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Cleo Loyola, ex-esposa do sertanejo Luciano Camargo, mais uma vez foi aos Stories do Instagram para falar sobre a família Camargo. Ela afirma que ainda possui muitas informações polêmicas que ainda não soltou, mas que decidiu mantê-las consigo por respeito às pessoas que ainda gosta.

Nas redes sociais, começou dizendo:

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- Vi vários jornalistas perguntando como recebo tanta informação da família Camargo. Pelo amor de Deus, meu povo! Eles têm funcionários, gente que eles processam, pessoas que trabalham nas empresas deles que eles não pagam, outras que já foram de dentro da casa da dona Helena [mãe de Luciano e Zezé] e outras que ainda são, e são maltratadas por eles. E o que eles fazem? Entram em contato comigo.

Em seguida, declarou que pensa em Zilu Godói antes de divulgar os áudios que possui. Ela também leva em consideração alguns membros da família Camargo como Emanoel, irmão de Zezé e Luciano.

- Não mostrei nem a metade do que eu tenho aqui. Tenho áudios aqui que só não mostrei ainda porque ainda tenho pena da Zilu, porque são áudios muito fortes, muito fortes, mesmo! Se eu fosse colocar nos meus canais as pessoas que me procuram para denunciar as pessoas dessa família, vocês iam ficar chocados. Eu não faço isso por respeito a umas pessoas da família que eu ainda gosto. Uma delas é o Emanoel Camargo, sim, que gosto dele. Sei o que ele fez e faz pelo meu filho, Wesley Camargo [filho de Cleo com Luciano], quando ele precisa.

Cleo ainda mencionou Marcus Buaiz e Wanessa, que está confinada no BBB24.

- Tenho muitas informações também de pessoas que trabalharam com Marcus Buaiz e Wanessa Camargo, que viram de perto o que estava acontecendo e entraram em contato comigo. Áudios chocantes de gritos, de confusão, mas não dele gritando. E nunca coloquei nas redes sociais por respeito à Zilu. Quem sabe eu mude de ideia?

E finalizou:

- Tenho áudios, áudios da pessoa gritando com a outra, da pessoa jogando panela na outra. Vocês sabiam que os empregados gostam de gravar áudios? Só meter o dedinho no celular e deixar eles gritarem à vontade, e repassam pra quem trabalha com informações.

Chegaram a público, nesta terça-feira (22), uma série de gravações das conversas trocadas, de forma privada, entre o hacker Walter Delgatti Netto e outros investigados em uma operação para fraudar o sistema eleitoral e, assim, promover dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas. 

Os áudios foram entregues à Polícia Federal na última sexta-feira (18) e recém-divulgados à imprensa, tendo a primeira divulgação no portal Metrópoles. Nos registros, o preso cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL), no contexto de simulação de fraude que tem sido apurado pelas autoridades. 

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O programador cita, por exemplo, que Bolsonaro fez questão de encontrá-lo, mesmo recebendo contraindicações quanto à proximidade com Delgatti. O hacker também afirma ter se aproximado da família de Zambelli. 

A história do código-fonte 

Em 9 de agosto de 2022, Delgatti foi gravado citando uma reunião na sede do Partido Liberal, em Brasília. Trata-se da reunião de 10 de agosto, supostamente com o presidente do partido, Waldemar Costa Neto, e outros aliados, menos de 24h após a gravação.  

“Eles vão configurar o código-fonte para dar o resultado que eles querem. Eles vão pegar agora uma urna. Eles mesmo vão fazer isso”, afirmou Walter Delgatti. Na ocasião, explicou que o objetivo do ataque ao sistema eleitoral era induzir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a autorizar militares a fazer uma “fiscalização” nas urnas, de modo a facilitar possíveis contestações a uma eventual vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda era candidato. 

Nesse mesmo dia, Delgatti foi filmado dentro do hotel Phenícia, em Brasília, conversando com um funcionário no balcão da recepção. Lá, um motorista que dirigia um carro com uma placa “fria” passou para buscá-lo e levou o hacker ao encontro de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, como revelou a revista Veja em agosto do ano passado. 

"Quem manda aqui sou eu" 

No mês seguinte, no dia 22 de setembro, dez dias antes do primeiro turno, o programador contou detalhes do que seria um protagonismo do ex-presidente Bolsonaro na empreitada, dando a entender que os dois teriam se encontrado várias vezes. “O Bolsonaro, ele tá fazendo questão que eu vá lá. Aí, teve alguém da equipe que falou: “Irmão, é bom ele não vir aqui porque pode queimar”. Ele (Bolsonaro) falou: “Quem manda aqui sou eu, e ele vai vir”. 

Proximidade com a família Zambelli 

Na sessão da CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti foi questionado sobre a proximidade com a deputada Carla Zambelli, investigada por ter recrutado o programador. Segundo a defesa da parlamentar, a proximidade seria por conta de um projeto de trabalho que envolvia o cuidado com as redes sociais da política. Segundo a gravação obtida pelo Metrópoles, no entanto, o programador e Zambelli tinham uma relação quase familiar, segundo relato do hacker. 

“Eles estenderam a mão para mim, cara. A Carla me tratou hoje como se fosse um filho, coisa que nunca aconteceu na minha vida”, disse Delgatti. “A ponto da mãe dela me servir leite com Nescau, na mesa, e acompanhado com ela”, contou o programador, revelando que jogou até vídeo-game com o filho de Zambelli. 

 

A primeira manifestação de Robinho desde a divulgação dos áudios utilizados pela Justiça italiana em sua condenação por estupro foi publicada nesta terça-feira pelo UOL, no último episódio do podcast "Os Grampos de Robinho". O ex-atacante do Santos e da seleção brasileira preferiu não comentar as gravações e pediu à produção para divulgar "o que era verdade" no caso. O jogador e seu amigo Ricardo Falco foram sentenciados a nove anos de prisão pelo crime de agressão sexual em grupo. Como voltaram para o Brasil, a pena não foi executada.

"Eu já falei aquilo que eu tinha que falar, né?", disse Robinho. "Espero que vocês divulguem tudo o que é verdade, divulguem também as questões. Enfim, acho que é melhor você falar com o meu advogado, com a minha assessoria. É melhor", completou o jogador, que negou o tempo todo as acusações.

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O crime foi cometido contra uma mulher albanesa, em 2013, na casa noturna Sio Café, em Milão. A série divulgou conversas grampeadas entre Robinho e Ricardo Falco e com outros amigos do jogador. No primeiro episódio, Robinho disse que daria um soco na cara da vítima se ela fizesse a denúncia e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. "A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: 'Porra, que que eu fiz contigo?'", disse. "C..., se esse bagulho sair na imprensa, eu vou me f..."

Em um dos capítulos anteriores, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual naquela dia na boate em Milão. Ele atuava pelo Milan e morava em Milão com a mulher e os filhos. "Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida", diz. Em outras gravações, os envolvidos descobriram que a mulher disse estar grávida, o que não era verdade. E tentavam descobrir, aos risos, quem seria o pai.

Em outra áudio interceptado pela Justiça entre Robinho e Falco, a conversa mostrou ambos discutindo sobre os depoimentos que deram para a polícia. As gravações trazem descrições explícitas da cena do abuso e linguagem imprópria. Robinho afirma que a vítima "quis" fazer sexo, mas tanto ele quanto Falco admitem que a mulher estava embriagada. Este fator teria sido determinante para a Justiça concluir que houve o crime de estupro. Falco diz a Robinho, ainda, que mentiu para o advogado e para a polícia sobre o envolvimento do jogador no ato. "Dei depoimento, falei toda a verdade ao meu advogado. Só não falei que você comeu a mina", contou.

Posteriormente, Falco ameaçou mudar o próprio depoimento ao descobrir que a estratégia de Robinho era incriminá-lo. "Eu sou homem até o fim, porque é o seguinte, num bagulho desse quem tem mais a perder é ele, porque eu podia chegar lá e falar assim: 'O Robinho comeu a mina mesmo e o c****'. É sua vida, sua profissão, você se f...", afirmou Falco a Robinho.

No penúltimo capítulo, o jogador muda sua versão e admite que fez sexo com penetração com a vítima. Anteriormente, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira tinha afirmado que só havia ocorrido sexo oral.

ROBINHO AINDA PODE SER PRESO?

Robinho entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de o País não extraditar brasileiros. Robinho nega as acusações. A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 2 de agosto a análise do recurso de Robinho contra a decisão monocrática do ministro Francisco Falcão. O magistrado, relator do caso, negou o pedido da defesa para que o governo italiano envie a cópia integral e traduzida do processo. O julgamento foi suspenso por 60 dias, com a possibilidade de ampliação para 90, depois que o ministro João Otávio de Noronha pediu vista dos autos. O STJ analisa a possibilidade de Robinho cumprir a pena no Brasil.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, é grande a probabilidade de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheça a sentença e seja expedido mandado de prisão para que o atleta cumpra a pena no Brasil. "Dificilmente o STJ não vai reconhecer. Ele só tem de examinar os aspectos formais. Não há como fugir disso", opina Maristela Basso, advogada e professora livre-docente de Direito Internacional da Faculdade de Direito da USP.

"O que o STJ também faz é adequar a sentença aos termos da execução penal brasileira e não da Itália. É o que acontece geralmente", diz o advogado criminalista Matheus Falivene, mestre e doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP).

Não há prazo para o STJ homologar ou não a sentença. O tempo do desfecho do processo depende também da contestação da defesa do jogador. Cabe lembrar que a defesa de Robinho não pode contestar o mérito da condenação proferida pela Justiça italiana. "Acredito que não deve demorar tanto porque é um caso de repercussão nacional. É esperado que o STJ tenha a sensibilidade de fazer a homologação da sentença estrangeira", acredita Rafael Paiva, advogado especialista em Direito Penal.

O ex-presidente americano Donald Trump, acusado de manipulação negligente de segredos de Estado, falava de um plano para atacar o Irã, supostamente contido em documentos confidenciais que mantinha em sua casa, de acordo com uma conversa gravada divulgada pela rede CNN na noite de segunda-feira (26).

De acordo com a emissora americana, trata-se de "uma conversa de julho de 2021, pouco depois de sua saída do poder, durante a qual o ex-presidente Donald Trump admitiu ter guardado um documento confidencial do Pentágono relativo a um possível ataque contra o Irã".

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"Esses são os papéis", diz Trump no áudio divulgado pela CNN e também obtido pelas redes ABC e CBS. Aparentemente, ele fala com assessores sobre os planos de ataque do Pentágono.

"Os militares fizeram isso e me deram. Como presidente, eu poderia tê-los 'desclassificado'. Agora não posso, vocês sabem, mas continua sendo um segredo", afirma.

"Agora temos um problema", diz, então, um dos assessores.

"Não é interessante? É tão bom", responde o ex-presidente republicano (2017-2021), que termina a gravação mandando alguém trazer alguns refrigerantes.

Em meados de junho, Trump se declarou inocente de 37 acusações de má gestão deliberada de arquivos secretos do governo e de conspiração para evitar sua devolução, tornando-se o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar um julgamento criminal. A acusação menciona parte da gravação divulgada pela CNN.

Trump se referiu ao procedimento como um "atroz abuso de poder", negando ter guardado documentos confidenciais.

Isso prepara o terreno para um julgamento histórico e potencialmente muito prejudicial para sua campanha antes da eleição presidencial de 2024.

O republicano é acusado de colocar a segurança dos Estados Unidos em risco, ao armazenar documentos confidenciais, incluindo planos militares e informação sobre armas nucleares, em um banheiro ou depósito de sua luxuosa residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Também é acusado de se recusar a devolver estes documentos, apesar de ordens judiciais, o que configura “retenção ilegal de informação relativa à segurança nacional”, “obstrução à justiça” e “falso testemunho”.

