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O crescimento de 8,7% do superávit primário do governo central - formado por Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - de janeiro a abril de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 se deve a uma queda no déficit da Previdência Social, de R$ 6,1 bilhões no período - baixa de 29,1%.

Por outro lado, o superávit do Tesouro Nacional nos primeiros quatro meses do ano diminuiu 8,5%, passando de R$ 48,429 bilhões de janeiro a abril de 2013 para R$ 44,297 bilhões no mesmo período de 2014.

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O Banco Central também reverteu um déficit de R$ 282,9 milhões nos primeiros quatro meses do ano passado para um superávit de R$ 138,3 milhões no mesmo período deste ano.

Segundo os dados divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, as despesas com subsídios e subvenções econômicas tiveram queda de 25,7% no período, somando R$ 3,394 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano. Foi a única despesa do Tesouro Nacional que teve queda no acumulado de janeiro a abril de 2014.

Para fechar a meta de superávit de R$ 28 bilhões no primeiro quadrimestre de 2014, o governo teve que recorrer em abril aos recursos de dividendos das estatais e colocar um pé no freio das despesas, inclusive no pagamento dos investimentos. Até março, os investimentos cresciam em um ritmo de 21,5%, mas a expansão desacelerou para 19,1% até abril. Os gastos com os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) avançavam 56,8% até março, ante 29,2% até abril.

O governo também não fez nenhuma transferência para a Conta de Desenvolvimento Econômico e Social (CDE) em abril. Ainda houve uma queda de 5% em relação a março nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que banca gastos com seguro desemprego e abono salarial.

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Apesar de abril ser um mês tradicionalmente forte para as receitas, a arrecadação de tributos federais no mês passado, embora recorde, frustrou as previsões da Receita. Por isso, o caixa do governo foi reforçado com dividendos de R$ 2,340 bilhões em abril. A Petrobras praticamente foi responsável por quase todo o valor. A estatal repassou R$ 2,012 bilhões em abril. A Caixa fez uma transferência de dividendos à União de R$ 15,6 milhões.

Despesas crescem 3,4%

Diferente do que vinha ocorrendo nos últimos meses, as despesas do governo central, formado por Tesouro, Previdência e Banco Central, tiveram em abril de 2014 crescimento muito menor que o das receitas. No mês passado, as despesas aumentaram apenas 3,4% ante março, enquanto as receitas subiram 19,8%. No mês de abril, não houve despesa com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além disso, houve queda de 5% nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

No ano, a despesa com a Conta de Desenvolvimento Energético soma R$ 2,772 bilhões. No acumulado de janeiro a abril, as despesas subiram 10%, menos que os 10,7% registrados do lado da receita. Os recursos com concessões somaram R$ 225,8 milhões em abril. No ano, totalizam R$ 991,1 milhões, 207,4% a mais que no mesmo período de 2013. A transferência de dividendos de empresas estatais para a União foi de R$ 2,340 bilhões em abril. No primeiro quadrimestre de 2014, chegaram a R$ 8,231 bilhões, alta de 716,4% em relação ao ano anterior.

Investimentos

Os investimentos do governo somaram R$ 27,4 bilhões de janeiro a abril de 2014 e registraram alta de 19,1% em relação a 2013, quando somaram R$ 23 bilhões. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 19,9 bilhões no período, o que representa um crescimento de 29,2% em relação aos quatro primeiros meses de 2013, quando o resultado foi de R$ 15,4 bilhões.

As contas do governo central - que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - apresentaram em 2013 um superávit primário de R$ 16,596 bilhões em abril. É o terceiro melhor resultado da série histórica para meses de abril. Dessa forma, o governo cumpriu a meta do primeiro quadrimestre, de quase R$ 28 bilhões, ao economizar R$ 29,659 bilhões de janeiro a abril, equivalentes a 1,81% do PIB.

O resultado no ano é 8,7% maior que no mesmo período do ano passado. O esforço de abril foi maior que todo o resultado obtido no primeiro trimestre de 2014, quando o superávit foi de R$ 13,048 bilhões. O superávit primário do governo central ficou acima da mediana dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de R$ 15,350 bilhões, mas dentro das expectativas, que variavam de R$ 9,400 bilhões a R$ 17,000 bilhões em abril.

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Os dados mostram que o Tesouro apresentou superávit de R$ 19,558 bilhões no mês passado, acumulando R$ 44,297 bilhões em 2014. Por outro lado, a Previdência apresentou déficit primário de R$ 3,071 bilhões em abril e no acumulado do primeiro quadrimestre teve resultado negativo de R$ 14,774 bilhões. As contas do Banco Central ficaram com superávit primário de R$ 109,1 milhões no mês passado; no acumulado do ano, o resultado é positivo em R$ 138,3 milhões.)

Os juros do cheque especial chegaram ao maior nível em dois anos ao bater 161,8% em abril. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira, 29, apenas entre março e abril, a taxa se elevou em 2,5 pontos porcentuais. Em 12 meses, os juros da modalidade de crédito subiu 25 pontos porcentuais e, no ano, 13,9 pontos porcentuais.

Ainda de acordo com o BC, a média diária de concessões de crédito livre caiu 4,1% em abril em relação a março, para R$ 13,4 bilhões. Nos últimos 12 meses, há uma alta de 8,3%. No crédito direcionado, a média caiu 3,2% de março para abril. Em doze meses, há um crescimento de 20,8%.

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Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a queda é de 4,0% em abril, com alta de 9,9% ao longo dos últimos 12 meses. O total das concessões diárias ficou em R$ 15,5 bilhões ao final de abril.

A demanda por transporte aéreo doméstico teve um crescimento de 8,1% em abril deste ano em comparação com o mesmo mês de 2013, medida em RPK (indicador para passageiros-quilômetros pagos transportados), segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A agência destaca que com o resultado são sete meses consecutivos de elevação do indicador, atingindo o seu maior nível para o mês nos últimos dez anos.

Por sua vez, a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK), caiu 1,5% na mesma comparação.

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No acumulado do ano até abril, a demanda doméstica cresceu 8,7% e a oferta, 1,0%, ante igual intervalo do ano passado.

Azul e Avianca têm as maiores taxas de crescimento da demanda doméstica em abril, de 33,5% e 19,2%, respectivamente.

Também a agência destaca que a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras, de 79,4%, é recorde para o mês de abril nos últimos dez anos.

Internacional

De acordo com a Anac, a demanda em abril de transporte internacional de passageiros por empresas aéreas brasileiras cresceu 5,7% sobre o mesmo mês de 2013. Trata-se de recorde para o mês nos últimos dez anos, conforme o boletim da agência. Por sua vez, a oferta internacional manteve o comportamento de queda dos cinco meses anteriores, recuando 4,0% em abril de 2014.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais ficou em 82,8% em abril, maior que a de 75,2% no mesmo mês de 2013.

Carga

A Anac também apresenta dados comparativos de carga. Foram 13,6 mil toneladas em carga paga internacional, queda de 18% em relação a abril de 2013. No acumulado de janeiro a abril de 2014, a redução é de 12,9%, ante igual período de 2013.

No mercado doméstico, a quantidade de carga paga transportada atingiu 34 mil toneladas em abril de 2014, também uma queda, de 1,9% sobre abril de 2013. De acordo com a Anac, a TAM liderou o mercado de carga doméstica no mês, com 13,66 mil toneladas pagas transportadas.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física caiu 0,5% na passagem de março para abril, segundo o Banco Central. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 189,006 bilhões no mês passado, ante R$ 189,952 bilhões em março. Em 12 meses, a queda é de 2,1% no estoque dessas operações. As concessões acumuladas em abril para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 7,588 bilhões, o que representa uma alta de 14% em relação ao mês anterior (R$ 6,654 bilhões).

Já as operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 1,9% em abril ante março, totalizando R$ 367,636 bilhões no fim do mês passado. Em 12 meses, a expansão é de 30,7%. Segundo o BC, R$ 37,718 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 329,918 bilhões a taxas reguladas.

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O BC deixou de incorporar nesses dados as operações com crédito livre, por serem residuais. As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 1,0% no mês e de 30,0% em 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 2,0% ante o mês anterior e 30,7% em 12 meses.

Juros

A taxa média de juros no crédito livre ficou estável em 31,7% ao ano em abril frente a março, diz o BC. Em 12 meses, a taxa subiu 5,4 pontos porcentuais, já que em abril de 2013 estava em 26,3% ao ano. Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 41,6% em março para 42,0% em abril. Para pessoa jurídica, caiu de 23,1% para 22,9% de março para abril.

No cheque especial, a taxa subiu de 159,3% em março para 161,8% no mês passado. Em 12 meses, as taxas cobradas pela linha mais cara que o consumidor pode acessar subiram 25 pontos porcentuais. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 43,9% em março para 45,1% em abril. No caso de consignado, a taxa ficou estável em 25,3% de março para abril. No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 23,5% para 22,6% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, ficou estável em 21,1% entre março e abril.

As vendas de papelão ondulado em abril de 2014 somaram 275,990 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O montante representa um recuo de 5,24% na comparação com abril de 2013 e queda de 2,79% ante março de 2014.

Os dados finais da ABPO confirmaram que o mês de abril foi o primeiro durante este ano a registrar retração na comparação com o ano passado. Em janeiro, houve alta de 1,64%, em fevereiro de 5,88% e em março de 1,93%.

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Ainda na comparação anual, as vendas de caixas e acessórios caíram 3,35%, para 226,009 mil toneladas, já a expedição de chapas de papelão ondulado recuaram 12,95%, para 49,981 mil toneladas. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, as vendas totalizaram 1,102 milhão de toneladas de papelão, o que representa uma alta de 0,85% ante 2013.

O Indicador de Nascimento de Empresas, apurado pela Serasa Experian, apontou que em abril foram criados 163.023 novos empreendimentos. O resultado representa um alta de 7,9% na comparação com o mês anterior e é recorde para abril desde o início da série histórica, em 2010. A diferença na margem é explicada pela celebração do carnaval em março deste ano, o que diminuiu o ritmo de criação de empresas no mês, segundo a entidade.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, além do fator calendário do carnaval, o aumento se deve também ao movimento de crescente formalização da economia, com novos Microempreendedores Individuais (MEIs). Esse movimento, diz, é contrário ao que ocorre com outros tipos jurídicos, como cias limitadas e empresas individuais, em que o número de novas aberturas está em queda dado o mau momento da economia.

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De janeiro a abril de 2014, a criação de novos negócios no País foi de 632.547, alta de 6,9% ante o primeiro quadrimestre do ano passado e também é o valor mais alto registrado nos cinco anos da pesquisa.

Na análise por tipo de empreendimento, os microempreendedores individuais foram os que registraram o maior crescimento (10,4%) em relação a março, com a criação de 118.584 empresas em abril. Em segundo lugar aparecem as sociedades limitadas, com alta de 2,4%. Já as empresas individuais foram as que apresentaram o menor avanço, de 0,4%.

Entre os setores, o destaque continua sendo o de serviços, que responde pela maior fatia de novas empresas criadas. No acumulado de janeiro a abril, a participação do segmento avançou de 53,3%, em 2010, para 59,0%, em 2014. O comércio apresenta uma trajetória contrária, com declínio de 35,2% para 31,1% no mesmo período. Já o ritmo de criação de empresas na indústria permanece estável desde 2010 e atingiu 8,4% no primeiro quadrimestre de 2014.

Na abordagem por regiões, o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas entre janeiro e abril deste ano (50,3% do total), seguido pelo Nordeste (18,3%), Sul (16,2%), Centro-Oeste (9,7%) e Norte (5,5%).

A arrecadação de impostos e contribuições federais chegou a R$ 105,884 bilhões no mês passado em termos nominais, valor recorde para meses de abril. Os números estão sendo divulgados nesta segunfa-feira (26) em Brasília e mostram que o crescimento ficou em 0,93%, em comparação ao mesmo período de 2013, com a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, (IPCA).

No primeiro quadrimestre, a arrecadação foi, em termos nominais, R$ 399,310 bilhões e teve crescimento real (corrigido pela inflação) de 1,78%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Segundo a Receita Federal, o resultado, entre outras coisas, foi influenciado pela queda na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido em janeiro e em fevereiro. Houve, porém, reversão do quadro em março - principalmente em razão dos crescimentos observados nos recolhimentos de estimativas mensais que, no mês de abril, apresentou crescimento de 21,76% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Outro fator considerado foi o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos que influenciam a arrecadação de tributos, como a produção industrial (-0,9%), vendas de bens e serviços (-5,63%), massa salarial (10,71%) e o valor em dólar das importações. Fatos esses ocorridos em março, mas que influenciaram o resultado de abril.

O México registrou um surpreendente superávit comercial em abril, porque um sólido crescimento das exportações de bens manufaturados contrabalançou uma queda nas exportações de petróleo, e as importações diminuíram ante igual período do ano passado.

O México teve um superávit comercial de US$ 510 milhões no mês passado. As exportações cresceram 3,7% ante abril de 2013, para US$ 34,07 bilhões, enquanto as importações recuaram 1,5%, para US$ 33,56 bilhões, disse o Instituto Nacional de Estatística (Inegi) nesta segunda-feira.

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As exportações de manufaturados aumentaram 7,1%, para US$ 28,57 bilhões, representando 84% do total exportado no mês passado, enquanto as vendas externas de petróleo recuaram 15,5%, para US$ 3,77 bilhões.

As importações de bens de consumo, máquinas e equipamentos recuaram acentuadamente em relação ao ano anterior, enquanto as compras de bens usados em processos de produção do exterior subiram 0,7%.

Era esperado um déficit de US$ 877 milhões, de acordo com a mediana das estimativas de sete economistas consultados pelo Wall Street Journal.

O dado trouxe a balança comercial nos primeiros quatro meses do ano para um déficit de US$ 683 milhões.

Os números de fluxo comercial foram afetados pela mudança no feriado de Páscoa, que foi em março no ano passado e em abril neste ano, o que significa que abril teve menos dias úteis do que em 2013. Em termos ajustados sazonalmente, as exportações cresceram 1,9% em relação a março, e as importações avançaram 2%, de acordo com o Inegi. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário da Receita Federal do Brasil, Carlos Alberto Freitas Barreto, afirmou nesta segunda-feira, 26, ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que os resultados de arrecadação de abril estão dentro das estimativas que a Receita vinha fazendo para o decorrer do ano. "Esperamos até o fim do ano atingir os cenários que tínhamos previsto nas primeiras divulgações da arrecadação", afirmou. Segundo Barreto, a expectativa de crescimento de 3% a 3,5% na arrecadação em 2014 está mantida.

Barreto comentou ainda a estimativa de arrecadação extraordinária este ano de R$ 28,438 bilhões. Segundo o Fisco, R$ 4,1 bilhões já foram arrecadados de janeiro a abril de 2014. Para o período de maio a dezembro são esperados outros R$ 24,338 bilhões. A maior parte desse valor, R$ 12,5 bilhões, deve entrar a partir de agosto com a reabertura do parcelamento de débitos, batizado de Refis da Crise. Embora já tenha incluído o Refis na projeção de arrecadação atípica, o governo ainda depende da aprovação do Senado. A medida foi aprovada apenas pela Câmara dos Deputados. De acordo com Barreto, com a revisão da proposta legislativa há um pedágio inicial a ser pago que deve reforçar o resultado anual da arrecadação. "Temos uma boa expectativa."

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Em relação ao resultado de maio, o secretário disse que a medida legislativa ainda não vai ter efeito, pois será incorporada mais para frente, mas continua com estimativas positivas para o fechamento de arrecadação neste mês. "Para maio, a gente ainda continua tratando com os indicadores macroeconômicos já previstos e deve se comportar dentro dessa previsão que a Receita vem colocando para o ano; anualizado a gente tem expectativa que o resultado seja alcançado", reforçou. Barreto participa nesta segunda-feira, 26, de evento promovido pela Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior - Procomex.

Do total de empresários de micros e pequenas indústrias paulistas, 16% demitiram funcionários em abril, ante 12% em março, de acordo o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, elaborado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi).

A tendência de aumento no fechamento de vagas percebida no mês passado é inédita, segundo o Simpi. Nas 13 rodadas anteriores da pesquisa, a sinalização era de que havia intenção de abertura de vagas por parte dos micros e pequenos industriais do Estado de São Paulo.

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Segundo o estudo, a elevação no fechamento de vagas é maior entre as pequenas indústrias. Neste grupo, a proporção das que demitiram em abril foi de 47%, ante 26% no mês anterior. Entre as micros indústrias o nível de demissões permaneceu estável.

A pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, feita em parceria com o Datafolha, foi realizada entre os dias 07 e 24 de abril, com 311 micros e pequenas indústrias paulistas. O levantamento considera micros indústrias as que empregam até nove funcionários, e pequenas, as que têm de 10 a 50 trabalhadores registrados.

A renúncia fiscal com desonerações tributárias somou R$ 34,976 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014, segundo a Receita Federal. O valor é R$ 12,641 bilhões superior ao registrado no mesmo período de 2013. Só em abril deste ano, a renúncia foi de R$ 8,867 bilhões, número R$ 2,725 bilhões superior ao verificado no mesmo mês do ano passado. A desoneração referente à folha de salários somou R$ 7,663 bilhões de janeiro a abril de 2014, sendo R$ 2,039 referentes ao mês passado.

A arrecadação de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) mostrou recuperação em abril e cresceu 12,38% em relação a abril de 2013. O maior crescimento se deu no grupo de empresas que declaram por estimativa mensal, sobretudo as financeiras. No acumulado de janeiro a abril, no entanto, a arrecadação desses dois tributos ainda registra queda de 2,22% em relação ao mesmo período de 2013. O recolhimento de IRPJ e CSLL, principalmente em janeiro e fevereiro, foi afetado negativamente pela queda no pagamento dos tributos com base na declaração de ajuste anual.

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O movimento do comércio varejista encerrou o mês de abril com recuo de 1,3% na comparação com março, já descontados os efeitos sazonais. No entanto, sobre abril de 2013, houve uma expansão de 7,8%. No primeiro quadrimestre, verifica-se um avanço de 7,2% e, no acumulado de 12 meses, alta de 3,7%. Os dados, de abrangência nacional, foram apurados pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e divulgados nesta segunda-feira (26).

Na passagem de março para abril, dois dos quatro setores pesquisados apresentaram recuo. O de Móveis e Eletrodomésticos registrou queda 3,7%, apesar de ter avançado na comparação interanual (11,4%), no primeiro quadrimestre do ano (11,7%) e no acumulado de 12 meses (5,0%). O segmento de Supermercado, Alimentos e Bebidas teve queda de 0,7% na margem, já descontados efeitos sazonais, mas apresentou avanço sobre abril de 2013 (5,9%), nos quatro primeiros meses do ano (2,9%) e no acumulado em 12 meses (2,5%).

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O setor de Combustíveis e Lubrificantes registrou altas de 0,8% na margem, já com ajustes sazonais, de 8,9% tanto na comparação interanual quanto no acumulado dos quatro primeiros meses do ano e de 4,2% no acumulado de 12 meses. Já as vendas nas lojas de tecidos, vestuários e calçados cresceram 2,6% na passagem de março para abril, avançaram 4,0% sobre abril de 2013, registraram alta de 5,5% de janeiro a abril de 2014 sobre idêntico período de 2013 e expansão de 1,4% no acumulado de 12 meses.

Dados divulgados pela primeira vez nesta sexta-feira mostram que 17,7% dos homicídios registrados no Estado de São Paulo de janeiro a abril deste ano tiveram indícios de execução. Nestes assassinatos, segundo a própria Secretaria da Segurança Pública (SSP), "é possível dizer que a vítima foi surpreendida, em uma ação planejada, por pessoas que claramente tinham a intenção de executá-la".

O número de homicídios no Estado teve uma leve alta (0,3%) em abril, comparado ao mesmo mês do ano passado. Mas o Estado e a cidade de São Paulo registraram em abril o 11º mês consecutivo de crescimento de roubos.

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O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, usou o detalhamento do perfil dos assassinatos para mostrar que a queda das taxas desse crime é resultado da ação da polícia - e não por ordem de facções criminosas.

Os chamados "homicídios ligados à criminalidade urbana violenta" (como aqueles com indícios de execução, envolvimento com tráfico, discriminação, abuso sexual, morte em prisões e linchamento) representaram 46,5% dos homicídios praticados entre janeiro a abril deste ano, segundo dados apresentados pela SSP.

"A queda (nas mortes) que nós tivemos neste último ano não é, como alguns dizem maldosamente ou equivocadamente, fruto de uma deliberação do crime organizado, pois elas estão relacionadas a outros crimes", disse Grella.

O detalhamento do perfil dos homicídios, que a partir de agora também será divulgado mensalmente, aponta que conflitos entre pessoas correspondem a 23,6% da motivação total desses crimes. Eles incluem brigas entre conhecidos e desconhecidos (11,1%), entre familiares (6,9%) e conflitos entre casais (5,6%).

Mas o levantamento também aponta uma lacuna na apuração das motivações de pelo menos metade dos homicídios: 22,2% dos assassinatos são de vítimas mortas sem indício de motivação na hora da ocorrência e 28% não têm qualquer classificação porque ainda não foram esclarecidos no registro da polícia.

Com isso, menos da metade dos homicídios é solucionada: de 359 casos avaliados em abril, só 140 foram esclarecidos (39%). Em todo o ano passado, o índice não foi muito diferente: de 1.664 ocorrências analisadas, 628 (38%) tiveram autoria definida.

Os dados da SSP também reforçam o perfil das vítimas mais frequentes de mortes violentas no País. Entre janeiro e abril deste ano, os jovens entre 15 e 29 anos concentraram a maioria das mortes, com 34,2% das ocorrências. Em seguida, vêm as vítimas de 30 a 39, com 22,5% dos homicídios. Homens são a maioria dos mortos, em 84,5% dos casos. Pela cor, brancos, pardos e pretos representam o número de vítimas nesta ordem: 46,2%, 39,4% e 9,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de acessos em banda larga no País ultrapassou a marca de 150 milhões em abril, o que representou um aumento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados divulgados há pouco pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) mostram que, nos últimos 12 meses, 51 milhões de novos acessos foram ativados, num ritmo de ativação de 1,6 nova conexão por segundo.

Segundo o levantamento, a banda larga móvel, pelas redes 3G e 4G, liderou a expansão dos acessos à internet, chegando em abril a 127,2 milhões de conexões, com 63% de crescimento em relação a abril de 2013. Na banda larga móvel, foram 111,5 milhões de conexões de celulares, incluindo os smartphones, e 15,7 milhões de terminais de dados, entre eles, modens de acesso à internet e chips de conexão máquina-máquina (M2M).

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Com relação à banda larga fixa, os acessos em abril atingiram 23,1 milhões. Desse total, 2,1 milhões de conexões foram ativadas nos últimos 12 meses, uma alta de 10% no período. Segundo a Telebrasil, a quantidade de acessos em banda larga fixa significa que 39% dos domicílios brasileiros urbanos têm internet de alta velocidade. De acordo com a entidade, a infraestrutura de banda larga fixa está presente em todos os municípios brasileiros, o que permite, por exemplo, o atendimento gratuito a mais de 66 mil instituições públicas de ensino fundamental e médio, pelo programa Banda Larga nas Escolas.

O levantamento da Telebrasil destaca ainda a expansão na cobertura das redes de banda larga móvel, ativada em 287 novos municípios nos últimos 12 meses. Segundo os dados divulgados, as redes de 3G estão instaladas em 3.658 municípios, onde moram 91% dos brasileiros. Já a rede 4G completou em abril um ano de seu lançamento oficial, com 2,5 milhões de acessos.

A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,797 bilhão em abril. Segundo o Banco Central, o saldo negativo é resultado do volume de despesas recordes pagas por brasileiros no exterior (US$ 2,344 bilhões) acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil (US$ 547 milhões).

O saldo negativo foi maior do que o visto em abril de 2013, de US$ 1,510 bilhão. No acumulado do ano, o déficit da conta de viagens soma US$ 5,900 bilhões ante US$ 5,575 bilhões vistos em igual período de 2013.

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O déficit em transações correntes do País somou US$ 8,291 bilhões no mês de abril, informou o Banco Central. O rombo nas contas externas é o maior para meses de abril. O resultado ficou acima do intervalo previsto, segundo levantamento do AE Projeções, que apontava déficit entre US$ 8,000 bilhões e US$ 5,600 bilhões, e pior do que a mediana de US$ -6,700 bilhões.

De acordo com o BC, a conta de rendas ficou negativa em US$ 4,512 bilhões. A de serviços, negativa em US$ 4,364 bilhões. Esses resultados foram parcialmente influenciados pelo superávit comercial de US$ 506 milhões e pelas transferências unilaterais positivas de US$ 78 milhões.

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No acumulado de janeiro a abril de 2014, o déficit em conta corrente soma US$ 33,476 bilhões, o equivalente a 4,65% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado dos últimos 12 meses até abril, o saldo está negativo em US$ 81,611 bilhões, o que representa 3,65% do PIB. A estimativa do BC para o déficit em abril era de US$ 7,8 bilhões.

IED

Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 5,233 bilhões em abril, volume inferior aos US$ 5,719 bilhões registrados em abril de 2013. O resultado ficou dentro do intervalo previsto, segundo levantamento do AE Projeções, que apontava IED entre US$ 4,5 bilhões e US$ 6,0 bilhões.

O resultado ficou abaixo da mediana de US$ 5,5 bilhões. Também é inferior à estimativa do BC para o IED em abril, que era de US$ 5,3 bilhões. No acumulado do ano, o IED soma US$ 19,404 bilhões (2,70% do PIB). No mesmo período do ano passado, o IED acumulado era de US$ 18,975 bilhões (2,62% do PIB). Em 12 meses até abril, o IED está em US$ 64,475 bilhões, o que corresponde a 2,88% do PIB.

A demanda doméstica por transporte aéreo cresceu 8,2% no mês de abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira, 22, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A oferta doméstica, por sua vez, teve redução de 1,6%, na mesma comparação. Com isso, a taxa de ocupação avançou 7,2 pontos porcentuais e alcançou 79,5%, batendo recorde para o mês. O número de passageiros embarcados em abril somou 6,4 milhões, alta de 2,2% frente abril de 2013.

"A demanda foi acima do que se esperava, enquanto a oferta segue disciplinada. As aéreas não estão correndo para colocar mais voos, isso faz com que o aproveitamento deles (load factor) aumente bastante e bata recordes históricos sucessivos em março e abril", explicou o consultor da Abear, Maurício Emboaba.

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A Abear reafirma que entre os principais motivos para o crescimento da demanda está a antecipação dos compromissos corporativos, como feiras e congressos, por causa do calendário de eventos, com destaque para a Copa. Em abril, a TAM seguiu com a maior fatia do mercado, de 38,8%, a Gol com 36,4%, Azul com 16,9%, e Avianca com 7,9%.

No mercado internacional, a demanda cresceu 5,7% em abril, frente a igual etapa do ano passado, enquanto a oferta recuou 4%, levando a taxa de ocupação a aumentar 7,6 pontos porcentuais, para 82,8%. Nesse mercado, TAM tem 85,6% de participação, entre as companhias nacionais, enquanto Gol fica com os 14,4% restantes.

A migração de trabalhadores para a inatividade voltou a ajudar a manter a taxa de desemprego em mínimas históricas em abril. A taxa de desemprego de 4,9% nas seis principais regiões metropolitanas do País, apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo da verificada em março (5,0%) e em abril de 2013 (5,8%), mesmo sem a geração significativa de novos postos de trabalho.

"Essa taxa (de desocupação) caiu não porque houve geração de postos, não porque houve expansão da população ocupada, mas sim porque houve redução da procura por trabalho", afirmou Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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Em relação a março, foram criadas apenas 17 mil vagas em abril. Na comparação com abril do ano passado, somente 34 mil postos foram abertos. Como a população em idade ativa continuou crescendo e o número de desocupados permaneceu diminuindo, significa que essas pessoas foram para a inatividade.

O número de inativos ficou em 19,194 milhões de pessoas em abril, alta de 0,6% ante março, o equivalente a 118 mil pessoas a mais. Na comparação com abril do ano passado, a população inativa cresceu 4,2%, o equivalente a 772 mil pessoas que deixaram a força de trabalho.

"A ocupação não tem crescido, não tem apresentado movimento que seja significativo. Ela não está diminuindo, mas também não está crescendo como vimos em outros momentos da pesquisa. A gente está vivendo um cenário de estabilidade da ocupação", definiu Adriana.

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