Tópicos | ativismo

Aproveitando a repercussão mundial do lançamento do filme sobre a "Barbie", uma ativista decidiu criar uma boneca "Barbie Searcher" para tornar visível a luta das mulheres que procuram seus parentes desaparecidos à força no México.

A nova boneca vestida de "buscadora" usa calça cargo camuflada, botas táticas, turbante na cabeça que evita queimaduras solares e poeira, além de camiseta com a imagem do irmão da defensora dos direitos humanos Delia Quiroa, que desapareceu em 2014 em Reynosa, no norte do estado de Tamaulipas.

##RECOMENDA##

Quiroa é líder do coletivo "Diez de Marzo" de busca de pessoas desaparecidas em Tamaulipas e responsável pela criação da boneca, cuja imagem faz analogia a uma mulher em busca de seus entes queridos.

O objetivo é fazer a empresa Mattel, fabricante da icônica "Barbie", contribuir com uma doação para o coletivo conseguir equipamentos de busca, além de tornar visível o crime de desaparecimentos no México.

Em uma publicação nas redes sociais, ela ressalta que sua boneca faz parte de uma "campanha para chamar a atenção" para o problema dos mais de 111 mil desaparecidos no território mexicano.

"Fizemos uma ligação atenta para a Mattel solicitando uma doação e vamos juntos comprar dois caminhões para nossa busca e podemos emitir notas fiscais dedutíveis", escreveu ela, acrescentando os dados de uma conta bancária para os interessados em fazer doações.

[@#video#@]

Da Ansa

Morreu, aos 46 anos, a primeira guarda municipal trans do Brasil, Abby Silva Moreira. A servidora ingressou no efetivo em 2017, por meio de concurso público, e fez parte da instituição até o ano passado. Após ser empossada, se tornou símbolo da luta LGBTQIA+ em todo o país e passou a dividir espaços de ativismo em Pernambuco. Além de guarda, Moreira era formada em administração e análise de sistemas. 

"É com muito pesar que recebemos a notícia da partida tão repentina de Abby Moreira, primeira guarda municipal trans de Pernambuco, e uma das únicas do Nordeste. Abby era uma ativista singular que vai fazer muita falta por toda a luta que ela representou. O corpo foi encontrado hoje pela manhã. Siga em paz, companheira", informou o amigo pessoal Rafael Negrão, que também integra grupos de luta antitransfobia no estado. 

##RECOMENDA##

Segundo colegas da guarda municipal, Abby foi encontrada sem vida em seu apartamento, em Jaboatão dos Guararapes, neste sábado (24). Colegas da Secretaria de Direitos Humanos da cidade teriam constatado a morte da servidora durante uma visita. A causa da morte não foi divulgada. 

LeiaJá também: ‘Servidora trans quer ex-chefe da Guarda Civil condenado’ 

Episódios de transfobia na guarda 

Em 2022, o LeiaJá entrevistou Abby e divulgou alguns dos problemas enfrentados pela administradora na Guarda Municipal de Jaboatão. Ela denunciou ser vítima de transfobia e perseguição na instituição e chegou a precisar de afastamento para lidar com questões de saúde mental provocadas pela hostilidade e preconceito no ambiente de trabalho. 

Também no ano passado, ela denunciou formalmente, à Prefeitura e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o comandante da guarda municipal Admilson de Freitas. Mesmo concursada, Abby teve as gratificações retiradas pelo então comandante. Segundo ela, ele tinha a intenção de forçar a sua exoneração.  

Conforme apurado pelo LeiaJá, Admilson é um homem conservador, descrito por pessoas próximas como um "evangélico radical". Ele assumiu o comando da corporação graças à indicação do vereador Pastor Ginaldo (PSC), aliado político do ex-prefeito Anderson Ferreira (PL). A reportagem teve acesso ao ofício expedido pela Associação dos Guardas Municipais de Jaboatão dos Guararapes (ASGUAJG) para o Ministério Público em 1 de janeiro de 2022. No documento, Admilson é acusado de utilizar-se do efetivo para oferecer segurança particular a igrejas evangélicas.

Nesta sexta-feira (25), a secretaria da Mulher do Recife iniciou os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, uma campanha anual e internacional iniciada no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. 

A secretaria montou uma programação especial voltada à campanha, que inclui blitze nos bairros para divulgar a Lei Municipal 18.962, de julho de 2022.

##RECOMENDA##

E por falar nisso, você conhece a lei? Ela determina que bares, restaurantes, casas noturnas, casas de show, estabelecimentos comerciais, shopping centers, cinemas e eventos culturais no Recife fixem cartazes com informações sobre os serviços de atendimento à mulher em situação de violência de gênero nos banheiros destinados às mulheres. 

A peça precisa conter essas informações:  “Se você está vivendo uma situação de violência doméstica e/ou sexista, peça ajuda! Disque 190 em risco iminente de agressão física ou de atentado à vida. Para orientações, acione o Liga Mulher 0800.2810107 ou o Whatsapp (81) 99488-6138, do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Clarice Lispector." 

Quer saber mais? O cartaz pode ser substituído por outras tecnologias de mídias digitais ou audíveis. Quem não cumprir a lei, paga multa. Os valores apurados serão encaminhados para o Fundo Municipal de Política para a Mulher. 

Nossa blitz percorreu a Rua Mamede Simões, Av. Rio Branco e Rua da Moeda.  Hoje, também apresentamos a 5ª edição do Cine Delas, com o tema dos 16 dias de ativismo. Apresentamos quatro curta-metragens e ainda teve bate-papo com a diretora Laís Rilda. Foi no Cine Teatro Joana Batista, no Compaz Miguel Arraes, às 17h.  Fica atenta que ao longo da semana teremos mais programação dentro dos 16 dias de ativismo.

*Da assessoria 

A campanha mundial das Organizações das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo dar visibilidade ao combate à violência contra a mulher. No Brasil, a campanha é intitulada como “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, e inicia neste domingo (20) e vai até o dia 10 de dezembro. Ela inicia no Dia da Consciência Negra porque é a parte da população que mais sofre com as diversas formas de agressão, e finaliza no Dia Mundial dos Direitos Humanos. 

