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Vários acontecimentos no mundo viraram notícia em 2023. O LeiJá separou alguns para que você possa relembrar o que foi destaque por aqui. Confira:

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Trusted Sources Information War Ukraine Telegram/Flickr

1 - Bombardeio russo no leste ucraniano deixa centenas de mortos

Área residencial de cidade da Ucrânia foi alvo de massivos bombardeios da Rússia

No dia 14 de janeiro, próximo de marcar um ano do intenso conflito entre Rússia e Ucrânia, o exército do presidente Vladimir Putin realizou um bombardeio em uma área residencial na cidade ucraniana de Dnipro. No total, 72 apartamentos foram destruídos, e outras 230 residências foram danificadas, resultando na morte de mais de 40 pessoas, incluindo três crianças, segundo os serviços de emergência do país do leste europeu.

 

2 - Índia ultrapassa China e se torna a nação mais populosa do planeta

Segundo a ONU, a Índia contabiliza 1,428 bilhão de habitantes

Em abril, uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que a Índia ultrapassou a China em tamanho de população, se tornando a nação mais populosa do planeta. O país localizado no sul do continente asiático, conhecido por ser berço de quatro religiões e por ser a sétima maior economia mundial, contabiliza 1,428 bilhão de habitantes.

 

3 - OMS decreta fim de emergência global causada pela Covid-19

Após mais de três anos, a OMS declarou que a Covid-19 não configurava mais emergência de saúde global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, no dia 5 de maio, que a Covid-19 não era mais uma emergência de saúde global. Com isso, o coronavírus deixava de representar, oficialmente, uma ameaça para o planeta. No entanto, a entidade recomendou que os governos e as sociedades criassem estratégias para conviverem com a doença.

 

4 - Em cerimônia histórica, Rei Charles III é coroado

O rei Charles III ocupou o comando do reinado deixado pela sua mãe, a rainha Elizabeth II

Aos 74 anos, o rei Charles III do Reino Unido foi coroado, no dia 6 de maio, com a coroa de St. Edward, na Abadia de Westminster, em Londres. Em meio a uma economia britânica pressionada pela inflação e com a família real envolvida em uma série de polêmicas, a cerimônia ocorreu quase oito meses após a morte da sua mãe, a rainha Elizabeth II.

 

5 - Submarino usado para visitação ao Titanic desaparece e destroços são encontrados dias depois

Cinco turistas morreram no acidente

Em junho, um submarino da empresa OceanGate, que partiu da superfície com o objetivo de fazer uma visitação aos destroços do Titanic, desapareceu nas águas do Oceano Atlântico. A viagem que custou US$ 250 mil, equivalente a 1,19 milhão por passageiro, levava cinco turistas a bordo. Após cinco dias de uma longa busca para localizar as vítimas, a Guarda Costeira dos Estados Unidos conseguiu encontrar os destroços do submarino. A suspeita é de que o submersível tenha implodido, provocando a morte instantânea dos passageiros.

 

6/ - Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, é assassinado na saída de comício

O político foi morto a 11 dias das eleições gerais

No dia 9 de agosto, Fernando Villavicencio, candidato a presidente do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça depois de sair de um comício em uma escola na cidade de Quito, capital do país sul-americano. O político, que havia desafiado publicamente o narcotráfico durante um discurso em palanque, foi morto a 11 dias das eleições gerais. O atentado assustou outros candidatos à presidência do Equador e refletiu a força do crime organizado na região.

 

7 - Ciclone Daniel atinge a Líbia e deixa mais de 5 mil mortos

Antes de provocar mortes na Líbia, o ciclone fez destruições na Grécia, na Turquia e na Bulgária

Em setembro, ao menos 5,3 mil pessoas morreram e 10 mil ficaram desaparecidas, segundo a Cruz Vermelha, após o rompimento de duas barragens no nordeste da Líbia. A tragédia ocorreu devido às fortes chuvas provocadas pelo ciclone Daniel. A tempestade causou mais de 400 mm de chuva para a região atingida em um período de apenas 24 horas. 

 

8 - Hamas invade cidades de Israel ocasionando conflito no Oriente Médio

Até o momento, mais de 20.000 pessoas morreram, segundo a emissora Al Jazeera

No dia 7 de outubro, combatentes do grupo palestino extremista Hamas invadiram cidades de Israel. Provocando centenas de mortes e diversos sequestros, os terroristas fizeram bombardeios e invasões a residências, como uma forma de se rebelar contra o governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense. Desde os primeiros dias dos atentados, Israel vem fazendo uma série de ataques contra a Faixa de Gaza, onde fica a sede do Hamas. O conflito tem origem na disputa por territórios da região. Até o momento, mais de 20.000 pessoas morreram, segundo a emissora Al Jazeera.

 

9 - Ultradireitista Javier Milei vence peronismo e é eleito novo presidente da Argentina

Javier Milei venceu o peronista Sergio Massa por 55,65% a 44,35%

No dia 19 de novembro, os argentinos elegeram o fundador do La Libertad Avanza (LLA), Javier Milei, como o novo presidente do país. Autodenominado anarcocapitalista, o político venceu o candidato Sérgio Massa, ex-ministro da Economia da gestão do peronista Alberto Ángel Fernández. A vitória veio em um momento no qual a Argentina enfrenta uma forte crise econômica, devido à desvalorização do peso e à alta inflação.

 

10 - Rússia proíbe movimento LGBT+ no país e o classifica como 'extremista'

Sem escutar ativistas LGBT+, o Supremo Tribunal da Federação Russa proibiu o movimento no país

Após uma audiência de quatro horas de duração, que contou apenas com membros do Ministério da Justiça, o Supremo Tribunal da Federação Russa definiu, no dia 30 de novembro, que o "movimento LGBT internacional" passa a ser classificado como uma "organização extremista" e passa ser proibido no país. Sendo assim, ativistas LGBT+ no país, que já enfrentam uma série de restrições, correm o risco de serem presos sob a acusação de participarem de atividades de organização extremista.

 

Fontes das imagens:

1-Trusted Sources Information War Ukraine Telegram/Flickr2- Craig Bellamy/Flickr3- Pan American Health Organization PAHO/Flickr4- Joseph Hollick/Flickr5- Divulgação/OceanGate6- Divulgação/Campanha Villavicencio7- Abu Bakr AL-SOUSSI / AFP8- asamaj/Flickr9- Muhammad Sajjad Munir/Flickr10- mariana werneck/Flickr

O governo dos Estados Unidos está tentando impedir uma expedição planejada para recuperar itens de interesse histórico do Titanic, citando uma lei federal e um acordo internacional de que trata o naufrágio como um túmulo sagrado.

A expedição está sendo organizada pela RMS Titanic Inc., uma empresa do Estado de Georgia (EUA) que detém os direitos de salvamento do naufrágio mais famoso do mundo. A empresa expõe artefatos recuperados do local do naufrágio no fundo do Atlântico Norte, desde prataria até um pedaço do casco do Titanic.

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O desafio do governo ocorre depois que o submersível Titan implodiu perto do transatlântico afundado, matando cinco pessoas. Mas essa briga jurídica não tem nada a ver com a tragédia de junho, que envolveu uma empresa diferente e uma embarcação de um design pouco convencional.

Os EUA argumentam que entrar nos destroços do Titanic - ou fisicamente alterar ou perturbar os destroços - é regulado por uma lei federal e por seu acordo com a ilha britânica. Entre as preocupações do governo, está a possível perturbação dos artefatos ou de qualquer resto humano que ainda possam existir no local.

"A RMST não é livre para desconsiderar essa lei federal validamente promulgada, mas essa é sua intenção declarada", argumentaram advogados norte-americanos em documentos judiciais apresentados na sexta-feira passada, dia 25. Acrescentaram que o naufrágio "será privado das proteções que o Congresso lhe concedeu".

A expedição da RMST está prevista para maio de 2024, de acordo com o relatório apresentado ao tribunal em junho. A empresa diz que pretende capturar imagens de todos os destroços. Isso inclui "dentro da carcaça onde a deterioração abriu abismos suficientes para permitir que um veículo operado remotamente penetre no casco sem interferir na estrutura atual".

A RMST disse que iria recuperar artefatos do campo de destroços e "poderia recuperar objetos soltos dentro dos destroços". Isso poderia incluir "objetos de dentro da sala Marconi, mas apenas se esses objetos não estivessem afixados nos destroços ou entre eles mesmos".

A sala Marconi guarda o rádio do navio - um telégrafo sem fio Marconi - que transmitia os sinais de socorro cada vez mais frenéticos depois que o transatlântico colidiu com um iceberg. As mensagens em código Morse foram captadas por outros navios e estações de receptação em terra, ajudando a salvar as vidas de cerca de 700 pessoas que fugiram em botes salva-vidas. Havia 2,208 passageiros e os tripulantes na viagem inaugural da embarcação, de Southampton, Inglaterra, para New York.

"Neste momento, a empresa não pretende cortar os destroços ou deteriorar qualquer parte deles", RMST disse em comunicado. A empresa afirmou que iria "trabalhar de forma colaborativa" com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, a agência dos EUA que representa o interesse público nos destroços. Entretanto, a RMST disse que não pretende solicitar autorização.

Advogados do governo dos EUA disseram que a empresa não pode prosseguir sem uma autorização, argumentando que a RMST precisa da aprovação do Secretário de Comércio dos EUA, que supervisiona a NOAA.

A empresa não apresentou resposta na Justiça. Mas em casos anteriores, desafiou a constitucionalidade dos esforços dos EUA para "infringir" os seus direitos de salvamento de um naufrágio em águas internacionais. A empresa argumentou que apenas o tribunal de Norfolk tem jurisdição e aponta séculos de precedentes no direito marítimo.

A companhia reiterou esse posicionamento em um comunicado para a Associated Press na terça-feira, 29, observando que o tribunal concedeu seus direitos de salvamento três décadas atrás. Desde então, a empresa disse que já recuperou e conservou milhares de artefatos do Titanic, os quais milhões de pessoas já viram. "A empresa irá continuar com seu trabalho, respeitosamente preservando a memória e o legado do Titanic, de seus passageiros e da tripulação para as futuras gerações", a RMST disse.

Em 2020, o governo dos EUA e a RMST travaram uma batalha legal quase idêntica sobre uma expedição proposta que poderia ter destruído os destroços. Mas os procedimentos foram interrompidos pela pandemia do coronavírus e nunca foram totalmente concluídos.

O plano da empresa era então recuperar o rádio, que fica em uma pavimento perto da grande escadaria. Um submersível desenroscado passaria por uma claraboia ou cortaria o telhado fortemente corroído. Uma "draga de sucção" removeria o lodo solto, enquanto os braços manipuladores poderiam cortar os cabos elétricos. A empresa disse que exibiria o rádio junto com histórias de homens que emitiram pedidos de socorro "até que a água do mar estivesse literalmente batendo em seus pés".

Em maio de 2020, a juíza distrital dos EU, Rebecca Beach Smith deu permissão à RMST, escrevendo que o rádio é histórico e culturalmente importante e em breve poderá ser perdido pela decadência. Smith escreveu que a recuperação do telégrafo "contribuiria para o legado deixado pela perda indelével do Titanic, daqueles que sobreviveram e daqueles que deram suas vidas no naufrágio".

Algumas semanas depois, o governo dos EUA apresentou uma contestação legal oficial contra a expedição de 2020, o que nunca aconteceu. A empresa adiou indefinidamente os seus planos no início de 2021 devido a complicações provocadas pela pandemia./Associated Press.

A batalha entre o Tribunal Distrital dos EUA em Norfolk, Virgínia, que supervisiona as questões de salvamento do Titanic, depende, em vez disso, de um pacto com o Reino Unido para tratar o Titanic como um memorial para as mais de 1,5 mil pessoas que morreram no naufrágio. O navio bateu em um iceberg e afundou em 1912. Fonte: Associated Press.

Um estaleiro finlandês está dando os retoques finais no "Icon of the Seas" ("Ícone dos Mares"), o maior cruzeiro do mundo, antes de sua primeira viagem prevista para janeiro de 2024, em plena recuperação do setor após a pandemia da Covid-19.

Mais parecido com uma cidade pequena do que com um navio, o navio comissionado pela Royal Caribbean conta com vários parques aquáticos e mais de 20 decks. Cinco vezes maior que o Titanic, tem capacidade para quase 10.000 pessoas.

"Até onde sabemos, este é, hoje, o maior navio de cruzeiro do mundo", disse Tim Meyer, CEO do estaleiro Meyer Turku, responsável por sua construção na costa sudoeste da Finlândia.

Enquanto alguns chamam a estrutura colossal de "monstruosidade", citando sua enorme pegada climática, outros admiram sua engenharia sofisticada e correm para comprar ingressos.

Uma particularidade do novo navio, cuja construção começou em 2021, é sua gigantesca cúpula de vidro que cobre a proa.

A indústria de cruzeiros está se recuperando após o duro golpe da pandemia da covid-19. De acordo com a Cruise Lines International Association (CLIA), o volume de passageiros ultrapassará, em 2023, os níveis pré-pandêmicos, chegando a 31,5 milhões de passageiros.

"Assim que as restrições forem suspensas e a situação se acalmar, veremos o mercado se recuperar com força", previu Meyer.

- "Mais rentáveis" -

A Meyer Turku também tem dois outros navios de tamanho similar em sua carteira de pedidos.

"Os navios de cruzeiro ficaram maiores na última década", afirma Alexis Papathanassis, professor de gestão de cruzeiros na Universidade de Ciências Aplicadas em Bremerhaven, Alemanha.

Segundo ele, "há benefícios econômicos óbvios" para os grandes navios, pois reduzem o custo de cada passageiro, fazendo economias de escala.

Com suas sete piscinas, um parque, toboáguas, shoppings, uma pista de patinação no gelo e "mais lugares do que qualquer outro navio", o "Icon of the Seas" também oferece mais lugares para se gastar dinheiro a bordo.

Isso "permite, por sua vez, que as empresas de cruzeiros sejam mais lucrativas", acrescentou.

Esta é uma boa notícia para os cruzeiros, que tiveram de se endividar para sobreviver ao confinamento quase global, devido ao coronavírus.

O aumento do tamanho dos navios continuará, prevê Papathanassis, mas em um ritmo mais lento por causa do contexto econômico.

"Quanto maiores os navios, maiores são os custos de investimento e o conhecimento tecnológico necessário. E o conhecimento tecnológico não é barato", explica.

- 'Maiores do que nunca' -

Do ponto de vista climático, alguns argumentam que a eficiência energética de um navio grande é mais importante do que a de vários navios pequenos. Mas essa opinião não é compartilhada por todos.

"Se seguíssemos essa lógica, certamente construiríamos navios de cruzeiro maiores, mas em menor número", argumenta Constance Dijkstra, especialista em navegação da ONG Transport & Environment (T&E).

"Mas não é o que acontece. Vemos cada vez mais navios, e eles estão maiores do que nunca", diz.

E, embora os navios modernos estejam tomando medidas para mitigar as emissões graças à tecnologia - o "Ícone dos Mares" funciona com gás natural liquefeito (GNL) -, os ambientalistas não estão convencidos.

O GNL emite menos que os combustíveis marítimos tradicionais, mas "tem consequências dramáticas no clima, devido aos vazamentos de metano" que provoca, alerta Dijkstra.

Essencialmente composto de metano, o GNL é um potente gás de efeito estufa que pode ter um impacto muito pior no clima do que o dióxido de carbono.

"O problema é que, ao usar o GNL como combustível marítimo, incentivamos o desenvolvimento da indústria do gás", acrescentou Constance.

Um vídeo de uma animação 3D que mostra detalhes da implosão do submarino Titan alcançou mais de 10 milhões de visualizações desde que foi publicada no YouTube, há 13 dias. O vídeo, que tem cerca de 6 minutos, foi publicado pelo AiTelly, um canal do YouTube que produz animações de engenharia 4K e 3D originais.

O submersível, da empresa OceanGate Expeditions, desapareceu no dia 18 de junho, com cinco pessoas bordo, cerca de duas horas depois de mergulhar em uma expedição para ver de perto os destroços do Titanic. A morte dos tripulantes foi confirmada no dia 22, em decorrência de uma implosão. Os restos do Titan foram localizados a cerca de 3.810 metros de profundidade e a cerca 488 metros do Titanic. Uma investigação está em andamento para entender as circunstâncias do caso.

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Um porta-voz da AiTelly explicou ao The New York Post que a animação foi criada usando um software de código aberto chamado Blender. A produção da animação foi possível por meio de informações sobre o Titan publicadas no site da OceanGate e no Google e, em seguida, conectando-o ao software de modelagem 3D do Blender. O processo levou 12 horas.

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O vídeo começa explicando o que é uma implosão e diferenciando o fenômeno de uma explosão. A narração descreve que a implosão é "um processo de destruição por colapso para dentro do próprio objeto. Onde a explosão se expande, a implosão se contrai". Eles atribuem o incidente a alta pressão hidrostática em volta do submersível. Na profundidade onde está o Titanic, "há cerca de 5.600 libras por polegada quadrada de pressão", diz o vídeo. "Isso é quase 400 vezes a pressão que experimentamos na superfície."

A narração ainda aponta que um dos motivos da falha que levou à implosão do Titan é o fato de que o veículo foi construído com fibra de carbono. "A tecnologia existente é baseada em aço, titânio e alumínio. Isso é o que impediu que outros submarinos fossem esmagados. Mas o Titan teve um design experimental", disse o vídeo.

A animação ainda destaca que o Titan se trata de um submersível, e não um submarino, por depender de uma nave mãe. Ao recriar o interior da embarcação, o vídeo mostra cinco pessoas sentadas durante oito horas, frisando que, se for necessário ir ao banheiro durante a expedição, há uma privada na parte frontal do submersível, separada do restante da tripulação apenas por uma cortina. "Este é provavelmente um dos submarinos mais básicos de mergulho profundo que você já viu", diz o vídeo.

As cinco pessoas que estavam a bordo do submersível Titan, que implodiu há algumas semanas durante uma expedição rumo aos destroços do navio Titanic, podem ter percebido que uma tragédia ia acontecer alguns segundo antes da implosão de fato ocorrer. A hipótese foi levantada, a partir de um cálculo, pelo engenheiro José Luis Martín, especialista em submarinos, para o portal espanhol NIUS.

Cálculos matemáticos do especialista, levando em consideração o peso do submersível, o empuxo, a massa, a aceleração, a velocidade de queda de um corpo livre e o coeficiente de atrito, determinaram que o Titan pode ter caído em queda livre entre 48 e 71 segundos antes da implosão. Neste momento, os passageiros "estavam cientes" do que estava acontecendo e, durante a queda, caíram e "se amontoaram uns sobre os outros", segundo Martín, ao NIUS.

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"Nesse período de tempo eles estão percebendo tudo. E também, em completa escuridão. É difícil ter uma ideia do que eles viveram naqueles momentos. Após esses 48 segundos, ou um minuto, ocorre a implosão e a morte instantânea repentina", afirmou o engenheiro espanhol ao portal.

A hipótese do especialista é de que o submersível desceu sem incidentes e em plano horizontal até uma profundidade de cerca de 1,7 mil metros. É a partir deste momento que ocorre uma falha elétrica e que o veículo perde o contato com a superfície. O submersível desce então, por cerca de 900 metros, em posição vertical, como uma "pedra sem nenhum controle", exemplifica o engenheiro. Ele ainda diz que os passageiros caíram e "se amontoaram".

Há alguns dias, a OceanGate Expeditions, empresa responsável pelo submersível Titan, anunciou que "suspendeu todas as operações de exploração e comerciais". A empresa, com sede em Everett, no Estado de Washington (EUA), fez o anúncio no topo de seu site, sem dar mais detalhes sobre o encerramento das atividades.

A bordo do submersível que implodiu estavam Stockton Rush, 61, fundador e CEO da OceanGate Expeditions, que pilotava a embarcação; Hamish Harding, 58, empresário e explorador britânico; Paul-Henri Nargeolet, 77, especialista marítimo francês; Shahzada Dawood, 48, empresário paquistanês britânico; e o filho de Dawood, Suleman, 19.

O YouTuber MrBeast revelou que recusou um convite para viajar no submersível Titan do OceanGate, que desapareceu após uma implosão, no último dia 18 de junho, no Oceano Atlântico. A implosão da embarcação é a tese principal das autoridades marítimas americanas, e acontece quando a pressão externa do mar supera a de dentro do submarino.

"Fui convidado no início deste mês para andar no submarino ao Titanic, mas eu disse que não. Meio assustador que eu poderia estar nele", escreveu MrBeast, no Twitter. Milionário, o influenciador é o criador mais seguido no YouTube e tem feito sucesso na última década.

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Ele compartilhou uma captura de tela, enviada pelo amigo que o fez o convite para o turismo subaquático. O convite dizia: "estou indo para o Titanic em um submarino no final deste mês. A equipe ficaria feliz em ter você junto".

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O Titan da OceanGate ganhou as manchetes quando perdeu o sinal de sua nave-mãe Polar Prince, menos de duas horas em sua viagem para o local do naufrágio do Titanic no domingo, 18 de junho. A Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu que todos os cinco passageiros morreram depois que uma perda catastrófica de pressão provavelmente implodiu a embarcação.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou na quinta-feira (22) que o Titan, o submersível que levava cinco pessoas para visitar os destroços do Titanic, implodiu em virtude da "catastrófica perda de pressão interna na cabine". Agora, as autoridades tentam determinar o que causou tal incidente, já que uma implosão subaquática ocorre quando uma embarcação não funciona em perfeito estado.

Um amigo de longa data de uma dos cinco pessoas que estava no submersível, disse à mídia francesa que, quando o contato foi perdido no domingo, ele rapidamente temeu o pior. "Infelizmente, pensei logo em um implosão", disse o mergulhador aposentado Christian Pétron na sexta-feira, à emissora France-Info. Nas profundidades em que o submersível estava operando, a pressão é intensa e implacável, observou ele. "Obviamente, ao menor problema com o casco, sua implosão é imediata", disse Pétron.

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Uma implosão é um tipo de fenômeno de choque causado pela diferença das pressões externa e interna de um compartimento. As forças tentam encontrar um equilíbrio entre essas diferentes pressões, o que acaba comprimindo o compartimento. No caso de uma explosão, os destroços são lançados para longe. Mas em uma implosão, as forças fazem com que esse corpo, neste caso, o submersível, colapse em direção ao seu centro.

A tecnologia da implosão é utilizada para demolir prédios antigos ou arranha-céus, para fazer com que as estruturas desmoronem, sem afetar outras edificações próximas. Esse método também foi utilizado para o Projeto Manhattan, criado pelos EUA durante a 2ª Guerra Mundial, para construir as primeiras bombas atômicas da história, conforme exemplifica um artigo publicado em 2020 na revista científica Science Direct, que analisou a implosão do submarino argentino ARA San Juan S-42, cujo acidente ocorreu em 2017 nas águas entre Ushuaia e Mar del Plata.

Nesse episódio, o submarino da Marinha Argentina, que estava em patrulha na costa do Atlântico Sul da Argentina, em novembro de 2017, foi dado como desaparecido, deixando 44 tripulantes mortos. Em 16 de novembro de 2018, um ano após a perda do ARA San Juan, um submersível remoto operado pelo navio norueguês Seabed Constructor encontrou os destroços do ARA San Juan a cerca de 900 metros abaixo do nível do mar, concluindo que a embarcação havia sofrido uma implosão.

Implosão subaquática

Segundo os pesquisadores, uma implosão subaquática, em princípio, segue a mesma lógica da demolição de prédios ou das bombas, mas com ingrediente extra, que é a água como meio para que ele ocorra. "Quando um submarino não funciona bem e afunda a profundidades cada vez maiores, o aumento da pressão da água em função da profundidade da água exerce uma pressão hidrostática correspondente mais alta no casco externo do submarino", descreve a pesquisa.

