualquer mensagem. Eles são bons. Estão evoluindo a cada mês. Então é sempre um grande desafio jogar contra eles", disse o espanhol.

Já Tsitsipas terá a melhor marca na carreira profissional. Primeiro tenista grego a chegar tão longe em um Grand Slam e mais jovem semifinalista no torneio desde 2008, o jogador de 20 anos deverá subir do 15.º para o 12.º lugar. Mas se mostrou muito decepcionado e resignado com a atuação contra Nadal. "Ele não te dá chance alguma de entrar no ritmo. Tem esse talento que outros não têm. Nunca vi isso. Ele te faz jogar mal", afirmou.

Uma campeã inédita em um jogo que valerá também o posto de número 1 do mundo. Assim será o confronto entre a japonesa Naomi Osaka e a checa Petra Kvitova pela final do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada. Nesta quinta-feira, em Melbourne, as duas se classificaram à decisão de forma distintas nas semifinais. A tenista oriental teve trabalho para bater a também checa Karolina Pliskova e a europeia passeou contra a norte-americana Danielle Collins.

Osaka segue imbatível em Grand Slams. Atual campeã do US Open, em Nova York, a japonesa conseguiu a sua 13.ª vitória seguida em Majors ao derrotar Pliskova por 2 sets a 1 - com parciais de 6/2, 4/6 e 6/4, após 1 hora e 53 minutos. E buscará um feito no tênis que não acontece desde 2001, quando a compatriota Jennifer Capriati foi a última a vencer seu segundo Slam logo na sequência da primeira conquista.

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Só que Osaka terá um grande desafio pela frente neste sábado. Ela vai encarar uma tenista que ainda não perdeu um set sequer na competição. Kvitova ganhou de Collins por 2 sets a 0 - com parciais de 7/6 (7/2) e 6/2, em 1 hora e 34 minutos - e volta a uma final de Grand Slam após quatro anos e meio. Será a terceira de sua carreira, depois de ganhar os títulos de Wimbledon em 2011 e 2014.

A checa se emocionou ao lembrar do drama vivido há pouco mais de dois anos, quando correu o risco de parar de jogar tênis depois de sofrer graves ferimentos por faca na mão esquerda durante um assalto em sua casa na República Checa. "Eu ainda não estou acreditando que estou na final. É meio estranho, para ser honesta, porque eu não sabia nem mesmo se jogaria tênis de novo", disse Kvitova.

"Já faz cinco anos (desde a sua final de Grand Slam mais recente). Mas é por isso que eu trabalhei muito duro para estar de volta. É uma ótima sensação e estou muito feliz", comentou. "Para ser honesta, acho que poucas pessoas acreditavam que eu poderia fazer isso de novo, ficar em quadra, e não apenas jogar tênis, mas jogar nesse nível. Estou muito feliz por ter essas poucas pessoas ao meu redor", complementou.

Roger Federer comunicou neste domingo que vai voltar a jogar em Roland Garros, Grand Slam no saibro, que é disputado em Paris, na França. Será o retorno do suíço ao torneio, vencido por ele uma vez, em 2009, já que o ex-número 1 do mundo não disputa a competição desde 2015, quando caiu nas quartas de final.

"Estou em uma fase em que quero desfrutar. Também tenho a sensação que não preciso de um descanso longo, por isso vou jogar em Roland Garros", afirmou o tenista de 37 anos, eliminado nas oitavas de final do Aberto da Austrália, em Melbourne, neste domingo, pelo grego Stefanos Tsitsipas, atual número 15 no ranking da ATP.

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Federer se recuperava de lesão nas costas quando anunciou que não disputaria o Grand Slam francês de 2016. Nos dois anos seguintes, o suíço optou por abrir mão de competir em Paris para focar na temporada de torneios na grama - Wimbledon em especial. A estratégia funcionou em 2017, quando o veterano venceu a competição sediada em Londres, na Inglaterra.

Sobre a derrota para Tsitsipas, de apenas 20 anos, Federer disse que não ficou surpreso. O grego, que não sofreu nenhuma quebra de saque e salvou 12 break points na partida, saiu vitorioso por 3 sets a 1 - com parciais de 6/7 (11/13), 7/6 (7/3), 7/5 e 7/6 (7/5).