Trump havia sido indiciado no início de abril nos tribunais do estado de Nova York por várias fraudes contábeis relacionadas a um pagamento feito antes da campanha presidencial de 2016. O objetivo era silenciar uma atriz pornô que afirma ter sido sua amante.

Isso se soma a outras questões legais pendentes.

Uma promotora do estado da Geórgia deve anunciar até setembro o resultado de sua investigação sobre a suposta pressão exercida pelo magnata para tentar mudar o resultado da eleição presidencial de 2020, na qual foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

Além disso, um procurador especial também investiga sua participação na violenta invasão do Capitólio – sede do Congresso americano – em 6 de janeiro de 2021.

Alerta de gatilho: o texto abaixo cita conversas de Robinho que fazem menção explícita à violência física e sexual.

Foram divulgados pelo UOL, nesta quarta-feira (14), áudios inéditos de conversas do ex-jogador Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália, mas segue em liberdade por estar no Brasil. As conversas entre o abusador e seus amigos foram grampeadas pela polícia e serviram de base para a condenação do brasileiro pelo Ministério Público italiano. 

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No podcast “Os grampos de Robinho”, o condenado admite abertamente o crime sexual, mencionando a embriaguez da vítima e a relação sexual em si. Ele também ri e debocha da situação. “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”, diz Robinho, em um dos trechos.

"Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá", disse o ex-jogador em outro momento. "C*ralho, se esse bagulho sai na imprensa, vai me f*der", completou.

Ele também confirmou que viu os amigos terem relações sexuais com a mulher que os acusa de estupro. "Os moleques que estão f*didos. Olha como Deus é bom. Eu nem toquei na menina, agora eu vi o Rudney rangando ela, e os outros caras rangando ela. Então os caras que rangaram ela vão se f*der”. 

Na conversa com outro amigo, Ricardo Falco, Robinho manteve o discurso de que não conhecia a vítima e comentou sobre a versão que daria à polícia caso fosse chamado para depor: "Primeiro, o bagulho faz há um ano. Segundo: não toquei nem nessa menina. Quem tocou nela está lá no Brasil. Vai atrás do pessoal que está lá no Brasil. Ah, quer ir atrás dos caras, pô, vai lá no Brasil lá, irmão. Vai lá no Brasil. O importante é que eu nem conheço essa mina, nem conheço ela. Vê se ela tem meu telefone, se ela já me beijou. Nem conheço."

O brasileiro demonstrou bastante preocupação com a possibilidade de o caso sair na imprensa e todos ficarem sabendo sobre a acusação. "Mas não vai dar nada. Agora se sair no jornal, vou apelar com esses cara. Ninguém vai dizer que vocês fez porra nenhuma com a mina, nem tu (Ricardo Falco) nem o Jairo. Pros moleque vai, pro Seu Claytinho, pro Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto", garantiu o ex-atleta.

Durante o depoimento à polícia da Itália, Ricardo Falco, amigo de Robinho e também condenado no caso, foi questionado sobre o envolvimento do atacante brasileiro no episódio: "Não, ele (Robinho) estava na festa, no local, mas e daí? Estava lá participando da festa, no samba, mas não tem nada a ver, não sabe nem quem é."

A Polícia Federal diz não ter dúvidas da aplicação de valores oriundos do tráfico de drogas para o financiamento das ações da quadrilha ligada ao PCC que planejava sequestrar o senador Sergio Moro. Durante as investigações que culminaram na Operação Sequaz, nessa quarta-feira (22), com a prisão de nove investigados, a corporação levantou diversos bilhetes e anotações que mostram a contabilidade do crime. Somente um dos informes chega a listar gastos de R$ 500 mil.

Ao requerem as diligências, os investigadores argumentaram à Justiça Federal que o patrimônio identificado em nome de terceiros é 'parte vital' das ações policiais para a 'completa desarticulação dos crimes em apuração'. A PF destaca que, com a prisão dos líderes do grupo, o patrimônio é novamente absorvido pela organização criminosa para continuar a prática dos mesmos delitos.

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"A prova disso está na anotação sobre os "cofres" onde se citam claramente Nadim e Tobe, ambos mortos pelo PCC e naturalmente as armas sob a responsabilidade deles foram deslocadas para continuar com a mesma missão anterior, qual seja, o ataque a autoridades públicas. No caso concreto, tanto o resgate de Marcos Willian, vulgo Marcola quanto o sequestro (e morte) do senador Sergio Moro", ressaltou a corporação.

Segundo a PF, os 'cofres' - locais onde são armazenadas armas da facção - pertencentes a 'Nadim' e 'Tobe', que foram mortos pelo próprio PCC, hoje estão sob guarda de Janeferson Aparecido Mariano, o 'Nefo', principal articulador do plano de atentado contra Moro. O líder da quadrilha alvo da Sequaz é apontado como um dos líderes da Restrita, núcleo do PCC encarregado de eliminar ex-integrantes da facção e atacar autoridades e agentes públicos.

A Operação Sequaz mirou não só investigados diretamente envolvidos com o planejamento do sequestro de Moro - os quais foram responsáveis por vigiar os passos do senador e alugar imóveis que serviram de base para o grupo -, mas também integrantes do 'alto escalão' do PCC, apontados como mentores do atentado, atuando como líderes da 'Restrita'.

Ao argumentar que o dinheiro do PCC abasteceu o plano de sequestro de Moro, a PF também cita áudios encontrados em conta na 'nuvem' de Claudinei Gomes Carias, o 'Nei', braço-direito de 'nefo'.

Segundo a corporação, o áudio 'deixa claro que se a prestação de conta não for enviada no tempo certo, a financeira da Bolívia que vai cobrar eles'. Para a PF, a mostra que o dinheiro que é recebido pelos investigados vem do tráfico de drogas.