Dessa forma, essa pressão pode acabar ultrapassando os limites da estrutura, e a implosão ocorre de uma maneira abrupta, em questão de milissegundos, e o cascO do submarino é instantaneamente esmagado.

Embora a Guarda Costeira não tenha deixado claro em qual profundidade o Titan estava no momento em que ocorreu a implosão, sabe-se que os destroços do Titanic estão a quase 4 quilômetros abaixo da superfície do mar. Em tal profundidade dentro do oceano, a pressão pode ser centenas de vezes maior do que a da superfície, o que pode provocar a implosão.

Para exemplificar como e por que isso acontece, o criador de conteúdo Iberê Thenório, do canal Manual do Mundo, fez um teste no mar com uma bexiga, uma garrafa PET e uma lata de tinta, em uma profundidade entre 15 a 20 metros. Durante o experimento, a bexiga e a garrafa PET foram comprimidas enquanto estavam se aproximando do fundo do mar, mas, ao voltar para a superfície, retornaram a sua forma. Já a lata de tinta foi comprimida pela pressão, mas não conseguiu retomar ao seu formato mesmo fora d'água.

Investigações continuam

A investigação sobre o que aconteceu com o Titan está em andamento ao redor do Titanic, onde foram encontrados destroços do submersível, disse o contra-almirante John Mauger, do Primeiro Distrito da Guarda Costeira. "Sei que também há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu. Essas são questões sobre as quais vamos coletar o máximo de informações que pudermos agora", disse Mauger, acrescentando que foi um "caso complexo".

David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da OceanGate, argumentou em 2018 que o método que a empresa desenvolveu para garantir a solidez do casco - contando com monitoramento acústico que poderia detectar rachaduras e estalos quando o casco se esforçava sob pressão - era inadequado e poderia "sujeitar passageiros a perigo extremo potencial em um submersível experimental."

A OceanGate discordou. Lochridge "não é um engenheiro e não foi contratado ou solicitado para realizar serviços de engenharia no Titan", disse a empresa em comunicado. A companhia observou, ainda, que ele foi demitido depois de se recusar a aceitar garantias do engenheiro-chefe da empresa de que o monitoramento acústico e o protocolo de teste eram, em fato, mais adequado para detectar falhas do que um método proposto por Lochridge. Com informações da Associated Press.

As famílias dos cinco passageiros do submersível que implodiu no fundo do Atlântico perto dos restos do "Titanic" estão de luto nesta sexta-feira (23), enquanto aumentam as críticas sobre possíveis negligências de segurança.

James Cameron, diretor do filme "Titanic" e um explorador apaixonado pelo fundo do mar, acusou na quinta-feira a empresa organizadora da expedição, OceanGate Expeditions, de "ignorar" as advertências de segurança.

Mas, segundo Guillermo Söhnlein, cofundador da empresa junto com o americano Stockton Rush, que morreu no acidente, este último "estava extremamente comprometido com a segurança".

"Mitigar riscos era parte fundamental da cultura da empresa", declarou à emissora britânica Times Radio Söhnlein, nascido na Argentina, que deixou a empresa em 2013. Ele também lembrou que o próprio Cameron visitou os destroços do Titanic várias vezes para produzir seu filme de 1997, um sucesso internacional.

Parentes de duas vítimas, o empresário Shahzada Dawood, 48 anos, e seu filho Suleman, 19, cidadão paquistanês-britânico, expressaram sua "profunda tristeza". Eles eram membros da família que fundou um dos impérios industriais mais bem-sucedidos do Paquistão.

A família do empresário e magnata da aviação Hamish Harding, 58 anos, outra vítima da tragédia, prestou homenagem a um "explorador apaixonado" e a um "marido que amava a esposa e pai dedicado aos dois filhos".

A Guarda Costeira dos EUA e a OceanGate Expeditions anunciaram na quinta-feira que os passageiros do submersível desaparecido desde domingo morreram na "implosão catastrófica" da embarcação.

Além de Shahzada Dawood e seu filho, de Hamish Harding e do americano Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, também morreu o experiente mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, 77 anos, apelidado de "Mr. Titanic".

"Acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet estão infelizmente mortos", lamentou a OceanGate em um comunicado, após quatro dias de buscas que cativaram o mundo.

O "campo de detritos" encontrado por robôs de busca perto do mítico "Titanic", a quase 4.000 metros de profundidade, "são consistentes com uma implosão" do submersível, anunciou o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Em entrevista coletiva em Boston, ele também informou que a causa do acidente foi uma "perda catastrófica de pressão" no submersível.

Assim que o resultado foi anunciado, o Wall Street Journal revelou que a Marinha dos Estados Unidos havia detectado no domingo, logo após a perda de contato com o submarino, um sinal que indicava a provável implosão do submersível.

- Verdadeiros exploradores -

"Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um forte espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo", afirmou a OceanGate em um comunicado, no qual lamenta a morte da tripulação.

O contra-almirante americano Mauger expressou "sinceras condolências" às famílias dos desaparecidos.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, lamentou a "notícia trágica" no Twitter e expressou "apoio" às famílias e suas "profundas condolências" em nome do governo.

Estados Unidos e Canadá mobilizaram grandes recursos até a manhã de quinta-feira, incluindo aeronaves C-130, P3 e naves equipadas com robôs submarinos, para continuar as buscas em suas costas, onde foi localizado o "Polar Prince", navio de apoio do submersível de turismo.

A área de busca na superfície se estendeu por mais de 20.000 km2.

- Possíveis negligências -

O submersível "Titan", de 6,5 metros de comprimento, mergulhou no domingo, mas perdeu a comunicação menos de duas horas após o início do mergulho turístico. Tinha uma autonomia teórica de 96 horas de oxigênio.

Em meio às buscas durante a semana foram divulgadas informações que comprometiam a Oceangate sobre possíveis negligências técnicas do submersível.

Uma ação civil nos Estados Unidos em 2018 mostra que um ex-diretor da empresa, David Lochridge, foi demitido após expressar sérias dúvidas sobre a segurança do "Titan".

A OceanGate, que fabricou e operou o submersível, e que cobrava US$ 250.000 por assento (R$ 1,1 milhão, na cotação atual), levava turistas aos destroços do "Titanic", cujo naufrágio matou quase 1.500 pessoas em uma das maiores catástrofes marítimas da história.

Após a tragédia, a organização Titanic International, que trabalha para preservar a história do mítico transatlântico, pediu o fim das expedições turísticas.

"É hora de considerar seriamente se as viagens humanas ao naufrágio do 'Titanic' devem acabar em nome da segurança", afirmou a organização no Facebook, defendendo "veículos submarinos autônomos".

Os destroços do transatlântico, a quase 600 km do continente, tornaram-se um lugar de sonho para aventureiros e turistas ricos e intrépidos desde que foram descobertos em 1985.

O cofundador da empresa americana OceanGate Expeditions, cujo submersível implodiu com cinco pessoas a bordo perto dos destroços do 'Titanic', afirmou nesta sexta-feira (23) que a segurança estava em primeiro lugar quando a companhia de exploração em águas profundas foi criada.

O diretor do filme "Titanic", James Cameron, acusou a OceanGate Expeditions de ignorar os alertas de segurança, depois que o piloto Stockton Rush, o outro fundador da empresa, e mais quatro pessoas morreram na implosão do submersível 'Titan' durante a descida a quase 4.000 metros de profundidade.

Guillermo Soehnlein, que fundou a OceanGate com Rush antes de abandonar a empresa em 2013, afirmou que não participou no projeto de concepção do submersível "Titan", mas negou que o amigo atuasse de forma imprudente.

"Ele era extremamente comprometido com a segurança", declarou à emissora britânica Times Radio. "Ele também era extremamente diligente na gestão de riscos e muito consciente dos perigos de operar em um ambiente oceânico profundo".

"Esta foi uma das principais razões pelas quais concordei em fazer negócios com ele em 2009", destacou.

Soehnlein recordou que o próprio Cameron fez várias descidas em submersíveis, incluindo mais de 30 até os destroços do "Titanic" no Atlântico Norte e até o ponto mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico.

