Tópicos | vôlei

Em semifinal equilibrada, a Seleção Brasileira foi derrotada pela Polônia e deu adeus ao Mundial de Vôlei Masculino. Os poloneses venceram por 3 sets a 2, com parciais de 23/25, 25/18, 25/20, 21/25 e 15/12. O Brasil disputará a medalha de bronze neste domingo, às 13h, contra o perdedor de Itália e Eslovênia.

Os brasileiros começaram bem no jogo, mas não foram capazes de resistir aos bem estruturados poloneses, que foram resilientes após perderem o primeiro set e souberam buscar a reação.

##RECOMENDA##

O maior pontuador do Brasil na partida foi o ponta experiente Lucarelli, que anotou 18 pontos, mas sentiu a panturrilha esquerda no quarto set e teve de deixar a quadra.

Esta é a terceira vez consecutiva que a Polônia elimina o Brasil no Mundial de Vôlei. Em 2014, os poloneses jogaram em casa e eliminaram o Brasil na final por 3 sets a 1. Em 2018, 3 sets a 0, também na final do torneio, desta vez em Turim, na Itália.

Desde 2002, esta será a primeira vez em que o Brasil não estará na final do Mundial. De lá para cá, foram três medalhas de ouro e duas de prata.

A seleção brasileira masculina de vôlei está nas oitavas de final do Campeonato Mundial. Os comandados de Renan Dal Zotto não tiveram dificuldades para vencer o Japão por 3 sets a 0 na manhã deste domingo (28). O resultado foi de 25/21, 25/18 e 25/16. Com a vitória na estreia sobre Cuba, o Brasil já garante classificação antecipada para a próxima fase.

Com a vaga nas oitavas de final já garantida, o Brasil encerra a fase de grupos enfrentando o Catar na última rodada. Com Cachopa de titular no lugar do Bruninho mais uma vez, o Brasil teve primeiro set disputado e conseguiu vitória crucial. Leal foi destaque e comandou o triunfo tranquilo nos outros dois sets.

##RECOMENDA##

Nishida começou o jogo embalado e abriu 3 a 0 apenas com seus saques. A disputa no início do jogo ficou próxima, com os times colados no placar. Quando o Japão começou a se distanciar, Renan Dal Zotto pediu tempo para tentar recolocar o Brasil no jogo. O Brasil conseguiu se encontrar em quadra, alcançou o Japão rapidamente e abriu vantagem nos pontos finais do set inicial, vencido pela seleção brasileira.

Diferente do primeiro set, o Brasil começou o set seguinte saindo na frente com boa vantagem. Apesar das pausas, o Japão não conseguiu igualar o jogo. Com boas articulações, o Brasil chegou a abrir seis pontos de vantagem, 16 a 10. O time brasileiro seguiu distante dos rivais e fechou o set por 25 a 18.

O Japão entrou bem no terceiro set e conseguiu impor certo domínio sobre o Brasil, o que não persistiu por muito tempo. Logo a seleção brasileira retomou a vantagem por 6 a 5. O Brasil voltou a abrir boa vantagem também no terceiro set e caminhou com tranquilidade rumo à vitória.

No outro jogo do Grupo B na manhã deste domingo, a seleção cubana venceu o Catar por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/21, 22/25 e 25/19. Na estreia, Cuba havia sido derrotada pelo Brasil por 3 sets a 2, enquanto o Japão fez 3 sets a 0 sobre o Catar.

Há 30 anos, o camisa 1 da seleção brasileira masculina de vôlei se preparou para sacar. Ele foi à linha de fundo e bateu a bola no chão por quatro vezes. Depois a segurou entre as mãos, arremessou para o alto e saltou, bem alto, fazendo com que sua mão direita tocasse na bola.

A batida foi certeira. A bola chegou à quadra adversária com tamanha força e velocidade que foi impossível à Holanda defendê-la. Com o ace (ponto de saque) marcado por Marcelo Negrão, o Brasil chegou ao 15º ponto no terceiro set (àquela época, as parciais do vôlei terminavam em 15) e ganhou a partida por 15x12, 15x8 e 15x5. A vitória, que marcou uma campanha de oito jogos com vitórias em Barcelona (Espanha), deu ao país a conquista da primeira medalha de ouro olímpica na modalidade. 

##RECOMENDA##

“Negrão. Acabou. Acabou. O Brasil ganhou. O Brasil é medalha de ouro no voleibol. O melhor voleibol do mundo”, gritou o narrador, emocionado, ao fim da partida.

O ace de Negrão foi comemorado por milhares de torcedores que ligaram a TV naquele dia 9 de agosto de 1992. Foi a primeira vez que os brasileiros puderam celebrar a conquista de uma medalha de ouro olímpica em um esporte coletivo. Depois desse título, vieram outros. O próprio voleibol ainda trouxe mais quatro medalhas de ouro para o país: em 2004 e 2016, no masculino, e um bicampeonato em 2008 e 2012, no feminino.

Invicto

Em 1992, o Brasil foi soberano em quadra. Venceu todos os jogos, perdendo apenas três sets: para a Equipe Unificada (nome usado por atletas e times desportivos que formavam a Comunidade dos Estados Independentes e que incluía a Rússia) e para as difíceis seleções de Cuba e dos Estados Unidos. O elenco, comandado por José Roberto Guimarães, teve Amauri, Carlão, Douglas, Giovane Gávio, Janelson, Jorge Edson, Marcelo Negrão, Maurício, Pampa, Paulão, Talmo e Tande.

“Lembro de tudo como se fosse hoje. Lembro de todos os treinamentos, de tudo daquela época. Era uma equipe muito jovem, muito nova. Eu tinha 19 anos. Imagine: agora estou com quase 50”, brincou Marcelo Negrão, em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional. “Foi um feito histórico, que marcou o nosso esporte e o país. E parece que foi ontem”. Para Talmo, levantador reserva de Maurício, a equipe marcou época e continua sendo grande referência.

Há pouco tempo, Negrão, que recentemente treinou a equipe do Mogi-SP, teve a chance de rever as partidas pela TV junto com os companheiros de seleção. E diz que gostou do que viu. “Assisti. E gostei demais. Sentávamos [cada um em sua casa], fazíamos videochamada e aí todo mundo assistia ao jogo batendo papo, comentando e dando risada. O Maurício falou comigo: ‘Marcelo, não é por nada não, mas você jogava bem' [ele ri]. O Maurício era um cara impressionante. Era cada levantada! Foi o maior levantador que já tive”.

Embora a seleção tenha jogado de forma a encantar o mundo, o ouro chegou de forma inesperada. Negrão conta que a equipe estava sendo preparada para a Olimpíada seguinte, em Atlanta (Estados Unidos). Quando eles chegaram a Barcelona, em 1992, estavam sem muita expectativa. “Era a minha primeira Olimpíada. Tudo muito novo”, observou.

O descrédito inicial, no entanto, transformou-se na melhor campanha do vôlei brasileiro em uma Olimpíada, com incrível vitória nas semifinais sobre os Estados Unidos, então bicampeão olímpico. Para Negrão, foi o jogo mais difícil daquela conquista. “A escola americana é muito difícil de ser enfrentada. Eles adotam o princípio de estudar muito o adversário. Os outros times estudam, mas eles são fiéis àquilo que combinaram, do começo ao fim. Se você mudou alguma coisa, eles não mudarão. Vão se adaptar e vai demorar muito para mudarem. Os Estados Unidos fazem doer a cabeça”, brincou.

Família

Sob a batuta de José Roberto Guimarães, a seleção brasileira, que fez história, uniu-se em torno de um objetivo e criou uma família. “Os reservas apoiavam os titulares. Eles sabiam que não iam jogar; como não jogaram, não entraram nos principais jogos. Mas estavam apoiando o time, torcendo o tempo inteiro. Estar num grupo em que você sabe que o cara quer derrubar o outro é muito desgastante, muito ruim, a energia positiva acaba, não fica um clima bom. Mas conseguimos tirar isso da seleção brasileira e aí se criou realmente uma família”, disse Negrão.

Mesmo com os holofotes sobre a equipe titular – o que muitas vezes significa também menos patrocínio e visibilidade para os reservas -, Talmo diz que, naquele momento, o pensamento era concentrado em estar sempre bem preparado para a eventualidade de ter que substituir Maurício, que chegou a ser considerado o melhor levantador do mundo. “Na minha cabeça, eu tinha que estar sempre muito bem preparado para suprir uma ausência dele. Mas, em nenhum momento, eu torcia para estar no lugar dele'. Então, esse foi o grande diferencial de toda a equipe, titulares e reservas: vibrávamos com a vitória dos caras dentro de quadra. Batíamos palmas para que eles pudessem jogar o melhor mas, ao mesmo tempo, tínhamos que nos qualificar cada vez mais. Era preciso nos preparar e o treinamento era muito puxado. Nos dedicávamos para estar todos no mesmo nível. E, se precisasse, a gente entraria e conseguiria fazer um bom jogo, com vitória. Se não precisasse, aplaudíamos e íamos até o final. Acho que está aí a melhor campanha de todos os tempos do voleibol masculino, perdendo só três sets”, afirmou.

Além da família unida, a seleção inovou no modo de jogar voleibol no mundo. “Tínhamos liberdade muito grande para criar. Eu sempre ficava atacando muitas bolas com o Maurício e, quando começamos a fazer as bolas um pouco mais rápidas, o Giovane veio com uma jogada muito rápida na ponta, que não existia no mundo. Eu vinha com uma bola rápida do fundo, atacando na linha dos três metros, o que também não existia”, contou Negrão.

Algumas dessas jogadas ele guarda no celular para mostrar aos jogadores dos clubes que treina - inovações que foram criadas naquela época e que hoje seus jogadores acham difícil realizar. “Era uma bola rápida, de dois tempos atrás, jogadas que fazíamos - e eu fiz em jogo, tenho gravado - e dava certo”, lembrou. “O nosso modo de jogo, dois atacantes vindo na mesma bola ao mesmo tempo, era uma coisa que não existia e hoje tem isso também. Conseguimos dar uma revolucionada no voleibol mundial”, acrescentou.

Ex-levantador reserva da seleção, Talmo, que foi treinador do Al Hilal (Arábia Saudita) e hoje se dedica ao Atibaia-SP e também ao doutorado, lembra ainda que o voleibol mudou muito nos últimos 30 anos. “Acredito que o esporte mudou e mudou numa velocidade rápida. Tínhamos um primeiro componente que era a vantagem - o vôlei ainda não tinha o ponto corrido -, não havia líbero e os jogadores de meio de rede, que hoje saem para a entrada de um líbero, tinham que fazer parte dentro de quadra. Os atletas precisavam de condição técnica e tática muito maior na nossa época. Todo mundo tinha que fazer tudo. O esquema tático que o Zé arrumou para o time favoreceu a que jogássemos diferente de todas as Olimpíadas, de todas as equipes, até hoje. Nenhuma equipe jogou com a velocidade que jogávamos na época, puxando duas bolas rápidas, acelerando o jogo o tempo inteiro”, disse.

É esse espírito criativo, essa capacidade que tinham de jogar em várias funções, que os dois atletas veem como resposta às atuais seleções brasileiras. “Com essa mudança do líbero [jogador que atua com camiseta diferente dos outros do mesmo time, com função prioritariamente defensiva], os atletas estão se especializando muito mais precocemente e deixando de ter uma experiência técnica que os favoreça em seu desenvolvimento em longo prazo. Acho que esse é um ponto que temos de pensar, repensar e encontrar maneiras de trabalhar com os atletas jovens para que possam ter a experiência de variação de movimentos. Isso dará qualidade a eles em médio e longo prazo”, disse Talmo.

Futuro

Trinta anos depois, o vôlei brasileiro se consagrou em quadra e na praia. De equipes vitoriosas comandadas por Zé Roberto e Bernardinho, a duplas como Ricardo/Emanuel e Jaqueline/Sandra na praia, o Brasil conquistou muitas medalhas e inspirou o mundo. Agora passa por momento de renovação.

Após um ciclo vitorioso, Bernardinho, por exemplo, foi substituído por Renan dal Zotto no comando técnico da equipe masculina. Zé Roberto segue como técnico da seleção feminina, a única a conquistar uma medalha o vôlei na última Olimpíada: a prata em Tóquio (Japão). O vôlei de praia, que sempre rendeu pódios ao Brasil desde que começou a fazer parte dos jogos, em 1996, passou em branco pela primeira vez.

Para Negrão, o que anda faltando no voleibol brasileiro é inovação, a mesma característica que o fez conquistar o primeiro ouro brasileiro na modalidade. “Está faltando inovar. Não em termos de jogadores, mas no modo de jogo. Acho que precisa soltar mais o jogador para ter a criatividade e implementar o fator surpresa que a gente sempre teve. Hoje, estamos jogando de igual para igual com todo o mundo. E aí vai depender muito do dia, como o cara está, como o cara do outro time está. O jogo fica igual, muito parecido. Acho que essa inovação é necessária”.

Para o atleta, não é falta de apoio, nem falta de treino. É tempo, é maturidade para poder melhor nas olimpíadas”, afirmou o ex-oposto.

“No feminino, eu trabalhei com algumas atletas que têm potencial e precisam de tempo de maturação e, assim como no masculino, o feminino passa por renovação. Esse processo às vezes dói um pouco, às vezes não está pronto, precisa ser construído. Precisamos paciência com essa reconstrução. Temos pessoas extremamente competentes dirigindo as seleções. O Zé Roberto e o Renan, com as suas equipes, certamente têm qualidade ímpar, única e respeitada no mundo inteiro. Acho que nós, no Brasil, temos que respeitar e entender esse processo”, acrescentou Talmo.

Na opinião do autor do último ponto brasileiro em 1992, as seleções masculina e feminina de quadra e de praia chegarão bem a Paris (França), próximo destino olímpico, em 2024. “Até uma semifinal o Brasil vai, seja de vôlei de quadra ou de praia, masculino ou feminino”.

Em junho deste ano, Marcelo Negrão concedeu entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, sobre a conquista do ouro olímpico. O programa pode ser assistido no site do programa.   

A mescla de gerações da seleção brasileira feminina de vôlei deu fortes indícios que está no caminho certo neste sábado, durante a vitória por 3 a 1 sobre a Sérvia na semifinal da Liga das Nações. A central Carol e a capitã Gabi, que estão há mais tempo no time, elogiaram muito as jovens atletas do grupo comandado por José Roberto Guimarães. Mesclando juventude e experiência, o Brasil teve Julia Bergmann, de 21 anos, e Kisy, 22, como grandes destaques da partida. Kisy foi a maior pontuadora do jogo, com 19 pontos, seguida por Julia Bergmann, que mandou a bola ao chão 16 vezes.

"Começamos o jogo um pouco ansiosas, com muitos erros e a Sérvia estava sacando muito bem. Conseguimos nos manter unidas e viramos a partida. O nosso lado mental fez a diferença na partida de hoje. As jogadoras mais novas como a Julia Bergmann e a Kisy seguraram a pressão e foram fundamentais para o resultado. Nos ajustamos e conseguimos virar o jogo no segundo e no terceiro set. A lucidez, a confiança e a união desse grupo estão sendo determinantes para o resultado", afirmou a capitã Gabi, que também brilhou em quadra e anotou 15 pontos de ataque.

##RECOMENDA##

Julia Bergmann está na final com a seleção logo em sua primeira competição internacional pelo Brasil, enquanto Kisy participa pela primeira vez de uma competição com a seleção adulta. Além delas, Julia Kudiess, 19, e Lorena, 22, também são estreantes na seleção. Carol elogiou a mentalidade das jovens ao comentar a vitória.

"Tenho muito orgulho desse time. Crescemos jogo a jogo e as meninas mais jovens estão com uma mentalidade muito boa, focadas no que precisam fazer nas partidas. Somos um time que se dedica muito e treina diariamente buscando a evolução. Vejo muita vontade e energia nesse time para buscar esse título", disse Carol, que marcou 13 pontos, sete de ataque e seis de bloqueio.

O Brasil não se encontrou no início da partida e perdeu o primeiro set por 25 a 14, mas a virada veio nos três sets seguintes (25/18, 26/24 e 25/19). Classificada, a seleção brasileira fará final inédita contra a Itália neste domingo, às 12h30. José Roberto Guimarães, treinador do Brasil, também analisou o triunfo deste sábado.

"A Sérvia estava conseguindo abrir no marcador no começo dos sets. Foi complicado correr atrás do placar, mas por outro lado essa recuperação nas parciais foi muito importante. Quando o nosso saque e o sistema defensivo começaram a funcionar, conseguimos mudar o jogo. Foi uma vitória muito importante para essa nova geração", completou Zé Roberto.

A seleção brasileira masculina fez um jogo tranquilo no início da manhã desta quinta-feira (horário de Brasília) para vencer o Canadá por 3 a 0, em Osaka, no Japão, onde está sendo disputada a terceira e última etapa da fase classificatória da Liga das Nações de Vôlei. Assim como na partida anterior, contra a Alemanha, o ponteiro Leal foi o maior pontuador, desta vez com 15 pontos - um de saque, 13 de ataque e um de bloqueio.

As parciais foram de 25/18, 25/19 e 25/16, após uma atuação segura do Brasil, que teve outros destaques além de Leal. Darlan, segundo melhor pontuador contra os alemães, foi bem mais uma vez e contribuiu com 11 pontos durante a vitória, a sétima da seleção comandada por Renan Dal Zotto em dez jogos disputados no torneio. Os centrais Isac e Flávio também tiveram bons desempenhos, cada um com dez pontos.

##RECOMENDA##

Ainda no começo do primeiro set, Leal foi motivo de preocupação porque sentiu o tornozelo depois de um ataque. No fim das contas, não foi nada grave, tanto que ele continuou em quadra e se tornou um dos principais nomes da partida. Depois de cometer erros e deixar os canadenses viverem um bom momento na partida, lances de Bruninho e Flávio ajudaram a construir uma vantagem de 12 a 8, a partir da qual foi construído um caminho tranquilo para colocar 25/18 no placar final da parcial.

O Canadá voltou a se mostrar ameaçador durante o segundo set e chegou a abrir três pontos duas vezes durante a disputa dos pontos iniciais, mas os brasileiros viraram, voltaram a ser dominantes e fecharam em 25/19. Já o set final foi encerrado sem maiores sustos, com Leal forte no ataque para definir a parcial com a maior diferença do dia: 25 a 16, concluindo triunfo por 3 a 0.

Com a classificação virtualmente encaminhada, o Brasil tem compromissos diante de França, na sexta-feira, e Japão, no domingo, para encerrar a participação na fase classificatória da Liga das Nações. A fase final, que contará com as oito melhores equipes da etapa anterior, será disputada entre 20 e 23 de julho, em Bologna, na Itália.

A seleção brasileira masculina de vôlei iniciou a terceira e última etapa da fase classificatória da Liga das Nações com vitória nesta quarta-feira. Em uma partida que teve o ponteiro Leal como protagonista, o Brasil perdeu o primeiro set para a Alemanha, em Osaka, no Japão, mas conseguiu a virada e saiu da quadra da Maruzen Intec Arena com uma vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25/27, 25/17, 25/20 e 25/19.

Leal foi o maior pontuador do jogo, com 21 acertos, dos quais 19 foram de ataque, um de bloqueio e um de saque. Além dele, a equipe comandada por Renan Dal Zotto teve destaques como o ponteiro Lucarelli, autor de 15 pontos, e o oposto Darlan, que contribuiu com 13 pontos na sexta vitória brasileira em 11 jogos disputados no torneio internacional.

##RECOMENDA##

"Depois de uma semana de viagem e treino, começamos um pouco devagar na partida, mas o importante é que conseguimos o resultado positivo e os três pontos para dar mais um passo para a classificação para a fase final. Eu estou melhorando a cada jogo, e hoje foi um dia muito bom, espero estar ainda melhor para as próximas partidas", afirmou Leal em entrevista após o jogo.

O Brasil sentiu um pouco a falta de ritmo durante o primeiro set, após uma semana de intervalo entre a segunda e a terceira etapa, e sofreu bastante. Embora tenha dado bom sinais no início, ao abrir 3 a 0, acabou encerrando a parcial com derrota por 27 a 25. A história, contudo, mudou nos set seguintes. Os saques de Leal abriram caminho para a vitória por 25 a 17 na segunda parcial e um ace de Rodriguinho fechou a virada ao colocar 25 a 20 no placar final do terceiro set. No quarto, os alemães deram trabalho, mas foram dominados no fim e perderam por 25 a 19.

A vitória mantém a seleção entre as oito primeiras colocadas, dentro da zona de classificação à fase final Liga das Nações. Ainda em busca de confirmar a vaga, tem mais três duelos da fase classificatória pela frente, todos nesta semana. Depois de enfrentar o Canadá, às 6 horas de quinta-feira (horário de Brasília), encara a França, a partir das 3h40 de sexta, e o anfitrião Japão, no domingo, às 7h10.

A seleção brasileira feminina de vôlei derrotou a Tailândia por 3 sets a 1 (parciais de 25/18, 26/24, 23/25 e 25/23), neste sábado (2) em Sófia (Bulgária), na partida que marcou o encerramento da participação do Brasil na fase inicial da Liga das Nações.

Com isso a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães chegou ao total de dez vitórias em 12 partidas, disputadas em três países diferentes em pouco mais de um mês.

##RECOMENDA##

No triunfo sobre as tailandesas, o grande destaque foi a ponteira Julia Bergmann, a maior pontuadora do Brasil com 17 pontos (15 de ataque, 1 de bloqueio e 1 de saque). “Foram quatro vitórias em quatro jogos nessa etapa, contra três times asiáticos e as donas da casa. Encaramos estilos de jogo diferentes, mas a gente conseguiu evoluir a cada jogo e a cada etapa. Agora vamos ajustar os últimos detalhes para a fase final, na Turquia”, declarou a jogadora à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Agora o Brasil aguarda o fim da fase classificatória, no próximo domingo (3), para conhecer seu adversário nas quartas de final da competição, que será disputada entre 13 e 17 de julho em Ancara (Turquia).

A seleção brasileira feminina de vôlei perdeu para a Itália por 3 sets a 1, com parciais de 25/17, 25/15, 14/25 e 25/14 em jogo válido pela Liga das Nações, neste sábado, em Brasília. Foi o segundo revés do time dirigido pelo técnico José Roberto Guimarães, que na primeira fase já havia perdido para os Estados Unidos.

Mesmo com o apoio da torcida, a equipe brasileira não se encontrou na quadra. À exceção do terceiro set, quando saiu vencedor, as meninas do Brasil mostraram um jogo previsível, o que facilitou a vitória das italianas. Em sete jogos, o Brasil soma agora cinco vitórias e duas derrotas na competição.

##RECOMENDA##

Com o resultado, a Itália aparece em terceiro lugar com 17 pontos enquanto o Brasil ocupa o quinto posto com 15. A seleção brasileira volta à quadra neste domingo diante da Sérvia, às 10h, em Brasília.

A Itália não sentiu o fato de ter a torcida contra e começou o primeiro set mais ligada em jogo. O Brasil conseguiu manter a disputa equilibrada até o 5 a 5 no placar, mas a falta de um saque eficiente acabou facilitando a missão das italianas que começaram a abrir vantagem muito em função do seu bloqueio.

O destaque ficou por conta de Bonifacio, que levou vantagem no duelo com as atacantes do Brasil. Sem conseguir impor o seu jogo, a seleção brasileira foi presa fácil e a Itália definiu o set inicial em 25/17.

O jogo foi reiniciado, mas o panorama não mudou. Com uma estratégia previsível de saque recepção e bloqueio, o Brasil viu a Itália deslanchar a partir do 11 a 5. Com uma boa variação na distribuição de bolas, a levantadora Malinov facilitou a missão no momento de ataque e Paola Egonu passou a fazer a diferença.

Apesar das instruções do técnico José Roberto Guimarães, a seleção brasileira seguiu pecando nos erros forçados e a Itália abriu 2 a 0 ao faturar o segundo set por 25/15.

O terceiro set começou com a Itália pedindo desafio logo no primeiro lance. O árbitro de vídeo foi acionado, mas as imagens acabaram dando ponto para o Brasil, mostrando que dessa vez a história seria diferente. As meninas abriram 3 pontos de vantagem pela primeira vez no jogo e foram dominantes o tempo inteiro.

O saque passou a entrar, a Itália teve dificuldades na recepção e o panorama mudou totalmente. Com grande atuação de Gabi, a seleção chegou a 17 a 8. A vantagem foi mantida, Carol foi soberana no bloqueio e o terceiro set acabou definido em 25/14.

A pressão imposta pelo Brasil no terceiro set parece ter sido esquecida fora de quadra no quarto set. Num ritmo avassalador, a Itália foi abrindo vantagem no placar. As italianas chegaram a ter 12 a 3. O bloqueio da seleção europeia voltou a ser soberano e o Brasil ficou disperso em quadra.

Após o tempo técnico, o Brasil entrou no jogo, voltou a pressionar no saque e contou com o apoio da torcida. A Itália porém, apostou na troca de bolas para tentar administrar a vantagem. Paola Egonu seguiu como ponto forte e manteve o poderio ofensivo.

No segundo tempo técnico, quando o jogo estava em 15 a 7 para as italianas, José Roberto Guimarães pediu mais variações, principalmente diante de bloqueios simples na rede da equipe rival. A Itália seguiu dominando a partida, fechou o jogo em 25/14 e definiu a vitória sobre as anfitriãs.

A seleção brasileira feminina de vôlei derrotou a Turquia, nesta quarta-feira (15), por 3 sets a 1 (19/25, 25/23, 25/23 e 25/23), em Brasília, no Ginásio Nilson Nelson, em duelo válido pela primeira rodada da segunda semana da Liga das Nações.

O time do técnico José Roberto Guimarães volta à quadra, nesta quinta-feira (16), para enfrentar a Holanda. No sábado, a adversária será a Itália, enquanto no domingo a rival será a Sérvia.

##RECOMENDA##

O Brasil começou a partida com Ana Cristina, Macris, Carol, Diana, Gabi e Pri Daroit. Líbero: Nyem. O primeiro set foi marcado por vários erros da seleção brasileira, que deixou as turcas abrirem 5 a 1 logo no início. Aos poucos, as brasileiras foram adquirindo ritmo, mas não conseguiram evitar a derrota por 25/19.

O segundo set começou com o mesmo panorama. A diferença é que Brasil conseguiu ter melhor desempenho nos fundamentos mais cedo, equilibrou o placar em 15 pontos, depois em 20 pontos. Kisy, mais uma vez com atuação destacada, foi decisiva para o Brasil igualar o placar: 25/23.

O Brasil começou o terceiro set diferente e abriu 6 a 2. Com bom saque e recepção, a seleção brasileira conseguiu controlar a partida para fechar o segundo set a seu favor: 25/23.

O quarto set foi bastante disputado com as duas seleções se revezando na liderança do placar. Kisy foi bem no saque e bloqueio, deixando o Brasil em vantagem com 15/13 e 17/14. No final, Carol fez três pontos seguidos e garantiu importante triunfo: 25/23.

Seis meses após deixar o vôlei italiano, Douglas Souza comemorou o retorno ao esporte nacional. Ele vai defender o Farma Conde Vôlei, equipe de São José dos Campos, na próxima temporada da Superliga, principal competição da modalidade no Brasil.

"Estou muito feliz em estar de volta e representando um time brasileiro, principalmente o Farma Conde Vôlei, que eu admiro muito o trabalho! Estou ansioso para começar os treinos com o time, que sei que é bem competitivo, e contribuir com a evolução de todo o projeto", celebrou.

##RECOMENDA##

Douglas havia deixado o Callipo Sport, da Itália, no início de dezembro. O Callipo chegou a criticar o atleta por que, segundo o clube, teria abandonado o time sem avisar, o que o jogador brasileiro nega. De volta ao Brasil no fim do ano, ele avisou que descansaria um pouco antes de pensar nas propostas para voltar a uma equipe nacional.

O ponteiro de 26 anos retornará à elite nacional, onde já competiu defendendo os uniformes do Pinheiros, do São Bernardo Vôlei e do SESI-SP. Douglas vai se concentrar no novo time porque já havia anunciado sua aposentadoria da seleção brasileira.

O jogador foi campeão olímpico na Olimpíada do Rio-2016 e participou também da campanha frustrada da seleção masculina em Tóquio, no ano passado, quando não subiu ao pódio. Douglas se tornou uma celebridade nacional durante os Jogos Olímpicos por conta dos seus posts bem-humorados e espontâneos nas redes sociais.

Com o sucesso, ele virou o jogador de vôlei mais seguido do mundo no Instagram, com 2,5 milhões de seguidores. Na plataforma, tem aproveitado a ampla audiência para defender causas sociais, como os direitos LGBT+. Douglas também se tornou influenciador digital e streamer.

Campeão da Superliga de Vôlei Masculino no início deste mês, o Sada Cruzeiro terá o medalhista olímpico Lucão em seu elenco para a temporada 2022/2023. O central de 2,10m foi anunciado pela equipe mineira nesta segunda-feira e deve se apresentar quando retornar da disputa da Liga das Nações, competição na qual buscará o bicampeonato junto com a seleção brasileira, a partir do dia 8 de junho.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Aos 36 anos, Lucão chega ao Cruzeiro depois de jogar temporada a passada pelo Vôlei Renata, que foi eliminado nas quartas de final da Superliga pelo Sesi, time batido pelos cruzeirenses na semi. Hexacampeão da principal divisão do voleibol brasileiro, o gaúcho espera aumentar a lista de conquistas.

"Pra mim é um sonho que eu consegui realizar. Conheço bastante o grupo, tenho grandes amigos no time, grandes jogadores com quem já conquistei muito na seleção brasileira, e eu tenho certeza que vai ser uma adaptação tranquila, onde vou me sentir bem feliz, pra representar a camisa do Sada Cruzeiro. É o time mais vitorioso na história do voleibol brasileiro e, poder vestir essa camisa e jogar ao lado desses caras, que são fantásticos no voleibol, pra mim será uma honra", disse.

Lucão conquistou três dos seus títulos de Superliga enquanto vestia a camisa do Cimed Florianópolis. Depois ganhou mais um com o RJX e outros dois com o Funvic Taubaté. Na época em que jogou no Modena, venceu um Campeonato Italiano e uma Copa Itália. Também tem passagens por Sesi-SP, Vôlei Futuro e Ulbra.

Jogando pela seleção brasileira, o central tem um ouro olímpico, conquistado em 2016, no Rio, e uma prata na Olimpíada de Londres, em 2012. Venceu, ainda, seis edições da Liga Mundial, antes de a competição ser substituída pela Liga das Nações, também na lista de conquistas de Lucão e seus companheiros de seleção.

O campeão olímpico Douglas Souza anunciou em suas redes sociais que acertou com um novo clube, mas não divulgou o nome. No fim de março, ele revelou ter enfrentado depressão e havia anunciado sua aposentadoria da seleção brasileira para cuidar da sua saúde mental, mas despistou sobre conversas com outras equipes.

"Quando eu rescindi com o clube na Itália, em dezembro, não era o plano voltar para o Brasil para jogar já essa temporada, era para jogar na próxima mesmo, porque eu precisava realmente cuidar de mim. Eu estou negociando com os clubes em São Paulo, pois minha preferência é jogar aqui, perto dos amigos e da minha família", disse ao Estadão, em março.

##RECOMENDA##

Ele chegou a conversar com equipes de São Paulo, como Campinas, São José e Guarulhos. Em outra postagem no Twitter, na quarta-feira, ele sugere que voltará a atuar no vôlei brasileiro: "E vamos de Superliga".

[@#video#@]

A temporada no Brasil foi encerrada no início do mês. No masculino, o Sada Cruzeiro superou o Minas no terceiro e último jogo da final em uma partida emocionante e conquistou a Superliga masculina pela sétima vez. Já no feminino, o Minas levou a melhor: bateu o Praia Clube e conquistou o tricampeonato nacional.

Douglas Souza se tornou um sucesso após sua participação na Olimpíada de Tóquio, no ano passado, apesar de a seleção brasileira ter ficado fora do pódio pela primeira vez desde 2004, ao perder a disputa do terceiro lugar para a rival Argentina. Em pouco tempo, virou um queridinho das redes sociais e passou a ganhar milhões de seguidores (hoje tem 2,5 milhões no Instagram).

Ele também conta com um canal de games no YouTube e assinou contrato com a Globo neste ano para participar do quadro "Dança dos Famosos" do programa "Domingão com Huck". Em dezembro, ele deixou o Tonno Callipo Volley, da Itália, e foi acusado de abandonar o clube sem autorização ou justificativa.

A imagem do Cruzeiro resplandece. No terceiro e último jogo da final da Superliga masculina, o Sada Cruzeiro foi melhor nos momentos de definição de cada um dos sets e superou o Fiat/Gerdau Minas por 3 sets a 0, neste domingo em Uberlândia. Superior em todos os fundamentos, a equipe contou com uma grande partida dos ponteiros Rodriguinho e López para conquistar mais um título da competição nacional.

O Cruzeiro também conseguiu um feito inédito. Com a conquista da Superliga, a equipe ficou com o quinto título da temporada. Além do título nacional, o time foi campeão do Mundial, do Campeonato Mineiro, da Supercopa e do Sul-Americano.

##RECOMENDA##

Após muito equilíbrio, emoção e viradas nos dois primeiros encontros da final, o Cruzeiro entrou melhor em quadra neste terceiro jogo e impôs seu domínio ao time do Minas. O Cruzeiro volta a conquistar o título após a temporada 2017/2018 e aumenta o jejum do rival no torneio.

O JOGO

Com o ginásio em Uberlândia completamente lotado, o Cruzeiro começou melhor. Com mais volume de jogo, a equipe celeste não teve dificuldade para abrir 6 a 2 em um bloqueio de López em Vissotto. Na sequência, mantendo um bom aproveitamento em todos os fundamentos do jogo, o Cruzeiro colocou a diferença em 12 a 5.

Após este momento de superioridade do adversário, o Minas chegou para o jogo. Apostando na utilização do elenco, a equipe foi cortando a diferença e deixou a desvantagem em 17 a 13. Apesar deste bom momento da equipe de Belo Horizonte, o Cruzeiro retomou a sua virada de bola e fechou em 25 a 20.

Na segunda parcial, o duelo voltou a ter equilíbrio. Com o Minas mais consistente na virada de bola, os dois times passaram a trocar bolas nos ataques. Desta forma, nenhum dos dois lados conseguiu abrir mais de dois pontos de vantagem em momento algum e o jogo parou com o Minas em vantagem, com 15 a 14.

Na reta final, o Cruzeiro cresceu. Aproveitando de alguns erros do time adversário, a equipe celeste abriu 22 a 20 em um bloqueio de Rodriguinho em Honorato e o duelo parou. No momento de definição do set, o Minas melhorou, fez o limite de 25 pontos ser ultrapassado e passou a liderar o marcador. Sem deixar o adversário fechar a parcial, o Cruzeiro voltou a liderar e a troca de pontos se manteve.

Depois de 51 minutos de parcial, Rodriguinho definiu. Com o líbero Lukinha defendendo um ataque de Leandro Vissotto, o ponteiro teve o contra-ataque, fechou em incríveis 36 a 34 e o Cruzeiro abriu 2 sets a 0.

Depois de vencer a parcial interminável, o Cruzeiro começou com tudo e abriu 4 a 1 no placar. Empurrado pela torcida presente no ginásio, a equipe celeste seguiu dominando o set. Aproveitando todos os erros do Minas, a diferença subiu para 11 a 5 e o pedido de tempo foi feito. No retorno para a quadra, a diferença seguiu grande e o foi questão de tempo para que o Cruzeiro confirmasse a vitória por 25 a 20 no set, fizesse 3 a 0 na partida e fosse campeão mais uma vez.

O jogador de vôlei Douglas Souza utilizou suas redes sociais na madrugada desta sexta-feira para anunciar a aposentadoria da seleção brasileira. Em um vídeo feito em casa, o atleta explicou que a decisão partiu da necessidade de cuidar de sua saúde mental e ficar mais próximo da família e amigos. "Cheguei a ter de tratar de uma depressão. Ninguém sabia disso até agora", revelou o jogador, uma dos destaques do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado.

Cotado para integrar o primeiro elenco do quadro Dança dos Famosos sob o comando do apresentador Luciano Huck, Souza pontuou que estava há dez anos na equipe principal - contando com a época como atleta de base em 2011. "Para mim, sempre foi uma honra, um prestígio, um orgulho muito grande estar na seleção. Eu sentia que precisava quebrar barreiras e consegui fazer isso muito bem", agradeceu.

##RECOMENDA##

"Só que chegou um ponto, em 2016, em que minha mente e meu corpo começaram a dar alguns sinais de que precisava dar uma diminuída no ritmo. Para quem não sabe, quem vive a seleção, é seleção e clube. A gente não tem férias e é muito difícil a gente ter um tempo para nossa família, nossos amigos, que são coisas muito importantes para mim. Depois vi que foi piorando, até que cheguei a tratar uma depressão. Ninguém sabia disso até agora, quando estou falando com vocês", admitiu.

O atleta reforçou ainda a necessidade de cuidar da saúde mental, como fizeram Simone Biles e Naomi Osaka, atletas olímpicas da ginástica e do tênis. "É extremamente importante. Tem de tratar. E infelizmente estando na seleção era muito difícil ter esse tempo", ponderou.

Douglas contou ainda que a decisão foi tomada há mais de três anos, mas ressaltou que seguirá jogando por clubes paulistas. "Em 2018, bati o martelo com meu empresário. Falamos juntos que era ideal eu terminar o ciclo olímpico, ou seja, ia até Tóquio e depois disso ia me aposentar, porque precisava cuidar de mim. Pela minha saúde mental, decidi encerrar o meu ciclo na seleção no ano passado já para cuidar de mim, cuidar da minha saúde, ficar perto dos meus amigos, da família. Estou muito feliz com essa decisão, e vou seguir jogando no clube. Estamos negociando com os clubes de São Paulo".

Na oportunidade, o jogador desmentiu rumores de que estaria tendo dificuldades para fechar contrato com equipes locais. "Eu optei por jogar em São Paulo mesmo sabendo que os clubes de São Paulo não tinham tanto investimento, não têm tanto dinheiro para oferecer", indicou. "Estou muito feliz com a decisão, pois terei tempo de trabalhar com os meus projetos. Estou me tratando. Super bem".

Sucesso nas redes sociais após participação na Olimpíada de Tóquio - quando a seleção brasileira perder a disputa do bronze para a Argentina e ficou fora do pódio -, Douglas acumula somente no Instagram mais de 2,6 milhões de seguidores. Além disso, tem um canal de jogos ativos no YouTube. No Twitter, local em que é seguido por 251,8 mil perfis, o atleta compartilhou que assinou contrato com a Globo - reforçando os rumores da participação no quadro de dança do Domingão com Huck.

O técnico Bernardinho encerrou nesta terça-feira uma breve passagem pelo comando da seleção francesa de vôlei. O treinador brasileiro comandava o time europeu desde agosto do ano passado, mas alegou problemas pessoais para retornar ao Brasil. Ele pretende ficar mais perto da família.

"É uma das decisões mais difíceis e dolorosas de toda a minha carreira. Estou muito triste porque amo este time francês, o grupo, os jogadores, a equipe que construímos. Sou muito grato pela confiança que a federação depositou em mim ao longo do ano", disse Bernardinho, antes de agradecer o apoio da Federação Francesa de Vôlei.

##RECOMENDA##

O brasileiro de 62 anos assumiu o comando da seleção no ano passado com o objetivo de buscar o bicampeonato olímpico nos Jogos de Paris-2024, na casa dos seus comandados.

"Tive uma recepção incrível de todo o vôlei francês e tenho muita dor e frustração por não chegar ao fim do projeto que começamos a colocar em prática. Mas eu tenho que fazer essa escolha, não há outras escolhas possíveis para minha família, que continua sendo uma prioridade."

O presidente da federação francesa, Eric Tanguy, lamentou a decisão. "Tivemos o melhor treinador para cumprir nossos objetivos até os Jogos de Paris-2024 e só posso lamentar essa situação. Mas obviamente compreendo as razões que levaram o Bernardinho a tomar esta difícil decisão e agradeço-lhe por se ter mantido disponível para preparar sua substituição."

Bernardinho foi contratado oficialmente em abril do ano passado, mas só assumiu a equipe depois da Olimpíada de Tóquio, na qual o time francês foi comandado por Laurent Tillie. Sua primeira missão no comando da equipe foi a disputa do Campeonato Europeu, em setembro. Mas o treinador não teve sucesso. Os franceses foram eliminados nas oitavas de final.

Fora da seleção francesa, o bicampeão olímpico e tricampeão mundial pelo Brasil vai seguir no comando do Sesc-Flamengo, que disputa os playoffs da Superliga Feminina de vôlei. O treinador também manterá seus projetos pessoais, como as palestras que costuma fazer pelo País.

A decisão da Rússia em invadir a Ucrânia vem refletindo diretamente nas competições esportivas. Nesta terça-feira, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou que a Rússia não sediará mais o Campeonato Mundial masculino de Vôlei, que acontecerá entre os meses de agosto e setembro. O local, agora, está indefinido.

"Depois da invasão militar da Rússia à Ucrânia, a FIVB permanece seriamente preocupada com a situação e com o povo ucraniano. O Conselho de Administração concluiu que seria impossível se preparar e organizar o Campeonato Mundial masculino na Rússia por conta da guerra. Assim decidiu retirar da Rússia a organização da competição marcada para acontecer em agosto e setembro de 2022. A Federação de Vôlei Russa e o Comitê Organizador foram informados. A FIVB vai procurar uma alternativa para receber a competição para que times, atletas, árbitros e fãs tenham segurança e orgulho de participar em paz deste festival esportivo", disse a FIVB em comunicado.

##RECOMENDA##

A Federação já havia informado anteriormente que a Liga das Nações não seria disputada na Rússia, mas tinha deixado em aberto a possibilidade do país receber o Mundial. No entanto, a entidade considerou os últimos ataques para decretar sanções mais duras.

As sanções à Rússia não param por aí. A FIVB ainda excluiu seleções, árbitros, times, tudo que tenha relação com Rússia e Belarus, das competições internacionais e continentais. As modalidades de areia e de neve também foram afetadas.

Os jogadores também foram afetados mesmo que joguem em outros países. Eles não poderão entrar em quadra por decisão da FIVB, que foi acompanhada pela Confederação Europeia de Vôlei. Ou seja, não haverá atletas russos em qualquer equipe da Europa.

Outras modalidades olímpicas já haviam tomado tais decisões. A Rússia, inclusive, foi excluída das Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de futebol masculino. Judô, taekwondo, esgrima e ginástica artística também foram afetados.

Nas quartas de final do torneio de vôlei nos Jogos de Tóquio, o Brasil tinha perdido o primeiro set para o Comitê Olímpico Russo e estava atrás no placar na parcial seguinte. Foi então que o técnico José Roberto Guimarães colocou a ponteira/oposta Rosamaria Montibeller na quadra. A jogadora incendiou o jogo e liderou o time na virada espetacular sobre as eternas rivais. "Até hoje me marcam nas redes sociais quando falam desse jogo", revela a atleta ao Estadão.

Aos 27 anos, ele está atuando pelo Igor Volley Novara, da Itália, e vive uma fase distinta da que teve anos atrás, quando sofreu com depressão e pensou em largar tudo. Vice-campeã olímpica, ela é uma das "veteranas" da seleção feminina para os Jogos de Paris-2024, na França, e ajudará o treinador no processo de renovação da equipe para brigar mais uma vez pelo pódio.

##RECOMENDA##

Como tem sido sua vida na Itália?

Tirando a questão da pandemia, profissionalmente estou muito feliz de estar aqui no Novara, um clube que tem grandes objetivos, embora esteja jogando menos do que gostaria. Tenho aproveitado as oportunidades e tenho crescido nos treinamentos. Gosto da estrutura do clube e a gente tem feito um bom campeonato. Sofremos com casos de covid no grupo, mas estamos indo bem.

Você tem relação próxima com a cultura italiana, por causa de Nova Trento, sua cidade no Brasil. As coisas são parecidas com o que você lembra de sua infância e de seus avós?

Eu cresci numa cultura italiana, mas é a quinta geração já misturada com brasileiros. É muito similar o jeito de as pessoas falarem, a alimentação também. Nunca me senti estrangeira de verdade, também por conseguir falar a língua. Parece que mudei de uma cidade para outra, não de país. Inclusive são as mesmas cores da minha cidade, então foi tudo fácil.

Como está sendo a adaptação ao time, ainda mais tendo um técnico que te treinou no Brasil como o Stefano Lavarini?

Isso ajuda bastante. Estamos falando de escolas de voleibol, e como o Stefano passou pelo Brasil, ele entende a minha visão de jogo e a gente consegue se comunicar bem.

Você já colocou em xeque a sua capacidade. Quando foi que isso mudou?

Todos os atletas passam por momentos difíceis, então precisa ser forte e entender que é uma fase apenas. Consegui passar quando entendi que estava fazendo o melhor com aquilo que eu tinha e se não estava vindo (resultado) era por um motivo maior. As coisas iriam acontecer porque estava traçando meu destino, me esforçando. Sempre dei 100%, mas fui tentando entender porque as coisas não aconteciam comigo. Fiz mudanças na minha vida e carreira. Comecei a acreditar mais no meu potencial quando entendi onde era o meu lugar, onde eu me sentia feliz e me encaixava.

Você teve depressão em 2017 e ficou dois anos tentando sair disso. Como foi esse processo?

Começou no fim de 2017 e passei o ano de 2018, quase inteiro, tratando e lutando contra a doença. É difícil explicar de onde vem, como vem... O ano de 2017 tinha sido maravilhoso. Mas aí o Stefano, no Minas, percebeu que algo estava errado e sentou comigo para conversar. Ele falou que poderia me ajudar. Isso tirou um peso das minhas costas. Eu também não sabia o que estava acontecendo. Fui procurar ajuda, sabia que aquele comportamento não era meu. Fui atrás e tive ajuda profissional. Foram meses de luta e graças a Deus deu tudo certo. A terapia é muito importante. Foi nesse momento que decidi fazer mudanças na minha vida.

Você sempre foi considerada uma jogadora bonita e muitas vezes seu talento ficava em segundo plano. Como você lidava com isso?

Isso nunca influenciou no meu trabalho. É engraçado isso porque muitas vezes veem isso como um problema. Nunca achei justo que as pessoas medissem meu trabalho pela beleza e não pelo que eu fazia dentro de quadra. Mas me acharem bonita, me seguirem, isso nunca incomodou. As pessoas limitam muito. Não sou só jogadora de vôlei, sou uma pessoa também. E vejo como um elogio que muita gente me ache assim.

Aí na Itália também existe isso de ficar falando da beleza das jogadoras?

São culturas diferentes. Falam sobre isso também aqui, mas acho que as pessoas confundem um pouco menos as coisas. No Brasil as pessoas ligam muito mais para o que faz fora de quadra do que aqui na Itália.

Você sempre manifestou interesse em pintura e artesanato. Você consegue ter esse hobby aí na Europa?

Tem até um quadro ali que estou fazendo, daquele cheio de números, que faço para relaxar minha cabeça. Mas tenho zero talento artístico. Na minha família, muitas tias são artistas e pintoras, então cresci nesse meio. Quando morei em Belo Horizonte, tive uma professora particular, fiz cursos, mas atualmente faço para relaxar minha cabeça no tempo livre, é muito bom.

Como é sua vida aí na Itália?

Tenho muitos amigos, é uma rede de apoio muito bacana, e sempre consigo aproveitar os momentos livres para fazer algo. Saio para jantar, encontro as pessoas para escutar música brasileira, mas ainda tem restrições na cidade por causa da covid-19. Aqui é muito simples ir de um lugar para outro e tem sido bom poder enriquecer culturalmente.

Você tem falado que 2021 foi um divisor de águas na sua carreira. Qual foi a importância da Olimpíada?

Toda atleta profissional sabe que a vida é organizada para esses ciclos, é um momento muito importante, e todo mundo quer estar na Olimpíada, pois lá estão as melhores do mundo. Eu vislumbrei isso desde o início da carreira, e quando foi chegando perto, só fui entender o que significava quando pisei na Vila Olímpica. Assim como admirava muitas atletas que estavam ali passando, eu também era admirada. Com certeza foi um divisor de águas, momento importante na carreira do atleta. Fiquei feliz com o que criamos para a medalha de prata. Me arrepio até hoje com isso.

Aquela sua atuação contra a Rússia foi emblemática, pois você entrou e mudou o jogo, ajudando o Brasil a vencer e a se classificar.

As pessoas ficam me marcando em vídeo nas redes sociais nesse jogo. Estar ali já significava muito, pois veio na minha cabeça os momentos que duvidei que poderia estar ali. A Olimpíada me fez lembrar de todos os sacrifícios.

Agora você é um dos pilares na renovação da seleção feminina para os Jogos de Paris. Quais são suas expectativas?

Não existe cadeira cativa, ninguém está garantida lá dentro, pois seleção é momento. Espero ter oportunidade de estar lá e brigar por uma vaga. Esse ano vai ser de renovação, é algo natural, então espero poder passar a experiência que tive com as grandes atletas. Sei que tenho de ralar muito para estar no meio das novinhas, pois tem uma geração forte aparecendo.

Pensa em voltar para o voleibol brasileiro?

No meu projeto não voltaria para o Brasil agora, mas depende do mercado e não sei o que vou fazer na próxima temporada. Gostaria de continuar na Europa.

A Prefeitura de Olinda inaugurou nesta quinta-feira (17.02) as Arenas da Praia. O espaço, na orla da cidade, nas proximidades do Shopping Patteo, em Bairro Novo, reúne dez quadras dedicadas para a prática esportiva. Tudo organizado e com toda a qualidade neste que é um dos principais cartões-postais da cidade. O prefeito, Professor Lupércio, esteve presente e destacou a importância de contar com um equipamento que de forma simultânea agrega várias atividades. 

"São cinco arenas divididas em dez quadras, com as modalidades: futvôlei,  vôlei, futmesa redinha, sepak takraw e futebol de areia. A prática esportiva é muito benéfica para a saúde das pessoas. É isso que estamos entregando para olindenses e turistas: ainda mais qualidade de vida para todos", afirmou o gestor, ao lado do vice-prefeito, Márcio Botelho. 

##RECOMENDA##

Além da prática das modalidades contempladas, a inauguração contou com a animação e o ritmo da Academia do Bairro.

O secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Sérgio Santos, explicou que  a iluminação foi reforçada para quem quiser usar o espaço no período noturno.  Nos locais, foram colocadas novas redes e os espaços passaram por adequação para ter o tamanho correto e adaptado para cada modalidade.

Os equipamentos já estão abertos ao público por demanda espontânea.  A partir de março, a população poderá agendar para melhor  programar as partidas com os amigos. Um funcionário da Prefeitura estará no local fazendo este atendimento.

Da assessoria

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) confirmou na tarde desta terça-feira (4) o adiamento de mais duas partidas previstas para sexta-feira (7) pela rodada inaugural do returno da Superliga Feminina: Sesc RJ Flamengo contra Sesi Bauru, e o compromisso do Valinhos, que receberia o Minas.

As mudanças ocorrem após o registro de casos do novo coronavírus (Covid-19). Através de nota oficial, o Sesc RJ Flamengo confirmou que seis atletas (Monique, Gabiru, Milena, Milka, Valquíria e Yonkaira Peña) e quatro integrantes da comissão técnica testaram positivo para Covid-19.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Também através de comunicado o Country Club Valinhos informou que atletas do elenco profissional também foram infectadas. O clube, porém, não revelou os nomes e a quantidade das pessoas que estão com o vírus. A CBV ainda não definiu as novas datas para a realização das partidas.

[@#podcast#@]

Na última segunda-feira (3) a CBV já havia adiado o jogo entre Fluminense e Osasco.

Com seu nome cotado para a próxima temporada do BBB, que se inicia no dia 17 de janeiro, Douglas Souza usou as redes sociais nesta segunda-feira (3) para desmentir o caso. Ele explicou que voltou ao Brasil apenas para “recuperar sua saúde mental”, algo que não vinha bem na Itália, enquanto defendia o Tonno Callipo.

Diversos portais colocavam Douglas como nome certo de participação, no último mês o atleta de voleibol havia abandonado sua equipe na Itália e partido rumo ao Brasil sem dar muitas explicações, aumentando o rumor.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Douglas aproveitou para revelar também que em 2022 jogará por um clube da SuperLiga de Vôlei do Brasil.

[@#podcast#@]

Com a negativa de Douglas, segundo a colunista Fábia Oliveira, outra personalidade do esporte ocupará um dos espaços voltados a um participante “camarote” no BBB 22, se trata de Jaqueline Carvalho, bicampeã olímpica de vôlei e que segue sem clube, focada em outros projetos desde julho de 2021.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando