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As empresas de jogos eletrônicos têm que aceitar, a euforia da pandemia acabou. Os jogadores passam menos tempo jogando do que no ano passado. Mas o setor parece mais bem preparado do que outros para enfrentar a atual adversidade econômica.

No início da crise sanitária, "as pessoas correram para a Twitch, tanto streamers quanto espectadores", diz Brandon Willians, conhecido como “BWpaco” na plataforma onde os jogadores transmitem seus jogos ao vivo.

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"Mas conversei com algumas pessoas que pararam de transmitir porque estavam exaustas ou porque não era para elas. Ou porque não tinham mais tempo em razão do retorno ao trabalho presencial", diz.

Em 2020, a plataforma da Amazon chegou a superar uma média de 2 milhões de espectadores conectados ao mesmo tempo pela primeira vez, segundo o site twitchtracker.com.

Embora as visualizações tenham caído após atingir o pico de cerca de 3 milhões em abril de 2021, o número médio de espectadores conectados na época (2,6 milhões) permanece maior do que antes da pandemia.

Acostumadas a um crescimento de dois dígitos, as empresas de jogos desaceleraram, mas continuam com melhor saúde financeira do que muitos grupos de tecnologia que estão demitindo funcionários.

Matt Piscatella, analista do escritório NPD, estima que os gastos totais do consumidor de jogos eletrônicos serão de cerca de US$ 55,5 bilhões nos Estados Unidos em 2022: 8,7% a menos que no ano passado.

As vendas da Activision Blizzard, Microsoft e Sony caíram em relação ao ano passado.

Mas a correção após o boom da pandemia era inevitável, segundo analistas, principalmente em um contexto econômico tenso.

"Dificuldades no fornecimento de componentes estão impedindo a produção de novos consoles e foram adiados lançamentos de grandes títulos como Starfield, Suicide Squad e Breath of the Wild 2 até 2023", comenta Steven Bailey, analista da Omdia.

A demora na disponibilização de novos títulos é parte do problema, mas Piscatella espera que seja temporário e que o mercado se estabilize gradativamente em 2023, com retorno "à tendência de longo prazo, ou seja, crescimento constante".

A inflação força os compradores a tomar decisões, observa o analista, mas não a abandonar completamente os jogos.

"Cerca de 76% dos consumidores dos Estados Undios jogam jogos de todos os tipos e vemos um crescimento contínuo nas assinaturas de serviços como Xbox Game Pass e Playstation +", destaca.

A pandemia favoreceu a adoção de novos costumes, como "cosy gaming": "jogos confortáveis" que enfatizam a cooperação em vez da competição.

Também permitiu que streamers pacientes construíssem uma comunidade de jogadores leais, embora muitos espectadores agora conectem seu canal favorito da Twitch como um rádio, para ouvi-lo em segundo plano.

O streamer BWpaco, com centenas de seguidores, afirma não ter perdido fãs, mas admite que "são menos numerosos a falar na janela de chat".

Poucas gotas pingam dentro do nariz e pronto. O tão esperado alívio é imediato e a sensação de não conseguir respirar tem fim. Essa é a realidade de quem utiliza constantemente os descongestionantes nasais. Seja dentro das bolsas, ao lado da cama ou em qualquer lugar de fácil acesso, os pequenos frasquinhos de em média 30 ml estão sempre por perto de quem sofre com obstrução nasal diariamente.

O “remédio para nariz entupido”, como é conhecido pela maioria dos usuários, são descongestionantes nasais tópicos e ao contrário do que muitos pensam, não devem ser utilizados constantemente sem a avaliação de um profissional da saúde.

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Hoje com 27 anos, o jornalista Felipe Cabral convive com o vício em descongestionantes nasais desde o cinco anos de idade, quando descobriu que tinha rinite alérgica. Ele atribui a problemática a sua primeira moradia, onde as paredes eram cheias de infiltrações e a estrutura das telhas tinha muita umidade e mofo. “Por causa da poeira, meu nariz entupia muito e desde criança já passei por várias marcas de descongestionantes”, conta. No inverno, ele chega a utilizar o produto cerca de dez vezes ao dia. “Em épocas quentes diminuo o uso consideravelmente para três vezes”, explica.