"Eu deveria ter ganhado o segundo set, isso me custou o jogo. Ele vem fazendo um ótimo trabalho no último um ano e meio. Ganhou do Novak Djokovic, do Kevin Anderson, do Alexander Zverev e agora de mim. É isso que precisa ser feito para chegar ao primeiro nível", elogiou o suíço.

Em busca de vencer pela segunda vez o Aberto da Austrália, Rafael Nadal bateu o checo Tomas Berdych, neste domingo (20), em Melbourne, por 3 sets a 0, parciais de 6/0, 6/1 e 7/6 (7/4). O espanhol, 17 vezes campeão de Grand Slams, avançou às quartas de final da competição.

O único título de Nadal no torneio aconteceu em 2009, mas é a 11ª vez que ele alcança essa fase na Austrália. Para repetir o feito na atual edição, o ex-número 1 do mundo, atual segundo colocado no ranking da ATP, ganhou os primeiros nove games disputados, início arrasador que permitiu ao espanhol abrir 2 a 0. O espanhol fechou o jogo ao superar Berdych no tie break do terceiro set, o mais acirrado da partida.

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O adversário de Nadal será o norte-americano Frances Tiafoe, que superou batalha travada por 3h39 contra o búlgaro Grigor Dimitrov. O jogo terminou com o placar de 3 sets a 2, parciais de 7/5, 7/6 (8/6), 6/7 (1/7) e 7/5.

Vai ser a primeira vez que Nadal e Tiafoe vão se enfrentar. O jovem norte-americano, que completou 21 anos neste domingo, avançou às quartas de final de um Grand Slam pela primeira vez na carreira.

Em outro duelo pelas oitavas de final, o espanhol Roberto Bautista superou o croata Marin Cilic por 3 sets a 2, parciais de 6/7 (6/8), 6/3, 6/2, 4/6 e 6/4. Nas quartas, o vencedor do confronto vai enfrentar o suíço Roger Federer ou o grego Stefanos Tsitsipas, adversários neste domingo.

Inspirada na série "De Volta para o Futuro", a Nike lançou o seu novo modelo Adapt BB que se ajusta automaticamente ao pé do usuário, assim como faziam os tênis do personagem Marty McFly. Ao contrário dos filmes, porém, a mágica da Nike acontece por meio de um aplicativo. A novidade será vendida a US$ 350 nos EUA a partir de fevereiro.

O modelo foi criado para jogadores de basquete, que muitas vezes recorrem aos seus treinadores para ajudá-los a amarrar os cadarços. O sistema do Nike Adapt BB é associado a um firmware e a um aplicativo. O sapato, na verdade, tem um motor e engrenagens que são capazes de transmitir não menos do que 32 libras de força.

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"Com o toque manual ou usando o aplicativo Nike Adapt em um smartphone, os jogadores podem inserir diferentes configurações de ajuste, dependendo dos diferentes momentos de um jogo", explica a empresa.

Também por meio do aplicativo o usuário consegue pré-configurar diferentes tipos de ajustes durante uma partida e alterar as cores das luzes em LED presentes nos tênis. Além disso, os jogadores podem optar por baixar atualizações de firmware para a tecnologia FitAdapt assim que elas estiverem disponíveis, aprimorando a precisão de ajuste e fornecendo novos serviços digitais ao longo do tempo.

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Atual campeã do Aberto da Austrália, Caroline Wozniacki deixou a edição de 2019 do evento na terceira rodada em um confronto de ex-líderes do ranking da WTA. Nesta sexta-feira (18), a número 3 do mundo perdeu por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/3, para a russa Maria Sharapova, a 30ª colocada no ranking.

As tenistas oscilaram no confronto. No primeiro set, Wozniacki chegou a abrir 4/1, logo após converter break point no quarto game. Mas depois perdeu cinco seguidos, sendo superada por 6/4. Já na segunda parcial, a dinamarquesa fez 3/0, mas permitiu que Sharapova empatasse o placar em 3/3. Porém, Wozniacki converteu break point no décimo game, fazendo 6/4 e igualando o placar.

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No set decisivo, Sharapova quebrou o saque de Wozniacki no sétimo game e confirmou o seu na sequência, fazendo 5/3. Depois, converteu novo break point, no seu segundo match point no duelo, para fechar a partida.