Analisando os mesmos áudios, os investigadores viram indícios de que parte dos integrantes da quadrilha desviou valores para proveito próprio. Em uma das conversas, 'Nei' encaminha prestação de contas com números que 'causam estranheza' a seu interlocutor, ainda não identificado pelos investigadores.

A PF usou o caso para argumentar como seria 'relevantíssima a indisponibilização dos bens': "Com a provável prisão dos integrantes do grupo, esses objetos voltarão para a organização e continuarão a financiar esse tipo de atividade criminosa'", assinalou a PF.

O deputado estadual Arthur do Val (sem partido) apresentou, nessa sexta-feira (25), a sua defesa de mérito contra as 21 representações aceitas pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que pedem sua cassação. Acusado de quebra de decoro parlamentar por áudios de cunho sexista enviados sobre mulheres ucranianas, o parlamentar alega que a censura, mais branda, seria "suficiente para cumprir a função jurídica da pena".

Segundo o Código de Ética da Alesp, a censura é uma advertência mais grave, verbal ou escrita, aplicada pelos presidentes da Casa e do Conselho.

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A defesa assinada pelo advogado Paulo Bueno entende que Arthur não violou os preceitos que levariam a uma cassação. Ele afirma que o parlamentar não abusou das prerrogativas constitucionais, não houve vantagem indevida e prática de irregularidades.

Também disse que as mensagens são "repulsivas e repugnantes", mas não seriam graves a ponto de levar à perda de mandato.

O advogado ainda retomou o caso do deputado Fernando Cury, flagrado apalpando os seios da deputada Isa Penna (PSOL) no plenário da Alesp em dezembro de 2020, que recebeu pena de suspensão de mandato por seis meses.

Além de questionar o mérito, Paulo Bueno também retomou a defesa anterior em que cita o Código Penal. Afirmou que os tribunais brasileiros não teriam competência para analisar o caso dada a "presunção de privacidade", ao ter áudios privados divulgados sem consentimento, e ao fato do suposto ilícito ter sido praticado fora do Brasil. Para isso, equiparou a fala do parlamentar a um "crime de opinião".

Dez testemunhas foram apresentadas como "prova oral" a serem ouvidas pelo Conselho de Ética, entre elas a ex-namorada de Arthur, Giulia Passos Blagitz, que terminou a relação após a divulgação dos áudios.

Com a defesa protocolada, a deputada Maria Amary (PSDB), presidente do Conselho, deve nomear o deputado Delegado Olim (PP) como relator do processo. Ele terá 15 dias para apresentar um relatório, a ser votado no Conselho. Se aprovado, leva a questão a plenário. Clique aqui para entender o andamento do processo.

Para aprovar a cassação, é necessário o apoio de 48 deputados, além de relatório favorável do Conselho. Conforme o Estadão mostrou, ao menos 40 parlamentares já pediram a cassação de Arthur do Val por meio de representações.

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo abriu processo de cassação contra o deputado Arthur do Val (sem partido) por suas declarações sexistas sobre mulheres ucranianas.

Em reunião nesta sexta, 18, os parlamentares que compõem o grupo rejeitaram alegações da defesa e acataram por unanimidade as 21 representações que pedem a cassação de seu mandato por quebra de decoro. Agora o deputado tem o prazo de cinco sessões legislativas para argumentar contra o mérito das acusações.

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Com exceção do deputado Delegado Olim (PP), que não estava presente, oito parlamentares que ocupam cadeiras efetivas no Conselho decidiram pelo encaminhamento do processo. Também foi favorável o corregedor da Alesp, Estevam Galvão (União Brasil).

Próximos passos do processo contra Arthur do Val

Após a nova defesa de Arthur, Olim será nomeado relator do processo pela presidente do Conselho, deputada Maria Amary (PSDB), e terá até 15 dias para apresentar seu parecer sugerindo uma das quatro punições possíveis: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação.

Na sequência, o Conselho vota o parecer e, se aprovado, leva a questão a plenário.

Para aprovar as punições, é necessário o apoio de 48 deputados. Conforme o Estadão mostrou, ao menos 40 parlamentares já pediram a cassação de Arthur do Val por meio de representações.

Em defesa inicial, o advogado de Arthur do Val, Paulo Bueno, defendeu que as representações contra ele são "juridicamente impossíveis". Alegou, por exemplo, que os áudios foram "vazados" sem o seu consentimento, eram privados, o que constituiria obtenção ilícita de provas.

Também defendeu a "extraterritorialidade do ato". Segundo ele, as gravações foram feitas fora do país e, por isso, só seriam passíveis de julgamento no Brasil se tivesse cometido um delito listado no rol de crimes passíveis de extradição.

A defesa do deputado afirmou ainda, em documento entregue ao Conselho, que Arthur estava em licença e, portanto, não pode ser acusado no âmbito da Alesp pelo que teria feito.

Ao Estadão, a presidente do Conselho afirmou que Arthur do Val é um "homem público" e que não é possível separar esta condição dele. "Pode estar em qualquer lugar, ele continua deputado. Deve ter postura como representante do legislativo apesar de não estar em missão pela Assembleia", disse.

Procurada, a assessoria de Arthur do Val não respondeu até a conclusão da reportagem. Em carta enviada aos parlamentares, o deputado pediu para não ser cassado. Ele também afirmou que este é seu "último ano" na Casa, e que não vai se candidatar a deputado estadual neste ano.

O relator da CPI da Violência Contra a Mulher na Assembleia Legislativa de São Paulo, Thiago Auricchio (PL), pediu no relatório final das investigações a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (sem partido). O parlamentar se desfiliou do Podemos e saiu do MBL depois da divulgação de áudios sexistas em que ele faz ofensas a mulheres ucranianas.