"Eu acho que ele foi questionado sobre um risco similar e disse: 'Olha, se algo acontecer nessa profundidade, será catastrófico em questão de microssegundos'", declarou. "Ao ponto em que a implosão acontece em velocidades quase supersônicas e você basicamente estaria morto antes que seu cérebro pudesse processar que algo estava errado", acrescentou.

Soehnlein enfatizou, no entanto, que é muito cedo para afirmar o que aconteceu com o 'Titan' e que é muito complicado formular regras globais para os submersíveis projetados para navegar em grandes profundidades.

Porém, a exploração em águas profundas deve continuar, apesar da tragédia, disse o empresário.

"Assim como na exploração espacial, a melhor maneira de preservar as memórias e os legados dos cinco exploradores é conduzir uma investigação, descobrir o que deu errado, tirar as lições aprendidas e seguir em frente", concluiu.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (22) que a descoberta de partes do submersível, desaparecido no Oceano Atlântico após tentar ver os destroços do Titanic, implica a morte de todos os tripulantes a bordo. Reserva de oxigênio estimada já havia sido dada como esgotada, mas hipótese mais provável é uma implosão do equipamento.

Destroços encontrados no fundo do mar sugerem que o submersível desaparecido sofreu uma "perda catastrófica" de pressão, informou, nesta quinta-feira (22), a Guarda-costeira dos Estados Unidos.

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"Assim que foi determinado, nós notificamos imediatamente as famílias", afirmou o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston.

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Na expedição que desapareceu, estavam presentes Stockton Rush, piloto do submarino, o empresário Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, o bilionário Hamish Harding e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet.

Da Redação, com informações da AFP

(ANSA) - A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (22) que encontrou um "campo de detritos" durante as buscas pelo submersível desaparecido perto dos destroços do navio Titanic.

A USCGNortheast, no entanto, não especificou quais são esses detritos identificados pelo robô usado nas operações, mas os especialistas seguem avaliando. Eles teriam sido achados nas proximidades do Titanic.

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As autoridades norte-americanas ainda informaram hoje que os sons detectados pelas equipes de resgate eram apenas "ruídos de fundo do oceano".

Em entrevista à emissora Sky News, o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, afirmou que os oficiais continuam suas análises, mas acrescentou que não esperará por um relatório completo para intervir.

As autoridades responsáveis pelas operações de resgate continuarão procurando todas as "informações disponíveis" sobre os sons subaquáticos detectados nesta semana.

Apesar dos esforços das equipes de busca, são cada vez menores as esperanças de encontrar os cinco ocupantes do submersível Titan com vida, pois já terminaram as 96 horas de oxigênio que o veículo teria disponíveis.

A lista de ocupantes do Titan inclui o ex-militar francês Paul-Henry Nargeolet, o chefe norte-americano da empresa proprietária do veículo, Stockton Rush, o bilionário britânico Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman.

(ANSA)

Luciano Huck adora viajar, mas descer as profundezas do Atlântico Norte para conhecer os destroços do Titanic não está em seus planos. Em entrevista ao podcast PodPah, o apresentador afirmou que não aceitaria a aventura e ainda chamou os turistas do submarino de idiotas.

- Fico imaginando como o idiota paga 250 mil dólares - aproximadamente um milhão e duzentos mil reais - para entrar naquela lata de sardinha. É meio mórbido, porque o cara vai para o espaço, eu entendo, tem uma mega tecnologia, o cara vai decolar um foguete, bilhões de dólares investidos, tecnologia que você vai usar em outras coisas... O cara entrar num negócio redondo, do tamanho de um bote inflável, tem nem cadeira para sentar, aí desce com um joystick, uma janelinha, para ver um navio que morreu mil e seiscentas pessoas, não tem como aquela energia ser boa, você vai ver o Titanic lá embaixo, que morreu um monte de gente, vê o filme.

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E completou:

- Onde vai à vaidade humana? A reflexão que faço um pouco disso é que você pode ter o dinheiro e o poder que quiser, é a natureza que manda. Não dá pra você achar que pode enfrentar o mar.

De acordo com o The Guardian, o submarino, chamado Titan, desapareceu no último domingo, dia 18, com quatro passageiros e um piloto enquanto faziam a expedição especialista no naufrágio do Titanic. Nesta quinta-feira, a Guarda Costeira norte-americana, afirmou que as pessoas ainda não foram encontradas e o oxigênio acabou após 96 horas.

Huck ainda voltou a falar sobre a possibilidade de se candidatar a presidente do Brasil nas eleições de 2026.

- Eu não tenho medo disso, não, do fundo do meu coração, mas eu não tenho essa vaidade. Não tenho essa vaidade. Todo mundo que quis na vida, nunca foi. Isso é destino. Então, o que eu sei é que não saí do debate. A fumaça não volta para dentro da garrafa, entendeu? Eu quero, quando a gente sentar aqui de novo, daqui 20 anos, a gente viva num país mais justo. Então, eu acho que a gente tem que formar novas liderança, debater as ideias que, de fato, resolvam o nosso problema.

 

O tempo limite para encontrar o submarino desaparecido que perdeu contato com sua nave-mãe no domingo (18) quando desceu até os destroços do Titanic com cinco pessoas a bordo, está acabando rapidamente e deve se esgotar na manhã desta quinta-feira (22).

À medida que uma frota internacional de navios e aeronaves de monitoramento avança com os esforços de busca e resgate, cada segundo que passa torna menos provável que os passageiros do Titan sejam encontrados com vida.

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Mesmo que o Titan esteja localizado no Atlântico Norte, pode ser quase impossível alcançá-lo se ele estiver preso no fundo do oceano a cerca de 3.800 metros de profundidade, próximo aos destroços do Titanic.

As cinco pessoas a bordo do submarino são o piloto Stockton Rush, CEO da OceanGate, a empresa que lidera a expedição; o explorador e bilionário britânico Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, pai e filho de uma importante família paquistanesa; e o explorador submarino francês e especialista em Titanic Paul-Henry Nargeolet.

Confira quais seriam os desfechos possíveis para a situação do Titan e de seus passageiros:

Encontrado na superfície

O Titan tem sistemas de segurança embutidos que o ajudam a subir à superfície em caso de emergência, incluindo sacos de areia e tubos de ferro que podem ser liberados, bem como um balão inflável. O sistema foi projetado para funcionar mesmo que todos a bordo estejam inconscientes.

Esse seria o melhor cenário possível, mas mesmo assim isso não quer dizer necessariamente que no final sejam encontrados sobreviventes, disse Lawrence Brennan, professor da Escola de Direito da Universidade de Fordham.

A escotilha do Titan não pode ser destravada por dentro, "portanto, eles terão que abrir a escotilha e os parafusos por fora e resgatar as pessoas que estão lá dentro. Esse é o melhor cenário, mas não tenho certeza de que seja provável", disse Brennan, que é capitão aposentado da Marinha e esteve envolvido na investigação e no julgamento de casos envolvendo navios de resgate de submarinos.

Encontrado no fundo do oceano, mas sem sobreviventes

Se o Titan estiver preso no fundo do oceano, os ocupantes acabarão ficando sem oxigênio e desenvolverão hipotermia devido ao frio extremo, de acordo com especialistas.

Nargeolet, que fez mais de 30 viagens aos destroços do Titanic, explicou ao Titanic Channel em uma entrevista de 2019 os possíveis perigos de ficar preso em outro submersível, chamado Nautile, nas profundezas do oceano.

Há oxigênio suficiente para quatro ou cinco dias, mas isso não ajuda porque é improvável que a ajuda chegue nesse período, disse ele. O maior problema no fundo do oceano é a temperatura da água.

Preso em algum lugar

Ficar preso em cordas, linhas ou redes é outra possibilidade. Há muitas cordas de pesca antigas no oceano e existe o perigo de emaranhamento das cordas ou cabos do Titanic, disse Greg Stone, um cientista oceânico da Califórnia que já esteve em submarinos semelhantes.