Dona de cinco títulos de Grand Slam, incluindo a edição de 2008 do Aberto da Austrália, evento em que foi vice-campeã três vezes, Sharapova vai enfrentar nas oitavas de final a local Ashleigh Barty, a quem derrotou nos dois compromissos anteriores.

Nesta sexta-feira, a número 15 do mundo avançou pela primeira vez para esta etapa em Melbourne ao superar a grega Maria Sakkari, a 43ª colocada no ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/1, em 1 hora e 22 minutos, mesmo que tenha recebido atendimento médico durante o duelo.

Número 5 do mundo, a norte-americana Sloane Stephens sobreviveu a dois tie-breaks e a um início lento de jogo para se garantir nas oitavas de final do Aberto da Austrália ao derrotar a croata Petra Martic, a 32ª colocada no ranking, por 7/6 (8/6) e 7/6 (7/5), em 2 horas.

A próxima rival de Stephens vai ser a russa Anastasia Pavlyuchenkova, número 42 do mundo, que venceu fácil a bielo-russa Aliaksandra Sasnovich (33ª) por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/3.

A checa Petra Kvitova, a número seis do mundo, também se garantiu nas oitavas de final do Aberto da Austrália ao vencer a suíça Belinda Bencic, a 49ª colocada no ranking, por 6/1 e 6/4, em apenas 1 hora e 8 minutos.

Nas oitavas de final, a sua oponente será a norte-americana Amanda Anisimova, de apenas 17 anos. A número 87 do mundo surpreendeu nesta sexta-feira ao derrotar a bielo-russa Aryna Sabalenka, a 11ª colocada no ranking por 6/3 e 6/2.

Quem também segue surpreendendo é a norte-americana Danielle Collins, que antes desta edição do Aberto da Austrália nunca havia vencido uma partida de Grand Slam. Agora, porém, a número 35 do mundo já está nas oitavas de final ao vencer a francesa Caroline Garcia (19ª) por 6/3 e 6/2.

Um tenista argentino foi o maior destaque da atualização do ranking da ATP, divulgada nesta segunda-feira (14), data da estreia do Aberto da Austrália. Na última lista antes do primeiro Grand Slam da temporada, Diego Schwartzman foi quem teve o melhor desempenho entre os 20 primeiros colocados ao subir da 19.ª para a 16.ª colocação. No Top 10, nada de mudanças com o sérvio Novak Djokovic na ponta, seguido pelo espanhol Rafael Nadal e pelo suíço Roger Federer.

Com a semifinal do ATP 250 de Sydney, na Austrália, Schwartzman subiu para 1.925 pontos e trocou de posição com o russo Daniil Medvedev, que estava em 16.º lugar e caiu para 19.º mesmo sendo vice-campeão do ATP 250 de Brisbane, também em solo australiano. Entre os dois estão o canadense Milos Raonic, na 17.ª posição, e o italiano Marco Cecchinato, na 18.ª.

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Entre os 100 primeiros colocados, quem mais subiu na atualização desta segunda-feira foi o britânico Cameron Norrie, que galgou 25 posições e atingiu o 68.º lugar. O norte-americano Tennys Sandgren foi outro que se destacou ao ganhar 22 colocações - da 63.ª para a 41.ª posição. No entanto, no mesmo dia os dois foram eliminados logo na primeira rodada do Aberto da Austrália.

Na liderança, Djokovic segue soberano com 9.135 pontos - bem à frente de Nadal, que tem 7.480. Somente os dois lutam pelo posto de número 1 do mundo neste primeiro Grand Slam da temporada. Federer, em terceiro lugar, soma 6.420 pontos e tem na sua cola o alemão Alexander Zverev, com 6.385. O quinto é o argentino Juan Martín del Potro, que não está disputando o torneio em Melbourne.

BRASIL - Entre os tenistas brasileiros, a campanha no qualifying do Aberto da Austrália pouco rendeu. Número 1 do País, o cearense Thiago Monteiro subiu uma posição, para 126.ª com 449 pontos, ao parar na terceira e última rodada. O paulista Rogério Dutra Silva, que perdeu na estreia, caiu duas - para o 136.º lugar. Também derrotados no primeiro jogo, Thomaz Bellucci (em 225.º) e Guilherme Clézar (234.º) ganharam uma colocação cada.