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Ainda de acordo com Felipe, todo dia ele coloca ao menos uma gotinha de seu Neosoro, marca que utiliza atualmente. “O psicológico contribui muito pra isso. Se eu saio de casa e esqueço o remédio, bate o desespero do nariz entupir e eu estar sem. Aí, quase automaticamente ele entope. É psicossomático”, diz.

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Em 2015, o Neosoro foi o medicamento mais vendido nas farmácias brasileiras, em unidades, de acordo com uma pesquisa feita pela IMS Health. A liderança do descongestionante nasal vem se repetindo nos últimos anos. Em 2014, o remédio chegou perto de 40 milhões de unidades vendidas no Brasil. O produto é mais comercializado do que remédios para o tratamento de hipertensão, problemas cardíacos ou analgésicos. O preço varia entre R$ 2,99 e R$ 8,99, dependendo da farmácia e da localidade onde é vendido.

A assistente de saúde bucal, Mariluce Barbosa, 50 anos, já utilizou diferentes marcas de descongestionantes e se diz viciada no produto desde os 25 anos de idade. Começou com o Sorine, passou pelo multisoro e agora também é usuário assídua do Neosoro. “Eu sempre usei porque sou alérgica a poeira, tenho desvio de septo e quando o nariz entope não consigo dormir sem colocar as gotinhas de cada lado do nariz”, conta. Ela diz que já não consegue ter uma rotina sem utilizar o remédia todos os dias porque a sensação de não respirar é sufocante. “Já durmo com ele na mão e me considero viciada. Algumas pessoas já me disseram dos riscos, mas não procurei saber mais detalhes. Desentupiu tá bom demais”, pontua.

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As histórias de quem se tornou adepto aos descongestionantes nasais são semelhantes. Geralmente por causa de uma crise alérgica ou um resfriado, a sensação do nariz entupido por causa da obstrução tira o sono de muitas pessoas. O efeito do remédio quase imediato torna o produto um ciclo vicioso e o paciente já não consegue viver sem ele. As “gotinhas milagrosas” parecem ser a solução mais fácil e acessível, mas o uso de forma abusiva pode causar problemas mais sérios do que a própria obstrução nasal.

De acordo com o otorrinolaringologista Marcelo Longman Mendonça, a indicação dos descongestionantes são em casos de obstruções nasais crônicas, por no máximo quatro dias, dependendo do caso do paciente. “Uma gripe mais forte ou uma situação específica de pós-operatório com acompanhamento médico. São produtos com soluções fortes. Se forem mal utilizados podem murchar o tecido do nariz de forma intensa e medida que a ação milagrosa vai se perdendo, o caso volta pior do que já era e se cria um vício”, explica.

Longman complementa que o hábito de muitas pessoas “viciadas” no produto é equivocado e perigoso. “Tem de ser revisto porque pode trazer problemas de saúde mais graves. A maioria usa para tratar rinite alérgica  ou uma obstrução nasal, mas o uso de maneira contínua acaba criando o crescimento de tecido esponjoso do nariz e em casos mais graves só é solucionado com cirurgia”, conta. Para ele, existe, no primeiro momento, uma melhora, mas o organismo se acostuma com o remédio a partir de um determinado tempo, o usuário fica dependente.

Os “viciados” das gotinhas também se reúnem em páginas no Facebook, como “Viciados em neosoro por uma noite mais tranquila” ou “Meu Neosoro”, em que lamentam quando o frasco chega ao fim e relatam histórias nas quais o produto é o protagonista principal. Em uma das postagens, uma internauta comenta sobre o vício. "Vicia sim, porque não vivo sem Neosoro. Uso 5 por semana e se não tiver, eu só falto morrer", publicou.

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A farmacêutica Telma Cavalcanti diz que algumas substâncias contribuem para manter a população viciada no produto, como os componentes nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina. “No caso do Neosoro, existem dois agravantes. Ele é cloreto de nafazolina que causa dependência por causa da ação rápida. Os vasos contraem, sai o edema e com ele a sensação de nariz entupido. Mas, rapidamente o efeito passa e os vasos voltam ao normal e a obstrução nasal retorna”, completa.

Ela também explica que o uso excessivo dos descongestionantes causam lesões na mucosa e podem impactar em doenças cardiovasculares, uma vez que a ação do medicamento se dá através da vasoconstrição, diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. “Eu trabalho em redes de farmácia comerciais e tenho visto o aumento das vendas desses produtos. As pessoas chegam perguntando por remédios bons e baratos para desentupir o nariz”, relata.

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O otorrinolaringologista Marcelo Longman lista os principais riscos de se manter um usuário “viciado” nos descongestionantes sem o acompanhamento de um médico. Arritmia cardíaca e pressão alta, Rinite medicamentosa, quando o pacientes é vítima do efeito rebote, que quando a ação do remédio passa, o nariz fique ainda mais obstruído do que estava antes.

Insônia, tremor e perda de olfato também estão entre os problemas. Em casos mais graves, ele alerta que o produto pode causar o aumento dos cornetos nasais e muitas vezes, o problema só é resolvido com uma cirurgia.

Ele indica que os pacientes devem ir ao médico para analisar esse problema e identificar como tratá-lo. “Certamente não vai ser com essa medicação. Existe uma gama de opções e tipo de tratamento, podendo ser ou não com cirurgia”. Uma outra opção é substituir o descongestionante por e realizar a higiene nasal diária com soro fisiológico.

O Instituto Igarapé, ONG sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro, divulgou um estudo mostrando os resultados obtidos com a implantação de uma política de tolerância do uso de drogas em ambientes monitorados que preserva, tanto quanto possível, a integridade dos usuários. Os espaços são conhecidos como Salas de Consumo de Drogas (SCD) e estão presentes em países como Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Espanha e França.

O principal objetivo da iniciativa é proporcionar um ambiente higienicamente seguro para o consumo de drogas injetáveis e o acesso aos serviços de saúde, evitando a propagação de doenças como a Aids e garantindo tratamento para os dependentes. A Holanda lidera no quesito quantidade, com 31 salas distribuídas por 25 cidades. A Alemanha vem em seguida, com 24 SCDs espalhadas por 15 cidades e a Suíça aparece na terceira posição, como 12 salas em 8 cidades.

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Ao todo, existem 98 salas em 62 cidades da Europa, sendo que Portugal e Reino Unido já possuem projetos em tramitação para a implantação de SCDs. Para o Instituto Igarapé, o Brasil tem um grande potencial, uma vez que o comportamento dos usuários de crack, presentes nos grandes centros, traz riscos à saúde, devido ao compartilhamento de cachimbos, e aos locais que ficam no entorno de onde eles se concentram.

Segundo a pesquisa, 70% dos usuários de crack utilizam cachimbo de metal, o que pode levar a contaminação por metal pesado e queimaduras. Além disso, a incidência de HIV nos dependentes é oito vezes maior que a população geral. A Hepatite C atinge 2,9% deles, duas vezes mais que o restante da população e quase metade (44,7% dos usuários) afirmaram já ter sofrido overdose decorrente do uso de crack.

O estudo ressalta que a implantação desses espaços esbarra na legislação brasileira, mas defende que a questão deveria ser colocada em pauta devido aos resultados positivos demonstrados pela iniciativa nos países onde ela está presente.

A fim de prevenir acidentes com os viciados em smartphones, a cidade de Concepción começou a experimentar um semáforo de chão para que os que não tiram os olhos da tela do celular possam saber quando atravessar uma rua.

Neste projeto pioneiro no país, as luzes vermelhas e verdes foram instaladas nas calçadas do cruzamento das ruas Picaví com Calle Nueva, que estão conectadas aos semáforos tradicionais.

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As autoridades, preocupadas com o alto número de acidentes na região, esperam diminuir o risco e aumentar a segurança dos pedestres, embora reconheçam que a tecnologia sozinha "não é suficiente".