Internacionalmente a campanha é por 16 dias de ativismo, e tem início no dia 25 de novembro, Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher. A campanha começou em 1991, quando 23 mulheres ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres se juntaram com o objetivo de disseminar informação e incentivos para que organizações façam campanhas de conscientização, se engajem e se mobilizem para falar sobre a violência contra a mulher. 

##RECOMENDA##

De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020, 61,8% das vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras, com o registro de 1.350 mortes dessas mulheres somente naquele ano. Deste total, 74,7% tinham entre 18 e 44 anos, e 81,5% foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. 

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do governo federal detalhou, em 2019, as formas de violência contra as mulheres negras no Brasil: por dia, morrem quatro mulheres negras em idade fértil; a cada hora, duas mulheres negras são estupradas; por dia, 10 mulheres negras sofrem violência física; a cada semana, 12 mulheres negras são vítimas de violência psicológica ou moral. 

Com 21 dias de ação e vasta programação, a campanha terá início no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, e contará com  palestras, apitaço, campanhas de enfrentamento da violência contra as mulheres, serviços de autocuidados, momentos culturais, entre outros 

 A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), realizará uma série de ações em alusão aos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A abertura será no Caruaru Shopping, no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro (domingo),  às 12h, no espaço próximo ao Big Bompreço. 

##RECOMENDA##

 A campanha vai até o dia 10 de dezembro, com  extensa programação, em alusão ao Dia da Consciência Negra e ao Dia Laranja (25 de novembro) - Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Na programação dos 21 dias estão palestras, apitaço, campanhas de enfrentamento da violência contra as mulheres, serviços de autocuidados, momentos culturais, atendimento multidisciplinar, entre outras ações. 

 Na abertura haverá a palestra “Basta de Violência contra as Mulheres”. A palestrante será a Gerente de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Paloma Almeida. A ação será seguida de  um apitaço e entrega de materiais educativos.    Paloma Almeida ainda realizará mais duas palestras no Caruaru Shopping. Dia 1º de dezembro, às 16h; e no encerramento, dia 10, às 12h.   

A Secretaria de Políticas para Mulheres(SPM) está localizada na rua dos Expedicionários, Nº 30, no Centro de Caruaru.    Outras informações: (81) 9.8384-2954.   

PROGRAMAÇÃO   

20/11 (domingo)   

12h -  Abertura - Dia da Consciência Negra e  Ação e Campanha Basta de Violência contra as Mulheres. Local: Caruaru Shopping (Entrada do Big Bompreço)   -Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres, na Casa Rosa e Maternidade Santa Dulce dos Pobres 

 21/11 (segunda-feira) 

8h - Campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres. SPM na Feira  Local: Feira da Sulanca 

 9h- Palestra sobre Enfrentamento à Violência contra as Mulheres para funcionários da Verd’fica.  Local: Rotary. (Av. Venezuela, 47 - Universitário,)   

14h - Projeto Raízes da Resistência - Palestra com o tema: "Anti Racismo, Mulher Negra na Luta por Igualdade Racial. (Enfrentamento à violência contra as mulheres negras)  Local: SPM     

22/11 - terça- feira   

10h30 - Cuidar de quem cuida para a equipe do CRM. Tema: Autocuidado para quem cuida de mulheres vítimas de violência.  Convidada: Vitória Mota. Local: CRM - Centro de Referência para Mulheres  (Rua Gouveia de Barros, 02/ Bairro Maurício de Nassau)   

14h - Formação para servidores públicos sobre atendimento as mulheres vítimas de violência e enfrentamento à violência contra as mulheres. Sedetec, Secop e Procon.  Local: SPM   

14h - Palestra sobre os 21 dias de ativismo para mulheres da 11ª Edição da Oficina de Tecnologia e Inovação para Mulheres Idosas e/ou com Deficiência. Local: CCFV - Centro de Convivência Fortalecimento de Vínculos/ Sítio Peladas.   

23/11 (quarta-feira) 

8h - Palestra e Campanha de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.  Local: Residencial Luiz Bezerra Torres.   

13h50 - Palestra do Maria da Penha Vai Até Você e Consciência negra na Escola Dom Miguel de Lima. Local: Escola Dom Miguel de Lima 

14h - Palestra e Campanha de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres   Local: Centro de Saúde Ana Rodrigues 

 24/11 (quinta-feira) 

9h - Ação do Caravana Tecendo Direitos.  Local: AME Mulher 

25/11 (sexta-feira) 

8h - Palestra e Campanha de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na UBS Santa Rosa 1 

 14h - Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as mulheres. Encerramento Anual do Projeto Todo Dia 25 é Dia Laranja. Local: Auditório Antonieta de Barros - SPM. Palestra: O papel da Defensoria Pública no Enfrentamento à violência contra as mulheres.  Link de inscrições: https://forms.gle/dAZpPdmTpXUoXj8Z8   

 26/11 (sábado) 

Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Casa Rosa e Maternidade Santa Dulce dos Pobres   

27/11 (domingo) 

Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Casa Rosa e Maternidade Santa Dulce dos Pobres 

 28/11 (segunda-feira) 

8h -Palestra e Campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres no SPM na Feira. Campanha de enfrentamento em conjunto com a equipe do AEPETI.  Serviços de autocuidado – design de sobrancelhas e unhas. 

 29/11 (terça-feira) 

10h - Palestra do Projeto Maria da Penha vai até Você  Local: Escola Duque de Caxias   13h - Momento Cultural - Poesia Negra - Contribuição da mulher negra na Cultura.  Palestra sobre enfrentamento à Violência contra as mulheres negras. Local: Auditório SPM   -Maria da Penha vai até Você  Local:  Escola Municipal Professor Augusto Tabosa-Av. Vera Cruz, 71 - São Francisco. 

 30/11 (quarta-feira) 

 8h - Atendimento multidisciplinar e campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres na UBS do Residencial Luiz Bezerra Torres. 

 14h- Palestra e Campanha de enfrentamento na UBS Vassoural 1,2,3 

 14h- Formação para servidores/as da UBS Santa Rosa II, III e IV sobre notificação compulsória e atendimento a mulheres vítimas de violência. 

