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A brasileira Jessica Alves, anteriormente conhecida como Ken Humano, acaba de passar por uma cirurgia de mudança de sexo. Ao todo, ela passou por 80 intervenções cirúrgicas até que sua transição estivesse completa e, agora, a modelo espera encontrar o “homem certo” para perder a virgindade.

Jessica ficou conhecida mundialmente como Ken Humano. Antes de começar a transicionar, ela participou de diversos programas de TV em países como Russia, Estados Unidos e Espanha, entre outros. O alto número de cirurgias plásticas e a vida luxuosa da modelo também chamaram bastante atenção nos últimos oito anos em que ela esteve na mídia. Em entrevista ao The Daily Mail, ela contou ter perdido trabalhos quando decidiu transformar o seu corpo mas que resolveu fazê-lo para “encontrar o seu eu verddeiro”. 

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Em 2019, a brasileira decidiu fazer a transição para o gênero com o qual se identificava e, desde então, vem modificando o corpo. Após 80 cirurgias, a transformação final ficou a cargo da cirurgia de redesignação de sexo, realizada no dia 17 de fevereiro, na Tailândia. Com o novo corpo, ela agora espera encontrar um parceiro para recomeçar sua vida sexual. “Já tenho uma vagina e ela é perfeita. Tenho 37 anos mas escolhi uma vagina que parecesse jovem, o equivalente à de uma pessoa com 18 anos. Em três meses poderei perder minha virgindade e ter relações sexuais. Quero que seja um dia mágico e especial então se precisar esperar mais por isso, eu vou, até que o homem certo apareça. Sinto que nasci de novo aos 37 anos”. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou nessa segunda-feira (18) a transexualidade de sua lista de classificação de doença mental. "A incongruência de gênero [como era chamada na lista] foi retirada da categoria de transtornos mentais do manual de Classificação Internacional de Doenças (CID) para ser inserida em um novo capítulo das 'condições de saúde sexual'", explicou a OMS.

    Segundo a organização, classificar como doença mental pode estigmatizar as pessoas trans, e a decisão de deixar a transexualidade em um capítulo diferente do CID nasceu da necessidade de cuidados médicos, que podem ser melhor atendidos caso a transexualidade continue no manual. A transexualidade foi colocada nesse novo capítulo "para dar espaço a condições ligadas à saúde sexual, que não tem necessariamente algo a ver com as outras situações codificadas no CID", explicou Lale Lay, coordenadora do time que cuida das problemáticas de adolescentes e das populações de risco.

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    A base da decisão está no "entendimento que não se trata de uma doença mental e ter deixado a incongruência de gênero no outro capítulo condenou" as pessoas trans. Assim, a inserção em outro capítulo veio para "garantir o acesso a tratamentos de saúde adequados". A OMS publicou a nova revisão do CID em seu site, e a última versão, o CID-10, era de 1990.

Da Ansa

Gretchen não mede palavras para falar de assuntos polêmicos como o machismo ainda muito presente no Brasil, o atual cenário político do país e a transexualidade, todos temas que são fortes e presentes na sua vida.

Em vários tabloides até hoje se fala dos inúmeros casamentos de Gretchen, algo que ela não esconde que a incomoda. “Acho muito chato, inconveniente. Tem tanto assunto novo acontecendo pras pessoas falarem de algo que não existe mais. Não sei por que isso inspira tanta curiosidade”, diz ela. “Quando alguém busca ser feliz não importa se casou, se morou junto, se tá só ficando... Se você quer ser feliz, não importa quantas vezes”, enfatiza.

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Gretchen ressalta que o Brasil ainda é ainda um país muito machista, e que não trata mulheres e homens da mesma forma. “Por que uma mulher não pode trocar de namorado ou de marido? Por que esse preconceito, essa descriminação? O homem fica com 1, 2, 3, 10, 15 no mesmo dia. Se contar em 24h ficou com todas elas. Por que a mulher não pode?”, questiona a cantora.

Questionada sobre sua tentativa de ingresso na carreira política, ela dispara “Graças a Deus que não ganhei aquela eleição”, referindo-se a sua candidatura a prefeita da Ilha de Itamaracá. “Acho que nós chegamos num absurdo na política. Eu que vivo fora do país tenho uma vergonha completa disso”, diz Gretchen. Ela, no entanto, garante que lá fora nunca esconde o fato de ser brasileira, pois disso ela tem orgulho, mas não das mentiras e roubalheiras na política nacional. “Se eu tivesse feito tudo isso que fizeram aí e já foi descoberto, eu já teria renunciado”, diz ela.

