Empolgado com os números da pesquisa do Ibope divulgada no último dia 17, que apresentou a terceira queda consecutiva na aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, já fala em uma disputa de 2º turno entre ele e o ex-governador Eduardo Campos (PSB).
O número de pessoas que considera a gestão petista ótima ou boa passou de 43% em dezembro para 39% em fevereiro, 36% em março e 34% em abril. "Não acho fora de propósito que podemos chegar, nós dois, ao 2º turno. O PT terá que trabalhar muito para não ficar fora", disse o senador ontem (28), depois de participar de uma palestra na Associação Comercial de São Paulo.
##RECOMENDA##Também em São Paulo, onde participou de almoço com 525 empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pré-candidato do PSB, foi mais cauteloso e evitou conjecturar a exclusão de Dilma na reta final da campanha. "Nós vamos estar no segundo turno. Não tenho dúvidas disso".
Apesar da queda da aprovação da administração federal, a presidente Dilma mantém uma liderança tranquila nas pesquisas de intenção de voto. Na última do Ibope, no melhor cenário, ela registrou 37% da preferência dos eleitores, contra 14% de Aécio e 6% de Eduardo Campos. Dilma venceria a eleição no 1º turno em todos os cenários.
Disputa paulista Os dois principais adversários da presidente Dilma estão disputando palmo a palmo a atenção dos empresários paulistas. Ambos foram recebidos pela Associação Comercial de São Paulo, entidade que orbita na área de influência do ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e pelo Lide, grupo liderado pelo empresário João Dória.
Aécio, porém, tem articulado uma agenda mais extensa de pequenos encontros reservados com empresários de diversos setores do Estado.
Só em 2014, o tucano foi recebido por empresários da comunidade judaica na casa do presidente do Hospital Albert Einstein, Cláudio Lottemberg, por jovens empresários na casa de José Ermírio de Moraes e por dirigentes do agronegócio em Ribeirão Preto.
Nos encontros com os empresários, Campos e Aécio têm repetido um discurso parecido: promessa de reforma tributária, redução da carga tributária, manutenção da inflação no centro da meta e redução do número de ministérios, além de críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.