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Está marcada para esta terça-feira (12), no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a votação do relatório que pede a cassação do deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei (União Brasil), em razão de mensagens em áudio, gravadas pelo parlamentar, com declarações sexistas sobre mulheres ucranianas. O texto, feito pelo deputado estadual Delegado Olim (PP-SP), será lido em sessão marcada para às 14h.

Nos áudios atribuídos ao deputado há declarações de que as mulheres ucranianas são fáceis de pegar por serem pobres. “Elas olham e vou te dizer: são fáceis porque elas são pobres, e aqui a minha carta do Instagram cheia de inscritos funciona demais. É inacreditável a facilidade. Essas minas em São Paulo, você dá bom dia e elas vão cuspir na tua cara, e aqui elas são super simpáticas, super gente boa”, diz parte do áudio.

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Ainda de acordo com Arthur, à época, pré-candidato ao governo paulista, a fila de refugiados da guerra tem mais mulheres bonitas que “a melhor balada do Brasil na melhor época”. Mamãe Falei é alvo de 21 representações por causa de seus comentários, datados em março deste ano.

Para que Arthur do Val perca o mandato é necessário que a maioria simples do Conselho concorde com o parecer antes da sessão plenária decidir. Além de contar com o relator, a cúpula é formada por outros oito membros efetivos. Caso haja decisão do colegiado pela perda de mandato, temporária ou permanente, a Mesa Diretora da Casa deverá aprovar a resolução.

Em seguida, o caso segue para o plenário da Alesp, onde será necessário o voto da maioria dos deputados para que Arthur do Val perca o cargo. A Assembleia Legislativa de São Paulo conta com 94 deputados.

A ex-namorada de Arthur do Val, Giulia Passos Blagitz, prestou depoimento na última semana ao Conselho de Ética, como testemunha de defesa do deputado. Eles terminaram o relacionamento logo após a polêmica. Passos condenou a atitude do ex-companheiro e a descreveu como “falta de respeito”. Outros assuntos foram abordados com a testemunha, mas não foram divulgados.

 

O governo do Paraná, Estado que concentra a maior comunidade de imigrantes da Ucrânia no Brasil, criou um programa de acolhida a cientistas ucranianas. O objetivo é abrir espaço para recrutar cientistas das universidades ucranianas e trazê-las para universidades sediadas no Paraná, por um período de até dois anos.

O governo paranaense estima o recebimento de até 50 pesquisadoras que possuam o título de doutoras e que estejam ou estiveram atuando no desenvolvimento de projetos de pesquisa. A ideia é viabilizar, complementarmente, uma extensão nas universidades do Paraná.

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O programa será tocado pela Fundação Araucária, ligada à Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. As candidatas interessadas, segundo o governo do Paraná, deverão encaminhar propostas em até duas laudas, em ucraniano, português ou inglês, contendo a sua intenção de projeto. Terão ainda que encaminhar um vídeo de até três minutos, explicando o que gostariam de desenvolver. O vídeo pode ser gravado com o próprio celular.

As pesquisadoras receberão uma bolsa de R$ 10.000,00 na categoria Professor - Visitante Especial (PVE). Há complemento no valor de R$ 1.000,00 para cada dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos tendo, como limite máximo, três complementos de R$ 1.000,00 a cada pesquisadora selecionada.

Além da bolsa, a Fundação Araucária vai oferecer à pessoa selecionada e seus dependentes, quando houver, as passagens aéreas de vinda ao Brasil e retorno à Ucrânia. O programa Paraná Fala Idiomas oferecerá, gratuitamente, cursos de Português como língua adicional.

Segundo o governo estadual, o Paraná concentra cerca de 80% da totalidade dos imigrantes ucranianos no Brasil. "Identificou-se como prioridade estruturar uma ação de acolhida àqueles que tanto contribuíram com o desenvolvimento do Estado", afirmou o governo do Estado.

A imigração ucraniana se concentra na região centro-sul do Paraná, onde o porcentual de imigrantes pode chegar a 75% da população residente em algumas cidades.

As informações sobre o Programa serão encaminhadas às cientistas ucranianas por meio da Fundação Araucária, além da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Ministério de Relações Exteriores, Humanitas e universidades paranaenses, além da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai) e Cáritas. Há ainda um e-mail para mais informações: internacionalizacao@fundacaoaraucaria.org.br

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado deve votar, nesta segunda-feira (7), o requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) pedindo a convocação do deputado estadual por São Paulo, Arthur do Val (Podemos). O presidente da comissão quer que ele esclareça as declarações feitas em áudios de conversas por aplicativos em que ele fala que mulheres ucranianas são "fáceis, porque são pobres". A reunião terá início às 14h.

“Com a justificativa de que iria prestar apoio e ajuda humanitária aos ucranianos que estão sendo acometidos por uma guerra avassaladora promovida pela Rússia, o parlamentar gravou uma fala carregada de violência machista, sexista, subjugando as mulheres ucranianas, e de outras nações europeias, reduzindo-as a sua sexualidade”, diz o senador no requerimento de convocação.

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A Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Bancada Feminina da Casa também repudiaram as declarações do deputado estadual paulista. A procuradora da Mulher, senadora Leila Barros (Cidadania-DF), disse que as falas são “repugnantes e asquerosas”, uma das maiores indignidades já vistas e que “agridem as mulheres e envergonham o Brasil”. 

“As palavras do deputado evidenciam que o machismo é um dado cultural que ultrapassa classes sociais e ideologias, contaminando até aqueles que, nas altas funções que exercem, deveriam zelar pelo humanismo e pelo respeito às mulheres, em atos e palavras”, diz a nota assinada também pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), líder da Bancada Feminina.  

Críticas 

As manifestações de Arthur do Val foram alvo de críticas de senadores de diversos partidos pelas redes sociais. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) reforçou as declarações feitas pela Procuradoria da Mulher. “Todo meu apoio à manifestação da Procuradoria da Mulher do Senado, a propósito dos comentários absurdos e desrespeitosos do deputado estadual paulista sobre as mulheres ucranianas”.

Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), os áudios foram “oportunistas, desumanos e ignorantes”. Na sua avaliação, a Assembleia Legislativa de São Paulo precisa agir, “imediatamente, sob pena de conivência”.

“Quem vai a uma guerra e comete crime de difamação contra mulheres que estão sendo obrigadas a abandonar seus lares, pais e companheiros, algumas sendo violentadas por soldados como se fossem espólio de guerra”, declarou.

Já o senador Alvaro Dias (PR), que é do mesmo partido do deputado estadual paulista, disse que o país não pode mais “conviver com o inacreditável”. Para ele, é “inaceitável alguém que postula cargo de governador de São Paulo dizer bobagens dessa grandeza”.  

As críticas foram reforçadas pelo senador Fernando Collor (Pros-AL). “No mês conhecido como das mulheres, é preciso reagir de forma contundente e sepultar de uma vez por todas a objetificação. A elas, brasileiras ou ucranianas, o nosso maior respeito”, disse ao fazer referência às celebrações pelo Dia da Mulher, a ser celebrado nesta terça-feira (8).

*Da Agência Senado

No desembarque do Aeroporto de Guarulhos após deixar a Ucrânia, na manhã deste sábado (5), o deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), conhecido como Mamãe Falei, assumiu a autoria dos áudios sexistas sobre as mulheres ucranianas e classificou a fala como machista. Após deixar a zona de conflito no leste europeu, do Val afirmou que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”.

O deputado avaliou o áudio como "infeliz" e sugeriu que, embora tenha enviado a um grupo de amigos, a mensagem foi repassada de "forma errada, descabida" e que "não foi a melhor das posturas".

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Com pré-campanha ao Governo de São Paulo, Mamãe Falei se desculpou. "Foi errado o que eu falei, não é isso que eu penso. O que falei foi um erro, em um momento de empolgação e, pelo amor de Deus, a impressão que tá passando é que cheguei lá, tinha um monte de gente e eu falei 'quem quer vir comigo aqui que vou comprar alguma coisa'? Não é isso", defendeu-se.

O áudio repercutiu mal nas redes sociais e estimulou uma campanha de cassação ao seu mandato. O Podemos ficou desconfortável com o comportamento do representante e foi pressionado pelo pré-candidato do partido à Presidência, Sergio Moro, que exigiu uma manifestação da direção contra do Val. O ex-ministro ressaltou que jamais dividirá o palanque ou apoiará pessoas com essa opinião e comportamento.

Várias fortes explosões foram ouvidas nesta quinta-feira (24) por jornalistas da AFP no centro de Kiev e em outras cidades ucranianas pouco após o anúncio pelo presidente russo, Vladimir Putin, de uma operação militar contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma "invasão em grande escala" contra seu país.

"Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque", tuitou Kuleba. "É uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. Agora é a hora de agir", acrescentou.

Pelo menos duas explosões foram ouvidas na capital, Kiev. Um pouco depois, as sirenes para alertar para bombardeios ressoaram no centro da capital.

Os moradores correram para as estações subterrâneas do trem em busca de abrigo, observaram jornalistas da AFP, e o governo decretou lei marcial.

Na cidade portuária de Mariupol, a principal metrópole controlada por Kiev perto da linha de frente no leste do país, também foram ouvidas fortes explosões, assim como em Odessa, no Mar Negro, e em Kharkov, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia.

Em Kramatorsk, cidade que serve de quartel-general para as forças ucranianas, foram ouvidas pelo menos quatro fortes explosões, segundo jornalistas da AFP.

O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo do país "por causa do alto risco de segurança", interrompendo o tráfego civil logo após a meia-noite.

Putin anunciou na manhã desta quinta-feira, em uma mensagem televisionada, uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas pró-russos no país, enquanto que dezenas de milhares de soldados russos se concentravam há semanas atrás das fronteiras ucranianas.

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