Por fim, entrando no assunto do gênero do seu filho, Thammy Miranda, Gretchen confessa que no começo houve um certo estranhamento, mas que no fim das contas não interessa a ela o sexo de Thammy, contanto que ele esteja bem. “Quando a gente está grávida perguntam ‘E aí? Você quer que seja menino ou menina’ minha resposta é ‘Eu quero que venha com saúde’. [...] Não importa o sexo, o gênero”, afirma, e completa “A gente tem que amar do jeito que vem.”

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Gretchen está mais presente do que nunca na mídia, tendo até aparecido em vídeo promocional do Netflix e em um lyric video da americana Katy Perry. Nessa terça-feira (4), ela e Thammy Miranda, foram convidados para o programa de Fernanda Souza no Multishow. No 'Vai Fernandinha', a 'rainha do bumbum' falou sobre como lidou com a homossexualidade do filho e depois com a descoberta de que ele era transexual.

"Morro de orgulho. Tem mulher mais corajosa que essa? Fazer isso tantos anos atrás, dizer 'sou homossexual', cortar o cabelo daquele jeito", disse cantora do hit 'Conga Conga Conga' referindo-se a época em que Thammy ainda era mulher.

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Ela emocionou Fernanda Souza ao afirmar que acredita que por ser mãe de um transexual, tem um dever com a sociedade. "Alguma coisa aconteceu nesse universo para eu ser mãe de um trans e ela [Thammy], filha de um símbolo sexual. Não tem explicação para ter acontecido isso, alguma missão nós duas temos nesse mundo, eu de fazer os pais aceitarem os filhos como são, e ele de ensinar que os pais devem amar seus filhos independente do que sejam", falou a cantora, que em diversos momentos durante o programa, Gretchen se referia a Thammy como 'ela', e depois se consertava para 'ele', atual gênero do filho. 

Thammy frisou a importância do suporte familiar quando se passa por situações como essa. "Tem um mundo inteiro lá fora para enfrentar, o mínimo que você quer é ter um aconchego em casa, saber que tem uma pessoa do meu lado, para quem contar, chorar e dizer 'mãe, eu não estou aguentando'. E se você não tem os pais do seu lado... O índice de suicídio é gigantesco", pontuou.

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Transexual. Ativista. Negra. Mulher. Robeyoncé, no auge dos seus 27 anos, afirma que sua maior luta é em prol da causa LGBT. Com sua aprovação inédita no 18º Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a jovem dedicou sua aprovação. “Não é uma vitória somente minha, mas de todas as trans e de toda a comunidade LGBT”, disse.

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Ela também afirmou que sentiu sua privacidade invadida. “Mas, se eu tiver que escolher entre ter a minha privacidade e lutar pelos direitos LBGT, eu prefiro lutar pelos direitos LGBT”, afirmou.

Nesta semana, Pernambuco soube da primeira aprovação na história no Exame da OAB. Robeyoncé Lima está no seleto grupo das pessoas que obtêm êxito na prova. A média é de que 17,5% dos candidatos que prestam o Exame são aprovados.

Para sua aprovação, Robeyoncé disse que se dedicou intensamente durante apenas 15 dias, mas que seu gosto pelos estudos vem desde quando era pequena, em decorrência do isolamento que sofreu. “As crianças não queriam brincar comigo, nunca tinha lugar para mim nas brincadeiras. Então, eu me sentia à vontade com os livros, eu ficava entretida, os gibis eram meus amigos”, conta.

Robeyoncé, que sempre frequenta livrarias e os famosos sebos (locais onde se vendem livros usados ou novos a preço mais baixo que os do mercado convencional) contou que compra sempre títulos no local e que também consome obras específicas da área de direito oriundos de lá. “Eu venho aqui, compro livros de idiomas, compro Vade Mecum, compro livros de passatempo”, explica.

Além de estudante de direito, Robeyoncé já é formada em geografia, também pela UFPE. “Eu percebi que o ambiente de sala de aula não era para mim, eu tinha que impor respeito, mas eu gosto de conquistar o respeito”, afirma. Sua mudança para o outro curso veio pensada de forma prática, já que, em sua opinião, a área jurídica é a que tem mais retorno no mercado de trabalho.

Atualmente, Robeyoncé é estagiária da 11ª Vara do Tribunal de Justiça Federal de Pernambuco e está no último ano do curso. “Quando eu pegar a carteira da OAB, meu objetivo é advogar ajudando minhas amigas com seus nomes sociais e em prol da causa LGBT. Além disso, eu também tenho afinidade pela área de Direito Internacional, por isso faço curso de inglês e compro livros de idiomas”, afirma.

O que você acha do nome social?