"Cordas que boiam no mar, se presas nas duas extremidades (do submarino), podem fazer um grande arco entre as águas, que você nem percebe", disse ele. "Eu mesmo já passei por elas e fui pego sem saber que estavam lá."

Nesse caso, o submarino deveria ter um veículo submersível operado remotamente com cortadores que pudessem sair e cortar os cabos, disse Stone. O piloto da missão, Rush, estava ciente destes perigos.

"O que mais me preocupa são as coisas que me impedem de chegar à superfície - saliências, redes de pesca, perigo de ficar enredado", disse ele em uma entrevista à CBS News no ano passado, acrescentando que um bom piloto pode evitar esses perigos.

Encontrado intacto com sobreviventes

Uma aeronave de vigilância militar canadense detectou ruídos subaquáticos na área do naufrágio do Titanic, o que pode indicar que pelo menos alguém está vivo no Titan e tentando pedir ajuda. "Temos que manter a esperança como parte do que estamos fazendo como comunidade humana para encontrar os exploradores e levá-los à segurança", disse Joyce Murray, Ministra da Pesca, Oceanos e Guarda Costeira do Canadá, na quarta-feira, 21.

A Guarda Costeira dos EUA disse que não sabia dizer o que estava causando os ruídos, mas que está fazendo buscas na área onde eles foram detectados.

Os ruídos são encorajadores porque as tripulações dos submarinos que não conseguem se comunicar com a superfície são ensinadas a bater em seu casco para serem detectadas pelo sonar.

"Isso envia uma mensagem de que vocês provavelmente estão usando técnicas militares para me encontrar e é assim que estou dizendo", disse Frank Owen, especialista em busca e resgate de submarinos.

O problema nesse cenário é encontrar outra embarcação que possa ir fundo o suficiente para um resgate.

A melhor chance de alcançar o submersível poderia ser usar um robô operado remotamente em um cabo de fibra óptica, disse Jeff Karson, professor emérito de ciências da terra e do meio ambiente da Universidade de Syracuse.

Rompimento do casco

Um rompimento do casco do Titan em profundidade significaria morte instantânea devido à forte pressão nas profundezas do oceano. A pressão da água a 12.500 pés (3.800 metros) abaixo da superfície no local do naufrágio do Titanic é de aproximadamente 400 atmosferas ou 6.000 PSI.

"Portanto, se houver uma falha de pressão, ela será muito rápida e acabará em um segundo", disse Stone.

O jornalista David Pogue, da CBS News, disse que os dois sistemas de comunicação da embarcação pararam de funcionar cerca de uma hora e 45 minutos depois que o Titan submergiu no domingo.

"Há apenas duas coisas que podem significar isso. Ou eles perderam toda a energia ou o navio sofreu uma ruptura no casco e implodiu instantaneamente. Ambas as hipóteses são devastadoramente desesperadoras", disse Pogue à rede canadense CBC na terça-feira, 20.

Sem esperança de sobrevivência

Mesmo quando não há esperança de que os ocupantes sobrevivam devido ao esgotamento do oxigênio, a recuperação da embarcação será difícil. Um dos problemas para localizar o submersível pode ser o fato de que os destroços do Titanic estão espalhados por mais de um quilômetro e alguns podem ser tão grandes quanto o próprio submersível, disse Karson.

O submarino é essencialmente "outro pedaço de metal lá embaixo", disse ele. Se ele estiver no fundo, para recuperar o submarino seriam necessárias "coisas que não estão disponíveis no momento", de acordo com Brennan.

Equipamentos usados para perfuração de petróleo em águas profundas poderiam funcionar, mas esses equipamentos provavelmente não estão próximos ao local da busca, afirmou ele.

Estados Unidos, Canadá e França estão envolvidos em uma corrida frenética para tentar encontrar com vida os cinco tripulantes do pequeno submersível que desapareceu nas proximidades dos destroços do Titanic e que tem "cerca de 40 horas" de oxigênio sobrando.

Os cinco homens a bordo do submersível Titan são:

- Hamish Harding -

O empresário britânico Hamish Harding, 58 anos, conhecido por suas explorações extremas, tem despertado curiosidade em relação à sua carreira e fortuna como CEO da empresa de venda de jatos privados Action Aviation, fundada em 2004.

Formado em ciências naturais e engenharia química pela Universidade de Cambridge, Harding viajou para o espaço há um ano, a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin, em um voo de dez minutos que marcou a quinta missão tripulada bem-sucedida da empresa de propriedade de Jeff Bezos, seu "mentor".

Ele possui vários registros no "Livro Guinness dos Recordes". Entre as suas façanhas, em março de 2021, mergulhou com outro explorador, Victor Vescovo, até as profundezas da Fossa das Marianas, parte mais profunda do oceano conhecida até então, a bordo de um submersível para dois ocupantes. A missão foi a mais longa realizada a esta profundidade (4 horas e 15 minutos), com a maior distância percorrida (4.600 metros).

Ele e a mulher, Linda, têm dois filhos. Um deles, Giles, tornou-se em 2020 a pessoa mais jovem (12 anos) a viajar para o Polo Sul, segundo informações do "The Times".

- Paul-Henry Nargeolet -

Paul-Henri Nargeolet, francês de 77 anos, é especialista em mergulho e arqueologia marítima. Passou a primeira parte de sua carreira como oficial da Marinha e comandou o grupo de mergulhadores para desativação de minas em Cherbourg, noroeste da França, antes de se tornar piloto de submarino na Marinha francesa. Posteriormente, dedicou-se à arqueologia marítima e escavou vários naufrágios.

Em 1986, foi nomeado chefe de submarinos de intervenção em águas profundas no Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (Ifremer). Um ano antes, uma equipe liderada pelo cientista americano Robert Ballard, em colaboração com o Ifremer, havia descoberto os destroços do Titanic. Em 1987, Nargeolet avistou os destroços a bordo do submarino francês Nautile.

Foram realizadas dezenas de mergulhos subsequentes, nos quais centenas de objetos foram encontrados. As últimas imersões ocorreram no verão de 2021.

- Shahzada e Suleman Dawood -

A bordo do submersível também estão um importante empresário paquistanês e seu filho, conforme anunciado pela família em comunicado. Trata-se de Shahzada Dawood, 48 anos, vice-presidente do conglomerado Engro, sediado em Karachi, sul do Paquistão, e seu filho Suleman, 19 anos, ambos cidadãos britânicos. O Engro possui investimentos em diversos setores, incluindo energia, agricultura, petroquímica e telecomunicações.

- Stockton Rush -

A quinta pessoa a bordo é Stockton Rush, diretor americano da OceanGate Expeditions, organizadora da viagem e fundada por ele mesmo em 2009. A empresa deste homem, descrito pela revista "Smithsonian" como "um inventor destemido", começou a levar clientes para ver os destroços do Titanic a bordo de seu submersível especialmente projetado com esta finalidade em 2021. Rush afirmou que a visita ao naufrágio fazia parte de uma estratégia de marketing, enquanto buscava desenvolver inovações para embarcações submersíveis.

De acordo com o site de sua empresa, o americano iniciou sua carreira em 1981, como o piloto de jato mais jovem do mundo, aos 19 anos. Em 1984, tornou-se engenheiro de testes de voo em aeronaves de combate F-15 para a McDonnell Douglas. Nos últimos 20 anos, no entanto, ele se envolveu em várias empresas de tecnologia relacionadas ao oceano, incluindo a BlueView Technologies, que fabrica, em tamanho reduzido, sistemas de sondas de alta frequência.

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Equipes de resgate dos Estados Unidos e Canadá intensificaram os esforços nesta terça-feira (20) para encontrar um pequeno submarino com cinco pessoas a bordo que desapareceu no Oceano Atlântico quando estavam em uma missão para observar os destroços do transatlântico "Titanic".

A embarcação, operada pela empresa OceanGate Expeditions, iniciou a descida na manhã de domingo (18) e perdeu contato com a superfície menos de duas horas depois, de acordo com as autoridades.

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Entre as pessoas a bordo do submarino está o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, 58 anos, fundador e CEO da empresa Action Aviation.

O empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman também estavam no submarino, informou a família.