O relator da CPI afirma que Arthur do Val "violou a dignidade da pessoa humana, extrapolando o seu direito de expressão como Deputado Estadual e, desta forma, excedendo o manto da sua imunidade parlamentar". Auricchio acrescenta que "a liberdade de fala não se deve constituir em liberdade de ofensas à honra das mulheres".

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Recomendações

O relatório também lista uma série de recomendações ao governo estadual. Entre as principais, estão o aumento do número de delegacias de defesa da Mulher. Atualmente, há 138 unidades em todo o Estado, e apenas 11 funcionam 24 horas por dia.

O relator ainda propõe que medidas as medidas de proteção a mulheres não sejam condicionadas à apresentação de um boletim de ocorrência. O documento recomenda ao Judiciário que essas medidas não dependam da duração do processo ou da investigação contra o agressor.

Entre as propostas legislativas, está a promoção de cotas para vítimas de violência em programas habitacionais. "Não temos dúvidas de que a habitação deve ser usada como estratégia de enfrentamento à situação de violência, afastando a vítima da convivência com seu agressor", conclui.

No mesmo relatório, não há referência a outro caso que marcou o Legislativo paulista: o assédio sexual cometido pelo deputado Fernando Cury (sem partido), que recebeu uma pena de seis meses de suspensão após apalpar a deputada Isa Penna (PSOL).

O documento foi protocolado na última sexta-feira. O presidente da CPI, Delegado Olim (Progressistas), vai pautar o relatório para votação hoje. Com a desistência de duas deputadas, Isa Penna (PSOL) e Professora Bebel (PT), o colegiado ficou com cinco homens e duas mulheres entre seus membros efetivos.

A maior parte dos integrantes é aliada de Cury, o que inclui o presidente da CPI. Olim foi defensor de uma pena mais branda para o colega, de suspensão de quatro meses. Além dele, integram a CPI Milton Leite Filho (Democratas), Delegado Bruno Lima (PSL), Marcio Nakashima (PDT), Analice Fernandes (PSDB), Marina Helou (Rede), e o relator, Thiago Auricchio (PL). 

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo unificou em um documento, nessa quarta-feira (9), as 21 representações que pedem a cassação do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por comentários que fez sobre as mulheres ucranianas, que considerou "fáceis por serem pobres". A presidente do colegiado, Maria Lucia Amary (PSDB), notificou o parlamentar, que deve apresentar defesa prévia no prazo de cinco dias úteis.

Em entrevista ao Estadão, Maria Lucia se disse chocada e constrangida pelas declarações do colega. Uma nova reunião do Conselho está prevista para a semana que vem, quando seus integrantes julgarão a admissibilidade das representações. Ao todo, existem quatro possibilidades de punição: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação.

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"Há uma consciência coletiva. Todos nós estamos conscientes da urgência de uma decisão. Os fatos são muito claros e evidentes. Não há muita coisa a ser questionada", disse ao Estadão o vice-presidente do órgão, Barros Muniz (PSB) nesta segunda-feira (7).

Caso seja admitida a abertura de processo contra o deputado, Maria Lucia deverá nomear um relator. O parecer desse ou dessa parlamentar vai propor uma das opções de punição, que será votada pelo Conselho. Em caso de empate, a presidente tem o voto de Minerva. O passo seguinte é a votação em plenário, onde são necessários 48 votos para aprovação.

Os parlamentares podem alterar o resultado proposto pelo parecer. Foi o que ocorreu no caso do deputado estadual Fernando Cury, que assediou a colega Isa Penna (PSOL). Naquela ocasião, o Conselho havia aprovado a suspensão de três meses. Mas o plenário da Casa optou por dobrar o período de exclusão.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, uma moção de repúdio ao deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por suas declarações sexistas sobre as mulheres ucranianas. O requerimento, de autoria da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e de outros 11 parlamentares, recebeu voto favorável de todos os partidos com representação na Casa.

Até mesmo o Podemos, partido ao qual Do Val estava filiado há cerca de 30 dias, votou a favor da moção de repúdio. O vice-líder da legenda na Câmara, deputado José Nelton (GO), destacou que o partido já não tem o ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL) como um de seus quadros. "Ele já não pertence mais ao nosso partido, mandamos toda a nossa solidariedade às mulheres ucranianas que estão sofrendo com essa guerra terrível e também a todas as mulheres do nosso país", disse.

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A coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Celina Leão (PP-DF), ressaltou o fato de a moção ter sido analisada em uma "data simbólica" e disse considerar que a postura do parlamentar paulista fez mal à imagem do Brasil. "São atos de um parlamentar que deveria defender toda a sociedade e nos envergonha internacionalmente", afirmou.

Motivo do repúdio

Arthur do Val, também conhecido como "Mamãe Falei", viajou à fronteira da Ucrânia sob a justificativa de acompanhar "in loco" o conflito daquele país com a Rússia. Na última sexta-feira (4), vazaram áudios do parlamentar classificando as mulheres daquela região como "fáceis por serem pobres" e comparando a fila de refugiadas à entrada de uma balada.

Após a divulgação dos áudios, o deputado tornou-se alvo de um processo disciplinar no Podemos que poderia levar à sua expulsão da legenda - em seguida, ele próprio solicitou sua desfiliação. Também perdeu espaço no palanque do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, do mesmo partido, que repudiou suas falas e se negou a apoiá-lo nas eleições. Além disso, 40 deputados pedem sua cassação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O parlamentar, por sua vez, pediu desculpas, se afastou do MBL e retirou sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

Em carta divulgada na terça-feira, o deputado pediu novamente desculpas pelo ocorrido, afirmou ter sido "machista, desrespeitoso e imaturo" e disse que aceita sofrer punição, embora discorde que mereça ter o mandato cassado por quebra de decoro.

No Dia Internacional da Mulher, o Podemos acatou o pedido de desfiliação do deputado estadual Arthur do Val, após a divulgação de áudios sexistas em que diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres".

"A legenda recebe e acata desfiliação do deputado estadual Arthur do Val (SP), diante da abertura do processo disciplinar que poderia resultar em cassação do parlamentar. Ele estava filiado ao partido há cerca de 30 dias", afirmou o Podemos em nota.

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Na segunda-feira, 7, o partido abriu um procedimento disciplinar interno para avaliar um pedido de expulsão do deputado protocolado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin.

Na ocasião, do Val disse que não tinha pensado sobre o processo de expulsão, mas que não pretendia pressionar a legenda a aceitá-lo. "Não quero que o partido seja forçado a me aceitar lá dentro, se o partido não me quiser, eu saio", disse do Val.

O deputado já havia retirado a pré-candidatura ao governo de São Paulo. Ele migrou ao Podemos no começo do ano junto a lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL), como forma de impulsionar o nome do presidenciável do partido, Sérgio Moro, na corrida presidencial.

Após a divulgação dos áudios, contudo, o ex-juiz foi bastante criticado pela aliança com do Val e divulgou nota de repúdio às declarações.

Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado enfrenta ainda nove representações individuais e três coletivas que pedem sua cassação por quebra de decoro. Ao menos 38 parlamentares já solicitaram sua punição formalmente.

Em "live" nessa segunda-feira (7), Renan Santos, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), se revoltou com a possibilidade de cassação do mandato de Arthur do Val (Podemos) e, usando palavras de baixo calão, fez um apelo para que a militância do movimento de renovação impeça a perda de mandato do deputado estadual.

Exaltado, o ativista defendeu que o MBL deixe de lamentar o ocorrido, disse estar preocupado com o futuro de outros parlamentares ligados ao movimento e chegou a arremessar uma caneca em direção à câmera. "Já deu o luto. Já deu o 'ai, olha só, desculpa'. Vai deixar ele ser cassado? Amanhã é o Kim (Kataguiri, deputado federal), depois é o Rubinho (Nunes, vereador de São Paulo)!", afirmou.

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Renan também disse que, segundo ele, não seria suficiente a substituição de Arthur do Val, conhecido como "Mamãe Falei", por outro integrante do grupo para disputar o governo de São Paulo. Em meio a xingamentos, ele afirmou não se importar com as eleições e que não pretende disputar um mandato em um "País de gente covarde".

'Tour de blonde'

Sob a justificativa de ajudar refugiados ucranianos, Renan esteve com o deputado na fronteira do país europeu na semana passada e foi mencionado nos áudios do parlamentar, vazados na última sexta-feira (4), com conteúdo sexista. Ao falar das mulheres ucranianas, Arthur do Val disse que o coordenador do MBL viaja ao leste europeu todos os anos para fazer um "tour de blonde" - em outras palavras, para tentar ter relações com mulheres loiras.

Após a divulgação dos áudios, Arthur do Val tornou-se alvo de um processo disciplinar no Podemos que pode levar à sua expulsão do partido. Também perdeu espaço no palanque do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, do mesmo partido, que repudiou suas falas e se negou a apoiá-lo nas eleições. Além disso, 37 deputados pedem sua cassação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O MBL divulgou nota lamentando as declarações do deputado, mas reforçou que o objetivo da viagem à Ucrânia foi acompanhar "in loco" o conflito com a Rússia e arrecadar fundos para os refugiados da guerra. O parlamentar, por sua vez, pediu desculpas e retirou sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

O Podemos iniciou nesta segunda-feira (7) um processo interno que pode resultar na expulsão do deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, por declarações consideradas depreciativas às mulheres ucranianas e deu abertura hoje ao processo disciplinar interno.

"A realização do procedimento é necessária para qualquer tipo de punição, em respeito à ampla defesa e ao contraditório", escreve o partido em nota. O pedido foi assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin.

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Do Val terá cinco dias para apresentar sua defesa à Comissão de Ética e Disciplina do Podemos, que fará um parecer à Comissão Executiva estadual.

O parlamentar também enfrenta pressão na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao menos 37 deputados assinaram representações no Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação de seu mandato.

Duas organizações também pediram a cassação de Arthur do Val: o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral e a Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.

Em nota, Arthur do Val afirmou que lutará "contra a injustiça", se referindo à iniciativa de parlamentares que pedem a cassação do seu mandato.

"Dei uma declaração lamentável, admito e peço desculpas por isso; além de tudo, perdi minha noiva e prejudiquei meus amigos. Isso tudo é sinal dos tempos: ladrões ficam impunes, gente honesta perde o mandato. Lutarei até o fim contra esta injustiça.", escreveu. O deputado não se manifestou sobre o processo de exclusão do Podemos.

A Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil realiza na tarde desta segunda-feira, 7, a 'Marcha contra a Misoginia', em frente ao Monumento às Bandeiras, próximo à Assembleia Legislativa de São Paulo, em um protesto contra as declarações do deputado Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, sobre mulheres ucranianas.

Após o ato, que está ma entidade vai protocolar uma representação contra o parlamentar, com mais um pedido de cassação de seu mandato. A solicitação da OAB-SP conta com o apoio de todas as deputadas paulistas, que vão subscrever o documento que será apresentado à Alesp, segundo a entidade.

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A presidente da seccional paulista da OAB, Patrícia Vanzolini, explicou que a entidade considerou as declarações de Arthur do Val 'afrontosas ao Estado de Direito e à democracia'. "Consideramos que são falas muito ofensivas não só às mulheres, mas à cidadania, com um induzimento, ainda que implícito, ao turismo sexual, com a legitimação do abuso sexual contra pessoas em situação de vulnerabilidade econômica", afirmou ao Estadão.

Vanzolini defende uma atuação 'contundente' da OAB-SP no processo, para mostrar que a "sociedade civil como um todo está indignada, exige providências, reclama uma ação firme da Assembleia". Segundo a criminalista, a representação elaborada pela ordem, enquanto instituição, junto da assinatura conjunta das deputadas da casa legislativa, visa 'dar o recado' de que trata-se de uma pauta suprapartidária, da dignidade da pessoa humana.

"Acho que a OAB pode contribuir para estabelecer o mínimo civilizatório, o mínimo que deve ser comum do cidadão. Independentemente do partido político ou a qual ele com o qual ele simpatize. Eu acho que isso falta um pouco nesse momento. A gente estabelecer que há um piso mínimo de dignidade, de respeito", afirma.

Nessa linha, a advogada considera que a 'Marcha contra a Misoginia', que será realizada antes da entrega da representação, visa mostrar a posição do eleitorado, dando um peso ainda maior para o documento.

A presidente da seccional paulista da entidade máxima da advocacia afirma ainda que são examinados outros caminhos jurídicos para tratar do caso, mas ressalta que o 'importante é que fique claro que uma pessoa portadora de um mandato eletivo não pode impunemente expressar posições como essa, misóginas, preconceituosas e de grande crueldade, falta de empatia, falta de compreensão daquele momento'.

Entenda o caso

Em áudios que acabaram viralizando, Arthur do Val diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres". O parlamentar viajou à Ucrânia, acompanhado do dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan dos Santos, para relatar o conflito no leste europeu.

"Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas 'minas', em dois grupos de 'mina', e é inacreditável a facilidade", disse o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Como mostrou a Coluna do Estadão, os deputados estaduais Paulo Fiorilo, Emídio de Souza e José Américo, do PT, e a deputada Isa Penna, do PSOL, já acionaram o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo contra o 'Mamãe Falei', por quebra de decoro parlamentar.

Neste domingo, 6, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral Estadual São Paulo(MCCE) também apresentou à Alesp pedido de cassação de Arthur do Val.

O Podemos instaurou processo disciplinar para apurar o caso e há a preocupação de como o episódio pode respingar sobre a pré-candidatura de Sérgio Moro. O presidenciável considerou as declarações 'incompatíveis com qualquer homem público'.

Após a repercussão sobre o episódio, Arthur do Val decidiu retirar sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Em vídeo publicado no Youtube, ele disse que suas falas foram 'escrotas' e 'machistas', atribuindo o áudio a um 'momento de empolgação'. "Eu estou sendo moleque. Essa não é a postura que as pessoas esperam de mim".

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado deve votar, nesta segunda-feira (7), o requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) pedindo a convocação do deputado estadual por São Paulo, Arthur do Val (Podemos). O presidente da comissão quer que ele esclareça as declarações feitas em áudios de conversas por aplicativos em que ele fala que mulheres ucranianas são "fáceis, porque são pobres". A reunião terá início às 14h.

“Com a justificativa de que iria prestar apoio e ajuda humanitária aos ucranianos que estão sendo acometidos por uma guerra avassaladora promovida pela Rússia, o parlamentar gravou uma fala carregada de violência machista, sexista, subjugando as mulheres ucranianas, e de outras nações europeias, reduzindo-as a sua sexualidade”, diz o senador no requerimento de convocação.

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A Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Bancada Feminina da Casa também repudiaram as declarações do deputado estadual paulista. A procuradora da Mulher, senadora Leila Barros (Cidadania-DF), disse que as falas são “repugnantes e asquerosas”, uma das maiores indignidades já vistas e que “agridem as mulheres e envergonham o Brasil”. 

“As palavras do deputado evidenciam que o machismo é um dado cultural que ultrapassa classes sociais e ideologias, contaminando até aqueles que, nas altas funções que exercem, deveriam zelar pelo humanismo e pelo respeito às mulheres, em atos e palavras”, diz a nota assinada também pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), líder da Bancada Feminina.  

Críticas 

As manifestações de Arthur do Val foram alvo de críticas de senadores de diversos partidos pelas redes sociais. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) reforçou as declarações feitas pela Procuradoria da Mulher. “Todo meu apoio à manifestação da Procuradoria da Mulher do Senado, a propósito dos comentários absurdos e desrespeitosos do deputado estadual paulista sobre as mulheres ucranianas”.

Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), os áudios foram “oportunistas, desumanos e ignorantes”. Na sua avaliação, a Assembleia Legislativa de São Paulo precisa agir, “imediatamente, sob pena de conivência”.

“Quem vai a uma guerra e comete crime de difamação contra mulheres que estão sendo obrigadas a abandonar seus lares, pais e companheiros, algumas sendo violentadas por soldados como se fossem espólio de guerra”, declarou.

Já o senador Alvaro Dias (PR), que é do mesmo partido do deputado estadual paulista, disse que o país não pode mais “conviver com o inacreditável”. Para ele, é “inaceitável alguém que postula cargo de governador de São Paulo dizer bobagens dessa grandeza”.  

As críticas foram reforçadas pelo senador Fernando Collor (Pros-AL). “No mês conhecido como das mulheres, é preciso reagir de forma contundente e sepultar de uma vez por todas a objetificação. A elas, brasileiras ou ucranianas, o nosso maior respeito”, disse ao fazer referência às celebrações pelo Dia da Mulher, a ser celebrado nesta terça-feira (8).

*Da Agência Senado

O deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, prometeu se desfiliar do Podemos ainda nesta segunda-feira (7), de acordo com dirigentes do partido. O anúncio, de acordo com o senador Alvaro Dias (PR), líder da sigla no Senado, deve acontecer durante um discurso de Mamãe Falei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A decisão estava prevista para o fim de semana, mas não aconteceu. O recuo do deputado vem após a repercussão de áudios sexistas gravados por ele, nos quais ofende mulheres ucranianas em situação de vulnerabilidade durante a guerra.

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Em mensagens enviadas aos colegas do Movimento Brasil Livre (MBL), Mamãe Falei disse que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O parlamentar esteve na Eslováquia, que faz fronteira com a Ucrânia, para auxiliar os refugiados e retratar o conflito no leste europeu. “E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’, e é inacreditável a facilidade.”

“Só vou falar uma coisa para vocês: acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas… Imagina uma fila sei lá, de 200 metros, só deusa. Sem noção, inacreditável, fora de série. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui”, completou.

Arthur do Val assumiu a autoria dos áudios e tem entrado em uma rotina de redenção desde que a polêmica surgiu. No último sábado (5), Mamãe Falei pediu a retirada de sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. O pedido foi feito à presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP).

“Não tenho compromisso com o erro, por isso, entrei em contato com a presidente do Podemos, Renata Abreu, para retirar minha pré-candidatura ao governo de São Paulo”, declarou. A decisão foi divulgada nos perfis do deputado nas redes sociais.

Deputados representam contra Arthur do Val

No domingo (6), 15 deputados estaduais de diferentes partidos assinaram uma representação contra o também deputado Arthur do Val, recém protocolada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e endereçada ao Conselho de Ética da Casa. Na representação, parlamentares pedem que seja apurado o cometimento de ato de quebra de decoro parlamentar "com pedido sanção de cassação de mandato em decorrência de suas falas sexistas e misóginas contra as mulheres ucranianas, com especial ênfase a situação de vulnerabilidade em que se encontram devido ao conflito armado que ali ocorre".

Um homem foi preso em flagrante em Goiânia após a filha da namorada expor áudios em que ele a ameaça em troca de imagens dela sem roupa. A garota, de 12 anos, enviou um pedido de socorro à mãe, que buscou ajuda com o ex-marido e pai da menina, que é policial militar.

Ela se surpreendeu com as mensagens enviadas pela filha, pois namorava o suspeito há três anos e disse que não havia percebido nenhum comportamento estranho.

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O homem entrou no apartamento da família sem que a menina percebesse e gravou cerca de 17 vídeos íntimos dela durante 30 minutos.

Em seguida mandou os áudios para chantageá-la e diz a menor que tem curiosidade em vê-la sem roupa: “de ver você sem roupa. E aí eu vou embora. É sério. Segredinho nosso”, sugeriu no material publicado pelo G1.

Com medo do homem, ela encaminhou o material para a mãe, que voltou para o prédio acompanhada do ex-marido policial. "Mamãe, ele chegou de surpresa aqui em casa e eu não tinha visto. Daí ele começou a gravar uns vídeos íntimos meus. Mamãe, estou com medo por que ele ameaçou mostrar para você ou se eu deixasse ele me ver sem roupa, ele não mostraria. Eu tô gravando o que ele fala para mim aqui desde o início", escreveu a filha.

O suspeito ainda estava no local e foi abordado pelos pais da vítima. "Nós nos encontramos no hall de entrada no meu apartamento. Ele veio e eu falei: 'Cara, você é louco, você é doido, o que que você fez?' E ele falou: 'Não, não fiz nada", relatou a mulher.

Fiança

Autuado em flagrante por tentativa de estupro, ele recebeu liberdade provisória e pagou a fiança de R$ 1,1 mil.

A juíza Maria Antônia Faria estabeleceu medidas protetivas para a menina e o liberou por entender que não houve intimidação à vítima, nem que o homem prejudicaria o processo, uma vez que não fugiu de casa, possui residência fixa, emprego e é réu primário.

“Ele está sendo um perigo porque está solto. Ele acha que não fez nada, como sempre repetiu desde o momento da prisão. Então, se isso para ele é normal, será que ele deve mesmo ficar solto?", questionou a mãe.

A Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), promove, de 11 a 13 de agosto, curso virtual de criação de podcast. A iniciativa é gratuita e os interessados já podem se inscrever por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA).

Ao todo, a formação conta com 25 vagas e é destinada a licenciandos da instituição e público externo. As aulas serão virtuais no Google Meet e WhatsApp e possibilitarão a produção e execução de podcasts que serão exibidos no final do curso.

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Após sofrer ataques homofóbicos de dois conselheiros do Sport, Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, desabafou sobre os atos violentos. Nesse sábado (15), em entrevista à Globo publicada no G1, o ex-integrante do Big Brother Brasil (BBB) confessou que, inicialmente, ficou abalado, mas depois, abraçado pelo carinho dos fãs e dos próprios torcedores do clube leonino, decidiu focar no apoio do público e ressaltar sua torcida pelo time rubro-negro.

“Inicialmente, doeu muito, fiquei muito abalado. Depois pensei assim: ‘gente, é uma pessoa só’. Tenho, na verdade, pena dele, por ele não ter aprendido, não ter absorvido que preconceito não leva ninguém a nada”, declarou Gil, em entrevista à Globo. “Fico muito grato e honrado por ver tantas pessoas, torcedores, que me apoiaram. Fico feliz pelo abraço, pelo carinho. Sou do Sport e quem não gostar que lute”, acrescentou o ex-BBB.

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Quando primeiro áudio veio à tona, o Sport emitiu um comunicado repudiando a atitude do conselheiro. Em seguida, o LeiaJá obteve, com exclusividade, um áudio de outro conselheiro do clube contra Gil.

“O Sport Club do Recife é de todos. Gil do Vigor é e será sempre um legítimo representante das cores do Sport. Um clube plural, do povo. A maior torcida do Norte/Nordeste. Não segregamos quem ama o Sport. O amor que une nossa torcida ao clube é incondicional. O Sport e o Conselho Deliberativo GARANTEM que estão tomando todas as providências para que esse e todo e qualquer ato de preconceito seja devidamente penalizado. Obrigado Gil, por levar o nome do Sport pra todo o mundo. Pelo Sport Tudo!!!”, se posicionou o Sport por meio de nota.

O caso foi parar no campo da política. O ex-presidente Lula, por meio das redes sociais, também prestou solidariedade a Gilberto. Já no âmbito do futebol, o Sport entra em campo, neste domingo (16), pela final do Campeonato Pernambucano. Às 16h, o Leão encara o Náutico, na Arena de Pernambuco, no primeiro confronto da decisão.

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