 19h20- Seminário Enfrentando Violências: um diálogo sobre a transgeracionalidade da violência doméstica e familiar.  Convidada: Profa Regina Célia (Instituto Maria da Penha)  Local: Uninassau. 

 1º/12 (quinta-feira) 

8h - Palestra e Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na UBS Jardim Liberdade   

16h - Ação e Campanha Basta de Violência contra as Mulheres  Local: Caruaru Shopping. 

 02/12 (sexta-feira) 

8h -Palestra e Campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres na UBS do Residencial Jardins 

 03/12 (sábado) 

Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Casa Rosa e Maternidade Santa Dulce dos Pobres   

04/12 (domingo) 

Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Casa Rosa e Maternidade Santa Dulce dos Pobres 

 05/12 (segunda-feira) 

8h-Campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres no SPM na Feira   14h - Palestra e Campanha de enfrentamento à Violência contra as Mulheres na UBS Santa Rosa 2,3 e 4   

06/12 (terça-feira) 

14h- Evento Dia dos Homens pelo fim da violência contra as mulheres.  Campanha do Laço Branco.  Local: SPM- Auditório.  Link de inscrição: https://forms.gle/LMJqvuUQCYHUbJ3n6 

   07/12 (quarta-feira) 

8h- Atendimento multidisciplinar e campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres no Residencial Luiz Bezerra Torres. Ação com os equipamentos que atuam no Residencial.  

14h -Grupo Reflexivo As Marias.  Confraternização. Serviços de autocuidado. Local: CRM   

08/12 (quinta-feira) 

8h- Palestra sobre os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.   Local: Cras Centenário.   

09/12 (sexta-feira) 

Projeto Mulheres de Axé e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres Negras. Roda de diálogo com os temas:  Consciência negra, uma percepção da mulher negra e sua religiosidade na história; Enfrentamento à Violência contra as mulheres negras. 

 10/12 (sábado) 

12h - Encerramento.  Dia Internacional dos Direitos Humanos.  Ação e Campanha Basta de Violência contra as Mulheres. Local: Caruaru Shopping.

*Da assessoria 

O Congresso Nacional, por meio da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, da Procuradoria Especial da Mulher do Senado e da Liderança da Bancada Feminina do Senado, participa da edição 2022 da campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres". 

Internacionalmente, a campanha é chamada de “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” – começa em 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres) e termina em 10 de dezembro, data da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, ela tem início em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e, por isso, é chamada de "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres". 

##RECOMENDA##

Realizada anualmente em cerca de 150 países, a campanha tem por objetivo conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra mulheres e propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade. A mobilização é empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público e contempla as seguintes datas principais:  20 de novembro – Dia da Consciência Negra (início da campanha no Brasil); 25 de novembro – Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres; 29 de novembro – Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher; 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids; 3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência; 6 de dezembro – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco); 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos e encerramento oficial da campanha.

As parlamentares devem levar aos Colégios de Líderes das duas Casas (Câmara e Senado) uma lista de proposições prioritárias para votação em Plenário, não apenas da área de segurança pública, mas também proposições de âmbito social, da saúde e político-econômico, como as que ampliam a presença feminina na política e as que propiciam maior autonomia financeira para as mulheres – ferramentas essenciais para a quebra dos ciclos de violência doméstica. 

A programação completa da campanha está disponível na página da Secretaria da Mulher, no Portal da Câmara. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Rosa Parks foi uma cidadã norte-americana que marcou sua época na década de 1950 como um símbolo de resistência contra o racismo e pela luta por direitos civis. Parks ficou famosa por realizar um ato de desobediência civil, quando se recusou a ceder seu assento em um ônibus público para um homem branco, no Alabama.

A ação de Parks repercutiu em nível nacional e deu início a um forte movimento de luta por direitos civis dos negros dos Estados Unidos, elevando à cena pública personalidades históricas como Martin Luther King Jr. 

##RECOMENDA##

A segregação racial foi uma constante na vida de Rosa. Desde criança, teve de lidar com os estigmas e preconceitos de sua época. Em sua fase escolar, ia ao colégio a pé, uma vez que os ônibus escolares, que eram exclusivos para alunos brancos. Essa foi uma de suas primeiras experiências negativas e contato com o racismo muito presente na sociedade norte-americana à época.

Rosa Parks não foi pioneira em suas ações, pois a luta por direitos civis já era presente no debate público norte-americano. Entretanto, suas ações serviram de catalisador que mobilizou a população negra dos Estados Unidos a posicionar-se contra a segregação racial.

Parks sofreu diversas ameaças a sua vida e acabou sendo demitida. Para proteger-se e garantir seu anonimato, ela se mudou para Detroit, onde passou o resto de sua vida. O engajamento da população negra deu certo e, um ano depois, a segregação racial em ônibus foi proibida pela Suprema Corte do país. Além disso, suas ações tensionaram a luta contra o racismo nos Estados Unidos, que permaneceu muito forte durante toda a década de 1960.

Em Detroit, Rosa refez sua vida. No estado, trabalhou durante seus últimos anos para John Convers, um congressista negro, na função de secretária. Durante as décadas seguintes, a ativista permaneceu diretamente ligada à luta contra o racismo nos Estados Unidos, se aposentando oficialmente em 1988.

Em 1999, recebeu uma das maiores homenagens dos Estados Unidos, a Medalha de Ouro do congresso norte-americano. Essa foi uma forma que o governo de Clinton viu para reconhecer as contribuições de Rosa Parks para a promoção da justiça racial nos Estados Unidos. Parks permaneceu casada com seu marido até 1977 e eles nunca tiveram filhos. Rosa faleceu no dia 24 de outubro de 2005, em Detroit.

A EconTransformar, em parceria com a NTICS Projetos e com o patrocínio da Ingredion, realizará, entre os dias 27 de setembro a 16 de novembro, o projeto social intitulado Programa Educação e Diversidade (PED), que estará presente nas cidades de Mogi Guaçu (SP), São Gonçalo (RJ), Balsa Nova (PR), e Cabo de Santo Agostinho (PE).

Realizado em ambiente virtual, a iniciativa terá duração de dois meses e pretende impactar em torno de 3 mil alunos matriculados no 5º ano e 300 professores da rede pública de ensino. As escolas participantes serão escolhidas pela Secretaria de Educação do Município, em parceria com os organizadores. 

##RECOMENDA##

A proposta do programa é dialogar com os estudantes e fazê-los refletir sobre temas como a comunicação não violenta, a percepção da riqueza da diversidade cultural e de pensamento e a busca por uma sociedade mais igualitária, inclusiva e pacífica, que são alguns dos temas mais emergentes entre as pautas sociais dos municípios. 

Para isso, serão realizadas três etapas de aprendizagem, sendo a primeira a realização de workshops para professores com foco na especialização do tema, seguida de três oficinas para os alunos e uma feira de ideias. Nas oficinas, os alunos serão acompanhados por uma pedagoga e receberão um material de apoio digital sobre como elaborar projetos, formar lideranças e trabalhar em equipe.

Após essa parte, os alunos serão orientados a criar um projeto para a comunidade e que abrace o tema da diversidade. Todos os projetos inscritos participarão da Feira de Ideias. A diretora de Inovação e ESG da NTICS Projetos, Ana Carolina Xavier, destaca a importância dessa disseminação de conhecimentos para que os jovens passem a ser mais proativos dentro da sua realidade:

“Precisamos reconhecer o valor da contribuição de toda a humanidade, nos seus mais diferentes aspectos e promover o diálogo não violento, para que assim então, possamos melhorar nossa percepção dos valores comuns. Os jovens têm esse poder e estamos propondo uma profunda transformação social a partir deles”, afirma.

Mais informações sobre o projeto podem ser conferidas no site do PED.

O Greenpeace é uma organização não governamental que atua em escala global. Como objetivo do movimento, tem como principais chaves a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. A história do coletivo começou em 15 de setembro de 1971, promovendo ações não-violentas com o objetivo de conscientizar, em médio e longo prazo, a população sobre os impactos ambientais, além de pressionar autoridades públicas e órgãos privados a agirem em prol da mudança.

A origem do movimento remonta a um grupo de 12 ativistas norte-americanos, originários do estado da Colúmbia Britânica (EUA), que rumaram até a ilha de Amchitka, no Alaska, para demandar o fim dos testes com armas nucleares. O barco de pesca alugado para o transporte do grupo foi denominado “The Greenpeace”, assim, surgia o nome do movimento que seria preservado até os dias de hoje.

##RECOMENDA##

Poucos meses após a primeira missão da organização, em 1972, houve uma resposta do governo norte-americano, que pôs fim nos testes nucleares na Antártida. Desde então, a organização começou a atrair um maior número de adeptos e mobilizando-os a se envolver em diversas causas de cunho ambientalista local, regional e global. À época, as principais pautas do movimento eram:

A pesca de baleias;

O avanço do desmatamento na Amazônia;

O uso de agrotóxicos;

A poluição dos oceanos;

A construção de novos reatores nucleares;

Os combustíveis fósseis e outros problemas que têm impacto negativo de médio e longo prazo no equilíbrio ambiental.

Nos dias de hoje, o Greenpeace é formado por 26 organismos independentes (coordenados pelo Greenpeace International), que desempenham atividades em 55 países, reunindo 2500 funcionários e mais de 15 mil voluntários. No Brasil, as atividades da ONG tiveram início há 30 anos, coincidindo com a ECO-92.

O fundador do grupo Entregadores Antifascistas, Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, e sua esposa Géssica, com quem tem um filho de três anos, foram alvo de mandados de prisão expedidos nesta quarta-feira (28), por suspeita de incendiar a estátua do bandeirante Borba Gato durante um ato no último dia 24.

A informação foi confirmada pela assessoria do ativista, que segue junto às autoridades para colaborar com as investigações. A defesa agora tenta liberar a esposa de Galo, que não estava presente no dia da manifestação. Danilo Oliveira, conhecido como Biu, também acompanhou o processo e assumiu a sua participação no protesto.

##RECOMENDA##

No sábado (24), manifestantes colocaram pneus em chamas ao redor do monumento localizado na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, na Zona Sul de São Paulo. O ato aconteceu no mesmo dia em que ao menos 488 protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aconteceram por todo o Brasil e em várias cidades do mundo.

Galo entrega endereço correto e autoriza buscas em sua residência

Em nota à imprensa, a equipe de Galo informou que Paulo se apresentou nesta quarta-feira, dia 28, por volta das 13h, no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo.

O mandado de busca e apreensão para a residência de Paulo Galo havia sido expedido para o local errado, por isso, ele apresentou seu endereço correto, autorizando a entrada em sua residência para possíveis buscas.

Confira o comunicado na íntegra:

Paulo Lima se apresentou nesta quarta-feira, dia 28, por volta das 13h, no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, onde é investigado o incêndio contra a estátua de Borba Gato, ocorrido no último sábado, dia 24. A decisão que decretou a temporária saiu momentos após ele ter se apresentado. O mandado de busca e apreensão para a residência de Paulo havia sido expedido para o local errado e Paulo apresentou seu endereço correto, autorizando e possibilitando a entrada em sua residência para possíveis buscas.

Além dele, Danilo Oliveira (Biu), compareceu de forma espontânea para auxiliar nas investigações e assumir sua participação no ato. "Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres", comentou Paulo na ocasião. A esposa de Galo, Gessica, também esteve presente para colaborar com as investigações e foi surpreendida com a expedição de mandado de prisão temporária em seu desfavor. Gessica sequer estava presente no ato político do dia 24/07 e tem uma filha de 3 anos de idade com Paulo, também detido nesta data. A equipe jurídica do escritório Jacob e Lozano acompanha o andamento do processo e pode dar um novo depoimento em breve.

[@#video#@]

Quem é Borba Gato?

Borba Gato foi um bandeirante paulista que no século 18 caçou indígenas e negros. Atualmente, o papel desses pioneiros na interiorização do País e a condição de símbolo do Estado são questionados. Além de caçar, aprisionar e traficar a população indígena, há fartos registros de estupros e mortes.

