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O ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, confirmou conhecer Marcus Cézar Moura, mas negou ter indicado seu nome para o Labogen. Documento da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), sugere que Padilha indicou Marcus Cézar Ferreira de Moura, ex-coordenador de promoção de eventos da pasta em sua gestão, para a empresa Labogen, controlada pelo doleiro Alberto Youssef, quando o laboratório tentava obter contrato milionário da Saúde em 2013.

Segundo Padilha, Moura foi militante do PT, trabalhou em atividades da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, em 2010, e ocupou "por 3 ou 4 meses" um cargo "sem papel administrativo" no Ministério da Saúde, em 2011. Padilha disse ainda que vai interpelar "qualquer pessoa que tenha usado" seu nome "em vão", inclusive, "se for o caso", o correligionário André Vargas (PT-PR).

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Segundo o relatório da Polícia Federal, em mensagens para o doleiro Youssef, Vargas mencionou Padilha, a quem chama de "PAD". No dia 26 de novembro de 2013, Vargas pede ao doleiro que reserve a melhor suíte de um hotel - Blue Tree - que pertence a Youssef, segundo a PF. O deputado diz que falou com o "PAD". "Ele vai marcar uma agenda comigo", diz Vargas. Seu interlocutor responde: "ótimo". Durante a entrevista, Padilha afirmou que a decisão de renunciar é uma questão de "foro íntimo" de Vargas e do PT.

Ataques

O pré-candidato disse ainda que "estão destilando raiva" contra ele e contra o PT. Padilha disse ainda ter achado "muito estranho" e nunca ter visto antes relatório da Polícia Federal ser distribuído simultaneamente a tantos jornais. Segundo ele, pelo menos quatro consultaram sua assessoria para pedir resposta à acusação de que teria indicado um executivo ao laboratório Labogen.

Padilha não associou diretamente a oposição à disseminação das denúncias envolvendo seu nome, mas disse que cada vez que a Caravana Horizonte Paulista, iniciativa do PT que ele coordena, aponta problemas no Estado, ele e o partido são atacados com injúrias. "Da minha parte continuará havendo respeito", disse, defendendo que a Caravana continuará a debater com a população do Estado os problemas de abastecimento de água, mobilidade e segurança pública, entre outros.

Pedido do DEM

Sobre o pedido do DEM para que ele e Marcus Cézar Moura prestem esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, Padilha disse que "certamente não é uma iniciativa com interesse de colaborar com a apuração". Questionado se compareceria à comissão, o ex-ministro respondeu que não vai comparecer a "nenhum debate de espetáculo eleitoral". Ele ironizou ainda que o DEM nunca tenha chamado nenhum de seus secretários estaduais em São Paulo a prestar esclarecimentos sobre acusações de corrupção no Metrô de São Paulo.

Polícia Federal

Alexandre Padilha havia classificado de mentirosa qualquer citação de envolvimento seu com o doleiro Alberto Youssef bem como a acusação de que ele haveria indicado Moura para o Labogen. Perguntado, então, se a Polícia Federal seria mentirosa, pois a acusação consta de um relatório da instituição, Padilha saiu em defesa do órgão. "Tenho o maior orgulho da Polícia Federal", disse, ressaltando que o governo Lula deu autonomia à PF e à Controladoria Geral da União. "Exatamente por isso quero acesso ao relatório completo". Padilha constituiu um advogado para solicitar judicialmente acesso ao documento.

Um dia após pedir ao deputado licenciado André Vargas (PT-PR) para que renunciasse ao mandato, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), passou a fazer corpo a corpo nesta quarta-feira com integrantes da Câmara para solicitar apoio dos deputados.

Falcão apresentou um cenário adverso à permanência de Vargas como parlamentar no encontro realizado na liderança do partido na Casa. O presidente nacional do PT afirmou que tenta por meio de argumentos convencer os deputados de que o melhor caminho para a legenda é que ele deixe o mandato. "O processo de convencimento é por meio da utilização de argumentos. Sim, falei para todos eles no encontro. Também posso falar, individualmente, para cada um que quiser depois me ouvir", afirmou, após a reunião.

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Apesar de mostrar o desejo pela perda de mandato de Vargas, Falcão sempre usa a ressalva de que uma decisão de renúncia seria algo de foro íntimo. "Não é o caso de a bancada votar se ele deve renunciar ou não, mas ficou claro que há uma preocupação grande com a evolução dos fatos", afirmou. "Eu continuo achando que a melhor solução é que o companheiro André Vargas deveria renunciar. Mas essa é uma decisão personalíssima, a gente não pode votar isso, nenhuma bancada impõe às pessoas a renúncia, mas é um pedido que temos feito para ele e reiterado", acrescentou.

Segundo o presidente nacional da sigla, o principal raciocínio usado é a preservação da agremiação num período eleitoral, e do próprio deputado licenciado do PT do Paraná, que "teria uma melhor condição de defesa" fora do mandato. Apesar dos apelos de parte da cúpula do partido, Vargas passou os últimos dias sem dar declarações públicas sobre a situação e também, até o momento, não sinalizou que pretende abrir mão do cargo. A ida de Falcão ao Parlamento nesta quarta também pode ser uma demonstração de que o deputado licenciado do PT deverá prosseguir no cargo.

Vargas passou a ser alvo de um processo disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e na legenda, após a divulgação de que teria utilizado um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. Em reunião com o presidente do PT na manhã de ontem, em Brasília, o deputado licenciado teria ouvido de parte da cúpula da sigla que, se não renunciasse, seria expulso do PT. "Sou persistente e vou continuar insistindo para ver se o convenço", disse Falcão.

Conforme aliados de Vargas, o deputado federal contaria, entretanto, com o apoio de pelo menos 30 parlamentes da bancada pela permanência no cargo. Confrontado com essa tese, Falcão rebateu: "Não vejo os 30 deputados irem para plenário dizer que o André está certo. Que voar no avião do cara estava certo", disse.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou nesta terça-feira (22) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara pedido de vista (mais tempo para análise) do processo disciplinar contra o deputado licenciado André Vargas (PT-PR). A iniciativa também foi seguida pelo vice-presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).

Com a manobra regimental, a discussão sobre a admissibilidade do processo contra Vargas deve ocorrer apenas no dia 29. A data foi estabelecida pelo presidente da comissão, Ricardo Izar (PSD-SP), após conceder o pedido de vista coletiva. Ao deixar a comissão, Zé Geraldo admitiu que atendeu a um requerimento do deputado licenciado do PT do Paraná para protelar a discussão sobre o parece preliminar. "A situação do André não é confortável. Ele está querendo esse tempo e esse tempo está sendo dado a ele", afirmou.

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"Essa não é uma situação confortável nem para a bancada nem para o partido e nem para mim. O que estou fazendo aqui é não aceitar um linchamento. Acho que os procedimentos que foram adotados para outros parlamentares também devem ser adotados para o André. A situação dele não é confortável. Ele sabe disso e precisa de tempo para tomar uma decisão. Naturalmente que com mais uma semana, ele tem mais essa semana para refletir o que vai fazer", ressaltou.

Na audiência, Zé Geraldo também recorreu ao argumento de que Vargas não teria sido notificado para apresentar um advogado. As queixas de Zé Geraldo foram, no entanto, rejeitadas por Izar, que afirmou que o deputado licenciado do PT tinha sido notificado pelo colegiado.

Pedido

Antes do pedido de vista, o relator do caso, Júlio Delgado (PSB-MG), apresentou parecer pela admissibilidade do processo disciplinar contra Vargas. "Há reportagens que relacionam a ele os fatos narrados, e, ao menos em tese, o fornecimento de informações privilegiadas e a intermediação de interesses de terceiro junto a ministério, aliada a recebimento de vantagens, podem constituir ato incompatível ao decoro parlamentar" afirmou Delgado, durante a leitura do documento.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar investiga a relação entre o deputado licenciado e o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF). Vargas também é alvo de um outro processo disciplinar no Conselho de Ética do PT, que também deverá investigar sobre o mesmo tema. Desde que foi revelado que ele teria usado um jato emprestado pelo por Yousseff, integrantes da cúpula do partido querem que o deputado renuncie ao mandato. A iniciativa serviria para "estancar o sangramento" de Vargas e da legenda num momento pré-eleitoral.

O deputado chegou a sinalizar que abriria mão do cargo na semana passada, mas, após recuar, passou a ser alvo de fortes críticas de integrantes da executiva nacional da sigla. "A renúncia é uma decisão pessoal. Nem eu, nem o PT podemos obrigá-lo. Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora", afirmou na sexta-feira, 18, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP).

A ala majoritária da bancada do PT na Câmara decidiu indicar o nome do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ex-ministro das Relações Institucionais e da Pesca, para suceder André Vargas (PT-PR) no cargo de vice-presidente da Câmara. Vargas abriu mão do posto na quarta-feira passada.

A reunião que selou o apoio da ala majoritária da bancada petista a Luiz Sérgio ocorreu poucas horas depois de Vargas formalizar a saída do cargo. Além do ex-ministro, a ala cogitava indicar o deputado José Guimarães (PT-CE).

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Correntes minoritárias do PT apoiam o nome do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Derrotado por Vargas na disputa interna no início deste ano, Teixeira ainda não decidiu se vai entrar outra vez na disputa. "Vou fazer algumas consultas ao longo da semana antes de tomar uma posição", disse ele.

A expectativa do partido é que a escolha do sucessor de Vargas na vice-presidência aconteça no dia 29. A indicação do nome cabe ao PT, segundo acordo que determinou a composição da Mesa Diretora da Casa.

Luiz Sérgio ocupou o Ministério das Relações Institucionais no primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, período em que ganhou o apelido de "garçom" devido à falta de autonomia para executar os acordos com a base aliada do governo. Transferido para o Ministério da Pesca em junho de 2011, ele chefiou a pasta até março de 2012.

A ala majoritária da bancada, composta por parlamentares das correntes Construindo um Novo Brasil (CNB) e Movimento PT, tem cerca de 50 dos 88 deputados do partido. "O grupo da CNB indicou Luiz Sérgio que, inclusive, já está em campanha", disse o deputado Vicente Cândido (SP), integrante da ala.

André Vargas foi forçado a deixar a vice-presidência depois que vieram à tona suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal sob acusação de liderar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões.

Renúncia

Durante o fim de semana, Vargas comunicou a dirigentes petistas que estaria novamente disposto a renunciar também ao mandato de deputado. Ele havia anunciado que renunciaria na semana passada, mas voltou atrás depois de uma conversa com advogados, e decidiu permanecer no cargo.

O petista é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara e, mesmo que renuncie, pode ser cassado e ter os direitos políticos suspensos.

Em conversas com dirigentes petistas durante o feriado prolongado, o deputado afirmou que vai renunciar ao mandato até terça-feira, mas a direção do partido só dará o caso por encerrado quando a decisão for oficializada.

Se renunciar, Vargas passa a ser um filiado comum do PT e deixa de ser objeto da Comissão de Ética nacional. Na semana passada uma comissão de três dirigentes ouviu suas alegações e fez um relatório recomendando que o caso do deputado seja apreciado pela Comissão de Ética, que pode indicar sua expulsão do partido. A cúpula petista também o pressiona abertamente a renunciar ao mandato de deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se renunciar, Vargas passa a ser um filiado comum do PT e deixa de ser objeto da Comissão de Ética nacional. Na semana passada uma comissão de três dirigentes ouviu suas alegações e fez um relatório recomendando que o caso do deputado seja apreciado pela Comissão de Ética, que pode indicar sua expulsão do partido. A cúpula petista também o pressiona abertamente a renunciar ao mandato de deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O recuo do deputado licenciado André Vargas (PT-PR) de abrir mão do mandato causou "constrangimento" em parte da cúpula do PT e levou a lideranças da legenda a defenderem publicamente a renúncia do petista ao cargo na Câmara.

Por dois dias seguidos, Vargas chegou a sinalizar que iria deixar o mandato, mas optou por apenas oficializar a saída da vice-presidência da Casa, o que ocorreu na tarde desta quarta-feira, após um servidor do gabinete dele entregar uma carta à Mesa Diretora. Ao contrário dos dias anteriores, em que recorreu às redes sociais, mensagens de texto e notas para dar declarações em sua defesa, hoje o petista optou pelo silêncio.

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As idas e vindas de Vargas passaram, no entanto, a ser alvo de crítica do próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão. "Acho que ele já deveria ter renunciado", disse o dirigente. Falcão ressaltou, porém, que a renúncia seria uma decisão pessoal e que nem ele nem o partido poderiam obrigar o deputado a tomar tal medida. A ressalva, no entanto, veio seguida da seguinte afirmação: "Mas seria bom para ele se o fizesse. E agora".

Demonstrando sintonia com o recado de Falcão, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), também subiu o tom e passou a defender abertamente que André Vargas deixasse o mandato. "Nossa expectativa é que ele renuncie ao mandato. Esperamos isso até para ele não ficar sangrando permanentemente. Acho que a renuncia ao mandato será o melhor para ele", defendeu o líder do PT. "Mesmo respeitando a sua intimidade, a sua dor, a sua dificuldade acredito que é chegada a hora da renuncia ao mandato" acrescentou em um segundo momento.

O ex-líder do partido na Câmara Fernando Ferro (PE) também não poupou o "companheiro" e considerou a permanência de André Vargas no mandato como um "constrangimento' para a bancada. "É uma situação constrangedora. Nós esperávamos que tivesse outro encaminhamento", afirmou Ferro.

As declarações públicas dos dirigentes do PT revelam o que antes era apenas discutido nos bastidores da legenda. Desde que foi revelada a viagem que fez num jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff, André Vargas é alvo de pressão por parte da cúpula do PT para deixar o cargo. A medida serviria para evitar possíveis impactos na campanha eleitoral do partido deste ano.

Doleiro

A relação entre André Vargas e o doleiro, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, é alvo de investigação no Conselho de Ética da Câmara e do próprio PT. Segundo aliados de Vargas, a tendência é que o deputado permaneça no cargo, pelo menos, até a próxima sessão do colegiado da Câmara, prevista para a próxima terça-feira (22). "Ele consultou os advogados e decidiu que vai se defender. Acho que vai aguardar até o dia 22", disse José Mentor (PT-SP). Na ocasião, integrantes do conselho devem votar a admissibilidade do processo disciplinar contra o paranaense.

Caso o parecer pelo prosseguimento da ação seja derrubado pela maioria do integrantes da comissão, o caso deve ser arquivado, sem a necessidade da elaboração de um relatório final que poderá ser pela perda de mandato de Vargas. O presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), não esconde o temor de alguma manobra por parte de aliados do paranaense. "Vai vir uma tropa na terça-feira, com certeza. Na pior das hipóteses vai ser apresentado um pedido de vista para ganhar mais uma semana", avaliou Izar. Além de uma possível reviravolta no conselho, Ricardo Izar também não descarta a possibilidade de o petista recorrer a outras instâncias para tentar impedir o andamento do processo na Câmara.

O deputado licenciado, André Vargas (PT-PR), formalizou nesta quarta-feira, 16, na Mesa Diretora da Câmara a renúncia ao cargo de vice-presidente da Casa. O documento não apresenta, no entanto, nenhuma menção à possibilidade de ele abrir mão do mandato de parlamentar.

O texto da carta entregue na Mesa é o mesmo lido pelo líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), no última quarta-feira, 09, no Salão Verde da Câmara.

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Na ocasião, Vargas explicou que tomou a decisão de deixar a vice-presidência após a abertura do processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética. O processo foi aberto após ser revelado que o petista tinha viajado em um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

O presidente em exercício da Câmara, Fábio Faria (PSD-RN), informou que a partir de desta quarta começará a contar o prazo de cinco sessões do plenário para que seja feita a substituição de Vargas na Mesa. "Com a oficialização será aberto o prazo regimental para a escolha do novo vice-presidente. Não poderá haver candidatura avulsa, essa vaga cabe apenas ao PT em razão da proporcionalidade do tamanho da bancada do PT na Casa", afirmou Farias.

O líder do PT, Vicentinho, comunicou ontem que até o próximo dia 29 a bancada deverá indicar o nome para o lugar do paranaense. Entre os mais cotados para o cargo estão os deputados José Guimarães (CE) e Paulo Teixeira (SP).

Em relação à possível renúncia de André Vargas ao mandato, até o momento nada foi formalizado. O petista chegou a anunciar que iria renunciar ontem, mas recuou da ideia. Por meio de nota, o deputado informou na tarde de terça-feira que estava "reestudando a hipótese de renúncia" ao mandato parlamentar.

"De acordo com a Constituição Federal, a renúncia ao mandato será inócua, pois não surtirá qualquer efeito. Em face disso, o deputado André Vargas (PT-PR) está reestudando a hipótese de renúncia", diz a mensagem divulgada por sua assessoria. O parágrafo 4º do artigo 55 da Constituição diz que a "renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º". A emenda constitucional de revisão é de 1994.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou nesta terça-feira que a bancada vai indicar até o próximo dia 29 de abril um nome para ocupar a vice-presidência da Casa, em substituição ao deputado André Vargas (PT-PR), que renunciou ao posto. "A nossa bancada já começou o diálogo a respeito de quem irá substituí-lo", afirmou o líder, após reunião com a bancada petista da Câmara.

Segundo Vicentinho, no encontro não foi discutido um prazo para que Vargas renuncie ao mandato de parlamentar. "Não entramos na questão da renúncia porque é uma questão de foro íntimo. Ele recebeu vários conselhos sobre a importância de renunciar", disse o líder. Entre os nomes mais cotados para a vice-presidência estão os do deputado José Guimarães (PT-CE) e o de Paulo Teixeira (PT-SP). A vaga é do PT.

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Na tarde de hoje, André Vargas adiou decisão sobre a renúncia ao mandato. Alegou que há um impasse sobre a interpretação jurídica a respeito dessa atitude. Vargas, entretanto, disse a pessoas próximas que deverá apresentar a carta de renúncia amanhã.

Segundo petistas ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, deputados da bancada na Câmara e integrantes da cúpula do partido têm pressionado Vargas a deixar o cargo, após a revelação da proximidade dele com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal. Vargas recebeu o recado de que se permanecesse poderia ser condenado no Conselho de Ética do PT e até ser expulso do partido. Com a renúncia, a tendência é que o processo interno seja extinto.

O deputado André Vargas (PT-PR) vai renunciar nesta terça-feira, 15, ao mandato parlamentar, segundo a assessoria de imprensa da direção nacional do PT. O presidente da sigla, Rui Falcão, foi procurado pelo deputado e informado da decisão. Licenciado da Câmara dos Deputados desde a semana passada, Vargas é alvo de processo no Conselho de Ética da Casa por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal em 17 de março durante a Operação Lava Jato.

As relações do petista com Youssef também são apuradas por uma comissão do PT, que ouviu o deputado na sexta-feira e apresentou nesta segunda-feira a Rui Falcão um relato oral de sua defesa. Esse grupo, formado por três dirigentes do partido, apresenta amanhã um relatório por escrito das alegações de Vargas.

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Desde o protocolo do pedido de processo na Câmara, Vargas está sujeito às penas da Lei Ficha Limpa. Isso porque a legislação torna inelegível o deputado que renunciar ao mandato para evitar a cassação. A aliados, o petista questiona a legitimidade do julgamento político e se diz "já condenado" nesse processo.

Vargas era vice-presidente da Câmara e, na semana passada, anunciou que se licenciaria dessa função para "preservar a Casa". O deputado alegou conhecer Youssef, de quem usou um jato particular emprestado para viajar com a família para o Nordeste, e que não cometeu "nenhum ato ilícito".

Conhecido mais no noticiário de celebridades do que de política, o deputado galã Fábio Faria (PSD-RN) vai assumir a presidência da Casa interinamente a partir desta sexta-feira. Ele ocupará a função por dez dias devido a uma viagem para a China de Henrique Alves (PMDB-RN) e à renúncia de André Vargas (PT-PR). A previsão é de que neste período, devido à Semana Santa, dificilmente a Câmara terá condições de votar algum projeto por falta de quórum.

Genro do dono do SBT, o apresentador Silvio Santos, Faria namora Patricia Abravanel, que está grávida de quatro meses de um menino. O deputado tem um histórico de namoros com mulheres bonitas e famosas, como as apresentadoras Adriane Galisteu e Sabrina Sato. O romance com Galisteu foi o que rendeu a Faria as maiores menções nas páginas de política quando ele usou recursos da Câmara para bancar uma viagem da então namorada no Carnaval. Pego na chamada "farra das passagens", o deputado devolveu à Casa R$ 21,3 mil em 2009 e foi poupado de qualquer sanção.

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Enquanto o deputado administrará a Câmara, o presidente oficial lidera uma comitiva que inclui outros seis deputados como os líderes do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Na ida, passarão um dia em Dubai, nos Emirados Árabes. Após a divulgação que ficariam em um hotel com diária de US$ 1,7 mil, Alves decidiu trocar a hospedagem e ficará com os colegas em outro local com diária de US$ 326. Os integrantes da comitiva receberão diárias de US$ 550. A agenda inclui encontros com lideranças chineses e ocorre por convite do parlamento do país. "Essa visita vai possibilitar aproximar a relação do Brasil com a China", argumenta Alves.

O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) recorreu nesta quinta-feira às redes sociais para dizer que vai provar de "cabeça erguida" que não cometeu nenhuma irregularidade. As declarações do deputado ocorreram após a Executiva nacional do PT decidir levar o caso dele à comissão de ética do partido. O parlamentar também é alvo de processo por quebra de decoro na Câmara, que investiga as suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

"Estou certo de que não cometi ato ilícito e vou provar isso, de cabeça erguida. Não traí a confiança que sempre mereci do povo do Paraná", diz André Vargas no perfil oficial dele no Twitter.

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Em outras mensagens publicadas no microblog, o petista diz ser alvo da mídia. "A imprensa está devassando minha vida, e vendo que não tenho nada a esconder. Meu patrimônio condiz com o salário de deputado", diz um dos posts. "Lamento que minha família e amigos estejam acossados por repórteres. O alvo sou eu, não eles".

O deputado também reafirma que "cometeu um equívoco" ao ter utilizado um avião em janeiro de 2014 do doleiro Youssef. Esse reconhecimento do "equívoco" também foi feito da tribuna na semana passada. "Claro que, com relação ao avião, eu reconheço, fui imprudente. Foi um equívoco, deveria ter evitado. Peço desculpas aqui e à minha família", disse Vargas na ocasião.

O presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, anunciou na tarde desta quinta-feira, 10, que "no caso do deputado André Vargas, previamente à instalação da Comissão de Ética, a Executiva decide ouvir o companheiro a respeito dos fatos noticiados". Ao fazer o anúncio, Falcão afirmou que "fatos noticiados por si só não incriminam ninguém". A Comissão Executiva Nacional do partido está reunida, em São Paulo, para discutir a situação do deputado e outras questões.

Participantes da reunião relataram que houve divergência quanto à instalação da Comissão de Ética, por isso decidiu-se ouvir o deputado previamente. "À luz dos fatos noticiados, é importante ouvir o companheiro a respeito destes fatos noticiados", disse Falcão, sem especificar quando a comissão deve ouvir o deputado. O presidente do PT disse que não há pressa ou falta de pressa nessa movimentação. Nos bastidores, a expectativa é de que Vargas seja ouvido ainda nesta sexta-feira, 11.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou na manhã desta quinta-feira, 10, que marcará para a última semana do mês a eleição do substituto do deputado André Vargas (PT-PR) para o cargo de primeiro vice-presidente da Casa.

Ontem, o petista renunciou à função alegando que precisava se dedicar à defesa perante o Conselho de Ética, que instaurou uma investigação disciplinar contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.

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Pelo critério da proporcionalidade, o PT permanecerá na vice-presidência e indicará o sucessor de Vargas. Assim que o petista encaminhou sua carta de renúncia, os primeiros nomes que foram ventilados pelo partido foram os do ex-líder da bancada, José Guimarães (CE), o vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (RS) e o ex-presidente da Casa, Marco Maia (RS).

Além do Conselho de Ética, a Corregedoria da Casa também vai investigar as relações de Vargas com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. No Conselho, o relator do processo será o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que já avisou que pretende apresentar seu parecer antes do prazo regimental de 90 dias.

Em uma carta lida na noite desta quarta-feira pelo líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), o petista André Vargas (PR) anunciou que abre mão da vice-presidência da Casa para se dedicar a sua defesa no processo instaurado hoje pelo Conselho de Ética.

"Tomo essa decisão para que eu possa me concentrar em minha defesa perante o conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora, e também preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados", diz o petista no documento.

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Ao ler a carta, Vicentinho disse que o partido apoia sua decisão e que, a partir de agora, a legenda passará a discutir nomes para substituir Vargas na vice-presidência. O Broadcast Político apurou que os mais cotados são o ex-líder do PT José Guimarães (CE), o vice-líder do governo Henrique Fontana (RS) e o ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS).

Vicentinho hesitou em falar sobre uma possível renúncia de Vargas ao mandato parlamentar e limitou-se a dizer que a questão é "de foro íntimo". "Ele agora quer ter o direito defesa e de ser ouvido", disse Vicentinho.

Incomodados com possíveis reflexos ao partido na disputa eleitoral deste ano, integrantes da cúpula do PT ampliaram nesta terça-feira a pressão para que o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), renuncie ao mandato e já começaram até a discutir quem o sucederá no posto.

A movimentação foi intensificada após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que Vargas precisa esclarecer o envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal, para o PT não "pagar o pato".

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As declarações do ex-presidente foram feitas a blogueiros em entrevista realizada em São Paulo no mesmo momento em que a bancada do PT na Câmara se reunia para discutir sobre o futuro do mandato do vice-presidente. Nada foi decidido no encontro, mas na análise de alguns deputados, a reação de Lula foi como um "disparo no peito" de Vargas e um sinal de que o vice-presidente não conta com o apoio do principal nome da legenda.

Foi o que se viu na sequência. Sob reserva, muitos petistas já defendem sua renúncia ao mandato. Abertamente, porém, a defesa por enquanto é que ele deixe o cargo na Mesa imediatamente. Antes mesmo de terminar a reunião, o vice-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), deixou a sala e passou a defender publicamente que Vargas renunciasse ao menos ao cargo de direção que ocupa na Casa. "Ele tem que entregar a vice-presidência, que é um posto na Câmara essencial ao PT, e neste momento ele não tem como atuar e não pode trancar isso", afirmou Fontana.

Cientes do enfraquecimento de Vargas dentro do partido, alguns setores já se movimentam para substituí-lo no cargo da Mesa. "Ele está de acordo. Ele vai deixar a vice-presidência no momento certo, mais para a frente", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que conversou com Vargas na manhã de hoje. Essa possível renúncia do deputado da vice-presidência "nos próximos dias" também reacende a disputa interna entre as correntes do partido. Adversários do grupo de Vargas tentarão emplacar no lugar dele o nome do ex-líder do PT Paulo Teixeira (SP). Em dezembro de 2012, Teixeira chegou a disputar com Vargas a indicação para a vice, mas perdeu por 48 votos a 37.

Processo

De acordo com pessoas próximas ao paranaense, a maior preocupação dele hoje é com a instauração do processo disciplinar no Conselho de Ética que pode culminar na cassação do mandato. A instalação das investigações no colegiado está prevista para ocorrer na tarde de amanhã. De acordo com o regimento, o relator escolhido deve apresentar um parecer, contra ou a favor, da perda do mandato, em 90 dias.

O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), não descarta, entretanto, manobras regimentais por parte do PT para adiar o início das atividades na comissão. "Acho que estão preparando alguma coisa porque toda hora vai alguém do PT da área jurídica lá no Conselho questionando um determinado ponto do regimento. Regimentalmente pode acontecer qualquer coisa", disse Izar.

Aliados

Aliados de Vargas também tentaram pressionar alguns integrantes do colegiado para que o processo seja inicialmente instalado na corregedoria da Casa para só depois tramitar no Conselho de Ética. "Hoje a questão principal não é a permanência na vice, mas o Conselho de Ética", afirmou Zarattini.

Caso seja iniciado o processo no colegiado, em tese, Vargas, se for cassado, seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, não podendo disputar as próximas eleições. Por outro lado, caso Vargas renuncie antes da instalação do processo, não há um entendimento jurídico, se ele também ficaria inelegível. O tema, no entanto, não está pacificado. "O Conselho de Ética não pode instaurar um processo sem provas. Não existe nenhuma prova contra o André, o próprio juiz do Paraná pede para que seja instalada uma investigação. A gente defende que primeiro passe pela corregedoria e, se encontrarem algo, vai para a Conselho de Ética", acrescentou.

O PPS ingressará nesta semana, junto com PSDB e DEM, com representação no Conselho de Ética da Câmara contra o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), por quebra de decoro parlamentar. A decisão foi anunciada neste domingo (6), pelo presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire (SP), que considera as denúncias do envolvimento de Vargas com o doleiro Alberto Youssef "da maior gravidade".

Em nota divulgada neste domingo (6), Freire afirma que as denúncias precisam ser investigadas com isenção pelo conselho. "Já que o vice-presidente não tomou a iniciativa de se afastar espontaneamente do cargo, vamos ingressar com representação contra ele no Conselho de Ética por entender que o seu envolvimento com o doleiro preso pela PF fere o decoro parlamentar", disse.

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De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Vargas promete ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal. As suspeitas são de que Youssef e Vargas sejam sócios do laboratório Labogen. O doleiro está preso desde o dia 17 de março em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro.

Pesquisa

Roberto Freire avaliou que as denúncias contra o governo envolvendo a Petrobras e integrantes do PT só aumentam a desconfiança da sociedade, sentimento esse que tem sido apontado pelas recentes pesquisas de opinião, como a DataFolha, divulgada no sábado, 5. A pesquisa apontou uma queda de 6 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff para as próximas eleições: de 44%, em fevereiro, para 38%.

"Cresce a tônica por mudanças e à oposição neste momento cabe o papel de preparar propostas alternativas de governo porque há sinais cada vez mais claros do esgotamento do ciclo petista, cuja principal marca é a corrupção", afirmou Freire, lembrando que a pesquisa ainda aponta que 72% da população têm desejo por mudanças.

As novas denúncias sobre o envolvimento do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), com o doleiro Alberto Youssef levaram o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), a defender neste domingo, 6, o afastamento de Vargas do cargo. "Diante das inúmeras acusações de envolvimento do vice-presidente da Câmara com o doleiro preso, o seu afastamento do cargo é o melhor caminho para dar condições à Mesa Diretora da Câmara de apurar com isenção as denúncias que pesam sobre ele", defendeu Bueno por meio de nota.

De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Vargas promete ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal. As suspeitas são de que Youssef e Vargas sejam sócios do laboratório Labogen. O doleiro está preso desde o dia 17 de março em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro.

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Para o líder do PPS, o discurso de pedido de desculpas, feito por Vargas na semana passada, já não basta. "É preciso um gesto mais efetivo, como o licenciamento do cargo, para que a instituição Câmara dos Deputados não se contamine com o cipoal de denúncias contra André Vargas", afirmou.

PSDB e DEM também já anunciaram que vão protocolar representação no Conselho de Ética da Câmara contra André Vargas por quebra de decoro, em razão de ele ter viajado em avião pago pelo doleiro Youssef. Em seu discurso, na semana passada, no plenário da Câmara, o vice-presidente da Câmara admitiu que foi "imprudente". "Em relação ao avião, eu reconheço: fui imprudente, foi um equívoco. Deveria ter exigido contrato, deveria ter quitado, não deveria ter exposto minha família", disse Vargas.

A representação do PSDB e DEM, que deve ser protocolada no início desta semana, irá destacar que o uso da aeronave pode configurar recebimento de vantagem indevida, procedimento incompatível com o decoro parlamentar e punível com a perda do mandato, conforme o inciso II do art. 4º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recomendou ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que rejeite o pedido de investigação solicitado pelo Psol contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-RN). O argumento do secretário-geral, Mozart Vianna, é que o ofício do Psol é "genérico", não está bem fundamentado e faz juízo de valor sobre as denúncias veiculadas contra o petista. A palavra final será dada por Alves na próxima semana.

A Secretaria diz no documento que será entregue ao presidente da Câmara que o autor do requerimento, o líder do partido Ivan Valente (SP), não observou os requisitos mínimos para a formulação do requerimento de representação. "Para iniciar um processo, a denúncia é frágil. Não tem sustentação, não tem fundamentação", concluiu o secretário.

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Hoje, DEM e PSDB anunciaram que vão protocolar uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Vargas no Conselho de Ética da Câmara. Os partidos de oposição alegam que o petista quebrou o decoro e que o uso da aeronave emprestada pelo doleiro Alberto Youssef - preso em uma operação da Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro - configura recebimento de vantagem indevida. Nestes casos, o parlamentar fica sujeito a perda do mandato.

Nesta semana, Vargas foi à tribuna dar explicações aos colegas. Em 10 minutos de discurso, o petista disse que foi "imprudente" e que não sabia das investigações contra o doleiro, com quem mantém amizade há 20 anos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira, 2, que a situação do vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), que andou no jatinho de um doleiro que está preso, é de foro íntimo.

Alves disse que ainda não conversou com Vargas e que vai esperar que o parlamentar o procure. Questionado pelo Broadcast Político sobre qual procedimento deveria ser tomado em relação ao caso, o deputado respondeu: "Se ele quiser conversar, vamos conversar com ele, mas a decisão é dele, é foro íntimo, é um parlamentar que eu respeito".

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Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que no início do ano André Vargas pegou emprestado o avião do doleiro Alberto Yousseff para viajar de Londrina (PR) a João Pessoa (PB). Yousseff está preso por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), utilizou-se de um avião emprestado pelo doleiro preso Alberto Yousseff para fazer uma viagem a João Pessoa, na Paraíba. Yousseff foi preso há duas semanas durante a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com documentos da Polícia Federal, ambos trocaram mensagens de texto pelo celular no dia 2 de janeiro. Ali, foi agendada a viagem em um jato particular cujo prefixo é PR-BFM. A informação foi publicada nesta terça-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo".

Ele divulgou duas notas nesta terça-feira (1°). Em uma delas, disse que: "Conhecer alguém há 20 anos não é crime. Alberto Youssef é empresário de minha cidade. Dono do maior hotel da cidade. E os encontros, contatos e a relação se deram dentro da legalidade. Qualquer homem público poderia passar por isso". Em outra declarou que há um "vazamento seletivo" de informações.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, considerou que o episódio não "é um problema" do partido. Questionado se iria pedir explicações sobre o envolvimento de Vargas com o doleiro, Rui Falcão respondeu: "Não. O André deu as explicações que ele julgou apropriada. Não é um problema do PT. É uma relação privada que ele está explicando, não é o PT. Mas eu vi as explicações dele e não tenho o que acrescentar".

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), manifestou solidariedade ao companheiro de partido. "Nossa primeira ação é de respeito e confiança absoluta no nosso colega", afirmou. Ele disse que ainda não conversou com Vargas sobre o assunto e que por isso não comentaria o mérito da questão.

O Santos desistiu do empréstimo do chileno Eduardo Vargas, mas continua negociando a contratação do zagueiro Bruno Uvini - também do Napoli - que viria apenas como complemento da negociação. O defensor de 22 anos se tornou uma das prioridades da diretoria santista depois da contusão de Edu Dracena, que está com suspeita de uma grave lesão no joelho esquerdo, o mesmo local da contusão de 2012 (rompimento o ligamento cruzador anterior). Dracena será submetido quarta-feira a uma artroscopia para avaliar o grau da contusão.

As condições do empréstimo do zagueiro são bem mais simples que as de Vargas. Bruno Uvini chegaria por um ano de contrato, sem custos e, provavelmente, com o valor de compra fixado. Por outro lado, a irritação da diretoria com a maneira como os italianos conduziram as negociações por Vargas pode resultar em uma retaliação. Na última sexta-feira, por exemplo, os santistas aguardavam a minuta do contrato com o chileno para análise, mas os italianos nem responderam.

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Promessa do São Paulo em 2010, Uvini foi campeão do Mundial Sub-20 em 2011 com a seleção brasileira. Em 2012, foi convocado para a seleção brasileira principal e conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Londres, ainda sob o comando de Mano Menezes. Na Itália, no entanto, não fez sucesso e acabou emprestado ao Tottenham, da Inglaterra, onde ficou por pouco tempo. Depois de um período em Nápoles, Bruno foi emprestado ao Siena, também da Itália, mas não se destacou.

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