O objetivo destes semáforos de chão é chamar a atenção de quem anda distraído olhando para baixo ou concentrado em seu celular mediante mensagens luminosas que são projetadas de baixo para cima.

"Esta nova alternativa tem por objetivo entregar um novo insumo para proteger a vida de nossos estudantes. Esperamos validá-las e dizer que esta é uma alternativa útil. E, se for assim, gerar em novos cruzamentos uma massificação desta iniciativa", disse o intendente da cidade, Rodrigo Díaz, em comunicado.

Espera-se que com os novos semáforos gerem uma mudança no comportamento dos pedestres. Se o projeto, já realizado em países europeus como a Holanda, der resultados, as autoridades de Concepción estão dispostas a instalar este tipo de semáforo em outras partes da cidade.

"Mas queremos pedir às pessoas que colaborem, porque por mais semáforos que sejam instalados, se não houver um respeito ao sinal de trânsito e à sinalização, isso não vai servir de nada", alertou o prefeito da cidade, Álvaro Ortiz.

Diversas fotos publicadas pelos meios de comunicação iranianos mostrando meia centena de pessoas, entre pobres e viciados em drogas, dormindo em túmulos no cemitério de Shahriyar, a oeste de Teerã, provocaram uma grande comoção no Irã.

O famoso cineasta Asghar Farhadi escreveu ao presidente Hassan Rohani para expressar a ele sua vergonha devido a estas fotos dos túmulos muito disseminadas nas redes sociais, sobre as quais atletas e outros artistas também manifestaram sua irritação.

"Vi a reportagem sobre a vida de homens, mulheres e crianças nos túmulos de um cemitério nos arredores de Teerã e todo o meu ser foi tomado por choro e vergonha", escreveu Farhadi em uma carta divulgada na terça-feira através das redes sociais.

"Quero compartilhar esta vergonha com todos aqueles que tiveram responsabilidades" nestas últimas décadas no país, acrescentou.

O jornal Shahrvand publicou na terça-feira uma reportagem ilustrada sobre estas pessoas que dormem em túmulos vazios, cavados com antecedência.

"Somos seres humanos? Somos estrangeiros? Por acaso não somos iranianos?", dizia um sem-teto questionado pela publicação.

Nesta quarta-feira, durante um discurso televisionado, o presidente Rohani reagiu ante a carta de Farhadi afirmando que ninguém pode "aceitar que em um grande país como o Irã as pessoas se refugiem dentro de túmulos".

"Havia ouvido falar de gente que dorme debaixo de pontes, ou (em estações de) metrô em países estrangeiros, mas quase não havia ouvido falar de gente que dormia em túmulos", disse o presidente iraniano.

O governador local foi encarregado de solucionar este problema.

Segundo Shahrvand, meia centena de homens e mulheres que ocupavam os túmulos, alguns há anos, foram evacuados "manu militari" do cemitério a partir da tarde de segunda-feira.

O procurador de Shahriyar, cidade localizada a 30 quilômetros de Teerã, indicou que os viciados em drogas serão enviados a centros de reabilitação.

A pobreza aumentou muito nos últimos anos no Irã, onde a taxa oficial de desemprego passou de 10,6% da população economicamente ativa em 2014 a 12,7% neste ano, enquanto entre os jovens (15 a 29 anos) alcança 27%.

Em menos de um mês, o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), que faz parte do Programa Estadual de Enfrentamento ao Crack, internou 189 dependentes químicos no Estado de São Paulo, sendo que 47 internações aconteceram somente durante o Carnaval. Levantamento feito pelo governo estadual mostra que 84% dos internados são do sexo masculino e que 94% deles têm idades entre 18 e 59 anos.

Entre as internações, 90% delas foram feitas com o consentimento do paciente e o restante, 18 pacientes, foram internados involuntariamente, mas com o consentimento da família. Durante os 23 dias desde a criação do programa, nenhum usuário teve internação compulsória.

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Nesse mesmo período, o número de ligações de familiares e pacientes aumentou em quase 20 vezes e 1.203 atendimentos foram feitos pelo Cratod.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira durante a inauguração de uma tenda destinada ao atendimento e triagem dos usuários e familiares que chegam ao Cratod. De acordo com o governador Geraldo Alckmin a demanda foi maior que a esperada. "É um trabalho ininterrupto e vamos fortalecer as equipes", disse.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quinta-feira (24) que foram feitas 18 internações de dependentes nos três primeiros dias do programa de internação compulsória de usuários de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo. Ao todo, também houve 257 acolhimentos.

O dia com o maior número de atendimentos foi a quarta-feira (23). "(Foram) 48 ligações, 47 acolhimentos e 11 internações, três involuntárias, uma compulsória e sete voluntárias", afirmou Alckmin, durante entrega de trens em Osasco, na Grande São Paulo.

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A Internação involuntária é feita a pedido da família, mesmo contra o desejo do dependente químico, após avaliação de médicos. O Ministério Público é apenas informado. Já a compulsória é determinada pela Justiça, após pedido de um médico (sem solicitação da família). Serve para casos extremos, nos quais o dependente está em risco imediato.

Iniciado na segunda-feira, quando foram feitos 39 acolhimentos e cinco internações, o programa é uma parceria entre o governo do Estado e o Tribunal de Justiça de São Paulo, que mantém um plantão judiciário no local para facilitar casos de internação. Na terça-feira, houve 47 acolhimentos e 11 internações, das quais três foram involuntárias e uma compulsória. Pessoas com dependência de crack são encaminhadas para o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).

No dia em que o governo estadual iniciou o programa de incentivo à internação compulsória, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, criticou a medida. "O pior que pode acontecer é se tirar a liberdade do consumidor (de drogas)", avaliou o prefeito, que participou Nesta segunda-feira de um debate promovido pelo Instituto Lula sobre desenvolvimento e integração da América Latina.

Petro revelou que a prefeitura de Bogotá estuda implementar uma medida de tratamento dos dependentes químicos através da oferta controlada de drogas promovendo, assim, a redução do consumo e por fim o tratamento do usuário. De acordo com ele, a ideia é criar centros regulados de consumo, programa que já existe em 65 países do mundo, com o acompanhamento de médicos. "É muito mais eficaz do que a legalização das drogas", acredita.

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Nesta manhã, Petro se encontrou com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, onde discutiram temas comuns entre as duas cidades, como mobilidade urbana, tarifa de ônibus, reciclagem de lixo e segurança pública. Segundo o prefeito colombiano, em junho a cidade de Bogotá deverá ser a sede de um encontro entre os prefeitos das principais cidades da América Latina.

Enquanto se discute na esfera judicial se a internação compulsória de viciados em crack é válida ou não, pelo menos 5.103 dependentes desta e de outras drogas foram internados de forma involuntária em São Paulo nos últimos oito anos. Na média, são quase dois por dia. Levantamento inédito obtido pelo 'Estado' revela que, contando outras doenças psiquiátricas, esse número pula para 32.719 casos.

A maior parte dos pacientes involuntários apresenta diagnóstico de psicose, esquizofrenia e dependência química provocada por álcool e drogas - doenças diretamente associadas, segundo especialistas, que somam mais de 20 mil casos. Na lista, há relatos de transtornos causados por crack, cocaína, heroína e maconha entre usuários de até 60 anos, incluindo adolescentes.

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Os dados são do Ministério Público Estadual, que deve ser notificado quando a internação involuntária ocorre mediante aprovação da família em um prazo máximo de 72 horas. A regra vale para qualquer diagnóstico, relacionado ou não ao uso de álcool e drogas.

Apesar de polêmica, a medida é considerada legal em todo o País desde abril de 2001, a partir da publicação da Lei 10.216, que permite que parentes de sangue optem pelo tratamento mesmo sem consentimento do paciente. A legalidade da internação, no entanto, depende da apresentação de um laudo médico, assinado por um psiquiatra.

A exigência médica - aliada à regra que proíbe que o tratamento involuntário seja solicitado por maridos e mulheres - promove, segundo representantes do Ministério Público, uma subnotificação, especialmente entre pacientes com alto poder aquisitivo, que podem pagar clínicas particulares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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