Robeyoncé – É uma coisa revolucionária porque é o direito de ser chamada pelo meu nome social na chamada, nos documentos da universidade, poder ir ao banheiro feminino. Antes, eu ia no masculino, mas não me sentia à vontade e percebia que os rapazes também não gostavam da minha presença. Eu procurava ir ao banheiro quando não tivesse quase ninguém ou em um bem escondido. Agora, no feminino, sou bem melhor recebida.

Mas o nome social é suficiente?

R – O nome social coloca a visibilidade trans em pauta, facilita algo fundamental, mas é um degrau para o nome civil, na minha opinião. Eu sou Robeyoncé apenas nas grades da universidade. Fora delas, Robeyoncé nem existe. Quando eu me olho no espelho, eu não vejo um menino, eu vejo uma mulher. Mas, para mudar precisam de vários laudos, porque de acordo com a CID, eu sou doente, e existem várias fases antes da alteração.

De onde vem Robeyoncé?

R - Foi uma forma de homenageá-la (a cantora Beyoncé), trazê-la para junto de mim, para que ela sempre estivesse ao meu lado. Isso foi decorrente de uma apresentação na 1ª Semana LGBT da UFPE, em que eu dancei uma música dela. Então, todo mundo que me chama de Rob, meu apelido, adicionou o “Beyoncé” e ficou Robeyoncé.

Porque você diz que é doente?

R - Porque segundo a CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), a transexualidade é uma patologia. Homossexualidade também era, mas tiraram da lista. Eu faço acompanhamento no Hospital das Clínicas, faço tratamento psicológico, hormonal, tudo.

Você pensa em fazer a mudança de sexo?

R - Para a sociedade, você só é mulher se tiver peito, bunda e vagina. Sem vagina, não é mulher. Eu não tenho essa urgência, eu não me incomodo com minhas genitálias. E, também, a operação é o último estágio. Se você se operar não tem mais como voltar, então os médicos fazem muitos laudos, passam você por muitos exames e tratamentos para saber se é isso mesmo que você quer. Eu tenho amigas no grupo (do HC) que dizem que sentem nojo da própria genitália. Você percebe que o caso delas é realmente urgente, mais do que o meu. Mas silicone eu queria colocar. Um peito me emponderaria. Mesmo eu andando com roupas femininas, de sapatilha, de brincos, as pessoas ainda me tratam no gênero masculino. Se eu tivesse peito, as pessoas iriam logo se impactar e me tratar pelo feminino, porque eu estaria ali com um peito na cara delas.

Sobre o nome social, como você foi recebida com a mudança?

R - Para minha família, o nome é sagrado. Então, eu mudei meu primeiro nome, deixando o ‘Ro’, que remete ao meu nome civil, e acrescentei o ‘Beyoncé’. O ‘Lima’, eu deixei justamente por essa questão da minha família. Minha mãe, às vezes, me chama pelo meu nome masculino, e eu fico sempre consertando. De vez em quando, dá vontade de fingir que não estão falando comigo, mas eu não vou virar a cara para minha mãe, né? Por isso eu preciso de um peito!

O que você acha do preconceito sobre a transexualidade?

R - Eu não tenho como pedir para uma pessoa preconceituosa involuntária, que foi criada em uma sociedade assim, acabar de uma vez com seu preconceito. Há necessidade de um debate. Todos nós temos preconceito, me diga uma pessoa que não tem.

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Thammy Miranda tem sido notícia constante nos jornais depois de assumir sua homossexualidade e iniciar um processo de transformação de gênero. Agora, sua história será contada no livro Thammy - Nadando contra a corrente, escrito por Marcia Zanellatto. A autora revelou em entrevista ao jornal Extra, com antecedência, alguns detalhes que estarão na obra. 

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Marcia Zanelatto contou algumas das histórias que integrarão o livro sobre Thammy. A escritora revelou que, na infância, Thammy já apresentava alguns comportamentos masculinos, gostava de usar roupas de meninos e de fazer xixi em pé. Em um de seus aniversários ela chegou a pedir um He-Man de presente. Marcia também falou que a família procurava lidar com isso com naturalidade e sem pré-julgamentos.

O livro tenta ilustrar com fidelidade a transição de Thammy inclusive havendo uma mudança de gênero ao referir-se a ela ao longo da narrativa: "No livro, me refiro 'a Thammy' até o momento em que ela faz essa mudança de gênero. Isso acontece a partir dos 60% do livro, quando estava com 27 anos. Foi uma opção estética para fazer com que o leitor tenha essa sensação da mudança junto com ele", explicou a autora. Thammy - Nadando contra a corrente será lançado no dia 7 de setembro, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. 

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