A história de um homem turco tem sensibilizado funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo relatos, Cermal Türkmen, 59 anos, está vivendo nas dependências do aeroporto há mais de 10 dias. Ele fala apenas algumas palavras em português e desconhece outros idiomas, o que dificulta sua comunicação.

Segundo relatos, Türkmen chegou ao Brasil em julho do ano passado para encontrar uma mulher em Ilhéus (BA), mas ela o teria abandonado. O homem chegou a morar com alguns amigos até decidir voltar para seu lugar de origem. Porém, o turco teria sido roubado e, desde então, passou a viver entre os terminais do aeroporto.

^{Cermal Türkmen, 59 anos, estaria no Brasil desde julho do ano passado}

Outra alegação é de que o homem estaria à espera de uma quantia que seria depositada em sua conta para que ele pudesse voltar à Turquia.

Sensibilizados, alguns funcionários e passageiros têm ajudado o turco. "A alimentação dele está sendo garantida por nós, funcionários, e alguns passageiros que se sensibilizaram com a história. Assim estamos fazendo a nossa parte como seres humanos. Hoje, ao tentar conversar com ele, percebi que está debilitado e com dores nas pernas", relatou uma funcionária ao LeiaJá SP.

Alguns desses ajudantes teriam se dirigido até a Polícia Federal para obter orientações de como proceder para ajudar Türkmen. Um deles tentou contato com o Consulado Geral da República da Turquia que, até o momento, não se posicionou sobre o caso.

O presidente do diretório do jornal opositor turco Cumhuriyet, Akin Atalay, foi detido nesta sexta-feira (11), informou o jornal, somando-se assim aos nove jornalistas que foram presos na semana passada.

Atalay foi detido ao chegar ao aeroporto Ataturk de Istambul, procedente da Alemanha, informou o Cumhuriyet em seu site. Sobre ele pesava uma ordem de prisão no âmbito de uma investigação por "atividades terroristas". Quando desembarcava do avião, policiais o detiveram e o levaram a um carro estacionado na pista do aeroporto, acrescentou o jornal.

Na semana passada, nove jornalistas do Cumhuriyet, entre eles o chefe de redação Murat Sabuncu, foram detidos, uma medida que levantou uma onda de críticas nas organizações de defesa dos Direitos Humanos e na comunidade internacional.

O Ministério Público anunciou então que as prisões ocorriam devido a uma investigação por "atividades terroristas" vinculadas ao movimento do pregador Fethullah Gülen, acusado de ter organizado o golpe de Estado frustrado, e ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Cumhuriyet, um jornal da oposição totalmente crítico ao presidente Recep tayyip Erdogan, afirmou que após as detenções de seus jornalistas lutará até o fim, em um país onde a imprensa é uma das vítimas dos expurgos realizados pelas autoridades depois da tentativa de golpe de julho.

Entre os colaboradores do jornal que foram detidos na semana passada figuram o cronista Kadri Gürsel e o chargista Musa Kart.

Um homem turco de 70 anos morreu após ter passado quase meio século em um hospital da Turquia "porque não tinha outro lugar para onde ir" - informou nesta terça-feira (29) a imprensa local. Abdulá Kozan, que sofria de asma e diabetes, deu entrada no hospital ela primeira vez em 1968 por uma forte dor de cabeça, quando cumpria serviço militar.

Morreu na última sexta-feira em um quarto deste hospital, onde passou os últimos 47 anos, informou a agência de notícias Dogan. As autoridades do estabelecimento permitiram que ele ficasse porque "não tinha outro lugar para onde ir e se dava muito bem com o pessoal do hospital", contaram os empregados.

Ao final de cada uma de suas hospitalizações, a administração o readmitia automaticamente como um paciente novo, explicaram. "Era como um membro do hospital. O protegíamos porque tinha o cartão verde (cartão emitido pela seguridade social turca para os mais pobres, ndlr). Mas mão pudemos salvá-lo quando seu estado piorou", disse um dos funcionários do hospital.

A agência Dogan publicou na terça-feira uma foto sem data do paciente mais antigo deste hospital público de Bursa (noroeste), sentado em sua cama, de pijama, com um médico ao lado.

Mehmet Ali Agca, o turco que atirou em João Paulo II em 1981, visitou o túmulo do ex-papa neste sábado e depositou flores brancas. Segundo um porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, a visita surpresa durou apenas alguns minutos. Como não existem pendências legais em relação a Agca, ele tem total liberdade para visitar o Vaticano. Emissoras de TV italianas mostraram um breve vídeo da visita de Agca ao túmulo. É possível ouvi-lo murmurar: "Mil vezes obrigado, santo" e "vida longa a Jesus Cristo".

Em 1983, João Paulo II, que havia perdoado Agca, o visitou em uma prisão de Roma. Depois, em 2000, o papa voltou a intervir para pedir que o agressor fosse solto. Agca foi extraditado para a Turquia, pelo assassinato de um jornalista em 1979, e cumpriu mais dez anos de prisão lá.

Quando Agca foi preso após atirar contra o pontífice na Praça São Pedro durante uma audiência pública, ele disse que agiu sozinho. Entretanto, depois ele sugeriu que os serviços secretos da Bulgária e da União Soviética planejaram o ataque contra o papa, que era polonês. Por duas vezes júris italianos absolveram três búlgaros e três turcos por suposta participação no crime. Agca já deu diversos depoimentos contraditórios e alega ser um enviado de Deus. Fonte: Associated Press.