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Uma pesquisa realizada pelo C6 Bank e o Datafolha revelou, nesta quarta-feira (27), que as dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus fizeram com que 4 milhões de estudantes brasileiros, com idades entre 6 e 34 anos, abandonassem os estudos em 2020. A taxa de abandono escolar chegou a 8,4% no ano passado e entre os estudantes que pararam de estudar, 7,4% não têm intenção de voltar para as salas de aula em 2021.

Os dados da pesquisa foram colhidos entre os dias 30 de novembro e 9 de dezembro. O Datafolha realizou, neste período, 1670 entrevistas por telefone com estudantes matriculados nas redes públicas e privadas de ensino ou com seus responsáveis. Também foram considerados os dados da Fundação Roberto Marinho e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre o assunto.

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De acordo com o levantamento C6 Bank/Datafolha, a taxa de abandono em 2020 foi maior entre os estudantes de curso superior, com 16,3%. No ensino médio, a taxa é de 10,8% e no ensino fundamental, de 4,6%. Alunos de classes sociais mais baixas também lideraram os índices de abandono. A taxa foi 54% maior entre os alunos das classes D e E (10,6%), na comparação com estudantes das classes A e B (6,9%).

A pesquisa aponta que os problemas financeiros foram um dos principais motivos que levaram os estudantes a abandonarem a escola. Entre os que apontaram essa dificuldade para manter os estudos no ano passado, 19% ficaram sem condições de pagar a escola ou faculdade e 7% precisaram ajudar na renda familiar. Outros 22% justificaram o abandono por terem ficado sem aula e 20% relataram dificuldade com o ensino remoto.

O C6 Bank/Datafolha constatou na pesquisa que a evasão escolar afeta diretamente a economia de um país, os índices de violência e até a expectativa de vida da população. Quem conclui o ensino básico, por exemplo, tem em média quatro anos a mais de vida do que quem abandonou os estudos, segundo pesquisa da Fundação Roberto Marinho divulgada no ano passado. A estimativa é de que o Brasil perde R$ 372 mil ao ano com cada jovem que deixa a sala de aula, apontou o mesmo levantamento. Já a redução de um ponto percentual nos índices de evasão pode evitar cerca de 550 homicídios por ano.

Os dados levantados pela Pnad Contínua 2019, e divulgados em julho do ano passado, revelaram que o atraso ou abandono escolar atingia 12,5% dos adolescentes de 11 a 14 anos e 28,6% dos brasileiros de 15 a 17 anos. Entre jovens de 18 a 24 anos, quase 75% estavam atrasados ou abandonaram os estudos.

Com esses dados, o C6 Bank/Datafolha concluiu que o país ainda está longe de atingir as metas do Plano Nacional de Educação. “A parcela de adolescentes de 16 anos com ensino fundamental completo, por exemplo, é de 78,4% e precisaria chegar a 95% em três anos. Alguns objetivos que deveriam ter sido alcançados em 2016 ainda não foram cumpridos e metas que precisam ser atingidas até 2024 podem ficar ainda mais distantes com os efeitos da pandemia”, detalhou o C6 Bank.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Claro divulgaram, nesta quinta-feira (31), uma pesquisa chamada “Reprovação, distorção idade-série e abandono escolar - Dados do Censo Escolar 2018”, O levantamento apresenta dados das escolas públicas municipais e estaduais do Brasil. Os resultados revelaram um cenário preocupante: 3,5 milhões de estudantes foram reprovados ou abandonaram a escola em 2018. 

Segundo a pesquisa, 912.527 estudantes deixaram as escolas e 2,6 milhões foram reprovados por unidades de ensino municipais e estaduais. O estudo também revela que os meninos têm uma chance 64% maior de repetir de ano na comparação com as meninas. 

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Estudantes autodeclarados negros, indígenas e pardos são mais reprovados que os estudantes brancos. Mais de 453 mil pretos e pardos abandonaram escolas estaduais e municipais em 2018, enquanto esse número foi de 181 mil para estudantes brancos.

Estudantes com deficiência também são apontados como um grupo mais sensível à reprovação: têm 59% mais chances de serem reprovados, com uma taxa de reprovação de 13,82%, versus 8,68% de alunos sem deficiência. No que diz respeito à distribuição geográfica, há mais estudantes com distorção idade-série nas regiões Norte e Nordeste do país, apresentando 54,8% das crianças e adolescentes com dois anos de atraso ou mais.

O atraso escolar afeta mais de 383 mil crianças e adolescentes com deficiência, o que corresponde a mais de 48,9% das matrículas. As duas regiões também apresentam altas taxas de abandono escolar: 460 mil estudantes do ensino médio em 2018, representando 7% de todos os alunos matriculados nesse nível de ensino. 

Curso para escolas

O curso online “Trajetórias do Sucesso Escolar” foi criado pelas instituições que realizaram a pesquisa, segundo a Unicef, com o objetivo de auxiliar gestores de rede, gestores escolares e professores no diagnóstico, adesão e desenvolvimento de estratégias para o enfrentamento da cultura do fracasso escolar e planejamento. O site do curso permite que o usuário identifique recortes de dados por região, Estado, município, e escolas específicas, obtendo dados sobre reprovação, distorção idade-série e abandono escolar referentes a cada unidade de ensino.

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De acordo com dados do Censo Escolar de 2016, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), o Estado de Pernambuco tem o menor índice de abandono escolar de todo o país, seguido por São Paulo e pelo Espírito Santo. 

Nos últimos quatro anos, Pernambuco tem se mantido em primeiro lugar no Brasil. Em 2015, a taxa de abandono era de 2,5% e baixou, em 2016, para 1,7%. Nos anos finais do Ensino Fundamental a rede estadual de ensino ficou em primeiro lugar nacional com 1% de abandono, empatado com o Estado de Santa Catarina. 

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Também houve crescimento na taxa de aprovação nos anos finais do Ensino Fundamental e também no Ensino Médio. Entre 2015 e 2016, segundo o Censo Escolar, o crescimento da taxa de aprovação em Pernambuco aumentou de 88,1% para 90,9%, no Ensino Médio. Na comparação com os anos finais do Ensino Fundamental, a taxa saiu de 85,9% para 89,6%.

O secretário de educação de Pernambuco, Fred Amâncio, comemorou o índice.  “É uma grande satisfação ter mantido o primeiro lugar no Ensino Médio e ter avançado no Ensino Fundamental. Isso demonstra que nossos estudantes veem a educação como o melhor caminho para conquistar seus sonhos e, para nós, que estamos no caminho certo nessa busca incessante da melhoria da educação em Pernambuco”, declarou.

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Escolas estaduais de Pernambuco têm menor índice de abandono escolar. Essa foi a afirmação publicada pelo Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep). Segundo a instituição, o Estado apresentou o menor índice de abandono escolar em 2013 para as escolas estaduais do ensino médio, atigindo o número de 5,20%.

Em 2007, Pernambuco tinha a segunda pior colocação no ranking, sendo 24% de taxa de abandono. Após seis anos o Estado alcançou a melhor posição. Segundo os dados de abandono escolar do Inep, Pernambuco ultrapassou São Paulo, que em 2012 apresentava a menor taxa. Entre os estados nordestinos, após Pernambuco, o próximo a aparecer no ranking é a Bahia, no 10º lugar.

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“A partir do Pacto pela Educação, o compromisso e dedicação dos professores do Estado de Pernambuco puderam ser direcionados ao atendimento das necessidades dos estudantes”, disse o secretário de Educação e Esportes, Ricardo Dantas, segundo informações da assessoria de imprensa. O secretário ainda elencou alguns projetos realizados nos últimos anos, como o Ganhe o Mundo, P3D, Robótica, Professor Autor e Tablets/PC. 

Participantes do programa Bolsa Família, do Governo Federal, têm, em Pernambuco, aprovação de 79,7% no ensino médio. O Estado possui mais de 1 milhão de crianças e jovens atendidos pela ação e também tem a menor taxa de abandono escolar (4%), em comparação aos estudantes das escolas públicas que não são beneficiados pelo programa.

Em aprovação, Pernambuco fica atrás somente do Amazonas, cujo índice não reprovação no ensino médio é de 87,4%. O Brasil tem uma média entre os estudantes não beneficiados de 75,5%. Para a realização do levantamento, são utilizados dados do Censo Escolar de 2012, promovido pelo Ministério da Educação (MEC).

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Segundo informações da assessoria de comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no universo dos estudantes que não são beneficiários pelo Bolsa Família,  as maiores taxas de aprovação podem ser encontradas nas regiões Sudeste e Sul. Por outro lado, isso muda com os benefícios do programa, uma vez que entre os estudantes beneficiados, a maior aprovação é encontrada no Nordeste e no Norte. 

 

 

 

 

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou esta semana o Censo 2011, que aponta o Rio Grande do Norte como o estado que possui a maior evasão escolar no Brasil.

No ano passado, a porcentagem de alunos matriculados no ensino médio, público e privado que abandonaram a sala de aula (antes da conclusão dos estudos), foi de 19,3%. O motivo da evasão foram as greves e faltas de professores nas salas de aula. Já em 2010, o abandono foi de 17,3%.

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Por outro lado, o estudo também destacou o RN como o quinto estado que menos reprova no país. O percentual foi de apenas 8%, ficando em 5° lugar, só perdendo para o Amazonas (6%), seguido do Ceará (6,7%), Santa Catarina (7,5%) e Paraíba (7,7%).

Os países que mais reprovam são: Rio Grande do Sul (20,7%), Rio de Janeiro (18,5%), Distrito Federal (18,5%), Espírito Santo (18,4%) e Mato Grosso (18,2%).

A secretária de educação do Rio Grande do Norte, Betânia Ramalho, pretende implantar nos próximos dias, programas que revertam o quadro de abandono das salas de aulas pelos alunos.

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