A Embaixada Politize! é uma Organização da Sociedade Civil sem Fins Lucrativos (OSC) que tem a missão de formar uma nova geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia. A atuação da organização se dá por meio da educação política para qualquer pessoa, dentro e fora da internet, sempre com muito respeito pela pluralidade de ideias, crenças e posições.

Em 2021, a OSC formou 62 embaixadas espalhadas em todas as regiões, presentes em 20 Estados brasileiros, com 180 embaixadores ativos para dar continuidade à entrega de formação política para todos os brasileiros

##RECOMENDA##

A embaixada de Belém atua na educação política, por meio de diálogo plural, empatia cidadã e protagonismo comunitário, sem vinculação partidária. Atualmente, tem três embaixadores e 29 multiplicadores em formação.

A organização ensina os conceitos de educação política, entendida como um processo de transmissão de informações para disponibilizar ao cidadão um repertório que lhe permita compreender as nuances dos debates políticos no Brasil e no mundo, e que também o capacite para participar ativamente da política.

Coordenadora de comunicação da Politize!, Evelyn Aquino conta que a organização planeja crescer ainda mais no país, para poder então investir nas parcerias internacionais com outras organizações. “O objetivo é que o conhecimento político e cidadão seja cada vez mais democratizado e alcance todos os Estados e a maior quantidade de municípios possível em todo o Brasil. Temos projetos e parcerias com entidades internacionais, mas ainda não temos muitas informações sobre o assunto”, assinalou.

Entre as ações do grupo está uma campanha que discute o cancelamento na internet. Contatos podem ser feitos pelo e-mail embaixadabelem@politize.com.br.

Serviço

Contato: (91) 99300-9981.

Instagram/Facebook politizebelem

www.politize.com.br

Por Vinícius Santos.

A busca pelo termo “militância”, no Google, cresceu nas últimas semanas, e o motivo, são alguns acontecimentos dentro do reality show mais popular do país, o Big Brother Brasil (BBB). Para falar sobre o assunto, e esclarecer alguns conceitos relacionados ao tema, o coordenador e pesquisador do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da Universidade Estadual do Pará (UEPA), Aiala Colares, é o convidado do podcast Na Pauta. Clique no ícone abaixo e ouça.

Por Douglas Santos e Allam William.

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

 

Vestir-se é uma das necessidades básicas do ser que convive em sociedade. Cobrir o corpo com roupas, porém, pode não ser algo tão simples quanto parece. O ato de se vestir vem atrelado a muitas outras premissas e construções sociais, que perpassam valores históricos, identitários e econômicos. A esse conjunto de questões e simbolismos podemos dar o nome de moda.

A moda tem espaço e lugar na sociedade, porém, não exatamente como um todo. O tal ato simples de vestir-se ganhou corpo, luxo e vulto nas mãos de grandes estilistas e marcas que, em parceria com o sistema capitalista - instrumento de fomento ao consumo indiscriminado de bens -, o alçou a patamares grandiosos. Sendo assim, o acesso a uma moda de alto padrão ou até mesmo às peças vistas em vitrines, peças publicitárias e produtos audiovisuais, nem sempre está acessível a todos; sobretudo em um país como o Brasil, onde um trabalhador recebe mensalmente, pela sua força de trabalho, o valor de R$ 1.045. 

##RECOMENDA##

Para além do aspecto financeiro pertinente a esse universo, outros poréns também acabam corroborando com o estigma de bem inatingível do mundo fashion. Padrões estéticos excludentes também colaboram para que as ditas ‘pessoas comuns’ não se vejam vestindo roupas grifadas. 

O artista visual e estilista Cássio Bomfim, diretor geral da marca ACRE, comentou sobre o tema, em entrevista ao LeiaJá. “Tem uma leitura da moda que leva ela pra esse lugar do inacessível, mas tem uma outra leitura de moda que fala de desejo de consumo massivo de um item que é de compra inevitável; porque você pode vestir menos peças que outras pessoas, mas você vai ter o mínimo para um convívio social, e esse mínimo vai ser escolhido num atravessamento que é o seu gosto, o disponível, a sua renda e por aí vai”.

Em seus desfiles, a ACRE tem contado com pessoas 'comuns', não profissionais da moda. Foto: Divulgação

Esse "atravessamento" pode acontecer de várias maneiras. O próprio estilista cita algumas, como a customização de roupas, o ‘faça você mesmo’ - muito visto num ressurgimento recente da moda tie dye -, linhas populares de grandes marcas, e a possibilidade de comprar peças que são, na verdade, cópias daquelas grifadas com preços bem menores. Nas periferias brasileiras, essas estratégias são comuns até que surgem, também, marcas próprias daqueles lugares, como as pernambucanas Máfia Feminina e 24 por 48, feitas por quem vive e entende dos gostos de quem é ‘da quebrada’. 

Quando se chega a esse ponto, questões mais subjetivas, porém não menos importantes, passam a ser tão notórias quanto os modelitos e os próprios modelos/manequins. “O corpo que é periférico, aquele que não tem intenção de escolarizar-se ou aperfeiçoar-se, ou não vai rolar nessa vida de ele ter acesso a isso, por que não esse homem ou essa mulher, esses corpos não demonstrarem suas belezas também?”, questiona Cássio. 

É aí que entra o conceito da representatividade, algo com o qual a ACRE tem lidado há bastante tempo, promovendo desfiles com pessoas ‘comuns’ - leia-se não profissionais da moda -, e em bairros periféricos do Recife, a exemplo do que aconteceu no lançamento da última coleção da marca: “Árido Surf, cap. 2, a Festa". “O lance da escolha das periferias se trata de uma provocação, um comentário sobre o que é parte do ativismo afro-indígena brasileiro. É muito pensando numa reversão do estigma da ‘perifa’ como esse lugar de periculosidade onde não se pode filmar, tem todo esse folclore. Isso tem um impacto em outras pessoas numa identificação que eu sinto ser diferente das percepções de desfiles mais formais. Algumas são até emocionantes de pessoas que falam que era o'desfile que sempre sonhou em ver’”, diz o estilista. 

Sobre representatividade e ativismo, a modelo, assistente social e Mestre em Políticas Sociais pela Universidade de Berlim, na Alemanha, Domitila Barros, entende bem. Descoberta na comunidade da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife, a pernambucana desde pequena já era engajada com trabalhos sociais, através da ONG CAMM (Centro de Atendimento à Meninas e Meninos), que oferecia atividades de lazer e educação para os jovens do local. Hoje, ela é embaixadora mundial da marca Symrise Cosmetics Ingredients, que tem foco na responsabilidade ambiental e sustentabilidade. 

Domitila Barros foi descoberta na comunidade da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife. Foto: Divulgação

Domitila entende a moda como uma ferramenta de inclusão e transformação social e usa o seu próprio exemplo de vida para ilustrar isso. “Eu creio que a internet e as mídias sociais são uma oportunidade enorme para (profissionais) serem descobertos. Eu acompanho virtualmente artistas e estilistas de várias comunidades; por exemplo no universo do brega funk ,as cores, tendências e designs têm sido inspiração nacional e com muito mérito e qualidade. Os figurinos, as tendências das comunidades estão ganhando, criando e fundindo novas formas de consumo, de criar e de fazer moda, arte, cultura, música...  Eu sou uma fiel embaixadora de que a favela também pode,  e que mais importante do que de onde a gente vem é aonde a gente quer chegar”. 

Pela fala da modelo pernambucana é possível entender que, atualmente, não basta subir na passarela ostentando apenas um look de impacto, é preciso mais: “protagonismo, sororidade, solidariedade”, temas que, como ela observa, são “atuais e gritantes mundialmente”.

A modelo acredita, também, na democratização da moda, a partir desses pilares e de alguns outros como oportunização e abertura de mercado de trabalho e financiamento. “Conheço designers talentosíssimos no Recife e em vários lugares do Brasil e do mundo que não adquirem o reconhecimento e valorização adequados devido ao fato do ingresso no mundo da moda ser tão restrito e limitado. Creio que é necessário diversidade para alcançarmos a democracia. A minha maior motivação é a possibilidade de atuar como uma multiplicadora e eu acredito que dividindo a minha história de vida e trajetória posso inspirar e motivar outros jovens e gerações a resilientemente e com orgulho dos seus valores e origem superar barreiras”. 



 

O grupo de estudo e pesquisa Nós Mulheres (Pela Equidade de Gênero Étnico-racial), da Universidade Federal do Pará (UFPA), realiza, pela primeira vez, o webinário “Amazônia Negra: imagens, narrativas e saberes em diálogo”, que será realizado integralmente no formato virtual, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro. O evento terá participação de pesquisadores, estudantes, ativistas, professores e todos aqueles interessados em um debate crítico sobre a Amazônia e suas conexões de saberes.

Segundo os organizadores, os movimentos negros são o eixo central, "a partir de suas intelectualidades e contribuições críticas, no reconhecimento da heterogeneidade amazônida enraizada em trânsitos ancestrais de mulheres e homens negros, cis e trans, e que fazem da memória um contínuo exercício de construção do presente". O webinário propõe uma interlocução de vozes de diferentes espaços da negritude amazônida, dialogando também com distintas frentes de pesquisa, estudo e militância.

##RECOMENDA##

Programação

O I Webinário “Amazônia Negra: imagens, narrativas e saberes em diálogo” terá a participação de pesquisadores, representantes da luta e defesa dos direitos humanos, de movimentos sociais e coletivos do Pará, Rio Grande do Norte, Amapá, Maranhão, Paraná, São Paulo, Bahia e de países como Moçambique. Destaque também na programação é a dramaturga, pesquisadora no campo das artes e uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), Zélia Amador de Deus, que recentemente foi homenageada com o título de professora emérita da UFPA. Os debates serão totalmente virtuais nas plataformas oficiais do evento na internet.

Após a mesa de abertura, prevista para as 9h30 do dia 8 de dezembro, será lançada ainda a ficção literária intitulada “Meu mundo! Eu, rio e Mar!”, escrita pela professora Mônica Conrado, com prefácio de Zélia Amador de Deus e posfácio de Benedito Medrado (docente∕UFPE). A obra será em formato e-book e poderá ser baixada gratuitamente após o lançamento. Ela narra a história de uma moça negra chamada Marina que, da infância à vida adulta, sonhava em conhecer o mar. 

O Nós Mulheres foi criado, em 2008, com o objetivo de trazer a abordagem interseccional a partir das epistemologias negra e decolonial em estudos e pesquisas na Universidade Federal do Pará em nome da heterogeneidade de mulheres, homens negros amazônidas e de outras regiões do país, em parceria com os movimentos negros e de articulações de mulheres negras.

Serviço

I Webinário “Amazônia Negra: imagens, narrativas e saberes em diálogo”

Data: 8, 9 e 10 de dezembro de 2020

Programação completa e inscrições gratuitas aqui.

Redes sociais do Nós Mulheres

Transmissão on-line pelo canal do Youtube do Nós Mulheres

*Haverá emissão de certificados.

Mais informações nas nossas mídias sociais. 

Instagram: @nosmulheres_ufpa

Facebook: /GPNosMulheres

Twitter: @nosmulheresufpa

YouTube: NosMulheres

Da assessoria do evento.

O coletivo de arte e ativismo Indecline provocou polêmica nas redes sociais ao usar o presidente brasileiro, Jair Messias Bolsonaro, como protagonista de um trabalho audiovisual. O chefe de estado foi um dos escolhidos para a série Freedom Kick, feito em colaboração com o espanhol Eugênio Merino e lançado na última segunda (14). No vídeo, uma réplica da cabeça de Bolsonaro é usada como bola durante um jogo de futebol em uma periferia. O conteúdo do trabalho foi elogiado por uns e apontado como discurso de ódio, por outros. 

No vídeo, um menino negro vai até o cemitério e tira um saco preto de dentro de um jazigo. Desse saco, sai a réplica da cabeça do presidente Bolsonaro qu, levada até uma quadra de uma periferia, é usada como bola para uma partida de futebol. Na descrição, o Indecline fala sobre o presidente brasileiro. "A América Latina tem um histórico de ditadores. O quinto presidente da República do Brasil ficou conhecido por assassinar seus dissidentes. E Jair Bolsonaro é conhecido por seus discursos masturbatórios que apresentam seus sonhos molhados de reinstalar essa política". Em uma publicação anterior, o coletivo diz que Messias é um dos "três maiores tiranos que o mundo já viu", o colocando junto aos outros dois retratados na série, Donald Trump e Vladmir Putin. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A publicação e a obra repercutiram bastante nas redes sociais. Alguns aplaudiram o trabalho: "Top demais"; "Cinema poético"; "Eu quero morar nesse vídeo". Já outros, acharam a produção ofensiva. "Ódio do bem? Ah, tá, esse aí pode"; "Ridículo, falta de respeito com o ser humano"; "Não precise ser de direita nem de esquerda pra ficar contra isso". 

 

Maior ativista por causas sociais entre os pilotos que compõem o grid da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton deu um aviso pelas redes sociais, nesta terça-feira, à Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) após ter sido informado que não será punido pela entidade, que afirmou no dia anterior que avaliaria impor restrições em manifestações futuras.

Antes e depois do GP da Toscana, no último domingo, no circuito de Mugello, na Itália, Hamilton vestiu uma camiseta com a seguinte mensagem: "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor". O inglês tem sido, desde o começo desta temporada de 2020, o artífice de protestos que mostram a sua posição contra o racismo, discriminação de todo o tipo, repressão policial e desigualdade social.

##RECOMENDA##

"Bom dia, mundo. Torço que por onde estiverem, estejam se mantendo positivos em corpo e mente. Quero que saibam que não vou parar, não vou desistir de usar essa plataforma para iluminar o que acho correto. Eu gostaria de agradecer aqueles que continuam a me apoiar e demonstrar amor, sou muito grato. Mas essa é uma jornada em que todos temos que ir juntos para desafiar todos os tipos de injustiças cometidas no mundo, não apenas a racial. Nós podemos tornar esse um lugar melhor para nossas crianças a para as futuras gerações", publicou o piloto da Mercedes em sua conta no Instagram.

Seu protesto no último domingo vem do caso da americana Breonna Taylor, morta por oito tiros em março deste ano quando três policiais averiguavam uma suspeita de venda de substâncias controladas. Após troca de tiros, o namorado de Breonna, Kenneth Walker, ficou ferido. Posteriormente, buscas concluíram que nenhuma droga foi encontrada no local.

Em suas redes sociais e também na entrevista dada após a vitória em Mugello, a sua sexta no atual Mundial de Fórmula 1, Hamilton voltou a cobrar por justiça pela morte da paramédica, que também tem mobilizado outros atletas ao redor do mundo como um jogador da NFL (futebol americano) que chegou a ser preso em um protesto, a tenista japonesa Naomi Osaka, campeã do US Open no último sábado, e jogadores da NBA, a liga americana de basquete.

"Não é uma grande mudança. Você ainda está lutando contra a mesma coisa. Levei muito tempo para conseguir aquela camisa. Tenho vontade de vestir isso e chamar a atenção para o fato de que tem gente por aí sendo morta na rua. E então tem alguém que foi morta em sua própria casa, eles estavam na casa errada, e aqueles caras ainda estão andando livres. Não podemos descansar, temos de continuar a conscientizar sobre isso. Eu penso que ela é uma grande inspiração com o que ela fez com sua plataforma, então temos de continuar avançando nessa questão", finalizou Hamilton.

Morreu nessa segunda-feira (24), aos 86 anos, o jornalista Washington Novaes, após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, na cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás. Ele estava internado desde a semana passada e foi operado na quinta-feira (20). Desde então, recuperava-se em um leito de UTI.

Novaes havia descoberto o tumor em março deste ano, segundo a TV Anhanguera. Desde o último domingo (23), o seu quadro de saúde agravou-se devido à uma infecção que contraiu por causa da operação, e também por problemas no fígado.

##RECOMENDA##

Washington Luís de Novaes era paulista, de Vargem Grande do Sul, nascido em 3 de junho de 1934. Foi editor do Globo Repórter e do Jornal Nacional, e consagrou-se como um dos jornalistas pioneiros nas áreas ambiental e indígena. Passou também pela redação da TV Manchete e do jornal O Estado de São Paulo, onde ainda era colunista.

Ganhou prêmios como o Esso especial de Ecologia e Meio Ambiente, em 1992, e o Professor Azevedo Netto, em 2004. Também foi escritor, com 13 livros publicados, diretor e premiado pela Unesco na categoria Meio Ambiente, setor no qual sentou-se à cadeia de chefia no DF (Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, entre 1991 e 1992).

Nas redes sociais, várias personalidades públicas lamentaram o ocorrido; dentre elas, os colegas de profissão André Trigueiro, Eliane Catanhêde, além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Ainda não há informações sobre o enterro.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A jovem sueca Greta Thunberg, ícone da luta contra a mudança climática, e a associação Yanomami Hutukara, que defende a biodiversidade da Amazônia, foram premiados nesta quarta-feira com o 'Right Livelihood', concedido por um fundação sueca de mesmo nome e conhecido como "Nobel alternativo".

A associação Yanomami Hutukara e seu porta-voz Davi Kopenawa receberam o prêmio pela "luta firme e determinada para proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, assim como as terras e a cultura de seus povos autóctones".

Thunberg, 16 anos, venceu o prêmio por "ter inspirado e encarnado as reivindicações políticas a favor de uma ação climática urgente de acordo com os dados científicos".

"Sua compreensão da crise climática baseada na ciência e a falta de respostas da sociedade e dos políticos a este tema levaram Greta Thunberg a dedicar-se à causa e a reclamar atos contra a mudança climática. Personifica a ideia de que todos podemos modificar o curso das coisas", escreveu a fundação em um comunicado.

O movimento da ativista adolescente contra a mudança climática, "Fridays For Future" ("Sextas-feiras pelo Futuro") começou há um ano, em 20 de agosto de 2018, quando ela fez, sozinha diante do Parlamento sueco, sua primeira "greve escolar pelo clima".