Confira o ranking da ATP:

1.º - Novak Djokovic (SER) - 9.135 pontos

2.º - Rafael Nadal (ESP) - 7.480

3.º - Roger Federer (SUI) - 6.420

4.º - Alexander Zverev (ALE) - 6.385

5.º - Juan Martín del Potro (ARG) - 5.150

6.º - Kevin Anderson (AFS) - 4.810

7.º - Marin Cilic (CRO) - 4.160

8.º - Dominic Thiem (AUT) - 4.095

9.º - Kei Nishikori (JAP) - 3.750

10.º - John Isner (EUA) - 3.155

11.º - Karen Khachanov (RUS) - 2.835

12.º - Borna Coric (CRO) - 2.435

13.º - Fabio Fognini (ITA) - 2.315

14.º - Kyle Edmund (ING) - 2.150

15.º - Stefanos Tsitsipas (GRE) - 2.095

16.º - Diego Schwartzman (ARG) - 1.925

17.º - Milos Raonic (CAN) - 1.900

18.º - Marco Cecchinato (ITA) - 1.889

19.º - Daniil Medvedev (RUS) - 1.865

20.º - Nikoloz Basilashvili (GEO) - 1.820

126.º - Thiago Monteiro (BRA) - 449

136.º - Rogério Dutra Silva (BRA) - 410

225.º - Thomaz Bellucci (BRA) - 222

234.º - Guilherme Clezar (BRA) - 214

O Aberto da Austrália terá início na noite deste domingo, pelo horário de Brasília - manhã de segunda-feira em Melbourne -, sob forte preocupação com o calor. Depois das recorrentes reclamações dos tenistas na edição de 2018, a organização do primeiro Grand Slam da temporada mudou seu sistema de medição de calor e prometeu medidas para amenizar o desconforto com as altas temperaturas que costumam marcar a competição.

Em dezembro, os termômetros assustaram os moradores do estado de Victoria, cuja capital é Melbourne. De acordo com o Bureau of Meteorology, da Austrália, as temperaturas superaram os 40ºC por quatro dias seguidos, algo que não acontecia há 90 anos na região.

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Para a primeira das duas semanas da competição, as previsões são mais amenas, com temperaturas superando os 30ºC. Mas o primeiro dia já promete 37ºC. "É sempre um calor muito forte na Austrália. No ano passado, tivemos temperaturas acima da casa dos 40ºC", disse o duplista Bruno Soares ao Estado.

O calor de 2018 causou polêmica por causa dos critérios utilizados pela organização para interromper jogos e até para fechar o teto retrátil das arenas, recurso geralmente usado somente em caso de chuva. Para alguns críticos, esta decisão na final acabou favorecendo o suíço Roger Federer, atual bicampeão, em detrimento do croata Marin Cilic.

Para esta edição, a organização prometeu maior clareza em seus critérios. Para tanto, mudou sua política de calor extremo e lançou a chamada Escala de Estresse Térmico, que leva em consideração temperatura, radiação solar, umidade e velocidade dos ventos. A medida vai de um a cinco, sendo este o registro do calor extremo.

Se a escala alcançar a marca de 4,0, o árbitro de cadeira deve aumentar o intervalo de descanso entre o terceiro e o quarto set, de dois para dez minutos, no jogos da chave masculina. No feminino e no juvenil, esta pausa ampliada ocorrerá entre a segunda e a terceira parcial da partida. Caso a escala alcance o 5,0, o duelo deverá ser paralisado.

De acordo com a organização, a medição do novo sistema será mais transparente, algo que não vinha acontecendo sob a política anterior. "O bem-estar de todos os jogadores no Aberto da Austrália é nossa maior prioridade", garante o diretor do torneio, Craig Tiley. "Por isso desenvolvemos essa nova escala depois de meses de pesquisas e testes."

Segundo Bruno Soares, que integra o Conselho de Jogadores da ATP, os novos critérios da política de calor da competição foram discutidas com os atletas. "O Aberto da Austrália nos enviou primeiro [as informações] antes de divulgar. Discutimos o assunto com eles, tiramos nossas dúvidas. Estamos em contato e confiamos no trabalho que estão desenvolvendo para encontrar a melhor solução para esta questão."

Outra novidade para este ano é a implementação na chave masculina do tie-break no quinto set, a ser finalizado em dez pontos, e não em sete, como geralmente acontece. A medida serve para impedir o prolongamento indefinido dos jogos, algo recorrente em Wimbledon. Nos jogos femininos, o tie-break será realizado na terceira parcial.

BRASILEIROS - O País terá apenas um representante em simples. Atual 176ª do mundo, Beatriz Haddad Maia "furou" o qualifying e estreará na chave principal contra a norte-americana Bernarda Pera, 69ª. Nas duplas, o Brasil terá a importante baixa de Marcelo Melo, ex-número 1 do mundo. Bruno Soares jogará ao lado do britânico Jamie Murray, como de costume, e Marcelo Demoliner vai formar parceria com o dinamarquês Frederik Nielsen.

A Guarda Civil Espanhola fez prisões generalizadas nesta quinta-feira após uma investigação sobre a manipulação de resultados no tênis por uma gangue criminosa armênia.

Onze buscas domiciliares foram realizadas na Espanha e 167 mil euros (cerca de R$ 710 mil) em dinheiro foram apreendidos, juntamente com uma espingarda, mais de 50 dispositivos eletrônicos, cartões de crédito, cinco veículos de luxo e documentação relacionada ao caso. Quarenta e duas contas bancárias e seus saldos foram congelados.

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A Guarda Civil disse em um comunicado que 15 pessoas foram presas, incluindo os líderes da organização criminosa, enquanto outras 68 pessoas estão sendo investigadas.

Das 83 pessoas envolvidas no caso, 28 são jogadores de tênis profissionais, atuando em torneios de nível futures e challenger. Um jogador, que competiu na edição 2018 do US Open também está envolvido, mas sua identidade não foi revelada.

"Nossos diretores provaram que o grupo estava operando desde fevereiro de 2017 e estima que eles ganharam milhões de euros através da operação", informou a Guarda Civil, em comunicado.

Notícias das prisões foram reveladas um dia depois da Unidade de Integridade do Tênis (TIU, sigla em inglês) ter divulgado que, em 2018, mais tenistas foram acusados de violar as regras anticorrupção.

Vinte e um indivíduos violaram as regras de corrupção com a maioria sancionada por crimes de manipulação de resultados ou de apostas. Oito pessoas foram banidas do esporte, como o italiano Daniele Bracciali, que chegou a ocupar a posição 49 do ranking.

O brasileiro Bruno Soares e o escocês Jamie Murray venceram mais uma no Torneio de Sydney, nesta quarta-feira (9), e avançaram às semifinais da competição australiana, de nível ATP 250. A dupla do brasileiro derrotou o croata Ivan Dodig e o francês Edouard Roger-Vasselin pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3, em 1h16min.

Cabeça de chave número dois do torneio, Soares/Murray faturou duas quebras de saque no duelo, uma em cada set, e não teve o serviço perdido em nenhum momento da partida. Foram três break points salvos, todos no primeiro set. No segundo, eles dominaram com facilidade.

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Na semifinal, brasileiro e britânico vão enfrentar Ken Skupski e Neal Skupski, dupla de irmãos britânicos, na briga por uma vaga na decisão. O Torneio de Sydney é um dos preparatórios para o Aberto da Austrália, que terá início no dia 14, em Melbourne.

Para Soares e Murray, a competição se tornou mais importante na preparação porque no primeiro torneio da dupla na nova temporada, em Doha, eles foram eliminados logo na estreia.

Pela chave de simples, os principais cabeças de chave não decepcionaram nesta quarta. A começar pelo principal favorito, o grego Stefanos Tsitsipas, que despachou o argentino Guido Andreozzi por 6/3 e 6/4. Foi a estreia do cabeça de chave número 1.

Na sequência, já pelas quartas de final, o grego vai encarar o italiano Andreas Seppi, oitavo pré-classificado, que avançou nesta quarta ao derrotar o eslovaco Martin Klizan por 7/6 (7/2) e 6/2.

Terceiro cabeça de chave, o argentino Diego Schwartzman também fez boa estreia. Ele bateu o espanhol Guillermo Garcia-López por 6/2 e 6/3. Nas quartas, o tenista da Argentina vai enfrentar o japonês Yoshihito Nishioka, que despachou o russo Andrey Rublev por 6/3 e 6/1.

Também venceram nesta quarta os cabeças de chave Gilles Simon (4º), da França, e Alex De Minaur (5º), da Austrália. Já o húngaro Marton Fucsovics (7º) se despediu do torneio.

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