"O contato foi perdido com o submarino e as informações disponíveis são limitadas", afirmou a família em um comunicado.

A Guarda Costeira americana explicou que as operações de busca são complexas.

"É um desafio realizar uma busca nessa área remota, mas estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para garantir que possamos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirmou na segunda-feira o contra-almirante John Mauger à imprensa em Boston, de onde coordena a operação.

"Trabalhamos muito duro para encontrá-los", acrescentou.

As buscas, na superfície ou debaixo d'água, envolvem uma região "de quase 1.450 quilômetros ao leste de Cape Cod, a uma profundidade de cerca de 4.000 metros".

- Reservas de oxigênio para 96 horas -

O tempo é um fator crítico. A embarcação tem reservas de oxigênio para o tempo máximo de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas. Mauger afirmou na segunda-feira à tarde acreditar que ainda restavam 70% ou más de oxigênio.

As buscas aéreas, que não apresentaram resultados na segunda-feira, foram suspensas durante a noite, informou a Guarda Costeira às 21H00 (22H00 de Brasília). O navio "Polar Prince", do qual zarpou o submarino, e uma unidade da Guarda Nacional continuaram rastreando a região durante a noite.

"O submarino foi lançado com sucesso", tuitou no domingo a empresa Action Aviation, com sede em Dubai.

"A tripulação do submarino é composta por vários exploradores lendários, incluindo alguns que fizeram mais de 30 mergulhos no RMS Titanic desde os anos 1980", afirmou o próprio Harding no Instagram no sábado, ao anunciar sua participação na missão.

O contra-almirante Mauger não divulgou informações sobre as pessoas que estavam a bordo "por respeito às famílias" e se limitou a declarar que, segundo a empresa operadora, são quatro pessoas e um piloto.

A Action Aviation, procurada pela AFP, não fez comentários.

Para as buscas foram mobilizados dois aviões, um C-130 americano e um P8 canadense equipado com um sonar capaz de detectar submarinos, segundo a Guarda Costeira.

A OceanGate Expeditions explicou em um comunicado que "explora e mobiliza todas as opções para conseguir resgatar a tripulação em total segurança".

No site, a empresa informa que utiliza um submarino batizado como "Titan" para as expedições a uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.100 pés). A embarcação tem autonomia de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas.

- "Poucas embarcações" a tanta profundidade -

O Titanic zarpou do porto inglês de Southampton em 10 de abril de 1912 para sua viagem inaugural rumo a Nova York, mas afundou depois de colidir com um iceberg cinco dias depois.

Dos 2.224 passageiros e tripulantes, morreram quase 1.500.

Os destroços do transatlântico foram descobertos em 1985 a 650 quilômetros da costa canadense, a 4.000 metros de profundidade, em águas internacionais do Oceano Atlântico. Desde então, a área é visitada por caçadores de tesouros e turistas.

Sem ter estudado esta embarcação especificamente, Alistair Greig, professor de Engenharia Marinha na University College London, sugeriu duas possíveis teorias, com base em imagens do submersível publicadas pela imprensa.

Ele disse que, se houve um problema elétrico ou de comunicações, a embarcação pode ter subido para a superfície e permanecido flutuando, "à espera de ser encontrada".

"Outro cenário é um comprometimento do casco de pressão, um vazamento", explicou. "Então o prognóstico não é bom", acrescentou.

Embora o submarino ainda possa estar intacto durante o mergulho, "são poucas as embarcações" capazes de ir até a profundidade em que o Titan pode ter viajado.

Segundo a Guarda Costeira de Boston divulgou à BBC nesta segunda-feira, dia 19, um submarino que levava turistas até os destroços do Titanic desapareceu. Uma operação para encontrá-lo já está em andamento, por mais que não tenha sido divulgado quantas pessoas estavam a bordo.

A companhia responsável pelo passeio, OceanGate, se posicionou sobre o ocorrido e disse que está fazendo possível para trazer a população de volta em segurança. Segundo eles, todo o foco da empresa está nos tripulantes do submersível e suas famílias.

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A empresa cobra 250 mil dólares, aproximadamente um milhão e duzentos reais, por uma vaga em suas expedições de oito dias para ver os destroços. Segundo a OceanGate, o submarino pode acomodar cinco pessoas, que geralmente inclui um piloto, três convidados pagantes e um especialista sobre o tema, como um guia turístico. Um mergulho completo até o local, incluindo a descida e a subida, leva oito horas.

O campeão do Oscar Titanic retorna à TV aberta brasileira neste sábado (10), no Supercine, da Globo. O clássico será exibido diante da celebração do Dia dos Namorados, que acontece no próximo dia 12. Este ano, Titanic, que foi lançado no Brasil em 16 de janeiro de 1998, completou 23 anos. O Altas Horas, com o apresentador Serginho Groisman, começa às 22h25 e Titanic está previsto para ser exibido às 0h15.

O filme do diretor James Cameron levou 17 milhões de brasileiros às salas de cinema. Na TV, estreou em 1999 pela TV a cabo, também no Supercine, que integrava a programação fechada à época. Somente no fim do ano de 2000 é que a Globo conseguiu o reprise pelo canal aberto, arrastando uma audiência de 56 pontos no pico do Ibope.

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Oscar

Na história do Oscar, nenhum filme conseguiu alcançar os recordes de Titanic. O longa foi indicado a 14 categorias e levou 11 estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e também Melhor Canção. Além disso, o romance venceu quatro estatuetas Grammy com "My Heart Will Go On" e quatro Globos de Ouro. Somente outros dois filmes dividem esse pódio com Titanic, sendo eles Ben-Hur, entre 12 indicações, em 1960, e O Senhor Dos Anéis: O Retorno do Rei, que teve 100% de aproveitamento nas suas indicações em 2004.

Bilheteria

Somente com o lançamento de Avatar (também dirigido por James Cameron), em 2009, Titanic deixou de ser campeão mundial em bilheteria, posto que ocupou por 10 anos. Com o passar dos anos, o pódio foi sendo movimentado. Atualmente, o romance, que arrecadou mundialmente R$ US$ 2.264.743.305 (correspondente a R$ 11.122 bilhões, na cotação atual), está em quarto lugar de bilheteria, atrás de Avatar (2009), Vingadores: Ultimato (2019), e Avatar: O Caminho da Água (2022).

 

James Cameron, que dirigiu três dos quatro filmes de maior bilheteria de todos os tempos, tem poucos arrependimentos. Mas se pudesse refazer “Titanic”, título que deu início a seus recordes há 25 anos e volta a ser exibido nesta sexta-feira (10), mudaria uma coisa.

Na véspera do retorno ao cinema desta superprodução, agora em edição de aniversário, o cineasta canadense confessou que teria concebido a trama de outra forma se pudesse prever a indignação dos fãs, aflitos pela trágica morte do herói, Jack, no fim do filme.

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“Com o que sei agora, teria feito a balsa menor, para que não houvesse dúvida!”, declarou entre risadas em uma coletiva de imprensa pelo aniversário da obra.

Tamanha a popularidade do filme, seguem existindo debates sobre o destino do personagem principal, interpretado por Leonardo DiCaprio.

Os fãs insistem em que Jack poderia ter sobrevivido às águas geladas do Atlântico Norte depois que o transatlântico afundou. Tinha apenas que ter subido na balsa improvisada para salvar sua amada Rose, vivida por Kate Winslet.

Em vez disso, porém, decide que a porta de madeira sobre a qual ela flutua no mar não é grande o suficiente para dois, e se sacrifica para garantir a sobrevivência dela.

A polêmica em torno da morte de Jack é só um exemplo de como a história de Titanic “parece não ter fim para o público”, disse Cameron.

“Houve tragédias muito maiores desde o Titanic”, navio que naufragou em 1912 após colidir com um iceberg, acrescentou, citando as duas guerras mundiais que marcaram o século XX. “Mas o Titanic tem essa característica duradoura, quase mítica, romanesca”.

“Acho que tem a ver com amor, sacrifício e mortalidade”, acrescentou o diretor, e apontou ou “homens que saíram dos botes salva-vidas para salvar as mulheres e as crianças”.

- “Veredicto final” -

Cameron colocou à prova o sacrifício individual de Jack em um novo documentário da National Geographic, com experimentos em um tanque de água gelada com dois dublês e uma réplica exata da porta utilizada na filmagem.

Em “Titanic: 25 anos depois”, os dois dublês que assumiram os papéis de Jack e Rose foram equipados com vários termômetros para medir a velocidade em que iriam sucumbir vítimas de hipotermia.

O experimento revelou que o trágico destino de Jack não era inevitável.

Um primeiro teste onde ele se agarra à porta sem subir nela, como no filme, confirma que o personagem teria morrido de hipotermia. Um segundo teste, entretanto, em que ambos conseguem se manter em equilíbrio sobre a porta para manter seus torsos, ou seja, seus órgãos vitais, fora da água, sugere que Jack poderia ter se salvado.

Nesse cenário, ele “poderia ter aguentado até que chegasse o bote salva-vidas", reconheceu Cameron. “O veredicto final? Jack possivelmente poderia ter sobrevivido. Mas há muitas variáveis”, acrescentou.

- História de amor épica -

“Titanic” estreou em dezembro de 1997 e ocupou o posto número um de bilheteria durante 15 fins de semana consecutivos.

Enquanto hoje em dia a maioria dos longas conseguem suas maiores receitas no fim de semana de estreia, “Titanic” alcançou seu auge no oitavo, que coincidiu com o Dia dos Namorados, celebrado em 14 de fevereiro nos Estados Unidos.

A épica história de amor é relançada logo antes do fim de semana do Dia dos Namorados deste ano, na expectativa de aumentar sua arrecadação mundial de 2,2 bilhões de dólares (cerca de 11,6 bilhões de reais).

“Estimo que 100 milhões da nossa bilheteria se devem ao apelo do Leonardo DiCaprio para adolescentes de 14 anos”, brincou Cameron.

“Titanic” tem atualmente o terceiro maior faturamento da história do cinema, atrás de “Vingadores: Ultimato”, blockbuster de super-heróis da Marvel, e “Avatar”, outro filme de Cameron.

Mas espera-se que em breve seja superado por “Avatar: O Caminho da Água”, o novo sucesso do cineasta, que já fez 2,18 bilhões de dólares (11,4 bilhões de reais) e segue atraindo multidões às salas de cinema.

Juntos, esses três gigantes da bilheteria de Cameron já arrecadaram 7,25 bilhões de dólares (38 bilhões de reais), aproximadamente o PIB de Bermudas.

Além de enriquecer extraordinariamente seu diretor, “Titanic”, de três horas de duração, deixou outro legado importante, embora controverso.

“Antes de ‘Titanic’, acreditava-se que um filme longo não poderia ganhar dinheiro”, afirmou Cameron. Mas “Avatar” dura 162 minutos e sua sequência, 192 minutos. “E está indo muito bem.”

O diretor James Cameron mais uma vez deixou sua marca na indústria cinematográfica. No último domingo (22), seu novo filme “Avatar: O Caminho da Água” ultrapassou US $2 bilhões de bilheteria, tornando-se a 6ª maior arrecadação da história do cinema. O título ainda está em cartaz nos cinemas, portanto, o valor pode aumentar.

O longa é a sequência da maior bilheteria de todos os tempos, lançada em 2009 e, segundo Cameron, precisava atingir tal marca para cobrir os custos da produção. Além disso, ele disse que o futuro da franquia dependia do sucesso do segundo filme. Ao ter assegurado isso, há de se esperar novos conflitos no universo de Pandora.

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É a terceira vez que James Cameron atinge tal marca – que não é tão comum quanto ele faz parecer. Apenas seis filmes conseguiram conquistar mais de US $2 bilhões em arrecadação - e três deles são do diretor canadense: “Titanic” (1997), em 3º lugar; “Avatar" (2009), em 1º lugar; e "Avatar: O Caminho da Água”, em 6º lugar.  Os demais filmes do ranking são: "Vingadores: ultimato (2019), em 2º lugar; "Star Wars: o despertar da força" (2015) em 4º lugar e "Vingadores: guerra infinita" (2018) em 5º lugar.

Recentemente, a 20th Century Studios anunciou que o filme “Titanic” irá retornar aos cinemas em fevereiro deste ano, em comemoração aos 25 anos da produção. Com isso, assim como seu último lançamento, “Titanic” pode aumentar ainda mais a sua arrecadação. Foi o que ocorreu com “Avatar”, que havia perdido a liderança para “Vingadores: Ultimato”, mas com o retorno às telonas passou o filme da Marvel.  

Obcecado com o digital e os efeitos especiais, James Cameron é uma lenda que revolucionou várias vezes o cinema, com “Exterminador do Futuro”, “Titanic” ou “Avatar”. A tecnologia ocupa um lugar central em sua obra, mas não é tudo, garante, em entrevista à AFP.

Agora que todas as produções podem acessar os efeitos especiais, e que centenas de milhões de dólares podem ser investidos em um blockbuster, esse “talento artístico” é o que marca a diferença, acredita o rei das bilheterias.

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“Qualquer um pode comprar um pincel. Mas não é qualquer um que pode pintar uma obra de arte”, diz o cineasta, entrevistado em Paris por ocasião da estreia de “Avatar: O Caminho da Água”, que no Brasil entra em cartaz em 15 de dezembro.

A produção desse longa-metragem, que chega 13 anos depois de seu antecessor, exigiu enormes recursos técnicos, como longas filmagens debaixo d’água, em apneia. “Sou uma espécie de filtro central de tudo, mas tenho vários artistas que trabalham pra mim, desenham os personagens, a arquitetura, o mundo, as plantas, o vestuário…”, resume.

“Gosto de pensar que é como uma grande comunidade hippie com um monte de grandes artistas”, acrescenta. “A tecnologia não cria arte. Artistas criam arte”.

- Manter o foco -

Um filme como os da franquia “Avatar”, gravado sobre fundo azul para depois serem adicionados cenários, texturas e acessórios por computador, deve muito à interpretação dos atores, considera Cameron, embora seja difícil reconhecê-los após o processo digital.

“O coração, a emoção, a criatividade… Tudo isso vem primeiro”, durante a gravação das cenas “reais”, a primeira etapa de construção do filme, antes mesmo da definição dos ângulos de câmera e planos. “Só depois começa o trabalho técnico”, explica.

Quanto à “inteligência artificial”, utilizada para tratar as imagens, Cameron assegura que não a utiliza para “substituir os atores, mas sim para ser ainda mais fiel a suas interpretações”.

O homem dos recordes, com os filmes mais caros e também mais rentáveis do mundo, de “Titanic” ao primeiro “Avatar”, reconhece que carrega “uma grande responsabilidade”.

“Não posso ser caprichoso ou impulsivo, preciso me manter focado para criar algo que agrade a mim, ao público e que seja comercial o suficiente para fazer dinheiro”, explica.

“Não pode ser intelectual demais, mas posso fazer algo satisfatório pra mim colocando uma segunda ou terceira camada de significado, que as pessoas podem ou não captar”, continua.

- Indignação pela natureza -

Como um Cousteau moderno, fascinado pelo mar e suas profundezas - a ponto de ser um dos poucos seres humanos a visitar, em um submarino, a Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do planeta -, Cameron volta em seu novo longa a insistir na mensagem ecológica que contribuiu para o sucesso de “Avatar”.

“Não acho que o objetivo desses filmes seja dizer o que tem que ser feito”, observa o diretor. “Acho que qualquer um que estude as questões ambientais pode dizer. Sabe que tem que reduzir sua pegada de carbono, não votar em idiotas, comprar um carro elétrico, consumir menos carne e laticínios…”

“Mas é possível influenciar os sentimentos das pessoas”, acrescenta. “O filme te chama a sentir algo pela natureza, não só que chore no final ou que se emocione com os personagens. Trata-se de sentir indignação (...), de que as pessoas fiquem bravas” em favor do meio ambiente.

“Isso desperta em nós essa conexão com a natureza. Ainda que por alguns minutos depois de terminar o filme, você veja o mundo de outra maneira”.

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