Desde então o movimento ganhou força, da Suécia à Austrália, passando pela Europa e Estados Unidos, graças em parte a jovens ativistas como Greta.

Na sexta-feira passada, mais de quatro milhões de pessoas, de acordo com os organizadores, saíram às ruas em 160 países para uma "greve mundial pelo clima" e para exigir que os governantes adotem ações contra a catástrofe climática prevista pelos cientistas.

O prêmio Right Livelihood também foi concedido este ano à ativista saharaui dos direitos humanos Aminatou Haidar por seu combate pela autodeterminação do Saara Ocidental, assim como à advogada chinesa especializada no direito das mulheres Guo Jianmeic.

Cada premiado recebe um milhão coroas suecas (103.000 dólares).

O prêmio Right Livelihood foi criado em 1980 por Jakob von Uexkull, que foi eurodeputado pelo Partido Verde, após a recusa da Fundação Nobel a criar um prêmio par ao meio ambiente e o desenvolvimento. Por este motivo, a fundação que concede prêmio o considera o "Nobel alternativo".

Quando a ugandense Leah Namugerwa completou 15 anos, no mês passado, ela decidiu plantar 200 árvores ao invés de celebrar a data com uma festa de aniversário, em um esforço para dar visibilidade aos danos ambientais em seu país.

Equilibrando-se entre a escola, a participação em protestos e discursos oferecidos em capitais regionais pedindo ação para salvar o planeta, ela pertence a uma geração de jovens inspirada na ambientalista sueca Greta Thunberg.

"Se os adultos não querem assumir a liderança, eu e outras crianças vamos fazê-lo. Por que eu deveria ficar olhando enquanto injustiças ambientais acontecem diante dos meus olhos?", questionou-se Namugerwa em Kigali, capital de Ruanda, na semana passada, sendo aplaudida de pé por sua resposta à emergência climática.

De volta a Kampala, ela disse à AFP ter tido a ideia de fazer greves escolares semanais após tomar consciência da "inação" do próprio governo em questões ambientais, e ao descobrir os protestos de Thunberg em frente ao Parlamento sueco, que deram origem ao um movimento juvenil mundial.

Namugerwa faz parte do grupo de ativistas do movimento Sextas-feiras pelo Futuro a receber esta semana o prêmio de direitos humanos da Anistia Internacional por seu trabalho.

Ela liderou uma campanha para exigir de Kampala a implementação de uma restrição às sacolas plásticas e fez soar o alerta sobre o desmatamento maciço, assim como às secas prolongadas e cheias atribuídas às mudanças climáticas.

"O que fez eu me preocupar e me envolver nesta campanha foram as mudanças climáticas e seus efeitos nas nossas vidas, como as altas temperaturas que hoje experimentamos como nunca antes, as cheias que sofremos... As doenças que se disseminam", acrescentou.

Ela diz que os jovens "precisam se manifestar".

"Se não o fizermos, nosso futuro não estará garantido. Os líderes atuais terão partido, mas nós ficaremos para sofrer as consequências de suas inações", emendou.

Um perigo real

A primeira vez que ela organizou um protesto pedindo ação pelo clima foi numa sexta-feira de fevereiro deste ano, sozinha, em um subúrbio de Kampala.

"Senti que estava fazendo a coisa certa e no caminho certo, mas a maioria das pessoas, inclusive alguns membros da minha família, achavam estranho. Eles olhavam para mim, balançando a cabeça em descrédito enquanto eu exibia meus cartazes", lembrou.

Agora, um grupo de adolescentes se juntou a ela semanalmente e 'matam aula' para participar das greves às sextas-feiras.

"Algumas pessoas me criticaram. Elas dizem que na minha idade eu devia estar em sala de aula às sextas-feiras, e não nas ruas fazendo greves. Que bom que meus pais me apoiaram. Eles me encorajaram", acrescentou.

Namugerwa - que vai participar na sexta-feira dos protestos climáticos coordenados em todo o mundo - disse se sentir animada com o interesse crescente pelas questões ambientais em Uganda.

"Questões sobre as mudanças climáticas não estão sendo priorizadas como merecem... Mas o debate está crescendo com a nossa campanha", prosseguiu.

Outro adolescente que se juntou às greves, Jerome Mukasa, também de 15 anos, disse que Namugerwa abriu os olhos dos jovens ugandenses para as crises ambientais em seu país.

"Antes, a mensagem sobre o clima e o meio ambiente não estava clara para alguns de nós, mas Lea simplificou para a gente, de que isto é real e um perigo para todos nós", concluiu.

Ativistas e protetores da causa animal irão se reunir neste sábado (27), no bairro da Torre, Zona Oeste do Recife, em protesto contra a morte de 31 gatos, nos últimos 10 dias, no local. Os manifestantes pedem penas mais rigorosas contra os maus-tratos aos animais.

O ato está sendo organizado pelo movimento Vozes em Luto Nordeste. A ativista e vereadora do Recife, Goretti Queiroz, afirma que essa não é a primeira chacina que acontece no local. "A avenida virou um verdadeiro local de desova de animais. As pessoas não cuidam dos seus bichos, deixam eles procriarem e os jogam aqui sem o mínimo cuidado. Em 2011, foi realizado um ato mundial contra a crueldade aos animais ali mesmo na praça e, neste sábado, faremos outro grande movimento repudiando esse crime”, diz.

##RECOMENDA##

A vereadora acentua que já foi solicitado à Prefeitura do Recife câmeras de segurança no local com o objetivo de inibir o abandono de animais, bem como dar mais segurança aos moradores dos prédios vizinhos, além da manutenção das lâmpadas da praça. Rondas fixas e ostensivas da Guarda Municipal também foram solicitadas pela vereadora, através de requerimentos à prefeitura. De acordo com a Lei Nº 9.605/98 maltratar animais é crime com pena prevista de um até quatro anos de detenção, além de multa.  

Serviço

Dia: sábado, 27 de abril

Local: Avenida Beira Rio - Bairro da Torre

Horário: 14 horas

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando